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CO₂ nunca controlou a temperatura da Terra

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6 de agosto de 2023

Brasil
O dióxido de carbono não é a causa das 'mudanças climáticas'

Ricardo Felício
-
06 ago 2023 20:40

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Foto: Divulgação

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A polarização das discussões sobre o clima apresenta dois grupos muito bem
destacados. De um lado, temos o grupo defensor da hipótese sem fundamento de que o
CO₂ aquece o planeta, transformando a atmosfera da Terra em uma estufa, os chamados
“aquecimentistas” (ou global warmers), onde esse suposto efeito seria amplificado pelas
atividades produtivas e pela própria existência da humanidade. Do outro lado, temos os
chamados “céticos” que envolvem uma variedade de amplo espectro de pesquisadores e
pessoas, desde as que acreditam que o CO₂ tenha uma contribuição ínfima no hipotético
“efeito-estufa”, sendo de origem natural ou não, até os que demonstram que esta relação
de CO₂ com temperatura e clima não existe, que a atmosfera da Terra não trabalha como
uma estufa (casa de vidro) e que as variações climáticas são de origem natural, pois é
exatamente assim que se entende a definição mais básica de clima.

Do lado do espectro mais cético possível, temos como exemplos o astrofísico israelense
Nir Shaviv, presidente do Instituto Racah de Física da Universidade Hebraica de
Jerusalém, o físico-matemático alemão Gerhard Gerlich, professor do Instituto de Física
Matemática da Universidade Técnica Carolo-Wilhelmina, em Brunsvique, e o seu colega,
o físico alemão Ralf Dietrich Tscheuschner, além de muitos outros. Para todos eles, sem
parcimônia, o CO₂ não provoca efeito-estufa, o CO₂ nunca controlou a temperatura do

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planeta, os métodos de medição para se conseguir determinar uma suposta temperatura
média global da atmosfera são uma abstração estatística sem fundamento e que a
pseudociência climática atual baseia-se na quebra de leis da Física.

Como meteorologista e climatologista experimentado, concordo plenamente com eles e


me incluo dentro deste espectro dos céticos. Assim, para essa primeira parte,
abordaremos como falta a evidência direta de que o CO₂ controlou a temperatura do
planeta e que tal suposição é apoiada em modelos numéricos programados em
computadores para fazerem um balanço radiativo de energia, no qual o foco é o
falacioso “efeito-estufa” simulado pela presença, magistralmente, de CO₂, abandonando
todas as evidências reais.

Comecemos com o professor Shaviv, que fica abismado ao ver como a pseudociência da
“mudança climática” se tornou publicamente aceita quando confrontada diretamente com
as evidências, as provas que o mundo natural, e, portanto, real, nos oferecem. “Não há
evidências em qualquer escala de tempo mostrando que as variações de CO₂ ou outras
mudanças no balanço de energia causaram grandes variações de temperatura”, diz
Shaviv. “Há, no entanto, evidências em contrário. As variações de dez vezes na
quantidade de CO₂ nos últimos meio bilhão de anos não tiveram nenhuma correlação
com a temperatura em controlá-la.”

Ele ainda cita o exemplo do vulcão Krakatoa, na indonésia. Mesmo com a quantidade
colossal de CO₂ lançado na Terra, o planeta esfriou pelas cinzas vulcânicas lançadas
diretamente na estratosfera, em 1883, outro calcanhar de Aquiles para os “modelos
sensíveis” do IPCC que não consideram desta forma. Atualmente, tanto o Krakatoa e seu
“filhote” Anak Krakatoa emitem uma quantidade significativa de cinzas e gases. Em
outras palavras, com ou sem elementos atenuantes, como um vulcão de proporções
gigantescas, o resultado dos modelos é o aquecimento inescapável de 1,5oC pela
suposta duplicação de CO₂, pois só assim conseguem visualizar um “aquecimento” para
o século XX.

Shaviv ainda menciona como os países ocidentais não percebem que um suposto
“aquecimento global” nunca foi e nunca será um problema sério, dado o número de
academias científicas e tantas evidências da história do planeta que indicam
precisamente o contrário. O discurso apoiado pelo ocidente é de que “um aquecimento
será grande e acontecerá em muito em breve, mas este simplesmente não é apoiado por
nenhuma evidência direta, mas apenas em uma linha instável de raciocínio circular”.

A censura também pegou o Shaviv. Poucas horas depois de ter concedido uma
entrevista à Forbes, um artigo seu publicado de forma on-line foi removido pelos
editores, por “não atender aos padrões editoriais da revista”, ou seja, a ciência tem edital.
Em suma, por ter se tornado politicamente incorreto para a atual “ciência ocidental”, suas
discussões científicas são dirimidas, fazendo o público aceitar a argumentação falaciosa
que sustenta os “cenários catastróficos”, como ele bem lembra. De fato, quanto mais se
silencia os opositores da hipótese imposta, mais claro fica o embuste.

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Como descrevemos, as afirmações de Shaviv são baseadas nas evidências reais. Um
importante fato que corrobora isto vem da geologia. O geólogo estadunidense Ian Clarke
é um reconhecido paleoclimatologista que trabalha com as amostras do Ártico e estratos
rochosos. Também pertence ao grupo dos céticos. Suas análises apontam as marcas
recordes de temperatura da Terra em dezenas de milhões de anos. Ele, bem como
outros geólogos e glaciologistas descobriram, já há muito tempo, uma ligação entre o
dióxido de carbono e a temperatura.

A relação do gás nem sempre se encaixa nas temperaturas e a relação é realmente


complicada, contudo, a observação dominante é clara e diferentemente do que
mostrou Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA em seu filme de ficção científica Uma
Verdade Inconveniente, o domínio da relação do CO₂ com as temperaturas não é o que
foi mostrado, mas é exatamente o oposto, em especial nos últimos milhões de anos e,
precisamente, nas últimas mudanças entre períodos glaciais e interglaciais.

E qual é essa relação? Ao estudar-se os blocos de gelo (também denominados de


“testemunhos”) do profundo poço na estação antártica russa de Vostok, estabelecida em
16/12/1957 na localização do então Polo Geomagnético Terrestre daquele ano (Lat:
78°27’31.15″S, Long: 106°50’8.62″E com 3.488m altitude), cujas perfurações se
iniciaram em 1970 (Figs.1 e 2), observamos que a temperatura começa a subir desde o
início até o final, em um intervalo importante que é a saída de uma glaciação — período
extremamente frio da Terra. Veremos a temperatura subindo e então, veremos o CO₂
subindo, porém, ele fica atrás desse aumento. Tem um atraso de cerca de 800 anos.
Portanto, a temperatura está à frente do CO₂ em 800 anos.

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A temperatura sobe ou desce e, depois de algumas centenas de anos, o dióxido de
carbono a segue. Obviamente, o dióxido de carbono não é a causa desse aquecimento.
De fato, podemos dizer que o aquecimento produziu o aumento do dióxido de carbono,
pois diversos sistemas da Terra, incluindo os oceanos, começam a liberar o CO₂ que
ficou retido durante os períodos frios. Assim, vimos claramente que o CO₂ não pode
estar causando mudanças de temperatura. Ele é um produto da temperatura, seguindo
as suas variações. No próximo artigo, veremos o quanto a hipótese de que a atmosfera
da Terra trabalha como uma estufa está errada, observando as colocações de Gerlich e
outros cientistas, bem como outras informações relevantes que sempre colocaram em
xeque-mate a ideia sem fundamento de que o CO₂ controle a temperatura da Terra, que
esse gás controla o clima da Terra e, muito pior, que um dado valor de temperatura
média do ar global não tem significado físico para determinar que tipos de “clima”
teremos.

Até lá.

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