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direitos.

Antes de chegarmos a autoras como Grada


Kilomba, Patricia Hill Collins, Linda Alcoff e Gayatri Spivak,
vamos abordar esse conceito por outras perspectivas. Não
é a ênfase que pretendemos aqui, mas julgamos
importante apresentar aos leitores e leitoras outras visões
para enriquecimento conceitual.

Em Comunicação, o conceito de lugares de fala, segundo o


artigo "Lugares de fala: um conceito para abordar o
segmento popular da grande imprensa"34, seria um

[...] instrumento teórico - metodológico que cria um


ambiente explicativo para evidenciar que os jornais
populares ou de referência falam de lugares diferentes e
concedem espaços diversos à falas das fontes e dos
leitores. (AMARAL, 2005, p. 105)

Ainda segundo o artigo35,

[...] o aporte que propomos reconhece as implicações das


posições sociais simbólicas do jornal e do leitor e incorpora
a noção de mercado de leitores, a partir da ideia de que,
para explicar o discurso, é preciso conhecer as condições
de constituição do grupo no qual ele funciona. (AMARAL,
2005, p. 104)

Nesse sentido dado pela Comunicação, o conceito serviria


para analisar que o lugar de fala da imprensa popular seria
diferente do lugar de fala do que eles chamam de jornais
de referência e, nesse artigo especificamente, mostra-se
que esse lugar da imprensa popular vai além do
sensacionalismo. Para a autora é necessário compreender
as posições sociais e os capitais simbólicos de modos
distintos.

[...] no lugar do sensacionalismo, rótulo que nos indica a


intensidade de sensações geradas por estratégias como
invenções, exageros, distorções e omissões, lugar de fala
busca explicar por que a imprensa dirigida a esse público
opera com Modos de Endereçamento distintos dos usados
na imprensa de referência e constrói sua credibilidade de
outras maneiras. Do nosso ponto de vista, o lugar de onde
fala o segmento popular da

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