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Ernest Rutherford
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Apesar de ser um físico, recebeu o Nobel de Química de 1908, por suas investigações sobre a desintegração dos
elementos e a química das substâncias radioativas.[2]
Ainda em Manchester, trabalhando em conjunto com Hans Geiger e Thomas Royds, Rutherford elucidou a
natureza da chamada radiação alfa. Após comprovar que esta é formada por partículas com o dobro da carga
elétrica de um elétron, em 1907 Rutherford e seus colegas elaboraram um experimento engenhoso no qual
partículas alfa foram acumuladas em um tubo de vidro evacuado. Ao passar uma corrente elétrica pelo tubo,
puderam observar claramente o espectro do gás hélio, provando assim que as partículas alfa eram na verdade
átomos de hélio ionizados, mais tarde identificados como núcleos de hélio.
Rutherford realizou seus trabalhos mais famosos depois de receber o
prêmio Nobel de 1908. Sob sua direção, em 1909 Hans Geiger e Ernest
Marsden realizaram o famoso experimento (muitas vezes chamado no
Brasil de "Experimento de Rutherford"), o qual demonstrou a natureza
nuclear dos átomos através da deflexão de partículas alfa atravessando uma
fina folha de ouro. Nesse experimento, Rutherford pediu a Geiger e
Marsden que procurassem por partículas alfa refletidas por ângulos muito
grandes, algo que não seria esperado dadas as teorias atômicas da época.
Embora raras, tais deflexões foram de fato observadas, algo que
Rutherford mais tarde descreveu como "... o evento mais incrível que Rutherford na Universidade McGill
aconteceu comigo em toda a minha vida. Foi quase tão incrível quanto se em 1905
você atirasse um projétil de 15 polegadas num lenço de papel e ele
ricocheteasse de volta e o atingisse". Para conseguir explicar a forma precisa com que as deflexões dependiam do
ângulo, Rutherford foi levado em 1911 a formular o modelo atômico que leva seu nome - no qual concebeu o
átomo como constituído de um núcleo minúsculo de carga positiva, contendo quase toda a massa do átomo, e
orbitado por elétrons.[10] Baseado na concepção de Rutherford, o físico dinamarquês Niels Bohr idealizaria mais
tarde um novo modelo atômico.[7]
Em 1919, antes de deixar Manchester para assumir a direção do Laboratório Cavendish em Cambridge, Rutherford
se tornou a primeira pessoa a deliberadamente transmutar um elemento em outro.[4] Bombardeando nitrogênio
puro com radiação alfa, ele foi capaz de converter núcleos de nitrogênio em oxigênio. Nos produtos dessa reação
nuclear, identificou partículas idênticas a núcleos de hidrogênio, demonstrando que estes eram partes constituintes
do núcleo de nitrogênio - e, por inferência, provavelmente de outros núcleos também. Tal construção já havia sido
suspeitada há tempos devido ao fato de a massa atômica de todos os elementos serem aproximadamente um
múltiplo da do hidrogênio (Hipótese de Prout). Por conta dessas considerações, em 1920 Rutherford postulou
então que o núcleo de hidrogênio deveria ser uma partícula fundamental, que ele denominou próton, a qual seria o
elemento constituinte de todos os demais núcleos. Tais fatos levaram a que Rutherford fosse considerado como o
fundador da física nuclear.[2]
Publicações
Radioatividade (1904), 2nd ed. (1905)
Transformações Radioativas (1906)
Radiações de substâncias radioativas, com James Chadwick e CD Ellis (1919)
A estrutura elétrica da matéria (1926)
As transmutações artificiais dos Elementos (1933)
A Nova Alquimia (1937)
Ver também
Medalha e Prêmio Rutherford
Referências
1. «Laureates» (https://www.fi.edu/laureates-search?field_subject_tid=All&field_award_tid=45&field_
year_value=1875&field_year_value_1=2015&page=8) (pdf) (em inglês). The Franklin Institute.
Consultado em 1 de julho de 2015. Cópia arquivada em 1 de julho de 2015 (https://web.archive.or
g/web/20150701141412/https://www.fi.edu/laureates-search?field_subject_tid=All&field_award_tid
=45&field_year_value=1875&field_year_value_1=2015&page=8)
2. Líria Alves. «Ernest Rutherford» (http://www.brasilescola.com/quimica/ernest-rutherford.htm). R7.
Brasil Escola. Consultado em 29 de agosto de 2012
3. «Ernest Rutherford: British-New Zealand physicist» (http://www.britannica.com/EBchecked/topic/51
4229/Ernest-Rutherford-Baron-Rutherford-of-Nelson-of-Cambridge). Klick Educação (em inglês).
Encyclopædia Britannica. Consultado em 29 de agosto de 2012
4. «Biography» (http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/chemistry/laureates/1908/rutherford-bio.html).
Nobel Lectures (em inglês). Nobel prize.org. Consultado em 29 de agosto de 2012
5. M. S. Longair (2003). Theoretical concepts in physics: an alternative view of theoretical reasoning
in physics (http://books.google.com/books?id=bA9Lp2GH6OEC&pg=PA377&dq=rutherford+positiv
e+charge+concentrated+nucleus&lr=&as_drrb_is=q&as_minm_is=0&as_miny_is=&as_maxm_is=
0&as_maxy_is=&as_brr=0&ei=fFDNSqPQK6aSkQTMxIDgBw#v=onepage&q=rutherford%20positi
ve%20charge%20concentrated%20nucleus&f=false). [S.l.]: Cambridge University Press. p. 377–
378. ISBN 9780521528788
6. BRENNAN, Richard P. (2012). Gigantes da Física: uma história da física moderna através de oito
biografias. Rio de Janeiro: Zahar. pp. 90–92
7. «Ernest Rutherford - Biografia» (http://educacao.uol.com.br/biografias/klick/0,5387,1948-biografia-
9,00.jhtm). UOL - Educação. Consultado em 29 de agosto de 2012
8. Rutherford, Ernest (http://venn.lib.cam.ac.uk/cgi-bin/search.pl?sur=&suro=c&fir=&firo=c&cit=&cito=c
&c=all&tex=RTRT895E&sye=&eye=&col=all&maxcount=50)" in J. Venn e J. A. Venn, Alumni
Cantabrigienses. 10 vols. (Cambridge: Cambridge University Press, 1922–1958) ACAD - A
Cambridge Alumni Database (http://venn.csi.cam.ac.uk/)
9. [1] (http://www.geocities.ws/saladefisica9/biografias/rutherford.html)
10. Rutherford, Ernest (1911). «The scattering of alpha and beta particles by matter and the structure of
the atom» (http://www.math.ubc.ca/~cass/rutherford/rutherford688.html). Philosophical Magazine,
volume 21, pag. 669-688
11. Ramsay, D.A. (2001). «Book review of Rutherford, Scientist Supreme by J. Campbell» (https://isi.cb
s.nl/sbr/sbrRev2001.(JEC)htm#4). ISI Short Book Reviews (em inglês). International Statistical
Institute. Consultado em 5 de maio de 2008
12. Heilbron, J. L. Ernest Rutherford and the Explosion of Atoms. Oxford: Oxford University Press,
2003; pp. 123-124. (http://books.google.com/books?id=_vNW1wg9npgC&pg=PA123&dq=ernest+r
utherford+death+titled&hl=en&sa=X&ei=QrEDT_7WBMKhtwfruMHRBg&ved=0CDoQ6AEwAQ#v=
onepage&q=ernest%20rutherford%20death%20titled&f=false) Acessado 3 Jan 2012. (em inglês)
13. Ernest Rutherford (http://www.findagrave.com/cgi-bin/fg.cgi?page=gr&GRid=1384) (em inglês) no
Find a Grave
Bibliografia
J. Campbell (1999) Rutherford: Scientist Supreme, AAS Publications, Christchurch
Reeves, Richard (2008). A Force of Nature: The Frontier Genius of Ernest Rutherford. New York:
W. W. Norton. ISBN 0-393-33369-8
Rhodes, Richard (1986). The Making of the Atomic Bomb. New York: Simon & Schuster. ISBN 0-
671-44133-7
Wilson, David (1983). Rutherford. Simple Genius, Hodder & Stoughton, ISBN 0-340-23805-4
Ligações externas
Ernest Rutherford (https://www.nobelprize.org/laureate/167) em Nobelprize.org
«Perfil no sítio oficial do Nobel de Química 1908» (http://nobelprize.org/nobel_prizes/chemistry/laur
eates/1908/index.html) (em inglês)
«Nobel Lecture» (http://nobelprize.org/nobel_prizes/chemistry/laureates/1908/rutherford-lecture.ht
ml) (em inglês) The Chemical Nature of the Alpha Particles from Radioactive Substances
«The Rutherford Museum» (http://www.physics.mcgill.ca/museum/rutherford_museum.htm) (em
inglês)
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