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JOHAN KONINGS
(ORGS.)
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Q.
DEUTERONÔMI O
“Escuta, Israel”
D a d o s In te r n a c io n a is d e C a ta lo g a ç ã o n a P u b lic a ç ã o (C IP )
(C â m a ra B r a sile ir a d o L iv r o , SP, B r asil)
ISBN 978-85-356-4604-7
20-1467 C D D 222.1506
ín d ic e s p a r a c a t á lo g o s is te m á tic o :
1. Bíblia. A.T. - D euteronôm io 222.1506
I a ed ição — 2 0 2 0
P a u lin a s
R u a D o n a In ácia U ch o a, 6 2
0 4 1 1 0 -0 2 0 - São Paulo - SP (Brasil)
T e l: (1 1 )2 1 2 5 - 3 5 0 0
h ttp ://w w w .p a u lin a s.c o m .b r - ed ito ra@ p au lin as.co m .b r
T elem ark etin g e SA C: 0 8 0 0 -7 0 1 0 0 8 1
D E U T E R O N Ô M I O : P R I M E I R O A C E S S O .................................... 13
J o h an K o n in g s e K a r in a C o le ta
O r ig e m ...........................................................................................................14
Estrutura e c o n t e ú d o .................................................................................. 16
L inguagem , g e o g r a fia e t e m p o ................................................................. 19
D esta q u es t e o ló g ic o s .................................................................................. 2 0
O D E U T E R O N Ô M IO E A H IS T O R IO G R A F IA
D E U T E R O N O M I S T A ............................................................................... 25
J a ld e m ir V itó r io
AS L E G IS L A Ç Õ E S S O C I A I S D O D E U T E R O N Ô M I O .......... 63
F r a n c is c o M á r c i o B e z e r r a d o s S a n t o s
AS LEIS P O L Í T I C A S (D t 1 6 ,1 8 - 1 8 ,2 2 ) ................................................. 85
Z u le ic a A p a r e c id a S i l v a n o
A S L E IS C Ú L T I C A S D O D E U T E R O N Ô M I O ........................ 109
J a ld e m ir V ito r io
T E O L O G IA D A U N ID A D E E D A A L IA N Ç A
N O D E U T E R O N Ô M I O .................................................................143
F á b io C r is tia n o R a b e lo
A T E O L O G IA D A R E T R IB U IÇ Ã O
N O D E U T E R O N Ô M I O ................................................................ 165
E r ik e C o u to L o u r e n ç o
A R E L E IT U R A D O D E U T E R O N Ô M IO
N O S E V A N G E L H O S ................ ............................................................. 1 8 7
J a c ir d e F r e ita s F a r ia
REFERÊNCIAS D O D EU TER O N Ô M IO
N O N OV O TESTAMENTO: .......................................................261
REFERÊNCIAS ..................................................................................265
ÍN DICE REM ISSIVO ......................................................................275
Ca pít u l o 7
A T E O L O G IA DA R E T R IB U IÇ Ã O
N O D E U T E R O N Ô M IO
E r ik e C o u to L o u r e n ç o *
165
hum anos, dando-lhes recom pensas ou castigos por seus
atos de bondade ou perversidade.1
Um a classe de israelitas, os “sábios”, possuía especial
apreço por esse pensam ento. Diversos textos espalhados
pela Bíblia H ebraica, por possuírem características em
com um , fazem p arte do gênero literário que passou
a ser conhecido como “de sabedoria” ou “sapiencial”.
E ntre os elementos que caracterizam essas obras estão
elogios à ordem de D eus na Criação, instruções para
um a vida correta, e como evitar o mal e a perversidade
e escolher o bem. Todavia, a form a como a “teologia da
retribuição” se apresenta na literatura sapiencial é bas
tante complexa, indo desde afirm ações que sustentam a
retribuição até duras críticas, senão negações completas,
a esse princípio.
O D euteronôm io, apesar de não ser classificado
como pertencente à literatura sapiencial, possui carac
terísticas comuns com essa literatura, dentre as quais
está a concepção de retribuição. Contudo, essa é tratada
no D euteronôm io de variadas maneiras, indo desde a
reafirm ação do dogma até a refutação dele.
A R E T R IB U IÇ Ã O N O O R IE N T E P R Ó X IM O A N T IG O
1 V A N N O Y , J. R . T e o lo g ia d a R e tr ib u iç ã o . In: V A N G E M E R E N , W. A . (O rg .).
N o v o D ic io n á r io I n te r n a c io n a l d e T e o lo g ia e E x e g e s e d o A n tig o T e s ta m e n to . São
P a ulo : C u ltu ra C r istã, 2 0 1 1 . v. 4, p. 1 1 2 9 -1 1 3 7 .
166
legais mesopotâmicos afirmavam que as divindades pu
niríam aqueles que se recusassem a viver de acordo com
as leis promulgadas por elas e ratificadas pelos regentes.
Assim, a rebelião contra as autoridades era considerada
um pecado contra os deuses, os que outorgaram os p o
deres aos governantes e legisladores, os quais, por sua
vez, eram os encarregados de aplicar as penas sob a lei
divina da retribuição.2
Um texto babilónico denom inado Conselhos de Sa
bedoria, do século X V I a.C. e de autoria desconhecida,
contém um a série de exortações que eram, possivelmente,
usadas pelos sábios para instruir seus filhos e pupilos.3
Em um trecho (linhas 56-65) é possível perceber como
a retribuição era com preendida por eles:
A o s h u m ild e s, te n h a p ie d a d e d e les. N ã o d e s p e ç a o s m is e
ráveis n em [...] to rças o n ariz para eles: c o m isso , u m d eu s
d o h o m e m to rn a -se fu r io so , isso n ã o agrada a S ha m ash,
e le o re co m p e n sa r á c o m m a l. D á c o m id a para co m er, cer
veja para beber, o fe r e ç a o q u e é p e d id o , pr ovê e honre:
n isso u m d eu s d o h o m e m tem prazer, é aprazív el a S h a
m ash , e le o re co m p e n sa r á c o m favor. F a ça b o a s a ç õ e s e
seja so líc ito to d o s o s d ia s d e tu a v id a .4
2 L A A T O , A .; D E M O O R , J. C . In tr o d u c tio n . In: L A A T O , A .; D E M O O R , J.
C . (O r g s.). T h e o d i c y i n t h e w o r l d o f t h e B i b l e . M ichiga n: B rill, 2 0 0 3 . p. xxx-xxxii.
3 L A M B E R T , W. G . B a b y l o n i a n W i s d o m L i t e r a t u r e . W in o n a L a k e (In d ia n a ):
E ise n b ra u n s, 1996 . p. 96.
4 V A N D E R T O O R N , K. T h e o d ic y in A k k a d ia n L iter a tu r e. In: L A A T O , A .;
D E M O O R , J. C. (O rg s.). T h e o d i c y i n t h e w o r l d o f t h e B i b l e . M ich ig a n: B rill,
20 03 . p. 60 -6 1.
167
da retribuição divina: se fossem quebrados, acarreta
riam em m aldições. Indubitavelm ente, esses tratados
influenciariam a Teologia da Aliança, que encontram os
no Deuteronôm io. Vejamos, como exemplo, um trecho
de um tratado hitita, que rem onta ao século X III a.C.,
firm ado entre Tudhaliya IV e K urunta de Tarhuntasha:
168
p e rsu a d id o s. N ã o fa ça is b a rg a n h a s c o m a v o n ta d e d o s
d e u se s. S e um h o m e m v o s persua dir, e v ó s to m a r d e s o
p a g a m en to , o s d e u se s o d e m a n d a r ã o d e v ó s em u m m o
m en to m a is tard e. E le s se v o lta rã o co n tra v ó s, tu a s e s
p o sa s, filh o s e serv o s. T ra ba lh ai so m e n te para a v o n ta d e
d o s d e u se s. E n tã o vó s c o m e r e is, b e b e r e is e fa reis fa m ília s
a v ó s m esm o s. M a s n ã o fa ça is a v o n ta d e d e um h o m e m .
N ã o v en d a is m o rte n em a co m p ra i.7
O s e g íp c io s afirm av am qu e a p u n iç ã o d o o r g u lh o e d e o u
tras fa lh a s eram um n e g ó c io d o s d e u se s, m a s e le s criam
qu e a retrib uiçã o d iv in a fr e q u e n te m e n te atuava n ã o por
m eio d e u m a in te rferên cia d ireta n o s a ssu n to s h u m a n o s,
m as in d ire ta m e n te , p or m eio da m a n u ten çã o d e M a 'a t, a
o rd em e sta b e le cid a . D e s s e p o n to d e v ista , o s u c e ss o de
um h o m em na v id a a p a r e c e c o m o prova d e su a falta d e
atrito c o m a q u ela o r d e m .8
7 I b id ., p. 95.
8 F R A N K F O R T , H . A n c i e n t E g y p t i a n R e l i g i o n : a n in terp re ta tio n . M iN e o la ; N o v a
York: D o v e r P u b lica tio n s, 20 1 1 . p. 70.
9 L A A T O ; D E M O O R , In tro d u c tio n , p. xxxi.
169
L o n g a é a v id a d o h o m e m cuja co n d u ta é M a ' a t , qu e anda
d e a co rd o c o m se u s (p róp rio s) p a sso s. C o n clu irá um te s
ta m e n to p o r isso , m as o avaren to n ã o terá tú m u lo .10
A r e tr ib u iç ã o n o A n tig o T e s ta m e n to
12 L A A T O ; D E M O O R , In tr o d u c tio n , p. xxxii.
170
está relacionado com a sorte que se possui em vida: quem
age bem prosperará, enquanto quem age mal sofrerá as
consequências de suas más ações.13
A pesar de não existir um term o hebraico específico
para retribuição, existem diversas raízes e palavras que
abarcam idéias como essas, sendo aplicadas ora às re
compensas hum anas, ora às divinas. D entre os term os
principais estão os substantivos sãkãr, “salário” (Gn 30,28;
Is 40,10; 62,11; Ecl 9,5) e témürãh, “intercâm bio” (Lv
27,10; R t 4,7; Jó 15,31; 20,18; 28,17), e os verbos sãlam,
“ter o suficiente, em plenitude”, que pode significar
também “pagar” (ISm 24,20; 2Rs 4,7); gãmal, “fazer o
bem” (SI 103,10; Pr 12,14; 19,17; Jr 51,56); pãqad, “ocupar
l e atentam ente de” (Os 4,9.7); zãkar, “recordar-se” (D t
25,17; Jr 14,10; 15,15); súb, “retornar, voltar-se” (Gn 50,15;
2Sm 22,21; Z c 9,12); e nãqãm, “vingar-se” (D t 32,35; SI
18,48; Ez 25,14.17).14
Por serem altam ente letrados e terem vivido nas
cortes reais, os sábios conseguiam entrar em contato com
as civilizações vizinhas, especialm ente a assíria, a hitita
e a egípcia, fazendo com que possuíssem um a cultura
“internacional”. Jó, Provérbios e Eclesiastes são obras que
expressam a tradição dos sábios. D entre esses livros, o que
mais exprime o pensam ento dos sábios é o de Provérbios.
Em sua form a final, ele é constituído de um a série de
instruções para os mais jovens sobre o mundo e a con
duta necessária para aí ser bem-sucedido. Um versículo
representa bem o ensino geral de Provérbios: “Ao justo
13 G A B E L , J. B.; W H E E L E R , C h . A B í b l i a c o m o l i t e r a t u r a : u m a in tr o d u ç ã o . S ã o
P aulo: L o y o la , 1993.
14 Z E R A F A , P. R e trib u tio n in th e O ld T e s ta m e n t./I ng e/ícu m , R o m a , v. 50 , n. 3/4,
p. 4 6 3 -4 9 4 ,1 9 7 3 .
171
nada acontece de mal, mas os ímpios estão cheios de
infelicidade” (Pr 12,21). As influências externas também
podem ser percebidas, como o princípio de Maat egípcio,
que possivelmente influenciou o comprom etim ento e o
louvor à sabedoria (Pr 3,13-20) ensinada em Provérbios.15
Os outros livros, apesar de possuírem ensinam entos
que condizem com a retribuição, questionam tal prin
cípio em diversos lugares. O livro de Jó dá destaque a
essa crítica, pois sua personagem principal é descrita
como justa e íntegra diante de Deus, mas sua condição
não a im pediu de receber todo tipo de calam idade e
desgraça em sua vida. Os seus amigos o acusam de
pecado, de algum a falha ética ou mesmo de fingir que
é justo sem realm ente sê-lo (Jó 4,1-5,27; 8,1-22; 11,1-20;
15.1- 35; 18,1-21; 20,1-29; 22,1-30; 25,1-6). Eles estavam
defendendo justam ente a teologia da retribuição. Jó,
porém , replicava a todo o m omento, afirm ando que era
justo e que nada disso que afirm avam tinha realm ente
ocorrido com ele (Jó 6,1-7,21; 9,1-10,22; 12,1-14,22;
16.1- 17,16; 19,1-29; 21,1-34; 23,1-24,25; 26,1-27,23). Até
que, sem saída, ele profere, em direção a Deus, um la
mento, reafirm ando sua justiça e seu sofrim ento, o qual,
aos seus olhos, não tin h a fundam ento (Jó 29,1-31,40).
E ntão Y H W H lhe responde, conduzindo a visão de Jó
para o m istério da C riação e da ação divina no mundo,
sem que houvesse necessidade de explicações para os
seres hum anos (Jó 38,1-41,26).
Eclesiastes aprofunda a crítica iniciada em Jó. Se
esse sustenta que não há garantias de que ações boas
15 S H U P A K , N .; W E I N F E L D , M .; C O H E N , H . O l a m H a t a n a c h : M ish lei [O
M u n d o d a B íblia: P ro v érb io s]. Tel A viv: D iv r ei H a y a m im , 19 96. p. 34 -3 5.
172
ou más terão as devidas consequências, aquele ensina
que não deve haver garantia algum a para quaisquer
ações hum anas, havendo, em seu lugar, algum as poucas
certezas, como o mundo ser imutável (Ecl 1,4) e de que
a m orte vem depois da vida (Ecl 9,5). Por conseguinte,
toda forma de elucubração hum ana, em vista de garan
tir certezas em relação ao futuro, é inútil ou “vaidade”,
hébel (Ecl 1,14).
A te o lo g ia d a r e tr ib u iç ã o n o D e u te r o n ô m io
16 G A M M IE , J. G . T h e o lo g y o f retrib utio n in th e B o o k o f D e u te r o n o m y . C a t h o l i c
B ib lic a l Q u a r te r ly , W ash in g ton , v. 3 2 , n. 1, p. 1 -1 2 ,1 9 7 0 .
P r in c íp io im p e s s o a l
17 V A N N O Y , T e o lo g ia d a R e tr ib u iç ã o , p . 11 29.
18 B O N O R A , A . R e trib u c ió n . In: N u e v o D i c c i o n a r i o d e T e o l o g ía B í b l i c a . M adri:
P a u lin a s, 1990 . p. 1 6 6 2 -1 6 6 3 .
19 G A M M I E , T h e o lo g y o f retr ib u tio n in th e B o o k o f D e u te r o n o m y , p. 6.
174
fosse expurgado da sociedade, im pedindo, assim, que
pessoas inocentes sofressem as consequências daquilo
que, inevitavelm ente, viriam como resultado de suas
más ações. Tais idéias se originaram , possivelm ente,
em um a época pré-deuteronôm ica, quando as únicas
instituições reconhecidas eram a cidade, a fam ília e os
anciãos, os quais se preocupavam com a proliferação
de más ações.20
P r in c íp io a s s e g u r a d o r d a o p e r a ç ã o d e Y H W H 21
Nesse ponto, a retribuição entra em um segundo
nível, derivado do anterior, quando Deus é explícita
mente mencionado como aquele que atuará em prol do
fiel. Exemplos desse tipo são passagens em que ocorre a
preposição lêmaan, que significa “a fim de que”, “para
que”, como em D t 5,33: “andareis em todo o cam inho
que Y H W H vosso Deus vos ordenou, para que vivais,
sendo felizes e prolongando os vossos dias na terra que
ides conquistar”.
Por ser um a espécie de personificação da atuação
de Y H W H , o princípio em questão reage não somente
às ações más, mas, tam bém , às boas, proporcionando
bênçãos ao israelita, como vida longa, farta procriação de
filhos e posse da terra. Assim, apesar de aparentem ente
teocêntrica, ele possui um acentuado caráter antropo-
cêntrico, perceptível pela função reativa, não ativa, de
Y H W H , bem como pelo foco que dá ao bem -estar do
ser hum ano. “O homem, em um verdadeiro sentido real,
20 I b id ., p. 6-7 .
21 G a m m ie o d e fin e d o se g u in te m o d o : “ U m p r in c íp io d e a c o r d o c o m o qu al o s
fié is s ã o a sseg u ra d o s d e q u e Y H W H irá in v a r ia v e lm e n te o p e r a r ” ( i b i d . , p. 7 ).
175
é o determ inador de seu próprio destino; os fiéis são
inform ados do princípio de acordo com o qual Y H W H ,
em sua compaixão, irá operar”.22
O conhecido texto de D t 28,1-45, que lista uma
série de bênçãos e m aldições, se encontra nesse nível de
retribuição, em que a ação hum ana se m ostra prim ária
em relação à ação de Y H W H , condicionada a ela, algo
perceptível pelo uso da p artícu la “se” (’im). Porém,
em se tratando dessas bênçãos, deve-se ter precaução
para aplicar essa form a de retribuição, pois elas estão
circunscritas no contexto da teologia da A liança, em
que são apontadas como não m erecidas, dependentes
da vontade de Y H W H , já que a obediência de Israel
é sem pre falha (D t 9,4-6; 2Rs 13,22-23; 14,26-27; Ne
9,19-35; Jr 2,6; A m 2,9-11).
D e todo modo, as garantias dadas ao fiel, qualifi
cadas como “eudem onistas”, são encontradas ao longo
do livro do Deuteronôm io. A abundância de bens e a
satisfação como sinais de prosperidade aparecem em D t
28,8a.b, “Y H W H ordenará que a bênção perm aneça con
tigo, em teus celeiros e em todo em preendim ento da tua
m ão”, e em ll,13a,15, “portanto, se de fato obedecerdes
aos m andam entos que hoje vos ordeno [...] darei erva no
cam po para o teu rebanho, de modo que poderás comer
e ficar saciado”.
Essas expressões, por sua vez, são similares àquelas
encontradas na literatura sapiencial, como a abundân
cia dos celeiros (Pr 3,10) e a satisfação pelo trabalho
(P r 12,11; Jó 27,13-14). O ju sto que em presta, em
22 I b id ., p. 8.
176
contraposição ao ímpio que pede em prestado, é também
um tem a sapiencial (SI 37,21; 112,5), que ocorre igual
mente em D t 28,12c, “e em prestarás a muitas nações,
mas tu mesmo não pedirás em prestado”. Essa benção
redunda também não somente em farta progênie para o
israelita (D t 6,3; 28,4), um princípio sapiencial (Jó 5,25;
SI 128), como tam bém na prosperidade de seus próprios
filhos (D t 11,21; 12,28; 30,19).
Encontram -se, portanto, três ideais m ateriais ao
longo do Deuteronôm io, a longevidade, a linhagem e
a fartura, que são os mesmos almejados na literatura
sapiencial.
A consequência dessas aspirações é a felicidade,
tomada ela mesma como um a retribuição, como se vê
em D t 26,11, “alegrar-te-ás, então, por todas as coisas
boas” (12,18; 16,15), e em Pr 29,6; Jó 22,19; Ecl 3,12; 8,15.
Elas resultam tam bém em um bom estado corporal,
como é possível ver nos livros sapienciais (Pr 3,8; 4,22;
13,17). No Deuteronôm io, isso se encontra na ideia de
que Y H W H afastaria dos israelitas fiéis à Torá qualquer
enferm idade (D t 7,15). Por outro lado, se não a cum
prissem, viriam várias pragas das quais não poderíam
se curar (D t 28,27-28.35). Distingue-se aqui a úlcera,
que é justam ente aquilo que atingiu a Jó (Jó 2,7), sendo
descrito até mesmo em term os sem elhantes aos deste
livro sapiencial no Deuteronôm io, “da planta dos pés
ao alto da cabeça” (D t 28,35).
A expressão deuteronôm ica que sintetiza todos os
motivos apresentados acima, cuja base se encontra nos
objetivos utilitaristas e pragm áticos característicos da
literatura de sabedoria, é: “Feliz és tu, ó Israel!” (D t
33,29), aparecendo ela m esm a, fora do P entateuco,
177
som ente entre os livros sapienciais e poéticos da Bíblia
(SI 1,1; 2,12; Pr 3,13; 8,34; 20,7; 28,14).
E ssa plenitude de vida é descrita, no D euteronô-
mio, com o um a bênção p a ra aqueles que são fiéis a
Y H W H , em contraposição às m aldições que recebem
os que descum prem a vontade de Y H W H (D t 11,26-28;
27-28), servindo de estím ulo p ara o cum prim ento tanto
de m andam entos específicos (D t 5,16; 12,25.28; 16,20)
como da Torá em geral (D t 4,20; 5,26.30; 10,13). O utras
coleções legais do Pentateuco apontam m otivações di
ferentes p ara o cum prim ento dos m andam entos, como
o Código da Santidade e sua referência teocêntrica
(Lv 22,31), em que a autoridade divina é suficiente
p ara conduzir o israelita à obrigação da observância
dos m andam entos.
Destaca-se a bênção divina na ação hum ana, utili
zando-se a expressão “trabalho da tua m ão” (D t 28,12c),
a mesma encontrada em Jó 1,10b, “abençoaste a obra das
suas m ãos”. U m dos principais propósitos dessa atuação
divina é social: o israelita é abençoado com fartura de
bens para o auxílio dos pobres e dos desprovidos de
recursos materiais (D t 14,29; 15,18; 24,19). Este propósito
tam bém é de tradição sapiencial, como pode-se ver em
Pr 22,9, “o hom em generoso será abençoado, porque dá
de seu pão ao fraco” (D t 11,25; 28,27).
O utro tem a que perpassa todo o livro do Deutero-
nôm io é a herança da terra, como em D t 4,1, “agora,
pois, ó Israel, ouve os estatutos e as norm as que eu
hoje vos ensino a praticar, a fim de que vivais e entreis
para possuir a terra que vos dará Y H W H , o Deus dos
vossos pais”. Ele tam bém é um im portante motivo da
literatura sapiencial, como é possível perceber no SI 37,
178
em que se diz que aqueles que esperam em Y H W H ,
que são os justos ou os humildes, “herdarão a terra”
(SI 37,9.11.22.29). Em Provérbios, a m esm a ideia se
encontra na expressão “os retos habitarão a terra” (Pr
2,21a; 21,22; 10,30). Jó possui o mesmo motivo, quando
afirm a que “[Deus] deixa a terra em poder do ímpio e
encobre o rosto aos seus governantes: se não for ele,
quem será então?” (Jó 9,24). Moshe Weinfeld entende
que essa herança apontada é a posse das terras dos pais
pelos filhos, cujos limites não poderiam ser revogados
por ninguém (Pr 22,28). Segundo o mesmo princípio,
o ímpio, ao contrário, não conseguiría deixar a terra
por herança aos seus filhos (Jó 18,17-19; Is 14,21-22).23
Ele entende ainda que a diferença entre as passagens
deuteronôm icas e as da literatura sapiencial é que nes
tas a posse da terra se dá por um indivíduo, enquanto
naquelas, por um a nação.24
Porém, há um a insistência no livro de que tanto a
eleição de Israel quanto a dádiva da terra são dons do
Deus que ama, sem que, para isso, houvesse qualquer
condição do tam anho ou do poder de Israel (D t 7,7-8).
D e m odo sem elhante ao tem a da vida abundan
te, o motivo da herança da terra, ao ser absorvido
pela tradição deuteronôm ica, passou pelo processo de
nacionalização. A terra, que, na literatura sapiencial,
era um a herança dos justos de geração em geração,
se transform a, no D euteronôm io, em posse para todo
23 W E I N F E L D , M . M e k o r o sh e l re ’a y o n h a g e m u l b e s e fe r D e v a r im [A o r ig e m
d a id e ia d e retr ib u içã o n o livro d o D e u te r o n ô m io ], T a r b i z , J e ru sa lém , v. 1933,
p. 1 - 8 , 1 9 1 5 .
24 W E I N F E L D , M . (O r g .). O l a m H a t a n a c h : D e v a r im [O M u n d o d a B íblia :
D e u te r o n ô m io ], 6. ed . Tel A viv: D iv r ei H a y a m im , 2 0 0 2 . p. 60.
179
Israel. É possível perceber ainda alguns aspectos do
motivo sapiencial original, como D t 19,14a, “não des
locarás as fronteiras do teu vizinho, colocadas pelos
antepassados”; proibição que ecoa aquela que im pedia
a rem oção dos “m arcos antigos” das terras dos pais por
seus herdeiros (P r 22,28).
P r in c íp io p e s s o a l d e Y H W H 25
A terceira form a pela qual a retribuição se apresenta
no D euteronôm io tem o foco no relacionam ento entre
Deus e o ser hum ano, com um a ênfase teocêntrica.
Essa perspectiva leva em consideração alguns ele
mentos, como o fato de Israel não ter agido prim eira
mente, mas, sim, Deus, quando o elegeu dentre todas
as nações (D t 7,6) e lhe deu os m andam entos para seu
bem (D t 10,12-13).
Por isso, apesar de a ira divina ser um a resposta às
ações más de Israel (como o bezerro de ouro no monte
Sinai, D t 9,7-8), ela não é determ inada de modo inexo
rável nem é variável conform e as ações hum anas, mas
é desencadeada por Deus, quem determ ina considerar
ou não as ações hum anas (D t 9,6).
Vejamos o seguinte trecho de D t 6,23-25: “quanto a
nós, porém , fez-nos sair de lá para nos introduzir e nos
dar a terra que, sob juram ento, havia prom etido aos nos
sos pais. Y H W H ordenou-nos então cum prirm os todos
estes estatutos, tem endo a Y H W H nosso Deus, para que
tudo nos corra bem, todos os dias; para dar-nos a vida,
25 G a m m ie o d e fin e c o m o um p r in c íp io “p e ss o a l, u m a c o n c e p ç ã o te o c ê n tr ic a por
m e io d a q u a l as a ç õ e s p a ssa d a s e p r e s e n te s d e Y H W H p o d e m se r d e sc r ita s”
(G A M M I E , T h e o lo g y o f retr ib u tio n in th e B o o k o f D e u te r o n o m y , p. 9).
180
como hoje se vê. Esta será a nossa justiça: cuidarm os
de pôr em prática todos estes m andam entos diante de
Y H W H nosso Deus, conform e nos ordenou”.
Essa passagem expressa que o Deus que salvou e
libertou Israel, isto é, agiu por graça, convida-o tam bém
para observar a Lei, para poder viver na terra e ser feliz.
Assim, a observância da Lei é a expressão da fidelidade
de Israel como resposta à salvação de Deus, recebida por
ele gratuitam ente. D e fato, o D euteronôm io aponta que
a infidelidade de Israel à Lei acarretará a ira de Deus
sobre a nação. Conclui-se que Y H W H não retribui na
m edida completa o que o ser hum ano merece, mas, sim,
na m edida que ele estabelece.
Tendo como base os níveis anteriores, percebe-se
que as prim eiras duas formas de retribuição possuem
contornos antropocêntricos, enquanto essa terceira tem o
foco teocêntrico, como o de Y H W H , o Deus da Aliança.26
P r in c íp io e n te n d id o c o m o lim ita d o
26 I b id ., p . 8-9.
27 I b id ., p . 10.
181
A perícope de D t 8,1-9,6, por exemplo, utiliza outras
m aneiras, que não as form as da teologia da retribuição
anteriores, para explicar os modos do agir divino no
meio de seu povo: a) a hum ilhação de Israel por Y H W H
não é motivada por algum pecado específico, mas é um
teste para ver se ele cum priría os m andamentos divinos
(D t 8,2); b) a fome que Israel passa no deserto é o meio
utilizado por Deus para discipliná-lo, como um pai ao
seu filho, apontando que o ser hum ano não deve viver
somente de pão (D t 8,3.5). Não é sem propósito que essa
é a mesma linguagem de instrução usada também em
Provérbios (Pr 3,12); c) a lem brança de que Deus, não
o ser hum ano, é a fonte, a força para que esse adquira
suas riquezas (D t 8,18); e d) a lembrança de que Israel
não teve m érito pela herança da terra, mas sim a pro
messa divina aos patriarcas, o que pode ser percebido
em D t 9,4-6.
Em D t 8,1-9,6, a ação de Y H W H não está mais
em função da retribuição, mas, sim, de outros princípios,
como a disciplina e a prom essa feita aos patriarcas.
Y H W H é m ostrado como livre em sua atuação, não se
limitando a mero guardião ou controlador das consequên
cias das ações hum anas. Portanto, a falta de explicitação
da retribuição em passagens deuteronômicas como essas
pode ser considerada um a verdadeira refutação às outras
form as de retribuição anteriores.
E sta quarta m aneira de ver a retribuição impera na
mensagem do Deuteronômio, de modo semelhante ao que
ocorre no livro de Jó, em que a doutrina da retribuição
aparece nos discursos dos amigos de Jó, enquanto ela
mesma é refutada nas falas do personagem que dá nome
ao livro. D e fato, o D euteronôm io pode ser elencado
182
entre os livros que criticam o princípio da retribuição,
como Jó e Eclesiastes.
L ID A N D O C O M A S D I F E R E N T E S F O R M A S D E
R E T R IB U IÇ Ã O
28 B O N O R A , R e tr ib u c ió n , p. 1664.
29 I b id ., p. 1664.
183
Todavia, A n to n io B onora afirm a que algum as
idéias fundam entais sobre Deus devem perpassar todas
as concepções vistas anteriorm ente sobre a teologia da
retribuição: Deus livre e infalivelmente deseja a salvação,
o bem -estar e a vida para o ser humano, mas, de fato,
algo necessário para isso é que esse acolha livremente
os dons de Deus e o obedeça. Assim, pode-se afirm ar
que, por mais díspares que alguns textos bíblicos pare
çam ser, eles possuem esse aspecto coerente no tocante
à relação entre Deus e o ser hum ano.30
CO NCLUSÃO
30 I b id ., p. 1669.
184
Nesse sentido, pode-se afirm ar que a realização da graça
de Deus, de fato, “depende” de um a decisão livre, porém
responsável, por parte do ser hum ano.
D esse m odo, p o d e-se co m p reen d er o ap aren te
“problem a” que ocorre no D euteronôm io, no tocante
à variedade de modos de como o tem a da retribuição
é abordado, da seguinte maneira: apesar de a teologia
deuteronômica apontar repetidam ente que Israel é justi
ficado pela bondade divina, ela acrescenta tam bém que
a vontade de Y H W H , expressa em seus m andam entos,
deveria ser buscada e cumprida.
185
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- 1 o a m o r a o S e n h o r é p e la f id e lid a d e à s p a la v r a s r e c o m e n
d a d a s e m D t 6,4: ‘E sc u ta , ó Isr a e l, o S e n h o r te u D e u s é
U M ! P o r ta n to , a m a rá s o S e n h o r te u D e u s c o m to d o o teu
o. c o r a ç ã o , c o m to d a a tu a a lm a e c o m to d a as tu a s f o r ç a s ’.
A o a p r o fu n d a r m o s o D e u t e r o n ô m io , c a d a um d e n ó s ta m
b é m é c o n v id a d o a a m a r a D e u s c o m su a in te lig ê n c ia , v o n -
Q ta d e e s e n tim e n to s ( c o r a ç ã o ); c o m to d a a su a e n e r g ia vita l
( a lm a ), e c o m to d o s s e u s b e n s m a te r ia is (fo r ç a s ). A m á -lo ,
O p o r ta n to , s ig n ific a e n tr e g a r -se to ta lm e n te ; o b e d e c e r às
su a s in s tr u ç õ e s , se r v i-lo , se r s o lid á r io c o m o s m a is v u ln e
rá v eis e ter o c o r a ç ã o d is p o n ív e l p a r a s e m p r e e s c u t á - lo .”
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