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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do

Sudeste de Minas Gerais


Campus Juiz de Fora
Metodologia Científica

Resíduos Sólidos na
Construção Civil
Tina Fidelis
tina.fidelis@ifsudestemg.edu.br

Juiz de Fora, 23 de março de 2018


Conteúdo
• Introdução;
• Caracterização dos resíduos;
• Política Nacional de Gestão de Resíduos Sólidos;
• Metodologias e técnicas de minimização, reciclagem e
reutilização;
• Acondicionamento, coleta, transporte;
• Disposição final de resíduos e recuperação de ambientes
contaminados;
• Aterros Sanitários;
• Gestão de Resíduos da Construção Civil;

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Avaliação

• 1 prova e 1 seminário: tema a definir;

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Bibliografia
Básica:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Resíduos sólidos – Classificação.
2004. (ABNT NBR 10004, 1005, 1006 e 1007).
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução n° 307, 05 de julho de 2002.
Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção
civil.
ROCHA, J.C.; JOHN, V.M. (Ed.) Utilização de Resíduos na Construção Habitacional.
Coletânea HABITARE. v. 4. Porto Alegre: ANTAC, 2003.

Complementar:
BARROS, R.T.V. Elementos de Gestão de Resíduos Sólidos. Belo Horizonte: Ed.
Tessitura, 2012.
BIDONE, F.R.A. & POVINELLI, J. Conceitos Básicos de Resíduos Sólidos. São Carlos,
SP: EESC/USP, 1999, p 120.
NETO, J.C.M. Gestão dos resíduos da construção e demolição no Brasil. São Carlos:
RiMa, 2005.
SATTLER, M.A.; PEREIRA, F.O.R. (Ed.) Construção e meio ambiente. Coletânea
HABITARE. v. 7. Porto Alegre: ANTAC, 2006.
SOUZA, U.E.L. Como reduzir perdas nos canteiros: manual de gestão do consumo de
materiais na construção civil. São Paulo: Pini, 2005.

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Introdução

O que é lixo para você?

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Introdução
A palavra lixo, derivada do termo latim lix, significa ―cinza‖.
No dicionário, ela é definida como sujeira, imundície, coisa
ou coisas inúteis, velhas, sem valor. Lixo, na linguagem
técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e é representado
por materiais descartáveis pelas atividades humanas.

Fonte imagem: www.epoca.globo.com

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Introdução
- Resíduos Sólidos: NBR 10.004: ―São resíduos nos
estados SÓLIDO/SEMI-SÓLIDO, que resultam de
atividades da comunidade. Podem ter origem: industrial,
doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de
varrição‖.

Fonte imagem: Gemiliano, V. UFJF; Souza, C.L.;UFMG.

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Introdução
A partir da Revolução Industrial,
as fábricas começaram a produzir
objetos de consumo em larga
escala e a introduzir novas
embalagens no mercado,
aumentando consideravelmente
o volume e a diversidade de
resíduos sólidos gerados nas
áreas urbanas.

Embalagens surgiram com a


necessidade de transportar e Fonte: ABEAÇO
proteger mercadorias.....

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Introdução

Era dos descartáveis: a


maior parte dos
produtos – desde
guardanapos de papel e
latas de refrigerantes
até computadores – são
utilizados e jogados fora
com enorme rapidez.

Fonte imagem: Gemiliano, V. UFJF; Souza, C.L.;UFMG.

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Introdução

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Fonte: Eco-Unifesp
Introdução
Fraldas descartáveis: ~450 anos

Um bebê usa entre 4000 e 6000 fraldas!


Uma mulher até 10.000 absorventes!

Fonte: Cidades e Soluções.

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Fonte: Eco-Unifesp
Introdução

Berlim, Alemanha Empresa: Knowaste

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Introdução

Fonte imagem: Bernardo Verano

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Introdução
Panorama RSU 2016:

• 71,3 milhões de toneladas


coletadas  91% dos RSU
gerados:

 58,4%: aterros sanitários;


 Restante: lixões ou aterros
controlados.

9% não coletados: ruas, terrenos vazios...

Fonte: Abrelpe

14
Introdução
Geração RSU Brasil (Abrelpe):

15
Introdução
De ~196 mil toneladas de RSU coletadas/dia:

Índice de cobertura da coleta de


RSU (%)

Fonte: Abrelpe

16
Introdução
Geração de RSU per capita nas regiões (kg/hab/dia):

Fonte: Abrelpe

17
Introdução
Coleta de RCD no Brasil (Resíduos de Construção e Demolição):

Fonte: Abrelpe

Juiz de Fora: 947 t/dia

Fonte: PGIRSCC_Juiz de Fora

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Introdução
De quem é a responsabilidade pelo gerenciamento de cada tipo
de lixo?

Fonte: Soares, J.H.P. “Gerenciamento de Resíduos Sólidos”.

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Introdução
Panorama Mundial: Resíduos
domésticos coletados e PIB:

Tendência de quanto maior o


crescimento  maior o consumo
 maior a geração de resíduos!

Quanto maior o poder aquisitivo,


maior a geração diária de lixo!

Ano: 2007. Fonte: Abrelpe

20
Introdução
Como reduzir a geração per capita de resíduos sólidos?

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Introdução
Como reduzir a geração per capita de resíduos sólidos?
A Política Nacional de Resíduos Sólidos — Lei nº 12.305/2010
hierarquiza:
não geração,
redução,
reutilização,
reciclagem,
tratamento dos resíduos sólidos e
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
Fonte: Gemiliano, V. UFJF; Souza, C.L.;UFMG.

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Introdução

Fabricados com obsolescência programada 23


Fonte: Gemiliano, V. UFJF; Souza, C.L.;UFMG.

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Introdução
Você sabia
Que a economia de energia com a reciclagem de papel é da ordem de
70%?

Que a produção de cada tonelada de papel consome cerca de 100


mil litros de água, enquanto que a reutilização do papel gasta
apenas 37 mil litros de água por tonelada?

Outro fato interessante é que na produção de papel reciclado é


necessário adicionar uma parte de matéria-prima virgem (celulose),
mas mesmo assim a reciclagem poupa o corte de cerca de 10 a 20
árvores adultas por tonelada produzida.

Fonte: Gemiliano, V. UFJF; Souza, C.L.;UFMG.

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Introdução
Você sabia
Na produção de 1000 toneladas de barra de aço a utilização de
sucata consumiria 74% menos de energia e 41% menos água do
que o processo de transformação da matéria bruta em produto
final?

Além disso, a quantidade de poluentes atmosféricos seria reduzida


em 86% e de poluentes minerais em 97%.

Fonte: Gemiliano, V. UFJF; Souza, C.L.;UFMG.

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Introdução
Você sabia
A produção de uma lata de alumínio nova a partir de uma
recuperada economiza 95% de energia.

Fonte: Gemiliano, V. UFJF; Souza, C.L.;UFMG.

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Introdução
Você sabia
• Os plásticos são derivados
do petróleo, um recurso
natural não renovável e
altamente poluente?

• A reciclagem do plástico
economiza até 90% de
energia?

• 100 toneladas de plástico


reciclado evitam a extração
de 1 tonelada de petróleo?
Fonte: Gemiliano, V. UFJF; Souza, C.L.;UFMG.

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Introdução
Você sabia
• O vidro é 100%
reciclável, portanto não é
lixo: 1 kg de vidro
reciclado produz 1 kg de
vidro novo?

• Uma tonelada de vidro


reciclado evita a extração
de 1,3 tonelada de areia
e economiza e 50% no
consumo de água?
Fonte: Gemiliano, V. UFJF; Souza, C.L.;UFMG.

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Introdução
Coleta Seletiva: distribuição dos municípios

Fonte: Abrelpe.

29
Introdução

Fonte: Gemiliano, V. UFJF; Souza, C.L.;UFMG.

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Introdução
Compostagem Reciclagem

Aterro sanitário Incineração

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Fonte: Gemiliano, V. UFJF; Souza, C.L.;UFMG.
Introdução

Fonte: Gemiliano, V. UFJF; Souza, C.L.;UFMG.

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Introdução

33
Fonte: Gemiliano, V. UFJF; Souza, C.L.;UFMG.
Introdução

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Fonte: Gemiliano, V. UFJF; Souza, C.L.;UFMG.
Introdução

Fonte: Gemiliano, V. UFJF; Souza, C.L.;UFMG.


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