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CUIABÁ-MT
2018
GISELE CRISTINA SANTIAGO SANTOS
CUIABÁ-MT
2018
GISELE CRISTINA SANTIAGO SANTOS
1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 8
4.2.2.2.1 - Depreciação............................................................................................................. 30
5 - CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 41
6 - REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 43
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1 - INTRODUÇÃO
Para Sá (2002), a contabilidade é uma ciência social, pois é a natureza do objeto que
enseja a classificação de uma ciência, como a contabilidade estuda e controla o patrimônio
das células sociais e estas se inserem no todo social, pode-se concluir que ela é uma ciência
social.
Como parte integrante da contabilidade gerencial, está à análise de viabilidade,
imprescindível no ambiente empresarial nas decisões de investimento por envolver valores
significativos e que geralmente têm alcance de longo prazo.
O objetivo básico da análise de viabilidade é avaliar uma alternativa de investimento
em um novo empreendimento ou na ampliação de um já existente. O estudo desenvolvido tem
como principal foco a análise da viabilidade aplicada a uma reforma do projeto arquitetônico
de uma franquia Hering Store, visto que o franqueador (Cia Hering) impõe que seja feita esta
reforma em um período de tempo previamente determinado por ela. A análise de viabilidade
busca identificar e quantificar as estimativas de uma oportunidade de negócio ou projeto,
através de vários métodos ajuda a construir e avaliar o fluxo de caixa projetado para a
empresa, apontar as incertezas, identificar os riscos e tomar a decisão de investir ou não no
negócio.
É uma ferramenta para analisar valor e reduzir incertezas. É uma habilidade de avaliar
oportunidades e tomar decisões que criarão mais valor e sustentabilidade para a empresa. De
acordo com Lapponi (2007) os produtos ou serviços oferecidos por uma empresa são o
resultado de decisões de investimento tomadas no passado. A busca por melhores
oportunidades é um processo de criação, pois elas não estão visíveis.
Nessa busca de novas ideias e oportunidades surgem os projetos de investimento e é
através da avaliação e análise desses projetos que se faz uma estimativa sobre o negócio,
procurando identificar se ele será sustentável e se gerará lucros para a empresa. Antes de uma
oportunidade de investimento ser aceita temos apenas um projeto descrito de forma completa
em folhas de papel contendo o registro de suas estimativas, a avaliação e a recomendação de
aceitar ou rejeitar o projeto de investimento.
Ele continua sendo chamado de projeto depois de aprovado e durante sua execução,
até entrar em plena operação quando passa a ser um investimento realizado (LAPPONI, 2007,
p. 9). Uma análise de viabilidade busca detalhar, identificar e fortalecer as condições
necessárias para o projeto dar certo, assim como identificar e tentar neutralizar os fatores que
podem dificultar as possibilidades de êxito do negócio.
Analisar a viabilidade de um projeto significa identificar as perspectivas de
desempenho financeiro, contábil e econômico do produto resultante do projeto. A estimativa
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de orçamentos para o projeto pode ser elaborado com base na identificação dos produtos e
unidades a serem vendidas e servem para trazer uma estimativa dos níveis de acréscimo de
custo e de receita dos produtos, permitindo estimar se cobriria os custos envolvidos e em que
medida poderia apresentar rentabilidade.
A empresa em estudo possui grande potencial de crescimento, conforme atual
conjuntura econômica do setor. Diante dessa situação o estudo quer verificar a viabilidade de
investir numa reforma deste empreendimento e se o mesmo produzirá o retorno previsto.
Visando aproveitar bem os espaços físicos, bem como o potencial de clientes que já possui e
do mercado que ainda pode ser explorado, se faz necessário o estudo de viabilidade contábil,
econômica e financeira com o que será possível mensurar os resultados gerados pelo
investimento a ser feito, bem como apresentar a potencialidade do novo mercado.
Diante do exposto tem-se o seguinte questionamento: É viável econômica e
financeiramente, a reforma arquitetônica de uma franquia Hering Store?
O objetivo geral do presente trabalho é estabelecer um estudo visando analisar a
viabilidade do investimento de uma reforma arquitetônica em uma franquia Hering Store.
Como objetivos específicos temos: Revisar a bibliografia referente ao tema objeto
deste estudo, voltado à análise de viabilidade econômica, financeira e contábil, objetivando
dar embasamento teórico ao estudo aplicado; Levantar os investimentos necessários, projetar
custos e despesas, assim como as receitas do novo investimento; Demonstrar se é viável
econômica, financeira e contabilmente, a realização do investimento pela aplicação das
técnicas específicas de análise de viabilidade.
As organizações estão em constantes modificações, seja para aumento ou melhoria na
produção. Há sempre uma mudança para fazer e acompanhar o mercado o qual modifica a
uma velocidade que deve ser acompanhada, caso contrário as empresas poderão ficar
estagnadas ou fora do mercado. A decisão de efetuar um estudo na área de análise de
viabilidade justifica-se pela real intenção de terceiros em reformar o empreendimento, a fim
de verificar se o alto investimento é viável ou não, se terá retorno e em quanto tempo isto
acontecerá.
Desta forma, é imprescindível que o estudo seja estruturado dentro da realidade acerca
do mercado e índices inflacionários atuais. Para a acadêmica, a escolha do tema levou em
consideração o gosto e a afinidade com o assunto, possibilitando aprofundar os
conhecimentos teóricos e práticos obtidos durante a caminhada na graduação do Curso de
Ciências Contábeis.
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2 - REFERENCIAL TEÓRICO
primeira Hering Family Store, sem deixar sua vocação fabril. A força no varejo acompanha as
inovações tecnológicas. Hoje a Cia conta com marcas Hering, Hering Kids, Puc e Dzarm. A
Cia. Hering fez história, também, no mercado de capitais. Hoje, tem capital pulverizado entre
diversos acionistas. Seu modelo se alicerça em três pilares: crescimento consistente,
resultados sustentáveis e continuidade no desenvolvimento de coleções, sempre modernas e
casuais.
Alcançar com sucesso estes objetivos depende de uma atuação em rede, formada de
parcerias que compartilham recursos e conhecimentos, permitindo que a Companhia possa
direcionar as estratégias para as suas competências essenciais. Desta forma, todos os elos
desta cadeia se fortalecem. E um dos elos mais importantes para esta atuação em rede são as
pessoas, e desde a sua fundação, a empresa tem um cuidado especial quando o assunto é
pessoas e busca por meio de programas e ações, promover, reconhecer e desenvolver talentos.
Um modelo de negócio focado na gestão de marcas, desenvolvimento de produtos e
canais de distribuição e valorização das pessoas. Este é o propósito da Cia. Hering. Com mais
de 5 bilhões de camisetas produzidas em mais de 130 anos de história, a marca é conhecida
por mais de 90% dos brasileiros.
2.3 - CONTABILIDADE
não, tendo como principais objetivos: controlar, apurar, evidenciar, atentar e fornecer
informações que envolvam os elementos patrimoniais e suas variações (IUDÍCIBUS, 2010).
Por ser uma ciência social, e pela responsabilidade por processar informações, é sem
dúvida uma das áreas do conhecimento humano com maior potencial de
contribuição ao crescimento dos indivíduos e organizações, que estão imersos em
um mar de alternativas e ao mesmo tempo de muitas dúvidas. (Johann, 2003, p. 81).
Segundo Hoji (2010, p. 249), a DRE “é uma demonstração contábil que apresenta o
fluxo de receitas e despesas, que resulta em aumento ou redução do patrimônio líquido entre
duas datas”.
Para complementar a ideia, Basso (2011, p. 191), diz que:
A NBC TG 26, diz que a DRE deve, no mínimo apresentar as seguintes rubricas em
sua estrutura, obedecendo sempre as determinações legais:
a) receitas;
b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos;
c) lucro bruto;
d) despesas com vendas gerais, administrativas e outras despesas e receitas
operacionais;
e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método de
equivalência patrimonial;
f) resultado antes das receitas e despesas financeiras;
g) despesas e receitas financeiras;
h) resultado antes dos tributos sobre o lucro;
i) despesa com tributos sobre o lucro;
j) resultado líquido das operações continuadas;
k) valor liquido dos seguintes itens:
I) resultado liquido após tributos das operações descontinuadas;
II) resultado após os tributos decorrente da mensuração do valor justo menos
despesas de venda, ou de baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição para
venda que constitui a unidade operacional descontinuada;
l) resultado líquido do período.
Para uma organização, a DRE é uma demonstração importante, pois traz informações
capazes de demonstrar o desempenho da entidade em um determinado período. Ela é uma
demonstração contábil obrigatória, e no Brasil é elaborada de acordo com o regime de
competência.
Segundo Souza (2003, p.75) a Taxa Interna de Retorno (TIR) “representa a taxa que
torna o valor presente das entradas de caixa associadas ao projeto igual ao investimento
inicial”. Em outras palavras, utiliza o valor presente para calcular a taxa de retorno dos fluxos
de caixa líquidos previstos (WARREN; REEVE; FESS, 2001, p.358).
Também conhecida como taxa de desconto do fluxo de caixa, Hoji (2010, p.78)
explica que “o conceito de TIR é utilizado para calcular a taxa i quando existe mais de um
pagamento e mais de um recebimento ou quando as parcelas de pagamento ou recebimento
não são uniformes”. Se a TIR for maior que a taxa mínima de atratividade, o investimento é
considerado economicamente atraente (HOJI, 2010, p.171). Porém, caso a TIR seja menor
que a TMA exigida, o investimento não será atraente e, consequentemente, o projeto será
rejeitado (SOUZA, 2003, p.76).
Como ponto forte pode-se citar que a TIR possui informações acerca da margem de
segurança do projeto. Porém não leva em conta o tamanho do projeto, tornando este item
como ponto fraco deste método (SOUZA, 2003, p.76).
A TIR é considerada uma técnica sofisticada empregada para avaliar a viabilidade dos
investimentos. É a taxa de retorno que a empresa terá anualmente, caso receba as entradas
conforme o previsto.
A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é definida por Kassai et al (2000, p.58) como
“a taxa mínima a ser alcançada em determinado projeto; caso contrário, o mesmo deve ser
rejeitado”. A TMA é utilizada para descontar os fluxos de caixa quando o método do VPL é
empregado, servindo, ainda, como critério de comparação para a TIR (KASSAI et al, 2000).
É definida por Souza (2003, p.75) como “taxa de retorno considerada satisfatória pelos
tomadores de decisão”. Pilão; Hummel (2003, p.89) complementam que a TMA “representa o
mínimo que um investidor se propõe a ganhar quando faz um investimento [...]”. Esta taxa é
formada pelo custo de oportunidade, o risco do negócio e a liquidez do negócio (PILÃO;
HUMMEL, 2003). A TMA é definida de acordo com as políticas da empresa, não existindo
uma fórmula de cálculo para a mesma.
Segundo Warren; Reeve; Fess (2001, p.353) “o tempo necessário para o fluxo de caixa
líquido igualar o dispêndio inicial em ativo fixo é o período de retorno de caixa do
investimento ou período de payback”. Caso o período de payback for menor do que o período
máximo aceitável, o projeto deve ser aceito. Porém, se for maior que o aceitável, o projeto
deve ser rejeitado. Este período máximo aceitável é definido pelos gestores da empresa
(GITMAN, 2010, p.366).
O período de payback é dividido em simples e descontado. Segundo Brizolla (2015,
p.30) “se o método não leva em consideração o custo de capital da empresa, estaremos
aplicando o método do payback simples, denominado de PBS, que mede o prazo de
recuperação do capital investido”.
Ao PBS foi adicionado o custo de capital da empresa, para contornar a deficiência de
não considerar o valor do dinheiro no tempo, definindo este novo método como payback
descontado (PBS), que mede o valor do prazo de recuperação do capital investido
(BRIZOLLA, 2015).
Saber qual será o tempo de retorno do investimento representa um elemento
complementar no processo de tomada de decisão. O método do payback fornece aos gestores
da empresa uma ideia de liquidez e risco do projeto, sendo que o PBS mostra o tempo em que
o investimento terá retorno e o PBD o equivalente financeiramente deste prazo.
Segundo Hoji (2010, p.82), “o Valor Presente Líquido (VPL) é a soma das entradas e
saídas de um fluxo de caixa na data inicial”. Se o VPL for positivo, o investimento é
considerado economicamente atraente (HOJI, 2010). Neste sentido, Silva (2008a, p.204)
afirma que “se o valor dos fluxos futuros for igual ou superior ao valor atual a ser investido, o
investimento deve ser realizado [...]”.
Silva (2008a, p.204) conceitua VPL como “técnica que permite analisar o resultado
líquido do investimento, trazendo todos os fluxos de caixa para o valor presente, considerando
determinada taxa de desconto”. Qualquer investimento possui riscos, sendo que quanto mais
tempo se leva para alcançar retorno do investimento, maior será o risco (SILVA, 2008a).
Conforme Souza (2003, p.74) “o VPL corresponde à diferença entre o valor presente das
entradas líquidas de caixa associadas ao projeto e o investimento inicial necessário”.
O VPL é considerado uma das ferramentas mais sofisticadas utilizadas para avaliação
de investimentos, pois contempla a riqueza em valores monetários do investimento. É
mensurado através da diferença entre o valor presente das entradas e saídas de caixa,
utilizando uma determinada taxa de desconto (KASSAI et al., 2000). É um dos indicadores
mais utilizados nas análises de viabilidade, devido a sua fácil implementação e
acompanhamento.
3 - METODOLOGIA DO ESTUDO
Metodologia é a parte do trabalho que está voltada para a classificação da pesquisa, sua
natureza e seus objetivos, onde estão expostas as etapas necessárias para a elaboração da
pesquisa.
Sob o ponto de vista de sua natureza, a pesquisa pode ser classificada como aplicada,
pois o estudo pode gerar conhecimentos por meio de sua aplicação prática, tendo em vista que
está voltada para a solução de uma análise específica, e conforme Marion, Dias e Marion
(2010, p. 57):
O objetivo da coleta de dados é entender como ocorre o processo para que a partir dos
dados se possa desenvolver o trabalho. Partindo da observação surge a formulação da questão
de estudo, construção de hipóteses, coleta, análise e interpretação dos dados.
A coleta de dados foi efetuada durante o ano de 2017, com a presença do sócio e da
gerente do estabelecimento, coletando diversas informações atualizadas a respeito de valores
de vendas, compras, despesas, salários, etc.
Para este estudo foi utilizado o levantamento documental. Sendo uma técnica decisiva
para a pesquisa em ciências sociais e humanas, a análise documental é indispensável porque a
maior parte das fontes escritas são quase sempre a base do trabalho de investigação; é aquela
realizada a partir de documentos, contemporâneos ou retrospectivos, considerados
cientificamente autênticos como no caso os dados das receitas e despesas utilizados no
processo da reforma arquitetônica do estabelecimento.
Segundo Beuren (2010, p. 128), “os instrumentos de pesquisa são entendidos como
preceitos e ou processos que o cientista deve utilizar para direcionar, de forma lógica e
sistemática, o processo de análise e interpretação dos dados”.
A análise documental constitui uma técnica importante na pesquisa qualitativa, seja
complementando informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de
um tema ou problema.
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Este investimento pode ser constituído de recursos próprios e/ou recursos de terceiros.
Ao efetuar a estimativa do montante do investimento necessário considerou-se a taxa da
franquia, a qual deve ser paga ao franqueador no momento da assinatura do novo contrato,
confirmando a permanência do franqueado nos negócios da franquia.
Ainda, considerou-se a adequação do ponto comercial e nova fachada, bem como a
compra de móveis, utensílios, equipamentos e outros materiais de acordo com o layout da
empresa. Considerou-se ainda o marketing de inauguração e necessidade de capital de giro. A
necessidade de capital de giro foi estimada levando em consideração um mês de despesas
operacionais da empresa. O valor total do investimento inicial para o empreendimento
analisado é de R$ 274.055,67, sendo que 100% deste valor é proveniente de recursos próprios
(sócios).
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4.2.1 - Receitas
Quadro 02 - Receitas
Gráfico 02 - Receitas
Vendas
2% 2,50%
Acessórios
Roupas Intimas
50%
45,50% Roupas Masculinas
Roupas Femininas
4.2.2 - Despesas
Quadro 03 - CMV
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS NO ANO
Descrição Ano 1 (R$) Ano 2 (R$) Ano 3 (R$) Ano 4 (R$) Ano 5 (R$)
4.2.2.2.1 - Depreciação
Quadro 04 - Depreciação
ESTIMATIVA DE DESPESA COM DEPRECIAÇÃO
Vale
16.827,20 17.668,56 18.551,98 19.479,58 20.453,56
transporte
Taxa Adm
72.143,47 75.750,64 79.538,17 83.515,08 87.690,83
cartão
ECAD 743,64 780,82 819,86 860,85 903,89
Salários 325.702,67 358.272,93 394.100,23 433.510,25 476.861,27
Pro Labore 12.000,00 13.200,00 14.520,00 15.972,00 17.569,20
Mat.
3.000,00 3.150,00 3.307,50 3.472,87 3.646,51
Escritório
Mat. Limpeza 2.500,00 2.625,00 2.756,25 2.894,06 3.038,76
Depreciação 19.798,26 19.798,26 19.798,26 19.798,26 19.798,26
Saldo final do
(274.055,67) (56.687,77) 91.563,76 225.428,49 342.768,71 444.401,90
caixa
Para um investimento ser considerado atraente, a TIR deve ser maior do que a TMA,
que é a taxa mínima de remuneração do capital investido que o empreendedor deseja. A TMA
é definida levando-se em consideração outras oportunidades de investimento existentes no
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mercado nas quais o empreendedor poderia investir ao invés de aplicar seu capital no
empreendimento em estudo.
Para este estudo a TMA definida é de 15% a.a., considerando o risco do investimento
e os percentuais de inflação e remuneração do investimento considerando possibilidades
existentes no mercado.
A TIR indica a rentabilidade do negócio, sendo a mais utilizada em análises de
investimentos e é calculada com base no valor total investido e nos valores de fluxo de caixa
gerados no decorrer dos períodos, conforme demonstrado no quadro 11.
Quadro 11 - TIR
TAXA INTERNA DE RETORNO
Investimento Inicial (274.055,67)
Resultado Ano 1 217.367,90
Resultado Ano 2 148.251,53
Resultado Ano 3 133.864,73
Resultado Ano 4 117.340,22
Resultado Ano 5 101.633,19
TIR 53,66%
Destaca-se que a TIR calculada com base no investimento e nos fluxos de caixa
gerados foi de 53,66% a.a., superando a TMA de 15% a.a., o que torna o empreendimento
atraente e rentável.
Com relação ao Valor presente líquido (VPL), cabe salientar que sempre que for positivo
(maior que o investimento), significa que o empreendimento terá retorno acima do custo de
oportunidade da empresa (TMA).
Consiste em converter o valor dos investimentos e do fluxo de caixa em valores
equivalentes à data atual, através da TMA. O VPL do empreendimento em estudo está
demonstrado no quadro 12.
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Quadro 12 - VPL
VALOR PRESENTE LÍQUIDO
Ano TMA Fluxo de caixa R$ Fluxo de caixa descontado R$
0 15% (274.055,67) (274.055,67)
1 15% 217.367,90 189.015,56
Assim conforme mostra o quadro 12, no quinto ano de atividade a empresa terá gerado
um fluxo de caixa descontado acumulado de R$ 232.696,89, ficando clara a atratividade do
negócio, mesmo com uma Taxa Mínima de Atratividade de 15% ao ano.
Quadro 13 - DRE
Descrição Ano 1 (R$) Ano 2 (R$) Ano 3 (R$) Ano 4 (R$) Ano 5 (R$)
1-RECEITA OPERACIONAL
2.290.870,33 2.405.413,81 2.525.684,48 2.651.968,70 2.784.567,20
BRUTA
Receita Venda de Mercadorias 2.290.870,33 2.405.413,81 2.525.684,48 2.651.968,70 2.784.567,20
2-DEDUÇÕES DA RECEITA OP.
172.731,62 243.668,41 258.377,52 273.683,16 287.367,33
BRUTA
Impostos (Simples Nacional) 172.731,62 243.668,41 258.377,52 273.683,16 287.367,33
3-RECEITA OPERACIONAL
2.118.138,71 2.161.745,40 2.267.306,95 2.378.285,54 2.497.199,87
LIQUIDA
4-CUSTOS 1.119.416,01 1.174.396,89 1.232.126,83 1.292.743,25 1.356.390,50
1.272.944,99 1.336.592,24
1.099.617,75 1.154.598,63 1.212.328,57
Custo da Mercadoria Vendida
5-LUCRO OPERACIONAL
998.722,70 987.348,51 1.035.180,12 1.085.542,29 1.140.809,37
BRUTO
6-DESPESAS 801.153,06 858.895,24 921.113,66 988.000,33 1.058.974,44
Despesas Operacionais 734.123,87 788.514,60 847.213,98 910.405,67 977.500,05
Despesas com Royalties 47.665,87 50.049,16 52.551,62 55.179,20 57.938,16
Despesas com Fundo de Propaganda 19.363,32 20.331,48 21.348,06 22.415,46 23.536,23
7-RESULTADO LÍQUIDO DO
197.569,64 128.453,27 114.066,46 97.541,96 81.834,93
EXERCÍCIO
Mesmo com o aumento nas despesas, observa-se que o resultado foi positivo em todos
os períodos, passando de R$ 197.569,64 no primeiro ano, e R$ 81.834,93 no quinto ano. Este
declínio aconteceu pelo fato de os salários e encargos serem calculados com o crescimento de
10%, ao invés de 5% como foi calculado o crescimento nas despesas e nas receitas, visto que
ele representa um valor alto no total das despesas. O quadro 14 apresenta a média da
demonstração do resultado dos três anos estimados.
Para obter a lucratividade basta dividir o resultado líquido do exercício pela receita
bruta, multiplicando por 100. No primeiro ano o empreendimento apresentou lucratividade de
8,62%, o terceiro de 4,51% e o quinto ano de 2,93%, sendo que a média dos cinco anos
estimados é de 5,01%.
Percebe-se que do primeiro ano para o quinto houve uma diminuição da lucratividade,
justamente pelo fato dos salários e encargos aumentar fora do padrão de crescimento.
Outro indicador calculado a partir da demonstração de resultado foi a rentabilidade do
empreendimento, o qual mostra o percentual de ganho da empresa com base no investimento
realizado. Este índice é a relação entre o lucro líquido do exercício e o total do investimento
inicial, projetado para o investimento. No primeiro ano o índice de rentabilidade é de 72,09%,
passando no terceiro ano para 41,62% e para 29,86% no quinto ano, sendo que a média dos
cinco anos é de 45,20%. São índices considerados bons, visto que apresentam-se positivos no
decorrer dos períodos.
Já o prazo de retorno contábil mostra em quanto tempo o negócio apresenta retorno
sobre o montante investido, método que não considera o valor do dinheiro no tempo e é
calculado com base nas informação da demonstração de resultado. Tal indicador, representa a
relação entre o total dos investimentos iniciais, indicado por 100%, e o lucro líquido do
período. Para o primeiro ano o prazo de retorno contábil do investimento é de 1 ano, 4 meses
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e 19 dias, passando para 3 anos, 4 meses e 5 dias no quinto ano, sendo que a média deste
retorno é de 2 anos, 4 meses e 28 dias (2,41 anos).
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5 - CONCLUSÃO
6 - REFERÊNCIAS
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