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Demonstrativo do Resultado da

Avaliação Atuarial - DRAA


Ficha técnica

Coordenador Técnico - Secretaria de Previdência


Claudio Henrique Soares da Cruz

Conteudistas - Secretaria de Previdência


Felipe Inácio Xavier de Azevedo
Claudio Henrique Soares da Cruz
José Wilson Silva Neto
Luciano Lemes

Coordenação de Produção
Equipe de produção DIEAD/ESAF
Sumário

Módulo 2 – Elementos da Base Normativa................................................................5

Apresentação........................................................................................................... 5

Introdução................................................................................................................ 5

2.1 Informações básicas................................................................................................12

2.1.1 Ente..................................................................................................................13

2.1.2 Unidade Gestora..............................................................................................14

2.1.3 Atuário..............................................................................................................15

2.1.4 Órgão/Entidade...............................................................................................16

2.1.5 Composição da Massa...................................................................................18

2.1.6 Identificação do DRAA....................................................................................21

2.1.7 Responsável pelo Envio..................................................................................26

2.2 Plano de Custeio vigente.......................................................................................... 26

2.2.1 Custeio normal................................................................................................27

2.2.1.1 Fundamentação Legal.................................................................................27

2.2.1.2 Base de Cálculo da Contribuição do Ente Federativo................................30

2.2.2 Administração do plano..................................................................................32

2.2.2.1 Custeada diretamente pelo Tesouro...........................................................33

2.2.2.2 Custeada com recursos do RPPS...............................................................33

2.2.2.3 Base de cálculo da taxa de administração.................................................35

2.2.3 Custeio suplementar.......................................................................................36

2.2.3.1 Fundamento Legal.......................................................................................38


2.2.3.2 Plano de Amortização..................................................................................38

2.2.3.3 Base de Cálculo do Plano de Amortização do Deficit Atuarial..................40

2.3 Segregação da Massa..............................................................................................42

2.3.1 Fundamento Legal...........................................................................................43

2.3.2 Critérios para Composição do Plano Previdenciário.....................................43

2.3.3 Atuário Responsável pelo Projeto de Segregação........................................45

2.3.4 Aprovação prévia do MPS...............................................................................45

2.4 Plano de Benefícios..................................................................................................46

2.5 Previdência Complementar...................................................................................... 48

Encerramento do módulo........................................................................................ 50

ANEXO I – Tabela de Benefícios por Grupo de Segurados........................................ 51

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Módulo 2 – Elementos da Base Normativa

Apresentação
Depois de aprender um pouco sobre os conceitos básicos relacionados à Avaliação
Atuarial e aos documentos que a compõe, passaremos ao preenchimento do
Demonstrativo de Resultados da Avaliação Atuarial (DRAA), que é o objetivo principal
do nosso curso.

O DRAA é subdividido em quatro tópicos principais, a saber: Base Normativa, Base


Cadastral, Base Técnica e Resultados; distribuídos em quatro abas do Programa de
Geração do referido demonstrativo.

Neste módulo trataremos do primeiro tópico, ou seja, da Base Normativa. Como o


próprio nome já indica, tratam-se das informações definidas em lei que balizaram a
Avaliação Atuarial do ente federativo.

Introdução
O primeiro passo para o preenchimento do DRAA é o acesso ao sistema CADPREV_
ENTE_LOCAL.

Para tanto, é necessária a instalação do programa na máquina do usuário. Os


procedimentos para sua instalação podem ser encontrados no manual do programa
(http://www.previdencia.gov.br/regimes-proprios/sistemas-srpps/cadprev/).

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Na barra de menus, selecionar a opção “Ente”, preenchendo em seguida o “Nome do
Ente”, no campo específico. Para tanto, deverá ser utilizada a grafia completa, inclusive
com os acentos, não sendo necessário, no caso de município, escrever a expressão
“município de”, apenas a denominação do município; entretanto, com relação aos
estados e ao Distrito Federal, é necessário o uso das expressões “Governo do Estado
de”, “Governo do Estado do” e “Governo do Distrito Federal”, clicando, em seguida, em
“Pesquisar”. Conforme apresentado na tela inicial de seleção do Ente Federativo.

Caso haja mais de um ente com a mesma denominação, será exibida uma lista para
que o ente correspondente possa ser selecionado pelo usuário.

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Após selecionado o ente federativo, o usuário deverá clicar em “Documentos” no
menu principal, selecionando a opção “Demonstrativo” e, em seguida, “Demonstrati-
vo de Resultados da Avaliação Atuarial – DRAA”.

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Realizado este procedimento, será exibido um aviso, permitindo ao usuário a inclusão
de um “Novo DRAA” ou a importação de um arquivo anteriormente gerado (Importar
XML). Trataremos, neste curso, da criação de um novo DRAA; para tanto, basta o
usuário clicar sobre o botão “Novo DRAA”. Entretanto, se desejar alterar um DRAA já
existente, presente na “Lista dos Demonstrativos de Resultados da Avaliação Atuarial
– DRAA”, basta clicar na opção “Alterar” no ícone correspondente ao demonstrativo
que se pretende alterar.

Por meio do quadro denominado “Lista dos Demonstrativos de Resultados da


Avaliação Atuarial – DRAA”, o usuário poderá pesquisar, alterar, gerar arquivos XML,
visualizar a impressão de demonstrativos, incluir novos demonstrativos e importar
as informações de um demonstrativo previamente exportado em formato XML, bem
como excluir um demonstrativo. Neste quadro é exibida a lista com os DRAA gerados
ordenada por exercício e data de criação.

Para incluir um novo DRAA, o usuário deve inserir um conjunto de informações, que
estão distribuídas em várias guias, de acordo com a sua natureza.

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É importante salvar as informações depois de preenchida cada aba, para que os dados
não sejam perdidos. Essa operação é feita no botão equivalente “Salvar” (disquete),
abaixo da barra de menus.

Como podemos observar, as primeiras abas são relativas aos dados cadastrais do
ente, da Unidade Gestora, do atuário e dos órgãos e das entidades que compõem
o ente federativo. As duas abas seguintes (Composição da Massa e Identificação
do DRAA) dizem respeito a informações do Plano de Benefícios e do demonstrativo
propriamente dito.

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A seguir, apresentaremos alguns detalhes sobre cada uma destas abas.

Ente
Dados cadastrais do ente e do seu representante legal.

Unidade Gestora
Dados cadastrais do órgão ou entidade que administra o Regime
Próprio de Previdência Social (RPPS) e do seu responsável legal, dados
do Colegiado Deliberativo do RPPS (ex.: Conselho de Administração
ou Conselho Municipal de Previdência), com a identificação do seu
representante, da sua composição e do fundamento legal de sua
criação.

Atuário
Dados cadastrais do responsável técnico e dados da empresa à qual se
encontra vinculado, se for o caso.

Órgãos e Entidades
Informação dos órgãos/entidades que possuem segurados vinculados
ao RPPS, identificados por Poder ou entidade com personalidade
jurídica.

Composição da Massa
Informações sobre a existência de Segregação da Massa, de
aposentadorias e pensões mantidas pelo Tesouro e de Previdência
Complementar.

Identificação do DRAA
Exercício do DRAA; descrição do DRAA, tipo (Avaliação Atuarial anual),
data da avaliação (data focal do cálculo), data de elaboração da avalia-
ção, número da Nota Técnica Atuarial (NTA) vigente e justificativa, em
caso de retificação do DRAA.

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As abas seguintes, Civil e Militar, tratam dos resultados da Avaliação Atuarial do
RPPS propriamente ditos, correspondentes às populações civis e militares, subdividi-
dos em três massas de segurados e beneficiários, a saber: Previdenciário, Financeiro
e Mantido pelo Tesouro.

Para cada uma das massas correspondentes aos Planos Previdenciário, Financeiro
e Mantido pelo Tesouro, na aba correspondente ao grupo Civil e Militar, o DRAA
apresentará as informações organizadas em quatro tópicos principais:

Base Normativa

Relação das informações definidas em lei que balizaram a Avaliação


Atuarial;

Base Cadastral

Detalhamento do perfil da população analisada na Avaliação Atuarial


e especificação dos tratamentos adotados em caso de inconsistência
desta base;

Base Técnica

Detalhamento dos regimes de financiamento dos benefícios e das


hipóteses atuariais aplicadas na Avaliação Atuarial;

Resultados

Detalhamento dos resultados obtidos na Avaliação Atuarial, propostas


das mudanças a constar em lei, comparação com resultados anteriores
e parecer atuarial.

Cabe ressaltar, entretanto, que a aba relativa à população dos Militares será
habilitada somente no caso dos estados e do Distrito Federal, cujo preenchimento
das informações é obrigatório.

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As instruções de preenchimento referentes às populações Civil e
Militar são praticamente as mesmas. O mesmo ocorrendo em
relação às informações dos Planos Previdenciário, Financeiro e
Mantido pelo Tesouro, sendo que qualquer especificidade no
tocante aos referidos planos será objeto de comentários no
decorrer do nosso curso. Como veremos em tópicos específicos,
a principal diferença entre os planos está relacionada à não pre-
visão de preenchimento de algumas abas do Plano Previdenciá-
rio para o caso do Plano Financeiro e do Mantido pelo Tesouro.

2.1 Informações básicas


Nesta seção do nosso curso, vamos tratar das primeiras e da última aba, que deverão
ser preenchidas quando da elaboração do DRAA, pelo CADPREV-ENTE-LOCAL, quais
sejam:

§§ Ente;
§§ Unidade Gestora;
§§ Atuário;
§§ Órgão e Entidade;
§§ Composição da Massa;
§§ Identificação do DRAA;
§§ Responsável pelo Envio.

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No caso dos quatro primeiros itens, o usuário deverá preencher as informações
cadastrais relativas a cada um destes atores, e, como não há muita dificuldade neste
preenchimento, não iremos nos deter na especificação de cada um dos campos,
devendo o usuário, em caso de dúvida, consultar o Manual do DRAA Desktop,
disponível na página da Previdência Social.

Passaremos agora a identificar cada uma destas abas e suas principais especifici-
dades.

2.1.1 Ente

Na primeira aba da tela abaixo, como podemos verificar, apresentam-se os campos


relativos às informações do ente federativo, bem como do seu representante legal.
Cabe ressaltar apenas que os campos grafados em vermelho e marcados com
asterisco são de preenchimento obrigatório.

No campo do CPF existe um botão que possibilita carregar as demais informações


relativas ao CPF digitado, desde que já estejam salvas no CADPREV-ENTE-LOCAL da
máquina acessada. Caso não possua registro, os campos serão habilitados para que
o usuário realize seu cadastramento.

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2.1.2 Unidade Gestora

Na aba destacada na tela abaixo devem ser preenchidas as informações relativas


à Unidade Gestora do RPPS (CNPJ, nome, endereço etc.), bem como os dados de
seu representante legal. Entretanto, além dos dados da Unidade Gestora, devem ser
preenchidos os dados do Colegiado Deliberativo, bem como de seu representante.
Os campos grafados em vermelho e marcados com asterisco são de preenchimento
obrigatório.

Igualmente ao campo do CPF, no relativo ao CNPJ há um botão que possibilita carregar


as demais informações relativas ao CNPJ digitado, desde que já estejam salvas no
CADPREV-ENTE-LOCAL da máquina acessada. Caso ainda não possua registro, os
campos serão habilitados para que o usuário realize seu cadastramento.

Atenção! A informação relativa ao número de membros do Colegiado Deliberativo é de


preenchimento obrigatório, não podendo ser informado o valor “zero” neste campo.

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2.1.3 Atuário

Veja agora as instruções para o preenchimento da aba “Atuário”.

Na aba Atuário destacada na tela a seguir devem ser preenchidas as informações


relativas ao atuário (CPF, nome, endereço etc.) ou da consultoria atuarial (CNPJ,
nome, endereço etc.), responsável pela elaboração dos cálculos atuariais. Os campos
grafados em vermelho e marcados com asterisco são de preenchimento obrigatório.

Igualmente ao campo do CPF, no relativo ao CNPJ há um botão que possibilita carre-


gar as demais informações relativas ao CNPJ digitado, desde que já estejam salvas
no CADPREV-ENTE-LOCAL da máquina acessada. Caso ainda não possua registro, os
campos serão habilitados para que o usuário realize seu cadastramento.

A informação relativa ao número do registro do atuário no Ministério do Trabalho e


Emprego (MTE) ou Instituto Brasileiro de Atuária (IBA) deverá ser preenchida apenas
com números, não podendo conter caracteres especiais (.,/-@#$%*&()!’”+-*/=§) e/ou
letras.

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2.1.4 Órgão/Entidade

Nesta aba devem ser preenchidas as informações relativas a cada um dos órgãos e
das entidades que possuam personalidade jurídica e segurados vinculados ao RPPS,
contemplando, desta forma, os dados de todos os servidores ativos, aposentados
e pensionistas, e seus respectivos dependentes, vinculados ao RPPS, de todos os
Poderes, entidades e órgãos do ente federativo.

Por Exemplo
Prefeitura, Câmara, Autarquia X, Autarquia Y, Unidade Gestora do RPPS
etc.

Lembramos mais uma vez que os campos grafados em vermelho e marcados com
asterisco são de preenchimento obrigatório.

Igualmente ao campo do CPF, no relativo ao CNPJ há um botão que possibilita carre-


gar as demais informações relativas ao CNPJ digitado, desde que já estejam salvas
no CADPREV-ENTE-LOCAL da máquina acessada. Caso ainda não possua registro, os
campos serão habilitados para que o usuário realize seu cadastramento.

Após o preenchimento das informações relativas a cada órgão/entidade do ente


federativo, o usuário deverá clicar no botão “Incluir”, para que cada órgão seja incluído
no quadro de órgãos do RPPS na parte inferior da tela. Depois de incluído, o usuário
poderá alterar ou excluir o órgão/entidade, bastando selecioná-lo na planilha e clicar
sobre o ícone correspondente (“Alterar” ou “Excluir”).

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Os órgãos e as entidades inseridos nesta aba deverão constar, obrigatoriamente,
da aba “Base Cadastral/Estatística da População Coberta”, na qual deverão ser
informados os dados estatísticos dos servidores ativos, aposentados e pensionistas
vinculados ou mantidos pelo respectivo órgão e entidade selecionados.

O mês informado no campo “Competência da Base Cadastral”


deve está posicionado entre os meses de julho a dezembro (7 a
12), e o ano informado deve corresponder ao ano da “Data da
Avaliação”, exceto no caso de “Avaliação Atuarial Inicial”, cujo
mês será o correspondente ao da competência da Base Cadas-
tral em que foram posicionados os cálculos.

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2.1.5 Composição da Massa

Nesta aba devem ser apresentadas as informações básicas relativas ao Plano de Be-
nefício, ou seja, sobre a existência de Segregação da Massa, beneficiários mantidos
pelo Tesouro e implementação de Previdência Complementar.

Segregação da Massa

Entende-se por Segregação da Massa a separação dos segurados


vinculados ao RPPS em grupos distintos que integrarão o Plano
Financeiro (em regime de Repartição Simples) e o Plano Previdenciário
(Capitalizado), como forma de equacionamento do deficit atuarial do
RPPS.

Neste caso, o usuário deverá selecionar, no quadro denominado


“Segregação da Massa”, a opção correspondente à situação de cada
um dos grupos (Civil e Militar), conforme o caso:

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a. “Não Possui”: caso o ente não adote Segregação da Massa como
forma de equacionamento do deficit atuarial;

b. “Extinta neste Exercício”: caso o ente tenha extinguido a Segregação


da Massa no exercício anterior ao do envio do DRAA;

c. “Instituída neste Exercício ou Mantida”: caso o ente tenha


implementado em lei a Segregação da Massa de segurados e
beneficiários do seu RPPS, ou caso tenha mantido a segregação
no exercício anterior ao do envio do DRAA;

d. “Revisada neste Exercício”: caso o ente tenha alterado os


parâmetros da Segregação da Massa no exercício anterior ao do
envio do DRAA.

Se forem assinaladas as opções “Instituída neste Exercício ou Mantida”


ou “Revisada neste Exercício”, considerar-se-á que o ente federativo
possui Segregação da Massa vigente. Consequentemente, será
habilitado o grupo de abas referentes ao Plano Financeiro, que deverão
necessariamente ser preenchidas com as informações correspondentes.
A forma de preenchimento destas abas será tratada em módulo específico
do nosso curso.

Importante ressaltar que a mesma opção assinalada neste


campo deve corresponder àquela informada na NTA vigente;
caso contrário, o arquivo XML será rejeitado em seu processa-
mento.

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Se o ente federativo possui Segregação da Massa, deverão ser apresentadas,
em um mesmo DRAA, as informações referentes a cada um dos Planos
(Previdenciário e Financeiro), pois não é possível o envio de mais de um DRAA
por exercício.

Benefícios Mantidos pelo Tesouro

Neste quadro o usuário deverá informar se existem aposentadorias ou


pensões por morte de responsabilidade financeira direta do Tesouro, que não
se caracterizem tecnicamente como Segregação da Massa (benefícios de
aposentadorias ou pensões por morte concedidos anteriormente à criação
da Unidade Gestora do RPPS ou da Emenda Constitucional nº 41/2003) para
cada um dos grupos (Civil e Militar), clicando em “Sim”, em caso afirmativo, e
“Não”, caso contrário. Nesse caso, ficaram habilitadas para preenchimento as
informações correspondentes às abas referentes a esse grupo.

É importante esclarecer que os benefícios tidos como Mantidos


pelo Tesouro não se referem a auxílios não contemplados no rol
de benefícios do RPPS, mesmo que pagos diretamente pelo ente
federativo. Também não se referem a eventuais complementa-
ções de aposentadoria a servidores públicos submetidos ao
regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou de
complementação de pensão delas decorrentes.

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Previdência Complementar

Neste quadro o usuário deverá informar se existe massa coberta por Regime
de Previdência Complementar (RPC), conforme disposto no art. 40, § 14, da
Constituição Federal de 1988, devendo, neste caso, ser assinalada a opção
“Sim” no quadro “Previdência Complementar”; caso contrário, selecionar
“Não”.

Ao informar a opção “Sim”, será habilitada a aba “Base Cadastral/Estatística


da População Coberta – Previdência Complementar”, possibilitando ao usuá-
rio inserir as informações das estatísticas dos servidores ativos, aposentados
e pensionistas cujos benefícios encontram-se sujeitos ao limite máximo es-
tabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

O preenchimento das informações relativas a este grupo de servidores será


tratado de maneira mais detalhada em módulo específico do nosso curso.

2.1.6 Identificação do DRAA

Nesta tela são apresentadas as principais informações relativas à caracterização do


DRAA, tais como: exercício, tipo, data de elaboração, entre outras. Por se tratar de
item específico, trataremos de cada uma das informações que devem ser inseridas
nesta aba.

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Exercício do DRAA

O usuário deverá selecionar o ano correspondente ao exercício seguin-


te ao da Avaliação Atuarial. Assim, para o DRAA referente às informa-
ções posicionadas em 31/12/2016, deverá selecionar o exercício de
2017. Apenas no caso de Avaliação Atuarial Inicial, o exercício do DRAA
corresponderá ao mesmo ano da Avaliação Atuarial. Desta forma, se a
Avaliação Atuarial Inicial estiver sido posicionada em 31/07/2016, de-
verá ser selecionado o exercício de 2016.

Tipo do DRAA

O usuário deverá selecionar, a princípio, “Avaliação Atuarial Anual”. O


tipo “Outros” será utilizado para situações excepcionais, como, por
exemplo, para fins de análise pela Subsecretaria dos Regimes Próprios
de Previdência Social (SRPPS) de implementação, revisão, retificação
ou extinção da Segregação da Massa ou do plano.

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Avaliação Atuarial Inicial

O usuário deverá informar se a Avaliação Atuarial é inicial ou não, selecionan-


do a opção equivalente. A Avaliação Atuarial Inicial é aquela, como o próprio
nome já diz, correspondente à primeira avaliação do RPPS, ou seja, a de insti-
tuição do Regime Próprio.

Independentemente de quantos DRAA já tenham sido postados


anteriormente, o usuário deverá selecionar “Não” no quadro cor-
respondente à “Avaliação Atuarial Inicial”, caso o RPPS tenha
sido instituído em exercício anterior ao da Avaliação Atuarial.

Data da Avaliação

Caso tenha sido selecionado o tipo de DRAA “Outros”, ou selecionado “Sim”


no campo correspondente à “Avaliação Atuarial Inicial”, o usuário deverá
informar a data focal, no formato (DD/MM/AAAA). Caso contrário, a data é
fixada automaticamente pelo sistema no último dia do exercício anterior a que
se refere o DRAA “31/12/20X0” (para o DRAA do exercício de 20X1). Os valores
dos ativos e das obrigações atuariais deverão ser sempre precificados para a
data informada.

Data da Elaboração da Avaliação

O usuário deverá informar a data em que a Avaliação Atuarial foi elaborada.


É a data de assinatura pelo atuário do relatório que contempla os dados e os
principais resultados da Avaliação Atuarial. A data de elaboração da avaliação
deve ser posterior ou igual à data da avaliação e anterior ou igual à data em
que o DRAA for salvo no sistema.

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Exemplo: No caso da Avaliação Atuarial Anual do exercício de 20X1, a data de
elaboração da avaliação deverá ser igual ou posterior a 31/12/20X0 e igual ou
anterior a data de geração do arquivo XML.

Nº da Nota Técnica Atuarial Vigente – Plano Previdenciário

O usuário deverá informar o número da NTA que foi gerado pelo CADPREV no
envio do arquivo XML, e deve corresponder ao número da NTA vigente para a
Avaliação Atuarial do Plano Previdenciário.

Nº da Nota Técnica Atuarial Vigente – Plano Financeiro

O usuário deverá informar o número da NTA que foi gerado pelo CADPREV no
envio do arquivo XML, que deve corresponder ao número da NTA vigente para
a Avaliação Atuarial do Plano Financeiro. Esse campo somente será habilitado
e deverá ser informado caso na aba “Composição da Massa”, no quadro de
informações da “Segregação da Massa”, tenha sido selecionada a opção
“Instituída neste Exercício ou Mantida” ou “Revisada neste Exercício”, ou seja,
caso exista “Segregação da Massa” vigente no exercício.

O número da NTA apresenta o seguinte padrão: AAAA.999999.9.


Onde: AAAA – ano da NTA; 999999 – número sequencial da NTA
com seis dígitos; e 9 a designação do tipo de plano – “1” para
Plano Previdenciário ou “2” para Plano Financeiro.

Descrição

Campo de preenchimento livre em que o usuário poderá apresentar as


informações que julgar relevantes para a compreensão da Avaliação Atuarial,
do plano e da população coberta.

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Retificação

O usuário deverá informar se o DRAA que está sendo cadastrado retifica


qualquer informação prestada em um DRAA já enviado anteriormente para
o mesmo “Exercício” ou “Tipo do DRAA”, clicando na opção “Sim”, em caso
afirmativo, e em “Não”, em caso negativo.

Somente deverá ser selecionada a opção “Sim” no caso de já ter


sido enviado o DRAA do mesmo exercício, mesmo tipo e que
tenha sido completado o fluxo de envio de todos os arquivos,
alcançando o status “Documento Digitalizados Enviados”.

(Fluxo de envio dos arquivos: XML do DRAA >> Fluxo Atuarial >>
Certificado Assinado Digitalizado >> Relatório da Avaliação Atua-
rial = Status “Documentos Digitalizados Enviados”.)

Caso tenha sido marcada a opção “Sim” em “Retificação”, deverá


obrigatoriamente ser informado o “Motivo da Retificação”, que pode se dar
por “Iniciativa Própria” e/ou “Notificação”:

§§ Motivado por Iniciativa Própria: caso seja assinalada essa opção, é


obrigatório o preenchimento do campo “Justificativa”, descrevendo os
motivos que ensejaram a retificação do demonstrativo;
§§ Motivado por Notificação: caso assinalada essa opção, deverá ser
informado, no mínimo, um número de notificação que motivou a
retificação (poderá ser adicionado mais de um número de notificação).
A informação do número da notificação é importante, pois possibilita
a baixa automática da notificação, se for o caso.

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Para finalizar este tópico relativo à “Identificação do DRAA”, vale a pena ressaltar que
o envio do DRAA é obrigatório, e, a partir do exercício de 2015, a falta de envio resulta
em irregularização junto ao CADPREV no critério “Equilíbrio Financeiro e Atuarial”,
acarretando suspensão da emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária
(CRP).

2.1.7 Responsável pelo Envio

Nesta aba, que é a final, devem ser preenchidas as informações relativas ao


responsável pelo envio do DRAA (CPF, nome, telefone e e-mail). No caso desta aba,
todos os campos são de preenchimento obrigatório.

No campo do CPF existe um botão que possibilita carregar as demais informações


relativas ao CPF digitado, desde que já estejam salvas no CADPREV-ENTE-LOCAL da
máquina acessada.

2.2 Plano de Custeio vigente


Neste capítulo, iniciaremos o preenchimento de informações mais técnicas do DRAA,
nem por isso complexas, por se tratar basicamente de dados fornecidos a partir da
legislação local que traça os parâmetros do Plano de Benefícios do RPPS.

O Plano de Custeio vigente é aquele que consta na legislação vigente


do ente federativo. Desta forma, as informações solicitadas nesta aba
referentes ao custeio normal, suplementar e administrativo, serão
aquelas já definidas em lei. Para o preenchimento correto destas
informações, o usuário deverá consultar a legislação em vigor relativa
ao Plano de Benefícios do RPPS.

A seguir, passaremos ao estudo relativo ao preenchimento das informações corres-


pondentes a cada um dos componentes do custeio. Bons estudos!

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2.2.1 Custeio normal

Custeio normal, de acordo com a Portaria nº 403/2008, é o valor correspondente às


necessidades de custeio do Plano de Benefícios do RPPS, atuarialmente calculadas,
conforme os regimes financeiros e os métodos de financiamento adotados, referentes
a períodos compreendidos entre a data da avaliação e a data de início dos benefícios.
De maneira mais simples, é o custo atual do Plano de Benefícios, expresso em forma
de alíquotas.

Para acesso à aba relativa ao “Plano de Custeio Vigente”, basta o


usuário selecionar o seguinte caminho: Civil >> Previdenciário ou
Financeiro (conforme o caso) >> Base Normativa >> Plano de
Custeio Vigente.

As informações relativas ao custeio normal estão subdividas em dois quadros:


Fundamentação Legal e Base de Cálculo da Contribuição do Ente Federativo. A seguir,
passaremos ao preenchimento de cada um destes quadros.

2.2.1.1 Fundamentação Legal

Neste quadro, deverão ser apresentados os dados referentes à alíquota de contribui-


ção do ente, dos segurados ativos, dos aposentados e pensionistas, e as informações
relativas à norma local vigente.

Para o preenchimento, o usuário deverá selecionar cada um dos atores (ente, segu-
rados ativos, aposentados e pensionistas) para que sejam habilitados os campos re-
ferentes à alíquota e à fundamentação legal. O preenchimento destes campos deverá
obedecer ao disposto na legislação do ente federativo.

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Para cada um dos atores, deverão ser preenchidos, pelo usuário, os campos
referentes à alíquota (%), ao tipo de norma, ao número da norma, à data da norma e
ao dispositivo da norma. A seguir, passaremos a detalhar cada um destes campos e
suas especificidades.

Alíquota

O usuário deverá informar o valor correspondente à alíquota de


contribuição vigente na data-base da Avaliação Atuarial relativa a
cada um dos atores (ente federativo, segurados ativos, aposentados e
pensionistas). O campo é definido em porcentagem e o valor deverá ser
preenchido com duas casas decimais e sem símbolo (%).

Exemplo: se a alíquota for de 22%, informar 22,00.

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No caso da alíquota do ente federativo, se o custeio das despe-
sas administrativas do RPPS for financiado pelas contribuições
normais, deverá ser informado o percentual da alíquota de contri-
buição normal, deduzido do percentual da taxa de administração
prevista em lei; caso contrário, informar o valor da alíquota da
contribuição patronal sem dedução.

Exemplo: Suponhamos que na legislação do ente está definido


que o valor da alíquota de contribuição normal a seu cargo seja
de 14%, incluído o percentual de 1,5% para o financiamento das
despesas administrativas. Neste caso, no campo relativo a con-
tribuição do Ente Federativo, deverá constar 12,5%, ou seja, a
diferença entre os 14% e 1,5%.

Tipo de Norma

O usuário deverá selecionar a opção correspondente, ou seja, se a alíquota


está definida em lei, lei complementar, medida provisória, decreto ou outra
norma legal.

Número da Norma

O usuário deverá informar o número da norma que estabeleceu o percentual


da alíquota de contribuição vigente na data da avaliação.

Data da Norma

O usuário deverá selecionar no calendário a data da norma que estabeleceu o


percentual de alíquota, ou informá-la no campo correspondente, obedecendo
ao formato DD/MM/AAAA.

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Dispositivo da Norma

O usuário deverá informar o artigo, o parágrafo, o inciso etc. da norma que


prevê a alíquota de contribuição.

No caso em que a norma que previa a alíquota de contribuição


tenha sido alterada por outra, deverão ser informados os dados
desta última. Exemplo: o art. 25 da Lei nº 8.000/2000, que previa
alíquota de contribuição de 15%, foi alterada pela Lei nº
9.000/2014, que alterou a alíquota prevista no art. 25 da Lei nº
8.000/2000 para 20%. A alíquota a ser informada será de 20% e o
número, o dispositivo e a data da norma a serem informados
serão os da nova lei, ou seja, a Lei nº 9.000/2014.

2.2.1.2 Base de Cálculo da Contribuição do Ente Federativo

Em Direito Tributário, a base de cálculo é a grandeza econômica sobre a qual se apli-


ca a alíquota para calcular a quantia a pagar. No nosso caso, a base de cálculo a ser
informada é aquela sobre a qual deverá incidir as alíquotas de contribuição do ente
federativo.

Para informar qual a base de cálculo de incidência da contribuição do ente federativo,


o usuário deverá selecioná-la na listagem referente ao campo correspondente à base
de cálculo. Para o correto preenchimento da informação relativa à base de cálculo, o
usuário deverá consultar a legislação local do ente federativo.

30
Depois de selecionada a base de cálculo, o usuário deverá preencher os dados da
norma (tipo de norma, número da norma, data da norma e dispositivo da norma).
Para proceder ao preenchimento destes campos, o usuário poderá utilizar o mesmo
procedimento descrito no caso do quadro “Fundamentação Legal”, exposto no item
anterior.

Preenchidas as informações da fundamentação legal da base de cálculo, o usuário


deverá clicar sobre o botão “Incluir”, para que esta seja incluída no quadro de base de
cálculo do RPPS constante na parte final da tela. O usuário também poderá alterar ou
excluir os dados referentes à base de cálculo já incluída, devendo, para tanto, selecionar
qual base deverá ser alterada ou excluída, clicando no ícone correspondente à ação
desejada.

Caso a lei do ente federativo preveja mais de um tipo de base de cálculo, o usuário
deverá informá-las, selecionando, neste caso, mais de uma opção.

Se a lei prevê que a alíquota de contribuição patronal incide sobre o total das
remunerações de contribuição dos servidores ativos e sobre o total de parcelas dos
proventos de aposentadoria que superem o limite máximo do RGPS, o usuário deverá
incluir as informações relativas a essas duas bases.

31
Caso não seja incluída nenhuma opção de base de cálculo da
contribuição patronal nesta etapa, não será possível a inserção
dos valores na tabela “Base de Contribuição”.

2.2.2 Administração do plano

Os recursos recolhidos por meio da taxa de administração serão utilizados para


fazer frente às despesas correntes e de capital necessárias à organização e ao
funcionamento da Unidade Gestora do RPPS.

De acordo com as normas que regem os Regimes Próprios, a administração do plano


pode ser custeada das seguintes formas: diretamente pelo Tesouro ou com recursos
do RPPS. Quando do preenchimento do quadro relativo à “Administração do Plano”, o
usuário deverá identificar, na legislação do ente, qual a fonte de recursos para o seu
custeio, selecionando a opção correspondente neste quadro.

32
Além das informações relativas à fonte de recursos para a administração do plano, o
usuário deverá informar a base de cálculo da taxa de administração. O procedimento
de preenchimento muito se assemelha ao utilizado no item “Base de Cálculo da
Contribuição do Ente Federativo”, já estudado neste capítulo.

Passaremos agora ao detalhamento de cada um destes subquadros.

2.2.2.1 Custeada diretamente pelo Tesouro

O usuário deverá selecionar este quadro caso a legislação do ente preveja que a
despesa administrativa seja custeada diretamente pelo Tesouro Municipal. Depois,
o usuário deverá informar o tipo de norma, o número da norma, a data da norma
e o dispositivo da norma, de maneira semelhante ao descrito no item relativo à
fundamentação legal, do capítulo anterior.

2.2.2.2 Custeada com recursos do RPPS

O usuário deverá selecionar este quadro caso a legislação do ente preveja que a des-
pesa administrativa seja custeada com recursos do RPPS. Depois de selecionada a
opção, o usuário deverá informar se o custeio administrativo será feito por alíquota
ou por aporte, conforme definido na legislação do ente, marcando a opção correspon-
dente.

Ao selecionar “Alíquota (%)” ou “Aporte Anual (R$)”, o campo correspondente para


preenchimento será habilitado. Desta forma, o usuário poderá preencher o valor da
alíquota ou do aporte, conforme disposto na legislação do ente federativo.

Lembramos que, no caso de alíquotas, o valor deve ser preenchido sem caractere
especial (%) e com duas casas decimais, como já estudado em capítulo anterior.

33
Os demais campos referentes ao tipo de norma, ao número da norma, à data da
norma e ao dispositivo da norma deverão ser preenchidos de maneira semelhante ao
descrito no item relativo à fundamentação legal, do capítulo anterior.

Caso a lei do ente federativo preveja que a despesa com a administração do RPPS seja
custeada por meio de aporte anual (R$), não será habilitado o campo corresponde à
fundamentação legal da base de cálculo da taxa de administração.

Caso os valores dos aportes preestabelecidos previstos na lei do


ente federativo sejam em períodos mensais, o usuário deverá
informar, no campo relativo ao “Aporte Anual (R$)”, o valor anuali-
zado. Exemplo: suponha que o aporte mensal seja de
R$ 10.000,00. Neste caso, o valor a ser informado será de
R$ 120.000,00.

34
2.2.2.3 Base de cálculo da taxa de administração

Neste quadro o usuário deverá informar a base de cálculo utilizada para apuração do
limite de gastos com despesas administrativas do plano, para a taxa de administra-
ção, de maneira similar ao que foi visto no caso do custeio normal.

O usuário deverá selecionar, então, na listagem correspondente à base de cálculo,


a opção correspondente à base definida na legislação do ente federativo. Quando a
opção escolhida for “Outros”, há obrigatoriedade de especificar a base de cálculo no
campo ao lado.

Os demais campos referentes ao tipo de norma, ao número da norma, à data da


norma e ao dispositivo da norma deverão ser preenchidos de maneira semelhante ao
descrito no item relativo à fundamentação legal.

Finalizado o preenchimento destes campos, o usuário deverá proceder à inclusão


da informação na tabela de base de cálculo, bastando clicar no botão “Incluir”. Ao
selecionar, na tabela, a base de cálculo informada, ficarão ativas as opções “Alterar” e
“Excluir” para eventuais alterações ou exclusões, por parte do usuário.

35
2.2.3 Custeio suplementar

De acordo com a Portaria nº 403/2008, custo suplementar é o valor corres-


pondente às necessidades de custeio, atuarialmente calculadas, destinadas
à cobertura do tempo de serviço passado, ao equacionamento de deficit
gerados pela ausência ou insuficiência de alíquotas de contribuição, inade-
quação da metodologia ou hipóteses atuariais ou outras causas que ocasio-
naram a insuficiência de ativos necessários à cobertura das reservas mate-
máticas previdenciárias.

De modo mais simples, corresponde ao valor que deveria estar constituído e,


por qualquer motivo, ainda não o está, resultando, desta forma, em um deficit
que deverá ser equacionado pelo ente federativo, na forma da legislação
atual. No DRAA, o custeio suplementar está apresentado no quadro denomi-
nado “Plano de Amortização do Deficit Atuarial”, que passaremos a ver com
mais detalhes a partir de agora.

36
A informação inicial que deve ser assinalada pelo usuário é se o ente federativo pos-
sui Plano de Amortização para Equacionamento do Deficit Atuarial implementado em
lei, em exercício anterior ao do envio do demonstrativo. Os campos seguintes somen-
te serão habilitados se o usuário assinalar esta opção. Neste caso, o usuário deverá
informar o marco inicial do Plano de Amortização no formato MM/AAAA correspon-
dente à data de implementação do primeiro Plano de Amortização estabelecido em lei
a partir da Portaria MPS nº 403/2008.

Por Exemplo
O município de Imprudentes apurou um deficit na Avaliação Atuarial de
2006 estabelecendo o Plano de Amortização, conforme Lei nº 012, de
20/05/2007. Entretanto, no exercício de 2011 foi estabelecido novo
Plano de Amortização pela Lei nº 123, de 01/09/2011. Neste caso,
embora haja Plano de Amortização anterior a 2008, o usuário deverá
preencher, no campo “Mês/Ano de Início do Plano”, a seguinte
informação: 09/2011, independentemente de ter havido plano anterior
estabelecido, desde que este seja anterior a 12/2008, data de
promulgação da Portaria nº 403/2008.

O quadro correspondente ao “Plano de Amortização do Deficit Atuarial” compreende


outros três quadros: Fundamento Legal, Plano de Amortização e Base de Cálculo do
Plano de Amortização do deficit Atuarial.

Passaremos agora a detalhar cada um destes quadros.

37
2.2.3.1 Fundamento Legal

Corresponde aos dados da norma que estabeleceu o Plano de Amortização vigente


(tipo de norma, número da norma, data da norma e dispositivo da norma), e não ao
Plano de Amortização inicial, no caso de Planos de Amortização implementados em
normas anteriores.

Por Exemplo
Suponhamos o mesmo caso anterior do município de Imprudentes, que,
depois da Lei nº 123/2011, o ente tenha revisto seu Plano de Amortiza-
ção pelas Leis nº 234/2015 e nº 345/2017. Desta forma, no DRAA relati-
vo ao exercício de 2018, o usuário deverá preencher os campos da fun-
damentação legal relativa ao custeio suplementar com os dados da
legislação vigente, ou seja, da Lei nº 345/2017.

2.2.3.2 Plano de Amortização

Neste quadro o usuário deverá preencher os dados do Plano de Amortização


propriamente dito, com base na legislação vigente do ente federativo, devendo
informar o “Ano”, a “Alíquota (%)” ou o “Aporte Anual (R$)” correspondente, conforme
o caso.

38
Ano
O usuário deverá preencher todos os anos do Plano de Amortização,
iniciando pelo ano do exercício do DRAA, até o último exercício do
plano, este correspondente a 35 anos após o marco inicial, conforme
disposto no art. 18 da Portaria MPS nº 403/2008.

Alíquota
O usuário deverá informar a alíquota referente ao Plano de Amortiza-
ção para o ano informado. O campo, embora definido em porcentagem,
deverá ser preenchido com duas casas decimais e sem caracteres es-
peciais (%). Desta forma, se a alíquota for de 3,4%, preencher com o
valor 3,40.

Aporte Anual
Informar valor, em reais, correspondente ao valor anual, com duas
casas decimais.

Caso os valores dos aportes estabelecidos na lei do ente federa-


tivo forem em períodos mensais, o usuário deverá informar, no
campo relativo ao “Aporte Anual (R$)”, o valor anualizado. Exem-
plo: suponha que o aporte mensal seja de R$ 100.000,00. Neste
caso, o valor a ser informado será de R$ 1.200.000,00.

A cada ano informado nos campos referentes ao Plano de Amortização, o usuário


deverá clicar no botão “Incluir”, para que os dados sejam carregados na tabela do
Plano de Amortização. Ao selecionar nesta tabela um ano qualquer, ficarão ativas
as opções “Alterar” e “Excluir”, para que o usuário promova eventuais alterações ou
exclusões.

39
Por Exemplo
Vamos supor que o usuário tenha preenchido a tabela do Plano de
Amortização e tenha identificado um erro de preenchimento no exercício
de 2021, pois o valor informado foi de 0,53, quando, na realidade, deveria
ser 5,30. Para tanto, o usuário deverá selecionar a linha da tabela
correspondente ao exercício em questão, clicar no ícone “Alterar”,
informar o valor correto no campo correspondente e clicar sobre o botão
“Alterar” para completar a alteração.

2.2.3.3 Base de Cálculo do Plano de Amortização do Deficit Atuarial

O campo relativo à Base de Cálculo deverá ser preenchido somente no caso de a lei
do ente federativo estabelecer no plano amortização a utilização de alíquotas para o
equacionamento do deficit atuarial.

40
Neste campo, o usuário deverá selecionar a base de cálculo estabelecida na legis-
lação do ente federativo. Caso seja selecionada a opção “Outros”, o usuário deverá
especificar, no campo correspondente, a descrição do tipo de base utilizado.

Caso a lei do ente federativo preveja mais de um tipo de base de cálculo, o usuário
deverá selecionar as opções correspondentes.

Observe

Suponha que a lei preveja que o Plano de Amortização do Deficit


incida sobre o total das remunerações de contribuição dos servido-
res ativos e sobre o total de parcelas dos proventos de aposentado-
ria que superem o limite máximo do RGPS. Neste caso, o usuário
deverá incluir as informações relativas a essas duas bases, na
tabela das bases de cálculo.

41
Nos campos relativos à fundamentação legal (tipo de norma, número da norma,
data da norma e dispositivo da norma), o usuário deverá preencher as informações
relativas à norma local que definiu a base de cálculo de incidência da contribuição
suplementar.

Após o preenchimento dos campos relativos à base de cálculo, o usuário deverá clicar
no botão “Incluir”, para que sejam carregados na tabela correspondente os dados da
base de cálculo do Plano de Amortização. O usuário poderá, após feita a inclusão de
uma base de dados, alterá-la ou excluí-la, clicando sobre o ícone correspondente,
conforme já visto em capítulos anteriores deste módulo.

Caso o Plano de Amortização tenha sido estabelecido por apor-


tes financeiros, não será necessário o preenchimento das infor-
mações do quadro “Base de Cálculo do Plano de Amortização do
Déficit Atuarial”.

2.3 Segregação da Massa


Como já vimos anteriormente, a Segregação da Massa consiste em uma modalidade
de equacionamento do deficit atuarial a partir da separação do grupo de segurados
em dois subgrupos (Previdenciário e Financeiro), sendo um deles capitalizado e outro
em regime de repartição (caixa).

A aba relativa à Segregação da Massa está dividida em quatro quadros: Fundamento


Legal; Critérios para Composição do Plano Previdenciário; Atuário Responsável pelo
Projeto de Segregação; e Aprovação Prévia da SRPPS. O preenchimento destes
quadros é relativamente simples, por se tratar de informações acessíveis ao usuário,
quer relativas à norma local, quer relativas ao processo de segregação. Da mesma
forma que nos demais capítulos deste módulo, faremos uma exposição de cada um
desses quadros e suas especificidades.

42
Esta aba será habilitada caso na aba “Composição da Massa” tenha sido informada
a opção “Instituída neste Exercício ou Mantida” ou “Revista neste Exercício”, ou seja,
caso o RPPS possua segregação vigente no exercício de envio do DRAA em questão.

2.3.1 Fundamento Legal

Neste quadro o usuário deverá inserir as informações relativas à norma que instituiu
ou alterou a Segregação da Massa do RPPS (tipo de norma, número da norma, data da
norma e dispositivo da norma), vigente na data da avaliação. Para o preenchimento
destes campos, o usuário deverá observar as instruções já estudadas em capítulos
anteriores.

2.3.2 Critérios para Composição do Plano Previdenciário

Neste quadro, o usuário deverá informar os critérios de composição da massa de


acordo com as disposições da norma legal que instituiu ou revisou a segregação.
Estes critérios são: Data de Ingresso do Segurado (Data de Corte); Idade do Segurado;
Condição do Segurado e Outros.

43
Data de Ingresso do Segurado (Data de Corte)

O usuário deverá preencher este campo caso a lei que instituiu ou


revisou a Segregação da Massa tenha utilizado o parâmetro “Data de
Corte” para a definição do Plano Previdenciário. Neste caso, deverá ser
informada a referida data no formato DD/MM/AAAA.

Entende-se como “Data de Corte” a data a partir da qual todos os


segurados que ingressarem no ente federativo, na condição de servidor
titular de cargo efetivo vinculado ao RPPS, serão automaticamente
vinculados ao Plano Previdenciário.

Idade do Segurado

O usuário deverá preencher este campo caso a lei que instituiu ou


revisou a Segregação da Massa tenha utilizado como parâmetro a
idade do segurado. Neste caso, a lei do ente federativo define a idade
máxima do segurado que será vinculado ao Plano Previdenciário.

Condição do Segurado

O usuário deverá selecionar uma das opções disponíveis (“Segurado


Ativo”, e/ou “Aposentado” e/ou “Pensionista”), caso a lei que instituiu
ou revisou a Segregação da Massa tenha utilizado como parâmetro
a condição do segurado ou beneficiário que será vinculado ao Plano
Previdenciário.

Outros

O usuário deverá utilizar este quadro caso a lei que instituiu ou


revisou a Segregação da Massa tenha utilizado parâmetros
diferentes das situações acima previstas, sendo obrigatório, neste
caso, o preenchimento do campo descritivo do critério previsto para
composição do Plano Previdenciário.

44
2.3.3 Atuário Responsável pelo Projeto de Segregação

Nome

Neste campo o usuário deverá informar o nome completo do atuário


responsável pelo Projeto de Segregação da Massa, que foi instituída
ou revisada por meio da norma identificada no quadro “Fundamento
Legal”.

Número de Registro Profissional

Neste campo o usuário deverá informar o número do registro profis-


sional do atuário no MTE, responsável pelo Projeto de Segregação da
Massa, que foi instituída ou revisada por meio da norma identificada no
quadro “Fundamento Legal”.

2.3.4 Aprovação prévia do MPS

Conforme disposto no art. 20, § 4º da Portaria MPS nº 403/2008, incluído pela Porta-
ria MPS nº 21, de 16/01/2013, a Proposta de Segregação da Massa deverá ser sub-
metida à aprovação prévia da SRPPS.

Toda Segregação da Massa que tenha sido instituída ou alterada a partir da data
de início de vigência da Portaria MPS nº 21/2013, ou seja, 16/01/2013, deve ser
submetida à aprovação prévia da SRPPS; caso contrário, o ente federativo poderá
ficar irregular no critério do Equilíbrio Financeiro e Atuarial (EFA).

Tipo de Documento: neste campo o usuário deverá informar o tipo


do documento da SPREV que aprovou o projeto de instituição ou
revisão da Segregação da Massa.

45
Nº Número do Documento: neste campo o usuário deverá informar
o número do documento da SPREV que aprovou o projeto de
instituição ou revisão da Segregação da Massa.

Data do Documento: neste campo o usuário deverá informar


manualmente a data (no formato DD/MM/AAAA) do documento
da SPREV que aprovou o projeto de instituição ou revisão da
Segregação da Massa, ou selecioná-la utilizando o calendário
disponibilizado.

2.4 Plano de Benefícios


Na aba “Plano de Benefícios” estão contemplados os campos destinados à informa-
ção da legislação do ente que definiu os parâmetros de cada um dos benefícios do
RPPS.

Para o preenchimento da tabela relativa ao rol de benefícios, apresentada na parte in-


ferior da tela, o usuário deverá selecionar cada um dos benefícios que são oferecidos,
conforme legislação do ente federativo, informando, em seguida, os dados relativos
à norma que instituiu o referido benefício (tipo de norma, número da norma, data da
norma e dispositivo da norma), vigente na data de avaliação.

Preenchidos os campos do quadro “Fundamento Legal”, o usuário deverá clicar sobre


o botão “Incluir” para que os dados do benefício sejam incluídos na tabela de bene-
fícios. O usuário poderá alterar ou excluir um benefício desta tabela, selecionando
o benefício e clicando sobre o ícone correspondente à ação desejada (alteração ou
exclusão).

46
O cadastramento dos benefícios repercutirá na aba “Base Técnica/Regimes e Mé-
todos de Financiamento”, na qual deverão ser informados o regime financeiro e o
método de financiamento utilizado na estruturação de cada benefício. E repercutirá
também na aba “Resultados/Custo Normal”, em que os benefícios aparecerem sepa-
rados por tipo de regime de financiamento.

Os benefícios não poderão ser cadastrados de forma agrupada. Assim, a “Aposenta-


doria Especial do Professor – Educação Infantil e Ensino Fundamental e Médio” não
poderá ser considerada no grupo “Aposentadorias Programadas”, ou seja, cada bene-
fício deve ser cadastrado individualmente.

47
É importante ressaltar que, para cada grupo selecionado, ou seja,
Civil-Previdenciário, Civil-Financeiro, Civil-Mantido pelo Tesouro,
Militar-Previdenciário, Militar-Financeiro e Militar-Mantido pelo
Tesouro, haverá tipos de benefícios específicos para serem infor-
mados.

Para saber um pouco mais, consulte aqui a “Tabela de Benefícios


por Grupo de Segurados”.

2.5 Previdência Complementar


A Constituição Federal Brasileira, no § 14 do art. 40, incluído pela Emenda Consti-
tucional nº 20, de 16/12/1998, facultou aos entes federativos a instituição de RPC,
permitindo àqueles que assim o fizerem limitar os benefícios concedidos pelo RPPS
ao teto de benefícios do RGPS. Desta forma, caso o ente possua Previdência Com-
plementar instituída em lei e aprovada pela Superintendência de Previdência Comple-
mentar (PREVIC), deverá preencher as informações constantes nesta aba.

48
Vale lembrar que esta aba somente será habilitada caso na aba “Composição da
Massa” tenha sido informada a opção “Sim” para Previdência Complementar.

A aba “Previdência Complementar” possui um único quadro que corresponde


à fundamentação legal para instituição do referido regime. Para preenchê-lo, o
usuário deverá inserir as informações da norma relativa à instituição da Previdência
Complementar pelo ente federativo (tipo de norma, número da norma, data da norma
e dispositivo da norma), vigente na data da avaliação.

Caso o ente federativo tenha instituído RPC, na aba “Base Cadas-


tral – Estatística da População Coberta – Previdência Comple-
mentar”, deverão ser preenchidas as informações estatísticas
relativas aos segurados e aos beneficiários do RPPS, cujo valor
das aposentadorias e pensões a serem concedidas por esse
regime deverá estar limitado ao teto de benefícios do RGPS.

49
Encerramento do módulo
Chegamos ao final de mais um módulo. Revise os conteúdos para fixação do
aprendizado e faça o teste relativo a este módulo. Para fixação dos conteúdos, é
importante o uso do programa CADPREV-INTRA para simulações.

No próximo módulo, trataremos das informações relativas à Base Cadastral.

Até breve!

50
TABELA DE BENEFÍCIOS POR GRUPO DE SEGURADOS
ANEXO I – Tabela de Benefícios por Grupo de Segurados

População: Plano: Tipo de Benefício:

CIVIL Previdenciário/Financeiro Aposentadoria Por Invalidez Permanente

Aposentadorias Programadas (Por Idade,


CIVIL Previdenciário/Financeiro
Tempo de Contribuição e Compulsória)

Aposentadoria Especial - Servidor com


CIVIL Previdenciário/Financeiro
Deficiência

Aposentadoria Especial - Servidor que


CIVIL Previdenciário/Financeiro
Exerce Atividades de Risco

Aposentadoria Especial - Atividades


CIVIL Previdenciário/Financeiro
Prejudiciais à Saúde ou Integridade Física

Aposentadoria Especial - Professor -


CIVIL Previdenciário/Financeiro
Educação Infantil e Ensino Fund. e Médio

CIVIL Previdenciário/Financeiro Pensão Por Morte de Servidor em Atividade

Pensão Por Morte de Aposentado Voluntário


CIVIL Previdenciário/Financeiro
ou Compulsório

Pensão Por Morte de Aposentado por


CIVIL Previdenciário/Financeiro
Invalidez

CIVIL Previdenciário/Financeiro Auxílio Doença

CIVIL Previdenciário/Financeiro Salário Maternidade

CIVIL Previdenciário/Financeiro Auxílio Reclusão

CIVIL Previdenciário/Financeiro Salário Família

CIVIL Mantido Pelo Tesouro Aposentadorias Mantidas Pelo Tesouro

51
População: Plano: Tipo de Benefício:

CIVIL Mantido Pelo Tesouro Pensões Por Morte Mantidas Pelo Tesouro

MILITAR Previdenciário/Financeiro Militares - Reserva Por Tempo de Serviço

MILITAR Previdenciário/Financeiro Militares - Outras Reservas

MILITAR Previdenciário/Financeiro Militares - Reforma Por Tempo de Serviço

MILITAR Previdenciário/Financeiro Militares - Reforma Por Invalidez

MILITAR Previdenciário/Financeiro Militares - Outras Reformas

MILITAR Previdenciário/Financeiro Militares - Pensão Por Morte

MILITAR Previdenciário/Financeiro Militares - Outros Benefícios Programáveis

Militares - Outros Benefícios Não


MILITAR Previdenciário/Financeiro
Programáveis

MILITAR Mantido Pelo Tesouro Militares - Reserva - Mantidos pelo Tesouro

MILITAR Mantido Pelo Tesouro Militares - Reforma - Mantidos pelo Tesouro

Militares - Pensão Por Morte - Mantidos pelo


MILITAR Mantido Pelo Tesouro
Tesouro

Militares - Outros Benefícios Programáveis -


MILITAR Mantido Pelo Tesouro
Mantidos pelo Tesouro

Militares - Outros Benefícios Não


MILITAR Mantido Pelo Tesouro
Programáveis - Mantidos pelo Tesouro

52

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