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DC
Revisão
Matemática Discreta
Funções
Cardinalidade
Conjuntos
Enumerabilidade
Conjunto de
Cantor
Prof.ª Dr.ª Diane Castonguay
Bibliografia Prof. Me. Julliano R. Nascimento
{diane, julliano}@inf.ufg.br
Instituto de Informática
Universidade Federal de Goiás
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O que é um conjunto?
MD
DC Definição
Revisão
Um conjunto é uma coleção de objetos, sem repetição e não
Conjuntos ordenada.
Relações
Funções
Cardinalidade Observação
Enumerabilidade Um objeto pertence ou não a um conjunto.
Conjunto de
Cantor Um objeto só pertence uma vez.
Bibliografia Não importa a ordem dos objetos.
Notação
~ 2 {|, }, ~, }
⇤ 62 {|, }, ~, }
{⇡, 2, 3, ⇡} = {2, 3, ⇡} = {3, 2, ⇡}
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Conjuntos Importantes
MD
DC Definições
Revisão
O conjunto vazio é o conjunto que não possui elementos,
Conjuntos
Relações
denotado por ;.
Funções N = {0, 1, 2, 3, . . .}, o conjunto dos números naturais.
Cardinalidade
N⇤ = N {0} = {1, 2, 3, . . .}, o conjunto dos números
Enumerabilidade
naturais exceto o zero.
Conjunto de
Cantor Z = {. . . , 2, 1, 0, 1, 2, . . .}, o conjunto dos números
Bibliografia
inteiros.
Z+ = {1, 2, 3, . . .}, o conjunto dos números inteiros
positivos.
Q = { pq | p 2 Z, q 2 Z e q 6= 0}, o conjunto dos números
racionais.
R, o conjunto dos números reais.
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MD
DC Definição
Revisão
Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A é um subconjunto
Conjuntos
Relações
de B (ou A está contido em B, ou B contém A) se todo
Funções elemento de A é um elemento de B.
Cardinalidade
Enumerabilidade Notação
Conjunto de
Cantor
A✓B
Bibliografia
Observação
Seja A um conjunto. Então:
; ✓ A.
A ✓ A.
x 2 A , {x} ✓ A.
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Criando conjuntos a partir de outros
MD
DC
Definição: Conjunto Potência
Revisão
Conjuntos Seja A um conjunto. O conjunto potência de A, denotado por
Relações
Funções
2A , é o conjunto formado de todos os subconjuntos de A.
Cardinalidade
Enumerabilidade Observação
Conjunto de
Cantor Observamos que 2A = {X | X ✓ A}.
Bibliografia
Exemplo
Consideramos A = {0, 1}. Então, 2A = {;, {0}, {1}, A}.
Seja B = {~, ⇡, c}. Então
2B = {;, {~}, {⇡}, {c}, {~, ⇡}, {~, c}, {⇡, c}, B}.
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Produto Cartesiano
MD
DC Definição
Revisão
Sejam A e B dois conjuntos.
Conjuntos O produto cartesiano de A por B é o conjunto de todos os
Relações
Funções
pares ordenados formados de um elemento de A e depois de um
Cardinalidade elemento de B
Enumerabilidade
Conjunto de Notação
Cantor
Bibliografia
A ⇥ B = {(a, b) | a 2 A, b 2 B}
Exemplo
Consideramos os conjuntos A = {0, 1} e B = {?, ⇤, ⇡}.
O produto cartesiano de A por B é o conjunto
A ⇥ B = {(0, ?), (0, ⇤), (0, ⇡), (1, ?), (1, ⇤), (1, ⇡)}
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Relações
MD
Definição
DC
Sejam A e B dois conjuntos.
Revisão
Conjuntos
Relações
Dizemos que R é uma relação de A para B se R ✓ A ⇥ B.
Funções Dizemos que R é uma relação sobre A se R ✓ A ⇥ A.
Cardinalidade
Enumerabilidade
Exemplos
Conjunto de
Cantor
; é uma relação de A para B.
Bibliografia
A ⇥ B é uma relação de A para B.
Se X ✓ A e Y ✓ B
então X ⇥ Y é uma relação de A para B.
idA = {(a, b) 2 A ⇥ A | a = b} é uma relação sobre A.
Div = {(a, b) 2 Z ⇥ Z | a|b} é uma relação sobre Z.
= {(a, b) 2 Z ⇥ Z | a b}.
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Função
MD
DC
Revisão
Funções
Injetora
Sobrejetora
Bijeção
Inversa
Composição
Cardinalidade
Enumerabilidade
Conjunto de
Cantor
Bibliografia
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De onde vem, para onde vai
MD
Definições
DC
Seja f uma relação.
Revisão
O domínio de f é o conjunto
Funções
Injetora
Sobrejetora
Domf = {a | 9b; (a, b) 2 f }
Bijeção
Inversa A imagem de f é o conjunto
Composição
Cardinalidade
Imf = {b | 9a; (a, b) 2 f }
Enumerabilidade
Conjunto de Exemplos
Cantor
Bibliografia
f = {(1, 3); (2, 3); (3, 2); (3, 4)},
Domf = {1, 2, 3}, Imf = {2, 3, 4}.
g = {(1, 3), (2, 3), (3, 2), (4, 4)},
Domg = {1, 2, 3, 4}, Img = {2, 3, 4}.
h = {(1, 3), (2, 1), (3, 2), (4, 4)},
Domh = {1, 2, 3, 4} = Imh.
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Função
MD
DC Definição
Revisão Seja f uma relação de A para B.
Funções Dizemos que f é uma função de A para B quando satisfaz:
Injetora
Sobrejetora
Bijeção
se (a, b), (a, c) 2 f então b = c.
Inversa
Composição se a 2 A, então 9b 2 B tal que (a, b) 2 f , ou seja
Cardinalidade Domf = A.
Enumerabilidade
Conjunto de
Cantor Notação
Bibliografia - Denotamos por f : A ! B uma função de A para B.
- Para cada a 2 A, existe um único b 2 B tal que (a, b) 2 f .
Denotamos este elemento b por f (a) (f de a). Neste caso,
dizemos que f (a) é definido.
- Imf pode ser denotada também por f (A).
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Função
MD
Exemplos
DC
idA é uma função sobre A definida por idA (x) = x.
Revisão
Em geral, A ⇥ A não é uma função.
Funções
Injetora Div|N não é uma função.
Sobrejetora
Bijeção
Inversa f = {(1, 3), (2, 3), (3, 2), (3, 4)} não é uma função.
Composição
Cardinalidade
g = {(1, 3), (2, 3), (3, 2), (4, 4)} é uma função sobre
Enumerabilidade {1, 2, 3, 4}.
Conjunto de h = {(1, 3), (2, 1), (3, 2), (4, 4)} é uma função sobre
Cantor
Bibliografia
{1, 2, 3, 4}.
A relação f = {(x, y) 2 R ⇥ R | xy = 1} é uma função de
R⇤ para R definida por f (x) = 1/x.
A relação g = {(x, y) 2 R ⇥ R | xy = 0} não é função.
A relação h = g \ (R⇤ ⇥ R) é uma função de R⇤ para R.
Observe que h é definida por h(x) = 0.
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Função de Escolha
MD
Definição
DC
Seja B um conjunto, P ✓ 2B e A 2 P. Dizemos que
Revisão
Funções f :P!B
Injetora
Sobrejetora
Bijeção
Inversa é uma função de escolha quando:
Composição
Cardinalidade
f (A) 2 A, 8A 2 P
Enumerabilidade
Conjunto de
Cantor Observação
Bibliografia
;2
/P
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Função de Escolha
MD
Definição
DC
Seja B um conjunto, P ✓ 2B e A 2 P. Dizemos que
Revisão
Funções f :P!B
Injetora
Sobrejetora
Bijeção
Inversa é uma função de escolha quando:
Composição
Cardinalidade
f (A) 2 A, 8A 2 P
Enumerabilidade
Conjunto de
Cantor Exemplos (1/3)
Bibliografia
A função f : P ! B definida por
A1 7 ! 2
A2 7 ! 4
A3 7 ! 2
Função de Escolha
MD
Definição
DC
Seja B um conjunto, P ✓ 2B e A 2 P. Dizemos que
Revisão
Funções f :P!B
Injetora
Sobrejetora
Bijeção
Inversa é uma função de escolha quando:
Composição
Cardinalidade
f (A) 2 A, 8A 2 P
Enumerabilidade
Conjunto de
Cantor Exemplos (2/3)
Bibliografia
A função g : P ! B definida por
A1 7 ! 2
A2 7 ! 3
Funções f :P!B
Injetora
Sobrejetora
Bijeção
Inversa é uma função de escolha quando:
Composição
Cardinalidade
f (A) 2 A, 8A 2 P
Enumerabilidade
Conjunto de
Cantor Exemplos (3/3)
Bibliografia
A função h : P ! B definida por
A1 7 ! 3
A2 7 ! 1
A3 7 ! 4
Injetora
MD
DC Definição
Revisão
Seja f uma função.
Funções
Dizemos que f é injetora quando
Injetora
Sobrejetora
se (a, y) 2 f e (b, y) 2 f , (ou seja se f (a) = f (b)) então a = b.
Bijeção
Inversa
Composição
Cardinalidade
Enumerabilidade
Exemplos (1/2)
Conjunto de idA é uma função injetora.
Cantor
Bibliografia
g = {(1, 3), (2, 3), (3, 2), (4, 4)} não é uma função injetora.
h = {(1, 3), (2, 1), (3, 2), (4, 4)} é uma função injetora.
A relação f = {(x, y) 2 R ⇥ R | xy = 1} é uma função
injetora.
16 / 92
Injetora
MD
DC Definição
Revisão
Seja f uma função.
Funções
Dizemos que f é injetora quando
Injetora
Sobrejetora
se (a, y) 2 f e (b, y) 2 f , (ou seja se f (a) = f (b)) então a = b.
Bijeção
Inversa
Composição
Cardinalidade
Enumerabilidade
Exemplos (2/2)
Conjunto de A função de escolha e : P ! B
Cantor
definida por
Bibliografia
A1 7 ! 3
A2 7 ! 4
A3 7 ! 2
17 / 92
Função Injetora
MD
Exemplo
DC
Seja f : R ! R definida por f (x) = x + 1. Mostre que f é
Revisão
injetora.
Funções
Injetora
Sobrejetora Solução
Bijeção
Inversa
Composição
Sejam x, y 2 R tais que f (x) = f (y).
Cardinalidade Logo, x=x+0 (neutro)
Enumerabilidade
= x + (1 1)
Conjunto de
Cantor = (x + 1) 1 (associatividade)
Bibliografia
= (y + 1) 1 (hipótese)
= y + (1 1) (associatividade)
=y+0
=y (neutro)
Portanto, x = y.
18 / 92
Função Injetora
MD
DC
Revisão Exemplo
Funções
Injetora Seja f : Z ! Z definida por f (x) = 3x + 4. Prove que f é
Sobrejetora
Bijeção injetora.
Inversa
Composição
Cardinalidade Solução
Enumerabilidade
Sejam x, y 2 Z tais que f (x) = f (y).
Conjunto de
Cantor Temos que 3x + 4 = 3y + 4.
Bibliografia Subtraindo 4 de ambos os membros, então 3x = 3y.
Dividindo ambos os membros por 3, obtemos que x = y.
Portanto, x = y.
19 / 92
Função Injetora
MD
DC
Revisão
Funções
Injetora
Sobrejetora
Exemplo
Bijeção
Inversa Determine se a função f : Z ! Z definida por f (x) = x2 é
Composição
Cardinalidade
injetora.
Enumerabilidade
Conjunto de Solução
Cantor
Bibliografia
Não é injetora pois, f (1) = f ( 1) = 1, mas 1 6= 1.
20 / 92
Sobrejetora
MD
DC Definição
Revisão Seja f : A ! B uma função.
Funções Dizemos que f é sobrejetora quando para cada b 2 B, existe
Injetora
Sobrejetora a 2 A tal que f (a) = b, ou seja Imf = B.
Bijeção
Inversa
Composição
Cardinalidade
21 / 92
Sobrejetora
MD
DC Definição
Revisão Seja f : A ! B uma função.
Funções Dizemos que f é sobrejetora quando para cada b 2 B, existe
Injetora
Sobrejetora a 2 A tal que f (a) = b, ou seja Imf = B.
Bijeção
Inversa
Composição
Cardinalidade
22 / 92
Função sobrejetora
MD
DC
Exemplo
Revisão
Funções
Seja a função f : Z ! Z definida por f (x) = x + 1. Mostre
Injetora
Sobrejetora
que f é sobrejetora.
Bijeção
Inversa
Composição
Solução
Cardinalidade
Enumerabilidade Seja b 2 Z.
Conjunto de Consideramos ~ = b 1 2 Z.
Cantor
Temos que
Bibliografia
f (~) = ~ + 1 = (b 1) + 1 = b
Portanto, f (~) = b.
23 / 92
Função sobrejetora
MD
DC
Exemplo
Revisão
Seja f : Q ! Q dada por f (x) = 3x + 4. Prove que f é
Funções
Injetora sobrejetora.
Sobrejetora
Bijeção
Inversa
Composição Solução
Cardinalidade
Seja b 2 Q.
Enumerabilidade
Conjunto de
Consideramos ~ = 13 (b 4) 2 Q.
Cantor Note que
Bibliografia
1
f (~) = 3(~) + 4 = 3( (b 4)) + 4 = b 4+4=b
3
Portanto, f (~) = b.
24 / 92
Função sobrejetora
MD
DC
Revisão
Funções
Injetora
Sobrejetora
Exemplo
Bijeção
Inversa A função f : Z ! Z definida por f (x) = x2 é sobrejetora?
Composição
Cardinalidade
Enumerabilidade Solução
Conjunto de
Cantor
Note que não há número inteiro x com x2 = 1. Logo, f não é
Bibliografia sobrejetora.
25 / 92
Bijeção
MD
Definição
DC
Seja f : A ! B uma função.
Revisão Dizemos que f é uma bijeção, ou é uma função bijetora se ela é
Funções
Injetora
injetora e sobrejetora.
Sobrejetora
Bijeção
Inversa
Composição
Exemplos
Cardinalidade idA é uma função bijetora.
Enumerabilidade
A função f : Q ! Q definida por f (x) = 3x + 4 é uma
Conjunto de
Cantor função bijetora.
Bibliografia
h = {(1, 3), (2, 1), (3, 2), (4, 4)} é uma função bijetora.
Seja B um conjunto e P = {{x} | x 2 B}.
A função de escolha
f : P ! B dada por
{x} 7 ! x é bijetora.
26 / 92
Funções
MD
Exemplo
DC
Seja f : R+ ! R+ dada por f (x) = x2 . A função f é bijetora?
Revisão
Funções
Injetora Solução
Sobrejetora
Bijeção
Inversa Sejam x, y 2 R+ tais que f (x) = f (y).
Composição
Então x2 = y 2 .
Cardinalidade
Note que p p
Enumerabilidade
Conjunto de
x = |x| = x2 = y 2 = |y| = y
Cantor
Bibliografia
Portanto, x = y.
Seja b 2 R+ . p
Consideramos ~ = b 2 R+ .
Observe que p
f (~) = (~)2 = ( b)2 = b
Portanto, f (~) = b.
27 / 92
Funções
MD
DC
Revisão
Funções
Injetora
Exemplo
Sobrejetora
Bijeção
Inversa Seja f : [0, 1] ! (0, 1) definida por
Composição 8
Cardinalidade >
<1/2, se x = 0,
Enumerabilidade f (x) = 1/(n + 2), se x = 1/n, n 2 N⇤ ,
Conjunto de >
:
Cantor x, se x 6= 0, 1/n, n 2 N⇤ .
Bibliografia
Mostre que f é bijetora.
28 / 92
Funções
MD
Exemplo
DC
Seja f : [0, 1] ! (0, 1) definida por
Revisão
8
>
<1/2, se x = 0,
Funções
Injetora f (x) = 1/(n + 2), se x = 1/n, n 2 N⇤ ,
Sobrejetora
Bijeção
>
:
Inversa x, se x 6= 0, 1/n, n 2 N⇤ .
Composição
Bibliografia
Primeiro mostramos que f ([0, 1]) ✓ (0, 1). Seja x 2 [0, 1].
Caso 1: x = 0, f (0) = 1/2 2 (0, 1).
Caso 2: x = 1/n, n 2 N⇤ , f (x) = 1/(n + 2).
Como n > 0, temos que n + 2 > 2 > 1.
Dividindo a desigualdade 0 < 1 < n + 2 por n + 2, temos
0 < 1/(n + 2) < 1.
29 / 92
Funções
MD
Exemplo
DC
Seja f : [0, 1] ! (0, 1) definida por
Revisão
8
>
<1/2, se x = 0,
Funções
Injetora f (x) = 1/(n + 2), se x = 1/n, n 2 N⇤ ,
Sobrejetora
Bijeção
>
:
Inversa x, se x 6= 0, 1/n, n 2 N⇤ .
Composição
Bibliografia
Agora mostramos que f é injetora.
Observe que
f (0) = 1/2 6= 1/(n + 2) = f (1/n), 8n 2 N⇤ e
f (1/n) = 1/(n + 2) 6= 1/(m + 2) = f (1/m), 8m, n 2 N⇤ ,
m 6= n.
Seja x 6= 0, 1/n, 8n 2 N⇤ . Temos que
f (x) = x 6= 1/m, 8m 2 N⇤ .
30 / 92
Funções
MD
Exemplo
DC
Seja f : [0, 1] ! (0, 1) definida por
Revisão
8
>
<1/2, se x = 0,
Funções
Injetora f (x) = 1/(n + 2), se x = 1/n, n 2 N⇤ ,
Sobrejetora
Bijeção
>
:
Inversa x, se x 6= 0, 1/n, n 2 N⇤ .
Composição
Bibliografia
Agora mostramos que f é sobrejetora. Seja x 2 (0, 1).
Logo, x 6= 0, e temos dois casos: x = 1/n, para algum n 2 N⇤
ou não.
Caso 1: x = 1/n. Como x 6= 1, n 2.
Se n = 2, f (0) = 1/2 = 1/n.
Senão f (1/(n 2)) = 1/(n 2 + 2) = 1/n.
31 / 92
Funções
MD
DC
Exemplo
Seja f : [0, 1] ! (0, 1) definida por
Revisão 8
Funções >
<1/2, se x = 0,
Injetora
Sobrejetora f (x) = 1/(n + 2), se x = 1/n, n 2 N⇤ ,
Bijeção >
:
Inversa
Composição
x, se x 6= 0, 1/n, n 2 N⇤ .
Cardinalidade Mostre que f é bijetora.
Enumerabilidade
Conjunto de
Cantor Esboço da Solução (3/3)
Bibliografia
Agora mostramos que f é sobrejetora. Seja x 2 (0, 1).
Logo, x 6= 0, e temos dois casos: x = 1/n, para algum n 2 N⇤
ou não.
Caso 2: x 6= 1/n.
f (x) = x.
32 / 92
Função inversa
MD
DC
Revisão Pergunta
Funções
Injetora
Seja f : A ! B uma função.
Sobrejetora
Bijeção
Quando a relação f 1 é uma função de B para A?
Inversa
Composição
Cardinalidade Observação
Enumerabilidade
Seja f uma relação.
Conjunto de
Cantor
1
Bibliografia Domf = Imf
e
1
Imf = Domf
33 / 92
DC
Teorema
Revisão
Funções
Seja f : A ! B uma função.
Injetora
Sobrejetora
A relação inversa f 1 é uma função de B para A.
Bijeção
Inversa
(f 1 : B ! A) se e somente se f é bijetora.
Composição
Cardinalidade
Enumerabilidade
Exemplos
Conjunto de h = {(1, 3), (2, 1), (3, 2), (4, 4)} é uma função bijetora e
Cantor
h 1 = {(1, 2), (2, 3), (3, 1), (4, 4)}.
Bibliografia
idA é uma função bijetora e idA1 = idA .
A função f : Q ! Q definida por f (x) = 3x + 4 é uma
função bijetora e f 1 é definida por f 1 (x) = (x 4)/3.
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Composição de função
MD
DC Definição
Revisão Sejam f : A ! B e g : B ! C funções. Então, a relação g f
Funções é uma função de A para C definida por (g f )(x) = g(f (x)).
Injetora
Sobrejetora
Bijeção
Inversa
Composição
Exemplos
Cardinalidade Consideramos f : Q ! Q e g : Q ! Q definidas por
Enumerabilidade f (x) = x2 e g(x) = x + 1. Então, temos que
Conjunto de
Cantor
(f g)(x) = (x + 1)2 = x2 + 2x + 1 e
Bibliografia (g f )(x) = x2 + 1.
Consideramos f : Q ! Q e g : Q ! Q definidas por
f (x) = x2 + x e g(x) = 3x + 1. Então, temos que
(f g)(x) = (3x + 1)2 + 3x + 1 = 9x2 + 9x + 2 e
(g f )(x) = 3(x2 + x) + 1 = 3x2 + 3x + 1
35 / 92
Algumas propriedades
MD
DC
Revisão
Funções
Injetora Proposição
Sobrejetora
Bijeção
Inversa
Seja f : A ! B uma função.
Composição
1 se f é bijetora então f f 1 = idB e f 1 f = idA
Cardinalidade
36 / 92
Algumas propriedades
MD
DC
Revisão
Proposição
Funções
Injetora
Sobrejetora Sejam f : A ! B e g : B ! C funções.
Bijeção
Inversa
Composição Se g f é injetora então f é injetora.
Cardinalidade
Se g f é sobrejetora então g é sobrejetora.
Enumerabilidade
Conjunto de
Se g f é bijetora então f é injetora e g é sobrejetora.
Cantor
Se f e g são injetoras então g f é injetora.
Bibliografia
Se f e g são sobrejetoras então g f é sobrejetora.
Se f e g são bijetoras então g f é bijetora.
37 / 92
Cardinalidade
MD
Definição
DC
Um conjunto finito é um conjunto que possui uma
Revisão
quantidade finita de elementos.
Funções
Cardinalidade
A cardinalidade de um conjunto finito é o valor desta
Enumerabilidade
quantidade. Denotamos por |A| a cardinalidade de A.
Conjunto de Um conjunto é dito infinito se não for finito.
Cantor
Bibliografia
Exemplo
Consideramos D = {x 2 Z | x|10}. Então, D é um
conjunto finito e |D| = 8
Consideramos C = {|, }, ~, }. Então, C é um conjunto
finito e |C| = 4.
O conjunto N é infinito.
|;| = 0.
38 / 92
Cardinalidade
MD
DC Definição
Revisão Um conjunto finito é um conjunto que possui uma
Funções quantidade finita de elementos.
Cardinalidade
A cardinalidade de um conjunto finito é o valor desta
Enumerabilidade
quantidade. Denotamos por |A| a cardinalidade de A.
Conjunto de
Cantor
Um conjunto é dito infinito se não for finito.
Bibliografia
Observações
Cardinalidade de conjuntos finitos define uma relação de
equivalência.
Reflexiva: |A| = |A| para qualquer conjunto A.
Simétrica: Se |A| = |B|, então |B| = |A|.
Transitiva: Se |A| = |B| e |B| = |C|, então |A| = |C|.
39 / 92
Cardinalidade
MD
DC
Conjunto de
Cantor Finito versus Infinito
Bibliografia
Portanto, um conjunto A é um conjunto:
Finito se for possível representá-lo por extensão (listar
exaustivamente todos os seus elementos).
Infinito se for possível retirar alguns elementos de A e,
mesmo assim, estabelecer uma bijeção com A.
40 / 92
Conjuntos infinitos
MD
DC
Revisão
Exemplo 1
Funções
Cardinalidade
Existe uma bijeção entre N e N⇤ .
Enumerabilidade
Conjunto de Demonstração
Cantor
Conclusão
O conjunto N é infinito.
41 / 92
Conjuntos infinitos
MD
Observação
DC
Não existe uma bijeção entre N = {0, 1, 2, 3, . . . } e
Revisão N N⇤ = {0}. Mesmo assim o conjunto N é infinito.
Funções
Cardinalidade
Exercício
Enumerabilidade
Conjunto de
Tem uma bijeção entre (0, 1) e [0, 1], portanto o intevalo [0, 1]
Cantor é infinito.
Bibliografia
Dica
Utilize a função do slide 23:
Seja f : [0, 1] ! (0, 1) definida por
8
>
<1/2, se x = 0,
f (x) = 1/(n + 2), se x = 1/n, n 2 N⇤ ,
>
:
x, se x 6= 0, 1/n, n 2 N⇤ .
42 / 92
Cardinalidade
MD
DC
Cardinalidade de conjuntos finitos
Revisão
Se A = ;, então |A| = 0.
Funções
Cardinalidade
Senão existe uma bijeção entre A e o conjunto
Enumerabilidade
Jn = {1, 2, 3, . . . , n} para algum n 2 N⇤ e |A| = n.
Conjunto de
Cantor
Bibliografia
E a cardinalidade dos conjuntos infinitos?
Como saber se dois conjuntos têm a mesma cardinalidade?
Se os dois conjuntos forem finitos, basta contar a
quantidade de elementos de cada um e comparar se as
quantidades são iguais.
Mas, como comparar a cardinalidade de dois conjuntos
infinitos?
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Cardinalidade
MD
DC
Definição
Revisão
Bibliografia
Observações
Esta definição é válida para conjuntos finitos e infinitos.
Cardinalidade é uma relação de equivalência também para
conjuntos infinitos.
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Cardinalidade
MD
DC
Definição
Revisão
Bibliografia
Exemplos
Sejam A = {0, 1, 2} e B = { 2, 1, 0}. |A| = |B|.
Sejam C = {|, }, ~, } e D = {1, 2, 3, 4}. |C| = |D|.
|N| = |N⇤ |.
|[0, 1]| = |(0, 1)|.
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Cardinalidade
MD
Exemplo
DC
Mostre que |R| = |(0, 1)|.
Revisão
Funções
Cardinalidade Demonstração
Enumerabilidade Devemos mostrar uma função bijetora f : R ! (0, 1).
Conjunto de
Cantor
Considere a função f : R ! (0, 1) definida por
Bibliografia
1
f (x) =
1 + ex
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Cardinalidade
MD
Exemplo
DC
Mostre que |R| = |(0, 1)|.
Revisão
Funções
Cardinalidade Demonstração
Enumerabilidade Mostraremos que f é injetora.
Conjunto de
Cantor
Sejam x, y 2 R tais que f (x) = f (y).
Bibliografia
Logo,
1 1
=
1 + ex 1 + ey
1 + ey = 1 + ex
ey = ex
y=x
x=y
Portanto, x = y.
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Cardinalidade
MD
Exemplo
DC
Mostre que |R| = |(0, 1)|.
Revisão
Funções
Cardinalidade Demonstração
Enumerabilidade Mostraremos que f é sobrejetora.
Conjunto de
Cantor
Seja b 2 (0, 1).
Bibliografia
Consideramos ~ = ln( 1b 1) 2 R.
Temos que
1 1 1 1
f (~) = = = 1 = 1 =b
1 + e~ 1
1 + eln( b 1) 1+ b 1 b
Portanto, f (~) = b.
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Cardinalidade
MD
DC
Revisão
Funções
Exemplo
Cardinalidade Sejam a, b 2 Z tais que a < b.
Enumerabilidade Mostre que A = [0, 1] e B = [a, b] têm a mesma cardinalidade.
Conjunto de
Cantor
Bibliografia
Dica
Considere a função f : A ! B definida por
f (x) = (b a) · x + a.
Mostre que f é bijetora.
Conclui-se que |A| = |B|.
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Conjunto de f é sobrejetora.
Cantor
Bibliografia
f é bijetora.
Proposição 2
Sejam A e B dois conjuntos finitos e f : A ! B uma função.
Se f é injetora então |A| |B|.
Se f é sobrejetora então |A| |B|.
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Resultados para conjuntos finitos
MD
Proposição 1
DC
Sejam A e B dois conjuntos finitos tais que |A| = |B| e
Revisão f : A ! B uma função.
Funções As seguintes condições são equivalentes:
Cardinalidade
f é injetora.
Enumerabilidade
Conjunto de f é sobrejetora.
Cantor
Bibliografia
f é bijetora.
Contra-exemplo
A Proposição 1 não pode ser estendida para conjuntos infinitos.
Seja f : N ! N definida por
f (x) = x + 1
DC
Revisão Definição
Funções Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que |A| |B| se existe
Cardinalidade
f : A ! B uma função injetora
Enumerabilidade
Conjunto de
Cantor É uma ordem entre cardinalidades?
Bibliografia
Reflexividade: Segue do fato que uma função bijetora é
injetora.
Transitividade: Segue da Proposição do slide 31 sobre
composição de funções.
Antissimetria: Segue do teorema a seguir.
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Ordem entre cardinalidades
MD
DC
Revisão
Veja mais
A prova deste teorema pode ser encontrada em Hammack [2].
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Generalização da Proposição 2
MD
Proposição 2
DC
Sejam A e B dois conjuntos e f : A ! B uma função.
Revisão
Conjunto de
Cantor Demonstração
Bibliografia
O primeiro item segue da definição.
Falta só ver o segundo item.
Definimos a função g : B ! A a seguir.
Seja y 2 B. Como f é sobrejetora, existe x tal que f (x) = y.
Escolhemos um tal elemento x e definimos g(y) = x.
Logo, por definição de g, temos que f (g(y)) = y.
Ou seja, f g = idB .
Como idB é bijetora, temos que g é injetora e logo |B| |A|.
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Cardinalidade
MD
DC Teorema
Revisão Os conjuntos [0, 1) e (0, 1) têm a mesma cardinalidade.
Funções
Cardinalidade Demonstração
Enumerabilidade
Sejam as duas funções f : [0, 1) ! (0, 1) e g : (0, 1) ! [0, 1)
Conjunto de
Cantor definidas por
Bibliografia 1 1
f (x) = + x
4 2
g(x) = x.
Como f e g são injetoras, o Teorema de
Cantor-Bernstein-Schröeder implica que existe uma bijeção
h : [0, 1) ! (0, 1).
Portanto |[0, 1)| = |(0, 1)|.
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Cardinalidade
MD
Georg Cantor (1845-1918)
DC
A teoria de conjuntos moderna se deve ao matemático
Revisão alemão Georg Cantor.
Funções
Antes de Cantor, dois conjuntos infinitos eram
Cardinalidade
Enumerabilidade
considerados com a mesma cardinalidade.
Conjunto de Com as idéias revolucionárias de Cantor e seu famoso
Cantor
Método da Diagonal pode-se demonstrar um fato até então
Bibliografia
impensável: que existem infinitos maiores do que outros!
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Enumerabilidade
MD
DC
Definições
Revisão
Um conjunto A é:
Funções
Cardinalidade
enumerável, se |A| = |N|.
Enumerabilidade contável, se A é finito ou enumerável,
Conjunto de
Cantor
não enumerável se A é infinito e |A| =
6 |N|.
Bibliografia contínuo, se |A| = |R|.
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Enumerabilidade
MD
DC
Revisão
Observações
Funções
Cardinalidade
Um conjunto enumerável é um conjunto contável infinito.
Enumerabilidade A cardinalidade dos números naturais é denotada por @0
Conjunto de (aleph zero), isto é, |N| = @0 .
Cantor
Bibliografia
Qualquer conjunto contável infinito tem cardinalidade @0 .
Um conjunto enumerável pode ser escrito numa lista
infinita x1 , x2 , x3 , x4 . . .
A cardinalidade dos números reais é denotada por c
(contínuo), assim, |R| = c.
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Enumerabilidade
MD
DC
Revisão
Funções
Exemplo
Cardinalidade Mostre que o conjunto dos inteiros positivos pares é enumerável.
Enumerabilidade
Conjunto de
Cantor
Demonstração
Bibliografia Seja P = {2, 4, 6, . . . } o conjunto dos inteiros positivos pares.
Para provar que P é enumerável, mostramos que |N| = |P |.
Considere a função f : N⇤ ! P definida por f (x) = 2x.
Note que f é bijetora, assim |N| = |N⇤ | = |P |.
Portanto P é enumerável.
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Enumerabilidade
MD
Exemplo: Hotel de Hilbert
DC
O Hotel de Hilbert possui infinitos quartos e cada quarto
Revisão está ocupado por um hóspede. E se chegar um novo
Funções hóspede?
Cardinalidade
O hotel está lotado, no sentido de que todos os quartos
Enumerabilidade
Conjunto de
estão ocupados, mas não no sentido de que não caiba mais
Cantor hóspedes.
Bibliografia
60 / 92
Enumerabilidade
MD
DC
Revisão
61 / 92
Enumerabilidade
MD
DC
Revisão
Funções
Primeiro Desafio: Alocar um número infinito de novos
Cardinalidade
clientes
Enumerabilidade Por um argumento análogo é possível alocar um número
Conjunto de infinito (enumerável) de novos clientes (um ônibus com
Cantor
Bibliografia
infinitos passageiros).
Apenas mova o hóspede do quarto 1 para o quarto 2, o
hóspede do quarto 2 para o quarto 4, e em geral do quarto
n para o quarto 2n, assim todos os quartos de número
ímpar estarão livres para os novos hóspedes.
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Enumerabilidade
MD
DC
Conjunto de
desta vez, um hóspede que esteja no quarto n deverá se
Cantor mudar para o quarto 2n .
Bibliografia
O gerente dispõe de infinitas vagas novamente.
Depois, o gerente associa a cada ônibus um número primo
diferente de dois. Então, ele acomoda os passageiros
segundo a seguinte regra: o passageiro que está na cadeira
n do ônibus p ocupará o quarto de número pn .
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Enumerabilidade
MD
DC
Revisão
Funções
Cardinalidade
Hotel de Hilbert
Enumerabilidade
Conjunto de
Observe que em todas as situações anteriores sempre
Cantor conseguimos enumerar a quantidade de hóspedes e os
Bibliografia
quartos do Hotel, ou seja, é possível construir uma bijeção
entre N e a quantidade de hóspedes.
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Enumerabilidade
MD
DC
Revisão
Funções Exercício
Cardinalidade Mostre que |N| = |Z|.
Enumerabilidade
Conjunto de
Cantor Dica
Bibliografia Considere a função bijetora f : N ! Z definida por
(
n/2 se n é par,
f (n) =
(n + 1)/2 se n é ímpar.
65 / 92
Enumerabilidade
MD
DC
Teorema
O conjunto Q+ dos números racionais positivos é enumerável.
Revisão
Funções
Cardinalidade 1 1 1 1 1 1 ···
1 2 3 4 5 6
Enumerabilidade
Conjunto de 2 2 2 2 2 2
Cantor 1 2 3 4 5 6
···
Bibliografia
3 3 3 3 3 3 ···
1 2 3 4 5 6
4 4 4 4 4 4 ···
1 2 3 4 5 6
5 5 5 5 5 5 ···
1 2 3 4 5 6
.. .. .. .. .. ..
. . . . . .
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Enumerabilidade
MD
DC
Revisão
Funções
Cardinalidade
Enumerabilidade Exercício
Conjunto de
Cantor
O conjunto
Bibliografia
N⇤ ⇥ N⇤ = {(1, 1), (2, 1), (1, 2), (1, 3), (2, 2), (3, 1), . . . } é
enumerável.
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Enumerabilidade
MD
DC
Revisão
Cardinalidade de Conjuntos Infinitos
Funções
Cardinalidade
Vimos que a cardinalidade de conjuntos está associada à
Enumerabilidade existência de uma bijeção entre eles.
Conjunto de
Cantor
Através das ideias de Cantor, é possível demonstrar que
Bibliografia
existem conjuntos infinitos maiores que outros.
Mas, afinal, quais conjuntos infinitos têm cardinalidade
diferente?
A técnica que veremos a seguir é chamada “método da
diagonalização”.
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Enumerabilidade
MD
DC
Teorema
O conjunto A = [0, 1] não é enumerável.
Revisão
Funções
Conjunto de
Por contradição, suponha que A é enumerável.
Cantor Assim podemos listar, em sequência, os elementos de A.
Bibliografia
A = {x1 , x2 , x3 , . . . }
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Enumerabilidade
MD
DC
Teorema
O conjunto A = [0, 1] não é enumerável.
Revisão
Funções
Conjunto de
Cada elemento em A pode ser escrito na sua forma decimal.
Cantor Para os números que podem ser escritos de duas formas, por
Bibliografia exemplo 1.0 e 0.9, para evitar escrever o mesmo elemento duas
vezes, optamos (arbitrariamente) pela segunda representação.
70 / 92
Enumerabilidade
MD
DC
Teorema
O conjunto A = [0, 1] não é enumerável.
Revisão
Funções
Conjunto de
Listamos cada elemento de A na sua forma decimal:
Cantor
71 / 92
Enumerabilidade
MD
DC
Teorema
O conjunto A = [0, 1] não é enumerável.
Revisão
Funções
Conjunto de
Agora construímos um número real
Cantor
Bibliografia y = 0.p1 p2 p3 . . .
da seguinte maneira:
(
6 se dii = 5,
pi =
5 caso contrário.
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Enumerabilidade
MD
DC
Teorema
O conjunto A = [0, 1] não é enumerável.
Revisão
Funções
Conjunto de
Por exemplo, se a enumeração começar com
Cantor
Bibliografia x1 = 0.342134 . . .
x2 = 0.257001 . . .
x3 = 0.546122 . . .
x4 = 0.716525 . . .
y seria 0.5656 . . . .
Note que y 2 A, já que y é um número real entre 0 e 1.
73 / 92
Enumerabilidade
MD
DC
Teorema
O conjunto A = [0, 1] não é enumerável.
Revisão
Funções
Conjunto de
Se compararmos y com a enumeração do conjunto, y é
Cantor diferente do primeiro número na primeira casa decimal, do
Bibliografia segundo número na segunda casa decimal, e assim por diante.
Como y não contém zeros à direita do ponto decimal, ele não é
a representação alternativa de qualquer número da enumeração.
Portanto, y não é igual a qualquer elemento na enumeração.
Mas a enumeração é suposta a incluir todos os elementos do
conjunto, uma contradição.
74 / 92
Enumerabilidade
MD
DC
Teorema
O conjunto A = [0, 1] não é enumerável.
Revisão
Funções
Cardinalidade Observação
Enumerabilidade
Lembrando que |[0, 1]| = |(0, 1)| = |R|, o teorema acima
Conjunto de
Cantor indica a existência de pelo menos dois conjuntos infinitos
Bibliografia com tamanhos diferentes: N e R.
75 / 92
Enumerabilidade
MD
Voltando ao Exemplo do Hotel de Hilbert
DC
Se chegasse um grupo infinito de hóspedes ao Hotel de
Revisão
Hilbert, contendo um novo hóspede para cada numero real,
Funções
o gerente poderia hospedá-los?
Cardinalidade
Enumerabilidade
Não! Não é possível enumerar um número natural para
Conjunto de
cada número real.
Cantor
Bibliografia
76 / 92
Enumerabilidade
MD
DC
Revisão
Voltando ao Exemplo do Hotel de Hilbert
Funções
Cardinalidade
De fato, o conjunto dos números reais possui uma
Enumerabilidade
cardinalidade maior do que a dos números naturais e,
Conjunto de
portanto é “maior” do que @0 .
Cantor
Quando se tinha conjuntos infinitos enumeráveis de
Bibliografia
hóspedes para se acomodar no Hotel, sempre se conseguia
reorganizar os hóspedes, mas no momento que você tem
uma quantidade infinita não enumerável (números Reais)
surge um problema, afinal existem infinitos “maiores” que
outros.
77 / 92
Enumerabilidade
MD
DC Teorema de Cantor
Revisão Para qualquer conjunto A, os dois conjuntos A e 2A não têm a
Funções mesma cardinalidade.
Cardinalidade
Enumerabilidade
Conjunto de
Cantor
Demonstração (1/2)
Bibliografia Por contradição, suponha que |A| = |2A |.
Considere uma função bijetora f : A ! 2A .
Para qualquer elemento a 2 A, f (a) é um elemento de 2A , de
forma que f (a) é um conjunto que contém alguns elementos de
A e possivelmente contém o próprio a.
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Enumerabilidade
MD
DC Teorema de Cantor
Revisão Para qualquer conjunto A, os dois conjuntos A e 2A não têm a
Funções mesma cardinalidade.
Cardinalidade
Enumerabilidade
Conjunto de
Cantor
Demonstração (2/2)
Bibliografia Definimos agora um conjunto S = {x 2 A | x 2 / f (x)}.
Como S ✓ A, S 2 2A então 9y 2 A tal que f (y) = S. Assim y
pode ser ou não um elemento de S.
Se y 2 S, então, pela definição de S, y 2 / f (y), mas como
f (y) = S, y 2 / S.
Por outro lado, se y 2 / S, então, uma vez que S = f (y),
y2 / f (y) e, pela definição de S, y 2 S.
Em ambos os casos, chegamos a uma contradição.
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Enumerabilidade
MD
Teorema
DC
Os conjuntos R e 2N têm a mesma cardinalidade.
Revisão
Funções
Demonstração (1/4)
Cardinalidade
Enumerabilidade Como |R| = |(0, 1)| = |[0, 1)|, mostraremos que |[0, 1)| = |2N |.
Conjunto de
Cantor
Pelo Teorema de Cantor-Bernstein-Schröeder é suficiente
Bibliografia
mostrar funções injetoras f : [0, 1) ! 2N e g : 2N ! [0, 1).
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Enumerabilidade
MD
Teorema
DC
Os conjuntos R e 2N têm a mesma cardinalidade.
Revisão
Funções
Demonstração (2/4)
Cardinalidade
Enumerabilidade
MD
Teorema
DC
Os conjuntos R e 2N têm a mesma cardinalidade.
Revisão
Funções
Demonstração (3/4)
Cardinalidade
onde (
1 se i 2 X,
bi =
0 caso contrário.
Por exemplo, g({1, 3}) = 0.101, g({2, 4, 6, . . . }) = 0.01,
g(;) = 0 e g(N) = 0.1.
Funções
Demonstração (4/4)
Cardinalidade
Enumerabilidade
Sejam dois conjuntos X e Y tais que X 6= Y .
Conjunto de Então, existe ao menos um inteiro i que pertence ou a X ou Y .
Cantor
Logo, g(X) 6= g(Y ), porque eles diferem no i-ésimo dígito
Bibliografia
decimal.
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Enumerabilidade
MD
DC
Revisão
Relação entre |N| e |R|
Funções Vimos que |N| = @0 e |R| = c.
Cardinalidade Pelo Teorema de Cantor |N| < |R|.
Enumerabilidade Por quase um século depois que Cantor formulou suas teorias
Conjunto de
Cantor
sobre conjuntos infinitos, vários matemáticos trabalharam com
Bibliografia
a questão de se existe ou não um conjunto A para o qual
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Enumerabilidade
MD
DC
Hipótese do Contínuo
Revisão
Não existe número cardinal tal que @0 < < c.
Funções
Cardinalidade
85 / 92
Enumerabilidade
MD
DC
Hipótese do Contínuo
Revisão
Não existe número cardinal tal que @0 < < c.
Funções
Cardinalidade
86 / 92
Enumerabilidade
MD
DC
Hipótese do Contínuo
Revisão
Não existe número cardinal tal que @0 < < c.
Funções
Cardinalidade
87 / 92
Conjunto de Cantor
MD
DC
Revisão História
Funções Foi descoberto em 1874 por Henry John Stephen Smith e
Cardinalidade introduzido por Georg Cantor em 1883.
Enumerabilidade
Conjunto de
Cantor Propriedades
Bibliografia
Possui aplicações em Topologia, Geometria e Teoria dos
Conjuntos.
Tem a mesma cardinalidade do conjunto dos números reais.
Possui medida nula.
Pode ser visto como um fractal (autossimilaridade).
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Conjunto de Cantor
MD
DC
Revisão
Funções
Cardinalidade
Enumerabilidade
Conjunto de
Cantor
Bibliografia
89 / 92
Conjunto de Cantor
MD
DC
Construção do Conjunto de Cantor
Revisão
Parte-se do intervalo A0 = [0, 1],
Funções
No passo 1, retira-se o terço do meio do intervalo:
Cardinalidade
Enumerabilidade
1 2
Conjunto de A1 = 0, [ ,1
Cantor 3 3
Bibliografia
No passo 2, retira-se o terço do meio de cada um dos dois
intervalos criados pelo passo 1:
1 2 3 6 7 8
A2 = 0, [ , [ , [ ,1
9 9 9 9 9 9
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Conjunto de Cantor
MD
DC
Construção do Conjunto de Cantor
Revisão O Conjunto de Cantor é a intersecção dos conjuntos An
Funções
produzidos:
Cardinalidade \1
Enumerabilidade C= An
Conjunto de n=1
Cantor
Bibliografia
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Referências Bibliográficas I
MD
DC [1] Gersting, J. L.
Fundamentos Matemáticos para a Ciência da Computação.
Revisão
5a. edição, Editora LTC, 2004.
Funções
[2] Hammack, R. H.
Cardinalidade Book of Proof.
Enumerabilidade Richard Hammack, 2018.
Conjunto de
Disponível em: https://www.people.vcu.edu/~rhammack/BookOfProof/.
Cantor Acesso em fevereiro de 2019.
Bibliografia [3] Lipschutz, S.
Theory and problems of set theory and related topics.
New York, Schaum, 1964.
[4] Rosen, K. H.
Matemática Discreta e suas aplicações.
6a. edição, Editora McGraw Hill, 2009.
[5] Scheinerman, E. R.
Matemática Discreta, Uma introdução.
Thomson Pioneira, 2003.
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