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Fichamentos:

HOBSBAWN, E. Era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das letras, 2007, 253 a 258.
MACHADO FILHO, L.C.P. Dialética da agroecologia. 1ªed. São Paulo: Expressão Popular, 2014, P. 51 a 64.
DELGADO, Guilherme Costa. Do capital financeiro na agricultura à economia do agronegócio: mudanças climáticas em
meio século (1965-2012). Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2012, p. 127 a 129

Disciplina: AGROECOLOGIA
Docentes:
Profa. Dra. Anne Geraldi Pimentel
Profa. Dra. Flávia Donini Rossito
Profa. Dra. Maria Cristina Vidotte Blanco Tarrega

DISCENTE: Hansmüller Salomé

HOBSBAWN, E. Era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das letras, 2007, 253 a 258.
MACHADO, L. C.P.

CITAÇÕES

(p. 255).

O relato supracitado reflete que a Era do Ouro produziu de fato uma riqueza de bens, serviços, produtos e
alimentos. Contudo, não houve distribuição dessa riqueza e a concretização da justiça social preconizada
no discurso dos organismos estatais nacionais e internacionais.

(p. 256).

Extra-se do recorte sobredito que o problema do mundo desenvolvido não era a fome, mas o desperdício
pelo excesso de alimentos produtos, levando a políticas fiscais, monetárias e cambiais de exportar abaixo
do custo produtivo e de redução da própria plantação.
(p. 257).

Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), especificamente a partir das décadas de 60 a 80, inicia-se
massivamente a inserção de maquinário e tecnologia na produção agrícola, ao passo que surgem
discursividades da Revolução Verde, Agrodesenvolvimento e Desensolvimento Sustentável.

(p.257).

O aumento considerável dos impactos à natureza é consequência do uso indiscriminado de combustíveis


fósseis a partir de meados do século. Ademais, há no texto citação de dados do economista Walt Whitman
Rostow, que compreende o desenvolvimento como um processo evolutivo (darwinismo social), de um
sociedade rudimentar para uma sociedade desenvolvida, por meio da tecnologia, do progresso, da ciência
e da livre iniciativa econômica. Fato é que o darwinismo social como política internacional
desenvolvimentista do chamado Terceiro Mundo fracassou, gerando riqueza ao explorar mão de obra
barata e poluir os biomas dos países explorados que, ressalta-se, permaneceram endividiados com os
empréstimos realizados para importar maquinário, tecnologia e insumos.
DELGADO, Guilherme Costa. Do capital financeiro na agricultura à economia do agronegócio: mudanças climáticas em
meio século (1965-2012). Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2012, p. 127 a 129

(p.127).

A formatação da estutura econômica global sedimenta-se nuclerarmente na exploração intensiva e


extensiva da produção petrolífera, de hidroeletricidade, mineração e agronegócios, num modelo de regime
de monopólio de tais recursos naturais para o fito de produzir rendas fundiárias.

(p. 128)

Não se pode afastar hodiernamente o Direito Agrário e Ambiental das Macro Políticas Econômicas, sejam
elas mais estatizantes ou liberais, haja vista que o modelo energético adotado mundialmente está
estruturado em recuros naturais finitos e não renováveis. A lógica mercadológica da eficiência econômica
busca maximizar resultados mercantis com o mínimo de custos operacionais, logítiscos e normativos.

(pág. 128)

A quem serve o agronegócio? Ao mercado interno custeado pelo REAL ou à balança cambial alimentada
com o dólar? Percebe-se a falta de uma política econômica estrategicamente definida para o médio e
longo prazo resolver os problemas estruturais do Brasil, principalmente e necessariamente a mudança do
modelo econômico fiscal, monetário e cambial, com foco da majoração do crescimento econômico e que,
de fato, o superávit primário das contas públicas desdobre em justiça social, principalmente para os mais
necessitados.

(p. 129)

Fato é que toda teoria econômica prevê que o modelo neoliberal capitalista cria suas próprias crises, sem
considerar os fatores exôgenos (guerras, intempéries naturais, incidentes humanos etc). O seccionamento
da produção de produtos e bens mundiais, e dependência econômica global de exportações de
commodities para o parque industrial e para cadeias alimentíciais, agrava ainda mais todas as
possibilidades de crises de produção e exportação.
MACHADO FILHO, L.C.P. Dialética da agroecologia. 1ªed. São Paulo: Expressão Popular, 2014, P. 51 a 64.

(p. 51)

A Fundação Rockefeller, que utiliza em sua constituição jurídico-política uma missão de promover no
exterior, mormente nos países subdesenvolvidos, uma qualificação do ensino-pesquisa, do
desenvolvimento de políticas de saúde púbica e da filantropia, foi a responsável pelo financiamento da
exportação da Revolução Agrícola dos EUA para o México e depois para o resto do mundo, representando
a “semente” da Revolução Verde.

(p. 53)

O justificativa discursiva para o lançamento da Revolução Verde em 1944, por Harrar, foi solucionar a
incapacidade produtiva de alimentos para, assim , mitigar a fome da humanide, que contava à época com
2,5 bilhões de habitantes e vários milhões famintos. Tal discurso restou falacioso por não conseguir
cumprir seu respectivo desiderato. De fato, a narrativa de reduzir drasticamente a fome mundial foi apenas
um estratagema romanticamente criado para manutenir a expansão do capital e reproduzi-lo agora sob um
manto verbal humanista e fraterno que, no fundo, esconde a ganância material em detrimento da justiça
social.

(p. 57)

Dados que atestam o custo da dívida pública (juros e encargos) para implantar e operacionalizar os
subsídios da Revolução Verde no Brasil de 1964 a 1979 (15 anos) – a dívida externa passou de US$ 2,2
bilhões para mais de US$ 80,00 bilhões.

(p. 58)

Dados estarrecedores que refletem a mudança paradigmática das espécies e variedades cultivadas pela
humanidade ao longo da história. De 3.000 espécies vegetais utilziadas pela humanidade para alimentação
há 150 anos, hoje apenas 15 espécies respondem por 90% dos alimentos vefetais, sendo que 70% da
produção e consumo concentra-se no milho, trigo, arroz e soja.
(p. 62)

Dados assustadores de 10 anos atrás que refletem a hegemonia monopolista econômica mundial - uma
super entidade formada por 147 companhias controla 40% da economia global.

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