MD S12 F3 - Relacoes

Relações Binárias e Suas Propriedades
Matemática Discreta
Prof. Samy Sá
Universidade Federal do Ceará

Campus de Quixadá
20 de outubro de 2020
Roteiro
Prévia
Relações Binárias (Revisão)
Notação
Relações Binárias em um Conjunto
Observações
Propriedades de Relações Binárias
Reflexividade
Simetria
Anti-Simetria
Transitividade
Sumário e Observações
Tipos Especiais de Relações Binárias
Exercícios
2 of 67
Prévia
Requisitos
• Técnicas de Demonstração de Teoremas
• Propriedades / Manipulação Algébrica
• Conceitos de Teoria dos Conjuntos
Esta apresentação...
• Revê brevemente o conceito e notação de Relações Binárias
• Discute as propriedades relevantes para descrever Relações
de Equivalência e Relações de Ordem Parcial
3 of 67
Roteiro
Prévia
Notação
Observações
Reflexividade
Simetria
Anti-Simetria
Transitividade
Exercícios
4 of 67
Relações Binárias
Definição
Sejam A, B dois conjuntos, uma relação binária de A em B é um
subconjunto de A × B.
Por partes:
• A × B denota o produto cartesiano de A por B, dado por
A × B = {(x, y ) | x ∈ A ∧ y ∈ B}
Exemplo
Se A = {1, 2, 3} e B = {a, b}, então
A × B = {(1, a), (1, b), (2, a), (2, b), (3, a), (3, b)}
5 of 67
Definição
Por partes:
A × B = {(x, y ) | x ∈ A ∧ y ∈ B}
• Cada subconjunto de A × B é uma relação de A em B.
Exemplo
Se A = {1, 2, 3} e B = {a, b}, então
A × B = {(1, a), (1, b), (2, a), (2, b), (3, a), (3, b)}
R1 = {(1, a), (1, b)} é uma relação de A em B ...
6 of 67
Definição
Por partes:
A × B = {(x, y ) | x ∈ A ∧ y ∈ B}
Exemplo
Se A = {1, 2, 3} e B = {a, b}, então
A × B = {(1, a), (1, b), (2, a), (2, b), (3, a), (3, b)}
R2 = {(1, b), (2, a), (1, a), (2, b)} é uma relação de A em B ...
7 of 67
Definição
Por partes:
A × B = {(x, y ) | x ∈ A ∧ y ∈ B}
Exemplo
Se A = {1, 2, 3} e B = {a, b}, então
A × B = {(1, a), (1, b), (2, a), (2, b), (3, a), (3, b)}
R3 = ∅ é uma relação de A em B ...
8 of 67
Definição
Por partes:
A × B = {(x, y ) | x ∈ A ∧ y ∈ B}
Exemplo
Se A = {1, 2, 3} e B = {a, b}, então
A × B = {(1, a), (1, b), (2, a), (2, b), (3, a), (3, b)}
R4 = A × B é uma relação de A em B ...
9 of 67
Definição
Por partes:
A × B = {(x, y ) | x ∈ A ∧ y ∈ B}
Exemplo
Se A = {1, 2, 3} e B = {a, b}, então
A × B = {(1, a), (1, b), (2, a), (2, b), (3, a), (3, b)}
Existem 26 = 64 relações binárias diferentes de A em B.
10 of 67
Roteiro
Prévia
Notação
Observações
Reflexividade
Simetria
Anti-Simetria
Transitividade
Exercícios
11 of 67
Definição
Comumente estabelecemos que R é uma relação anotando que

• R ⊆ A × B tal que R = {(x, y ) | algumas condições a serem satisfeitas}
Exemplo
R ⊆ A × B, tal que R = {(x, y ) | x < y }.
Obs.: Para sabermos exatamente quais são os pares ordenados de R, é

necessário conhecermos A, B e sabermos avaliar se cada par em A × B
satisfazer as condições pedidas.
12 of 67
Definição

Exemplo
R ⊆ A × B, tal que R = {(x, y ) | x < y }.
Se tivermos A = {1, 2, 3} e B = {0, 2, 5}, então

A × B = {(1, 0), (1, 2), (1, 5), (2, 0), (2, 2), (2, 5), (3, 0), (3, 2), (3, 5)}
e então R = {(1, 2), (1, 5), (2, 5), (3, 5)}
13 of 67
Definição

Exemplo
R ⊆ A × B, tal que R = {(x, y ) | x < y }.
Se tivermos A = B = N, então
A × B = {(0, 0), (0, 1), (1, 0), (0, 2), (1, 1), (2, 0), (0, 3), (1, 2), ...}
e então R = {(0, 1), (0, 2), (1, 2), (0, 3), (1, 3), (2, 3), ...}
14 of 67
Repare que...
• Toda relação é um conjunto
• Cada elemento de uma relação binária é um par ordenado
Exemplo
Sejam A = {1, 2, 3} e B = {0, 2, 5}, considere R = {(1, 2), (1, 5), (2, 5), (3, 5)}
Como (1, 2) ∈ R, dizemos que 1 está relacionado com 2 por R

Como (2, 1) ∈
/ R, dizemos que 2 não está relacionado com 1 por R
Alternativamente, podemos escrever 1R2 e 2R1. Esta opção é mais

interessante quando usamos um caractere especial para nomear a
relação, a exemplo de <, >, ≤, ≥, ⊂, ⊆, |, =, ≡, etc.
15 of 67
Roteiro
Prévia
Notação
Observações
Reflexividade
Simetria
Anti-Simetria
Transitividade
Exercícios
16 of 67
Em casos de R ⊆ A × B com A = B, relacionamos elementos de A entre eles.
Definição
Seja A um conjunto, uma relação binária em A é um subconjunto de A × A.
Nós chegamos a comentar um exemplo desse tipo anteriormente...

Exemplo
R ⊆ A × B, tal que R = {(x, y ) | x < y }.
Se tivermos A = B = N, então
A × B = {(0, 0), (0, 1), (1, 0), (0, 2), (1, 1), (2, 0), (0, 3), (1, 2), ...}
e então R = {(0, 1), (0, 2), (1, 2), (0, 3), (1, 3), (2, 3), ...}
17 of 67
Definição
Nós chegamos a comentar um exemplo desse tipo anteriormente...

Exemplo
R ⊆ N × N, tal que R = {(x, y ) | x < y }.
Se tivermos A = B = N, Então...
N × N = {(0, 0), (0, 1), (1, 0), (0, 2), (1, 1), (2, 0), (0, 3), (1, 2), ...}
e então R = {(0, 1), (0, 2), (1, 2), (0, 3), (1, 3), (2, 3), ...}
Obs.: Também pode-se anotar “R ⊆ A × A” como “R ⊆ A2 ”.
18 of 67
Definição
Exercício
Considere estas relações no conjunto dos inteiros:
ρ1 = {(a, b) | a ≤ b} ρ4 = {(a, b) | a = b}
ρ2 = {(a, b) | a > b} ρ5 = {(a, b) | a = b + 1}
ρ3 = {(a, b) | a = b ou a = −b} ρ6 = {(a, b) | a + b ≤ 3}
Quais destas relações contêm todos os pares da lista: (1, 1), (1, 2), (2, 1), (1, −1), (2, 2) ?
19 of 67
Roteiro
Prévia
Notação
Observações
Reflexividade
Simetria
Anti-Simetria
Transitividade
Exercícios
20 of 67
Relações Binárias (Observações)
Assim como existem relações binárias, existem também relações
ternária, quaternárias, etc...
Definição
Sejam A1 , A2 , . . . , An conjuntos, uma relação n-ária em
A1 , A2 , . . . , An é um subconjunto de A1 × A2 × . . . × An .
Neste momento da disciplina, estamos interessados apenas nas

relações binárias (com n = 2) em que A1 = A2 .
21 of 67
Relações Binárias (Observações)
Caso seja necessário revisar melhor conceitos de requisito, abaixo há uma lista
com alguns dos termos técnicos mais relevantes.
• notações usadas p/ definir conjuntos
• subconjuntos de um conjunto / conjunto das partes
• produto cartesiano
• par ordenado, tupla/n-upla ordenada
Além destes, uma boa compreensão de operações sobre conjuntos e princípios

de contagem podem ser bastante úteis.
22 of 67
Roteiro
Prévia
Notação
Observações
Reflexividade
Simetria
Anti-Simetria
Transitividade
Exercícios
23 of 67
Relações Reflexivas
Estas propriedades são exclusivas às relações binárias do tipo R ⊆ A × A.
Definição (Relações Reflexivas)

Uma relação binária R no conjunto A é reflexiva se e somente se todo
elemento de A está relacionado consigo mesmo por R.
Exemplo
Seja A = {1, 2, 3}, considere R1 ⊆ A2 tal que R1 = {(1, 1), (1, 2), (2, 2), (1, 3), (3, 3)}
Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R1 é reflexiva por exaustão

• Como 1 ∈ A, precisamos ter (1, 1) ∈ R1 .
24 of 67
Definição (Relações Reflexivas)

Uma relação binária R no conjunto A é reflexiva se e somente se todo
elemento de A está relacionado consigo mesmo por R.
Exemplo

• Como 1 ∈ A, precisamos ter (1, 1) ∈ R1 . X
25 of 67
Definição (Relações Reflexivas - Alternativa)

Uma relação binária R no conjunto A é reflexiva se e somente se
∀x ∈ A, (x, x) ∈ R
Exemplo

26 of 67

∀x ∈ A, (x, x) ∈ R
Exemplo

27 of 67

∀x ∈ A, (x, x) ∈ R
Exemplo

• Como 1 ∈ A, precisamos ter (1, 1) ∈ R. X
• Como 2 ∈ A, precisamos ter (2, 2) ∈ R. X
• Como 3 ∈ A, precisamos ter (3, 3) ∈ R. ×
28 of 67

∀x ∈ A, (x, x) ∈ R
Exemplo
Considere R3 ⊆ Z2 tal que R3 = {(a, b) | a divide b}
Como Z é infinito, garantir que R3 é reflexiva exige uma prova de generalização.
Neste caso, porém, temos um contra-exemplo: como 0 ∈ Z,

precisaríamos ter (0, 0) ∈ R3 , mas este não é o caso, pois
uma das condições para que a divida b é termos a 6= 0.
Resumidamente, 0 ∈ Z, mas (0, 0) ∈

/ R3 . Portanto, R3 não é reflexiva.
29 of 67

∀x ∈ A, (x, x) ∈ R
Exemplo
Considere R4 ⊆ N∗ × N∗ tal que R4 = {(a, b) | a divide b}
Como N∗ é infinito, garantir que R4 é reflexiva exige uma prova de generalização.

Prova
Seja k um elemento qualquer de N∗ , precisamos provar que (k , k ) ∈ R4 .
Como k .1 = k e k 6= 0, podemos aplicar a definição de divisibilidade
para concluir que k divide k . Portanto, (k , k ) ∈ R4 . Como provamos que
(k , k ) ∈ R4 para um elemento qualquer de N∗ , isto vale para todo k ∈ N∗ .
Portanto, R4 é reflexiva.
30 of 67
Roteiro
Prévia
Notação
Observações
Reflexividade
Simetria
Anti-Simetria
Transitividade
Exercícios
31 of 67
Relações Simétricas
Definição (Relações Simétricas)

Uma relação binária R no conjunto A é simétrica se e somente se para cada
par (a, b) ∈ R também temos que (b, a) ∈ R.
Exemplo
Seja A = {1, 2, 3}, considere R5 ⊆ A2 tal que R5 = {(1, 1), (1, 2), (2, 1), (1, 3)}
Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R5 é simétrica por exaustão

• Como (1, 1) ∈ R5 , precisamos ter que (1, 1) ∈ R5 .
32 of 67
Definição (Relações Simétricas)

Uma relação binária R no conjunto A é simétrica se e somente se para cada
par (a, b) ∈ R também temos que (b, a) ∈ R.
Exemplo

• Como (1, 1) ∈ R5 , precisamos ter que (1, 1) ∈ R5 . X
• Como (1, 3) ∈ R5 , precisamos ter que (3, 1) ∈ R5 . ×
33 of 67
Definição (Relações Simétricas - Alternativa)

Uma relação binária R no conjunto A é simétrica se e somente se
∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ((x, y ) ∈ R → (y , x) ∈ R)
Exemplo

• Como (1, 3) ∈ R5 , precisamos ter que (3, 1) ∈ R5 . ×
34 of 67

∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ((x, y ) ∈ R → (y , x) ∈ R)
Exemplo
Como Z é infinito, garantir que R3 é simétrica exige uma prova de generalização.
Neste caso, porém, temos um contra-exemplo: (1, 2) ∈ R3 , mas (2, 1) ∈

/ R3 .
Portanto, R3 não é simétrica.
Obs. 1: Note que (por exemplo) (1, −1) ∈ R3 e (−1, 1) ∈ R3 ,

mas isso não torna R3 simétrica. Importa apenas que há contra-exemplos.
35 of 67

∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ((x, y ) ∈ R → (y , x) ∈ R)
Exemplo
Neste caso, porém, temos um contra-exemplo: (1, 2) ∈ R3 , mas (2, 1) ∈

/ R3 .
Portanto, R3 não é simétrica.
Obs. 2: Este exemplo também garante que R4 não é simétrica.
36 of 67

∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ((x, y ) ∈ R → (y , x) ∈ R)
Exemplo
Considere R6 ⊆ Z2 tal que R6 = {(a, b) | a + b é par }

Prova
Sejam c, d dois inteiros quaisquer (Instanciação),
suponha que (c, d) ∈ R6 (Hipótese. da Prova Direta).
Pela definição de R6 , c + d é par.
Como c + d = d + c (Comutatividade da Soma), d + c também é par.
Pela definição de R6 , temos que (d, c) ∈ R6 . Portanto, R6 é simétrica.
37 of 67
Roteiro
Prévia
Notação
Observações
Reflexividade
Simetria
Anti-Simetria
Transitividade
Exercícios
38 of 67
Relações Anti-Simétricas
Definição (Relações Anti-Simétricas)

Uma relação binária R no conjunto A é anti-simétrica se e somente se para
cada par (a, b) ∈ R com a 6= b, tem-se que (b, a) ∈
/ R.
Observações:
• A anti-simetria é independente da simetria. Estas propriedades não
contrariam nem impedem uma à outra.
• Intuitivamente, a anti-simetria é um tipo de simetria restrita que admite
exclusivamente a simetria de pares do tipo (x, x) na relação.
39 of 67

/ R.
Exemplo
Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R5 é anti-simétrica por exaustão

• Como (1, 1) ∈ R5 , mas 1 = 1, não há o que verificar neste caso.
• Como (1, 2) ∈ R5 e 1 6= 2, precisamos ter que (2, 1) ∈
/ R5 .
/ R5 .
/ R5 .
40 of 67

/ R.
Exemplo

• Como (1, 1) ∈ R5 , mas 1 = 1, não há o que verificar neste caso. X
/ R5 . ×
/ R5 .
/ R5 .
41 of 67

/ R.
Exemplo

/ R5 . ×
/ R5 . ×
/ R5 . X
42 of 67
Definição (Relações Anti-Simétricas - Alternativa 1)

Uma relação binária R no conjunto A é anti-simétrica se e somente se
∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ( ( (x, y ) ∈ R ∧ x 6= y ) → (y , x) ∈
/R)
Exemplo

/ R5 . ×
/ R5 . ×
/ R5 . X
43 of 67

∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ( (x, y ) ∈ R → ( x 6= y → (y , x) ∈
/R))
Exemplo

• Como (1, 1) ∈ R5 , então, como 1 = 1, não há o que verificar. X
• Como (1, 2) ∈ R5 , então, como 1 6= 2, precisamos ter que (2, 1) ∈
/ R5 . ×
/ R5 . ×
/ R5 . X
44 of 67

∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ( ( (x, y ) ∈ R ∧ (y , x) ∈ R ) → x = y )
Exemplo

• Como (1, 1) ∈ R5 e (1, 1) ∈ R5 , precisamos verificar se 1 = 1. X
• Como (1, 2) ∈ R5 e (2, 1) ∈ R5 , precisamos verificar se 1 = 2. ×
• Como (2, 1) ∈ R5 e (1, 2) ∈ R5 , precisamos verificar se 2 = 1. ×
• Como (1, 3) ∈ R5 , mas (3, 1) ∈
/ R5 , não há nada a verificar. X
45 of 67

∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ( (x, y ) ∈ R → ( (y , x) ∈ R → x = y ) )
Exemplo

• Como (1, 1) ∈ R5 , então, como (1, 1) ∈ R5 , precisamos verificar se 1 = 1. X
• Como (1, 2) ∈ R5 , então, como (2, 1) ∈ R5 , precisamos verificar se 1 = 2. ×
• Como (2, 1) ∈ R5 , então, como (1, 2) ∈ R5 , precisamos verificar se 2 = 1. ×
• Como (1, 3) ∈ R5 , então, como (3, 1) ∈
/ R5 , não há nada a verificar. X
46 of 67
Qual definição usar?
• A que você preferir entre estas. Elas são equivalentes.
Recomendações:
• Alternativa 2 p/ provas exaustivas
• Alternativa 1 ou Alternativa 3 p/ provas de generalização ou contra-provas.
47 of 67

∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ( (x, y ) ∈ R → ( x 6= y → (y , x) ∈
/R))
Exemplo

/ R7 . X
/ R7 . X
• Como (2, 2) ∈ R7 , então, como 2 = 2, não há o que verificar. X
/ R7 . X
48 of 67

∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ( ( (x, y ) ∈ R ∧ x 6= y ) → (y , x) ∈
/R)
Exemplo
Como Z é infinito, garantir que R6 é anti-simétrica exige uma prova de generalização.
Neste caso, porém, temos um contra-exemplo: (1, 3) ∈ R6 e 1 6= 3, mas (3, 1) ∈ R6 .
Portanto, R6 não é anti-simétrica.
49 of 67

∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ( ( (x, y ) ∈ R ∧ (y , x) ∈ R ) → x = y )
Exemplo
Considere R8 ⊆ N2 tal que R8 = {(a, b) | a ≤ b}
Como N é infinito, garantir que R8 é anti-simétrica exige uma prova de generalização.

Prova
1. Sejam c, d naturais quaisquer (Instanciação),

2. Por Prova Direta, suponha que (c, d) ∈ R8 e (d, c) ∈ R8 .
3. Pela definição de R8 , isso significa que c ≤ d e d ≤ c.
4. Isso nos permite concluir que c = d.
5. Portanto, R8 é anti-simétrica.
50 of 67
Roteiro
Prévia
Notação
Observações
Reflexividade
Simetria
Anti-Simetria
Transitividade
Exercícios
51 of 67
Relações Transitivas
Definição (Relações Transitivas)

Uma relação binária R no conjunto A é transitiva se e somente se sempre que
(a, b) ∈ R e (b, c) ∈ R, então também temos (a, c) ∈ R.
Exemplo
Seja A = {1, 2, 3}, considere R9 ⊆ A2 tal que R9 = {(1, 1), (1, 3), (3, 1)}
Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R9 é transitiva por exaustão

• Como (1, 1) ∈ R9 e (1, 3) ∈ R9 , precisamos ter que (1, 3) ∈ R9 .
52 of 67
Definição (Relações Transitivas)

Uma relação binária R no conjunto A é transitiva se e somente se sempre que
(a, b) ∈ R e (b, c) ∈ R, então também temos (a, c) ∈ R.
Exemplo

• Como (1, 1) ∈ R9 e (1, 3) ∈ R9 , precisamos ter que (1, 3) ∈ R9 . X
• Como (3, 1) ∈ R9 e (1, 3) ∈ R9 , precisamos ter que (3, 3) ∈ R9 . ×
53 of 67
Definição (Relações Transitivas - Alternativa)

Uma relação binária R no conjunto A é transitiva se e somente se
∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ∀z ∈ A, ( ( (x, y ) ∈ R ∧ (y , z) ∈ R ) → (x, z) ∈ R )
Exemplo

• Como (3, 1) ∈ R9 e (1, 3) ∈ R9 , precisamos ter que (3, 3) ∈ R9 . ×
54 of 67

Exemplo

55 of 67

Exercício
Verifique se as relações abaixo em A = {1, 2, 3, 4} são transitivas:
ρ1 = {(1, 2), (2, 3), (3, 4)}
ρ2 = {(1, 2), (2, 3), (3, 4), (1, 3), (2, 4)}
ρ3 = {(1, 2), (2, 3), (3, 4), (1, 3), (2, 4), (1, 4)}
56 of 67

Exercício
Verifique se as relações abaixo em A = {1, 2, 3, 4} são transitivas:
ρ1 = {(1, 2), (2, 3), (3, 4)} ×
ρ2 = {(1, 2), (2, 3), (3, 4), (1, 3), (2, 4)} ×
ρ3 = {(1, 2), (2, 3), (3, 4), (1, 3), (2, 4), (1, 4)} X
57 of 67

Exemplo
Como Z é infinito, garantir que R6 é transitiva exige uma prova de generalização.
Prova
1. Sejam c, d, e inteiros quaisquer (Instanciação),
2. Por Prova Direta, suponha que (c, d) ∈ R6 e (d, e) ∈ R6 .
3. Pela definição de R6 , isso significa que c + d é par e d + e é par.
4. Portanto, existem inteiros k , l tais que c + d = 2k e d + e = 2l
5. Então (c + d) + (d + e) = 2k + 2l ...
58 of 67
Exemplo
Estamos provando que R6 ⊆ Z2 tal que R6 = {(a, b) | a + b é par } é transitiva.
Prova
1. Sejam c, d, e inteiros quaisquer (Instanciação),
2. Por Prova Direta, suponha que (c, d) ∈ R6 e (d, e) ∈ R6 .
3. Pela definição de R6 , isso significa que c + d é par e d + e é par.
4. Portanto, existem inteiros k , l tais que c + d = 2k e d + e = 2l
5. Então (c + d) + (d + e) = 2k + 2l
6. c + 2d + e = 2k + 2l
7. c + e = 2k + 2l − 2d = 2.(k + l − d)
8. Como k , l, d são inteiros, k + l − d é um número inteiro.
9. Logo, c + e é um número par, o que significa que (c, e) ∈ R6 .
10. Portanto, R6 é transitiva.
59 of 67

Exemplo
Considere R11 ⊆ Z2 tal que R11 = {(a, b) | a + b é ímpar }
Como Z é infinito, garantir que R11 é transitiva exige uma prova de generalização.
Neste caso, porém, temos um contra-exemplo:

(1, 2) ∈ R11 e (2, 1) ∈ R11 , mas (1, 1) ∈
/ R11 .
Portanto, R11 não é transitiva.
60 of 67
Roteiro
Prévia
Notação
Observações
Reflexividade
Simetria
Anti-Simetria
Transitividade
Exercícios
61 of 67
Definição
Uma relação binária R no conjunto A é:
• reflexiva sse ∀x ∈ A, (x, x) ∈ R
• simétrica sse ∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ((x, y ) ∈ R → (y , x) ∈ R)
• anti-simétrica sse ∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ( ( (x, y ) ∈ R ∧ x 6= y ) → (y , x) ∈
/R)
• transitiva sse ∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ∀z ∈ A, ( ( (x, y ) ∈ R ∧ (y , z) ∈ R ) → (x, z) ∈ R )
Lembre-se:
• Pequenas mudanças na definição de uma relação podem impactar suas propriedades.
• Verifique as propriedades como se fossem completamente independentes.
• É possível satisfazer a estas propriedades por vacuidade.
62 of 67
Definição
Uma relação binária R no conjunto A é:
• reflexiva sse ∀x ∈ A, (x, x) ∈ R
• simétrica sse ∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ((x, y ) ∈ R → (y , x) ∈ R)
• anti-simétrica sse ∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ( ( (x, y ) ∈ R ∧ x 6= y ) → (y , x) ∈
/R)
• transitiva sse ∀x ∈ A, ∀y ∈ A, ∀z ∈ A, ( ( (x, y ) ∈ R ∧ (y , z) ∈ R ) → (x, z) ∈ R )
Exemplo
Para qualquer conjunto A, a relação ∅ ⊆ A × A é simétrica, anti-simétrica e
transitiva. Além disso, se A = ∅, a relação ∅ também será reflexiva.
63 of 67
Roteiro
Prévia
Notação
Observações
Reflexividade
Simetria
Anti-Simetria
Transitividade
Exercícios
64 of 67
Na sequência, nos aprofundaríamos em dois tipos de relações binárias:
Definição
Uma relação binária R no conjunto A é uma relação de equivalência
se e somente se R é reflexiva, simétrica, e transitiva.
Definição
Uma relação binária R no conjunto A é uma relação de ordem parcial
se e somente se R é reflexiva, anti-simétrica, e transitiva.
Portanto, para provar que uma dada relação é de equivalência ou de ordem

parcial, são necessárias três sub-provas, uma para cada propriedade relevante.
65 of 67
Roteiro
Prévia
Notação
Observações
Reflexividade
Simetria
Anti-Simetria
Transitividade
Exercícios
66 of 67
Exercício
Nós definimos 11 relações Ri , 1 ≤ i ≤ 11 na seção intitulada “Propriedades de
Relações Binárias”. Verifique se cada Ri satisfaz às demais propriedades que
não avaliamos para ela.
Faça o mesmo para as relações ρ1 , ρ2 , ρ3 definidas no exercício da seção

“Transitividade”.
67 of 67

MD S12 F3 - Relacoes

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

MD S12 F3 - Relacoes

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Relações Binárias e Suas Propriedades

Universidade Federal do Ceará

R1 = {(1, a), (1, b)} é uma relação de A em B ...

R3 = ∅ é uma relação de A em B ...

R4 = A × B é uma relação de A em B ...

Existem 26 = 64 relações binárias diferentes de A em B.

Comumente estabelecemos que R é uma relação anotando que

Obs.: Para sabermos exatamente quais são os pares ordenados de R, é

Comumente estabelecemos que R é uma relação anotando que

Se tivermos A = {1, 2, 3} e B = {0, 2, 5}, então

e então R = {(1, 2), (1, 5), (2, 5), (3, 5)}

Comumente estabelecemos que R é uma relação anotando que

Como (1, 2) ∈ R, dizemos que 1 está relacionado com 2 por R

Alternativamente, podemos escrever 1R2 e 2R1. Esta opção é mais

Nós chegamos a comentar um exemplo desse tipo anteriormente...

Nós chegamos a comentar um exemplo desse tipo anteriormente...

Obs.: Também pode-se anotar “R ⊆ A × A” como “R ⊆ A2 ”.

Neste momento da disciplina, estamos interessados apenas nas

Além destes, uma boa compreensão de operações sobre conjuntos e princípios

Definição (Relações Reflexivas)

Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R1 é reflexiva por exaustão

Definição (Relações Reflexivas)

Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R1 é reflexiva por exaustão

Definição (Relações Reflexivas - Alternativa)

Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R1 é reflexiva por exaustão

Definição (Relações Reflexivas - Alternativa)

Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R2 é reflexiva por exaustão

Definição (Relações Reflexivas - Alternativa)

Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R2 é reflexiva por exaustão

Definição (Relações Reflexivas - Alternativa)

Como Z é infinito, garantir que R3 é reflexiva exige uma prova de generalização.

Neste caso, porém, temos um contra-exemplo: como 0 ∈ Z,

Resumidamente, 0 ∈ Z, mas (0, 0) ∈

Definição (Relações Reflexivas - Alternativa)

Como N∗ é infinito, garantir que R4 é reflexiva exige uma prova de generalização.

Definição (Relações Simétricas)

Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R5 é simétrica por exaustão

Definição (Relações Simétricas)

Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R5 é simétrica por exaustão

Definição (Relações Simétricas - Alternativa)

Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R5 é simétrica por exaustão

Definição (Relações Simétricas - Alternativa)

Como Z é infinito, garantir que R3 é simétrica exige uma prova de generalização.

Neste caso, porém, temos um contra-exemplo: (1, 2) ∈ R3 , mas (2, 1) ∈

Portanto, R3 não é simétrica.

Obs. 1: Note que (por exemplo) (1, −1) ∈ R3 e (−1, 1) ∈ R3 ,

Definição (Relações Simétricas - Alternativa)

Como Z é infinito, garantir que R3 é simétrica exige uma prova de generalização.

Neste caso, porém, temos um contra-exemplo: (1, 2) ∈ R3 , mas (2, 1) ∈

Portanto, R3 não é simétrica.

Obs. 2: Este exemplo também garante que R4 não é simétrica.

Definição (Relações Simétricas - Alternativa)

Como Z é infinito, garantir que R6 é simétrica exige uma prova de generalização.

Definição (Relações Anti-Simétricas)

Definição (Relações Anti-Simétricas)

Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R5 é anti-simétrica por exaustão

Definição (Relações Anti-Simétricas)

Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R5 é anti-simétrica por exaustão

Definição (Relações Anti-Simétricas)

Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R5 é anti-simétrica por exaustão

Definição (Relações Anti-Simétricas - Alternativa 1)

Como A é finito e pequeno, podemos verificar se R5 é anti-simétrica por exaustão

Definição (Relações Anti-Simétricas - Alternativa 2)