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FICHAMENTO DE LEITURA

Tipo: Livro
Assunto / tema: Desenvolvimento agrícola
Referência bibliográfica:
VEIGA, J. E. da. O desenvolvimento agrícola: uma visão histórica. São
Paulo.: USP; Hucitec. 1991. (digitalizado)

Resumo / conteúdo de interesse:


Veiga destaca que a agricultura familiar se tornou uma parte permanente da
comunidade de nações que são economicamente poderosas. Este fato ocorreu durante o
período de mudança do feudalismo para o capitalismo, durante este período, a utilização da
cultura monocultural transformou várias pequenas e médias áreas rurais, especificamente
durante a grande depressão econômica e o período da Primeira Guerra Mundial.
Principalmente com foco nesse período da história aconteceram grandes lutas por uma
reforma agrária verdadeira e de movimentos de trabalhadores em várias nações europeias,
que também ajudaram os camponeses da região a se tornarem mais independentes
financeiramente.
De 1929 até o ano de 1945, foi demonstrado que houve uma grande instabilidade
econômica em 1929 como um fragmento de uma crise muito maior que existiu de 1914 a
1945. Esses nos foram marcados por um saturamento do mercado nos Estados Unidos pois
houve uma grande acúmulo de renda, baixa nos preços de produtos agrícolas e uma
considerável migração urbano-rural. Por esse motivo no governo de Roosevelt foi
implantado algumas propostas para administrar as produções agrícolas e também para
melhorar o faturamento dos agricultores abrangidos. Essa melhoria na vida agrícola
realizou-se após a Segunda Guerra Mundial, com a ampliação das exportações e a
mecanização. Demonstrou que na França, Grã-Bretanha, Alemanha e Japão, o
desequilíbrio econômico de 1929 teve impactos na agricultura diferentes em cada país, com
medidas de protecionismo do mercado e interferência do governo para governamental
sendo adotadas para tratar desses desafios econômicos.
Também foi discutido que a evolução da agricultura moderna, desde sua criação
com a mudança do sistema feudal para o capitalismo até as inúmeras dificuldades
enfrentadas no período da crise em 1929 e as consequências em vários países. Com a
intervenção do governo que atuou de forma competente para a recuperação da agricultura
e também para a melhoria das condições de plantio e de subsistência dos agricultores
afetados com a Segunda Guerra Mundial, ao mesmo tempo em que outras importantes
abordagens foram implantadas em várias nações para diminuir ou até mesmo eliminar as
dificuldades encontradas na agricultura da maioria dos cultivos.
A abordagem foi alcançada quando algumas análises foram feitas com a conexão
entre a agricultura familiar e atividades industriais. O argumento foi que a agricultura em
algum momento possa ser usada como uma ramificação da indústria, tornando-se uma
agricultura industrial, gera um forte impacto quando se tem conhecimento que a produção
agrícola depende principalmente do trabalho humano, mesmo que utilizando algumas
formas de tecnologia. A sugestão do uso do termo "apropriacionismo-substitucionismo" para
mostra como a indústria usa algumas etapas de produção agrícola e como esses produtos
são trocados por matéria prima não agrícola. Também há uma atenção no uso de algumas
tecnologias que podem se encaminhar para uma terceira revolução agrícola, e que essas
tecnologias não devem substituir o trabalho humano. Informa se o tamanho da propriedade
é fator definitivo na eficiência agrícola e do movimento histórico promovido na agricultura
familiar com a assistência de estatal, com a possibilidade de utilização de crédito financeiro,
insumos necessários e conhecimentos tecnológicos.
Citações: Página:
1 A agricultura moderna nasceu durante os séculos XVIII e XIX em diversas áreas
da Europa. Um intenso processo de mudanças tecnológicas, sociais e econômicas,
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que hoje chamamos de Revolução Agrícola, teve papel crucial na decomposição do
feudalismo e no advento do capitalismo.
2 Parte do campesinato medieval foi se integrando à economia de mercado através
de uma crescente especialização em atividades mais convenientes ao trabalho 25
familiar e ao tamanho de seus estabelecimentos.
3 [...] a ela se seguiu a Grande Depressão (1873-1895). Esses vinte e dois anos
começaram com uma sucessão de seis agudas crises que sacudiram tanto a
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Inglaterra, como a Alemanha e os Estados Unidos e se encerraram com o grande
colapso bancário americano nos anos 1893-4.
4 [...] a agricultura britânica passou a enfrentar uma enorme concorrência externa:
carnes argentinas carnes e laticínios da Nova Zelândia, produtos de origem animal 44
dinamarqueses e frutas norte-americanas.
5 Como na Inglaterra, ao Leste Europeu também foi a vitória histórica da nobreza
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fundiária que caracterizou a transição para o capitalismo.
6 Foi essa opção pela expansão internacional do capitalismo financeiro francês que
engendrou o protecionismo. Ela exigia uma mobilização da população nacional a
serviço da exportação de capitais. Era também necessário que o abastecimento na 61
pesasse na balança comercial. Ao mesmo tempo, limitava os investimentos no
setor e estimulava os agricultores a pouparem.
7 O problema era particularmente sério no caso da carne, pois, de um dia para
outro, milhões de homens adultos que antes só comiam carne algumas vezes por 64
ano passaram a degustar entre trezentos e quinhentos gramas por dia!
8 Uma lei de julho de 1933 estabeleceu o preço mínimo para o trigo. Só que a
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liberdade de comércio tirou qualquer eficácia da medida.
9 Os agricultores deveriam entregar toda produção ao governo, e este se
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encarregaria de pagar, em dinheiro, a parte devida aos proprietários fundiários.
10 [...] o pensamento crítico nega, desde já, a possibilidade de que a agricultura
venha a se transformar em mais um ramo industrial. A distância é, portanto, 176
imensa.
11 Por orientarem e balisarem a liberdade de inovação e de difusão, estas três
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variáveis acabam constituindo uma espécie de “filtro” em matéria tecnológica.
12 [...] abaixo de um determinado tamanho, as firmas são pequenas demais para
obterem o menor custo possível por unidade de produto; enquanto que, acima de
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outro, elas podem ser grandes demais e usam seus recursos de maneira menos
econômica do que se fosse menores.
13 Considerava-se a distribuição de terras um pré-requisito necessário ao
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desenvolvimento econômico do país.
Considerações do pesquisador (aluno): o autor aborda a história do nascimento da
agricultura moderna, seus percalços e evolução, tecendo sugestões e críticas com
relevância ao tema, demonstrando como o conhecimento da história pode ajudar a não
cometer os mesmos erros ou nos nortear para evita-los.
Indicação da obra: professores de todas as áreas, acadêmicos de cursos ligados a
educação, pós-graduandos.
Local: arquivo em PDF disponível em
https://moodle.utfpr.edu.br/pluginfile.php/994405/course/section/179147/16-97.pdf
https://moodle.utfpr.edu.br/pluginfile.php/994405/course/section/179147/VEIGA-3_OK.pdf

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