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Web Semântica

Introdução
A Web semântica é uma extensão da World Wide Web que permite aos computadores e
humanos trabalharem em cooperação. Ela interliga significados de palavras e, neste âmbito,
tem como finalidade conseguir atribuir um significado (sentido) aos conteúdos publicados na
Internet de modo que seja compreensível tanto pelo humano como pelo computador. A ideia
da Web semântica surgiu em 2001, quando Tim Berners-Lee, James Hendler e Ora Lassila
publicaram um artigo na revista Scientific American, intitulado: “Web Semântica: um novo
formato de conteúdo para a Web que tem significado para computadores vai iniciar uma
revolução de novas possibilidades” (The Semantic Web - A new form of Web content that is
meaningful to computers will unleash a revolution of new possibilities).

Para melhor entendermos a Web Semantica é interessante olhar para seu exemplo mais
prático e aplicado, a Web 3.0. A internet semelhante a um código de computador evoluiu ao
longos dos anos utilizando sua versão anterior como alicerce para permitir que ela atendesse
ao novos objetivos e requisitos de seu uso.

É consensual que a Web 1.0 foi a primeira geração da Web. Nesta fase, a principal
preocupação era a própria construção da Rede, torná-la acessível e comercializável. As áreas
de interesse centravam-se no acesso à Internet através de ISPs, nos primeiros web browsers,
em protocolos como o http, em metalinguagens como o html e o xml, na criação de sites e
portais, etc.

Contrariamente à primeira versão, o conceito de Web 2.0 revela-se mais impreciso. Refere-se
a uma suposta segunda geração de serviços baseados na Internet, a qual enfatiza a
colaboração on-line e a partilha entre utilizadores. Apesar de difuso, a maioria dos que estão
ligados à indústria da Web concordaria que o conceito de “Web 2.0” se identifica com algumas
realidades, como o trabalho social em rede (redes sociais1 ), os folksonomies2 , social
bookmarking3 , etc. Nesta linha de raciocínio, um dos fenómenos mais emblemáticos da atual
Web será a Wikipedia.

Tim Bernes-Lee, um dos desenvolvedores da World Wide Web se referia a Web 3.0, em 2007
como Web Semântica como uma web aberta e inteligente, capaz de interpretar informação
não apenas pelo seu endereço ou localização na Web, mas conceitualmente e
contextualmente através do uso do Machine Learning e IA.

Objetivo
Devido as limitações técnicas, a Web 3.0 idealizada pelo autor não ocorreu ainda, porém os
modelos atuais são moldados em torno desta ideia. Por isso muitas vezes o termo Web 3.0 é
utilizado como sinônimo de Web semântica.

Para se atingir os objetivos da Web semântica é essencial que se torne possível que os dados
disponíveis na internet sejam lidos por maquinas. Ou seja, que os computadores sejam
capazes de “entender” as informações contidas na rede de forma a selecionar e apresentar ao
usuário os dados mais relevantes levando-se em conta o contexto ao qual o usuário se
encontra inserido.

Para isso torna-se necessário dar sentido semântico aos dados que os computadores
manipulam. Dito isso a Web Semântica é baseada em uma rede de dados e ela busca integrar e
combinar uma sequência de dados em um formato comum que permita ser acessada das mais
diversas fontes. Isso permite que uma máquina ou pessoa, comecem sua busca em uma base
de dados e através dela acesse uma enorme sequência de bases de dados interconectadas
pela similaridade.

Semântica
Na ciência de dados, semântica significa o entendimento da linguagem do código que
construído ao invés de sua sintaxe. Um computador comum é capaz de entender somente se a
estrutura e a função dos elementos individuais do código. A semântica providencia regras para
a interpretação da sintaxe, o que apesar de não apresentar o significado direto, permitem
delimitar possíveis interpretações.

Para isso utiliza-se técnicas de modelagem de dados entre as mais comuns a (Resource
Description Framework), Extensive Markup Language(XML) e a Web Ontology Language(OWL).

Funcionamento
Para elencar uma multitude de informações de forma contextual é necessário um marcador
que permita identificar cada elemento pelo seu conteúdo, chamados de metadados. Os
metadados dão ao computador significado ao conteúdo possibilitando que as maquinas
processem a informação diretamente através de processos dedutivos ou de inferência.

O funcionamento de uma rede semântica pode ser descrita em três processos básicos:

1 – Uma URL deve apontar para um dado

2 – Qualquer um acessando esta URL deve ter acesso ao dado

3 – Relações entre o dado deve apontar para outras URLs com dados.

Esse tipo de relacionamento entre os dados resulta em uma rede que pode ser expressa
graficamente. O código escrito em Web semântica que permite este dado está descrito em
HTML em sintaxe RDF:
<div vocab="https://schema.org/" typeof="Person">
<span property="name">Paul Schuster</span> was born in
<span property="birthPlace" typeof="Place"
href="https://www.wikidata.org/entity/Q1731">
<span property="name">Dresden</span>.
</span>
</div>

O gráfico gerado por ela pode ser montado da seguinte forma

De modo geral uma estrutura feita utilizando Web Semântica possui os seguintes
componentes:
Aplicações
Entre as principais aplicações vale destacar:

Seu uso no planejamento de recurso de dados

Criação de bases de dados compartilháveis

Analisar textos de forma a extrair tópicos ou tendências como nas redes sociais

Aplicações em Web Semantica


Referências:

https://www.w3.org/2001/sw/sweo/public/UseCases/

https://www.w3.org/2001/sw/

https://en.wikipedia.org/wiki/File:RDF_example.svg

https://www.researchgate.net/figure/Semantic-Web-structure_fig3_29598090

https://www.analyticssteps.com/blogs/what-semantic-web-working-importance-and-
applications

https://www.cin.ufpe.br/~hsp/Microsoft-web.pdf

https://www.singlegrain.com/web3/web-3-0/

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