Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
net/publication/305994453
CITATIONS READS
6 2,442
3 authors, including:
Edson Guilherme
Universidade Federal do Acre
140 PUBLICATIONS 866 CITATIONS
SEE PROFILE
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
Aves associadas a clareiras naturais em uma floresta de terras baixas no sudoeste da Amazônia View project
Estudo integrado da comunidade de aves do Campus e Parque Zoobotânico da Ufac: Período reprodutivo, ecologia alimentar e migração View project
All content following this page was uploaded by Edson Guilherme on 09 August 2016.
DO ACRE
PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL
LEVANTAMENTO DA GEODIVERSIDADE
PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL
LEVANTAMENTO DA GEODIVERSIDADE
Geodiversidade do Estado do Acre é um produto
concebido para oferecer aos diversos segmentos
GEODIVERSIDADE DO ESTADO
da sociedade acriana uma tradução do atual
conhecimento geocientífico da região, com vistas
ao planejamento, aplicação, gestão e uso adequado
do território. Destina-se a um público-alvo variado, SEDE
SGAN – Quadra 603 • Conj. J • Parte A – 1º andar
desde empresas de mineração, passando pela Brasília – DF • 70830-030
comunidade acadêmica, gestores públicos estaduais Fone: 61 3326-9500 • 61 3322-4305
Fax: 61 3225-3985
e municipais, sociedade civil e ONGs.
Escritório Rio de Janeiro – ERJ
Av. Pasteur, 404 – Urca
Dotado de uma linguagem voltada para múltiplos Rio de Janeiro – RJ • 22290-255
Fone: 21 2295-5337 • 21 2295-5382
usuários, o mapa compartimenta o território acriano Fax: 21 2542-3647
em unidades geológico-ambientais, destacando suas Presidência
limitações e potencialidades frente a agricultura, Fone: 21 2295-5337 • 61 3322-5838
Fax: 21 2542-3647 • 61 3225-3985
obras civis, utilização dos recursos hídricos, fontes
Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial
poluidoras, potencial mineral e geoturístico. Fone: 61 3223-1059 • 21 2295-8248
Fax: 61 3323-6600 • 21 2295-5804
Ouvidoria
Geodiversidade é o estudo do meio físico constituído por ambientes Fone: 21 2295-4697 • Fax: 21 2295-0495
diversos e rochas variadas que, submetidos a fenômenos naturais ouvidoria@cprm.gov.br
e processos geológicos, dão origem às paisagens, ao relevo, outras Serviço de Atendimento ao Usuário – SEUS
rochas e minerais, águas, fósseis, solos, clima e outros depósitos Fone: 21 2295-5997 • Fax: 21 2295-5897
superficiais que propiciam o desenvolvimento da vida na Terra, tendo seus@cprm.gov.br
como valores intrínsecos a cultura, o estético, o econômico, o científico,
o educativo e o turístico, parâmetros necessários à preservação www.cprm.gov.br
responsável e ao desenvolvimento sustentável. 2015
2015
2015
10
A PALEONTOLOGIA NO
ESTADO DO ACRE
Jonas Pereira de Souza-Filho (jpdesouzafilho@hotmail.com)1
Edson Guilherme (guilherme.edson@uol.br)2
SUMÁRIO
Figura 10.1 - Localização geográfica do estado do Acre. Figura 10.2 - Formações geológicas do estado do Acre.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2013. Fonte: IBGE, 2010.
147
GEODIVERSIDADE do ESTADO DO ACRE
SOUZA, 1994). Supersequências correspondem a ciclos de No estado do Acre, os primeiros achados fósseis foram
segunda ordem, com duração entre 3 e 50 Ma (EMERY; coletados por expedicionários, que realizavam estudos
MYERS, 1996), que, de acordo com esses autores, podem esporádicos e casuais, sem aplicação de metodologia
ser causados por mudanças na taxa de subsidência da ba- adequada a esse tipo de pesquisa, bem como não havia
cia ou na taxa de soerguimento da área-fonte das rochas preocupação em entregar os exemplares coletados a estu-
sedimentares que a preenchem. diosos do assunto ou instituições oficializadas qualificadas
A supersequência carbonífero-permiana compre- para as análises. Basicamente, foram coletas com finalida-
ende as formações Apuí, composta de conglomerados des não paleontológicas, durante a execução de trabalhos
formando cunha clástica, Cruzeiro do Sul, contendo para estudos cartográficos, topográficos, delimitação de
carbonatos e evaporitos, e Rio do Moura, arenitos. Feijó e fronteiras, dentre outros.
Souza (1994) interpretaram o ambiente de sedimentação Segundo Rancy (1985), os primeiros fósseis relaciona-
dessas formações como inicialmente aluvial, passando dos ao atual estado do Acre foram coletados pelo geólogo
a nerítico. inglês William Chandless, no ano de 1886, em localidades
A supersequência jurássica é inteiramente composta não registradas de um trecho do rio Acre. O material cole-
pela Formação Juruá-Mirim, que contém arenitos e red tado foi entregue ao professor Louis Agassiz em Manaus,
beds intercalados com evaporitos e derrame de basalto no estado do Amazonas, que identificou peixes e, errone-
depositados em ambiente continental. amente, o réptil marinho Mousassaurus. Posteriormente,
Diversas formações compõem a supersequência esse material teve identificação retificada, pois se tratava
cretácea – Moa, Rio Azul, Divisor e Ramon (Figura 10.2) de material de crocodiliano continental.
–, compostas por arenitos, folhelhos e calcarenitos depo- Em alguns casos, pelo descaso científico, os fósseis
sitados em ambientes fluviolacustres na bacia de antepaís serviram para presentear autoridades estrangeiras, que os
(flexural) adjacente à cadeia andina (FEIJÓ; SOUZA, 1994). depositavam em coleções particulares (segundo relatos
Ainda durante esse episódio flexural, a supersequência pessoais), sem qualquer estudo, perdendo-se em prateleiras
terciária, representada pela Formação Solimões, depositou- empoeiradas.
-se em onlap contra o embasamento, possivelmente como Entretanto, a partir de 1983, com a criação do Labo-
consequência da deformação incaica na cordilheira dos ratório de Pesquisas Paleontológicas (LPP) da Universidade
Andes (RAMOS; ALEMÁN, 2000). As supersequências Federal do Acre (UFAC), foram feitos inúmeros achados de
cretácea e terciária somam mais de 3.000 m de espessura fragmentos fósseis, conchas e vegetais fósseis e importan-
(MILANI; ZALÁN, 1999). tes interpretações acerca da geologia da região; além disso,
as pesquisas na região foram impulsionadas em decorrência
CONCEITO DE PALEONTOLOGIA da frequência e sistematização das coletas em campo,
do trabalho de identificação e preparação dos fósseis em
O termo paleontologia foi utilizado pela primeira vez laboratório e da consequente divulgação dos resultados
na literatura geológica a partir do ano de 1834, como resul- em revistas científicas.
tado da conjunção das palavras gregas palaios = antigos, Muito do esforço para a crescente produção cien-
onto = ser, logos = estudos. Por outro lado, a palavra fóssil tífica tem sido despendido por pesquisadores do LPP e
originou-se do termo latino fossilis, que significa “extraído colaboradores, o que culminou na identificação de vários
da terra” (CARVALHO, 2010). grupos e espécies anteriormente conhecidas, bem como
de outras tantas novas para a ciência, principalmente de
PESQUISAS PALEONTOLÓGICAS NO vertebrados fósseis (NEGRI et al., 2010; PAULA COUTO,
ESTADO DO ACRE 1978; RANZI, 2000, 2008; RIFF et al., 2010; SIMPSON;
PAULA COUTO, 1981).
As pesquisas sistematizadas de geologia e de pale- Em 2013, o LPP comemorou 30 anos de sua criação.
ontologia ao longo de vários rios e cortes de estradas da Como resultado das coletas nas últimas décadas, o LPP pos-
região sul ocidental da Amazônia, mais particularmente sui em seu acervo mais de cinco mil peças de vertebrados
no estado do Acre, nas últimas décadas, resultaram em fósseis catalogadas (Figura 10.3).
localização e registro de vários sítios com potencial para a Os fósseis coletados são, em sua maioria, de vertebra-
exploração paleontológica. dos, reunidos em diferentes classes zoológicas, tais como
Todavia, até há pouco tempo, o conhecimento sobre peixes, répteis, aves e mamíferos. Entretanto, predominam
a fauna fóssil da Amazônia brasileira, sobretudo na Bacia quantitativamente os achados de répteis e de mamíferos,
do Acre, baseava-se em coletas e informações do final do sendo os répteis em maior quantidade e, dentre eles, os
século XIX e princípio do século XX. crocodilianos com supremacia.
Naquele período, quase sempre coletados aleatoria- Uma parte desse material encontra-se devidamente
mente, os achados fósseis não traziam maiores informações exposta em um pequeno museu no próprio LPP/UFAC,
sobre procedência e dados geológicos, o que dificultava aberto à visitação pública, com frequência regular de alunos
tanto os estudos quanto as conclusões. da rede de ensino público e privado (Figura 10.4).
148
A PALEONTOLOGIA NO ESTADO DO ACRE
149
GEODIVERSIDADE do ESTADO DO ACRE
Figura 10.6 - Localização dos principais sítios fossilíferos investigados pelo LPP/UFAC. Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.
Nota: 1 – Patos, 2 – Cavalcante, 3 – Cachoeira do Bandeira, 4 – Niterói, 5 – Lula, 6 – Talismã, 7 – Morro do Careca; 8 – Rio Moa.
Embora ainda sejam raros os achados, os fósseis dessa Principal localidade fossilífera e fósseis relacionados:
idade encontram-se na borda oeste da Bacia do Acre, na
região do alto rio Moa, na serra do Divisor. Em sua maioria, - Sítio Rio Moa: Serra do Divisor (vide figuras 10.6 e
são fósseis de vertebrados marinhos encontrados em con- 10.7).
glomerados atribuídos à Formação Moa, na serra do Divisor, Data: Descoberto pela equipe do LPP em 1991.
extremo oeste do Acre (BRITO; NEGRI; BOCQUENTIN, 1994;
Descrição: Exposição formada por arenito compacto,
LATRUBESSE et al., 1994) (Figura 10.7).
muito oxidado, de cor pardo-amarelado, pertencente
à Formação Moa – Cretáceo Superior (LATRUBESSE et
Formação Moa
al., 1994).
É constituída de arenitos claros, com intercalações Material encontrado: Dentes de tubarões e raias
de argilitos róseos e escuros, calcários e conglomerados (Hybodontidae, Sclerorhynchidae) (BRITO et al., 1994).
(LATRUBESSE et al., 1994; PETRI; FÚLFARO, 1988) (vide Referências: BRITO et al. (1994); LATRUBESSE et al.
Figura 10.2). (1994).
150
A PALEONTOLOGIA NO ESTADO DO ACRE
151
GEODIVERSIDADE do ESTADO DO ACRE
152
A PALEONTOLOGIA NO ESTADO DO ACRE
Fósseis do Plioceno/Pleistoceno
153
GEODIVERSIDADE do ESTADO DO ACRE
154
A PALEONTOLOGIA NO ESTADO DO ACRE
Neoepiblema. Certamente, muitos desses animais faziam A extinção dessa fauna de gigantes parece estar rela-
parte da dieta alimentar dos crocodilianos que habitavam cionada a profundas mudanças climáticas que resultaram
os grandes lagos de água doce da região onde hoje é o em diminuição do volume de água, falta de alimentação e,
estado do Acre. por consequência, competição e lutas corporais.
Durante o Pleistoceno, o estado do Acre, a exemplo
de outras partes da América do Sul, foi habitado por uma REFERÊNCIAS
megafauna em um cenário paisagístico dominado por sava-
nas e preguiças gigantes (Megatherium), mastodontes, toxo- ACRE. Governo do Estado do Acre. Programa Estadual de
dontes, macrauquênias, dentre outros grandes mamíferos. Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Acre.
As questões relacionadas à evolução, distribuição geo- Zoneamento ecológico-econômico do Acre fase
gráfica, ecologia e extinção da megafauna pleistocênica estão II: documento síntese – escala 1:250.000. Rio Branco:
documentadas em artigos e revistas especializadas no assunto. SEMA, 2006. 354 p.
Entretanto, a fauna gigante do Mioceno do Acre, no
que tange à sua evolução e paleoecologia, precisa ser mais AGUILERA, O.; BOCQUENTIN, J.; LUNDBERG, J.G.;
bem estudada e compreendida. Ainda permanecem sem MACIENTE, A. A new cajaro catfish (Siluriformes:
resposta diversas questões, tais como: “O que favoreceu Pimelodidae: Phractocephalus) from the late Miocene
o gigantismo das espécies e a sua diversidade? Quais os of southwestern Amazonia and its relationship to
motivos que levaram à sua extinção?”. Phractocephalus nassi of the Urumaco formation.
Todavia, pelo volume de fósseis encontrados e por sua Paläeontologische Zeitschrift, v. 82, n. 2, p. 231-245,
supremacia, é inegável que a Bacia do Acre foi berço dos 2008.
maiores crocodilianos e tartarugas já registrados até hoje
em todo o planeta. ALVARENGA, H.M.F.; GUILHERME, E. The anhingas (Aves:
Portanto, é preciso reafirmar, pois a questão ainda é Anhingidae) from the upper Tertiary (Miocene-Pliocene)
muito omissa, que o Purussaurus foi o maior crocodiliano of southwestern Amazonia. Journal of Vertebrate
jamais conhecido no planeta. Embora seus achados este- Paleontology, v. 23, n. 3, p. 614-621, 2003.
jam relacionados a países como Argentina, Peru, Bolívia,
Venezuela e Brasil, é no estado do Acre que está registra- BAYÁ, E.M.; BOCQUENTIN, J. Uma mandíbula
do o maior número de achados, os mais completos e de de Trigodon sp. nov. (Mammalia, Notoungulata,
maiores dimensões. Toxodontidae) no Neógeno do alto rio Acre, estado do
Acre, fronteira Brasil-Peru. Geociências, v. 2, n. 6, p.
CONSIDERAÇÕES PALEOECOLÓGICAS 39-43, dez. 1997.
O registro, na Formação Solimões, de camadas se- BERGQVIST, L.P.; RIBEIRO, A.M.; BOCQUENTIN-
dimentares de um ambiente fluvial com fósseis de verte- VILLANUEVA, J. Primatas, roedores e liptoternas do Mio-
brados semelhantes às espécies existentes nos dias atuais, Plioceno da Amazônia sul-ocidental (formação Solimões,
levou a que Santos (1974) considerasse que, no passado bacia do Acre). Geologia Colombiana, v. 23, p. 9-29,
geológico, houve predominância de um ambiente fluvio- 1998.
lacustre parecido com o encontrado atualmente na região.
A partir de estudos realizados na Formação Solimões, BIZZI, L.A.; SCHOBBENHAUS, C.; VIDOTTI, R.M.;
no estado do Acre, Scherer e Souza-Filho (1997) e Latrubes- GONÇALVES, J.H. (Org.). Geologia, tectônica e
se et al. (2010) complementam que, durante o Neógeno, o recursos minerais do Brasil: texto, mapas & SIG.
ambiente se constituía por um sistema fluvial meandrante Brasília, DF: CPRM, 2003. 692 p.
com inúmeros corpos lacustres associados.
Souza-Filho (1987) identificou uma interação dos rios BOCQUENTIN, J.; GUILHERME, E. As preguiças
com os corpos lacustres e concluiu haver grandes variações Mylodontinae (Mammalia, Xenarthra, Mylodontidae) do
na lâmina d’água nesses ambientes aquosos. Apesar de tais Neógeno do sítio Niterói, Acre, Brasil. Acta Geologica
variações não terem sido quantificadas ou mensuradas, a Leopoldensia, v. 22, p. 57-67, 1999.
dimensão e a profundidade dos rios e dos lagos miocênicos
do Acre pretérito não podem ser comparadas àquelas atual- BOCQUENTIN, J.; GUILHERME, E.; NEGRI, F.R. Duas
mente observadas na região em que a fauna, principalmente espécies do gênero Chelus (Pleurodira, Chelidae) no
a aquática, raramente chega a impressionar pelo tamanho. Mioceno Superior-Plioceno da Amazônia sul-ocidental.
Rios e lagos miocênicos da Bacia do Acre deveriam Revista Universidade Guarulhos. Série Geociências,
ter sido tão grandes, profundos e variados quanto a sua v. 6, n. 6, p. 50-55, ago.2001.
capacidade de proporcionar condições à vida e à convi-
vência de várias criaturas de tamanho descomunal em um BOCQUENTIN, J.; MELO, J. Stupendemys souzai sp.
mesmo ambiente. nov. (Pleurodira, Podocnemididae) from the Miocene-
155
GEODIVERSIDADE do ESTADO DO ACRE
Pliocene of the Solimões formation, Brazil. Revista FRAILEY, C.D. Late Miocene and Holocene mammals,
Brasileira de Paleontologia, v. 9, n. 2, p. 187-192, exclusive of the Notoungulata, of the Acre region,
2006. western Amazonia. Contributions in Science, v. 374,
p. 1-43, 1986.
BOCQUENTIN, J.; SILVA, W. Gyrinodon sp.
(Notoungulata, Toxodontidae) proveniente do Mioceno GAYET, M. et al. New characoids from the upper
superior da localidade de Cavalcante, Acre, Brasil. Acta Cretaceous and Paleocene of Bolívia and the Mio-
Geologica Leopoldensia, v. 17, n. 39-41, p. 391-398, Pliocene of Brazil: phylogenetic position and
1994. Edição Especial. palaeobiogeographic implications. Journal of
Vertebrate Paleontology, v. 23, n. 1, p. 28-46, 2003.
BOCQUENTIN, J.; SOUZA-FILHO, J.P.; NEGRI, F.R. Neopiblema
acreensis, sp. nov. (Mammalia, Rodentia) do Neógeno do GUILHERME, E.; BOCQUENTIN-VILLANUEVA, J.; PORTO,
Acre, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. A.S. A new specimen of the Genus Octodontobradys
Série Ciências da Terra, v. 2, p. 65-72, 1990. (Orophodontidae, Octodontobradyinae) from the late
miocene-pliocene of the southwestern Amazon basin,
BOCQUENTIN-VILANUEVA, J.; GUILHERME, E. A cintura Brazil. Anuário do Instituto de Geociências, v. 34, n.
pélvica do quelônio Stupendemys (Podocnemididae, 2, p. 38-45, 2011.
Podocnemidinae) proveniente do Mioceno Superior-
Plioceno do estado do Acre, Brasil. Acta Geologica HOORN, C. Miocene deposits in the Amazonian Foreland
Leopoldensia, v. 20, n. 45, p. 47-50, 1997. basin. Science, v. 273, p. 122-123, 1996.
BOCQUENTIN-VILLANUEVA, J.; SANTOS, J.C.R.; NEGRI, HOORN, C.; WESSELINGH, F. (Ed.). Amazonia –
F.R. Os Toxodontidae (Mammalia, Notoungulata) landscape and species evolution: a look into the past.
da localidade “Cavalcante”, Mioceno do estado do Chichester: John Wiley & Sons, 2010. 447 p.
Acre, Brasil (material depositado em Rio Branco).
Ameghiniana, v. 28, n. 3-4, p. 403-404, 1991. HSIOU, A.S.; ALBINO, A.M. Presence of the genus
Eunectes (Serpentes, Boidae) in the Neogene
BRASIL. Departamento Nacional de Produção Mineral. of southwestern Amazonia, Brazil. Journal of
Projeto RADAMBRASIL. Folha SC.19 Rio Branco: Herpetology, v. 43, p. 612-619, 2009.
geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação e uso
potencial da terra. Rio de Janeiro: DNPM, 1976. 464 p. HSIOU, A.S.; ALBINO, A.M.; FERIGOLO, J. First lizard
(Levantamento de Recursos Naturais, 12). remains (Teiidae) from the Miocene of Brazil (Solimões
formation). Revista Brasileira de Paleontologia, v. 12,
BRITO, P.; NEGRI, F.R.; BOCQUENTIN, J. Fish remains from p. 225-230, 2009.
the upper Cretaceous of the Acre basin, north Brazil. In:
SIMPÓSIO SOBRE O CRETÁCEO DO BRASIL, 3., 1994, Rio IBGE. Geologia do Acre. 2010. Disponível em: <http://
Claro. Boletim. Rio Claro: UNESP-IGCE, 1994. p. 113-114. www.ibge..gov.br/download/geociencias>. Acesso em:
10 nov. 2011.
CARVALHO, I.S. Paleontologia: conceitos e métodos. 3.
ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2010. v. 1. KAY, R.F.; COZZUOL, M.A. New platyrrhine monkeys
from the Solimões formation (late Miocene, Acre state,
COZZUOL, M.A. et al. The oldest species of Didelphis Brazil). Journal of Human Evolution, v. 50, p. 673-
(Mammalia, Marsupialia, Difdelphidae), from the late 686, 2006.
Miocene of Amazonia. Journal of Mammalogy, v. 87,
p. 663-667, 2006. KAY, R.F.; FRAILEY, C.D. Large fossil platyrrhines from the
rio Acre local fauna, Late Miocene, western Amazonia.
DUARTE, K.S. Levantamentos exploratórios da ANP na Journal of Human Evolution, v. 25, p. 319-327, 1993.
bacia do Acre. Revista Técnico-Científica da ANP, v.
1, p. 1-33, 2011. KINGSTON, D.R.; DISHROON, C.P.; WILLIAMS, P.A. Global
basin classification system. The American of Petroleum
EMERY, D.; MYERS, K.J. (Ed.). Sequence stratigraphy. Geologists Bulletin, v. 67, p. 2175-2193, 1983.
Oxford: Blackwell Science, 1996.
LATRUBESSE, E.M.; BOCQUENTIN, J.; SANTOS, C.R.;
FEIJÓ, F.J.; SOUZA, R.G. Bacia do Acre. Boletim de RAMONELL, C.G. Paleoenvironmental model for the late
Geociências da Petrobras, v. 8, n. 1, p. 9-16, jan./mar. Cenozoic southwestern Amazonia: paleontology and
1994. geology. Acta Amazonica, v. 27, p. 103-118, 1997.
156
A PALEONTOLOGIA NO ESTADO DO ACRE
LATRUBESSE, E.M.; BOCQUENTIN-VILLANUEVA, J.; NEGRI, F.R.; VILLANUEVA, J.B.; FERIGOLO, J.; ANTOINE,
NEGRI, R.; RANCY, A.; BRITO, P. Novos dados sobre a P.O. A review of Tertiary mammal faunas and birds from
estratigrafia do cretáceo da serra do Divisor, Acre, Brasil. western Amazonia. In: HOORN, C.; WESSELINGH, F.
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 38., 1994, (Eds.). Amazonia: landscape and species evolution: a
Balneário Camboriú. Boletim de Resumos Expandidos. look into the past. Chichester: John Wiley & Sons, 2010.
Balneário Camboriú: SBG, 1994. v. 3, p. 302-303. 447 p. p. 245-258.
LATRUBESSE, E.M.; COZZUOL, M.; RIGSBY, C.; SILVA, OLIVEIRA, M.R.S.; SOUZA-FILHO, J.P. Distribuição
S.; ABSY, M.L.; JARAMILLO, C. The late Miocene geográfica da família Nettosuchidae (Crocodyliformes)
paleogeography of the Amazon basin and the evolution na Amazônia sul-ocidental (estado do Acre). In:
of the Amazon river system. Earth-Science Reviews, v. CONGRESSO BRASILEIRO DE PALEONTOLOGIA, 17.,
99, p. 99-124, 2010. 2001, Rio Branco. Boletim de Resumos. Rio Branco:
SBP, 2001. p. 150.
MACHADO, L.G. et al. Lenhos fósseis do Neógeno
da bacia do Acre, formação Solimões: contexto PAULA COUTO, C. de P. Fossil mammals from the
paleoambiental. Revista Brasileira de Geociências, v. cenozoic of Acre, Brazil 2 – Rodentia Caviomorpha
42, n. 1, p. 67-80, 2012. Dinomyidae. Iheringia. Série Geologia, n. 5, p. 3-17,
fev. 1978.
MELO, J.S. et al. Vertebrados fósseis do sítio “Cachoeira
do Bandeira”, rio Acre, Brasil. In: REUNIÃO ANUAL PETRI, S.; FÚLFARO, V.J. Geologia do Brasil. São Paulo:
DA SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA EDUSP. 1988. 631 p.
CIÊNCIA, 50., 1998, Natal. Livro de Resumos. Natal:
UFRN, 1998. p. 1024. RAMOS, V.A.; ALEMAN, A. Tectonic evolution of the
Andes. In: CORDANI, U.G.; MILANI, E.J.; THOMAZ
MILANI, E.J.; THOMAZ FILHO, A. Sedimentary basins FILHO, A.; CAMPOS, D.A. (Eds.). Tectonic evolution
of South America. In: CORDANI, U.G.; MILANI, E.J.; of South America. Rio de Janeiro: CNPq, 2000. p.
THOMAZ FILHO, A.; CAMPOS, D.A. (Ed.). Tectonic 635-685.
evolution of South America. Rio de Janeiro: In-Fólio
Produção Editorial, 2000. p. 389-449. RANCY, A. Estudos de paleovertebrados na Amazônia
ocidental. Séria Geologia DNPM, n. 27, p. 99-103,
MILANI, E.J.; ZALÁN, P. An outline of the geology and 1985.
petroleum systems of the Paleozoic interior basins of
South America. Episodes, v. 2, p. 199-205, 1999. RANZI, A. Paleoecologia da Amazônia: megafauna
do Pleistoceno. Florianópolis: EDUFSC, 2000. 101 p.
MIURA, K. Possibilidades petrolíferas da bacia do Acre.
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 26., 1972, RANZI, A. Paleontologia da Amazônia: mamíferos
Belém. Anais... Belém: SBG, 1972. p. 15-20. fósseis do Juruá. Rio Branco: M.M. Paim Representações
e Comércio, 2008. 130 p.
MONES, A.; TOLEDO, P.M. Primer hallazgo de euphilus
ameghino (Mammalia: Rodentia: Neoepiblemidae) en el RÄSÄNEN, M. et al. Late Miocene tidal deposits in the
Neogeno del estado de Acre, Brasil. Comunicaciones Amazonian foreland basin. Science, v. 269, n. 5222, p.
Paleontologicas del Museo de Historia Natural de 386-389, 1995.
Montevideo, v. 21, n. 2, p. 1-15, 1989.
RICHTER, M. Dental histology of a characoid fish from
NEGRI, F.R.; FERIGOLO, J. Anatomia craniana de the Plio-Pleistocene of Acre, Brazil. Zoologica Scripta,
Nnoepiblema ambrosettianus (Ameghino, 1889) v. 13, n. 1, p. 69-79, 1989.
(Rodentia, Caviomorpha, Neoepiblemidae) do Mioceno
superior-Plioceno, estado do Acre, Brasil, e revisão das RIFF, D. et al. Neogene crocodile and turtle fauna in
espécies do gênero. Boletim do Museu Paraense northern South America. In: HOORN, C.; WESSELINGH,
Emílio Goeldi. Série Ciências da Terra, v. 11, p. 1-80, E.P. (Eds.). Amazonia: landscape and species evolution:
1999. a look into the past. Chichester: John Wiley & Sons,
2010. p. 259-280.
NEGRI, F.R.; FERIGOLO, J. Urumacotheriinae, nova
subfamília de mylodontidae (Mammalia, Tardigrada) do SANTOS, J.C.R.; RANCY, A.; FERIGOLO, J.
Mioceno superior-Plioceno, América do Sul. Revista Octodontobradyinae, uma nova subfamília de
Brasileira de Paleontologia, v. 7, n. 2, p. 281-288, 2004. Orophodontidae (Edentata, Tardigrada) do Mioceno
157
GEODIVERSIDADE do ESTADO DO ACRE
SOUZA-FILHO, J.P. Caiman brevirostres sp. nov., um novo SOUZA-FILHO, J.P.; GUILHERME, E. Ampliação da
alligatoridae da formação Solimões (Pleistoceno) do diagnose e primeiro registro de mourasuchus arendsi
estado do Acre, Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE (Crocodylia-Nettosuchidae) no Neógeno da formação
PALEONTOLOGIA, 10., 1987, Rio de Janeiro. Anais... Rio Solimões, Amazônia sul-ocidental. In: CARVALHO, I. de
de Janeiro: SBP, 1987. p. 173-180. S. (Ed.). Paleontologia: cenários da vida. Rio de Janeiro:
Interciência, 2007. p. 401-410.
SOUZA-FILHO, J.P. Charactosuchus sansoai, uma nova
espécie de Crocodilidae (Crocodylia) do Neógeno do SOUZA-FILHO, J.P.; GUILHERME, E. Novo registro de
estado o Acre, Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE mourasuchus amazonensis price, 1964, no Mioceno
PALEONTOLOGIA, 12., 1991, São Paulo. Boletim de superior do estado do Acre, Brasil. In: CONGRESSO
Resumos. São Paulo: SBP, 1991. p. 36. BRASILEIRO DE PALEONTOLOGIA, 22., 2011, Natal. Atas.
Natal: SBP, 2011.
SOUZA-FILHO, J.P. Novas formas fósseis de crocodylia
(Alligatoridae e Gavialidae) da formação Solimões, WESSELINGH, F.P. et al. The stratigraphy and regional
cenozoico do estado do Acre-Brasil, representadas structure of miocene deposits in western Amazonia
por materiais cranianos e mandibulares. 1998. 163 f. (Peru, Colombia and Brazil), with implications for late
Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Neogene landscape evolution. Scripta Geologica, v.
Sul, Porto Alegre, 1998. 133, p. 291-322, 2006.
158
GEODIVERSIDADE DO
GEODIVERSIDADE DO
ESTADO DO ACRE
ESTADO DO ACRE
DO ACRE
PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL
LEVANTAMENTO DA GEODIVERSIDADE
PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL
LEVANTAMENTO DA GEODIVERSIDADE
Geodiversidade do Estado do Acre é um produto
concebido para oferecer aos diversos segmentos
GEODIVERSIDADE DO ESTADO
da sociedade acriana uma tradução do atual
conhecimento geocientífico da região, com vistas
ao planejamento, aplicação, gestão e uso adequado
do território. Destina-se a um público-alvo variado, SEDE
SGAN – Quadra 603 • Conj. J • Parte A – 1º andar
desde empresas de mineração, passando pela Brasília – DF • 70830-030
comunidade acadêmica, gestores públicos estaduais Fone: 61 3326-9500 • 61 3322-4305
Fax: 61 3225-3985
e municipais, sociedade civil e ONGs.
Escritório Rio de Janeiro – ERJ
Av. Pasteur, 404 – Urca
Dotado de uma linguagem voltada para múltiplos Rio de Janeiro – RJ • 22290-255
Fone: 21 2295-5337 • 21 2295-5382
usuários, o mapa compartimenta o território acriano Fax: 21 2542-3647
em unidades geológico-ambientais, destacando suas Presidência
limitações e potencialidades frente a agricultura, Fone: 21 2295-5337 • 61 3322-5838
Fax: 21 2542-3647 • 61 3225-3985
obras civis, utilização dos recursos hídricos, fontes
Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial
poluidoras, potencial mineral e geoturístico. Fone: 61 3223-1059 • 21 2295-8248
Fax: 61 3323-6600 • 21 2295-5804
Ouvidoria
Geodiversidade é o estudo do meio físico constituído por ambientes Fone: 21 2295-4697 • Fax: 21 2295-0495
diversos e rochas variadas que, submetidos a fenômenos naturais ouvidoria@cprm.gov.br
e processos geológicos, dão origem às paisagens, ao relevo, outras Serviço de Atendimento ao Usuário – SEUS
rochas e minerais, águas, fósseis, solos, clima e outros depósitos Fone: 21 2295-5997 • Fax: 21 2295-5897
superficiais que propiciam o desenvolvimento da vida na Terra, tendo seus@cprm.gov.br
como valores intrínsecos a cultura, o estético, o econômico, o científico,
o educativo e o turístico, parâmetros necessários à preservação www.cprm.gov.br
responsável e ao desenvolvimento sustentável. 2015
2015
2015