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Superfluidez
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Histórico
Com o desenvolvimento das técnicas de resfriamento de gases, entre o
século XIX e XX, tais como o processo Claude (resfriamento
isentrópico) e o processo Linde (resfriamento isentálpico), pode-se
obter, pela primeira vez na história, a liquefação dos outrora chamados
gases permanentes.
O superfluido escorre "superfície
acima" para igualar o nível entre
Com o progresso da técnica, conseguiu-se mesmo o resfriamento do
os dois recipientes ou escapar do
hidrogênio e do hélio abaixo dos seus pontos de ebulição.
mesmo se ele não estiver
A superfluidez, propriamente dita, foi descoberta por Pyotr Kapitsa, perfeitamente selado.[1]
John F. Allen e Don Misener ao estudarem o hélio líquido em 1937.
Modelo teórico
Por ser um gás nobre, o hélio exibe pouca interação intermolecular. As interações que apresenta são as
interações de Van der Waals. Como a intensidade relativa dessas forças é diminuta, e a massa dos dois
isótopos do hélio é pequena, os efeitos quânticos, normalmente disfarçados sob a agitação térmica,
começam a aparecer, restando o líquido num estado em que as partículas se comportam solidariamente, sob
efeito de uma só função de onda. Nos dois líquidos em que se conhecem casos de superfluidez, ou seja, nos
isótopos 3 e 4 do hélio, o primeiro é composto por férmions ao passo que o segundo é composto por
bósons. Nos dois casos, a explicação necessita da existência de bósons. No caso do hélio-3, os férmions se
agrupam aos pares, de modo semelhante ao que acontece na supercondutividade com os pares de Cooper,
para formar bósons.
Superfluidez na Astrofísica
A ideia de superfluidos existirem dentro de estrelas de
nêutrons foi proposta pelo físico russo Arkady Migdal[3]
em 1959. Fazendo uma analogia com os pares de Cooper
que se formam dentro de supercondutores, é esperado que
os prótons e nêutrons no núcleo de uma estrela de
nêutrons a suficiente alta pressão e baixa temperatura
comportem-se de maneira semelhante formando pares de
Cooper e gerem os fenômenos de superfluidez e
supercondutividade.
Referências
1. «Strange but True: Superfluid Helium Can Climb Walls» (http://www.scientificamerican.com/
article.cfm?id=superfluid-can-climb-walls). Scientific American. Consultado em 10 de abril
de 2013
2. «Liquid Helium Working Range» (http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/lhel.html).
Hyperphysics. Consultado em 10 de abril de 2013
3. A. B. Migdal (1959). «Superfluidity and the moments of inertia of nuclei». Nucl. Phys. 13 (5):
655–674. doi:10.1016/0029-5582(59)90264-0 (https://dx.doi.org/10.1016%2F0029-5582%28
59%2990264-0)
4. «NASA'S Chandra Finds Superfluid in Neutron Star's Core» (http://www.nasa.gov/mission_p
ages/chandra/news/casa2011.html). NASA. Consultado em 10 de abril de 2013
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