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FACULDADE ÚNICA

DE IPATINGA

TEORIA DOS NÚMEROS


Luiz Gonzaga Alves da Cunha

1
Luiz Gonzaga Alves da Cunha

Mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de Minas


Gerais (PUC-Minas) - Especialista em Educação Matemática pela Universidade Vale do Rio
Doce (chancela Unesp/Rio Claro) - Especialista em Qualidade em Educação pela Universi-
dade Maringá - Especialista em Docência na Educação a Distância (Unis) e Licenciado em
Matemática pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Atualmente é professor da Faculdade
Única de Ipatinga (FUNIP).

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I

1ª edição
Ipatinga – MG
2022

2
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL

Diretor Geral: Valdir Henrique Valério


Diretor Executivo: William José Ferreira
Ger. do Núcleo de Educação à Distância: Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa
Revisão/Diagramação/Estruturação: Bárbara Carla Amorim O. Silva
Carla Jordânia G. de Souza
Rubens Henrique L. de Oliveira
Design: Brayan Lazarino Santos
Élen Cristina Teixeira Oliveira
Maria Luiza Filgueiras

© 2020, Faculdade Única.

Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização
escrita do Editor.

T314i Teodoro, Jorge Benedito de Freitas, 1986 - .


Introdução à filosofia / Jorge Benedito de Freitas Teodoro. – 1. ed. Ipatinga, MG:
Editora Única, 2020.
113 p. il.

Inclui referências.

ISBN: 978-65-990786-0-6

1. Filosofia. 2. Racionalidade. I. Teodoro, Jorge Benedito de Freitas. II. Título.

CDD: 100
CDU: 101
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.

NEaD – Núcleo de Educação as Distancia FACULDADE ÚNICA


Rua Salermo, 299
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300
www.faculdadeunica.com.br

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Menu de Ícones
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo apli-
cado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são
para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com uma
função específica, mostradas a seguir:

São sugestões de links para vídeos, documentos cientí-


fico (artigos, monografias, dissertações e teses), sites ou
links das Bibliotecas Virtuais (Minha Biblioteca e Biblio-
teca Pearson) relacionados com o conteúdo abordado.

Trata-se dos conceitos, definições ou afirmações impor-


tantes nas quais você deve ter um maior grau de aten-
ção!

São exercícios de fixação do conteúdo abordado em


cada unidade do livro.

São para o esclarecimento do significado de determina-


dos termos/palavras mostradas ao longo do livro.

Este espaço é destinado para a reflexão sobre questões


citadas em cada unidade, associando-o a suas ações,
seja no ambiente profissional ou em seu cotidiano.

1
Apresentação
“A questão primordial não é o que sabemos, mas como sabemos”
Aristóteles

A criação deste livro levou em consideração a ideia de Aristóteles apresentada


acima. O maior objetivo é levar ao estudante os conhecimentos de Cálculo Diferencial
e Integral de forma que tenham aplicabilidades no cotidiano e torne a aprendizagem
significativa e efetiva.
Buscou-se explorar fundamentos matemáticos de forma intuitiva deixando de
lado o formalismo sem esquecer, no entanto, o rigor inerente a esta disciplina. Espera-
se com esta obra, contribuir para a formação acadêmica do estudante tornando-o
autônomo no seu processo de aprendizagem e consolidando, dessa forma, sua forma-
ção.
Para que você possa ter um melhor aproveitamento deste material, segue
abaixo uma tabela com os ícones que aparecerão ao longo do texto. Tais ícones (com
suas respectivas funções) chamarão sua atenção para determinado tópico do conte-
údo e indicarão uma ação que deverá ser executada.

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GENERALIDADES SOBRE FUNÇÕES UNIDADE

1.1 MOTIVAÇÃO
01
No Egito antigo era comum registrar fenômenos naturais que aconteciam no
cotidiano. Tais registros não tinham a finalidade de explicar tais fenômenos, mas ape-
nas de registrá-los. Posteriormente, estimulando o raciocínio lógico e analisando seus
resultados, iniciou-se estudos acerca dos modelos presentes nos registros encontra-
dos, levando estudiosos a avançar na compreensão dos mesmos.
Atualmente, podemos observar vários fenômenos em nosso meio que são pas-
síveis de explicações graças a utilização de ferramentas matemáticas tal como, a
trajetória da bola de basquete. Nessa situação específica, ou em outras similares, as
funções matemáticas são ferramentas amplamente utilizadas para desvendar as ca-
racterísticas desses eventos.
Outras ciências tais como a Física, Economia, Ecologia e Engenharia dentre
outras, utilizam as funções como suporte para explicar diversas situações corriqueiras
presentes em cada uma delas.
Para citar um exemplo prático, temos a ponte Hercílio Luz, situada na cidade
de Florianópolis, construída entre 1922 e 1926. As curvas presentes em sua estrutura,
formadas pelos seus cabos, sustentam a ponte de forma que a forças exercidas sobre
eles podem ser explicadas por equações algébricas que apresentam dependências
entre as grandezas envolvidas gerando, dessa forma, gráficos que diversificam a re-
presentação dos fenômenos favorecendo sua compreensão.

Figura 1: Ponte Hercílio Luz

Fonte: Wolffenbuttel (2020)

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Enfim, o estudo de funções é fundamental para a construção de conceitos e
definições que levam à aprendizagem efetiva da Matemática e ciências Afins.

1.2 NOÇÃO INTUITIVA DE FUNÇÃO

Quando estamos interessados em relacionar duas grandezas que variam seus


valores ao longo do tempo, devemos pensar em uma função matemática para fazê-
lo. Vamos explorar alguns exemplos ilustrativos que promovem o relacionamento en-
tre grandezas e a dependência entre elas.

Tabela 1: Relação entre litros de gasolina em um abastecimento e o preço a paga


Nº de litros de gasolina Preço
1 R$ 4,80
2 R$ 9,60
3 R$ 14,40
.... ...
30 R$ 144,00
Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Nesta situação, dizemos que: Preço a pagar = R$ 4,80 x nº de litros

Tabela 2: Relação entre o lado de um quadrado e sua área


Medida do lado (L) Área (A)
1m 1 m2
2m 4 m2
3m 9 m2
.... ...
6m 36 m2
Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Nesta situação, dizemos que: A = Área do quadrado = lado x lado = L x L = L2

Observe que as grandezas envolvidas nos exemplos acima, exerce um grau de depen-
dência.

Quantidade de litros (independente) / preço a pagar (dependente)

Lado do quadrado (independente) / Área do quadrado (dependente)

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1.3 EXPLORAÇÃO DE FUNÇÃO POR MEIO DE CONJUNTOS

Podemos também, intuitivamente, explorar a relação entre dois conjuntos de


forma a criar uma dependência entre os elementos destes conjuntos.
Vamos considerar dois conjuntos A e B cujos elementos são números naturais.
Os elementos destes conjuntos estarão associados da seguinte forma:

Figura 2: Associação dos elementos de um conjunto

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Na relação acima, podemos observar que para cada elemento do conjunto


A tem um único elemento correspondente no conjunto B e esta correspondência se
dá, neste caso pela multiplicação de cada elemento do conjunto A por 2, ou seja,
cada elemento do conjunto A está relacionado com o seu dobro.

1.4 NOTAÇÃO MATEMÁTICA DE CONJUNTO

Levando em consideração os conjuntos A e B abordados na seção anterior,


dizemos que uma função é uma relação que associa cada elemento do conjunto A
a um único elemento do conjunto B. Assim, vamos elencar uma forma matemática
de representar a relação existente entre o conjunto A e B, da seguinte forma:

Figura 3: Relação do Conjunto A e B

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

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𝐟 ∶ 𝐀 → 𝐁 (Onde se lê: f é uma função de A em B)

1.5 DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO E IMAGEM DE UMA FUNÇÃO

Levando em consideração os conjuntos A e B abordados na seção 1.3, iremos


nomear cada um dos conjuntos explorados conforme a nomenclatura utilizada em
conjuntos.
Então, sendo dada uma função f que relaciona os elementos do conjunto A
com os elementos do conjunto B, iremos chamar de domínio, o conjunto de partida
A e de contradomínio o conjunto de chegada B. Agora, cada elemento do conjunto
B é denominado de imagem do elemento do conjunto A ao qual se relaciona. Veja
na imagem abaixo:

Figura 4: Domínio, Contradomínio e Imagem de uma função

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Em 𝐟 ∶ 𝐀 → 𝐁 se todos os elementos de B relaciona com algum elemento de A, então temos


que o contradomínio e a imagem serão conjuntos iguais.

Se temos uma relação 𝐀 → 𝐁 e existe algum elemento do conjunto A que não se relaciona
com elemento de B, podemos considerar essa relação uma função?

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1.6 FÓRMULAS MATEMÁTICAS PARA DEFINIR FUNÇÕES

Uma forma bastante comum de representar uma função é utilizando regras,


leis ou fórmulas matemática. Vamos nos reportar ao exemplo utilizado na seção 1.2
quando relacionamos a quantidade de litros em um abastecimento e o valor a pa-
gar.
Naquela situação, dizemos que:

Preço a pagar = R$ 4,80 x nº de litros.

Podemos representar a relação preço a pagar (y) com quantidade de litros


(x) pela fórmula matemática a seguir:

y = 4,8x ou f(x) = 4,8x

Então, como podemos ver, as fórmulas matemáticas nos auxiliam a represen-


tar uma relação entre grandezas de forma simples.

1.7 DOMÍNIO DE UMA FUNÇÃO DE VARIÁVEIS REAIS

Como vimos na seção 1.5, que em uma função está presente três componen-
tes a saber: domínio, contradomínio e imagem. Ao representarmos uma função f de
A em B devemos ter em mente que A é o domínio da função e B é o contradomínio
da função. Logo:

DOMÍNIO

f: A → B (1)

CONTRADOMÍNIO

Quando, ao citarmos uma função f e omitimos os conjuntos A e B, devemos considerar o


contradomínio como sendo o conjunto dos números reais (ℝ) e o domínio será o maior
subconjunto A de ℝ.

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1.8 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA FUNÇÃO

Nos dias de hoje é muito comum encontrarmos gráficos como meio de comu-
nicar alguns tipos de informações. Podemos ver está linguagem gráfica em livros, re-
vistar e até mesmo na internet. No contexto das funções também iremos conviver
com os gráficos. Toda função matemática pode ser representada por um gráfico
que será construído em um plano denominado cartesiano.
Para que tal gráfico seja construído podemos seguir alguns procedimentos que
nos auxiliam nesta tarefa, a saber:
Montar uma tabela com duas colunas onde na 1ª coluna serão colocados
valores de “x” (a sua escolha) pertencentes ao domínio da função e na 2ª coluna
preencher com as imagens de cada valor escolhido na 1ª coluna.
Uma vez formado o par ordenado (x,f(x)) devemos associá-lo a um ponto do
plano cartesiano.
Neste último passo, devemos marcar no plano cartesiano uma quantidade su-
ficiente de pontos até que seja possível esboçar o gráfico da função em questão.

1.9 OBTENÇÃO DO DOMÍNIO E DA IMAGEM POR MEIO DO GRÁFICO

De posse do gráfico e por meio de uma simples observação, é possível deter-


minar o domínio e a imagem de uma função. Para que seja possível essa análise,
basta projetar o gráfico nos eixos coordenados. Veja:

Figura 5: Gráfico com domínio e imagem de uma função f(x)

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Domínio de D(f) = ሼ𝐱 ∈ ℝΤ𝐚 ≤ 𝐱 ≤ 𝐛ሽ


Imagem de Im(f) = ሼ𝐱 ∈ ℝΤ𝐟(𝐛) ≤ 𝐲 ≤ 𝐟(𝐚)ሽ

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Alguns gráficos não representam funções. O gráfico abaixo é um desses gráficos. Você
seria capaz de apontar uma característica desse gráfico para que ele não represente
uma função?

1.10 FUNÇÕES SOBREJETIVAS, INJETIVAS E BIJETIVAS

Dada uma função é possível qualificá-la conforme algumas características


que ela pode apresentar. Após analisar as tais caraterísticas, podemos classificar as
funções em sobrejetora, injetora e bijetora.

a) Função sobrejetora: Quando uma função apresenta o conjunto imagem


é igual ao contradomínio.

Figura 6: Função sobrejetora

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

b) Função injetora: Quando para quaisquer dois valores diferentes do domínio,


obtemos dois valores distintos na imagem.

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Figura 7: Função injetora

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

c) Função bijetora: Quando uma função é, ao mesmo tempo, sobrejetora e


injetora.

Figura 8: Função Bijetora

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

1.11 CRESCIMENTO E DECRESCIMENTO DE FUNÇÕES

O estudo do comportamento crescente ou decrescente de uma função nada


mais é do que verificar o que acontece com os valores da imagem quando variamos
os valores do domínio.
Em outras palavras, para analisar a variação de uma dada função, atribuímos
a uma variável independente, os valores do domínio (em ordem crescente) e verifi-
camos o que ocorre com a variável dependente (imagem). Desta forma, é possível
ocorrer três situações diferentes, a saber:

12
a) Função crescente: quando aumentamos os valores da variável indepen-
dente e por consequência, os valores da variável dependente também au-
mentam.

Se x1 < x2 então f(x1 ) < f(x2 )

Figura 9: Função crescente

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

b) Função decrescente: quando aumentamos os valores da variável indepen-


dente e por consequência, os valores da variável dependente diminuem.

Se x1 < x2 então f(x1 ) > f(x2 )

Figura 10: Função decrescente

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

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c) Função constante: quando aumentamos os valores da variável indepen-
dente e por consequência, os valores da variável dependente permane-
cem constantes.

Se x1 < x2 então f(x1 ) = f(x2 )

Figura 11: Função constante

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

1.12 FUNÇÃO COMPOSTA

Para entender melhor o conceito de função composta, vamos considerar a


produção de automóveis cujo lucro de produção é obtido por meio da lei L = 2V
onde “L” representa o lucro e “V” representa o preço de venda para o consumidor
final. Já o valor de “V” é obtido pela lei V = 100 + P onde “P” é o custo de produção.
Observamos que o lucro L depende do preço da venda “V” que por sua vez
depende do custo de produção “P”.
Logo:

L = 2V
} → L = 2(100 + P) → L = 200 + 2P
V = 100 + P

Agora, de forma geral, ao tomarmos as funções genéricas 𝐟: 𝐀 → 𝐁 definida por


𝐟(𝐱) = 𝟑𝐱 e 𝐠: 𝐁 → 𝐂 definida por 𝐠(𝐱) = 𝟒𝐱, podemos notar que o contradomínio da
função f(x) é o domínio da função g(x). Dessa forma, surge uma outra função
h(x) que relaciona o domínio da função f(x) com o contradomínio de g(x), veja:

14
Figura 12: Função composta

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

1.13 FUNÇÃO INVERSA

Quando abordamos uma função inversa, devemos nos reportar a uma bije-
tiva, ou seja, para que uma função possua uma função inversa, primeiramente ela
precisa ser uma função bijetora.
Dessa forma, vamos definir uma função inversa da seguinte forma:

Dada uma função 𝒇: 𝑨 → 𝑩 (bijetora), denomina-se função inversa de 𝒇 a função


𝒈: 𝑩 → 𝑨 tal que, se f(a) = b, então g(b) = a, com a ∈ A e b ∈ B

Graficamente, a função inversa g(x) de f(x) será representada da seguinte


forma:
Figura 13: Função inversa

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

A função inversa g(x) de f(x) será representada por:


g(x) = f (−1) (x)

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Veja mais sobre o assunto no livro “Matématica” de Bonafini de (2012)
em: https://bit.ly/3qCFln1. Acesso em: 26 jan. 2020.

Leia também o livro “Matemática para curso superiores” de Silva, Silva e


Silva (2018). Disponível em: https://bit.ly/3ouwNgj. Acesso em: 26 jan.
2020.

Por fim, de uma olhada na playlist “Funções - Conceitos Iniciais e Funda-


mentais” do prof. Ferreto em seu canal no Youtube. Disponível em:
https://bit.ly/2VSbmJC. Acesso em: 26 jan. 2020.

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FIXANDO CONTEÚDO

1. Observe na tabela a medida do lado (em cm) de uma região quadrada e sua
área (em cm2)
LADO 1 3 4 5,5 10 ... L
ÁREA 1 9 16 30,25 100 ... L2

De acordo com a tabela, podemos afirmar que a medida do lado da região qua-
drada cuja área é de 144 cm2 é:

a) 11 cm
b) 12 cm
c) 13 cm
d) 14 cm
e) 15 cm

2. Considere a função 𝐟 ∶ 𝐀 → 𝐁 dada pela relação representada pela imagem


abaixo:

Podemos afrimar que:

a) A Imagem de f(x) é {1,3,5,7}.


b) A imagem de f(x) é {1,3,7}.
c) O Domínio de f(x) é {1, 3,5,7}.
d) O domínio e a imagem de f(x) são iguais.
e) O contradomínio e a imagem de f(x) são iguais.

3. Observe a função abaixo e marque a alternativa correta:

1
𝑓(𝑥) =
𝑥 − 6

17
a) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ𝑥 = 6ሽ
b) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ𝑥 < 6ሽ
c) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ𝑥 ≠ 6ሽ
d) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ𝑥 > 6ሽ
e) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ𝑥 ≥ 6ሽ

4. Observe a função abaixo e marque a alternativa correta:

1
𝑓(𝑥) =
√8 − 𝑥

a) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ𝑥 = 8ሽ


b) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ𝑥 < 8ሽ
c) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ𝑥 ≠ 8ሽ
d) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ𝑥 > 8ሽ
e) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ𝑥 ≤ 8ሽ

5. Analise o gráfico da função abaixo.

Assinale a alternativa correta:


a) o gráfico é crescente para ሼ𝑥 ∈ ℝΤ−2 ≤ 𝑥 ≤ 1ሽ
b) o gráfico é decrescente para ሼ𝑥 ∈ ℝΤ−2 ≤ 𝑥 ≤ 1ሽ
c) o gráfico é crescente para ሼ𝑥 ∈ ℝΤ3 ≤ 𝑥 ≤ 4ሽ
d) o gráfico é decrescente para ሼ𝑥 ∈ ℝΤ2 ≤ 𝑥 ≤ 4ሽ
e) o gráfico é constante para ሼ𝑥 ∈ ℝΤ−2 ≤ 𝑥 ≤ 2ሽ

6. Dados f(x) = x2 – 2x+1 e g(x) = 2x + 1, podemos afirmar que f(g(1)) é:

a) 3
b) 4

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c) 5
d) 6
e) 7

7. Analise o gráfico da função f(x) abaixo.

Podemos afirmar que:

a) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ−2 < 𝑥 ≤ 3ሽ


5
b) a imagem de f(x) é ሼ𝓎 ∈ ℝ⁄− ≤ 𝑥 < 6ሽ
2

c) a imagem de f(x) é ሼ𝓎 ∈ ℝΤ−2 < 𝑥 ≤ 3ሽ


5
d) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝ⁄− 2 < 𝑥 ≤ 6ሽ

e) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ−2 < 𝑥 < 3ሽ

8. A função inversa de 𝑓(𝑥) = 𝒙 − 𝟑 é dada por:

a) 𝑓 −1 (𝑥) = −𝒙 − 𝟑
b) 𝑓 −1 (𝑥) = −𝒙 + 𝟑
c) 𝑓 −1 (𝑥) = 𝒙 − 𝟑
d) 𝑓 −1 (𝑥) = 𝒙 + 𝟑
e) 𝑓(𝑥) não tem inversa

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LIMITES UNIDADE

2.1 NOÇÕES INTUITIVA DE LIMITE


02
A melhor forma de trabalhar o conceito de “limite” dentro do contexto mate-
mático, é utilizar a intuição.
Para isso vamos considerar um quadrado de lado 1 cm cuja área é 1 cm2, veja:

Vamos começar a entender o conceito de limite por meio dos seguintes pas-
sos:

Iremos calcular a área da metade da figura original.

ÁREA = 0,5 x 1 = 0,5 cm2

20
Agora preencher metade da região restante e recalcular a área.

ÁREA = (0,5 x 1) + (0,5 x 0,5) = 0,75 cm2

Novamente iremos preencher metade da região restante e recalcular a área.

ÁREA = (0,5 x 1) + (0,5 x 0,5) + (0,5 x 0,25) = 0,875 cm2

Se continuarmos esse procedimento indefinidamente e de forma sucessiva, ire-


mos preencher, em quase sua totalidade, o quadrado inicial e, dessa forma, iremos
perceber que a área que estamos calculamos de forma contínua irá se aproximar
cada vez mais de 1 (um).
Observe:

0,5; 0,75; 0,875; 0,9375; 0,96875; 0,984375; ...

Dessa forma, dizemos que o limite dessa soma será 1 (um) ou que a área desse
quadrado tente a 1 (um).
Então, limite no contexto matemático indica que o resultado se aproxima de

21
determinado valor sem, no entanto, atingir esse valor. Vamos agora abordar tal defi-
nição utilizando funções matemáticas com o intuito de obter sua formalização. Con-
sidere a função polinomial do 1º grau (f: ℝ → ℝ) definida por f(x) = x + 3 cujo gráfico
está representado abaixo.

Figura 14: Gráfico da função 𝐟(𝐱) = 𝐱 + 𝟑

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Observe no gráfico que conforme os valores de x (no eixo das abscissas) vai se
aproximando do valor 4 (pelo seu lado esquerdo ou pelo seu lado direito), os valores
de sua imagem f(x) vai se aproximando do valor 7. Observe tal comportamento na
tabela abaixo.

22
Após a análise dos limites laterais acima podemos concluir que o limite da função f(x)
quando x tente a 4 é 7 e representamos por:

lim f(x) = 7 ou lim x + 3 = 7


x→4 x→4

2.2 DEFINIÇÃO FORMAL DE LIMITE

Dada uma determinada função f(x), se aproximarmos os valores de x indefini-


damente de um número “a”, seja pelo lado esquerdo ou pelo lado direito de x (o que
denominamos de limites laterais), e o valores de f(x) se aproximar de uma determi-
nado valor “L”, podemos afirmar que o limite de f(x) quando x tente a “a” é igual a
“L” e representamos por: 𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐋
𝐱→𝐚

Quando calculamos o limite de f(x) quando x


tende para um determinadao número “a”, não
estamos preocupados com o valor da função
quando 𝐱 = 𝐚, e sim no comportamento da
função quando x se aproxima de “a”.

Exemplo:
x 2 − 4 para x ≠ 2
Considere uma função f: ℝ → ℝ definida por: f(x) = {
1 para x = 2
Vamos analisar o comportamento dessa função, ou seja, verificar o limite
dessa função à medida que os valores de x se aproxima de 2. Observe o gráfico da
figura abaixo:

23
Figura 15: Gráfico da função

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Analisando o gráfico da função podemos observar que à medida que x se


aproxima de 2 pela esquerda, a função se aproxima do valor 0 (zero).

𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝟎
𝐱→𝟐−

Analogamente, à medida que x se aproxima de 2 pela direita, a função tam-


bém se aproxima do valor 0 (zero).

𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝟎
𝐱→𝟐+

Então, podemos dizer que 𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝟎


𝐱→𝟐

Observe também que o valor da função em x = 2 é 1, ou seja, f(2) = 1.

lim f(x) = 0 e f(2) = 1 portanto lim f(x) ≠ f(2)


x→2+ x→2+

24
A afirmação acima reforça o nosso interesse pelo comportamento da função
para valores próximos de 2 e não quando x = 2.

2.3 CONTINUIDADE DE FUNÇÕES

Para termos um compreendimento efetivo acerca de continuidade de uma


função, devemos recorrer à análise do seu gráfico. Se no gráfico for encontrado al-
guma interrupção ou salto em um determinado ponto, dizemos que houve uma des-
continuidade neste ponto.
Para ilustrar e formalizar esse conceito, analisaremos os gráficos de algumas
funções. Veja:

Figura 16: Gráfico da função quadrática (esquerda)e hiperbólica (direita)

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

 Para a função 𝐟(𝐱) = 𝐱 𝟐 temos a parábola como gráfico e, para todo valor
de x do seu domínio encontramos uma imagem para ele.

𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐟(𝐚)


𝐱→𝐚− 𝐱→𝐚+

Ou seja, o limite sempre existe quando x tende para “a” e o seu valor é igual
ao valor da função em “a”.

25
𝟏
Para a função 𝐟(𝐱) = 𝐱 se for calculado o seu limite quando x tende a 0 (zero)

pela esquerda encontraremos −∞, e se for calculado o seu limite quando x tende a
0 (zero) pela direita encontraremos +∞. Ocorre daí uma descontinuidade no gráfico.

𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = −∞ 𝐞 𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = +∞


𝐱→𝟎− 𝐱→𝐚+

Concluímos então, pela análise do gráfico, que a primeira função é contínua


e a segunda, por apresentar uma interrupção em seu gráfico, é descontínua. A for-
malização do conceito de função contínua se dá pela seguinte definição:

Uma função f(x) é considerada contínua em um dado ponto “a” se as condições abaixo
forem satisfeitas:
i) existe f(a)
ii) existe lim f(x)
x→a

Portanto se algumas das condições acima não for comtemplada a função


será descontínua.

x para x ≤ 2
Exemplo: Seja a função: f(x) = {
1 para x > 2
Observe, por meio do gráfico, que f(2) = 2 e desta forma a primeira condição
foi contemplada. Mas,

lim f(x) = 2 e lim f(x) = 1


x→2− x→2+

O seja, temos limites laterais diferentes o que nos permite constatar que não
existe limite em x = 2 o que faz com que a segunda condição não seja comtemplada.
Logo a função é descontínua.

26
Figura 17: Gráfico da função

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Veja mais sobre o assunto no livro “`Cálculo” de Thomas (2009). Disponível


em em: https://bit.ly/3qCFln1. Acesso em: 10 fev. 2020;

Leia também o livro “Cálculo” de Rogawski e Adams (2018). Disponível


em: https://bit.ly/3ouwNgj. Acesso em: 10 fev. 2020;

Por fim, de uma olhada na playlist “Curso Completo de Limites” do prof.


Edson Bertosa em seu canal no Youtube. Disponível em:
https://bit.ly/2VSbmJC. Acesso em Acesso em: 10 fev. 2020.

27
FIXANDO O CONTEÚDO

1. Analise o comportamento do gráfico de uma determinada função f(x) matemá-


tica e marque a alternativa correta.

O limite de f(x) quando x → 6 é 8.

a) Não existe limite de f(x) quando x → 6.


b) O limite de f(x) quando x → 6 pela direita é 7.
c) O limite de f(x) quando x → 6 pela esquerda é 8.
d) O limite de f(x) quando x → 6 é 7

2. Analise as afirmativas apresentadas acerca do gráfico abaixo.

I. Existe limite de f(x) quando x → - 2.


II. O limite de f(x) quando x → 1 é 2.
III. O limite de f(x) quando x → 6 é 0.
IV. O limite de f(x) quando x → 7 pela esquerda é 3.
V. Existe limite de f(x) quando x → 7

28
As afirmativas corretas são:

a) todas as afirmativas estão corretas.


b) somente as afirmativas III e IV estão corretas.
c) somente as afirmativas III e V estão corretas.
d) somente as afirmativas IV e V estão corretas.
e) todas as afirmativas estão erradas.

3. Analise as afirmativas apresentadas acerca do gráfico abaixo.

I. Existe limite de f(x) quando x → - 2.


II. O limite de f(x) quando x → 1 é 2.
III. O limite de f(x) quando x → 6 é 0.
IV. O limite de f(x) quando x → 7 pela direita é 3.
V. Existe limite de f(x) quando x → 7.

Assinale a alternativa correta.

a) todas as afirmativas estão corretas.


b) somente as afirmativas III e IV estão corretas.
c) somente as afirmativas III e V estão corretas.
d) somente as afirmativas IV e V estáo corretas.
e) todas as afirmativas estão erradas.

29
4. Analise as afirmativas apresentadas acerca do gráfico abaixo.

I. O limite de f(x) quando x → - 2 é – 6


II. O limite de f(x) quando x → 2 é – 2.
III. O limite de f(x) quando x → 0 é – 4.
IV. O limite de f(x) quando x → 4 é 0.
V. O limite de f(x) quando x → 7 é 3.

Assinale a alternativa correta.

a) todas as afirmativas estão corretas.


b) somente as afirmativas II e VI estão corretas.
c) somente as afirmativas III e V estão corretas.
d) somente as afirmativas IV e VI estão corretas.
e) todas as afirmativas estão erradas.

𝟏−𝒙
5. Analise as afirmativas acerca da função 𝒇(𝒙) = 𝒙+𝟏 .

I. A função é descontínua para x = 0.


II. A função é descontínua para x = -1.
III. A função é contínua para x = 2.

Assinale a alternativa correta:

a) Todas as afirmativas estão corretas.


b) Nenhuma afirmativa está correta.

30
c) Somente a afirmativa I e II estão corretas.
d) Somente a afirmativa II e III estão corretas.
e) Somente a afirmativa I e III estão corretas.

6. Analise as afirmativas acerca da função

𝒙+𝟐
𝒇(𝒙) =
𝒙𝟐 − 𝟑𝒙 + 𝟏𝟎

I. A função é contínua para x = 2.


II. A função é descontínua para x = 5.
III. A função é descontínua para x = 2.
IV. A função é contínua para x = 5.

Assinale a alternativa correta:

a) Somente as afirmativas I e II estão corretas.


b) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas são falsas.

7. Analise as afirmativas acerca da função

x + 2, se x ≠ 1
f(x) = {
5, se x = 1

I. A função sempre será contínua.


II. A função nunca será contínua.
III. A função é contínua para x ≠ 1.
IV. A função é descontínua para x = 1.

Assinale a alternativa correta:

31
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
b) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas são falsas.

2x − 4, se x ≠ 1
8. Dada a função f(x) = { , o valor de k para que essa função seja con-
−k, se x = 1
tínua em x = 1 é:

a) K = 5
b) K = 4
c) K = 3
d) K = 2
e) K = 1

32
PROPRIEDADES OPERATÓRIAS DOS UNIDADE
LIMITES

03
Para iniciarmos os estudos das propriedades dos limites, vamos considerar duas
f(x) e g(x) tais que:

𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐋𝟏 𝐥𝐢𝐦 𝐠(𝐱) = 𝐋𝟐 𝐂 𝐮𝐦𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐫𝐞𝐚𝐥 (2)


𝐱→𝐚 𝐱→𝐚

3.1 LIMITE DE UMA FUNÇÃO CONSTANTE

O limite de uma função constante (3) é a própria constante:

𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐥𝐢𝐦 𝐂 = 𝐂


𝐱→𝐚 𝐱→𝐚 (3)

Exemplo: lim 10 = 10
𝑥→1

3.2 LIMITE DA SOMA DE DUAS FUNÇÕES

O limite da soma (4) de duas funções é a soma dos seus limites:

𝐥𝐢𝐦[𝐟(𝐱) + 𝐠(𝐱)] = 𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) + 𝐥𝐢𝐦 𝐠(𝐱) = 𝐋𝟏 + 𝐋𝟐


𝐱→𝐚 𝐱→𝐚 𝐱→𝐚 (4)

Exemplo: lim 2𝑥 + 1 = lim 2𝑥 + lim 1 = 2 + 1 = 3


𝑥→1 𝑥→1 𝑥→1

33
3.3 LIMITE DA DIFERENÇA DE DUAS FUNÇÕES

O limite da diferença (5) de duas funções é a diferença dos seus limites:

𝐥𝐢𝐦[𝐟(𝐱) − 𝐠(𝐱)] = 𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) − 𝐥𝐢𝐦 𝐠(𝐱) = 𝐋𝟏 − 𝐋𝟐


𝐱→𝐚 𝐱→𝐚 𝐱→𝐚 (5)

Exemplo: lim 3𝑥 − 4 = lim 3𝑥 − lim 4 = 3 − 4 = −1


𝑥→1 𝑥→1 𝑥→1

3.4 LIMITE DO PRODUTO DE DUAS FUNÇÕES

O limite do produto de duas funções (6) é o produto dos seus limites:

lim[ f(x) ∙ g(x)] = lim f(x) ∙ lim g(x) = L1 L2


x→a x→a x→a (6)

3.5 LIMITE DO QUOCIENTE DE DUAS FUNÇÕES

O limite do quociente de duas funções (7) é o quociente dos seus limites:

𝐟(𝐱) 𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) 𝐋𝟏


𝐥𝐢𝐦 = 𝐱→𝐚 = (7)
𝐱→𝐚 𝐠(𝐱) 𝐥𝐢𝐦 𝐠(𝐱) 𝐋𝟐
𝐱→𝐚

Exemplo:
x + 2 lim(x + 2) 0+2 2
lim = x→0 = = −
x→0 2x − 3 lim (2x − 3) 2.0 − 3 3
x→0

3.6 LIMITE DA POTÊNCIA DE UMA FUNÇÃO

O limite da potência de uma função (8) é a potência do seu limite:

𝐧
𝐥𝐢𝐦[𝐟(𝐱)]𝐧 = [𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱)] = (𝐋𝟏 )𝐧 𝐬𝐞 𝐋𝟏 > 𝟎 (8)
𝐱→𝐚 𝐱→𝐚

Exemplo:
3
lim(2x)3 = (lim 2x) = (2.1)3 = 23 = 8
x→1 x→1

3.7 LIMITE DA RAIZ DE UMA FUNÇÃO

34
O limite da raiz de uma função (9) é a raiz do seu limite:

𝐥𝐢𝐦 𝐧√𝐟(𝐱) = 𝐧√𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐧√𝐋𝟏 𝐬𝐞 𝐋𝟏 ≥ 𝟎 𝐞 𝐧 í𝐦𝐩𝐚𝐫 (9)


𝐱→𝐚 𝐱→𝐚

Exemplo: lim √25𝑥 = √ lim 25 = √25 = 5


𝑥→1 𝑥→1

3.8 LIMITE DO LOGARITMO DE UMA FUNÇÃO

O limite do logaritmo de uma função (10) é o logaritmo do seu limite:

𝐥𝐢𝐦[𝐥𝐨𝐠 𝐛 𝐟(𝐱)] = 𝐥𝐨𝐠 𝐛 [𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱)] = 𝐥𝐨𝐠 𝐛 𝐋𝟏 𝐜𝐨𝐦 𝟎 < 𝐛 ≠ 𝟏 (10)


𝐱→𝐚 𝐱→𝐚

Exemplo: lim[log 2 (x + 7)] = log 2 [lim(x + 7)] = log 2 8 = 3


x→1 x→1

3.9 LIMITE DA FUNÇÃO POLINOMIAL

O limite do logaritmo de uma função é o logaritmo do seu limite:

𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐟(𝐚)


𝐱→𝐚 (11)

Exemplo: lim 3x 4 + 2x 3 − x 2 + 2x − 7 = 3. 14 + 2. 13 − 12 + 2.1 − 7 = 13


x→1

3.10 LIMITES INFINITOS E LIMITES NO INFINITO

Nesta seção iremos explorar o conceito de limites infinitos de funções quando


x tende para infinito positivo ou negativo (±∞) ou quando x tende a 0 (zero).

1) Limite de f(x) quando 𝐱 → ±∞.

𝟏
Vamos tentar entender este caso por meio da função 𝐟(𝐱) = 𝐱 cujo gráfico

está representado na próxima página.


Figura 18: Gráfico do limite de f(x) quando x→±∞

35
Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Analisando o gráfico, podemos observar que, quando x tende a +∞, o valor


de f(x) se aproxima cada vez mais de 0 (zero). Dessa forma temos:

𝟏
𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐥𝐢𝐦 = 𝟎
𝐱→+∞ 𝐱→+∞ 𝐱

Por outro lado, analisando o gráfico, podemos observar que, quando x tende
a −∞, o valor de f(x) se aproxima cada vez mais de 0 (zero). Dessa forma temos:

𝟏
𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐥𝐢𝐦 = 𝟎
𝐱→−∞ 𝐱→−∞ 𝐱

2) Limite de f(x) quando 𝐱 → 𝟎.


𝟏
Vamos tentar entender este caso por meio da função 𝐟(𝐱) = 𝐱 cujo gráfico

está representado na próxima página.

Figura 19: Gráfico do limite de f(x) quando 𝐱 → 𝟎.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Analisando o gráfico, podemos observar que, quando x tende a 0+ (tende a 0

36
pela direita), o valor de f(x) se aproxima cada vez mais de 0 (zero). Dessa forma te-
mos:

𝟏
𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐥𝐢𝐦 = +∞
𝐱→𝟎+ 𝐱→𝟎+ 𝐱

Por outro lado, analisando o gráfico, podemos observar que, quando x tende
a 0 (tende a 0 pela esquerda), o valor de f(x) se aproxima cada vez mais de 0 (zero).
Dessa forma temos:

𝟏
𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐥𝐢𝐦 = −∞
𝐱→𝟎− 𝐱→𝟎− 𝐱

k k k
i) lim =0 ii) lim = +∞ iii) lim = −∞
x→±∞ f(x) x→0+ f(x) x→0− f(x)

3.11 LIMITES DE FUNÇÕES POLINOMIAIS QUANDO 𝒙 → ±∞.

Seja dada uma função polinomial definida por

𝐟(𝐱) = 𝐚𝐧 𝐱 𝐧 + 𝐚𝐧−𝟏 𝐱 𝐧−𝟏 + ⋯ + 𝐚𝟐 𝐱𝟐 + 𝐚𝟏 𝐱 + 𝐚𝟎 .

Assim teremos que (12):

𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐥𝐢𝐦 (𝐚𝐧 𝐱 𝐧 ) (12)


𝐱→±∞ 𝐱→±∞

Ou seja:
𝐥𝐢𝐦 𝐚𝐧 𝐱 𝐧 + 𝐚𝐧−𝟏 𝐱 𝐧−𝟏 + ⋯ + 𝐚𝟐 𝐱 𝟐 + 𝐚𝟏 𝐱 + 𝐚𝟎 = 𝐥𝐢𝐦 (𝐚𝐧 𝐱 𝐧 )
𝐱→±∞ 𝐱→±∞

Exemplos:

a) lim 𝑥 3 + 𝑥 2 − 𝑥 + 1 = lim 𝑥 3 = + ∞
𝑥→+∞ 𝑥→+∞

37
b) lim 𝑥 3 + 𝑥 2 − 𝑥 + 1 = lim 𝑥 3 = − ∞
𝑥→−∞ 𝑥→−∞

c) lim (−𝑥 3 + 𝑥 2 + 2) = lim (−𝑥 3 ) = + ∞


𝑥→−∞ 𝑥→−∞

d) lim (4𝑥 3 − 2𝑥 2 + 𝑥 − 1) = lim (4𝑥 3 ) = + ∞


𝑥→+∞ 𝑥→+∞

e) lim (−2𝑥 4 + 𝑥 3 + 𝑥 2 + 2𝑥 + 1) = lim (−2𝑥 4 ) = − ∞


𝑥→−∞ 𝑥→−∞

Sejam dados dois polinômios a saber:

𝒑(𝒙) = 𝒑𝒕 𝒙𝒕 + 𝒑𝒕−𝟏 𝒙𝒕−𝟏 + ⋯ + 𝒑𝟐 𝒙𝟐 + 𝒑𝟏 𝒙 + 𝒑𝟎

𝒒(𝒙) = 𝒒𝒔 𝒙𝒔 + 𝒒𝒔−𝟏 𝒙𝒔−𝟏 + ⋯ + 𝒒𝟐 𝒙𝟐 + 𝒒𝟏 𝒙 + 𝒒𝟎

1º caso) Grau P(x) > Q(x), ou seja, t > s


𝒑(𝒙)
𝐥𝐢𝐦 = ±∞
𝒙→±∞ 𝒒(𝒙)

2º caso) Grau P(x) < Q(x), ou seja, t < s


𝒑(𝒙)
𝐥𝐢𝐦 =𝟎
𝒙→±∞ 𝒒(𝒙)

3º caso) Grau P(x) = Q(x) , ou seja, t = s


𝒑(𝒙) 𝒑𝒕
𝐥𝐢𝐦 =
𝒙→±∞ 𝒒(𝒙) 𝒒𝒔

Veja mais sobre o assunto no livro “`Cálculo” de Thomas (2009). Disponível


em em: https://bit.ly/3qCFln1. Acesso em: 12 fev. 2020;

Leia também o livro “Cálculo” de Rogawski e Adams (2018). Disponível


em: https://bit.ly/3ouwNgj. Acesso em: 12 fev. 2020;

Por fim, de uma olhada na playlist “Curso Completo de Limites” do prof.


Edson Bertosa em seu canal no Youtube. Disponível em:
https://bit.ly/2VSbmJC. Acesso em Acesso em: 12 fev. 2020.

38
FIXANDO O CONTEÚDO

1. Analise o limite abaixo.


7𝑥 3
lim
𝑥→+∞ 4𝑥 + 3𝑥 2

O resultado desse limite é:

a) 7⁄3

b) 0
c) +∞
d) -∞
e) 7⁄4

2. Analise o limite abaixo.

6𝑥 4
lim
𝑥→+∞ 4 − 𝑥 4

O resultado desse limite é:

a) 6⁄4

b) 0
c) +∞
d) -∞
e) −6

3. Analise o limite abaixo.

1 + 4𝑥 2
lim
𝑥→+∞ 1 − 2𝑥 3

O resultado desse limite é:

a) 2

39
b) 0
c) +∞
d) -∞
e) 4

4. Analise o limite abaixo.

−𝑥 5 + 𝑥 3
lim
𝑥→+∞ 𝑥 2 + 1

O resultado desse limite é:

a) 1
b) 0
c) +∞
d) -∞
e) −1

5. Analise o limite abaixo.

lim [𝑓(𝑥) − 𝑥] = 8
𝑥→3

Então o resultado lim 𝑓(𝑥) é:


𝑥→3

a) 5
b) 0
c) +∞
d) -∞
e) 11

6. Analise o limite abaixo.

lim [𝑓(𝑥). 𝑥] = 9
𝑥→3

40
Então o resultado lim 𝑓(𝑥) é:
𝑥→3

a) 0
b) 2
c) +∞
d) -∞
e) 3

7. Analise o limite abaixo.

𝑥2 − 1
lim
𝑥→1 𝑥 − 1

O resultado desse limite é:


(sugestão: fatore o numerador antes de calcular o limite)

a) 0
b) 2
c) +∞
d) -∞
e) 1

8. Analise o limite abaixo.

𝑥 2 − 5𝑥
lim
𝑥→5 𝑥 − 5

O resultado desse limite é:


(sugestão: fatore o numerador antes de calcular o limite)
a) 0
b) 2
c) 5
d) -5
e) 1

41
DERIVADAS UNIDADE

4.1 INTRODUÇÃO
04
Por volta dos séculos XVII e XVIII apareceu, por meio de problemas de Física
acerca dos estudos dos movimentos, o conceito do que conhecemos hoje por deri-
vada de uma função. Dentre os estudiosos que mais se destacaram neste assunto
foram Newton (1642 – 1727), Leibniz (1646 – 1716) e Lagrange (1736 – 1813). A primeiras
conjecturas trabalhadas dentro da Física foram, de maneira lenta, introduzidas pos-
teriormente em outras ciências.
A ideia de taxa de variação que o estudo das derivadas nos traz, auxilia na
observação do comportamento de funções matemáticas assim como, a determina-
ção de seus valores críticos (máximo, mínimos e inflexão).

4.2 TAXA DE VARIAÇÃO

Iniciando nossos estudos de forma intuitiva, vamos fazer um tratamento gráfico


do assunto.
Tomemos uma função f(x) e x0 e x1 dois valores pertencentes ao seu domínio.
Dessa forma, segundo estudos anteriores, sabemos que f(x0 ) e f(x1 ) são imagens dos
valores considerados. Tal função está representada na figura abaixo.

Figura 20: Taxa de variação média

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

42
A TAXA DE VARIAÇÂO MÉDIA mede a velocidade ou o ritmo em que os valores
da imagem variam em relação aos valores do domínio.
Exemplo:

Vamos considerar o espaço percorrido (S em metros) de uma partícula em um


determinado tempo (t em segundos). Sendo t a variável independente e S a variável
dependente temos que o espaço percorrido em função do tempo pode ser expresso
por S(t) e iremos denominar de função horária. Tais informações estão representadas
no gráfico abaixo.

Figura 21: Gráfico da taxa de variação média

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Observe que, entre os instantes de tempo t 0 e t1 a partícula possui desloca-


mento de S(t 0 ) e S(t1 ). Logo, a variação média (velocidade média) dentro do inter-
valo de tempo é dada por:

∆S S(t1 ) − S(t 0 )
Vm = =
∆t t1 − t 0

4.3 VISÃO GRÁFICA DA DERIVADA

Como já sabemos, a declividade de uma reta, ou seja, sua inclinação pode


ser obtida da seguinte forma:

43
Dado dois pontos P1 (x1 , y1 ) e P2 (x2 , y2 ) de uma reta teremos a relação (9), mos-
trada no gráfico a seguir:

∆𝐲 𝐲𝟐 − 𝐲𝟏
𝐦= = = 𝐭𝐠 𝛂 = 𝐜𝐨𝐞𝐟𝐢𝐜𝐢𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐚𝐧𝐠𝐮𝐥𝐚𝐫 (13)
∆𝐱 𝐱𝟐 − 𝐱𝟏

Figura 22: Gráfico da reta

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Uma reta, ao tangenciar a curva de uma função em um determinado ponto


x0 , possui uma dada inclinação cujo valor é o valor da derivada da função no ponto
x0 e representamos essa derivada por f ′ (x0 ).

Figura 23: Gráfico da reta tangente

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Tal derivada f ′ (x0 ) pode ser obtida por meio da relação (14):

𝐟(𝐱) − 𝐟(𝐱𝟎 )
𝐟 ′ (𝐱𝟎 ) = 𝐥𝐢𝐦 (14)
𝐱→𝐱𝐨 𝐱 − 𝐱𝟎

44
Esse limite foi aplicado para podermos transformar uma reta secante à curva
da função em uma reta tangente à mesma. Obtemos então:

Figura 24: Gráfico da reta secante

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

∆𝐱 𝐲𝟏 − 𝐲𝟎 𝐟(𝐱𝟏 ) − 𝐟(𝐱𝟎 )
𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦
∆𝐱→𝟎 ∆𝐲 ∆𝐱→𝟎 𝐱 𝟏 − 𝐱 𝟎 𝐱→𝐱𝐨 𝐱𝟏 − 𝐱𝟎

Para encontrarmos a derivada em um ponto 𝑥0 basta calcular:

𝐟(𝐱) − 𝐟(𝐱𝟎 )
𝐅𝐮𝐧çã𝐨 𝐃𝐞𝐫𝐢𝐯𝐚𝐝𝐚 → 𝐟´(𝐱) = 𝐥𝐢𝐦
𝐱→𝐱𝟎 𝐱 − 𝐱𝟎

Exemplos:
1) Determinar a derivada da função 𝐟(𝐱) = 𝟑𝐱 𝟐 no ponto de abscissa 𝐱𝟎 = 𝟐.
Sendo x0 = 2 então f(x0 ) = f(2) = 3.22 = 3.4 = 12

Aplicando a definição dada de derivada teremos:


f(x) − f(x0 )
f´(x) = lim
x→x0 x − x0
3x 2 − 12
f´(2) = lim
x→2 x − 2

45
3(x + 2)(x − 2)
f´(2) = lim
x→2 x−2
f´(2) = lim 3(x + 2) = 12
x→2

O número 12 é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função


f(x) = 3x 2 no ponto de abscissa 2.

2) Determinar a derivada da função 𝐟(𝐱) = 𝐱 𝟐 − 𝟐𝐱 no ponto de abscissa 𝐱𝟎 = 𝟔.


Sendo x0 = 6 então f(x0 ) = f(6) = 62 -2.6 = 36-12 = 24

Aplicando a definição dada de derivada teremos:


f(x) − f(x0 )
f´(x) = lim
x→x0 x − x0
x 2 − 2x − 24
f´(6) = lim
x→6 x−6
(x + 4)(x − 6)
f´(6) = lim
x→6 x−6
f´(6) = lim x + 4 = 10
x→6

O número 10 é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função


f(x) = x 2 − 2x no ponto de abscissa 6.

Veja mais sobre o assunto no livro “`Cálculo” de Thomas (2009). Disponível


em em: https://bit.ly/3qCFln1. Acesso em: 14 fev. 2020;

Leia também o livro “Cálculo” de Rogawski e Adams (2018). Disponível


em: https://bit.ly/3ouwNgj. Acesso em: 14 fev. 2020;

Por fim, assista o vídeo “Derivada – Definição e Cálculo” do Prof. Paulo


Pereira para aprofundar ainda mais seus conhecimentos. Disponível em:
https://bit.ly/33Rxk3T. Acesso em Acesso em: 14 fev. 2020.

46
FIXANDO O CONTEÚDO

1. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = 5x 2 (pela definição) para x = 1, en-


contramos como resultado:

a) 8
b) 9
c) 10
d) 11
e) 12

2. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = x 3 + 2x (pela definição) para x = 1,


encontramos como resultado:

a) –5
b) 5
c) 0
d) – 1
e) 1

x4
3. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = x3 (pela definição) para x = 1, encon-

tramos como resultado:

a) 2
b) 0
c) 1
d) 3
e) -1

4. Ao calcularmos a derivada a função f(x) = x 2 . x 3 (pela definição) para x = 1, en-


contramos como resultado:

a) 1
b) 5

47
c) 4
d) – 5
e) -4

f(x+h)−f(x)
5. O resultado de lim h
para f(x) = 3x é:
h→0

a) 3
b) 0
c) +∞
d) -∞
e) −3

f(x+h)−f(x)
6. O resultado de lim h
para f(x) = −x 2 − x é:
h→0

a) – 2x – 1
b) 2
c) 2x +1
d) 1
e) 0

7. A derivada da função (pela definição) f(x) = −x −1 é:

a) 1/x2
b) 1/x
c) – 1/x2
d) – 1/x
e) 0

6 x−1 .x2
8. A derivada da função (pela definição) f(x) = é:
3

a) x2
b) x-1
c) x/3

48
d) 2
e) 0

49
TÉCNICAS DE DERIVAÇÃO UNIDADE

05
Acabamos de ver na seção anterior, como se calcula a derivada de uma fun-
ção em um determinado ponto por meio da definição gráfica.
Nesta seção iremos aprender como calcular as derivadas por meio de técni-
cas que tornam esses cálculos mais simples.
Tais técnicas serão, neste material, denominadas de “Técnicas de Derivação”.

5.1 DERIVADA DE UMA FUNÇÃO CONSTANTE

Dada uma constante k (número real) de tal forma que uma função é definida
por f(x) = k diremos que f´(x) = 0. Temos então (14):

𝐒𝐞 𝐟(𝐱) = 𝐤 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐟´(𝐱) = 𝟎 (15)

Exemplo:
f(x)=6 então f´(x)=0
f(x)=-10 então f´(x)=0
f(x)=√8 então f´(x)=0

5.2 DERIVADA DE UMA FUNÇÃO POTÊNCIA

Dada uma função definida por f(x) = x n diremos que f´(x) = nx n−1 . Temos então
a relação (15):

𝐒𝐞 𝐟(𝐱) = 𝐱 𝐧 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐟´(𝐱) = 𝐧𝐱 𝐧−𝟏 (16)

Exemplos:
f(x) = x 9
então
f´(x) = 9x 9−1 = 9x 8

50
f(x) = x −3
então
3
f´(x) = −3x −3−1 = 3x −4 =
x4

3
f(x) = x 4
então

3 3 3 1 3
f´(x) = x 4−1 = x −4 = 4
4 4 4 √x

1 2
f(x) = 3 = x −3
√x 2
então

2 2 2 5 2 2
f´(x) = − x −3−1 = − x −3 = − 3 =− 3
3 3 3√x 5 3x √x 2

5.3 DERIVADA DO PRODUTO ENTRE UMA CONSTANTE E FUNÇÃO

Dada uma constante k (número real) de tal forma que uma função é definida
por f(x) = kg(x) diremos que f´(x) = k. g´(x). Logo, temos a relação (17)

𝐒𝐞 𝐟(𝐱) = 𝐤𝐠(𝐱)𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐟´(𝐱) = 𝐤. 𝐠´(𝐱) (17)

Exemplos:

f(x) = 6x 2
então
f´(x) = 6.2x 2−1 = 6.2x = 12x

4
f(x) = x 9
3
então
4 4
f´(x) = . 9x 9−1 = . 9x 8 = 3.3x 8 = 9x 8
3 3

51
2
f(x) = = 2x −4
x4
então
−8
f´(x) = 2. (−4)x −4−1 = −8x −5 =
x5

5.4 DERIVADA DA SOMA E DA DIFERENÇA DE DUAS FUNÇÕES

Dadas duas funções g(x) e f(x) de tal forma que uma função é definida por
f(x) = g(x) ± h(x) diremos que f´(x) = g´(x) ± h´(x). Logo, temos que:

𝐒𝐞 𝐟(𝐱) = 𝐠(𝐱) ± 𝐡(𝐱) 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐟´(𝐱) = 𝐠´(𝐱) ± 𝐡´(𝐱) (18)

Exemplos:

f(x) = x 3 + x 2 + x + 1
então
f´(x) = 3x 3−1 + 2x 2−1 + 1x1−1 + 0 = 3x 2 + 2x + 1

f(x) = 4x 3 − 3x 2
então
f´(x) = 4.3x 3−1 − 3.2x 2−1 = 12x 2 − 6x

5.5 DERIVADA DO PRODUTO ENTRE DUAS FUNÇÕES

Dadas duas funções g(x) e f(x) de tal forma que uma função é definida por
f(x) = g(x). h(x) diremos que f´(x) = g´(x)h(x) + g(x)h´(x). Logo, tem-se a relação (19)

𝐒𝐞𝐟(𝐱) = 𝐠(𝐱). 𝐡(𝐱) 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐟´(𝐱) = 𝐠´(𝐱)𝐡(𝐱) + 𝐠(𝐱)𝐡´(𝐱) (19)

Exemplos:

f(x) = (x 3 − 3x)(5 + 2x)


então
f´(x) = (3x 3−1 − 3)(5 + 2x) + (x 3 − 3x)(0 + 2)
= (3x 2 − 3)(5 + 2x) + (x 3 − 3x)2

52
= 15x 2 + 6x 2 − 15 − 6x + 2x 3 − 6x
= 2x 3 + 21x 2 − 12x − 15
f(x) = 4x(3x − 1)(2x + 3) = (12x 2 − 4x)(4x + 3)
então
f´(x) = (12.2x 2−1 − 4)(2x + 3) + (12x 2 − 4x)(4 + 0)
= (24x − 4)(2x + 3) + (12x 2 − 4x)4
= 28x 2 + 72x − 8x + 12 + 24x 2 − 16x
= 52x 2 + 48x + 12

f(x) = (6x + 1)x 3


então
f´(x) = (6 + 0)x 3 + (6x + 1). 3x 2
= 6x 3 + 18x 3 + 3x 2
= 24x 3 + 3x 2

5.6 DERIVADA DO QUOCIENTE ENTRE DUAS FUNÇÕES

Dadas duas funções g(x) e f(x) de tal forma que uma função é definida por
g(x) g´(x)h(x) − g(x)h´(x)
f(x) = diremos que f´(x) = [h(x)]2
. Temos então a relação (20):
h(x)

𝐠(𝐱) 𝐠´(𝐱). 𝐡(𝐱) − 𝐠(𝐱). 𝐡(𝐱)′


𝐒𝐞 𝐟(𝐱) = 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐟(𝐱)′ = (20)
𝐡(𝐱) [𝐡(𝐱)]𝟐

Exemplos:

(x 2 + 1)
f(x) =
x−3
então
(2x)(x − 3) − (x 2 + 1)(1)
f´(x) =
(x − 3)2
2x 2 − 6x − (x 2 + 1)
=
(x − 3)2
2x 2 − 6x − x 2 − 1
=
(x − 3)2
x 2 − 6x + 1
=
(x − 3)2

53
(3x − 7)
f(x) =
x2 − 3

então

(2x)(x − 3) + (x 2 + 1)(−3)
f´(x) =
(x − 3)2
2x 2 − 6x + (−3x 2 − 3)
=
(x − 3)2
2x 2 − 6x − 3x 2 − 3
=
(x − 3)2
−x 2 − 6x − 3
=
(x − 3)2

(6x − 1)
f(x) =
x2 + x
então

(6x)(x 2 + x) − (6x − 1)(2x + 1)


f´(x) =
(x 2 + x)2
6x 3 − 6x 2 − (12x 2 + 6x − 2x − 1)
=
(x 2 + x)2
6x 3 − 6x 2 − 12x 2 − 6x + 2x + 1 6x 3 − 18x 2 + 8x − 4x + 1)
= =
(x 2 + x)2 (x 2 + x)2

5.7 DERIVADA DA FUNÇÃO EXPONENCIAL

Dadas a f(x) por f(x) = ax com a ≠ 1 e x ∈ ℝ então diremos sua derivada será
que f´(x) = ax lna. Temos a relação (21)

𝐒𝐞 𝐟(𝐱) = 𝐚𝐱 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐟´(𝐱) = 𝐚𝐱 𝐥𝐧𝐚 (21)

Exemplos:

f(x) = 5x
então
f´(x) = 5x . ln5

54
5 x
f(x) = ( )
4
então
5 x 5
f´(x) = ( ) . ln ( )
4 4

x
f(x) = (√10)
então
x
f´(x) = √10 . ln√10

Como consequência da técnica nº 7 temos que:

Se f(x)=ex então f ' (x)=ex lne=ex .1=ex

Logo,

se f(x)=ex então f ' (x)=ex

5.8 DERIVADA DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Dadas a f(x) por f(x) = log a x com a > 0 e x ∈ ℝ∗+ então diremos sua derivada
1
será que f´(x) = . Temos então que (22)
xlna

𝟏
𝐒𝐞 𝐟(𝐱) = 𝐥𝐨𝐠 𝐚 𝐱 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐟´(𝐱) = (22)
𝐱𝐥𝐧𝐚

Exemplo:

f(x) = log 2 x
então
1
f´(x) =
xln2

f(x) = log 4 x
então
1
f´(x) =
xln4

55
f(x) = log a x
então
1
f´(x) =
xln10

Como consequência da técnica nº 7 temos que


1 1 1
Se f(x)=ln x então f ′ (x)= = =
xlne x.1 x
Logo,
1
se f(x)=ln x então f ′ (x)=
x

5.9 FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS E SUAS DERIVADAS

O que são funções trigonométricas? As funções trigonométricas são funções


denominadas angulares de muita importância no estudo dos triângulos e de fenô-
menos que apresentam periodicidade. Elas são definidas por meio de razões entre
lados de triângulos que, por sua vez, estão em função dos ângulos presentes neste
mesmo triângulo, ou, de forma mais geral, como razões de coordenadas de pontos
no círculo unitário.

5.9.1 Principais razões trigonométricas

Seja o triângulo retângulo ABC. Temos:

 a = hipotenusa
 b = cateto adjacente ao ângulo 𝛼
 c = cateto oposto ao ângulo 𝛼

Definimos:
 Seno do ângulo α
cateto oposto a "α" c
sen α = =
hipotenusa a

56
𝐜
𝐬𝐞𝐧 𝛂 =
𝐚
 Cosseno do ângulo α
cateto adjacente a "α" b
cos α = =
hipotenusa a

𝐛
𝐬𝐞𝐧 𝛂 =
𝐚

 Tangente do ângulo α
cateto oposto a "α" c
tg α = =
cateto adjacente a "α" b
𝐜 𝐬𝐞𝐧 𝛂
𝐭𝐠 𝛂 = (𝐭𝐚𝐦𝐛é𝐦 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐞𝐯𝐞𝐫: 𝐭𝐠 𝛂 = )
𝐛 𝐜𝐨𝐬 𝛂

 Secante do ângulo α: É definido como o valor inverso do cosseno.

1 1 a
sec α = = =
cos α b b
a
𝐚
𝐬𝐞𝐜 𝛂 =
𝐛

 Cossecante do ângulo α: É definido como o valor inverso do seno.

1 1 a
cossec α = = c =
sen α c
a
𝐚
𝐜𝐨𝐬𝐬𝐞𝐜 𝛂 =
𝐜

 Cotangente do ângulo α: É definido como o valor inverso da tangente.

1 1 b
cotg α = = c =
tg α c
b
𝐛 𝐜𝐨𝐬 𝛂
𝐬𝐞𝐜 𝛂 = (𝐭𝐚𝐦𝐛é𝐦 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐞𝐯𝐞𝐫: 𝐜𝐨𝐭𝐠 𝛂 = )
𝐜 𝐬𝐞𝐧 𝛂

57
5.9.2 Derivada das funções trigonométricas

 Função Seno (23)

𝐒𝐞 𝐟(𝐱) = 𝐬𝐞𝐧 𝐱 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐟´(𝐱) = 𝐜𝐨𝐬 𝐱 (23)

 Função Cosseno (24)

𝐒𝐞 𝐟(𝐱) = 𝐜𝐨𝐬 𝐱 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐟´(𝐱) = −𝐬𝐞𝐧 𝐱 (24)

 Função tangente (25):

𝐒𝐞 𝐟(𝐱) = 𝐭𝐠 𝐱 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐟´(𝐱) = 𝐬𝐞𝐜 𝟐 𝐱 (25)

Demonstração:
sen x
Sabemos que tg x= então, utilizando a regra do quociente teremos:
cos x

sen x
f(x)= (que é a função a ser derivada)
cos x
Logo:

(sen x)´(cos x) − (sen x)(cos x)´


f´(x) =
cos2 x
cos x . cos x − (sen x)(−sen x)
f´(x) =
cos2 x
cos2 x + sen2 x
f´(x) =
cos2 x

58
1
f´(x) =
cos2 x
1 2
f´(x) = ( )
cos x
f´(x) = (sec x)2
𝐟´(𝐱) = 𝐬𝐞𝐜 𝟐 𝐱

 Função secante (26):

𝐒𝐞 𝐟(𝐱) = 𝐬𝐞𝐜 𝐱 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐟´(𝐱) = 𝐬𝐞𝐜 𝐱 . 𝐭𝐠 𝐱 (26)

Demonstração:

1
Sabemos que sec x= então, utilizando a regra do quociente teremos:
cos x
1
f(x)= (que é a função a ser derivada)
cos x

Logo:
(1)´(cos x) − (1)(cos x)´
f´(x) =
cos 2 x
0. cos x − (1)(−sen x)
f´(x) =
cos2 x
0 + senx
f´(x) =
cos2 x
0 + senx
f´(x) =
cos2 x
senx
f´(x) =
cos2 x
sen x
f´(x) =
cos x . cos x
1 sen x
f´(x) = ×
cos x cos x
f´(x) = sec x × tgx
𝐟´(𝐱) = 𝐬𝐞𝐜 𝐱 𝐭𝐠 𝐱

 Função cossecante (27):

𝐒𝐞 𝐟(𝐱) = 𝐜𝐨𝐬𝐬𝐞𝐜 𝐱 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐟´(𝐱) = −𝐜𝐨𝐬𝐬𝐞𝐜 𝐱 . 𝐜𝐨𝐭𝐠 𝐱 (27)

59
Demonstração:

1
Sabemos que cossec x= então, utilizando a regra do quociente teremos:
sen x

1
f(x)= (que é a função a ser derivada)
sen x

Logo:

(1)´(sen x) − (1)(sen x)´


f´(x) =
sen2 x
0. sen x − (1)(cos x)
f´(x) =
sen2 x
0 − cos x
f´(x) =
sen2 x
− cos x
f´(x) =
sen2 x
− cos x
f´(x) =
sen x . sen x
−1 cos x
f´(x) = ×
sen x sen x
f´(x) = − cossec x × cotgx
𝐟´(𝐱) = − 𝐜𝐨𝐬𝐬𝐞𝐜 𝐱 𝐜𝐨𝐭𝐠 𝐱

 Função cotangente (28):

𝐒𝐞 𝐟(𝐱) = 𝐜𝐨𝐭𝐠 𝐱 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐟´(𝐱) = − 𝐜𝐨𝐬𝐬𝐞𝐜 𝟐 𝐱 (28)

Demonstração:

cos x
Sabemos que cotgx = então, utilizando a regra do quociente teremos:
sen x
cos x
f(x)= (que é a função a ser derivada)
sen x

Logo:

(cos x)´(sen x) − (cos x)(sen x)´


f´(x) =
sen2 x

60
− senx . sen x − cos x cos x
f´(x) =
sen2 x
−sen2 x − cos 2 x
f´(x) =
sen2 x
− (sen2 x + cos2 x)
f´(x) =
sen2 x
−1
f´(x) =
sen2 x
1 2
f´(x) = − ( )
sen x
f´(x) = − (cossec x)2
𝐟´(𝐱) = − 𝐜𝐨𝐬𝐬𝐞𝐜 𝟐 𝐱
𝐟´(𝐱) = − 𝐜𝐨𝐬𝐬𝐞𝐜 𝐱 𝐜𝐨𝐭𝐠 𝐱

5.10 DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA (REGRA DA CADEIA)

Se temos uma função f(x) derivável em um dado ponto x e uma outra função
g(x) derivável em f(x), então podemos dizer que a função composta g ∘ f ou g[f(x)] é
derivável no ponto x dado, como mostra a Figura 23:

Figura 25: Derivada da função composta

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Então, tem-se a relação (29)

𝐡´(𝐱) = (𝐠 ∘ 𝐟)´(𝐱) = 𝐠´[𝐟(𝐱)]. 𝐟´(𝐱) (29)

Exemplo:

Dadas as funções: f(x) = x 2 − 1 e g(x) = y 2


Vamos calcular (𝐠 ∘ 𝐟)´(𝐱) e depois 𝐠´[𝐟(𝐱)]. 𝐟´(𝐱) e confirmar que são iguais.

61
Resolução:

 (g ∘ f)(x) = g[f(x)] = g(x 2 − 1) = (x 2 − 1)2 = x 4 − 2x 2 + 1


(g ∘ f)´(x) = 𝟒𝐱 𝟑 − 𝟒𝐱

 f´(x) = 2x
g´(x) = 2y
g´[f(x)] = g´(x 2 − 1) = 2x 2 − 2
g´[f(x)]. f´(x) = (2x 2 − 2)2x = 𝟒𝐱 𝟑 − 𝟒𝐱

Portanto,
(g ∘ f)´(x) = g´[f(x)]. f´(x)

Vamos ver agora um resumo das regras vistas até agora.

62
Quadro 1: Regras de Derivação – Resumo

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

63
Veja mais sobre o assunto no livro “`Cálculo” de Thomas (2009). Disponível
em em: https://bit.ly/3qCFln1. Acesso em: 19 fev. 2020;

Leia também o livro “Cálculo” de Rogawski e Adams (2018). Disponível


em: https://bit.ly/3ouwNgj. Acesso em: 19 fev. 2020;

Por fim, assista a playlist “Cálculo 1” do Prof. Ferreto para aprofundar


ainda mais seus conhecimentos. Disponível em: https://bit.ly/2JUubcB.
Acesso em Acesso em: 19 fev. 2020.

64
FIXANDO O CONTÉUDO

1. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = cos(x 2 ) encontramos como resultado:

a) −2xcos(x 2 )
b) −2xsen(x 2 )
c) −2xcotg(x 2 )
d) −2xcosec(x 2 )
e) −2xtg(x 2 )

3
2. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = 4x encontramos como resultado:

3
a) 4x . 3x 2 . ln4
3
b) 42x . 2x 2 . ln4
3
c) 4x . ln4
d) 4x. ln4
e) x. ln4

3. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = sec(x 2 ) encontramos como resultado:

a) 2sec(x 2 )tg(x 2 )
b) 2xsec(x 2 )sec(x 2 )
c) 2sec(x 2 )cotg(x 2 )
d) 2xsec(x 2 )tg(x 2 )
e) 2xcosec(x 2 )tg(x 2 )

4. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = cosec(x3 ) encontramos como resul-


tado:

a) −cosec(x 3 ) . cotg(x 3 ). x
b) cosec(x 3 ) . cotg(x 3 )
c) −cosec(x 3 ) . cotg(x 3 ). 3x 2
d) cosec(3x 2 ) . cotg(3x 2 ). 2x
e) −co sec(x 2 ) . cotg(x 2 ). 2

65
5. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = −senx. cosx encontramos como resul-
tado:

a) − cos2 x + sen2 x
b) − cos2 x − sen2 x
c) cos 2 x − sen2 x
d) cos 2 x + sen2 x
e) 0

6. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = sen2 (x) + cos 2(x) + senx encontramos
como resultado:

a) 1
b) 0
c) Senx
d) Cosx
e) 2

cos2 (x)
7. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = encontramos como resultado:
sen2(x)

a) −2cotg 2 x. cosecx
b) cotg 2 x. cosec 2 x
c) −xcotgx. cosec 2 x
d) 2cotgx. cosec 2 (x 2 )
e) −2cotgx. cosec 2 x

8. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = tgx. cotgx encontramos como resul-


tado:

a) tgx
b) secx
c) cossecx
d) cotgx
e) 0

66
ESTUDO DO COMPORTAMENTO UNIDADE
DAS FUNÇÕES

6.1 CRESCIMENTO E DECRESCIMENTO DE FUNÇÕES 06


Na seção 1.11 deste material mencionamos o comportamento crescente ou
decrescente do gráfico de uma função. Nesta seção iremos detalhar os conceitos
de crescimento e decrescimento das funções, assim como seus pontos críticos (má-
ximo, mínimo e inflexão). Para darmos início a este estudo, devemos tomar conheci-
mento de três teoremas fundamentais acerca deste assunto.

 1º TEOREMA: Suponha que f(x) seja uma função contínua no intervalo fe-
chado [a, b] e derivável no intervalo aberto ]a, b[. Então, existe um ponto
“c” do intervalo [a, b] tal que existe a relação (30):

f(b) − f(a)
f ′ (c) = (30)
b−a

Na figura podemos perceber que a reta r possui coeficiente angular igual a


f(b)−f(a)
. Dentro do intervalo ]a, b[ há um valor c, de forma que a reta s tangencia o
b−a

gráfico de f(x) nesse ponto de abscissa c. Dessa forma, como as retas r e s (que são
paralelas), apresentarão os mesmos coeficientes angulares e como o coeficiente an-
f(b)−f(a)
gular da reta s é dado por f´(c), temos que f´(c) = b−a
.

Figura 26: Gráfico do 1º Teorema

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

67
Exemplo: Dada a função f(x) = x 2 + 5x definida no intervalo [1, 3]. Determine o
f(3)−f(1)
ponto c tal que f´(c) = 3−1
.

Sabemos que f(1) = 6, f(3) = 24 e f´(x) = 2x = 5.

24-6 24-6
Queremos encontrar "c " tal que: f´(c) = ,ou seja, 2c+5 = →c = 2
3-1 3-1

 2º TEOREMA: Se para todo 𝐱 ∈ ]𝐚, 𝐛[ tivermos 𝐟´(𝐱) > 𝟎, então 𝐟(𝐱) é crescente
em todo intervalo ]𝐚, 𝐛[
 3º TEOREMA: Se para todo 𝐱 ∈ ]𝐚, 𝐛[ tivermos 𝐟´(𝐱) < 𝟎, então 𝐟(𝐱) é decres-
cente em todo intervalo ]𝐚, 𝐛[

Exemplos:

1) Dada a função f(x) = 2x 2 − 8x temos f´(x) = 4x − 8

 Sinal de f´(x):
Figura 27: Sinal de 𝐟´(𝐱)

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

 Comportamento de f(x)
Figura 28: Gráfico do comportamento de 𝐟(𝐱)

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Logo,
𝐀 𝐟𝐮𝐧çã𝐨 𝐟(𝐱) 𝐬𝐞𝐫á 𝐝𝐞𝐜𝐫𝐞𝐬𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐱 < 𝟐
𝐀 𝐟𝐮𝐧çã𝐨 𝐟(𝐱)𝐬𝐞𝐫á 𝐝𝐞𝐜𝐫𝐞𝐬𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐱 > 𝟐

68
2x3 4x2
2) Dada a função f(x) = 6
− 2
+ 3x + 10 temos f´(x) = x 2 − 4x + 3.

 Sinal de f´(x):
Figura 29: Sinal de 𝐟´(𝐱)

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

 Comportamento de f(x)

Figura 30: Gráfico do comportamento de 𝐟(𝐱)

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Logo,

𝐀 𝐟𝐮𝐧çã𝐨 𝐟(𝐱) 𝐬𝐞𝐫á 𝐜𝐫𝐞𝐬𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐱 < 𝟏


𝐀 𝐟𝐮𝐧çã𝐨 𝐟(𝐱)𝐬𝐞𝐫á 𝐝𝐞𝐜𝐫𝐞𝐬𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝟏 < 𝐱 < 𝟑
𝐀 𝐟𝐮𝐧çã𝐨 𝐟(𝐱)𝐬𝐞𝐫á 𝐜𝐫𝐞𝐬𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐱 > 𝟑

Em resumo:
 Se f´(x) > 0 em ]a, b[ então f(x) será crescente em ]a, b[.
 Se f´(x) = 0 em ]a, b[ então f(x) será constante em ]a, b[.
 Se f´(x) < 0 em ]a, b[ então f(x) será decrescente em ]a, b[.

6.2 PONTOS CRÍTICOS

O ponto crítico de uma função em um dado ponto surge a partir do momento


que encontramos o valor da derivada igual a 0 (zero) neste ponto, ou seja, f´(x) = 0.
A partir daí, podemos utilizar alguns critérios para classificar esse ponto crítico

69
em ponto de máximo, ponto de mínimo ou ponto de inflexão.

1) Critério da 1ª derivada da função

Consideremos uma função f(x), definida e derivável em [a, b], e "c" pertencente
a este intervalo tal que f´(c) = 0.
Para sabermos se o ponto de abscissa “c” é um ponto de máximo ou um ponto
de mínimo, devemos analisar o sinal de f´(x), nas proximidades de “c”, da seguinte
forma:

Figura 31: Gráfico do ponto de máximo de 𝐟(𝐱)

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

O valor c será a abscissa de um ponto máximo se, para todo x próximo de c tivermos:

f´(x) > 0 para valores de x < c

f´(x) < 0 para valores de x > c

Por outro lado:

Figura 32: Gráfico do ponto de mínimo de 𝐟(𝐱)

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

70
O valor c será a abscissa de um ponto mínimo se, para todo x próximo de c tivermos:

f´(x) < 0 para valores de x < c

f´(x) > 0 para valores de x > c

Nas demais situações, ou seja, quando para valores próximos de c, o sinal


da derivada não altera, teremos outro tipo de ponto crítico que denominaremos
de ponto de inflexão.

Figura 33: Ponto de inflexão de uma função

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

O valor c será a abscissa de um ponto de inflexão se,para todo x próximo de c tivermos:


f´(x)<0 para valores de x<c ou x>c
assim f(x) será estritamente decrescente
ou
f´(x)>0 para valores de x<c ou x>c
assim f(x) será estritamente crescente

6.3 PASSO A PASSO PARA OBTER PONTOS CRÍTICOS

1º passo:
Dada a função f(x), calcula-se sua derivada, ou seja, f´(x).

71
2º passo:
Resolva a equação f´(x) = 0 e obtenha sua solução c.

3º passo:
Uma vez calculada a solução de f´(x) = 0, estudo o sinal de f´(x) em c.

Se o final de f´(x)
 Passar de positiva para negativa, temos ponto de máximo.
 Passar de negativa para positiva, temos ponto de mínimo.
 Nos demais casos, temos um ponto de inflexão.

Quadro 2: Quadro Resumo

x C x

f´(x) + 0 - f´(x) - 0 +

f(x) MÁXIMO f(x) MÍNIMO


Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

2) Critério da 2ª derivada da função

Consideremos uma função f(x), definida e derivável em [a, b], e cuja deri-
vada f´(x) também é derivável em [a, b], e ambas contínuas neste intervalo.

Se c em [a, b] de forma que f´(x) = 0, então:

se f´´(x)<0 então c será ponto de máximo.

se f´´(x)>0 então c será ponto de minimo.

se f´´(x)=0 então nada se pode afirmar.

Exemplos:
1) Dada a função f(x) = x 2 − 6x + 8 estude o seu comportamento apontando e
classificando seus pontos críticos.

72
Resolução pelo critério da 1ª derivada:
f´(x) = 2x − 6
f´(x) = 0 ⇒ 2x − 6 = 0 ⟹ x = 3
y = f(3) = (3)2 − 6 . 3 + 8 ⟹ y = −1

Estudo do sinal da derivada f´(x):

Figura 34: Estudo do sinal da derivada f´(x)

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Como o sinal da derivada alterou de negativo para positivo,concluimos que o


ponto
(3,-1 ) é ponto mínimo.

Resolução pelo critério da 2ª derivada:

f´(x) = 2x − 6
f´(x) = 0 ⇒ 2x − 6 = 0 ⟹ x = 3
f´´(x) = 2 > 0

Temos que a segunda derivada é positiva e y = f(3) = 32 − 6.3 + 8 = −1.


Logo,temos como ponto mínimo (3, −1).

2) Dada a função f(x) = x 3 − 3x estude o seu comportamento apontando e classi-


ficando seus pontos críticos.

Resolução pelo critério da 1ª derivada:

f´(x) = 3x 2 − 3

73
f´(x) = 0 ⇒ 3x 2 − 3 = 0 ⟹ x´ = −1 e x´´ = 1
y = f(−1) = (−1)3 − 3. (−1) = 2
y = f(1) = (1)3 − 3. (1) = −2

35: Estudo do sinal da derivada f´(x) e gráfico da função

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Temos como:

 ponto máximo: (−1,2)


 ponto mínimo: (1, −2)

Resolução pelo critério da 2ª derivada:

f´(x) = 3x 2 − 3 ; f´(−1) = 0 ; f(−1) = 2 e f(1) = −2


f´´(x) = 6x
 f´´(1) = 6.1 = 6 > 0 ⟹ ponto de mínimo (1, −2)
 f´´(−11) = 6. (−1) = 6 < 0 ⟹ ponto de máximo (−1,2)

6.4 CONCAVIDADE DA CURVA

Vimos que a primeira derivada mede a taxa de variação de uma função.


Analogamente, podemos dizer que a segunda derivada mede a taxa de variação
da primeira derivada.
Dessa forma, se f´(x) é crescente então f´´(x) é positiva e se f´(x) é decres-
cente então f´´(x) é negativa. Por meio dessa afirmação, temos a seguinte conclu-
são:

74
Se f´´(x)>0 para todo x em ]a, b[, o gráfico de f(x), em ]a, b[,
é
côncavo para cima.

Se f´´(x)<0 para todo x em ]a, b[, o gráfico de f(x), em ]a, b[,


é
côncavo para baixo.

Figura 36: Concavidade da Curva

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Podemos notar, no gráfico da esquerda, que em “c” (ponto de inflexão),


a 𝐟´´(𝐱) < 𝟎 para 𝐱 < 𝐜 e 𝐟´´(𝐱) > 𝟎 para 𝐱 < 𝐜.
Por outro lado, no gráfico da direita, podemos notar que em “c” (ponto de
inflexão), a 𝐟´´(𝐱) > 𝟎 para 𝐱 < 𝐜 e 𝐟´´(𝐱) < 𝟎 para 𝐱 < 𝐜.

Exemplo:
Dada a função f(x) = x 3 − 6x 2 + 4x − 10 estude o seu comportamento apontando
a direção de sua concavidade.

f´(x) = 3x 2 − 12x + 4
f´´(x) = 0 ⇒ 6x − 12 = 0 ⟹ x = 2

Figura 37: sinal de f´´

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

75
Figura 38: Comportamento de f

Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)

Veja mais sobre o assunto no livro “`Cálculo” de Thomas (2009). Disponível


em em: https://bit.ly/3qCFln1. Acesso em: 23 fev. 2020;

Leia também o livro “Cálculo” de Rogawski e Adams (2018). Disponível


em: https://bit.ly/3ouwNgj. Acesso em: 23 fev. 2020;

Por fim, assista a vídeo-aula “Construção de Gráfico” do Prof. Paulo Fer-


reira para aprofundar ainda mais seus conhecimentos. Disponível em:
https://bit.ly/33U49xi. Acesso em Acesso em: 23 fev. 2020.

76
FIXANDO O CONTEÚDO

1. A função f(x) = −x 3 + 3x tem um ponto de máximo relativo para x igual a:

a) 0
b) – 1
c) 1
d) 3
e) 1/3

2. Se f(x) = −tgx − cosx − senx, então f´(0) é igual a:

a) – 2
b) – 1/2
c) 1/2
d) 1
e) 2

x3
3. Na função f(x) = − 3
+ x 2 − x o ponto (1, –1/3) é:

a) Ponto de máximo
b) Ponto de mínimo
c) Ponto de inflexão
d) Não é ponto crítico
e) Ponto de reflexão

4. A função f(x) = −2x 3 − 9x 2 + 24x − 6 é decrescente no intervalo:

a) – 4 < x < 1
b) x < - 4 ou x > 1
c) x > 0
d) x > 1
e) -1 < x < 4

77
5. Seja a função f(x) = x 3 − 9x 2 + 24x + 5. O intervalo em que f´(x) > 0 é:

a) ] − ∞; 2[ U ]4; +∞[
b) ] − ∞; 4[
c) ]2; 4[
d) ]2; +∞[
e) ]4; +∞[

x2 +1
6. A função f(x) = x2 −4 tem um ponto crítico para x igual a:

a) 1
b) 2
c) – 1
d) – 2
e) 0

7. Entre todos os retângulos de área igual a 64 cm2, o lado daquele que tem o menor
perímetro é:

a) o quadrado de lado 4 cm
b) o quadrado de lado 5 cm
c) o quadrado de lado 6 cm
d) o quadrado de lado 7 cm
e) o quadrado de lado 8 cm

8. Um corpo se movimenta, obedecendo à função horária

s(t) = 2 − 6t + 0,5t 6

Então podemos afirmar que:

a) A velocidade é definida por v(t) = 6 – 3t5


b) A velocidade é definida por v(t) = - 6 + 3t5
c) A velocidade é definida por v(t) = – 3t5

78
d) A velocidade é definida por v(t) = 3t5
e) A velocidade é definida por v(t) = -6 – 3t5

79
INTEGRAÇÃO E INTEGRAL Erro!
DEFINIDA Fonte
de
7.1 MOTIVAÇÃO referênc
ia não
A determinação de fórmulas para o cálculo de áreas e volumes de figuras
planas e espaciais foi, sem dúvida, um grande marco da geometria. Aqui, nesta
unidade de aprendizagem, abordaremos uma metodologia para o cálculo dessas
áreas e volumes em situações geométricas bem mais gerais. Tal metodologia se trata
da integração numérica que, além das obtenções de áreas e volumes, tem diversas
aplicações nas mais variadas áreas do conhecimento, tais como: estatística,
economia, ciências e engenharia.
A dinâmica aqui utilizada consiste em efetuar cálculos para a obtenção de
quantidades, fracionando-as em quantidades menores efetuando, em seguida, a
adição de cada valor obtido nos cálculos de cada fragmento. Dessa forma,
podemos utilizar o conceito de integral para solucionar problemas que envolvem
comprimento de curvas, predições populacionais, excedentes de consumo e muitos
outros.

7.2 A IDEIA DAS SOMAS FINITAS

Nesta seção, apresentaremos o cálculo de áreas, valores médios, distância


percorrida por meio da soma finita que é o fundamento para a definição de integral.
Iniciaremos nosso estudo, abordando a problematização da área. Suponhamos que
desejamos encontrar a área da região R sob a curva de uma determinada
função 𝑦 = 𝑓(𝑥) no intervalo iniciando em a e terminando em b, conforme a figura
abaixo:

80
Em outras palavras, queremos obter o valor da área compreendida entre o
gráfico gerado pela função e o eixo das abscissas (eixo x) e pelas retas verticais 𝑥 =
𝑎 e 𝑥 = 𝑏.
Se pensarmos que a curva gerada pela função é formada por linhas retas,
nossa tarefa será, sem dúvida nenhuma, simplificada, uma vez que, se a região R for
um retângulo, basta calcular o produto entre sua base e sua altura e, se fosse um
triângulo, poderíamos recorrer à metade do produto entre a sua base e sua altura.
Veja na figura abaixo:

Por outro lado, caso tenhamos uma figura poligonal, um hexágono por
exemplo, teremos que fragmentá-los em quatro triângulos, calcular as áreas de cada
um dos triângulos encontrados para, em seguida, somar os resultados obtidos. Veja
na figura abaixo:

O maior problema que podemos encontrar são as áreas de figuras que


possuem lados não lineares, ou seja, curvos. Com certeza podemos calcular tal área
de forma intuitiva ou aproximada, porém, às vezes, temos a necessidade de obter a
sua área de forma mais precisa. Então, para obtermos a área exata de uma região

81
curva, devemos fragmentá-la em vários retângulos, calcular as áreas de cada
retângulo e, em seguida, somar os resultados obtidos.
Veja este procedimento de forma mais detalhada nas figuras a seguir:

Para podermos calcular a área R entre a curva da função e o eixo das


abscissas (eixo x), primeiramente, devemos observar os limites em que a região está
compreendida que, no caso considerado, está entre 0 e 1. Após levantar os limites
em que a região está definida, devemos fragmentá-la em quatro retângulos A1, A2,
A3 e A4 por meio de cinco retas verticais a saber: 𝑥 = 0, 𝑥 = ¼, 𝑥 = ½, 𝑥 = ¾𝑒𝑥 =
1.
Dessa forma, podemos aproximar cada repartição criada por meio de um
retângulo com bases iguais à distância compreendida entre as retas verticais, ou seja,

¼ e altura igual ao lado esquerdo de cada retângulo formado, ou seja, as alturas

desses retângulos serão os valores de f(x) nas extremidades esquerdas dos intervalos
[0,1/4], [1/4,1/2], [1/2,3/4] 𝑒 [3/4,1].
Efetuando os cálculos considerando 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥 teremos:

82
Este método de fragmentação da região R pode ser repetido para qualquer
quantidade de retângulos que desejarmos.

Uma vez constatado que podemos utilizar retângulos para calcular áreas
aproximadas, utilizaremos esta mesma ideia para calcular as áreas das mais diversas
regiões obtidas pelas mais variadas funções. Veja na figura abaixo.

83
Temos que a largura do intervalo [𝑎, 𝑏] é 𝑏 – 𝑎 e, dessa forma, a altura de cada
um dos trapézios será dada por:

Logo a área da região sob a curva se dará por:

Veja como fica as aproximações sucessivas desta mesma região quando


aumentamos o número de retângulos aproximantes:

84
Exemplo:

Suponha que queiramos estimar a distância percorrida por um carro durante


um intervalo de tempo de 30 segundos. A cada 5 segundos registramos a leitura do
velocímetro na seguinte tabela:

Convertendo a velocidade em m/s temos:

Temos a seguinte situação gráfica para este problema:

Podemos efetuar os cálculos por aproximação da área sob a curva utilizando


6 (seis) retângulos aproximantes e, utilizando como altura, o extremo esquerdo de
cada um deles. Assim temos:

85
7.3 INTEGRAL DEFINIDA

Na seção anterior mostramos que a área sob a curva de uma função é dada
por:

Dessa forma, podemos definir a integral definida da seguinte forma:

Se 𝑓(𝑥) é uma função contínua definida em [𝑎, 𝑏], dividimos este intervalo em “n”
subintervalos de comprimentos iguais a ∆𝑥 = (𝑏 − 𝑎)/𝑛.Sejam 𝑥0 (= 𝑎), 𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑛 (= 𝑏)
as extremidades desses subintervalos. Então a integral definida de 𝑓(𝑥) de a até b é:

𝒃 𝒏

∫ 𝒇(𝒙)𝒅𝒙 = 𝐥𝐢𝐦 ∑ 𝒇(𝒙)∆𝒙


𝒂 𝒏→∞
𝒊=𝟏

Desde que este limite exista e dê o mesmo valor para todas as possíveis escolhas de
pontos. Se ele existir, dizemos que 𝑓 é integrável em [𝑎, 𝑏].

OBSERVAÇÕES:

𝑏
1) O Símbolo de ∫ é denominado sinal de integração onde na notação ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥, 𝑓(𝑥)

é chamado de integrando, "𝑎" e "𝑏" são os limites de integração e o 𝑑𝑥 indica que


a variável dependente é x. O procedimento de calcular a integral é chamado
integração.
𝑏
2) A integral definida ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 é um número e x é apenas uma letra que representa

a variável. Podemos alterá-la para qualquer outra letra que o valor da integral não
altera.
3) A soma ∑𝑛𝑖=1 𝑓(𝑥)∆𝑥 (denominada soma de Riemann) se aproxima do valor da
integral por aproximações sucessivas dependendo apenas de quanto queremos
que seja essa aproximação.
4) Quando 𝑓(𝑥) assume valores positivos e negativos, podemos dizer que a soma de
Riemann é o resultado da adição das áreas dos retângulos situados acima do eixo
x e do oposto das áreas dos retângulos situados abaixo do eixo x.

86
Exemplo:

a) Calcule a soma de Riemann para 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 6𝑥 tomando como pontos amostrais


as extremidades direitas e a = 0, b = 3 e n = 6.

3
b) Calcule ∫0 𝑥 3 − 6𝑥 𝑑𝑥.

𝑏−𝑎 3−0 1
𝑎) 𝐶𝑜𝑚 𝑛 = 6, 𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜𝑠 é ∆𝑥 = = =
𝑛 6 2

𝑒 𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝑠𝑒𝑟ã𝑜:


𝑥1 = 0,5, 𝑥2 = 1,0, 𝑥3 = 1,5, 𝑥4 = 2,0, 𝑥5 = 2,5, 𝑥6 = 3,0

𝐴𝑠𝑠𝑖𝑚, 𝑎 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑅𝑖𝑒𝑚𝑎𝑛𝑛 𝑠𝑒𝑟á:

𝑅6 = ∑ 𝑓(𝑥𝑖 )∆𝑥
𝑖=1

= 𝑓(0.5)∆𝑥 + 𝑓(1,0)∆𝑥 + 𝑓(1.5)∆𝑥 + 𝑓(2,0)∆𝑥 + 𝑓(2.5)∆𝑥 + 𝑓(3,0)∆𝑥

87
1
= (−2,875 − 5 − 5,625 − 4 + 0,625 + 9) = −3,9375
2

𝑏) 𝐶𝑜𝑚 𝑛 𝑠𝑢𝑏𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜𝑠, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠

𝑏−𝑎 3
∆𝑥 = =
𝑛 𝑛

𝐷𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠,

3 6 9 3𝑖
𝑥0 = 0, 𝑥1 = , 𝑥2 = , 𝑥3 = 𝑒, 𝑒𝑚 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑙, 𝑥𝑖 =
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛

𝐿𝑜𝑔𝑜, 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠:

𝑛 𝑛 𝑛
3
3𝑖 3 3 3𝑖 3 3𝑖
∫ (𝑥 3 − 6𝑥)𝑑𝑥 = lim ∑ 𝑓(𝑥𝑖 )∆𝑥 = lim ∑ 𝑓 ( ) = lim ∑ ( ) − 6 ( )
0 𝑛→∞ 𝑛→∞ 𝑛 𝑛 𝑛→∞ 𝑛 𝑛 𝑛
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1

𝑛 𝑛 𝑛
3 27𝑖 3 18𝑖 81 54
= lim ∑ [ 3 − ] = lim [ 4 ∑ 𝑖 3 − 2 ∑ 𝑖 ]
𝑛→∞ 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛→∞ 𝑛 𝑛
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1

2
81 𝑛(𝑛 + 1) 54 𝑛(𝑛 + 1)
= lim { 4 [ ] − 2[ ]}
𝑛→∞ 𝑛 2 𝑛 2

81 1 2 1
= lim [ (1 + ) − 27 (1 + )]
𝑛→∞ 4 𝑛 𝑛

81 27
= − 27 = − = −6,75
4 4

88
7.4 PROPRIEDADES OPERATÓRIAS DA INTEGRAL DEFINIDA

Uma vez utilizada a soma de Riemann para o cálculo de uma integral definida,
podemos agora, apresentar algumas propriedades operatórias que tonarão os
cálculos das integrais definidas mais ágeis.

 Inversão dos limites de integração:

 Limites inferior e superior iguais:

89
 Propriedades da integral:

 Integrais definidas em intervalos adjacentes:

90
7.5 RESUMO DAS PROPRIEDADES OPERATÓRIAS DA INTEGRAL DEFINIDA

91
FIXANDO O CONTEÚDO

1. Lendo os valores do gráfico dado da função 𝑓(𝑥), utilize o extremo esquerdo de


quatro retângulos para encontrar as estimativas para a área sob o gráfico dado
da função de 𝑥 = 0 até 𝑥 = 8.

Fazendo o que se pede, podemos afirmar que a área encontrada será

a) (X) 30
b) (X) 31
c) (X) 32
d) (X) 33
e) (X) 34

2. Lendo os valores do gráfico dado da função 𝑓(𝑥), utilize o extremo direito de


quatro retângulos para encontrar as estimativas para a área sob o gráfico dado
da função de 𝑥 = 0 até 𝑥 = 8.

Fazendo o que se pede, podemos afirmar que a área encontrada será

92
a) (X) 38
b) (X) 39
c) (X) 40
d) (X) 41
e) (X) 42

3. A velocidade de um corredor aumenta regularmente durante os três primeiros


segundos de uma corrida. Sua velocidade em intervalos de meio segundo é dada
em uma tabela:

Utilizando os extremos esquerdos de cada intervalo podemos dizer que a distância


percorrida pelo atleta é

a) (X) 10,55
b) (X) 11,55
c) (X) 12,55
d) (X) 13,55
e) (X) 14,55

4. A velocidade de um corredor aumenta regularmente durante os três primeiros


segundos de uma corrida. Sua velocidade em intervalos de meio segundo é dada
em uma tabela:

Utilizando os extremos direitos de cada intervalo podemos dizer que a distância


percorrida pelo atleta é

93
a) (X) 10,65
b) (X) 11,65
c) (X) 12,65
d) (X) 13,65
e) (X) 14,65

5
5. Utilizando a forma da definição para calcular a integral ∫−1 1 + 3𝑥 𝑑𝑥 encontramos

como resultado

a) (X)39
b) (X) 40
c) (X)41
d) (X) 42
e) (X) 43

0
6. Utilizando a forma da definição para calcular a integral ∫−2 𝑥 2 + 𝑥 𝑑𝑥 encontramos

como resultado

a) (X) 1/3
b) (X)2/3
c) (X) 1
d) (X) 4/3
e) (X) 5/3

1
7. Utilizando a forma da definição para calcular a integral ∫0 𝑥 3 + 3𝑥 2 𝑑𝑥 encontramos

como resultado

a) (X) – 3/4
b) (X) – 2/3
c) (X) 3/4
d) (X) 2/3
e) (X) 5/4

94
2
8. Calculando a integral ∫−1 1 − 𝑥 𝑑𝑥 em termos de áreas obtemos como resultado

a) (X)2/3
b) (X) 2/5
c) (X) 5/2
d) (X) 3/2
e) (X) 1

95
CÁLCULO DAS INTEGRAIS Erro!
DEFINIDAS E INDEFINIDAS Fonte
de
referênc
8.1 TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO

A partir de agora, apresentaremos o teorema mais relevante do cálculo que


relacionará a derivação já aprendida com a integração, que é o nosso assunto atual.
Por meio desse teorema, poderemos calcular as integrais sem a necessidade de
utilizar a soma de Riemann estudada na unidade anterior.
Antes de iniciarmos nosso estudo do teorema fundamenta do cálculo,
trataremos do teorema do valor médio que dará suporte ao nosso estudo.

Teorema do Valor Médio (TVM)

Podemos definir o valor médio de uma função contínua em um intervalo


𝑏
[𝑎, 𝑏] como sendo a integral definida ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 dividida pelo comprimento do referido

intervalo, ou seja, 𝑏 – 𝑎. Assim, o teorema do valor médio nos garante que esse valor
médio irá ocorrer pelo menos uma vez em [𝑎, 𝑏].
Observemos no gráfico abaixo, uma função f(x) contínua e positiva, definida
em [a,b] na qual, um ponto 𝑐 ∈ [𝑎, 𝑏] nos remete a um retângulo de altura 𝑓(𝑐) e base
igual a 𝑏 – 𝑎 que possui área exatamente igual à região formada abaixo da curva de
𝑓(𝑥) e entre os valores de a e b.

96
Assim, podemos descrever o teorema do valor médio da seguinte forma:

Teorema do Valor Médio para Integrais Definidas


Se 𝑓(𝑥) é contínua em [𝑎, 𝑏], então em um ponto 𝑐 ∈ [𝑎, 𝑏] teremos
𝑏
1
𝑓(𝑐) = ∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥
𝑏−𝑎 𝑎

Exemplo:

Determine o valor médio de 𝑓(𝑥) 4 − 𝑥 em [0, 3] e em que ponto do domínio dado


𝑓(𝑥) realmente assume esse valor.

𝑏
1
𝑀(𝑓) = ∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥
𝑏−𝑎 𝑎

3 3 3
1 1
= ∫ (4 − 𝑥)𝑑𝑥 = (∫ 4 𝑑𝑥 − ∫ 𝑥 𝑑𝑥 )
3−0 0 3 0 0

1 32 02
= [4(3 − 0) − ( − )]
3 2 2

3 5
=4− =
2 2

Portanto, o valor médio de 𝑓(𝑥) = 4 – 𝑥 no intervalo [𝑎, 𝑏] é 5/2.


A função assumirá esse valor quando 4 – 𝑥 = 5/2, ou seja, para 𝑥 = 3,2 (que
é o ponto c anunciado no teorema do valor médio).

Teorema Fundamental

Podemos definir o teorema fundamental do cálculo em duas partes. Na


primeira parte, definiremos da seguinte forma:

97
Teorema Fundamental do Cálculo (parte 1)
𝑥
Se 𝑓(𝑥) é contínua em [𝑎, 𝑏], então 𝐹(𝑥) = ∫𝑎 𝑓(𝑡) 𝑑𝑡

é contínua em [𝑎, 𝑏] e derivável em (𝑎, 𝑏) sendo sua derivada igual a 𝑓(𝑥).


𝑑 𝑥
𝐹(𝑥) = ∫ 𝑓(𝑡) 𝑑𝑡 = 𝑓(𝑥)
𝑑𝑥 𝑎

Vejamos um exemplo:

Use o teorema fundamental para determinar:

𝒅 𝒙
a) ∫ 𝐜𝐨𝐬 𝒕
𝒅𝒙 𝒂
𝒅𝒕

𝑑 𝑥
∫ cos 𝑡 𝑑𝑡 = cos 𝑥
𝑑𝑥 𝑎

𝒅 𝒙 𝟏
b) ∫ 𝒅𝒕
𝒅𝒙 𝒂 𝟏+𝒕𝟐

𝑑 𝑥 1 1
∫ 𝑑𝑡 =
𝑑𝑥 𝑎 1 + 𝑡 2 1 + 𝑥2

𝒅 𝟓
c) 𝒅𝒙
𝒔𝒆 𝒚 = ∫𝒙 𝟑𝒕 𝒔𝒆𝒏 𝒕 𝒅𝒕

𝑑𝑦 𝑑 5 𝑑 𝑥
𝑑 𝑥
= ∫ 3𝑡 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑑𝑡 = (− ∫ 3𝑡 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑑𝑡) = − (∫ 3𝑡 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑑𝑡)
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑥 𝑑𝑥 5 𝑑𝑥 5
= −3𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥

𝒅 𝒙𝟐 𝑢
d) 𝒅𝒙
𝒔𝒆 𝒚 = ∫𝟏 𝒄𝒐𝒔 𝒕 𝒅𝒕 fazendo 𝑢 = 𝑥2 teremos: 𝑦 = ∫1 𝑐𝑜𝑠 𝑡 𝑑𝑡

𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑢 𝑑 𝑢 𝑑𝑢 𝑑𝑢
= . = ( ∫ 𝑐𝑜𝑠 𝑡 𝑑𝑡) . = cos 𝑢 . = cos(𝑥 2 ). 2𝑥 = 2𝑥 cos(𝑥 2 )
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 𝑑𝑢 1 𝑑𝑥 𝑑𝑥

98
A segunda parte, será definida da seguinte forma:

Teorema Fundamental do Cálculo (parte 2)


Se 𝑓(𝑥) é contínua em qualquer ponto de [𝑎, 𝑏] e
se 𝐹 é qualquer primitiva de f em [𝑎, 𝑏], então
𝑏
∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝐹(𝑏) − 𝐹(𝑎)
𝑎

Este teorema diz que devemos seguir os seguintes passos para resolver a integral
definida de 𝑓 em [𝑎, 𝑏]:

 Encontrar a primitiva 𝐹 de 𝑓.
𝑏
 Calcular o valor de ∫𝑎 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝐹(𝑏) − 𝐹(𝑎).

Vejamos um exemplo:

Calcule as integrais abaixo:

𝝅 𝜋
a) ∫𝟎 𝐜𝐨𝐬 𝒙 𝒅𝒙 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥| = 𝑠𝑒𝑛 𝜋 − 𝑠𝑒𝑛 0 = 0 − 0 = 0
0

3 3 3
𝟒 𝟑 𝟐 4
b) ∫𝟏 (𝟐 √𝒙 − 𝒙) 𝒅𝒙 = [𝑥 2 − 2𝑙𝑛𝑥] = [42 − 2𝑙𝑛4] − [12 − 2𝑙𝑛1]
1

= [8 − 𝑙𝑛16] − [1 − 0] = 7 − 𝑙𝑛16

8.2 ANTIDERIVADA

Até aqui, nosso estudo sinalizou que o cálculo da integral definida pode
representar áreas sob gráficos de funções com precisão. A partir de agora,

99
apresentaremos alguns resultados fundamentais acerca do cálculo de integrais que
também podem ser denominadas antiderivação. Vamos então dar uma definição
formal do que seria antiderivada.

ANTIDERIVAÇÃO
Dizemos que uma função 𝐹(𝑥) é uma antiderivada de uma função 𝑓(𝑥) em
um dado intervalo se 𝐹´(𝑥) = 𝑓(𝑥) para cada x do intervalo.

1
Exemplificando essa definição, consideremos 𝐹(𝑥) = 𝑥 3 como uma
3

antiderivada de uma função 𝑓(𝑥) no intervalo (−∞, +∞). Para cada valor desse
intervalo teremos:

1
Deve-se ressaltar que 𝐹(𝑥) = 𝑥 3 não é a única antiderivada de 𝑓(𝑥). Se
3
1 3 1
adicionarmos uma constante C qualquer à 3
𝑥 , então a função 𝐺(𝑥) = 3 𝑥 3 + 𝐶,

também é uma antiderivada de 𝑓(𝑥) no mesmo intervalo considerado. Assim:

De um modo geral, quando encontramos uma antiderivada de uma função,


devemos ter em mente que existirão outras antiderivadas dessa mesma função alteradas
de uma constante qualquer.
1 3 1 3 1 3 1 3
𝑥 , 𝑥 +2 , 𝑥 −5 , 𝑥 + √2
3 3 3 3

100
Uma vez conhecida a definição de antiderivada, podemos anunciar um
teorema que generaliza o que foi estudado até agora.

TEOREMA:
Se 𝐹(𝑥) for qualquer antiderivada de uma função 𝑓(𝑥) em um dado
intervalo, então para qualquer constante 𝐶 a função 𝐹(𝑥) + 𝐶 é também
uma antiderivada de 𝑓(𝑥) naquele intervalo. Além disso, cada
antiderivada de 𝑓(𝑥) no intervalo pode ser expressa na forma 𝐹(𝑥) + 𝐶,
escolhendo-se apropriadamente a constante 𝐶.

8.3 A INTEGRAL INDEFINIDA

Dentro da disciplina de Cálculo Diferencial e Integral, a metodologia utilizada


para encontrar as antiderivadas de uma função é denominada integração numérica
ou, simplesmente, integração.
𝑑
Dessa forma, se [𝐹(𝑥)] = 𝑓(𝑥) então, integrando a função 𝑓(𝑥),
𝑑𝑥

encontraremos uma antiderivada na forma 𝐹(𝑥) + 𝐶. Para formalizar essa ideia


utilizaremos a notação de integral abaixo.

∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝐹(𝑥) + 𝐶

A constante 𝐶 é uma constante qualquer que diferenciará todas as


antiderivadas encontradas da função 𝑓(𝑥). Em resumo, podemos dizer que a integral
de 𝑓(𝑥) é igual a 𝐹(𝑥) mais uma constante qualquer.

Os símbolos de diferencial dx (derivada) e da antiderivação (integral) são


𝑑
respectivamente [ ] 𝑒 ∫[ ] 𝑑𝑥.
𝑑𝑥

Quando precisamos encontrar a antiderivada de uma função f (x), o processo


pode ser encarado como um trabalho de tentativa e erro, porém, existem algumas

101
fórmulas ou procedimentos que nos auxiliam neste processo.
Primeiramente, trataremos das fórmulas que nos auxiliam na obtenção de
antiderivadas de algumas funções ou família de funções. Nas próximas unidades
trataremos das técnicas que também ajudam a encontrar antiderivadas.

Exemplificaremos utilizando a fórmula de integração nº 2 da tabela, ou seja:

102
8.4 PROPRIEDADES DA INTEGRAL INDEFINIDA

É muito importante para nossos estudos o conhecimento de algumas


propriedades operatórias das integrais indefinidas. Tais propriedades seguem as
regras do fator constante da soma e da diferença de derivadas. Apresentar essas
propriedades por meio de um teorema.

TEOREMA:

Sejam 𝐹(𝑥) e 𝐺(𝑥) antiderivadas de 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥), respectivamente, e 𝐶 uma


constante qualquer.

Dessa forma:

 Uma constante pode ser movida através do sinal de integração

 Uma antiderivada de uma soma é a soma das antiderivadas

 Uma antiderivada de uma diferença é a diferença das


antiderivadas

103
Em resumo, o que o teorema acima nos diz está representado nas fórmulas
abaixo:

Exemplos:

8.5 INTEGRAIS TRIGONOMÉTRICAS

Algumas vezes a resolução de integrais se torna um pouco mais trabalhosa e,


dessa forma, é necessário utilizar artifícios para simplificar nosso trabalho. Pensando

104
nisso, apresentaremos algumas fórmulas de redução que permitirão a resolução de
integrais de funções trigonométricas.

 Integração de potências de seno e cosseno

Exemplos:

a) Tomando n = 2 teremos

De forma alternativa, podemos utilizar identidades trigonométricas para a


resolução das integrais acima. Para isso devemos lembrar que

e também de

que nos leva a

105
b) Tomando n = 3 teremos

c) Tomando n = 4 teremos

 Integração de produto de senos e cossenos

Para as integrais do tipo ∫ 𝑠𝑒𝑛𝑚 𝑥 cos 𝑛 𝑥 𝑑𝑥 devemos considerar os casos de “𝑚”


e “𝑛” serem pares ou ímpares e tomar como regra de resolução, as opções
apresentadas na tabela abaixo.

Exemplos:
Encontre as primitivas das integrais abaixo:

a) ∫ 𝑠𝑒𝑛4 𝑥 cos5 𝑥 𝑑𝑥
b) ∫ 𝑠𝑒𝑛4 𝑥 cos4 𝑥 𝑑𝑥

106
Solução (a)
Caso em que n = 5 é ímpar

Solução (b)
Caso em que m = n = 4 são pares

107
Integrais do tipo:

∫ 𝑠𝑒𝑛(𝑚𝑥) cos(𝑚𝑥) 𝑑𝑥 , ∫ 𝑠𝑒𝑛(𝑚𝑥) sen(𝑚𝑥) 𝑑𝑥 , ∫ 𝑐𝑜𝑠(𝑚𝑥) cos(𝑚𝑥) 𝑑𝑥

podem ser resolvidas por meio das identidades abaixo:

Exemplo:

 Integração de potência de tangente e de secante

No caso de n =1 teremos

108
Ou seja,

 Algumas integrais clássicas

a) Para 𝑛 = 2 teremos

b) Para 𝑛 = 3 teremos

109
 Integração de produto de tangente e de secante

Para as integrais do tipo ∫ 𝑡𝑔𝑥 sec 𝑛 𝑥 𝑑𝑥 devemos considerar os casos de “m” e


“n” serem pares ou ímpares e tomar como regra de resolução, as opções
apresentadas na tabela abaixo:

Exemplos:

a) Caso em que 𝑛 = 4 (par)

110
b) Caso em que 𝑚 = 3 (ímpar)

Caso em que

111
FIXANDO O CONTEÚDO

1. Por meio o Teorema Fundamental do Cálculo (parte 2) pode-se calcular o valor


0
de ∫−2 2𝑥 + 5 𝑑𝑥 . Dessa forma, o valor encontrado é

a) (X) 3
b) (X) 4
c) (X) 5
d) (X) 6
e) (X) 7

2. Por meio o Teorema Fundamental do Cálculo (parte 2) pode-se calcular o valor


4 𝑥3
de ∫0 3𝑥 − 4
𝑑𝑥 . Dessa forma, o valor encontrado é

a) (X) 7
b) (X) 8
c) (X) 9
d) (X) 10
e) (X) 11

3. Por meio o Teorema Fundamental do Cálculo (parte 2) pode-se calcular o valor


1
de ∫0 𝑥 2 + √𝑥 𝑑𝑥 . Dessa forma, o valor encontrado é

a) (X) 1
b) (X) 2
c) (X) 3
d) (X) 4
e) (X) 5

4. Por meio o Teorema Fundamental do Cálculo (parte 2) pode-se calcular o valor


6
32
de ∫1 𝑥 − 5 𝑑𝑥 . Dessa forma, o valor encontrado é

112
a) (X) 1/2
b) (X) 1
c) (X) 3/2
d) (X) 2
e) (X) 5/2

5. Calculando a antiderivada de ∫ 𝑥 8 𝑑𝑥 encontraremos

a) (X) 𝑥 9 + 𝑐
𝑥9
b) (X) 9
+𝑐
𝑥8
c) (X) 8
+𝑐

d) (X) 𝑥 8 + 𝑐
𝑥7
e) (X) 7
+𝑐

6. Calculando a antiderivada de ∫ 5𝑥 𝑑𝑥 encontraremos

a) (X) 5𝑥 2 + 𝑐
5𝑥 2
b) ( ) 3
+𝑐
5𝑥 2
c) ( ) 2
+𝑐

d) ( ) 5𝑥 3 + 𝑐
5𝑥 3
e) (X) 3
+𝑐

7. Calculando a antiderivada de ∫ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 − cos 𝑥 𝑑𝑥 encontraremos

a) ( ) − 𝑐𝑜𝑠 𝑥 + sen 𝑥 + 𝑐
b) ( ) 𝑐𝑜𝑠 𝑥 − sen 𝑥 + 𝑐
c) ( ) − 𝑐𝑜𝑠 𝑥 − sen 𝑥 + 𝑐
d) ( ) 𝑐𝑜𝑠 𝑥 + sen 𝑥 + 𝑐
e) (X) 𝑡𝑔𝑥 + 𝑐

113
2
8. Calculando a antiderivada de ∫ 3𝑥 5 𝑑𝑥 encontraremos

1
a) ( ) 𝑥 4
1
b) ( ) − 𝑥 4
1
c) ( ) 6𝑥4
1
d) ( ) − 6𝑥 4
2
e) (X) 3𝑥 4

114
INTEGRAÇÃO POR Erro!
SUBSTUIÇÃO DE VARIÁVEIS
Fonte
de
referên
9.1 CÁLCULO DA PRIMITIVA PELA REGRA DA SUBSTITUIÇÃO DE VARIÁVEIS

Agora, iniciaremos nossos estudos acerca de algumas técnicas de integração


que nos ajudarão a encontrar as antiderivadas (primitivas) de funções. Nesta
unidade, detalharemos a técnica de integração por substituição de variáveis.
Podemos enunciar esta técnica da seguinte forma:

A REGRA DA SUBSTITUIÇÃO DE VARIÁVEIS

Se 𝑢 = 𝑔(𝑥) é uma função derivável cuja imagem é um intervalo 𝐼 e 𝑓(𝑥)


é uma função contínua em 𝐼, então:

∫ 𝑓[𝑔(𝑥)]𝑔′ (𝑥) 𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑢) 𝑑𝑢

Está regra deve ser utilizada da seguinte forma:

 Substitua 𝑢 = 𝑔(𝑥) e 𝑑𝑢 = 𝑔′ (𝑥) 𝑑𝑥 para obter a integral ∫ 𝑓(𝑢) 𝑑𝑢.


 Integre em relação à variável 𝑢.

 Troque 𝑢 por 𝑔(𝑥) no resultado

Exemplos:

a)

115
b)

c)

d)

116
Em determinadas situações, podemos utilizar identidades trigonométricas
para transforma integrais que não sabemos como calcular pelo método
tradicional, tais como:

9.2 REGRA DA SUBSTITUIÇÃO PARA CALCULAR INTEGRAIS DEFINIDAS

Podemos utilizar a regra da substituição para o cálculo de integrais definidas.

INTEGRAIS DEFINIDAS PELA REGRA DA SUBSTITUIÇÃO DE VARIÁVEIS

Se 𝑔′(𝑥) é contínua em um intervalo [𝑎, 𝑏] e


𝑓(𝑥) é uma função contínua na imagem de 𝑔, então
𝑏 𝑔(𝑏)
∫ 𝑓[𝑔(𝑥)]. 𝑔′ (𝑥) 𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑢) 𝑑𝑢
𝑎 𝑔(𝑎)

117
Exemplos:

a)

b)

c)

9.3 REGRA DA SUBSTITUIÇÃO PARA CALCULAR ÁREAS ENTRE CURVAS

Uma vez que podemos calcular integrais definidas pelo método da


substituição de variáveis, por consequência, podemos calcular também, áreas sob
curvas ou entre duas curvas.

118
CÁLCULO DE ÁREAS ENTRE CURVAS
PELA REGRA DA SUBSTITUIÇÃO DE VARIÁVEIS
Se 𝑓(𝑥) 𝑒 𝑔(𝑥) são contínuas com 𝑓(𝑥) ≥ 𝑔(𝑥) ao longo do intervalo [𝑎, 𝑏], então
a área da região entre as curvas 𝑦 = 𝑓(𝑥) 𝑒 𝑦 = 𝑔(𝑥) de 𝑎 até 𝑏
é a integral de [𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥)] desde 𝑎 até 𝑏.

𝑏
𝐴 = ∫ 𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥) 𝑑𝑥
𝑎

Exemplos:

a) Determine por meio de integral, a área compreendida entre a parábola 𝑦 =


2 − 𝑥 2 e a reta 𝑦 = −𝑥.

𝑃𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒, 𝑑𝑒𝑣𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑟 𝑜𝑠 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑔𝑟𝑎çã𝑜 𝑒, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖𝑠𝑠𝑜, 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑚𝑜𝑠:

𝑈𝑚𝑎 𝑣𝑒𝑧 𝑞𝑢𝑒 𝑦 = −1 𝑛𝑜𝑠 𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑒 𝑢𝑚 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑠𝑒çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎𝑠,


𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑥, 𝑑𝑒𝑣𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑟 𝑜𝑠 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒𝑠 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑒 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟
𝑟𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑖𝑠 𝑎 0 𝑒 2.

𝐴𝑠𝑠𝑖𝑚,

119
FIXANDO O CONTEÚDO

1. Ao calcular a integral ∫ 𝑠𝑒𝑛 3𝑥 𝑑𝑥 encontraremos a primitiva

1
a) (X) − 3 cos 3𝑥 + 𝑐

b) (X) − cos 3𝑥 + 𝑐
1
c) (X) 3
cos 3𝑥 +𝑐

d) (X) cos 3𝑥 + 𝑐
e) (X) cos (− 3𝑥) + 𝑐

2. Ao calcular a integral ∫ √3 − 2𝑠 𝑑𝑠 encontraremos a primitiva

1
a) (X) − 3 (3 − 2𝑠) + 𝑐
3
1
b) (X) − (3 − 2𝑠)2 + 𝑐
3
2
1
c) (X) − 3 (3 − 2𝑠)3 + 𝑐
3
1
d) (X) (3 − 2𝑠)2 + 𝑐
3
1
e) (X) 3
(3 − 2𝑠) + 𝑐

3. Ao calcular a integral ∫ 28(7𝑥 − 2)2 𝑑𝑥 encontraremos a primitiva

a) (X) (7𝑥 − 2)−4 + 𝑐


b) (X) −(7𝑥 − 2)4 + 𝑐
c) (X) −(7𝑥 − 2)−4 + 𝑐
d) (X) (7𝑥 − 2)4 + 𝑐
e) (X) −(2𝑥 − 7)−4 + 𝑐

4. Ao calcular a integral ∫ sec(2𝑡)𝑡𝑔(2𝑡) 𝑑𝑡 encontraremos a primitiva

1
a) (X)− 2 sec(2𝑡) + 𝑐

b) (X) −𝑡 sec(2𝑡) + 𝑐
1
c) (X) 2
sec(2𝑡) +𝑐

d) (X) 𝑡 sec(2𝑡) + 𝑐
1
e) (X) − 2 cosec(2𝑡) + 𝑐

120
3
5. Utilizando a fórmula de substituição, calcule ∫0 √𝑦 + 1 𝑑𝑦 encontraremos

a) (X) 14/3
b) (X) 17/3
c) (X) 19/3
d) (X) 23/3
e) (X) 25/3

1
6. Utilizando a fórmula de substituição, calcule ∫0 𝑡 3 (1 + 𝑡 4 )3 𝑑𝑡 encontraremos

a) (X) 13/16
b) (X) 14/16
c) (X) 15/16
d) (X) 17/16
e) (X) 19/16

7. A área compreendida entre a reta 𝑦 = 2 e a curva 𝑦 = 𝑥 2 − 2 é

a) (X) 23/3
b) (X) 25/3
c) (X) 29/3
d) (X) 31/3
e) (X) 32/3

8. A área compreendida entre as curvas 𝑦 = 𝑥 2 e 𝑦 = −𝑥 2 + 4𝑥 é

a) (X) 5/3
b) (X) 6/3
c) (X) 7/3
d) (X) 8/3
e) (X) 10/3

121
INTEGRAÇÃO POR PARTES Erro!
Fonte
de
referên
Nesta unidade, trataremos do método de integração que visa a reversão da
derivada pela regra do produto, ou seja, queremos abordar situações que abrangem
integrais do tipo ∫ 𝑓(𝑥)𝑔(𝑥) 𝑑𝑥.

10.1 CÁLCULO DA PRIMITIVA PELA REGRA DA INTEGRAÇÃO POR PARTES

Vamos considerar, em primeiro momento, a antiderivada de uma função 𝑔(𝑥)


que denominaremos 𝐺(𝑥). Dessa forma, temos que 𝐺 ′ (𝑥) = 𝑔(𝑥) e assim, podemos
representar a regra do produto para derivar 𝑓(𝑥). 𝐺(𝑥) como:

Podemos observar que 𝑓(𝑥)𝐺(𝑥) é a antiderivada de 𝑓(𝑥)𝑔(𝑥) + 𝑓 ′ (𝑥)𝐺(𝑥),


então podemos escrever:

ou de forma análoga temos:

De forma mais prática, utiliza-se esta fórmula da seguinte forma:

122
logo,

Exemplos:

a) Use a integração por partes para integrar ∫ 𝑥 cos 𝑥 𝑑𝑥.

𝑃𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑣𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑒𝑟 𝑢 𝑒 𝑑𝑣 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠, 𝑛𝑎 𝑓ó𝑟𝑚𝑢𝑙𝑎, 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑟 ∫ 𝑢 𝑑𝑣.

𝐸𝑛𝑡ã𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠: 𝒖 = 𝒙 𝑒 𝒅𝒗 = 𝐜𝐨𝐬 𝒙 𝒅𝒙


𝐴𝑔𝑜𝑟𝑎, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑎 𝑓ó𝑟𝑚𝑢𝑙𝑎 𝒗 𝑒 𝒅𝒖, 𝑑𝑒𝑣𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠
𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑟 𝒖 𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑔𝑟𝑎𝑟 𝒅𝒗 𝑟𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒.

𝐿𝑜𝑔𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠: 𝒅𝒖 = 𝒅𝒙 𝑒 ∫ 𝒅𝒗 = ∫ 𝐜𝐨𝐬 𝒙 𝒅𝒙 = 𝒔𝒆𝒏 𝒙

𝐸, 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒, 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑑𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑛𝑎 𝑓ó𝑟𝑚𝑢𝑙𝑎 𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑔𝑟𝑎𝑙 𝑝𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒𝑠.

b)

123
c)

Existem algumas integrais que exigem a aplicação da integração por partes


mais de uma vez. Abaixo, apresentaremos alguns exemplos neste sentido.

Exemplos:

a)

124
b)

10.2 CÁLCULO DA INTEGRAL DEFINIDA PELA REGRA DA INTEGRAÇÃO POR PARTES

As integrais definidas também podem ser resolvidas pelo método da


integração por partes e a fórmula que será utilizada pode ser escrita por

É importante não esquecer que as variáveis 𝑢 e 𝑣 nessa fórmula são funções de x e que os
limites de integração são limites sobre as variáveis x. É bom ressaltar escrevendo a
expressão acima como:

125
Exemplos:

126
FIXANDO O CONTEÚDO

1. Calculando a integral ∫ 𝑥 2 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 pelo método da integração por partes, teremos:

a) (X) −𝑥 2 𝑒 𝑥 − 2𝑥𝑒 𝑥 − 2𝑒 𝑥 + 𝑐
b) (X) 𝑥 2 𝑒 𝑥 + 2𝑥𝑒 𝑥 − 2𝑒 𝑥 + 𝑐
c) (X) 𝑥 2 𝑒 𝑥 − 2𝑥𝑒 𝑥 + 2𝑒 𝑥 + 𝑐
d) (X)−𝑥 2 𝑒 𝑥 + 2𝑥𝑒 𝑥 + 2𝑒 𝑥 + 𝑐
e) (X) 𝑥 2 𝑒 𝑥 − 2𝑥𝑒 𝑥 − 2𝑒 𝑥 + 𝑐

2. Calculando a integral ∫ 𝑥𝑠𝑒𝑛(3𝑥) 𝑑𝑥 pelo método da integração por partes,


teremos:

1 1
a) (X) − 𝑥𝑐𝑜𝑠(3𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(3𝑥) + 𝑐
3 9
1 1
b) (X) 𝑥𝑐𝑜𝑠(3𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(3𝑥) + 𝑐
3 9
1 1
c) (X) − 3 𝑥𝑐𝑜𝑠(3𝑥) − 9 𝑠𝑒𝑛(3𝑥) + 𝑐
1 1
d) (X) 3 𝑥𝑐𝑜𝑠(3𝑥) − 9 𝑠𝑒𝑛(3𝑥) + 𝑐
1 1
e) (X) − 3 𝑥𝑠𝑒𝑛(3𝑥) + 9 𝑐𝑜𝑠(3𝑥) + 𝑐

3. Calculando a integral ∫ 𝑥𝑙𝑛(𝑥) 𝑑𝑥 pelo método da integração por partes, teremos:

𝑥2 𝑥2
a) (X) − 2
ln(𝑥) − 4
+𝑐
𝑥2 𝑥2
b) (X) 2
ln(𝑥) − 4 +𝑐
𝑥2 𝑥2
c) (X) 2
ln(𝑥) + 4
+𝑐
𝑥2 𝑥2
d) (X) − 2
ln(𝑥) + 4
+𝑐
𝑥2 𝑥2
e) (X) 4
ln(𝑥) − 2
+𝑐

4. Calculando a integral ∫ 𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑑𝑥 pelo método da integração por partes,


teremos:

1
a) (X)− 2 𝑒 𝑥 (𝑠𝑒𝑛 𝑥 − cos 𝑥) + 𝑐

127
1
b) (X) 2 𝑒 𝑥 (𝑠𝑒𝑛 𝑥 + cos 𝑥) + 𝑐
1
c) (X) 2 𝑒 𝑥 (𝑠𝑒𝑛 𝑥 − cos 𝑥) + 𝑐
1
d) (X)− 2 𝑒 𝑥 (𝑠𝑒𝑛 𝑥 + cos 𝑥) + 𝑐

e) (X) 𝑒 𝑥 (𝑠𝑒𝑛 𝑥 − cos 𝑥) + 𝑐

2
5. Calculando a integral ∫0 𝑥 𝑒 2𝑥 𝑑𝑥 pelo método da integração por partes, teremos:

1
a) (X) 4 (3𝑒 4 + 1)

b) (X) (3𝑒 4 + 1)
1
c) (X) 4 (3𝑒 4 − 1)
1
d) (X)− 4 (3𝑒 4 + 1)

e) (X)−(3𝑒 4 + 1)

𝑒 2
6. Calculando a integral ∫1 𝑥 𝑙𝑛𝑥 𝑑𝑥 pelo método da integração por partes, teremos:

(2𝑒 3 −1)
a) (X) 9
(2𝑒 3 +1)
b) (X)−
9
(−2𝑒 3 +1)
c) (X) 9
(2𝑒 3 +1)
d) (X)
9

e) (X) (−2𝑒 3 + 1)

𝜋
7. Calculando a integral ∫0 𝑥 𝑠𝑒𝑛 2𝑥 𝑑𝑥 pelo método da integração por partes,

teremos:

𝜋
a) (X) − 2
𝜋
b) (X) 2
𝜋
c) (X) 4
𝜋
d) (X)− 4
𝜋
e) (X) 3

128
1
8. Calculando a integral ∫−1 ln(𝑥 + 2) 𝑑𝑥 pelo método da integração por partes,

teremos:

a) (X)−3 ln 3 − 2
b) (X) 3 ln 3 + 2
c) (X) 3 ln 3 − 2
d) (X)−3 ln 3 + 2
e) (X) 2 ln 3 − 3

129
INTEGRAÇÃO POR FRAÇÕES Erro!
PARCIAIS
Fonte
de
11.1 DECOMPOSIÇÃO EM FRAÇÕES PARCIAIS referên
Para podermos utilizar o método da integração por frações parciais, devemos
entender como decompor uma fração racional em uma soma de frações mais
simples que denominaremos frações parciais. Tomando como exemplo a fração
racional:

5𝑥 − 3
𝑥2 − 2𝑥 − 3

Esta fração, após passar pelo processo de decomposição, poderá ser expressa
da seguinte forma:

5𝑥 − 3 2 3
= +
𝑥2 − 2𝑥 − 3 𝑥 + 1 𝑥 − 3

De fato, se resolvermos o lado direito da igualdade obteremos a fração


racional original. Uma vez decomposta a fração racional, podemos calcular a
integral conforme o seguinte procedimento:

5𝑥 − 3 2 3
∫ 𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥 + ∫
𝑥2 − 2𝑥 − 3 𝑥+1 𝑥−3

resultando em:

= 2𝑙𝑛|𝑥 + 1| + 3𝑙𝑛|𝑥 − 3| + 𝑐

O procedimento de reescrever uma função racional em soma de frações


simplificadas denomina-se método das frações parciais. Tal método visa encontrar
duas constantes 𝐴 e 𝐵 de forma que:

130
Para encontrar 𝐴 e 𝐵 devemos eliminar todas as frações da equação:

transformando-a em
5𝑥 − 3 = 𝐴(𝑥 − 3) + 𝐵(𝑥 + 1)

5𝑥 − 3 = 𝐴𝑥 − 3𝐴 + 𝐵𝑥 + 𝐵

5𝑥 − 3 = (𝐴 + 𝐵)𝑥 − 3𝐴 + 𝐵

e por comparação de polinômios teremos

(𝐴 + 𝐵) = 5
𝑒
−3𝐴 + 𝐵 = 3

resolvendo o sistema proposto pelas duas equações, encontraremos

𝐴=2 𝑒 𝐵=3
Logo,
5𝑥 − 3 𝐴 𝐵 2 3
= + = +
𝑥2 − 2𝑥 − 3 𝑥 + 1 𝑥 − 3 𝑥 + 1 𝑥 − 3

131
Exemplos:

a) Fatores lineares distintos

Resolvendo o sistema teremos:

Logo,

b) Um fator linear repetido

132
c) Fração racional imprópria

d) Fator quadrático irredutível

11.2 RESOLUÇÃO DE INTEGRAIS POR DECOMPOSIÇÃO EM FRAÇÕES PARCIAIS

Aqui apresentaremos como integrar qualquer função racional após serem


decomposta em soma de frações parciais.

133
 Caso em que a fração racional é imprópria, ou seja, o grau do numerador é maior
do que o grau do denominador.

(𝑥 3 + 𝑥) ÷ (𝑥 − 1)
𝑞𝑢𝑜𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒: 𝑥 2 + 𝑥 + 2
𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜: 2

 Caso em o denominador é um produto de fatores lineares distintos


a)

134
b)

 Caso em que o denominador é um produto de fatores lineares repetidos

135
 Caso em que o denominador contém fatores quadráticos irredutíveis

Se o denominador da função racional contém um fator na forma 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐


que apresenta 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 < 0 então dizemos que temos um fator irredutível.

a)

b)

136
c)

137
Como procedimento geral para se integrar uma fração parcial da forma:
𝐴𝑥 + 𝐵
𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 < 0
𝑎𝑥 2+ 𝑏𝑥 + 𝑐

Devemos completar o quadrado no denominador e então fazemos uma substituição que


traz a integral para a forma:

𝐶𝑢 + 𝐷 𝑢 1
∫ 2 2
𝑑𝑢 = 𝐶 ∫ 2 2
𝑑𝑢 + 𝐷 ∫ 2 𝑑𝑢
𝑢 +𝑎 𝑢 +𝑎 𝑢 + 𝑎2

A primeira integral resulta em um logaritmo e a segunda expressa em termos da inversa


da função tangente.

138
IXANDO O CONTEÚDO

5𝑥−13
1. Ao decompor o quociente (𝑥−3)(𝑥−2) encontraremos

2 3
a) ( ) +
𝑥−3 𝑥−2
2 3
b) ( ) 𝑥−2 + 𝑥−3
3 2
c) ( ) 𝑥−3 + 𝑥−2
3 2
d) ( ) 𝑥−2 + 𝑥−3
2 3
e) ( ) 𝑥−3 − 𝑥−2

𝑥+4
2. Ao decompor o quociente (𝑥+1)2 encontraremos

3 1
a) ( ) + (𝑥+1)2
𝑥+1
2 3
b) ( ) 𝑥+1 + (𝑥+1)2
1 3
c) ( ) 𝑥+1 + (𝑥+1)2
3 2
d) ( ) 𝑥+1 + (𝑥+1)2
1 2
e) ( ) 𝑥+1 + (𝑥+1)2

𝑧+1
3. Ao decompor o quociente 𝑧2 (𝑧−1) encontraremos

2 −1 −2
a) ( ) 𝑧 + 𝑧2 + 𝑧−1
−2 −1 2
b) ( ) 𝑧
+ 𝑧2 + 𝑧−1
−2 1 2
c) ( ) 𝑧
+ 𝑧2 + 𝑧−1
−2 −1 −2
d) ( ) 𝑧
+ 𝑧2 + 𝑧−1
2 −1 2
e) ( ) 𝑧 + 𝑧2 + 𝑧−1

𝑧+1
4. Ao decompor o quociente encontraremos
𝑧 2 (𝑧−1)

−17 −12
a) ( ) 1 + 𝑡−3 + 𝑡−2
17 12
b) ( ) 1 + 𝑡−3 + 𝑡−2
−17 12
c) ( ) 1 + 𝑡−3 + 𝑡−2
−12 17
d) ( ) 1 + 𝑡−3 + 𝑡−2

139
17 −12
e) ( ) 1 + 𝑡−3 + 𝑡−2

𝑥
5. Ao calcular a integral ∫ 𝑥−6 𝑑𝑥

a) ( ) 𝑥 + 6 𝑙𝑛|𝑥 − 6| + 𝑐
b) ( ) 𝑥 − 6 𝑙𝑛|𝑥 + 6| + 𝑐
c) ( ) 𝑥 − 6 𝑙𝑛|𝑥 − 6| + 𝑐
d) ( ) 𝑥 + 6 𝑙𝑛|𝑥 + 6| + 𝑐
e) ( ) 𝑥 + 𝑙𝑛|𝑥 − 6| + 𝑐

𝑥−9
6. Ao calcular a integral ∫ 𝑑𝑥
(𝑥+5)(𝑥−2)

a) ( ) − 2 𝑙𝑛|𝑥 + 5| − 𝑙𝑛|𝑥 − 2| + 𝑐
b) ( ) 2 𝑙𝑛|𝑥 + 5| + 𝑙𝑛|𝑥 − 2| + 𝑐
c) ( ) 2 𝑙𝑛|𝑥 + 5| − 𝑙𝑛|𝑥 − 2| + 𝑐
d) ( ) −2 𝑙𝑛|𝑥 + 5| + 𝑙𝑛|𝑥 − 2| + 𝑐
e) ( ) 𝑙𝑛|𝑥 + 5| − 𝑙𝑛|𝑥 − 2| + 𝑐

𝑎𝑥
7. Ao calcular a integral ∫ 𝑑𝑥
𝑥 2 −𝑏𝑥

a) ( ) 𝑎 𝑙𝑛|𝑥 − 𝑏| + 𝑐
b) ( ) 𝑎 𝑙𝑛|𝑥 − 𝑏| + 𝑐
c) ( ) 𝑎 𝑙𝑛|𝑥 − 𝑏| + 𝑐
d) ( ) 𝑎 𝑙𝑛|𝑥 − 𝑏| + 𝑐
e) ( ) 𝑎 𝑙𝑛|𝑥 − 𝑏| + 𝑐

4 𝑥 3 −2𝑥 2 −4
8. Ao calcular a integral ∫3 𝑑𝑥
𝑥 3 −2𝑥 2

2
a) ( ) 𝑙𝑛
3
7 2
b) ( ) 6 − 𝑙𝑛 3
7 2
c) ( ) − + 𝑙𝑛
6 3
7 2
d) ( ) 6 + 𝑙𝑛 3
7 2
e) ( ) − 6 − 𝑙𝑛 3

140
INTEGRAÇÃO POR Erro!
SUBSTITUIÇÕES Fonte de
TRIGONOMÉTRICAS referênci
a não
12.1 INTEGRAIS ENVOLVENDO AS EXPRESSÕES √𝒂𝟐 − 𝒙𝟐 , √𝒂𝟐 + 𝒙𝟐 ,√𝒙𝟐 − 𝒂𝟐

Nesta unidade, iremos tratar da resolução de integrais específicas que


apresentam dentro do integrando, expressões bem características que necessitam
do auxílio de funções trigonométricas para simplificá-las e resolvê-las.

 Integrais envolvendo a expressão √𝒂𝟐 − 𝒙𝟐 com 𝒂 >𝟎

Devemos observar que a expressão √𝒂𝟐 − 𝒙𝟐 só faz sentido se tivermos o

valor de 𝒂𝟐 − 𝒙𝟐 > 𝟎 , ou seja, −𝒂 ≤ 𝒙 ≤ 𝒂 . Para resolver a integral com essa

expressão, temos que eliminar a raiz do integrando utilizando

𝑥 = 𝑎 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑐𝑜𝑚 − 𝜋 ≤ 𝜃 ≤ 𝜋⁄2


Assim,

√𝑎2 − 𝑥 2 = √𝑎2 − 𝑎2 𝑠𝑒𝑛2 𝜃 = √𝑎2 (1 − 𝑠𝑒𝑛2 𝜃)

= √𝑎2 𝑐𝑜𝑠 2 𝜃 = |𝑎 𝑐𝑜𝑠𝜃| = 𝑎 𝑐𝑜𝑠𝜃

Após as substituições realizadas, a integração em termos de 𝜃 é efetuada

para encontramos a sua primitiva também em termos de 𝜃. Em seguida voltamos o


𝑥
resultado encontrado para a variável x fazendo 𝜃 = arccos .
𝑎
Para facilitar as substituições evitando memorizações, apresentaremos um
esquema por meio de triângulo retângulo que auxiliará a encontrar os termos
necessários para a transformação da integral.

141
TERMOS NECESSÁRIOS PARA CÁLCULO A INTEGRAL COM √𝒂𝟐 − 𝒙𝟐

Exemplos:
a)

142
b)

c) Cálculo da integral definida

143
 Integrais envolvendo a expressão √𝒂𝟐 + 𝒙𝟐 com 𝒂 >𝟎

Devemos observar que a expressão √𝒂𝟐 + 𝒙𝟐 só faz sentido se tivermos o

valor de 𝒂𝟐 + 𝒙𝟐 > 𝟎 , ou seja, −𝒂 ≤ 𝒙 ≤ 𝒂 . Para resolver a integral com essa

expressão, temos que eliminar a raiz do integrando utilizando

𝑥 = 𝑎 𝑡𝑔 𝜃 𝑐𝑜𝑚 − 𝜋⁄2 ≤ 𝜃 ≤ 𝜋⁄2

Assim,

√𝑎2 + 𝑥 2 = √𝑎2 + 𝑎2 𝑡𝑔2 𝜃 = √𝑎2 𝑠𝑒𝑐 2 𝜃

= |𝑎 sec 𝜃| = 𝑎 𝑠𝑒𝑐𝜃

Para facilitar as substituições evitando memorizações, apresentaremos um


esquema por meio de triângulo retângulo que auxiliará a encontrar os termos
necessários para a transformação da integral.

TERMOS NECESSÁRIOS PARA CÁLCULO A INTEGRAL COM √𝒂𝟐 + 𝒙𝟐

144
Exemplos:

a)

145
b)

146
 Integrais envolvendo a expressão √𝒙𝟐 − 𝒂𝟐 com 𝒂 >𝟎

Devemos observar que a expressão √𝒙𝟐 − 𝒂𝟐 só faz sentido se tivermos o valor


de 𝒙𝟐 − 𝒂𝟐 > 𝟎 , ou seja, 𝒙 ≤ −𝒂 ou 𝒙 ≥ 𝒂. Para resolver a integral com essa expressão,
temos que eliminar a raiz do integrando utilizando

𝑥 = 𝑎 𝑠𝑒𝑐 𝜃
Assim,

√𝑥 2 − 𝑎2 = √𝑎2 𝑠𝑒𝑐 2 𝜃 − 𝑎2 = √𝑎2 (𝑠𝑒𝑐 2 𝜃 − 1)

= √𝑎2 𝑡𝑔2 𝜃 = |𝑎 𝑡𝑔𝜃| = 𝑎 |𝑡𝑔𝜃|

Para estabelecer uma restrição sobre a variação de 𝜃 , convém observar que


𝑥
sec 𝜃 = 𝑎 de modo que se 𝒙 ≤ −𝒂 temos sec 𝜃 ≤ −1 e se 𝒙 ≥ 𝒂 temos sec 𝜃 ≥ 1. Logo,

3𝜋
𝜋≤𝜃< 𝑠𝑒 𝑥 ≤ −𝑎
2

𝜋
0≤𝜃< 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 𝑎
2

Para facilitar as substituições evitando memorizações, apresentaremos um


esquema por meio de triângulo retângulo que auxiliará a encontrar os termos
necessários para a transformação da integral.

TERMOS NECESSÁRIOS PARA CÁLCULO A INTEGRAL COM √𝒙𝟐 − 𝒂𝟐

147
Exemplos:

a)

148
b)

149
150
FIXANDO O CONTEÚDO

𝑥3
1. Ao calcular a integral ∫ 𝑑𝑥 encontramos
√1−𝑥 2

3
1
a) (X) (1 − 𝑥 2 )2 + √1 − 𝑥 2 + 𝑐
3
3
1
b) (X) 3 (1 − 𝑥 2 )2 − √1 − 𝑥 2 +c
3
1
c) (X) 3 (1 + 𝑥 2 )2 − √1 − 𝑥 2 + 𝑐
3
1
d) (X) 3 (1 − 𝑥 2 )2 − √1 + 𝑥 2 + 𝑐
3
e) (X) (1 − 𝑥 2 )2 − √1 − 𝑥 2 + 𝑐

1
2. Ao calcular a integral ∫ 𝑑𝑥 encontramos
𝑥 2 √4−𝑥 2

1 √4−𝑥 2
a) (X) − +𝑐
4 𝑥

1 √4−𝑥 2
b) (X) +𝑐
4 𝑥

√4−𝑥 2
c) (X) − 𝑥
+𝑐
√4−𝑥 2
d) (X) 𝑥
+𝑐
1 √4+𝑥 2
e) (X) − 4 𝑥
+𝑐

𝑥2
3. Ao calcular a integral ∫ 𝑑𝑥 encontramos
√1−𝑥 2

a) (X) (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 − 𝑥√1 − 𝑥 2 )


1
b) (X) − 2 (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑥√1 − 𝑥 2 )
1
c) (X) − 2 (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 − 𝑥√1 − 𝑥 2 )
1
d) (X) 2 (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑥√1 − 𝑥 2 )
1
e) (X) (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 − 𝑥√1 − 𝑥 2 ) + 𝑐
2

1
4. Ao calcular a integral ∫ 𝑑𝑥 encontramos
𝑥 2 √𝑎 2 +𝑥 2

151
1 √𝑎 2 +𝑥 2
a) (X)− 𝑎 𝑥
+𝑐
1 √𝑎 2 +𝑥 2
b) (X) 𝑎 𝑥
+𝑐
√𝑎 2 +𝑥 2
c) (X) 𝑥
+𝑐
1 √𝑎 2 −𝑥 2
d) (X) − 𝑎 𝑥
+𝑐
1 √𝑎 2 +𝑥 2
e) (X) − 𝑥 𝑎
+𝑐

𝑥3
5. Ao calcular a integral ∫ 𝑑𝑥 encontramos
√𝑎 2 +𝑥 2

a) (X)√𝑎2 + 𝑥 2 (𝑥 2 − 2𝑎2 ) + 𝑐
1
b) (X)− 3 √𝑎2 + 𝑥 2 (𝑥 2 − 2𝑎2 ) + 𝑐
1
c) (X) 3 √𝑎2 + 𝑥 2 (𝑥 2 + 2𝑎2 ) + 𝑐
1
d) (X) √𝑎2 + 𝑥 2 (𝑥 2 − 2𝑎2 ) + 𝑐
3
1
e) (X) 3 (𝑥 2 − 2𝑎2 ) + 𝑐

1
6. Ao calcular a integral ∫ 𝑑𝑥 encontramos
√𝑎 2 +𝑥 2

a) (X) 𝑙𝑛(𝑥 − √𝑎2 + 𝑥 2 ) + 𝑐

b) (X) −𝑙𝑛(𝑥 + √𝑎2 + 𝑥 2 ) + 𝑐

c) (X) 𝑙𝑛(√𝑎2 + 𝑥 2 ) + 𝑐

d) (X) 𝑙𝑛(𝑥 + √𝑎2 + 𝑥 2 ) + 𝑐

e) (X) 𝑙𝑛(𝑥 + √𝑎2 − 𝑥 2 ) + 𝑐

7. Ao calcular a integral ∫ √𝑥 2 − 𝑎2 𝑑𝑥 encontramos

𝑥 𝑎2
a) (X) − √𝑥 2 − 𝑎2 − 𝑙𝑛|𝑥 + √𝑥 2 − 𝑎2 | + 𝑐
2 2
𝑥 𝑎2
b) (X) − 2 √𝑥 2 − 𝑎2 + 2
𝑙𝑛|𝑥 + √𝑥 2 − 𝑎2 | + 𝑐
𝑥 𝑎2
c) (X) 2 √𝑥 2 − 𝑎2 − 2
𝑙𝑛|𝑥 + √𝑥 2 − 𝑎2 | + 𝑐
𝑥 𝑎2
d) (X) 2 √𝑥 2 − 𝑎2 + 2
𝑙𝑛|𝑥 + √𝑥 2 − 𝑎2 | + 𝑐

152
e) (X) √𝑥 2 − 𝑎2 − 𝑙𝑛|𝑥 + √𝑥 2 − 𝑎2 | + 𝑐

1
8. Ao calcular a integral ∫ 𝑑𝑥 encontramos
√𝑥 2 −𝑎2

a) (X) 𝑙𝑛|𝑥 + √𝑥 2 − 𝑎2 | + 𝑐

b) (X) −𝑙𝑛|𝑥 + √𝑥 2 − 𝑎2 | + 𝑐

c) (X) 𝑙𝑛|𝑥 + √𝑥 2 + 𝑎2 | + 𝑐

d) (X) 𝑙𝑛|𝑥 − √𝑥 2 − 𝑎2 | + 𝑐

e) (X) 𝑙𝑛|𝑥 − √𝑥 2 + 𝑎2 | + 𝑐

153
154
155
REFERÊNCIAS

ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, S. Cálculo. Tradução de Claus Ivo Doering. 8. ed.
Porto Alegre: Bookman, v. I, 2007.

BONAFINI, F. C. Matemática. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.

BOULOS, P. Cálculo Diferencial e Integral. São Paulo: Pearson Makron Books, v.


1, 1999.

LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. 3. ed. São Paulo: Harbra, v. I,


1994.

PENNEY, D. E.; EDWARDS JR., C. H. Cálculo com Geometria Analítica. Tradução


de Alfredo Alves de Farias. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 1997.

ROGAWSKI, J. Cálculo. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2018.

SALAS, S. L.; ETGEN, G. J.; HILLE, E. Cálculo. Tradução de Alessandra Bosquilha.


9. ed. Rio de Janeiro: LTC, v. I, 2005.

SILVA, S. M. Matemática básica para cursos superiores. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2018.

STEWART, J. Cálculo. 7. ed. São Paulo: Cengage Learning, v. I, 2013.

THOMAS, G. B.; WEIR, M. D.; HASS, J. Cálculo. Tradução de Carlos Scalic. 2. ed.
São Paulo: Addison Wesley, v. I, 2009.

156
ANEXOS
ANEXO A – TABELA DE INTEGRAÇÃO

157
158
159

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