PALAVRAS VARIÁVEIS

PALAVRAS INVARIÁVEIS

PERÍODO SIMPLES
PERÍODO COMPOSTO

CONCORDÂNCIA VERBAL
CONCORDÂNCIA NOMINAL
 Exemplos: alcance = alcançar
lance = lançar

Grafam-se com S

01. Escreveremos com -s- as palavras derivadas de ver-

“Se a educação sozinha não transforma a socie-
bos terminados em -nder e -ndir
dade, sem ela tampouco a sociedade muda.”
PAULO FREIRE
Exemplos: pretender = pretensão
defender = defesa, defensivo
despender = despesa
compreender = compreensão
fundir = fusão
02. Escreveremos com -s- as palavras derivadas de ver-
Ao escrever uma palavra com som de s, de z, de x ou de bos terminados em -erter, -ertir e -ergir.
j, deve-se procurar a origem dela, pois, na Língua Portu-
guesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como Exemplos: perverter = perversão
deveremos escrever a palavra derivada. converter = conversão
reverter = reversão
Grafam-se com Ç divertir = diversão
aspergir = aspersão
01.Escreveremos com -ção as palavras derivadas de vo- imergir = imersão
cábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos
formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo 03. Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de verbos
(Tema é o que sobra, quando se retira a desinência de terminados em -pelir e -curs-, nas palavras derivadas de
infinitivo - r - do verbo). Portanto, deve-se procurar a ori- verbos terminados em -correr.
gem da palavra terminada em -ção.
Exemplos: expelir = expulsão
Por exemplo: De onde provém a palavra conjunção? Res- impelir = impulso
posta: provém de “conjunto”. Por isso, escrevemo-la com compelir = compulsório
ç. concorrer = concurso
discorrer = discurso
Exemplos: erudito = erudição percorrer = percurso
exceto = exceção
setor = seção 04. Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas
intuitivo = intuição nos sufixos -oso e -osa, indicativos de característica. Cui-
redator = redação dado: gozo.
ereto = ereção
educar - r + ção = educação Exemplos: gostosa
exportar - r + ção = exportação glamorosa
repartir - r + ção = repartição saboroso
horroroso
02. Escreveremos com -tenção os substantivos corres-
pondentes aos verbos derivados do TER. 05. Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas
em -ase, -ese, -ise e -ose, com exceção de gaze e deslize.
Exemplos: manter = manutenção
reter = retenção Exemplos: fase
deter = detenção crase
conter = contenção tese
osmose

03. Escreveremos com -çar os verbos derivados de subs- 06. Escreveremos com -s- as palavras femininas termina-
tantivos terminados em -ce. das em -isa.
Exemplos: poetisa Cuidado:
profetisa catequese = catequizar
síntese = sintetizar
hipnose = hipnotizar
07. Escreveremos com -s- toda a conjugação dos verbos batismo = batizar
pôr, querer e usar.
03.
Exemplos: Eu pus a) Escreveremos com -s- os diminutivos terminados em -
Ele quis sinho e -sito, quando a palavra primitiva já possuir o -s- no
Nós usamos final do radical.
Eles quiseram
Quando nós quisermos Exemplos: casinha
Se eles usassem asinha
portuguesinho
Duvida: S ou Z? camponesinha

01. b) Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em -

a) Escreveremos com -s- as palavras terminadas em -ês e zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -s- no
-esa que indicarem nacionalidades, títulos. final do radical.

Exemplos: português Exemplos: mulherzinha

norueguesa arvorezinha
marquês alemãozinho
duquesa aviãozinho
Inês pincelzinho
corzinha
b) Escreveremos com -z- as palavras terminadas em -ez e
-eza, substantivos abstratos que provêm de adjetivos, ou Grafam-se com SS
seja, palavras que indicam a existência de qualidade ou
característica. 01. Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de
verbos terminados em -ceder.
Exemplos: embriaguez
limpeza Exemplos: anteceder = antecessor
lucidez exceder = excesso
nobreza conceder = concessão
acidez
pobreza 02. Escreveremos com -press- as palavras derivadas de
verbos terminados em -primir.
02.
a) Escreveremos com -s- os verbos terminados em -isar, Exemplos: imprimir = impressão
quando a palavra primitiva já possuir esse -s-. comprimir = compressa
deprimir = depressivo
Exemplos: análise = analisar
pesquisa = pesquisar 03. Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de
paralisia = paralisar verbos terminados em -gredir.

b) Escreveremos com -z- os verbos terminados em -izar, Exemplos: agredir = agressão

quando a palavra primitiva não possuir –s. progredir = progresso
transgredir = transgressor
Exemplos: economia = economizar
terror = aterrorizar 04. Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras deri-
frágil = fragilizar vadas de verbos terminados em -meter.
Exemplos: comprometer = compromisso Exemplos: pedágio
intrometer = intromissão colégio
prometer = promessa sacrilégio
remeter = remessa prestígio
relógio
Dúvida: Ç, S ou SS refúgio

Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos: 02. Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas
em -gem, com exceção de pajem, lambujem e a conjuga-
01. Escreveremos com -ção, se apenas retirarmos a desi- ção dos verbos terminados em -jar.
nência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir.
Exemplos: a viagem a coragem
Exemplo: curtir - r + ção = curtição a personagem
Repetir – r + ção = repetição a vernissagem
a ferrugem
02. Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda a a penugem
terminação -tir, a última letra for consoante.
Grafam-se com X
Exemplo: divertir - tir + são = diversão
01. Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por mex-,
03. Escreveremos com -ssão, quando, ao retirarmos toda com exceção de mecha.
a terminação -tir, a última letra for vogal.
Exemplos: mexilhão
Exemplo: discutir - tir + ssão = discussão mexer
mexerica
Grafam-se com J México
mexerico
01. Escreveremos com -j- as palavras derivadas dos ver-
bos terminados em -jar. 02. Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-,
com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por
Exemplos: trajar = traje, eu trajei. ch- (encher) e da palavra enchova.
encorajar = que eles encorajem
viajar = que eles viajem Exemplos: enxada
enxerto
02. Escreveremos com -j- as palavras derivadas de vocá- enxerido
bulos terminados em -ja. enxurrada
mas:
Exemplos: loja = lojista cheio = encher, enchente
gorja = gorjeta charco = encharcar
canja = canjica

03. Escreveremos com -j- as palavras de origem tupi, afri- 03. Escreveremos -x- após ditongo, com exceção de re-
cana ou popular. cauchutar e guache.

Exemplos: jeca Exemplos: ameixa

jiboia deixar
jiló queixa
pajé feixe
peixe
Grafam-se com G gueixa

01. Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas

em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.
UIR e OER C) bebedouro / beneficência;
D) reinvindicação / bugigangas;
Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª pes-
soas do singular do Presente do Indicativo escritas com - 03.“Que não cometemos nem mesmo o menor deslize”.
i-. Como podemos ver, o vocábulo “deslize” é grafado cor-
retamente, com a letra “z” na última sílaba.
Exemplos: tu possuis
ele possui Entre as palavras abaixo, assinale aquela que, com
tu constróis essa mesma letra, está grafada corretamente.
ele constrói
tu móis A) Xadrez C) Gáz
ele mói B) Atravéz D) Freguêz
tu róis
ele rói 04.A frase em que a grafia da palavra destacada está
correta é:
UAR e OAR
A) “O que tiveres de fazer, faze-o depressa”;
Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as pes- B) “Os previlégios devem ser sempre combatidos”;
soas do Presente do Subjuntivo escritas com -e- C) “Derrepente do riso fez-se o pranto”;
D) “Não há no mundo se não um modo de prosperar:
Exemplos: Que eu efetue roubando”;
Que tu efetues
Que ele atenue 05.Assinale a opção abaixo em que existe erro ortográfi-
Que nós atenuemos co.
Que vós entoeis
Que eles entoem A) privilégio – bêbedo – infarto
B) irriquieto – hieróglifo – crânio
C) muçarela – poleiro – receoso
D) majestade – obcecar – jenipapo

EXERCÍCIOS DE ORTOGRAFIA 06.Assinale a alternativa em que há erro de grafia.

01.Leia o cartaz a seguir, colado em um poste da praia de A) abóbada - bêbado - bem-vindo.

Copacabana.
“Se você joga lixo na praia para garantir o emprego do
gari, então porque não morre para garantir o emprego
do coveiro?”
Assinale a opção que mostra um erro do texto do car-
taz.
A) A grafia de “porque”.
B) A falta de acento em “emprego”.
C) O emprego da vírgula entre as frases.
D) O uso de “garantir” em lugar de “garantia”.
02.Na redação de um texto, pode ocorrer uma série de
dificuldades com os vocábulos da língua portuguesa;
as palavras abaixo que estão graficamente corretas
são:
A) advogado / metereologia;
B) bicabornato / astigmatismo;
B) deslize - irrequieto - meritíssimo.
C) disenteria - cabeleireiro - enfarte.
D) astigmatismo - chipanzé - mantegueira.
07.As palavras que mostram desobediência ao Novo
Acordo são:
A) rêde / revolucionária / micro-computadores;
B) micro-computadores / rêde / Internet;
C) vôo / rêde / micro-computadores;
D) rêde / Internet / vôo;
08.Muitos vocábulos portugueses admitem dupla grafia;
o exemplo abaixo que só admite a primeira das duas
formas indicadas é:
A) enfarte/enfarto.
B) aluguel/aluguer.
C) cociente/quociente.
D) próprio/própio.
09. Com as novas regras gráficas, a duplicação RR/SS só 14.“Mas os desafios permanecem, pouco antes do início
deve ocorrer no seguinte vocábulo: da Conferência do Clima de Paris, que em dezembro
reunirá 195 delegações a fim de manter o aumento
A) portarretrato; constante da temperatura global”.
B) correligionário;
C) mestressala; Nesse segmento do texto, o vocábulo “a fim” é grafado
D) superrápido; em duas palavras, o que tem um sentido diferente do
vocábulo “afim”, grafado como uma só palavra.
10.Assinale a frase em que a grafia do vocábulo subli-
nhado está equivocada. Assinale a opção que indica a frase cujo termo subli-
nhado apresenta grafia correta.
A) Por que sentimos calafrios?
B) A razão porque sentimos calafrios é conhecida. A) Todo o Congresso discutia a cerca do desmatamen-
C) Qual o porquê de sentirmos calafrios? to.
D) Sentimos calafrios porque precisamos defender B) Por ventura o desmatamento diminuiu no Brasil?
nossa audição. C) Discutiu-se muito, sobre tudo, o essencial para a
proteção do meio ambiente.
11.Há um erro de grafia ou acentuação, segundo as novas D) O motivo por que ocorreu o desmatamento é que
regras, que é: não houve fiscalização.

A) microorganismos; Texto para resolução da questão 15.

B) super-resistentes;
C) bactérias; Diminuir a higiene pessoal
D) antibióticos;
Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar
12.A palavra adolescente é grafada com sc; a alternativa descarga, acumulando sujeira no corpo e em casa, não
em que uma das palavras está erradamente grafada é são as melhores formas de economizar água, porque não
adianta optar por isso em troco da saúde. O ideal é eco-
A) piscina / ascensão nomizar usando um copo com água na escovação, dimi-
B) fosforescente / concupiscente nuindo a louça usada para cozinhar (levar à panela à me-
C) fascismo / suscitar sa em vez de usar um refratário) e usar água de reuso no
D) suscinta / incandescente vaso sanitário.

13.“Nesta carta vou pôr os pontos nos iis” 15.O verbo “economizar”, derivado de “economia”, é gra-
fado com a letra Z. Assinale a opção que indica o ver-
(Alfragide. Academia do Livro, 2010, p. 171).
bo que também deve ser grafado com Z.
Nesse segmento há uma forma plural da letra “i”. So-
A) fri___ar.
bre essa forma, é correto afirmar, com base nos dicio-
B) parali___ar.
nários brasileiros, que
C) pesqui___ar.
D) bati___ar.
A) a forma está absolutamente correta.
B) a forma está correta, mas também seria admitida a
forma “ii”.
C) a forma está incorreta, pois a única forma correta é
“is”.
D) a forma está incorreta, podendo se admitir as for- 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
mas “is” ou “ii”. A C A A B D C D B B
11 12 13 14 15 — — — — —
A D C D D — — — — —

O aprendizado de acentuação gráfica depende, e muito,
da localização da sílaba tônica da palavra.
Veja:
Palavras como “casebre” e “palito” são paroxítonas,
pois nestas o prolongamento está situado na quase últi-
ma sílaba, isto é, a penúltima sílaba é a mais demorada
(prolongada). Já palavras como “caju” e “Aladim” são
oxítonas, devido ao fato de o prolongamento estar na
última sílaba. “Máscara”, entretanto, é proparoxítona, uma
vez que o prolongamento situa-se na sílaba que é anteri-
or(pro) à quase(par) última(oxi).
Após a identificação da sílaba tônica, aplicam-se as
regras de acentuação gráfica.
01.Monossílabos tônicos
Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em
A(S): pá, dá...
E(S): pé, fé...
O(S): nó, pó...
Obs.: Deve-se lembrar que a diferença entre os monossí-
labos átonos e os tônicos é que estes são providos de
sentido.
02. Oxítonos
Acentuam-se as oxítonas terminadas em
A(S): Ceará, vatapá, sofás...
E(S): Canindé, você, ipê...
O(S): cipó, Marajó, paletós...
ÉM: armazém, vintém, alguém...
ÉNS: parabéns, vinténs...
Acentuam-se, inclusive, as formas verbais quando
seguidas de “LO(s)” ou “LA(s)”.
Exs.: crucificá-lo, cedê-las, compô-las...
03. Paroxítonas
Acentuam-se as palavras paroxítonas quando terminadas
em:
Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.
ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.
I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.
U(S) – ânus, bônus, vírus, Vênus
UM, UNS – álbum, fórum, médium, álbuns.
L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.
N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen.
R – câncer, caráter, néctar, repórter.
X¬ – tórax, látex, ônix, fênix.
PS – fórceps, Quéops, bíceps.
Também são acentuadas as paroxítonas terminadas em
ditongos crescentes(semivogal+vogal):
Exs.: Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia,
residência, férias, lírio.
04. Proparoxítonas: todas são acentuadas.
Exs.: México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido,
sândalo, crisântemo, público, pároco, proparoxítona.
05. Hiatos
Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:
Forem tônicos;
Constituírem a segunda vogal do hiato;
Estiverem sozinhos na sílaba ou, na sílaba, precedendo S.
Exs.: Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta.
DITONGOS ABERTOS: EI, EU, OI
O acordo ortográfico de 2009 estabeleceu que as palavras
paroxítonas que apresentem esses ditongos percam o
acento agudo.
Então: ideia, assembleia, heroico.
Porém, as demais palavras que apresentem tais ditongos
e não sejam paroxítonas permanecem acentuadas: herói,
céu, mausoléu, fiéis...
FALSOS HIATOS
Palavras que apresentem uma vogal após um ditongo
decrescente (V+SV) como goiaba, boiada, boia... ...contêm
um falso hiato. E, quando essa vogal que sucede esse
ditongo decrescente for o “u”, este não terá mais o acento
agudo: feiura, Bocaiuva...
PALAVRAS COM OS SEGMENTOS “OO” OU “EE”
Palavras com os segmentos “oo”, com esse primeiro “o”
tônico, recebiam o acento circunflexo: vôo, môo, côo,
abençôo, perdôo e palavras com o segmento “ee”, com
esse primeiro “e” tônico, recebiam o acento circunflexo:
crêem, lêem, dêem, vêem...
Por determinação do acordo ortográfico de 2009, esse
acentos circunflexo deixou de existir nessas palavras.
03.Marque a única alternativa que apresenta equívocos
de acentuação na palavra:
A) Goiânia é a única cidade que gostaria de morar.
B) Sábado vou à feira comprar peixe e abóbora para
fazer aquela receita.
C) Gostaria de saber o porque de tanta rúcula e cará no
meu prato.
D) O vigésimo colocado no concurso será nomeado a
partir do último sábado do mês que vem.

ACENTO DIFERENCIAL 04.A palavra “sucuri” não leva acento em sua sílaba tôni-
ca.
As palavras “pôde” (pretérito perfeito do verbo PODER),
”pôr” (quando se tratar do verbo) e o substantivo “fôrma” Assinale a opção que apresenta outra palavra que não
conservaram o acento diferencial pós acordo ortográfico recebe acento pela mesma regra.
de 2009. Entretanto, convém informar que, no caso do
substantivo fôrma, tal acento é facultativo. A) Lua; C) Caju;
B) Marejado; D) Ideia.
IMPORTANTE!
O acordo ortográfico de 2009 aboliu o uso do trema em 05.A palavra “década” tem acento gráfico pela mesma
palavras de origem portuguesa: linguiça, cinquenta, pin- razão que o vocábulo:
guim, lingueta...
A) após; C) além;
B) trágica; D) ninguém.

06.As palavras graficamente acentuadas pela mesma

EXERCÍCIOS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA regra são:

01.Sobre o uso de acento gráfico nos vocábulos ‘ideia e A) cóclea / células;

papeis’ que preenchem respectivamente as lacunas B) frequências / destruídas;
pontilhadas abaixo, afirma-se que C) responsável / média;
D) frágeis / música.
“A felicidade no local de trabalho não é uma
..................... abstrata” / “Seguem algumas etapas que 07.Entre as palavras abaixo, aquela que só existe com
as empresas deveriam seguir para criar um ambiente acento gráfico é:
onde as pessoas possam alinhar seus valores e
............ à cultura da organização.” A) história; C) até;
B) evidência; D) humanitárias.
A) Ambas as palavras devem ser acentuadas em virtu-
de da ocorrência do ditongo aberto ei. 08.Assinale a alternativa que corresponde ao emprego
B) Apenas uma delas recebe acento gráfico, visto que CORRETO das regras de acentuação apresentadas pe-
o ditongo aberto encontra-se na penúltima sílaba. lo Novo Acordo Ortográfico em vigor no Brasil:
C) Apenas uma delas recebe acento gráfico, visto que
o ditongo aberto encontra-se na última sílaba. A) Ao ler Mário Quintana, tive belas ideias para escre-
D) As duas palavras não devem ser acentuadas em vir- ver meus poemas.
tude da ocorrência de ditongo aberto. B) Gosto muito de levantar cedo, abrir as janelas e
contemplar o vôo dos passarinhos.
02.Aponte a opção em que as duas palavras são acentu- C) Dona Efigênia era uma senhora rica, que vivia cheia
adas devido à mesma regra: de jóias penduradas no pescoço.
D) Meus avós ligaram mais cedo e disseram que não
A) saí - dói C) só - sóis vem almoçar aqui hoje.
B) relógio - própria D) dá - custará
09.“Trânsito” é uma palavra que muda de sentido confor-
me a posição da sílaba tônica, pois “transito” pertence
ao verbo “transitar”. A palavra que está nesse mesmo
caso é:
A) tragédia; C) público;
B) véspera; D) enérgico.
10.Em uma prova de Língua Portuguesa, uma das ques-
tões solicitava a separação silábica da palavra impor-
tância e o gabarito seguido pela professora era o de
que a palavra deveria ser separada da seguinte forma:
im-por-tân-cia.
Assinale a opção que indica o comentário correto so-
bre a questão.
A) O gabarito está incorreto, porque se trata de uma
palavra com hiato.
B) O gabarito está correto, já que essa é a única sepa-
ração silábica possível.
C) O gabarito está correto, mas incompleto, pois outra
separação é possível.
D) O gabarito está incorreto, pois a acentuação mostra
que se trata de proparoxítono.
11.Identifique abaixo as frases certas (C) e as erradas (E),
quanto à escrita correta.
1. A saida do hospital é bloqueada, os policiais vem e
o tumulto se inicia.
2. Acredito que devam existir, neste hospital, melhores
condições de atendimento, pois os resultados são
melhores.
3. Se houvesse mais médicos e enfermeiras, a saúde
pública estaria em outras condições.
4. Dois metros é suficiente para se manter o distanci-
amento social, devido à pandemia.
5. Durante a Epifânia do Senhor, cristãos gritam gló-
rias.
A) C • C • E • E • C C) E • C • E • C • E
B) C • E • C • E • E D) E • C• C • C • E
13.A forma “frequentar” mostra a modificação do último
acordo ortográfico quanto ao emprego do trema, ou
seja, a sua extinção. Tal modificação:
A) provoca modificações de pronúncia em alguns vo-
cábulos.
B) faz que apareçam novos dígrafos na língua.
C) transforma a semivogal U em letra muda.
D) traz alterações apenas ao aspecto gráfico das pala-
vras.
14.Assinale a alternativa em que as palavras estão grafa-
das segundo o novo acordo ortográfico.
A) Papai Noel é um generoso velhinho cujo voo pelo
céu na noite de Natal povoa a imaginação de muitas
pessoas.
B) Quando se fala em Papai Noel, a idéia que muitas
pessoas têm dele é a de um velhinho de barbas
brancas.
C) A fórma como as pessoas imaginam Papai Noel é
um velhinho simpático de longas barbas brancas e
sorridente.
D) Ao redor do mundo, as pessoas vêem Papai Noel
como o velhinho carismático que distribui presentes
às crianças.
15.“Os bebés têm uma necessidade muito grande de inte-
ração”.
Sobre os acentos e sinais gráficos presentes nas pala-
vras desse trecho, a afirmação correta é:
A) o vocábulo “bebê” só pode ser grafado com circun-
flexo;
B) o vocábulo “têm” recebe acento circunflexo por ter
som nasal;
C) o vocábulo “têm” mostra número plural por meio do
acento circunflexo;
D) no vocábulo “interação”, o til mostra que a vogal a é
tônica.

12.Prévia, inevitável, experiências, pedagógicas, dê são al-

gumas das palavras acentuadas graficamente na Lín- 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
gua Portuguesa. Considerando tais palavras, as regras
C B C C B C D A C C
de acentuação que justificam seus acentos gráficos
são: 11 12 13 14 15 — — — — —
D B D A C — — — — —
A) duas; C) quatro;
B) três; D) cinco.

MORFOLOGIA
CLASSES DE PALAVRAS
PALAVRAS VARIÁVEIS
SUBSTANTIVO
É a palavra considerada variável que nomeia tudo: seres,
fenômenos, fatos, ações, qualidades, acidentes geográfi-
cos, astros...
CLASSIFICAÇÃO:
Comum é aquele que designa os seres de uma espécie de
forma genérica.
Por exemplo: pedra, computador, cachorro, homem, ca-
derno.
Próprio é aquele que designa um ser específico, individua-
lizando-o.
Por exemplo: Maxi, Londrina, Dílson, Ester.
Obs.: O substantivo próprio sempre deve ser iniciado por
letra maiúscula.
Concreto é aquele que designa seres que existem por si
só ou apresentam-se em nossa imaginação como se exis-
tissem por si.
Por exemplo: ar, som, Deus, computador, pedra, Ester.
Abstrato é aquele que designa prática de ações verbais,
existência de qualidades ou sentimentos humanos.
Por exemplo: saída (prática de sair), beleza (existência do
belo), saudade.
Primitivos, que não se originam de outra palavra existente
na língua portuguesa.
Por exemplo: pedra, jornal, gato, homem.
Derivados, que provêm de outra palavra da língua portu-
guesa.
Por exemplo: pedreiro, jornalista, gatarrão, homúnculo.
Simples, formados por um único radical.
Por exemplo: pedra, pedreiro, jornal, jornalista.
Compostos, formados por dois ou mais radicais.
Por exemplo: pedra-sabão, homem-rã, passatempo.
Coletivos, os que indicam diversos elementos de uma
mesma espécie.
• abelha - enxame, cortiço, colmeia
• acompanhante - comitiva, cortejo, séquito
• alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada
• aluno - classe
• amigo - (quando em assembleia) tertúlia
• animal - em geral = piara, pandilha, todos de uma região
= fauna; manada de cavalgaduras = récua, récova; de
carga = tropa; de carga, menos de 10 = lote; de raça, pa-
ra reprodução = plantel; ferozes ou selvagens = alcateia
• anjo - chusma, coro, falange, legião, teoria
• apetrecho - (quando de profissionais) ferramenta, ins-
trumental
• aplaudidor - (quando pagos) claque
• argumento - carrada, monte, montão, multidão
• arma - (quando tomadas dos inimigos) troféu
• arroz - batelada
• artigo - (quando heterogêneo) mixórdia
• artista - (quando trabalham juntos) companhia, elenco
• árvore - quando em linha = alameda, carreira, rua, souto;
quando constituem maciço = arvoredo, bosque; quando
altas, de troncos retos a aparentar parque artificial = ma-
lhada
• asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte
• asno - manada, récova, récua
• assassino - choldra, choldraboldra
• assistente - assistência
• astro - (quando reunidos a outros do mesmo grupo)
constelação
• ator - elenco
• autógrafo - (quando em lista especial de coleção) álbum
• ave - (quando em grande quantidade) bando, nuvem
• avião - esquadrão, esquadria, flotilha
• bala - saraiva, saraivada
• bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, súcia, turba
• bêbado - corja, súcia, farândola
• boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada, jugo, jun-
ta, manada, rebanho, tropa
• bomba - bateria
• borboleta - boana, panapaná
• botão - de qualquer peça de vestuário = abotoadura;
quando em fileira = carreira
• burro - em geral = lote, manada, récua, tropa; quando
carregado = comboio
• cabelo - em geral = chumaço, guedelha, madeixa; con-
forme a separação = marrafa, trança
• cabo - cordame, cordoalha, enxárcia
• cabra - fato, malhada, rebanho
• cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, fileira,
linha, renque
• cálice - baixela
• camelo - (quando em comboio) cáfila
• caminhão - frota
• canção - quando reunidas em livro = cancioneiro; quan-
do populares de uma região = folclore
• canhão – bateria
• cantilena - salsada
• cão - adua, cainçalha, canzoada, chusma, matilha
• capim - feixe, braçada, paveia
• cardeal - (em geral) sacro colégio, (quando reunidos
para a eleição do papa) conclave, (quando reunidos sob
a direção do papa) consistório
• carneiro - chafardel, grei, malhada, oviário, rebanho
• carro - quando unidos para o mesmo destino = comboio,
composição; quando em desfile = corso
• carta - em geral = correspondência; quando manuscritas
em forma de livro = cartapácio; quando geográficas =
atlas
• casa - (quando unidas em forma de quadrados) quartei-
rão, quadra.
• cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel
• cavalgadura - cáfila, manada, piara, récova, récua, tropa,
tropilha
• cavalo - manada, tropa
• cebola - (quando entrelaçadas pelas hastes) cambada,
enfiada, réstia
• chave - (quando num cordel ou argola) molho (mó), pen-
ca
• célula - (quando diferenciadas igualmente) tecido
• cereal - em geral = fartadela, fartão, fartura; quando em
feixes = meda, moreia
• cigano - bando cabilda, pandilha
• cliente - clientela, freguesia
• coisa - em geral = coisada, coisarada, ajuntamento,
chusma, coleção, cópia, enfiada; quandoantigas e em
coleção ordenada = museu; quando em lista de anota-
ção = rol, relação; em quantidade que se pode abranger
com os braços = braçada; quando em série = seqüência,
série, seqüela, coleção; quando reunidas e sobrepostas
= monte, montão, cúmulo
• corda - (em geral) cordoalha, (quando no mesmo liame)
maço, (de navio) enxárcia, cordame,massame, cordagem
• correia - (em geral) correame, (de montaria) apeiragem
• credor - junta, assembleia
• depredador - horda
• deputado - (quando oficialmente reunidos) câmara, as-
sembleia
• desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha, súcia, troça,
turba
• diabo - legião
• dinheiro - bolada, bolaço, disparate
• disco - discoteca
• disparate - apontoado
• doze - (coisas ou animais) dúzia
• elefante - manada
• empregado - (quando de firma ou repartição) pessoal
• escola - (quando de curso superior) universidade
• escravo - (quando da mesma morada) senzala, (quando
para o mesmo destino) comboio, (quando aglomerados)
bando
• escrito - (quando em homenagem a homem ilustre) poli-
anteia, (quando literários) analectos, antologia, coletâ-
nea, crestomatia, espicilégio, florilégio, seleta
• espectador - (em geral) assistência, auditório, concor-
rência, (quando contratados para aplaudir) claque
• espiga - (quando atadas) amarrilho, arregaçada, atado,
atilho, braçada, fascal, feixe, gavela, lio, molho, paveia
• estaca - (quando fincadas em forma de cerca) paliçada
• estado - (quando unidos em nação) federação, confede-
ração, república
• estampa - (quando selecionadas) iconoteca, (quando
explicativas) atlas
• facínora - caterva, horda, leva, súcia
• feijão - (quando comerciáveis) batelada, partida
• feiticeiro - (quando em assembleia secreta) conciliábulo
• feno - braçada, braçado
• filhote - (quando nascidos de uma só vez) ninhada
• filme - filmoteca, cinemoteca
• fio - (quando dobrado) meada, mecha, (quando metáli-
cos e reunidos em feixe) cabo
• flecha - (quando caem do ar, em porção) saraiva, sarai-
vada
• garoto - cambada, bando, chusma
• gato - cambada, gatarrada, gataria
• gente - (em geral) chusma, grupo, multidão, (quando
indivíduos reles) magote, patuleia, poviléu
• grão - manípulo, manelo, manhuço, manojo, manolho,
maunça, mão, punhado
• graveto - (quando amarrados) feixe
• gravura - (quando selecionadas) iconoteca
• habitante - (em geral) povo, população, (quando de al-
deia, de lugarejo) povoação
• herói - falange
• hiena - alcateia
• hino - hinário
• ilha - arquipélago
• imigrante - (quando em trânsito) leva, (quando radica-
dos) colônia
• índio - (quando formam bando) maloca, (quando em
nação) tribo
• instrumento - (quando em coleção ou série) jogo, (
quando cirúrgicos) aparelho, (quando de artes e ofícios)
ferramenta, (quando de trabalho grosseiro, modesto) tra-
lha
• inseto - (quando nocivos) praga, (quando em grande
quantidade) miríade, nuvem, (quando se deslocam em
sucessão) correição
• javali - alcatéia, malhada, vara
• jornal - hemeroteca
• jumento - récova, récua
• jurado - júri, conselho de sentença, corpo de jurados
• ladrão - bando, cáfila, malta, quadrilha, tropa, pandilha
• lâmpada - (quando em fileira) carreira, (quando dispos-
tas numa espécie de lustre) lampadário
• lobo - alcatéia, caterva
• macaco - bando, capela
• malfeitor - (em geral) bando, canalha, choldra, corja,
hoste, joldra, malta, matilha, matula, pandilha, (quando
organizados) quadrilha, seqüela, súcia, tropa
• maltrapilho - farândola, grupo
• mantimento - (em geral) sortimento, provisão, (quando
em saco, em alforge) matula, farnel, (quando em cômo-
do especial) despensa
• mercadoria - sortimento, provisão• metal - (quando entra
na construção de uma obra ou artefato) ferragem
• ministro - (quando de um mesmo governo) ministério,
(quando reunidos oficialmente) conselho
• montanha - cordilheira, serra, serrania
• mosca - moscaria, mosquedo
• móvel - mobília, aparelho, trem
• música - (quanto a quem a conhece) repertório
• músico - (quando com instrumento) banda, charanga,
filarmônica, orquestra
• nação - (quando unidas para o mesmo fim) aliança, coli-
gação, confederação, federação, liga, união
• navio - (em geral) frota, (quando de guerra) frota, flotilha,
esquadra, armada, marinha, (quando reunidos para o
mesmo destino) comboio
• nome - lista, rol
• nota - (na acepção de dinheiro) bolada, bolaço, maço,
pacote, (na acepção de produção literária, científica)
• onda - (quando grandes e encapeladas) marouço
• órgão - (quando concorrem para uma mesma função)
aparelho, sistema
• orquídea - (quando em viveiro) orquidário
• osso - (em geral) ossada, ossaria, ossama, (quando de
um cadáver) esqueleto
• ouvinte - auditório
• ovelha - (em geral) rebanho, grei, chafardel, malhada,
oviário, (quando ainda não deram cria e nem estão pre-
nhes) alfeire
• ovo - (os postos por uma ave durante certo tempo) pos-
tura, (quando no ninho) ninhada
• palavra - (em geral) vocabulário, (quando em ordem al-
fabética e seguida de significação) dicionário, léxico,
(quando proferidas sem nexo) palavrório
• pancada - data
• pantera – alcateia
• papel - (quando no mesmo liame) bloco, maço, (em sen-
tido lato, de folhas ligadas e em sentido estrito, de 5 fo-
lhas) caderno, (5 cadernos) mão, (20 mãos) resma, (10
resmas) bala
• professor - (quando de estabelecimento primário ou
secundário) corpo docente, (quando de faculdade) con-
gregação
• quadro - (quando em exposição) pinacoteca, galeria
• querubim - coro, falange, legião
• recipiente - vasilhame
• recruta - leva, magote
• religioso- clero regular
• roupa - (quando de cama, mesa e uso pessoal) enxoval,
(quando envoltas para lavagem) trouxa
• salteador - caterva, corja, horda, quadrilha
• saudade - arregaçada
• selo - coleção
• serra - (acidente geográfico) cordilheira
• serviçal – queira
• utensílio - (quando de cozinha) bateria, trem, (quando de
mesa) aparelho, baixela
• vadio - cambada, caterva, corja, mamparra, matula, súcia
• vara - (quando amarradas) feixe, ruma
• velhaco - súcia, velhacada
FLEXÃO DO SUBSTANTIVO
EM GÊNERO
Gêneros uniforme e biforme
Os substantivos, quanto ao gênero, são masculinos ou
femininos. Quanto às formas, eles podem ser:
01. Substantivos Biformes: Substantivos biformes são os Epicenos são os que têm uma só forma e um só artigo
que apresentam duas formas, uma para o masculino, para ambos os gêneros de certos animais, acrescentando
outra para o feminino, com apenas um radical. as palavras macho e fêmea, para se distinguir o sexo do
animal.
Exs.: menino - menina.
taidor - traidora. Exs.: a girafa
aluno - aluna a andorinha
a águia
a barata
02. Substantivos Heterônimos: Substantivos heterônimos
a cobra
são os que apresentam duas formas, uma para o mascu-
o jacaré
lino, outra para o feminino, com dois radicais diferentes.
a onça
o sabiá
Exs.: homem - mulher.
bode - cabra. Mudança de gênero com mudança de significado (gênero
boi - vaca. aparente).

Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam

Substantivos Uniformes
também de significado.
Substantivos uniformes são os que apresentam apenas
uma forma, para ambos os gêneros. Os substantivos uni- Exs.: o caixa = o funcionário
formes recebem nomes especiais, que são os seguintes: a caixa = o objeto
o capital = dinheiro
Comum-de-dois a capital = sede de governo
Os comuns-de-dois são os que têm uma só forma para o coma = sono mórbido
ambos os gêneros, com artigos distintos. a coma = cabeleira, juba
o grama = medida de massa
Exs.: o / a estudante a grama = a relva, o capim
o / a imigrante
o / a acrobata
o / a agente
EM NÚMERO
o / a intérprete
o / a lojista Plural dos substantivos simples
o / a patriota
Na pluralização de um substantivo simples, há de se ana-
o / a mártir
lisar a terminação dele, a fim de acrescentar a desinência
o / a viajante
nominal de número. Vejamos, então, as possíveis termi-
o / a artista
nações de um substantivo na Língua Portuguesa e sua
o / a aspirante
respectiva pluralização:
o / a atleta
Substantivos terminados em Vogal
Sobrecomum
Os sobrecomuns são os que têm uma só forma e um só Acrescenta-se a desinência nominal de número S.
artigo para ambos os gêneros.
Exs.: saci = sacis
Exs.: o cônjuge chapéu = chapéus
a criança Substantivos terminados em -ão
o carrasco
o indivíduo Fazem o plural em -ões:
o apóstolo
o monstro Exs.: gavião = gaviões
a pessoa formão = formões
folião = foliões
questão = questões
Fazem o plural em -ães: Plural dos substantivos compostos

Para se pluralizar um substantivo composto, os ele-

Exs.: escrivão = escrivães
mentos que o formam devem ser analisados individual-
tabelião = tabeliães
mente. Por exemplo, o substantivo composto couve-flor é
capelão = capelães
composto por dois substantivos pluralizáveis, portanto
sacristão = sacristães
seu plural será couves-flores; já o substantivo composto
Fazem o plural em -ãos: beija-flor é composto por um verbo, que é invariável, quan-
to à pluralização, e um substantivo pluralizável, portanto
Exs.: artesão = artesãos seu plural será beija-flores. Estudemos, então, os elemen-
cidadão = cidadãos tos que formam um substantivo composto e sua respec-
cristão = cristãos tiva pluralização.
pagão = pagãos
Substantivo / Adjetivo / Numeral
Substantivos só usados no plural
São elementos pluralizáveis, portanto, quando formarem
• as calças um substantivo composto, normalmente irão para o plu-
• as costas ral.
• os óculos
• os parabéns Exs.: aluno-mestre = alunos-mestres
• as férias erva-doce = ervas-doces
• as olheiras alto-relevo = altos-relevos
• as hemorroidas gentil-homem = gentis-homens
• as núpcias segunda-feira = segundas-feiras
• as trevas cachorro-quente = cachorros-quentes
• os arredores
Pronome
Substantivos terminados em ZINHO
Alguns pronomes admitem plural; outros, não. Por exem-
Ignora-se a terminação -zinho, coloca-se no plural o subs-
plo, os pronomes possessivos são pluralizáveis (meu -
tantivo no grau normal, ignora-se o s do plural, devolve-se
meus; nosso - nossos), mas os pronomes indefinidos, não
o -zinho ao local original e, finalmente, acrescenta-se o s
(ninguém, tudo). Na formação de um substantivo com-
no final.
posto o mesmo ocorre.
Por exemplo:
Exs.: padre-nosso = padres-nossos
pãozinho: ignora-se o -zinho (pão); coloca-se no plural o
Zé-ninguém = Zés-ninguém (este último é invariável)
substantivo no grau normal (pães); ignora-se o s (pãe);
devolve-se o -zinho (pãezinho); acrescenta-se o s (pãezi- Verbo / Advérbio / Interjeição
nhos).
São elementos invariáveis, em relação à pluralização,
portanto, quando formarem um substantivo composto,
Exs.:mulherzinha= mulher - mulheres - mulhere - mulhere-
ficarão invariáveis.
zinha - mulherezinhas.
alemãozinho = alemão - alemães - alemãe - alemãezi-
Exs.: pica-pau = pica-paus
nho - alemãezinhos.
beija-flor = beija-flores
barzinho = bar - bares - bare - barezinho - barezinhos.
alto-falante = alto-falantes
abaixo-assinado = abaixo-assinados
Substantivos terminados em INHO, sem Z
salve-rainha = salve-rainhas
ave-maria = ave-marias
Acrescenta-se S.

Casos especiais
Exs.: lapisinho = lapisinhos
patinho = patinhos Substantivo + Substantivo
chinesinho = chinesinhos
Como vimos anteriormente, ambos irão para o plural, po-
rém, quando o último elemento estiver indicando tipo ou
finalidade do primeiro, pode este ficar no singular.
Exs.: banana-maçã = bananas-maçãs ou bananas-maçã guarda-florestal = guardas-florestais
navio-escola = navios-escolas ou navios-escola guarda-mirim = guardas-mirins

Três ou mais palavras B) Formando um objeto (verbo):

A) Se o segundo elemento for uma preposição, só o pri-
meiro irá para o plural.
Exs.: pé-de-moleque = pés-de-moleque
pimenta-do-reino = pimentas-do-reino
mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça
Cuidado: Se o primeiro elemento for invariável, o substan-
tivo todo ficará invariável.
Por exemplo: fora-da-lei, os fora-de-série.
B) Se o segundo elemento não for uma preposição, só o
último irá para o plural.
Exs.: bem-te-vi = bem-te-vis
bem-me-quer = bem-me-queres
Verbo + Verbo
Somente o último irá para o plural.
Exs.: guarda-pó = guarda-pós
guarda-chuva = guarda-chuvas
guarda-roupa = guarda-roupas
EM GRAU
Chama-se grau a propriedade que o substantivo tem de
exprimir as variações do tamanho do ser.
Exemplo: livro (tamanho normal), livrinho (tamanho dimi-
nuído), livrão (tamanho aumentado).
Os graus dos substantivos são dois: aumentativo e dimi-
nutivo.
Grau aumentativo: exprime o aumento do tamanho nor-
mal do ser.

A) Se os verbos forem iguais, a maioria dos gramáticos Grau diminutivo: exprime a diminuição do tamanho do
admite que somente o último seja flexionado. ser.

Exs.: corre-corre = corres-corres. Importante salientar que muitos substantivos que recebe-
pisca-pisca = piscas-piscas. ram sufixos diminutivos ou aumentativos “perderam”
lambe-lambe = lambe-lambes. essa ideia de diminuição ou aumento: portão, paizão, ca-
minhão, cavalete, cartilha...
B) Se os verbos possuírem significação oposta, ficam
invariáveis.

Exs.: o leva-e-traz = os leva-e-traz

o ganha-perde = os ganha-perde

Palavras Repetidas ou Onomatopaicas EXERCÍCIOS SOBRE SUBSTANTIVO

Quando o substantivo for formado por palavras repetidas 01.As palavras saúde, clima, água, povo e alimentos podem
ou for uma onomatopeia, somente o último irá para o ser classificados como substantivos concretos, exce-
plural. to:

Exs.: tico-tico = tico-ticos A) Clima.

tique-taque = tique-taques B) Alimentos.
lero-lero = lero-leros C) Saúde.
pingue-pongue = pingue-pongues D) Nitidez.
Substantivo composto iniciado por Guarda
02.Assinale o substantivo sobrecomum:
A) Formando uma pessoa (substantivo):
A) mártir;
Ambos irão para o plural.
B) garoto;
C) cliente;
Exs.: guarda-urbano = guardas-urbanos
D) cônjuge.
guarda-noturno = guardas-noturnos
03.Assinale a alternativa incorreta. 09.Aponte a alternativa em que nem todas as palavras
apresentem sufixo de grau diminutivo:
A) Borboleta é substantivo epiceno.
B) Rival é comum de dois gêneros. A) poemeto, maleta
C) Omoplata é substantivo masculino. B) rapazola, bandeirola
D) Vítima é substantivo sobrecomum. C) viela, ruela
D) menininho, carinho
04.Indique o período que não contém um substantivo no
grau diminutivo. 10.A alternativa em que há um substantivo cuja mudança
de gênero não altera o significado.
A) Todas as moléculas foram conservadas com as
propriedades particulares, independentemente da A) cabeça, cisma, capital
atuação do cientista. B) águia, rádio, crisma
B) O ar senhoril daquele homúnculo transformou-o no C) cura, grama, cisma
centro de atenções na tumultuada assembleia. D) agente, praça, lama
C) Através da vitrina da loja, a pequena observava cu-
riosamente os objetos decorados expostos à venda,
por preço bem baratinho.
D) De momento a momento, surgiam curiosas som- 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
bras e vultos apressados na silenciosa viela.
D D C C C D B A D D
05.Assinale a alternativa que contenha substantivos, res-
pectivamente, abstrato, concreto e concreto: ADJETIVO

A) fada, fé, menino; Adjetivo é a classe gramatical que modifica um subs-

B) fé, fada, beijo; tantivo, atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser.
C) beijo, fada, menino; Um adjetivo normalmente exerce uma dentre três fun-
D) amor, pulo, menino. ções sintáticas na oração: adjunto adnominal ou predica-
tivo.
06.Marque a alternativa em que haja somente substanti- Os adjetivos podem ser explicativos, que denotam qua-
vos sobrecomuns: lidade essencial do ser, qualidade inerente, isto é, quali-
dade que não pode ser retirada do substantivo. Por exem-
A) pianista – estudante – criança; plo, todo homem é mortal, todo fogo é quente, todo leite é
B) dentista – borboleta – comentarista; branco, então mortal, quente e branco são adjetivos expli-
C) crocodilo – sabiá – testemunha; cativos, em relação a homem, fogo e leite.
D) vítima – cadáver – testemunha. Já os adjetivos restritivos denotam qualidade adicio-
nada ao ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do
07. Assinale a alternativa em que ocorre metafonia entre substantivo. Por exemplo, nem todo homem é inteligente,
os pares: nem todo fogo é alto, nem todo leite é enriquecido, então
inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos, em
A) caderno – cadernos. relação a homem, fogo e leite.
B) imposto – impostos.
C) poste – postes. Adjetivo Pátrio
D) copo – copos. É o que Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do
ser. Observe alguns deles:
08. Assinale o plural indevido
Estados e cidades brasileiros:
A) contas-correntes Acre = acreano
B) mãos-boba Alagoas = alagoano
C) abelhas-mestras Amapá = amapaense
D) salários-família Aracaju = aracajuano ou aracajuense
Amazonas = amazonense ou baré
Belém (PA) = belenense
Belo Horizonte = belo-horizontino
Boa Vista = boa-vistense Adjetivos pátrios compostos
Brasília = brasiliense Na formação de adjetivos pátrios compostos, o primeiro
Cabo Frio = cabo-friense elemento aparece na forma reduzida e, normalmente,
Campinas = campineiro ou campinense erudita.
Curitiba = curitibano
Espírito Santo = espírito-santense ou capixaba Observe alguns exemplos:
Fernando de Noronha = noronhense
Florianópolis = florianopolitano África = afro- / Cultura afro-americana
Fortaleza = fortalezense Alemanha = germano- ou teuto- / Competições teuto-
Goiânia = goianiense inglesas
João Pessoa = pessoense América = américo- / Companhia américo-africana
Macapá = macapaense Ásia = ásio- / Encontros ásio-europeus
Maceió = maceioense Áustria = austro- / Peças austro-búlgaras
Manaus = manauense Bélgica = belgo- / Acampamentos belgo-franceses
Maranhão = maranhense China = sino- / Acordos sino-japoneses
Marajó = marajoara Espanha = hispano- / Mercado hispano-português
Natal = natalense ou papa-jerimum Europa = euro- / Negociações euroamericanas
Porto Alegre = porto-alegrense França = franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
Porto Velho = porto-velhense Grécia = greco- / Filmes greco-romanos
Ribeirão Preto = ribeiropretense Índia = indo- / Guerras indo-paquistanesas
Rio de Janeiro (estado) = fluminense Inglaterra = anglo- / Letras anglo-portuguesas
Rio de Janeiro (cidade) = carioca Itália = ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Rio Branco = rio-branquense Japão = nipo- / Associações nipo-brasileiras
Rio Grande do Norte = rio-grandense-do-norte, norte-rio- Portugal = luso- / Acordos luso-brasileiros
grandense ou potiguar
Rio Grande do Sul = rio-grandense-do-sul, sul-riogranden- Locução Adjetiva
se ou gaúcho.
Rondônia = rondoniano Em muitos casos, prefere-se usar, no lugar de um adjeti-
Roraima = roraimense vo, uma expressão formada por mais de uma palavra
Salvador (BA) = salvadorense ou soteropolitano para caracterizar o substantivo. Essa expressão, que tem
Santa Catarina = catarinense, catarineta ou barriga-verde o mesmo valor e o mesmo sentido de um adjetivo, recebe
Santarém = santarense o nome de locução adjetiva.
São Paulo (estado) = paulista
São Paulo (cidade) = paulistano Observe alguns exemplos:
Sergipe = sergipano
Teresina = teresinense de águia = aquilino
Tocantins = tocantinense de aluno = discente
de anjo = angelical
Países de ano = anual
Croácia = croata de aranha = aracnídeo
Costa Rica= costa-riquense de asno = asinino
Curdistão = curdo de baço = esplênico
Estados Unidos = estadunidense, norte-americano ou de bispo = episcopal
ianque. de bode = hircino
El Salvador = salvadorenho de boi = bovino
Guatemala = guatemalteco de bronze = brônzeo ou êneo
Índia = indiano ou hindu (os que professam o hinduísmo) de cabelo = capilar
Irã = iraniano de cabra = caprino
Israel = israelense ou israelita de campo = campestre ou rural
Moçambique = moçambicano de cão = canino
Mongólia = mongol ou mongólico de carneiro = arietino
Panamá = panamenho de cavalo = cavalar, equino, equídio ou hípico
Porto Rico = porto-riquenho de chumbo = plúmbeo
Somália = somali de chuva = pluvial
de cinza = cinéreo
de coelho = cunicular
de cobre = cúprico
de couro = coriáceo
de criança = pueril
de dedo = digital
de diamante = diamantino ou adamantino
de elefante = elefantino
de enxofre = sulfúrico
de esmeralda = esmeraldino
de estômago = estomacal ou gástrico
de falcão = falconídeo
de farinha = farináceo
de fera = ferino
de ferro = férreo
de fígado = figadal ou hepático
de fogo = ígneo
de gafanhoto = acrídeo
de garganta = gutural
de gelo = glacial
de gesso = gípseo
de guerra = bélico
de homem = viril ou humano
de ilha = insular
de intestino = celíaco ou entérico
de inverno = hibernal ou invernal
de lago = lacustre
de laringe = laríngeo
de leão = leonino
de lebre = leporino
de lobo = lupino
de lua = lunar ou selênico
de macaco = simiesco, símio ou macacal
de madeira = lígneo
de marfim = ebúrneo ou ebóreo
de mestre = magistral
de monge = monacal
de neve = níveo ou nival
de nuca = occipital
de orelha = auricular
de ouro = áureo
de ovelha = ovino
de paixão = passional
de pâncreas = pancreático
de pato = anserino
de peixe = písceo ou ictíaco
de pombo = columbino
de porco = suíno ou porcino
de prata = argênteo ou argírico
dos quadris = ciático
de raposa = vulpino
de rio = fluvial
de serpente = viperino
de sonho = onírico
de terra = telúrico, terrestre ou terreno
de trigo = tritício
de urso = ursino
de vaca = vacum
de velho = senil
de vento = eólico
de verão = estival
de vidro = vítreo ou hialino
de virilha = inguinal
FLEXÕES DO ADJETIVO
Gênero e Número
O adjetivo concorda com o substantivo a que se refere
em gênero e número (masculino e feminino; singular e
plural). Caso o adjetivo seja representado por um subs-
tantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver
qualificando um elemento for, originalmente, um substan-
tivo, ela manterá sua forma primitiva e passará a ser de-
nominado de substantivo adjetivado. Por exemplo, a pala-
vra cinza é originalmente um substantivo, porém, se esti-
ver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo.
Ficará, então invariável. Camisas cinza, ternos cinza.
Exs.: Carros amarelos e motos vinho.
Telhados marrons e paredes musgo.
Espetáculos gigantescos e comícios monstro.
Adjetivo composto
Com raras exceções, o adjetivo composto tem seus
elementos ligados por hífen. Apenas o último elemento
concorda com o substantivo a que se refere; os demais
ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elemen-
tos que formam o adjetivo composto seja um substantivo
adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por
exemplo, a palavra rosa é originalmente um substantivo,
porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará
como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen,
formará um adjetivo composto; como é um substantivo
adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável.
Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro.
Exs.: Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo
composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis.
Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm
os dois elementos flexionados.
GRAU DO ADJETIVO Superlativo absoluto

Comparativo O grau superlativo absoluto caracteriza um ou mais seres,

Compara uma qualidade entre dois elementos ou duas
qualidades de um mesmo elemento.
São três os comparativos:
• de superioridade: Para alguns alunos, Português é
mais fácil que Química.
• de igualdade: Para alguns alunos, Português é tão fácil
quanto Química.
• de inferioridade: Para alguns alunos, Português é me-
nos fácil que Química.
atribuindo qualidades em grau muito elevado.
GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO ANALÍTICO
Grau superlativo absoluto analítico = palavra intensifica-
dora (muito; extremamente; excessivamente; imensamen-
te) + adjetivo
Exs.: A sobremesa é muito doce.
O teste foi extremamente fácil.
O professor é imensamente sábio.

Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (me- GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO SINTÉTICO
lhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas
entre duas qualidades de um mesmo elemento, devem-se Grau superlativo absoluto sintético = adjetivo+sufixo (-
usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais íssimo; -imo; - ílimo; -érrimo)
grande e mais pequeno. Por exemplo, Pedro é maior do
que Paulo, pois está-se fazendo a comparação de dois Exs.: A sobremesa é dulcíssima.
elementos, mas Pedro é mais grande que pequeno, pois O teste foi facílimo.
está-se fazendo a comparação de duas qualidades de um O professor é sapientíssimo.
mesmo elemento.
Superlativos absolutos sintéticos eruditos
Exs.:Edmundo foi condenado, mas ele é mais bom do que
mau. Alguns adjetivos no grau superlativo absoluto sintético
Joaquim é mais bom do que esperto. apresentam a primitiva forma latina, daí serem chamados
de eruditos. Por exemplo, o adjetivo magro possui dois
Grau superlativo superlativos absolutos sintéticos: o normal, magríssimo, e
No grau superlativo, é feita a caracterização de um ou o erudito, macérrimo.
mais seres, atribuindo qualidades em grau muito elevado
ou em maior ou menor grau que os demais seres. Eis uma pequena lista de superlativos absolutos sintéti-
cos:
Superlativo relativo
O grau superlativo relativo caracteriza um ou mais se- benéfico = beneficentíssimo
res em maior ou menor grau que os demais seres. bom = boníssimo ou ótimo
célebre = celebérrimo
GRAU SUPERLATIVO RELATIVO DE INFERIORIDADE comum = comuníssimo
cruel = crudelíssimo
Grau superlativo relativo de inferioridade = o menos (adje- difícil = dificílimo
tivo) doce = dulcíssimo
fácil = facílimo
Exs.: Pedro é o menos inteligente da turma. fiel = fidelíssimo
Ana é a menos faladora das amigas. frágil = fragílimo
frio = friíssimo ou frigidíssimo
GRAU SUPERLATIVO RELATIVO DE SUPERIORIDADE humilde = humílimo
jovem = juveníssimo
Grau superlativo relativo de superioridade = o mais (adje- livre = libérrimo
tivo) magnífico = magnificentíssimo
magro = macérrimo ou magríssimo
Exs.: Ela é a pessoa mais educada deste mundo! manso = mansuetíssimo
Meu irmão é o mais rápido dos corredores. mau = péssimo
nobre = nobilíssimo
pequeno = mínimo
pobre = paupérrimo ou pobríssimo
preguiçoso = pigérrimo
próspero = prospérrimo
sábio = sapientíssimos
sagrado = sacratíssimo
ARTIGO
É a palavra variável em gênero e número que precede
um substantivo, determinando-o de modo preciso (artigo
definido) ou vago (artigo indefinido).
Os artigos classificam-se em:
01) Artigos Definidos: o, a, os, as.
02) Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.
Exs.:O garoto pediu dinheiro. (Antecipadamente, sabe-se
quem é o garoto.)
Um garoto pediu dinheiro. (Refere-se a um garoto
qualquer, de forma genérica.)
EMPREGO DOS ARTIGOS
Ambos
Usa-se o artigo entre o numeral ambos e o elemento pos-
terior, caso este exija o seu uso.
Exs.:Ambos os atletas foram declarados vencedores.
(Atletas é substantivo que exige artigo.)
Ambas as leis estão obsoletas. (Leis é substantivo
que exige artigo.)
Ambos vocês estão suspensos. (Vocês é pronome de
tratamento que não admite artigo.)
Todos
Usa-se o artigo entre o pronome indefinido todos e o ele-
mento posterior, caso este exija o seu uso.
Exs.:Todos os atletas foram declarados vencedores.
Todas as leis devem ser cumpridas.
Todos vocês estão suspensos.
Todo
Diante do pronome indefinido todo, usa-se o artigo, para
indicar totalidade; não se usa, para indicar generalização.
Exs.:Todo o país participou da greve. (O país todo, inteiro.)
Todo país sofre por algum motivo. (Qualquer país,
todos os países.)
Cujo
Não se usa artigo após o pronome relativo cujo.
Ex.: As mulheres, cujas bolsas desapareceram, ficaram
revoltadas. (e não cujo as bolsas.)
Pronomes Possessivos
Diante de pronomes possessivos, o uso do artigo é facul-
tativo.
Exs.: Encontrei seus amigos no Shopping.
Encontrei os seus amigos no Shopping.
Nomes de pessoas
Diante de nome de pessoas, só se usa artigo, para indicar
afetividade ou familiaridade.
Ex.: O Pedrinho mandou uma carta a Fernando Henrique
Cardoso.
Casa
Só se usa artigo diante da palavra casa (lar, moradia), se a
palavra estiver especificada.
Exs.: Saí de casa há pouco.
Saí da casa de Gilberto há pouco.
Terra
Se a palavra terra significar "chão firme", só haverá artigo,
quando estiver especificada. Se significar planeta, usa-se
com artigo. Em oposição a “ar” e mar”, não aceita artigo.
Exs.:Os marinheiros voltaram de terra, pois irão à terra do
comandante.
Os astronautas voltaram da Terra.
A aeronave está em terra. (e não terra)
Nomes de lugar
Só se usa artigo diante da maioria dos nomes de lugar,
quando estiver qualificado.
Ex.: Estive em São Paulo, ou melhor, estive na São Paulo
de Mário de Andrade.
Nota: Alguns nomes de lugares vêm acompanhados de
artigo: a Bahia / o Rio de Janeiro / o Cairo; outros têm o
uso do artigo facultativo. São eles: África, Ásia, Europa,
Espanha, França, Holanda e Inglaterra.
Nomes de jornais, revistas:
Não se deve combinar com preposição o artigo que faz
parte do nome de jornais, revistas, obras literárias.
Ex.: Li a notícia em O Estado de São Paulo.
NUMERAL
É a palavra que indica a quantidade de elementos ou sua
ordem de sucessão. Dependendo do que o numeral indica,
ele pode ser:
• Cardinal, que indica a quantidade de seres.
Exs: 562.983.665 = Quinhentos e sessenta e dois milhões
novecentos e oitenta e três mil seiscentos e sessenta
e cinco
42.002 = Quarenta e dois mil e dois.
42.020 = Quarenta e dois mil e vinte.
42.200 = Quarenta e dois mil e duzentos.
42.220 = Quarenta e dois mil duzentos e vinte.

• Ordinal, que indica a ordem de sucessão, a posição 02) Na designação de séculos, reis, papas, príncipes, im-
ocupada por um ser numa determinada série. peradores, capítulos, festas, feiras, etc., utilizam-se alga-
rismos romanos. A leitura será por ordinal até X; a partir
• Multiplicativo, que indica a multiplicação de seres. daí (XI, XII ...), por cardinal. Se o numeral preceder o subs-
tantivo, sempre será lido como ordinal.
• Fracionário, que indica divisão, fração
Exs.:XXXVIII Feira Agropecuária. = Trigésima oitava Feira
Numerais ordinais Agropecuária.
II Bienal Cultural = Segunda Bienal Cultural.
Exs.: 869º = Octingentésimo sexagésimo nono. Papa João Paulo II = Papa João Paulo segundo.
582º = Quingentésimo octogésimo segundo. Papa João XXIII = Papa João vinte e três.
916º = Noningentésimo décimo sexto.
759º = Septingentésimo quinquagésimo nono. 03) Os numerais ordinais acima de 1.999º têm duas leitu-
ras possíveis:
Numerais Multiplicativos
Exs.: 2.000º = O dois milésimo ou O segundo milésimo.
Exs.: dobro, duplo, dúplice 89.428 = O oitenta e nove milésimo quadringentési-
triplo, tríplice mo vigésimo oitavo ou O octogésimo nono milésimo
quádruplo quadringentésimo vigésimo oitavo
quíntuplo
sêxtuplo 04) Zero, ambos e ambas também são numerais.
séptuplo
óctuplo
nônuplo
décuplo
undéclupo EXERCÍCIOS SOBRE ARTIGO,
duodécuplo ADJETIVO E NUMERAL
13 em diante cardinal + vezes
cêntuplo 01.Em: "Os homens são os melhores fregueses", “os me-
lhores” encontra-se no grau:
Numerais Fracionários
A) comparativo de superioridade.
Exs.: meio / metade B) superlativo relativo de superioridade.
terço C) superlativo absoluto sintético.
quarto D) superlativo absoluto analítico de superioridade.
quinto
onze avos 02.“O desagradável da questão era vê-lo de mau humor
depois da troca de turno”. Na frase acima, as palavras
Emprego dos Numerais destacadas comportam-se, respectivamente, como:

01) Intercala-se a conjunção “e” entre as centenas e as A) substantivo, adjetivo, substantivo.

dezenas e entre as dezenas e as unidades, mas entre os B) adjetivo, advérbio, verbo.
números que formam centena-dezena-unidade, nada se C) substantivo, adjetivo, verbo.
coloca; nem vírgula, nem “e”, a não ser que seja centena D) substantivo, advérbio, substantivo.
ou dezena inteira.
03.Em algumas gramáticas, o adjetivo vem definido como
sendo “a palavra que modifica o substantivo".
Assinale a alternativa em que o adjetivo destacado
contraria a definição.
A) Li um livro lindo.
B) Beber água é saudável.
C) Cerveja gelada faz mal.
D) Gente fina é outra coisa!
04.Indique a alternativa em que não é atribuída a ideia de
superlativo ao adjetivo.
A) É uma ideia agradabilíssima.
B) Era um rapaz alto, alto, alto.
C) Saí de Iá hipersatisfeito.
D) Almocei tremendamente bem.
09.Entre os adjetivos abaixo, aquele que é classificado
como de relação, não sofrendo modificações de grau
é:
A) artista famoso.
B) bolsa cara.
C) roupa importada.
D) desempenho admirável.
10.O SBT fará uma homenagem digna da história de seu
proprietário e principal apresentador: no próximo dia
12 [12.12.2015]: colocará no ar um especial com 2h30
de duração em homenagem a Silvio Santos. É o dia de
seu aniversário de 85 anos.
(http://tvefamosos.uol.com.br/noticias)
As informações textuais permitem afirmar que, em
12.12.2015, Sílvio Santos completou seu

05.Qual a palavra ou expressão grifada que não tem valor

A) octogenário quinquagésimo aniversário.
adjetivo:
B) octogésimo quinto aniversário.
C) octingentésimo quinto aniversário.
A) “Vontade de mudar as cores do vestido tão feias”.
D) otogésimo quinto aniversário.
B) “De minha pátria, de minha pátria sem sapatos”.
C) “Vi minha humilde morte cara a cara”.
11.Em “Segundo eles, na hora de tomar uma decisão, o
D) “Em longas lágrimas amargas”.
cérebro reúne um monte de informações”, o termo des-
tacado é
06.Assinale a opção em que a locução destacada tem
valor adjetivo:
A) um numeral.
B) um advérbio de ordem.
A) comprou papel de seda;
C) um advérbio que expressa tempo.
B) cortou-o com amor;
D) uma conjunção que expressa conformidade.
C) mudava de cor;
D) gritava com maldade.
12.“O século XX foi marcado por grandes guerras de re-
percussão mundial em razão de seu alcance e do nú-
07.Assinale a alternativa em que há erro no emprego do
mero de países envolvidos. Já o século XXI apresenta
artigo.
guerras locais ou regionais, mas que de certa forma se
tornam mundiais pelo número de espectadores. Isso
A) Li a noticia no Estado de S. Paulo.
se dá graças à tecnologia de informação, que envolve
B) li a noticia em O Estado de S. Paulo.
direta ou indiretamente cidadãos de quase todo o
C) Essa notícia, eu a vi em A Gazeta.
mundo”.
D) Vi essa notícia em A Gazeta.
Lemos os numerais XX e XXI como cardinais (vinte,
08.Assinale a alternativa em que esteja correta a estrutu-
vinte e um); o numeral romano que deve ser lido como
ra quanto ao uso (ou não) do artigo definido antes da
ordinal é:
palavra TERRA.
A) João XXIII;
A) Os aviões já estão na terra.
B) Pio XII;
B) Os astronautas já estão na Terra.
C) Pedro IV;
C) Na terra, o almirante tenta resolver o impasse.
D) Capítulo XVI.
D) Os turistas já chegaram em terra dos vinhedos.
 Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em
dois tipos: os átonos, que não são antecedidos por prepo-
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 sição, e os tônicos, precedidos por preposição.

B A B D C A A B C B
Pronomes oblíquos átonos
11 12 — — — — — — — — Os pronomes oblíquos átonos são os seguintes: me, te,
se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.
D C — — — — — — — —

Pronomes oblíquos tônicos

PRONOME
É a palavra variável em gênero, número e pessoa que
substitui ou acompanha o nome (substantivo), indicando-
o como pessoa do discurso.
Quando o pronome substituir um substantivo, será deno-
minado pronome substantivo; quando acompanhar um
substantivo, será denominado pronome adjetivo.
Por exemplo, na frase “Aqueles garotos estudam bastan-
te; eles serão aprovados com louvor”. “Aqueles” é um
pronome adjetivo, pois acompanha o substantivo “garo-
tos” e “eles” é um pronome substantivo, pois acompanha
o mesmo substantivo.
PRONOMES PESSOAIS RETOS E OBLÍQUOS
Os pronomes oblíquos tônicos são os seguintes: mim,
comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós,
convosco, eles, elas.
Eu, tu / Mim, ti
Eu e tu exercem a função sintática de sujeito. Mim e ti
exercem a função sintática de complemento verbal ou
nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre
são precedidos de preposição.
Exs.:Trouxeram aquela encomenda para mim.
Era para eu conversar com o diretor, mas não houve
condições.
Agora, observe o período “Sei que não será fácil para mim
conseguir o empréstimo”. O pronome “mim” NÃO é sujeito
do verbo conseguir, como à primeira vista possa parecer.
Analisando mais detalhadamente, teremos o seguinte: o
sujeito do verbo ser é a oração conseguir o empréstimo,
pois que não será fácil? Resposta: conseguir o emprésti-
mo, portanto há uma oração subordinada substantiva
subjetiva reduzida de infinitivo, que é a oração que funci-
ona como sujeito, tendo o verbo no infinitivo. O verbo ser
é verbo de ligação, portanto fácil é predicativo do sujeito.
O adjetivo fácil exige um complemento, pois conseguir o
empréstimo não será fácil para quem? Resposta: para
mim, que funciona como complemento nominal. Ademais
a ordem direta da oração é esta: Conseguir o empréstimo
não será fácil para mim.

Se, si, consigo

PRONOMES PESSOAIS RETOS são aqueles que indicam
uma das três pessoas do discurso: a que fala, a com
quem se fala e a de quem se fala.
PRONOMES PESSOAIS DO CASO OBLÍQUO são os que
desempenham a função sintática de complemento verbal
(objeto direto ou indireto), complemento nominal, agente
da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal ou sujei-
to acusativo (sujeito de oração reduzida).
Se, si, consigo são pronomes reflexivos ou recíprocos,
portanto só poderão ser usados na voz reflexiva ou na voz
reflexiva recíproca.
Exs.: Quem não se cuida, acaba ficando doente.
Quem só pensa em si, acaba ficando sozinho.
Gilberto trouxe consigo os três irmãos.
Com nós, com vós / Conosco, convosco
Usa-se com nós ou com vós, quando, à frente, surgir qual-
quer palavra que indique quem "somos nós" ou quem
"sois vós".
Exs.:Ele conversou com nós todos a respeito de seus pro-
blemas.
Ele disse que sairia com nós dois.
Quero estar com vós todos.
Dele, do + subst. / De ele, de o + subst.
Quando os pronomes pessoais ele(s), ela(s), ou qualquer
substantivo, funcionarem como sujeito, não devem ser
aglutinados com a preposição “de”.
Exs.:É chegada a hora de ele assumir a responsabilidade.
No momento de o orador discursar, faltou-lhe a pala-
vra.
PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS
Os pronomes oblíquos átonos são me, te, se, o, a, lhe, nos,
vos, os as, lhes. Eles podem exercer diversas funções
sintáticas nas orações. São elas:
A) Objeto Direto
Os pronomes que funcionam como objeto direto são me,
te, se, o, a, nos, vos, os, as.
Exs.: Quando encontrar seu material, traga-o até mim.
Respeite-me, garoto.
Levar-te-ei a São Paulo amanhã.
Notas:
01) Se o verbo for terminado em M, ÃO ou ÕE, os prono-
mes o, a, os, as se transformarão em no, na, nos, nas.
Exs.: Quando encontrarem o material, tragam-no até mim.
Os sapatos, põe-nos fora, para aliviar a dor.
02) Se o verbo terminar em R, S ou Z, essas terminações
serão retiradas, e os pronomes o, a, os, as mudarão para
lo, la, los, las.
Exs.:Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las
até mim.
As apostilas, tu perde-las toda semana. (Pronuncia-
se pérde-las)
As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com
facilidade.
03) Independentemente da predicação verbal, se o verbo
terminar em mos, seguido de nos ou de vos, retira-se a
terminação -s.
Exs.: Encontramo-nos ontem à noite.
Recolhemo-nos cedo todos os dias.
04) Se o verbo for transitivo indireto terminado em s, se-
guido de lhe, lhes, não se retira a terminação s.
Exs.: Obedecemos-lhe cegamente.
Tu lhe obedeces?
B) Objeto Indireto
Os pronomes que funcionam como objeto indireto são
me, te, se, lhe, nos, vos, lhes.
Exs.: Traga-me as apostilas, quando as encontrar.
Obedecemos-lhe cegamente.
C) Adjunto adnominal
Os pronomes que funcionam como adjunto adnominal
são me, te, lhe, nos, vos, lhes, quando indicarem posse
(algo de alguém).
Exs.:Quando Clodoaldo morreu, Soraia recebeu-lhe a he-
rança. (a herança dele)
Roubaram-me os documentos. (os documentos de
alguém - meus)
D) Complemento nominal
Os pronomes que funcionam como complemento nominal
são me, te, lhe, nos, vos, lhes, quando complementarem o
sentido de adjetivos, advérbios ou substantivos abstratos.
(algo a alguém, não provindo a preposição “a” de um ver-
bo).
Exs.: Tenha-me respeito. (respeito a alguém)
É-me difícil suportar tanta dor. (difícil a alguém)
E) Sujeito do acusativo
Os pronomes que funcionam como sujeito acusativo são
me, te, se, o, a, nos, vos, os, as, quando estiverem em um
período composto formado pelos verbos fazer, mandar,
ver, deixar, sentir ou ouvir, e um verbo no infinitivo ou no
gerúndio.
Exs.: Deixei-a entrar atrasada.
Mandaram-me conversar com o diretor.
PRONOMES (PESSOAIS) DE TRATAMENTO
São pronomes empregados no trato com as pessoas,
familiarmente ou respeitosamente. Embora o pronome de
tratamento se dirija à segunda pessoa, toda a concordân-
cia deve ser feita com a terceira pessoa. Usa-se Vossa,
quando conversamos com a pessoa, e Sua, quando fala-
mos da pessoa.
Exs. Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas res-
ponsabilidades e não com as de Sua Excelência, o Prefei-
to, que se encontra ausente.
Eis uma pequena lista de pronomes de tratamento: Outros exemplos:

PRONOME DE UTILIZADO 01) Encontrei o garoto. Você estava procurando o garoto.

ABREVIATURA
TRATAMENTO PARA
Presidente da República, Substantivo repetido = garoto
Senadores da República, Colocação do pronome após o substantivo = Encontrei o
Ministro de Estado, Deputa- garoto que ...
Vossa V. Ex.ª dos, Prefeitos, Embaixadores, Restante da outra oração = ... você estava procurando.
Excelência Cônsules, Vereadores, Chefes
das Casas Civis e Casas Junção de tudo = Encontrei o garoto que você estava
Militares, Desembargadores procurando.
de Justiça, Promotores,
Curadores, Oficiais Começando pela outra oração:
(De Generais até Coronéis)
Vossa Colocação do pronome após o substantivo = Você estava
V. Magª Reitores de Universidades
Magnificência procurando o garoto que ...
Vossa Diretores de Autarquias Fede- Restante da outra oração = ... encontrei
V. S.ª Junção de tudo = Você estava procurando o garoto que
Senhoria rais, Estaduais e Municipais
Meritíssimo Juiz M. Juiz Juízes de Direito encontrei.
Vossa Santidade V.S. Papa
Vossa Abades, superiores de 02) Eu vi o rapaz. O rapaz era seu amigo.
Eminência V. Revma. conventos, monsenhores,
Reverendíssima sacerdotes. Substantivo repetido = rapaz
Vossa Colocação do pronome após o substantivo = Eu vi o rapaz
V.M. Reis e Imperadores que ...
Majestade
Príncipes, Arquiduques e Restante da outra oração = ... era seu amigo.
Vossa Alteza V.A. Junção de tudo = Eu vi o rapaz que era seu amigo.
Duques

PRONOMES RELATIVOS Começando pela outra oração:

Que
Esse pronome deve ser utilizado com o intuito de subs-
tituir um substantivo (pessoa ou "coisa"), evitando sua
repetição. Na montagem do período, deve-se colocá-lo
imediatamente após o substantivo repetido, que passará
a ser chamado de elemento antecedente. Por exemplo,
nas orações “Roubaram a peça. A peça era rara no Brasil”,
há o substantivo peça repetido. Pode-se usar o pronome
relativo “que” e, assim, evitar a repetição de “peça”. O
pronome será colocado após o substantivo. Então, tere-
mos “Roubaram a peça que...”. Esse “que” está no lugar
da palavra “peça” da outra oração. Deve-se, agora, termi-
nar a outra oração: “...era rara no Brasil”, ficando “Rouba-
ram a peça que era rara no Brasil”.
Pode-se, também, iniciar o período pela outra oração,
colocando o pronome após o substantivo. Então, tem-se A
peça que...Esse “que” está no lugar da palavra peça da
outra oração. Deve-se, agora, terminar a outra oração:
...roubaram, ficando A peça que roubaram.... Finalmente,
conclui-se a oração que se havia iniciado: ...era rara no
Brasil, ficando A peça que roubaram era rara no Brasil.
Colocação do pronome após o substantivo = O rapaz que
...
Restante da outra oração = ... eu vi ...
Finalização da oração que se havia iniciado = ... era seu
amigo
Junção de tudo = O rapaz que eu vi era seu amigo.
03) Nós assistimos ao filme. Vocês perderam o filme.
Substantivo repetido = filme
Colocação do pronome após o substantivo = Nós assisti-
mos ao filme que ...
Restante da outra oração = ... vocês perderam.
Junção de tudo = Nós assistimos ao filme que vocês per-
deram.
Começando pela outra oração:
Colocação do pronome após o substantivo = Vocês perde-
ram o filme que ...
Restante da outra oração = ... nós assistimos
Junção de tudo = Vocês perderam o filme a que nós as-
sistimos.
04) O gerente precisa dos documentos. O assessor encon-
trou os documentos
Substantivo repetido = documentos
Colocação do pronome após o substantivo = O gerente
precisa dos documentos que
Restante da outra oração = ... o assessor encontrou
Junção de tudo = O gerente precisa dos documentos que
o assessor encontrou.
Começando pela outra oração:
Colocação do pronome após o substantivo = O assessor
encontrou os documentos que ...
Restante da outra oração = ... o gerente precisa.
O verbo precisar está usado com a preposição “de”, por-
tanto ela será colocada antes do pronome relativo.
Junção de tudo = O assessor encontrou os documentos
de que o gerente precisa.
Obs: O pronome “que” pode ser substituído por “o qual”, “a
qual”, “os quais” e “as quais” sempre. O gênero e o núme-
ro são de acordo com o substantivo substituído.
Os exemplos apresentados ficarão, então, assim, com o
“que” substituído por “qual”:
Encontrei o livro o qual você estava procurando. Você
estava procurando o livro o qual encontrei.
Eu vi o rapaz o qual é seu amigo. O rapaz o qual vi é seu
amigo.
Nós assistimos ao filme o qual vocês perderam. Vocês
perderam o filme ao qual nós assistimos.
O gerente precisa dos documentos os quais o assessor
encontrou. O assessor encontrou os documentos dos
quais o gerente precisa.
Obs: Todos os pronomes relativos iniciam Oração Subor-
dinada Adjetiva, portanto todos os períodos apresentados
contêm oração subordinada adjetiva.
Cujo
Este pronome indica posse (algo de alguém).
Na montagem do período, deve-se colocá-lo entre o pos-
suidor e o possuído (alguém cujo algo)
Por exemplo nas orações “Antipatizei com o rapaz. Você
conhece a namorada do rapaz. O substantivo repetido
rapaz “possui” namorada. Deveremos, então, usar o pro-
nome relativo cujo, que será colocado entre o possuidor e
o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então,
tem-se a namorada do rapaz = o rapaz cujo a namorada.
Não se pode, porém, usar artigo (o, a, os, as) depois de
cujo. Ele deverá contrair-se com o pronome, ficando: cujo
+ o = cujo; cujo + a = cuja; cujo + os = cujos; cujo + as =
cujas. Então a frase ficará o rapaz cuja namorada. So-
mando as duas orações, tem-se “Antipatizei com o rapaz
cuja namorada você conhece”.
Outros exemplos:
01) A árvore foi derrubada. Os frutos da árvore são veneno-
sos.
Substantivo repetido = árvore - o substantivo repetido
possui algo.
Algo de alguém = a árvore cujos frutos. Somando as duas
orações, tem-se “A árvore cujos frutos são venenosos foi
derrubada”.
Começando pela outra oração:
Colocação do pronome que após o substantivo = Os fru-
tos da árvore que ...
Restante da outra oração = ... foi derrubada ...
Finalização da oração que se havia iniciado = ... são ve-
nenosos
Junção de tudo = Os frutos da árvore que foi derrubada
são venenosos.
02) O artista morreu ontem. Eu falara da obra do artista.
Substantivo repetido = artista - o substantivo repetido
possui algo.
Somando as duas orações, tem-se “O artista de cuja obra
eu falara morreu ontem”.
Observe que, nesse último exemplo, a junção de tudo fi-
cou incompleta, pois a segunda oração é Eu falara da
obra do artista, porém, na junção, a preposição “de” desa-
pareceu. Portanto, o período está inadequado gramati-
calmente. A explicação é a seguinte: Quando o verbo da
oração subordinada adjetiva exigir preposição, deve-se
colocá-la antes do pronome relativo. Então, tem-se: O
artista de cuja obra eu falara morreu ontem.
03) As pessoas estão presas. Eu acreditei nas palavras
das pessoas.
Substantivo repetido = pessoas - o substantivo repetido
possui algo.
Algo de alguém = as pessoas cujas palavras.
Somando as duas orações, tem-se ”As pessoas cujas
palavras acreditei estão presas”. O verbo acreditar está
usado com a preposição “em”, portanto ela será colocada
antes do pronome relativo. “As pessoas em cujas pala-
vras acreditei estão presas”.
Começando pela outra oração:
Colocação do pronome que após o substantivo = Eu acre-
ditei nas palavras das pessoas que
Restante da outra oração = ... estão presas
Junção de tudo = Eu acreditei nas palavras das pessoas
que estão presas.
Obs.: Todos os pronomes relativos introduzem Oração
Subordinada Adjetiva, portanto todos os períodos apre-
sentados contêm oração subordinada adjetiva.
Quem
Este pronome substitui um substantivo que representa
uma pessoa, evitando sua repetição. Somente deve ser
utilizado antecedido de preposição, inclusive quando fun-
cionar como objeto direto. Nesse caso, haverá a antepo-
sição obrigatória da preposição “a”, e o pronome passará
a exercer a função sintática de objeto direto preposicio-
nado. Por exemplo, na oração “A garota que conheci está
em minha sala”, o pronome “que” funciona como objeto
direto. Substituindo pelo pronome quem, tem-se “A garota
a quem conheci ontem está em minha sala”. Há apenas
uma possibilidade de o pronome “quem” não ser precedi-
do de preposição: quando funcionar como sujeito. Isso só
ocorrerá, quando possuir o mesmo valor de o que, a que,
os que, as que, aquele que, aquela que, aqueles que, aque-
las que, ou seja, quando puder ser substituído por prono-
me demonstrativo (o, a, os, as, aquele, aquela, aqueles,
aquelas) mais o pronome relativo que. Por exemplo: Foi
ele quem me disse a verdade = Foi ele o que me disse a
verdade. Nesses casos o pronome quem será denomina-
do de Pronome Relativo Indefinido.
Na montagem do período, deve-se colocar o pronome
relativo quem imediatamente após o substantivo repetido,
que passará a ser chamado de elemento antecedente. Por
exemplo nas orações Este é o artista. Eu me referi ao ar-
tista ontem. há o substantivo artista repetido. Pode-se
usar o pronome relativo quem e, assim, evitar a repetição
de artista. O pronome será colocado após o substantivo.
Então, tem-se “Este é o artista quem...”. Este quem está
no lugar da palavra artista da outra oração. Deve-se, ago-
ra, terminar a outra oração: ...eu me referi ontem, ficando
“Este é o artista quem me referi ontem”. Como o verbo
referir-se exige a preposição “a”, ela será colocada antes
do pronome relativo. Então tem-se “Este é o artista a
quem me referi ontem”.
Não se pode iniciar o período pela outra oração, pois o
pronome relativo quem só funciona como sujeito, quando
puder ser substituído por o que, a que, os que, as que,
aquele que, aqueles que, aquela que, aquelas que.
Outros exemplos:
01) Encontrei o garoto. Você estava procurando o garoto.
Substantivo repetido = garoto
Colocação do pronome após o substantivo = Encontrei o
garoto quem ...
Restante da outra oração = ... você estava procurando.
Junção de tudo = Encontrei o garoto quem você estava
procurando. Como procurar é verbo transitivo direto, o
pronome “quem” funciona como objeto direto. Então, de-
ve-se antepor a prep. A ao pronome relativo, funcionando
como objeto direto preposicionado. Encontrei o garoto a
quem você estava procurando.
Começando pela outra oração:
Colocação do pronome após o substantivo = Você estava
procurando o garoto quem
Restante da outra oração = ... encontrei
Junção de tudo = Você estava procurando o garoto quem
encontrei. Novamente objeto direto preposicionado:
“Você estava procurando o garoto a quem encontrei”.
02) Aquele é o homem. Eu lhe falei do homem.
Substantivo repetido = homem
Colocação do pronome após o substantivo = Aquele é o
homem quem ...
Restante da outra oração = ... lhe falei.
Junção de tudo = Aquele é o homem quem lhe falei. Como
falar está usado com a prep. de, deve-se antepô-la ao
pronome relativo, ficando Aquele é o homem de quem lhe
falei.
Não se esqueça disto:
O pronome relativo quem somente deve ser utilizado an-
tecedido de preposição; quando for objeto direto, será
antecedido da prep. a, transformando-se em objeto direto
preposicionado; somente funciona como sujeito, quando
puder ser substituído por o que, os que, a que, as que,
aquele que, aqueles que, aquela que aquelas que.
Qual
Este pronome tem o mesmo valor de “que” e de “quem”.
É sempre antecedido de artigo, que concorda com o ele-
mento antecedente, ficando o qual, a qual, os quais, as
quais. Se a preposição que anteceder o pronome relativo
possuir duas ou mais sílabas, só poderemos usar o pro-
nome qual, e não que ou quem. Então só se pode dizer O
juiz perante o qual testemunhei. Os assuntos sobre os
quais conversamos, e não “O juiz perante quem testemu-
nhei” nem “Os assuntos sobre que conversamos”.
Outro exemplo:
Meu irmão comprou o restaurante. Eu falei a você sobre o
restaurante.
Substantivo repetido = restaurante
Colocação do pronome após o substantivo = Meu irmão
comprou o restaurante que ...
Restante da outra oração = ... eu falei a você.
Junção de tudo = Meu irmão comprou o restaurante que
eu falei a você. Observe que o verbo falar, na oração apre-
sentada, foi usado com a preposição “sobre”, que deverá
ser anteposta ao pronome relativo: Meu irmão comprou o
restaurante sobre que eu falei a você. Como a preposição
sobre possui duas sílabas, não se pode usar o pronome
que, e sim o qual, ficando, então, Meu irmão comprou o
restaurante sobre o qual eu falei a você.
Onde
Este pronome tem o mesmo valor de em que.
Sempre indica lugar, por isso funciona sintaticamente
como Adjunto Adverbial de Lugar.
Se a preposição em for substituída pela prep. a ou pela
prep. de, substituiremos onde por aonde e donde, respec-
tivamente.
Por exemplo: O sítio aonde fui é aprazível. A cidade donde
vim fica longe.
Será Pronome Relativo Indefinido, quando puder ser subs-
tituído por O lugar em que. Por exemplo na frase “Eu nasci
onde você nasceu”. = Eu nasci no lugar em que você nas-
ceu.
Outro exemplo:
Eu conheço a cidade. Sua sobrinha mora na cidade.
Substantivo repetido = cidade
Colocação do pronome após o substantivo = Eu conheço
a cidade que...
Restante da outra oração = ... sua sobrinha mora.
Junção de tudo = Eu conheço a cidade que sua sobrinha
mora. O verbo morar exige a preposição “em”, pois quem
mora, mora em algum lugar.
Então;
Eu conheço a cidade em que sua sobrinha mora.
Eu conheço a cidade na qual sua sobrinha mora.
Eu conheço a cidade onde sua sobrinha mora.
Quanto
Este pronome é sempre antecedido de tudo, todos ou
todas, concordando com esses elementos (quanto, quan-
tos, quantas).
Exemplo:
Fale tudo quanto quiser falar.
Traga todos quantos quiser trazer.
Beba todas quantas quiser beber.
Como
“Não gosto da forma como ele ensina.”
Desempenha função sintática de adjunto adverbial de
modo.
PRONOMES POSSESSIVOS
São aqueles que indicam posse, em relação às três pes-
soas do discurso. São eles: meu(s), minha(s), teu(s),
tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vos-
sa(s).
Empregos dos pronomes possessivos
01) O emprego dos possessivos de terceira pessoa seu,
sua, seus, suas pode dar duplo sentido à frase (ambigui-
dade). Para evitar isso, coloca-se à frente do substantivo
dele, dela, deles, delas, ou troca-se o possessivo por esses
elementos.
Ex.: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com
seus documentos.
De quem eram os documentos? Não há como saber. En-
tão a frase está ambígua. Para tirar a ambiguidade, colo-
ca-se, referente ao dono dos documentos: se for Joaquim:
Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus
documentos dele; se for Sandra: Joaquim contou-me que
Sandra desaparecera com seus documentos dela. Pode-
se, ainda, eliminar o pronome possessivo: Joaquim con-
tou-me que Sandra desaparecera com os documentos
dele (ou dela).
02) É facultativo o uso de artigo diante dos possessivos.
Ex.: Trate bem seus amigos. ou Trate bem os seus ami-
gos.
03) Não se devem usar pronomes possessivos diante de
partes do próprio corpo.
Exs.: Amanhã, irei cortar os cabelos.
Vou lavar as mãos.
Menino! Cuidado para não machucar os pés!
04) Não se devem usar pronomes possessivos diante da
palavra casa, quando for a residência da pessoa que esti-
ver falando.
Exs.: Acabei de chegar de casa.
Estou em casa, tranquilo.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Pronomes demonstrativos são aqueles que situam os
seres no tempo e no espaço, em relação às pessoas do
discurso. São os seguintes:
01) Este, esta, isto:
São usados para o que está próximo da pessoa que fala e
para o tempo presente.
Exs.: Este chapéu que estou usando é de couro.
Este ano está sendo cheio de surpresas.
02) Esse, essa, isso:
São usados para o que está próximo da pessoa com
quem se fala, para o tempo passado recente e para o futu-
ro.
Exs.: Esse chapéu que você está usando é de couro?
2003. Esse ano será envolto em mistérios.
Em novembro de 2001, inauguramos a loja. Até esse
mês, nada sabíamos sobre comércio.
03) Aquele, aquela, aquilo:
São usados para o que está distante da pessoa que fala e
da pessoa com quem se fala e para o tempo passado
remoto.
Exs.:Aquele chapéu que ele está usando é de couro?
Em 1974, eu tinha 15 anos. Naquela época, Londrina
era uma cidade pequena.
Outros usos dos demonstrativos
01) Em uma citação oral ou escrita, usa-se este, esta, isto
para o que ainda vai ser dito ou escrito, e esse, essa, isso
para o que já foi dito ou escrito.
Exs.:Esta é a verdade: existe a violência, porque a socie-
dade a permitiu.
Existe a violência, porque a sociedade a permitiu. A
verdade é essa.
02) Usa-se este, esta, isto em referência a um termo ime-
diatamente anterior.
Exs.:O fumo é prejudicial à saúde, e esta deve ser preser-
vada.
Quando interpelei Roberval, este assustou-se inexpli-
cavelmente.
03) Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos
anteriormente citados, usa-se este, esta, isto em relação
ao que foi mencionado por último e aquele, aquela, aquilo,
em relação ao que foi nomeado em primeiro lugar.
Exs.:Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados
Unidos é de domínio destes sobre aquele.
Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto
as novelas, mas eu prefiro aqueles a estas.
04) O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando
equivalem a isto, isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s).
Exs.:Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele
falou)
Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que
aconteceu)
PRONOMES INDEFINIDOS
Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do
discurso de uma maneira vaga, imprecisa, genérica.
São eles: alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, outrem,
mais, menos, demais, algum, alguns, alguma, algumas,
nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas, todo, todos, toda,
todas, muito, muitos, muita, muitas, bastante, bastantes,
pouco, poucos, pouca, poucas, certo, certos, certa, certas,
tanto, tantos, tanta, tantas, quanto, quantos, quanta,
quantas, um, uns, uma, umas, qualquer, quaisquer além
das locuções pronominais indefinidas cada um, cada
qual, quem quer que, todo aquele que, tudo o mais...
Usos de alguns pronomes indefinidos
Todo
O pronome indefinido todo deve ser usado com artigo, se
significar inteiro e o substantivo à sua frente o exigir; ca-
so signifique cada ou todos não terá artigo, mesmo que o
substantivo exija.
Exs.:Todo dia telefono a ela. (Todos os dias)
Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro)
Todo ele ficou machucado. (Ele inteiro, mas a pala-
vra ele não admite artigo)
Todos, todas
Os pronomes indefinidos todos e todas devem ser usados
com artigo, se o substantivo à sua frente o exigir.
Exs.: Todos os colegas o desprezam.
Todas as meninas foram à festa.
Todos vocês merecem respeito.
Algum
O pronome indefinido algum tem sentido afirmativo,
quando usado antes do substantivo; passa a ter sentido
negativo, quando estiver depois do substantivo.
Exs.: Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo)
Algum amigo o ajudará. (Alguém)
Certo
A palavra “certo” será pronome indefinido, quando ante-
ceder substantivo e será adjetivo, quando estiver pospos-
to a substantivo.
Exs.: Certas pessoas não se preocupam com os demais.
As pessoas certas sempre nos ajudam.
Qualquer
O pronome indefinido qualquer não deve ser usado em
sentido negativo. Em seu lugar, deve-se usar algum, pos-
teriormente ao substantivo, ou nenhum.
Exs.:Ele entrou na festa sem qualquer problema. Essa
frase está inadequada gramaticalmente. O adequado
seria
Ele entrou na festa sem problema algum.
Ele entrou na festa sem nenhum problema
PRONOMES INTERROGATIVOS
São os pronomes que, quem, qual e quanto usados em
frases interrogativas diretas ou indiretas.
Exs.:Que farei agora? - Interrogativa direta.
Quanto te devo, meu amigo? - Interrogativa direta.
Qual é o seu nome? - Interrogativa direta.
Não sei quanto devo cobrar por esse trabalho. - Inter-
rogativa indireta.
Notas:
01) Na expressão interrogativa Que é de? subentende-se a
palavra feito: Que é do sorriso? (= Que é feito do sorriso? ),
Que é dele? (= Que é feito dele?). Nunca se deve usar que-
de, quedê ou cadê, pois essas palavras oficialmente não
existem, apesar de, no Brasil, o uso de cadê ser cada dia
mais constante.
02) Não se deve usar a forma o que como pronome inter-
rogativo; usa-se apenas que, a não ser que o pronome
seja colocado depois do verbo.
Exs.:Que você fará hoje à noite? e não O que você fará
hoje à noite?
Que queres de mim?
Você fará o quê?
EXERCÍCIOS SOBRE PRONOMES PESSOAIS
01.Assinale a opção em que houve erro, ao se substituir a
expressão sublinhada pelo pronome pessoal oblíquo:
A) “e faziam coisas incríveis” = e faziam-nas;
B) “onde as pessoas deveriam guardar seu dinheiro” =
onde as pessoas deveriam guardá-lo;
C) “teci cobertor com canto de canarinho” = teci-o com
canto de canarinho;
D) “visitou cada menino”. = visitou-lhe.
02.Preencha as lacunas das frases abaixo com os respec-
tivos pronomes, assinalando a opção certa:
1. De presente, deu-lhe um livro para ____ ler.
2. De presente, deu um livro para _______ .
3. Nada mais há entre ______ e você.
4. Sempre houve entendimento entre _____ e ti.
5. José, espere, vou _____ .
A) ele, mim, eu, eu, comigo;
B) ela, eu, mim, mim, eu, consigo;
C) ela, mim, mim, mim, com você;
D) ela, mim, eu, eu, com você.
03.Assinale a frase incorreta:
 A) espero que você leve consigo o passaporte:
B) já houve discussões graves entre ti e mim;
C) cada um faça por si mesmo a redação;
D) Carlos, desejo falar consigo um instante.
04.Usa-se LHE e não O em :
A) vigiava ___ durante muitas horas;
B) desejo ___ tudo de bom;
C) encarreguei ____ de apanhar o livro;
D) incumbi ___ de informar aos alunos.
05.Em todos os versos, o pronome sublinhado está corre-
tamente classificado, EXCETO em:
A) Estavam todos dormindo / estavam todos deitados
/ dormindo profundamente”: demonstrativo;
B) “ela, a vida, a respondeu / com sua presença viva”:
possessivo;
C) “ - Severino retirante, / deixe agora que lhe diga”:
pessoal;
D) “há uma água clara que cai sobre pedras escuras / e
que pelo som, deixa ver como é fria”: relativo;
06.Em “Tenho uma amiga que certa vez ...” a palavra sub-
linhada é:
A) advérbio de tempo;
B) pronome adjetivo indefinido;
C) pronome adjetivo relativo;
D) pronome substantivo indefinido.
07.Na oração “certos amigos não chegam a ser amigos
certos”, estão em destaque, sucessivamente:
A) adjetivo e pronome;
B) pronome pessoal e pronome relativo;
C) pronome indefinido e adjetivo;
D) pronome adjetivo e pronome indefinido.
08.Assinale a opção que preenche corretamente os espa-
ços no enunciado: “Graciliano Ramos, RacheI de Quei-
roz e Carlos Drummond de Andrade são expoentes
máximos em vossas letras, porém ______se dedicaram
ao romance e ______ à poesia”.
A) aquelas - esse;
B) aqueles - esse;
C) aquelas - este;
D) aqueles - este.
09.Assinale, entre as frases abaixo, o exemplo que mostra
construção errada no emprego de “este / esta / isto”;
“esse / essa / isso” e “aquele / aquela / aquilo”
A) Passe-me esse livro que está perto de você;
B) Já lhe darei este livro que estou folheando;
C) São esses dias que estamos atravessando;
D) Aos cinco anos, entrei para a escola; desde esse
tempo vivo estudando sem parar.
10.Marque a opção com erro gramatical:
A) estas são as regiões onde vivíamos;
B) quais são os lugares a que vamos?
C) eis o lugar onde vou;
D) onde pensa que estamos?
11.Assinale o único exemplo que não pode ser completa-
do com cujo, cuja ou cujos:
A) ...a dama em ________casa estivemos é poetisa;
B) ...o funcionário por ________intermédio obtive isso é
meu parente;
C) ...o ídolo ante ___________ altares nos prostramos é
de mármore;
D) ...eis os recibos de ________ lhes falei ontem.
12.Assinale a alternativa correta:
A) Essa casa em que moramos já está muito velha.
B) Aquele menino é muito levado. Vou buscá-lo ali.
C) As cortinas dessa casa aqui são conservadas!
D) Meus filhos adoram estes pães que estão em suas
mãos.
13.Em “Ajeito-lhe as cobertas”, o pronome lhe exerce a
mesma função em que:
A) Luz sempre lhe afugenta o sono
B) O irmão dizia-lhe para ser sério
C) Vinha-lhe, então, a raiva
D) Sempre lhe negavam uma resposta
14.Por favor, passe _______caneta que está aí perto de
você; ________ aqui não serve para __________ dese-
nhar.
A) essa, esta, eu C) essa, essa, eu
B) esta, esta, mim D) essa, esta, mim
15.Assinale o item em que não ocorre pronome pessoal
reflexivo:
A) Os amigos olharam-se emocionados
B) A criança feriu-se com o lápis
C) Ofereceu-se um prêmio ao atleta
D) Olhou-se no espelho e assustou-se com seu ar do-
entio.
16.Marque a alternativa incorreta:
A) É isso que sempre te falo: estudar nunca é demais!
B) Meu pai repete isto sempre: Deus ajuda quem cedo
madruga.
C) Pedro e Jorge são primos: este, filho de Maria, aque-
le, filho de José.
D) Essa casa é minha! Retirem-se!
17.Assinale a alternativa que corresponde, RESPECTIVA-
MENTE, às classificações dos pronomes em destaque
no excerto a seguir: “Sete da manhã. Ninguém imagina
o quanto meus olhos estavam cansados por conta da
noite mal dormida. ‘Esta é a pessoa que amei...’ – Re-
fleti e chorei”.
A) Pronome indefinido – pronome interrogativo.
B) Pronome demonstrativo – pronome pessoal.
C) Pronome possessivo – pronome demonstrativo.
D) Pronome indefinido – pronome relativo.
VERBO
É a palavra que indica ação, praticada ou sofrida pelo
sujeito, fato, de que o sujeito participa ativamente, estado
ou qualidade do sujeito, ou fenômeno da natureza.
ESTRUTURA E FLEXÃO
Conjugação verbal:
Há três conjugações para os verbos da língua portuguesa:
1ª conjugação: verbos terminados em –ar: cantar, viajar,
saborear...
2ª conjugação: verbos terminados em -er : saber, adoecer,
entender...
3ª conjugação: verbos terminados em –ir: subir, sair, su-
cumbir...
Obs.: O verbo pôr e seus derivados pertencem à 2ª conju-
gação, por se originarem do antigo verbo poer.

18.“Toda pessoa deve responder pelos compromissos Pessoas verbais:

assumidos.” A palavra destacada é:
A) pronome adjetivo indefinido
B) pronome substantivo indefinido
C) pronome adjetivo demonstrativo
D) pronome substantivo demonstrativo
1ª pessoa do singular: eu 1ª pessoa do plural: nós
2ª pessoa do singular: tu 2ª pessoa do plural: vós
3ª pessoa do singular: ele 3ª pessoa do plural: eles
Modos verbais:

São três os modos verbais na língua portuguesa: Indicati-

19.Assinale o item em que não aparece pronome relativo:
A) O que queres não está aqui.
B) Temos que estudar mais.
C) A estrada por que passei é estreita.
D) A prova que faço não é difícil.
20.A desigualdade jurídica do feudalismo ….. alude o autor
se faz presente ainda hoje nos países ….. terras existe
visível descompasso entre a riqueza e a pobreza.
vo, que expressa atitudes de certeza, Subjuntivo, que ex-
pressa atitudes de dúvida, hipótese, desejo, e Imperativo,
que expressa atitude de ordem, pedido, conselho.
O MODO INDICATIVO
Tempos verbais
01) PRESENTE
Indica fato que ocorre no dia-a-dia, corriqueiramente.

Tendo em vista o emprego dos pronomes relativos, Ex. Todos o dia, caminho no Zerão. Estudo no Maxi.
completam-se corretamente as lacunas da sentença Confio em meus amigos.
acima com:
02) PRETÉRITO
A) a qual / cujas C) à qual / em cuja as
B) a que / em cujas D) o qual / por cujas (A) Perfeito: indica fato que ocorreu no passado em de-
terminado momento, observado depois de concluído

Exs.: Ontem caminhei no Zerão.

Estudei no Maxi no ano passado.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
Confiei em vocês.
D C D B A B C D C C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
D B A A C A D A B B
(B) Pretérito Imperfeito:
Indica fato que ocorria com frequência no passado, ou
fato que não havia chegado ao final no momento em que
estava sendo observado.
Exs.: Todos os dias, eu caminhava no Zerão.
Eu estudava no Maxi, quando conheci Magali.
Eu confiava naqueles amigos.
(C) Pretérito Mais-que-perfeito:
Indica fato ocorrido antes de outro no Pretérito Perfeito
do Indicativo.
Exs.:Ontem, quando você foi ao Zerão, eu já caminhara 6
Km.
Eu já estudara no Maxi, quando conheci Magali.
Eu confiara naquele amigo que mentiu a mim.
03) FUTURO
Indica fatos que ocorrem depois do momento da fala.
(A) Futuro do Presente:
Indica fato que, com certeza, ocorrerá.
Exs.:Amanhã caminharei no Zerão pela manhã.
Estudarei no Maxi, no ano que vem.
Eu confiarei mais uma vez naquele amigo que mentiu
a mim.
(B) Futuro do Pretérito:
Indica fato futuro, dependente de outro anterior a ele.
Exs.:Eu caminharia todos os dias, se não trabalhasse tan-
to.
Estudaria no Maxi, se morasse em Londrina.
Eu confiaria mais uma vez naquele amigo, se ele me
prometesse não mais me trair.
O MODO SUBJUNTIVO
Tempos verbais do Subjuntivo
01) Presente
Indica desejo atual, dúvida que ocorre no momento da
fala.
Exs.: Espero que eu caminhe bastante no ano que vem.
O meu desejo é que eu estude no Maxi ainda.
Duvido de que eu confie nele novamente.
02) Pretérito Imperfeito
Indica condição, hipótese; normalmente é usado com o
Futuro do Pretérito do Indicativo.
Exs.:Eu caminharia todos os dias, se não trabalhasse tan-
to.
Estudaria no Maxi, se morasse em Londrina.
Eu confiaria mais uma vez naquele amigo, se ele me
prometesse não mais me trair.
03) Futuro
Indica hipótese futura.
Exs.:Quando eu começar a caminhar todos os dias, sentir-
me-ei melhor.
Quando eu estudar no Maxi, aprenderei mais coisas.
Quando ele me prometer que não me trairá mais,
voltarei a confiar nele.
O MODO IMPERATIVO
O modo Imperativo expressa ordem, pedido ou conselho
Exs.: Caminhe todos os dias, para a saúde melhorar.
Estude no Maxi! Confie em mim!
As formas nominais
São três as chamadas formas nominais do verbo:
01) Infinitivo: são as formas terminadas em ar, er ou ir.
02) Gerúndio: são as formas terminadas em -ndo.
03) Particípio: são as formas terminadas em -ado ou -ido.
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS
01) Regulares: são aqueles que não sofrem alterações no
radical.
Exs.: cantar, vender, partir...
02) Irregulares: são aqueles que sofrem pequenas altera-
ções no radical.
Exs.: fazer = faço, fazes; fiz, fizeste...
03) Anômalos: são aqueles que sofrem grandes altera-
ções no radical.
Ex.: ser = sou, é, fui, era, serei.
04) Defectivos: são aqueles que não possuem conjuga-
ção completa.
Ex.: falir, reaver, precaver = não possuem as 1ª, 2ª e 3ª
pes. do presente do indicativo e o presente do subjuntivo
inteiro).
05) Abundantes: são aqueles que apresentam duas for- NECESSITAR: vogal temática: A------------------------- E
mas de mesmo valor. Geralmente ocorrem no particípio,
que chamaremos de particípio regular, terminado em -ado, PRESENTE DO INDICATIVO PRESENTE DO SUBJUNTIVO
-ido, usado na voz ativa, com o auxiliar ter ou haver, e par- EU NECESSITO QUE EU NECESSITE
TU NECESSITAS QUE TU NECESSITES
ticípio irregular, com outra terminação diferente, usado na
ELE NECESSITA QUE ELE NECESSITE
voz passiva, com o auxiliar ser ou estar.
NÓS NECESSITAMOS QUE NÓS NECESSITEMOS
VÓS NECESSITAIS QUE VÓS NECESSITEIS
PART. ELES NECESSITAM QUE ELES NECESSITEM
INFINITIVO PART. REGULAR
IRREGULAR
ACEITAR ACEITADO ACEITO
VERBO COMPARECER: vogal temática: E-------------- A
ACENDER ACENDIDO ACESO
ELEGER ELEGIDO ELEITO
ENXUGAR ENXUGADO ENXUTO PRESENTE DO INDICATIVO PRESENTE DO SUBJUNTIVO
EXPULSAR EXPULSADO EXPULSO EU COMPAREÇO QUE EU COMPAREÇA
TU COMPARECES QUE TU COMPAREÇAS
ELE COMPARECE QUE ELE COMPAREÇA
Obs.: Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver
NÓS COMPARECEMOS QUE NÓS COMPAREÇAMOS
e vir só possuem o particípio irregular aberto, coberto,
VÓS COMPARECEIS QUE VÓS COMPAREÇAIS
dito, escrito, feito, posto, visto e vindo. Os particípios regu- ELES COMPARECEM QUE ELES COMPAREÇAM
lares gastado, ganhado e pagado estão caindo ao desuso,
sendo substituídos pelos irregulares gasto, ganho e pago. VERBO DEMITIR: vogal temática I ----------------- A

FORMAÇÃO DOS TEMPOS SIMPLES PRESENTE DO INDICATIVO PRESENTE DO SUBJUNTIVO

EU DEMITO QUE EU DEMITA
Tempos derivados do Presente do Indicativo TU DEMITES QUE TU DEMITAS
Presente do Subjuntivo e o Modo Imperativo. ELE DEMITE QUE ELE DEMITA

NÓS DEMITIMOS QUE NÓS DEMITAMOS

01) Presente do Subjuntivo
É obtido pela eliminação da desinência -o da primeira
pessoa do singular do presente do indicativo (eu). Aos
verbos de 1ª conjugação, acrescenta-se -e; aos de 2ª e 3ª,
-a, acrescentando-se, ainda, as mesmas desinências do
Presente do Subjuntivo para os verbos regulares ( - / s / - /
mos / is / m). Por exemplo, veja a conjugação dos verbos
cantar, vender e sorrir.
Eu canto (- o + e) = que eu cante, tu cantes, ele cante, nós
cantemos, vós canteis, eles cantem
Eu vendo (- o + a) = que eu venda, tu vendas, ele venda,
nós vendamos, vós vendais, eles vendam
Eu sorrio (-o + a) = que eu sorria, tu sorrias, ele sorria, nós
sorriamos, vós sorriais, eles sorriam
VÓS DEMITIS QUE NÓS DEMITAMOS
ELES DEMITEM QUE ELES DEMITAM
02) Imperativo Afirmativo
O Imperativo Afirmativo provém tanto do Presente do
Indicativo, quanto do presente do subjuntivo: tu e vós
provêm do presente do indicativo, sem a desinência -s;
você, nós e vocês provêm do presente do subjuntivo.
Por exemplo, veja a conjugação do verbo cantar.
Presente do indicativo: Eu canto, tu cantas, ele canta, nós
cantamos, vós cantais, eles cantam.
Presente do Subjuntivo: Que eu cante, tu cantes, ele can-
te, nós cantemos, vós canteis, eles cantem.

Exceções: Imperativo afirmativo: Canta tu, cante você, cantemos

querer = Eu quero / queira, queiras, queira, queiramos, nós, cantai vós, cantem vocês.
queirais, queiram.
ir = Eu vou / vá, vás, vá, vamos, vades, vão. Exceção:
saber = Eu sei / saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, Ser = sê tu, seja você, sejamos nós, sede vós, sejam vo-
saibam. cês.
ser = Eu sou / seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam.
haver = Eu hei / haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam. 03) Imperativo Negativo

O Imperativo Negativo provém do Presente do Subjuntivo.

Por exemplo, veja a conjugação do verbo cantar: Não can-
tes tu, não cante você, não cantemos nós, não canteis
vós, não cantem vocês.
FORMAÇÃO DO MODO IMPERATIVO
O Futuro do Subjuntivo sempre é iniciado pelas conjun-
ções quando ou se.
Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender
e sorrir:

ESTUDAR Eles cantaram - am = quando eu cantar, tu cantares, ele

Obs.: Não se esquecer de acrescentar a partícula “não” no
imperativo negativo.
cantar, nós cantarmos, vós cantardes, eles cantarem.
Eles venderam - am = quando eu vender, tu venderes, ele
vender, nós vendermos, vós venderdes, eles venderem.
Eles sorriram - am = quando eu sorrir, tu sorrires, ele sorrir,
nós sorrirmos, vós sorrirdes, eles sorrirem.

03) Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

O Pretérito Imperfeito do Subjuntivo é obtido pela eli-

Tempos derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo
minação da desinência -ram da terceira pessoa do plural
do pretérito perfeito do indicativo (eles), acrescentando-se
a desinência do Pretérito Imperfeito do Subjuntivo -sse e
as mesmas desinências número-pessoais para os verbos
regulares ( - / s / - / mos / is /m).

O Pretérito Perfeito do Indicativo forma o Pretérito O Pretérito Imperfeito do Subjuntivo sempre é iniciado
Mais-que-perfeito do Indicativo, o Futuro do Subjuntivo e pelas conjunções caso ou se. Por exemplo, veja a conju-
o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo. gação dos verbos cantar, vender e sorrir:

01) Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
O Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo é obtido pela
eliminação da desinência -m da terceira pessoa do plural
do pretérito perfeito do indicativo (eles), acrescentando-se
as mesmas desinências número-pessoais para os verbos
regulares ( - / s / - / mos / is / m).
Na segunda pessoa do plural (vós), troca-se o “a” por “e”.
Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender
e sorrir.
Eles cantaram - ram + sse = se eu cantasse, tu cantasses,
ele cantasse, nós cantássemos, vós cantásseis, eles can-
tassem.
Eles venderam - ram + sse = se eu vendesse, se tu ven-
desses, se ele vendesse, se nós vendêssemos, se vós
vendêsseis, se eles vendessem.
Eles sorriram - ram + sse = se eu sorrisse, se tu sorrisses,
se ele sorrisse, se nós sorríssemos, se vós sorrísseis, se
eles sorrissem.
(ELES) TRANSPUSERAM

Eles cantaram - m = eu cantara, tu cantaras, ele cantara, -RAM + SSE -AM -M

nós cantáramos, vós cantareis, eles cantaram
Eles venderam - m = eu vendera, tu venderas, ele vendera, PRET. IMPERFEITO FUTURO DO PRET. MAIS QUE
nós vendêramos, vós vendêreis, eles venderam SUBJUNT. SUBJUNT. PERFEITO
Eles sorriram - m = eu sorrira, tu sorriras, ele sorrira, nós TRANSPUSESSE TRANSPUSER TRANSPUSERA
TRANSPUSESSES TRANSPUSERES TRANSPUSERAS
sorríramos, vós sorríreis, eles sorriram
TRANPUSESSE TRANSPUSER TRANSPUSERA
TRANSPUSÉSSEMOS TRANSPUSERMOS TRANSPUSÉRAMOS
02) Futuro do Subjuntivo TRANSPUSÉSSEIS TRANSPUSERDES TRANSPUSÉREIS
TRANSPUSESSEM TRANSPUSEREM TRANSPUSERAM
O Futuro do Subjuntivo é obtido pela eliminação da
desinência -am da terceira pessoa do plural do pretérito Tempos derivados do Infinitivo Impessoal
perfeito do indicativo (eles), acrescentando-se as mesmas
desinências número-pessoais para os verbos regulares ( - O Infinitivo Impessoal forma o Futuro do Presente do In-
/ es / - / mos / des / em). dicativo, o Futuro do Pretérito do Indicativo e o Pretérito
Imperfeito do Indicativo.
01) Futuro do Presente do Indicativo
O Futuro do Presente do Indicativo é obtido pelo acrés-
cimo ao infinitivo das desinências -ei / -ás /- á / -emos / -
eis / -ão.
Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender
e sorrir.
cantar = eu cantarei, tu cantarás, ele cantará, nós canta-
remos, vós cantareis, eles cantarão.
vender = eu venderei, tu venderás, ele venderá, nós vende-
remos, vós vendereis, eles venderão.
sorrir = eu sorrirei, tu sorrirás, ele sorrirá, nós sorriremos,
vós sorrireis, eles sorrirão.
02) Futuro do Pretérito do Indicativo
O Futuro do Pretérito do Indicativo é obtido pelo acrés-
cimo ao infinitivo das desinências -ia / ias / ia / íamos /
íeis / iam.
Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender
e sorrir.
cantar = eu cantaria, tu cantarias, ele cantaria, nós canta-
ríamos, vós cantaríeis, eles cantariam.
vender = eu venderia, tu venderias, ele venderia, nós ven-
deríamos, vós venderíeis, eles venderiam.
sorrir = eu sorriria, tu sorririas, ele sorriria, nós sorriríamos,
vós sorriríeis, eles sorriram.
Exceções: Os verbos fazer, dizer e trazer são conjugados
no Futuro do Presente e no Futuro do Pretérito, seguindo-
se as mesmas regras acima, porém sem as letras “z”,
sendo estruturados, então, assim: far, dir, trar.
fazer = eu farei, tu farás, ele fará, nós faremos, vós fareis,
eles farão.
dizer = eu diria, tu dirias, ele diria, nós diríamos, vós diríeis,
eles diriam.
trazer = eu trarei, tu trarás, ele trará, nós traremos, vós
trareis, eles trarão.
03) Infinitivo Pessoal
O Infinitivo Pessoal é obtido pelo acréscimo ao infinitivo
das desinências / - / es / - / mos / des / em.
Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender
e sorrir.
cantar = era para eu cantar, tu cantares, ele cantar, nós
cantarmos, vós cantardes, eles cantarem.
vender = era para eu vender, tu venderes, ele vender, nós
vendermos, vós venderdes, eles venderem.
sorrir = eu sorrir, tu sorrires, ele sorrir, nós sorrirmos, vós
sorrirdes, eles sorrirem.
04) Pretérito Imperfeito do Indicativo
O pretérito imperfeito do indicativo é obtido pela elimi-
nação da terminação verbal -ar, -er, -ir do Infinito Impes-
soal, acrescentando-se a desinência -ava- para os verbos
terminados em -ar e a desinência –ia para os verbos ter-
minados em -er e -ir e, depois, as mesmas desinências
número-pessoais para os verbos regulares ( - / s / - / mos
/ is / m). Na segunda pessoa do plural (vós), troca-se o -a
por -e.
cantar - ar + ava = eu cantava, tu cantavas, ele cantava,
nós cantávamos, vós cantáveis, eles cantavam.
vender - er + ia = eu vendia, tu vendias, ele vendia, nós
vendíamos, vós vendíeis, eles vendiam.
sorrir - ir + ia = eu sorria, tu sorrias, ele sorria, nós sorría-
mos, vós sorríeis, eles sorriam.
Os verbos que não seguem as regras acima são ter, pôr,
vir e ser.
Ter = tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham.
Pôr = punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham.
Vir = vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham.
Ser = era, eras, era, éramos, éreis, eram.
Vozes Verbais
Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito
pratica, ou recebe, ou pratica e recebe a ação verbal.
01) Voz Ativa, quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a
ação verbal ou participa ativamente de um fato.
Exs.: As meninas exigiram a presença da diretora.
A torcida aplaudiu os jogadores.
O médico cometeu um erro terrível.
02) Voz Passiva, quando o sujeito é paciente, ou seja,
sofre a ação verbal.
A) Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo
direto, pronome se (partícula apassivadora) e sujeito pa-
ciente.
Exs.: Entregam-se encomendas.
Alugam-se casas.
Compram-se roupas usadas.
B) Voz Passiva Analítica
A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente,
verbo auxiliar ser ou estar, verbo principal indicador de
ação no particípio - ambos formam locução verbal passi-
va - e agente da passiva. Veja mais detalhes aqui.
Exs.:As encomendas foram entregues pelo próprio diretor.
As casas foram alugadas pela imobiliária.
As roupas foram compradas por uma elegante se-
nhora.
03) Voz Reflexiva
Há dois tipos de voz reflexiva:
A) Reflexiva
Será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujei-
to praticar a ação sobre si mesmo.
Exs.: Carla machucou-se.
Olavo cortou-se com a faca.
Roberto matou-se.
B) Reflexiva recíproca
Será chamada de reflexiva recíproca, quando houver
dois elementos como sujeito: um pratica a ação sobre o
outro, que pratica a ação sobre o primeiro.
Exs.: Paula e Renato amam-se.
Os jovens agrediram-se durante a festa.
Os ônibus chocaram-se violentamente.
Passagem da ativa para a passiva e vice-versa
Para efetivar a transformação da ativa para a passiva e
vice-versa, procede-se da seguinte maneira:
1 - O sujeito da voz ativa passará a ser o agente da passiva.
2 - O objeto direto da voz ativa passará a ser o sujeito da 04.Assinale a flexão verbal incorreta:
voz passiva.
3 - Na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e mo-
do do verbo transitivo direto da ativa.
4 - Na voz passiva, o verbo transitivo direto ficará no par-
ticípio.
Voz ativa
A torcida aplaudiu os jogadores.
• Sujeito = a torcida.
• Verbo transitivo direto = aplaudiu.
• Objeto direto = os jogadores.
Voz passiva
Os jogadores foram aplaudidos pela torcida.
• Sujeito = os jogadores.
• Locução verbal passiva = foram aplaudidos.
• Agente da passiva = pela torcida.
EXERCÍCIOS SOBRE VERBO
01.Analise as afirmativas a seguir:
I. A ação do verbo, na voz passiva, é sofrida pelo su-
jeito, como se pode observar na frase: “Ícaro foi
penteado por sua mãe”.
II. Na voz ativa, o sujeito pratica a ação do verbo, co-
mo se pode observar na frase: “Bia penteou Maria”.
A) As duas afirmativas são verdadeiras.
B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
D) As duas afirmativas são falsas.
02.Há emprego da voz passiva, EXCETO em:
A) Vende-se uma casa;
B) Foi batizado na igreja de são Pedro, pelo capelão;
C) A resposta foi dada por João, prontamente;
D) Os amigos abraçaram-se em seu reencontro.
03.“O flagrante de dois assessores trocando figurinhas
durante uma sessão foi divulgado pelas redes sociais
e a cena se espalhou”.
O segmento “foi divulgado pelas redes sociais” é
exemplo de voz passiva; se a mesma frase fosse colo-
cada na voz ativa, a forma verbal adequada seria:
A) divulgaram; C) divulgou-se;
B) divulgaram-se; D) divulgam-se.
A) se vir o tal colega, falar-lhe-ei;
B) se eu pôr o verbo no plural, erro de novo;
C) se eu vier cedo, aguardo-o;
D) se a duplicata estiver certa, paguem-na.
05.Textos: “Traze-me um pouco de tua lembrança, aroma
perdido, “saudade, da flor! - Vê que nem te digo – espe-
rança!
Substituindo-se a 2ª pessoa do singular pela 2ª pes-
soa do plural, teremos:
A) trazeis, vossa / vedes, vos;
B) trazei, vossa / vede, vos;
C) traga, tua / vejas, te;
D) tragas, tua / vejais, te.
06.As formas verbais destacadas estão corretas, EXCETO
em:
A) cri no que me disseste;
B) valho apenas pela minha aparência?
C) Antônio reouve o relógio perdido;
D) se teu irmão te contradizer, escuta-o.
07.“Tudo isso pode ser comprovado por qualquer cida-
dão”. A forma ativa dessa mesma frase é:
A) Qualquer cidadão pode comprovar tudo isso.
B) Tudo pode comprovar-se.
C) Qualquer cidadão se pode comprovar tudo isso.
D) Pode comprovar-se tudo isso.
Considerando-se o modelo de flexão do verbo em des-
taque no trecho acima – verbos terminados em –EAR
e –IAR, pode-se afirmar que está INCORRETA a flexão
do verbo na frase:
A) Não é bom que o cronista andarilho arreie seus li-
vros sobre os bancos das calçadas.
B) A prefeitura pouco custeia as obras nas calçadas.
C) As multidões nas calçadas incendeiam os corações
de pavor.
D) O cronista ouvia de Rubem Fonseca: “Seja prudente,
não negocie com a intolerância”.
12.Assinale a opção em que a forma verbal não tem valor
imperativo:

A) “Lança teu grito ao vento da procela”;

08.Assinale a opção que preencha corretamente as lacu-
B) “Bandeira - talvez rasgue-se a metralha”;
nas:
C) “Ergue-te, ó luz! - estrela para o povo”;
D) “Traze a bênção de Deus ao cativeiro”.
O técnico _______ junto aos jogadores que se ______
tranquilos.
13.Assinale a opção que não preenche corretamente as
lacunas da frase abaixo: Se um dia ________ o Capitão
A) interveio – mantessem;
Antônio Silvino _________ um homem feliz.
B) interveio – mantivessem;
C) interveio – mantesse; A) conseguir ver / vai ser;
D) interviu – mantessem. B) tivesse visto / teria sido;
C) viesse a ver / iria ser;
09.Assinale a opção que preencha corretamente as lacu- D) puder ver / tinha sido.
nas:
14.Dos verbos arrolados abaixo, assinale o único que, em
“As autoridades ________ as diligências para que se relação à norma culta, não apresenta duplo, particípio:
__________, primeiro, certas exigências processuais”.
A) abrir; C) imprimir;
A) susteram - satisfizessem; B) eleger; D) enxugar.
B) sustaram - satisfizessem;
C) sustiveram - satisfizesse; 15.Há uma frase com a forma errada de imperativo. Assi-
D) susteram - satisfizesse. nale-a.

A) não imponhais vossa opinião sem ouvirdes primeiro

10.Assinale a opção que preencha corretamente as lacu-
a dos outros;
nas:
B) envie hoje mesmo o que lhe peço, através deste
menino;
“Não _________ os olhos ao contrário, __________ luci-
C) viva eu sempre contente e nada de mal me aconteça;
damente e ________ teu mundo interior à luz de sua
D) não aceita essa incumbência, Joana, pois tirará a
verdade”.
tua liberdade.

A) vendes - aprende - recompõe;

B) vende - aprende - recomponha;
C) venda - aprenda - recomponha;
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D) venda – aprenda – recompõe.
A D A B B D A B B A
11.O cronista que ora se PRANTEIA era um nostálgico das
11 12 13 14 15 — — — — —
calçadas...”
A B D A D — — — — —
 PALAVRAS INVARIÁVEIS Locuções Adverbiais de Tempo:

ADVÉRBIO Às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em

quando, de quando em quando, a qualquer momento, de
tempos em tempos, em breve, hoje em dia.
É uma categoria gramatical invariável que modifica
verbo, adjetivo ou outro advérbio, atribuindo-lhes uma
04) Negação
circunstância de tempo, modo, lugar, afirmação, negação,
dúvida ou intensidade. Por exemplo, a frase “Ontem, ela
Não, tampouco (também não).
não agiu muito bem” tem quatro advérbios: ontem, de
tempo; não, de negação; muito, de intensidade; bem, de
Locuções Adverbiais de Negação:
modo.
As circunstâncias podem também ser expressas por
De modo algum, de jeito nenhum, de forma nenhuma.
uma locução adverbial - duas ou mais palavras exercendo
a função de um advérbio. Por exemplo, a frase “Ele, às
05) Dúvida
vezes, age às escondidas” tem duas locuções adverbiais:
às vezes, de tempo; às escondidas, de modo.
Acaso, casualmente, porventura, possivelmente, prova-
velmente, talvez, quiçá.
Classificação dos Advérbios
Locuções Adverbiais de Dúvida:
01) Modo
Por certo, quem sabe.
Assim, bem, mal, acinte (de propósito, deliberadamente),
adrede (de caso pensado, de propósito, para esse fim),
06) Intensidade
debalde (inutilmente), depressa, devagar, melhor, pior,
bondosamente, generosamente e muitos outros termina-
Assaz (bastante, suficientemente), bastante, demais,
dos em mente.
mais, menos, muito, quanto, quão, quase, tanto, pouco.

Locuções Adverbiais de Modo:

Locuções Adverbiais de Intensidade:

Às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às es-

Em excesso, de todo, de muito, por completo.
condidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa
maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor,
07) Afirmação
em vão.
Certamente, certo, decididamente, efetivamente, realmen-
02) Lugar
te, deveras (realmente), decerto, indubitavelmente.

Abaixo, acima, adentro, adiante, afora, aí, além, algures

Locuções Adverbiais de Afirmação:
(em algum lugar), alhures (em outro lugar), nenhures (em
nenhum lugar), ali, aquém, atrás, cá, dentro, embaixo, ex-
sem dúvida, de fato, por certo, com certeza.
ternamente, lá, longe, perto.
ATENÇAO!
Locuções Adverbiais de Lugar:
Flexão do advérbio
A distância, de longe, de perto, em cima, à direita, à es-
O advérbio pode flexionar-se nos graus comparativo e
querda, ao lado, em volta.
superlativo absoluto.

03) Tempo
Comparativo de Superioridade

Afinal, agora, amanhã, amiúde (de vez em quando), ontem,

O advérbio flexiona-se no grau comparativo de superiori-
breve, cedo, constantemente, depois, enfim, entrementes
dade por meio de mais ... (do) que.
(enquanto isso), hoje, imediatamente, jamais, nunca, ou-
trora, primeiramente, tarde, provisoriamente, sempre, su-
Exs.: Ele agiu mais generosamente que você.
cessivamente, já.
Comparativo de Igualdade
O advérbio flexiona-se no grau comparativo de igualdade
por meio de tão ... como, tanto ... quanto.
Exs.: Ele agiu tão generosamente quanto você.
Comparativo de Inferioridade
O advérbio flexiona-se no grau comparativo de inferiori-
dade por meio de menos ... (do) que.
Exs.: Ele agiu menos generosamente que você.
Superlativo Absoluto Sintético
O advérbio flexiona-se no grau superlativo absoluto sinté-
tico por meio dos sufixos -issimamente, -íssimo ou -inho.
Exs.: Ela agiu educadissimamente.
Ele é muitíssimo educado.
Acordo cedinho.
Superlativo Absoluto Analítico
O advérbio flexiona-se no grau superlativo absoluto analí-
tico por meio de um advérbio de intensidade como muito,
pouco, demais, assaz, tão, tanto...
Exs.: Ela agiu muito educadamente.
Acordo bastante cedo.
Obs.: Melhor e pior são formas irregulares do grau compa-
rativo dos advérbios bem e mal; no entanto, junto a adjeti-
vos ou particípios, usam-se as formas mais bem e mais
mal.
Ex.: Estes alunos estão mais bem preparados que aque-
les.
Havendo dois ou mais advérbios terminados em -mente,
numa mesma frase, somente se coloca o sufixo no último
deles.
Ex.: Ele agiu rápida, porém acertadamente.
CONJUNÇÃO
São vocábulos de função estritamente gramatical utili-
zados para o estabelecimento da relação entre duas ora-
ções, ou ainda a relação dois termos que se assemelham
gramaticalmente dentro da mesma oração. As conjun-
ções podem ser de dois tipos principais: coordenativas ou
subordinativas.
COORDENATIVAS
São os vocábulos gramaticais que estabelecem rela-
ções entre dois termos ou duas orações independentes
entre si, que possuem as mesmas funções gramaticais.
As conjunções coordenativas podem ser dos seguintes
tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas,
explicativas.
Conjunções Coordenativas Aditivas
Possuem a função de adicionar um termo a outro de
mesma função gramatical, ou ainda adicionar uma oração
à outra de mesma função gramatical. As conjunções co-
ordenativas gramaticais são: e, nem ...
Exs.: Todos aqui estão contentes e despreocupados;
João apeou e deu bons-dias a todos;
O acontecimento não foi bom nem ruim.
Conjunções Coordenativas Adversativas
Possuem a função de estabelecer uma relação de con-
traste entre os sentidos de dois termos ou duas orações
de mesma função gramatical. As conjunções coordenati-
vas adversativas são: mas, contudo, no entanto, entretan-
to, porém, todavia.
Exs.:Não negou nada, mas também não afirmou coisa
nenhuma;
A moça deu a ele o dinheiro: porém, o fez receosa.
Conjunções Coordenativas Alternativas
São as que unem orações independentes, indicando
sucessão de fatos que se negam entre si ou ainda indi-
cando que, com a ocorrência de um dos fatos de uma
oração, a exclusão do fato da outra oração. As conjun-
ções coordenativas alternativas são: ou (repetido ou não),
ora, nem, quer, seja, etc.
Exs.:Tudo para ele era vencer ou perder;
Ou namoro a garota ou vou para longe;
Ora filosofava, ora contava piadas.
Conjunções Coordenativas Conclusivas
São utilizadas para unir, a uma oração anterior, outra
oração que exprime conclusão ou consequência. As con-
junções coordenativas são: assim, logo, portanto, por isso
etc...
Exs.: Estudou muito, portanto irá bem no exame;
O rapaz é muito inteligente, logo será um privilegiado
na entrevista.
Conjunções Coordenativas Explicativas
São aquelas que unem duas orações, das quais a se-
gunda explica o conteúdo da primeira. As conjunções
coordenativas explicativas são: porque, que, pois, por-
quanto.
Exs.:Não entrou no teatro porque esqueceu os bilhetes;
Entre, que está muito frio.
SUBORDINATIVAS
Possuem a função de estabelecer uma relação entre
duas orações, relação esta que se caracteriza pela de-
pendência do sentido de uma oração com relação a outra.
Uma das orações completa ou determina o sentido da
outra. As conjunções subordinativas são classificadas
em: causais, concessivas, condicionais, comparativas,
conformativas, consecutivas, proporcionais, finais e inte-
grantes.
Conjunções Subordinativas Causais
São as conjunções que subordinam uma oração a ou-
tra, iniciando uma oração que exprime causa de outra
oração, a qual se subordina. As conjunções subordinati-
vas causais são: porque, pois, que, uma vez que, já que,
como, desde que, visto que, por isso que, etc.
Ex.: Os balões sobem porque são mais leves que o ar.
Conjunções Subordinativas Comparativas
São as conjunções que, iniciando uma oração, subor-
dinam a outra por meio da comparação ou confronto de
ideias de uma oração com relação a outra. As conjunções
subordinativas comparativas são: que, do que (quando
iniciadas ou antecedidas por noções comparativas como
menos, mais, maior , menor , melhor , pior ), qual (quando
iniciada ou antecedida por tal), como (também apresen-
tada nas formas assim como, bem como).
Exs.:Aquilo é pior que isso;
Tudo passou como as nuvens do céu;
Há deveres mais urgentes que outros.
Conjunções Subordinativas Concessivas
São as conjunções que, iniciando uma oração subordi-
nada, se referem a uma ocorrência oposta à ocorrência da
oração principal, não implicando essa oposição em impe-
dimento de uma das ocorrências (expressão das oposi-
ções coexistentes).
As conjunções subordinativas concessivas são: embo-
ra, mesmo que, ainda que, posto que, por mais que, apesar
de, mesmo quando, etc.
Exs.:Acompanhou a multidão, embora o tenha feito contra
sua vontade;
A harmonia do ambiente daquela sala, de súbito,
rompeu-se, ainda que havia silêncio.
Conjunções Subordinativas Condicionais
São as conjunções que, iniciando uma oração subordi-
nada a outra, exprimem uma condição sem a qual o fato
da oração principal se realiza (ou exprimem hipótese com
a qual o fato principal não se realiza). As conjunções su-
bordinativas condicionais são: se, caso, contanto que, a
não ser que, desde que, salvo se, etc.
Exs.: Se você não vier, não haverá reunião.
Caso ocorra um imprevisto, a viagem será cancelada;
Chegaremos a tempo, contanto que nos apressemos.
Conjunções Subordinativas Conformativas
São as conjunções que, iniciando uma oração subordi-
nada a outra, expressam sua conformidade em relação ao
fato da oração principal. As conjunções subordinativas
conformativas são: conforme, segundo, consoante, como
(utilizada no mesmo sentido da conjunção conforme).
Exs.:O debate se desenrolou conforme foi planejado;
Segundo o que disseram, não haverá aulas.
Conjunções Subordinativas Finais
São as conjunções que, iniciando uma oração subordi-
nada a outra, expressam a finalidade dos atos contidos na
oração principal. As conjunções subordinativas finais são:
a fim de que, para que, porque (com mesmo sentido da
conjunção para que), que.
Exs.:Tudo foi planejado para que não houvesse falhas;
Cheguei cedo a fim de adiantar o serviço;
Fez sinal que todos se aproximassem em silêncio.
Conjunções Subordinativas Integrantes
São as conjunções que, iniciando orações subordina-
das, introduzem essas orações como termos da oração
principal (sujeitos, objetos diretos ou indiretos, comple-
mentos nominais, predicativos ou apostos). As conjun-
ções integrantes são que e se (empregada esta última em
caso de dúvida).
Exs.:João disse que não havia o que temer (a oração su-
bordinada funciona, neste caso, como objeto direto
da oração principal).
A criança perguntou ao pai se Deus existia de verda-
de (a oração subordinada funciona, neste caso, como
objeto direto da oração principal).
Conjunções Subordinativas Proporcionais
São as conjunções que expressam a simultaneidade e
a proporcionalidade da evolução dos fatos contidos na
oração subordinada com relação aos fatos da oração
principal. As conjunções subordinativas proporcionais
são: à proporção que, à medida que, quanto mais... (tanto)
mais, quanto mais... (tanto) menos, quanto menos... (tan-
to) menos, quanto menos... (tanto) mais etc.
Exs.:Seu espírito se elevava à medida que compunha o
poema;
Quanto mais correres, mais cansado ficarás;
Quanto menos as pessoas nos incomodam, tanto
mais realizamos nossas tarefas.
Conjunções Subordinativas Temporais
São as conjunções que, iniciando uma oração subordi-
nada, tornam essa oração um índice da circunstância do
tempo em que o fato da oração principal ocorre. As con-
junções subordinativas temporais são: quando, enquanto,
logo que, agora que, tão logo, apenas (com mesmo senti-
do da conjunção tão logo), toda vez que, mal (equivalente
a tão logo), sempre que, etc.
Exs.:Quando chegar de viagem, me avise;
Enquanto se ausentou, nada fiz de útil.
PREPOSIÇÃO
É uma palavra invariável que liga dois elementos da
oração, subordinando-os. Isso significa que a preposição
é o termo que liga substantivo a substantivo, verbo a
substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo,
advérbio a substantivo, etc.
Por exemplo, na frase “Os alunos do colégio assistiram ao
filme de Walter Salles comovidos”, teremos como elemen-
tos da oração “os alunos”, “o colégio”, o verbo assistir, “o
filme”, “Walter Salles” e a característica dos alunos: “co-
movidos”. O restante é preposição. Observe: de liga “alu-
nos” a “colégio”, a liga assistir a “filme”, de liga “filme” a
“Walter Salles”. Portanto, são preposições. O termo que
antecede a preposição é denominado regente, e o termo
que a sucede, regido. Portanto em "Os alunos do colé-
gio..." teremos: os alunos = elemento regente; o colégio =
elemento regido.
TIPOS DE PREPOSIÇÃO
Essenciais: por, para, perante, a, ante, até, após, de, desde,
em, entre, com, contra, sem, sob, sobre, trás.
As essenciais são as que só desempenham a função de
preposição.
Acidentais: afora, fora, exceto, salvo, malgrado, durante,
mediante, segundo, menos.
As acidentais são palavras de outras classes gramaticais
que eventualmente são empregadas como preposições.
São, também, invariáveis.
Locução Prepositiva: São duas ou mais palavras, exer-
cendo a função de uma preposição: acerca de, a fim de,
apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de,
para com, à procura de, à busca de, à distância de, além
de, antes de, depois de, à maneira de, junto de, junto a, a
par de...
As locuções prepositivas têm sempre como último com-
ponente uma preposição.
Combinação: Junção de algumas preposições com outras
palavras, quando não há alteração fonética.
Ex.: ao (a + o); aonde (a + onde)
Contração: Junção de algumas preposições com outras
palavras, quando a preposição sofre redução.
Ex.: do (de + o); neste (em+este); à (a+a)
Obs.: Não se deve contrair a preposição de com o artigo
que inicia o sujeito de um verbo, nem com o pronome
ele(s), ela(s), quando estes funcionarem como sujeito de
um verbo. Por exemplo a frase "Isso não depende do pro-
fessor querer" está errada, pois professor funciona como
sujeito do verbo querer. Portanto a frase deve ser "Isso
não depende de o professor querer" ou "Isso não depende
de ele querer".
Circunstâncias: As preposições podem indicar diversas
circunstâncias:
• Lugar = Estivemos em São Paulo.
• Origem = Essas maçãs vieram da Argentina.
• Causa = Ele morreu, por cair de um andaime.
• Assunto = Conversamos bastante sobre você.
• Meio = Passeei de bicicleta ontem.
• Posse = Recebeu a herança do avô.
• Matéria = Comprei roupas de lã.
 A locução “ainda que” e o advérbio “muito” estabele-
cem, nesse enunciado, relações de sentido, respecti-
vamente, de
EXERCÍCIOS SOBRE CLASSES
A) restrição e quantidade.
DE PALAVRAS INVARIÁVEIS
B) causa e modo.
C) tempo e meio.
01.Os termos e expressões sublinhados abaixo presu-
D) concessão e intensidade.
mem uma circunstância de tempo, exceto:

06."É preciso agir, e rápido", disse ontem o ex-presidente

A) “E agora era desejada também”
nacional do partido”.
B) “Naquela noite despertaram...”
C) “..não eram ainda anunciadores de desgraças...”
A frase em que a palavra sublinhada NÃO exerce fun-
D) “Circunstancialmente, venho aqui”.
ção idêntica à de rápido é:

02.Os advérbios em “mente” das alternativas abaixo de-

A) Exaltado, o homem gesticulava e falava alto.
signam a mesma circunstância, exceto em:
B) Ela ergueu súbito a cabeça, voltou-a pro lado, espe-
rando, olhos baixos.
A) Os soldados lutaram bravamente até a morte.
C) Estavam acostumados a falar baixo.
B) Os fiscais sugeriram ironicamente que todos fizes-
D) Tínhamos um oratório bonito, alto, de jacarandá
sem um outro exame.
C) Possivelmente haverá uma nova oportunidade.
07.Qual das frases abaixo possui advérbio de modo?
D) No momento, alguns convidados saíram sutilmente
sem se despedirem.
A) Realmente ela errou.
B) Antigamente era mais pacato o mundo.
03.Assinale a alternativa em que somente advérbios fo-
C) Lá está teu primo.
ram acrescentados à frase: “O tempo passou”.
D) Ela fala bem.

A) O sofrido tempo não passou muito rápido, infeliz-

08.Classifique a locução adverbial que aparece em "Ma-
mente.
chucou-se com a lâmina".
B) O tempo passou bastante, majestoso.
C) Realmente, o tempo passou depressa demais.
A) modo; C) causa;
D) Sim, o curto tempo já passou.
B) instrumento; D) concessão;

04.Assinale a alternativa que indica corretamente o valor

09.A preposição que há na frase: “Muitos morreram de
semântico das preposições em destaque nas frases:
fome” expressa relação de:

I. Ele sempre cuidou da família com muita dedicação.

A) causa; C) intensidade;
II. Com a doença do pai, ela voltou para a cidade natal.
B) modo; D) instrumento;
III. Desde pequenos, os príncipes eram preparados pa-
ra a liderança.
10.Assinale a alternativa em que a preposição destacada
IV. A pequena casa de madeira foi destruída a macha-
estabeleça o mesmo tipo de relação que na frase: “Cri-
do.
aram-se a pão e água”.

A) modo – companhia – modo – modo.

A) Desejo todo o bem a você.
B) causa – modo – finalidade – instrumento.
B) A julgar por esses dados, tudo está perdido.
C) modo – modo – causa – causa.
C) Feriram-me a pauladas.
D) modo – causa – finalidade – instrumento.
D) Andou a colher alguns frutos do mar.

05.Ainda que endureçamos os nossos corações diante da

vergonha e da desgraça experimentadas pelas vítimas,
o ônus do analfabetismo é muito alto para todos os
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
demais.
D C C D D D D B A C

PERÍODO SIMPLES
Frase ou sentença:
Qualquer expressão falada ou escrita que estabeleça
comunicação completa entre duas pessoas. As frases
sem verbo chamam-se frases nominais. Há diferença
entre frase e oração: uma oração pode ser frase, desde
que preencha tal requisito: estabelecer comunicação
completa entre duas pessoas.
Período:
Segmento do texto que inicia com letra maiúscula, tem
processo verbal (um ou mais de um) e termina com ponto
final, ponto de interrogação, ponto de exclamação e, às
vezes, com reticências.
Exs.: Chove.; Chove?; Chove!; Chove...
Quando o período informa apenas uma ação, estado ou
fenômeno, diz-se período simples ou oração absoluta.
Com mais de uma dessas informações, o período será
composto (por subordinação ou por coordenação).
Período simples (oração).
Daqui para a frente preferimos chamar o período simples
apenas de oração. Isso deve facilitar a compreensão.
ORAÇÃO É UMA ESTRUTURA QUE APRESENTA, NOR-
MAMLMENTE, DUAS PARTES: SUJEITO E PREDICADO.
TERMOS DA ORAÇÃO
1.SUJEITO
Determinado
• Simples: apenas um núcleo
• Composto: mais de um núcleo
• Oculto/elíptico: Há um sujeito inexpresso, mas identi-
ficável.
Exs.: “Raia sanguínea e fresca a madrugada”.
Sujeito simples: a madrugada.
“Com isso Pai e Mãe davam de zangar-se.”
Sujeito composto: Pai e Mãe.
Indeterminado
Ocorre com verbos na terceira pessoa do plural, sem refe-
rência a um agente. Importa apenas o fato em si.
Ex.: "Assaltaram o banco."
Ocorre com os verbos na terceira pessoa do singular,
acompanhados de "se", a que chamamos índice de inde-
terminação do sujeito. Neste caso os verbos não têm
objeto direto; exceto preposicionado.
Exs: Vive-se muito bem no Brasil. (verbo intransitivo)
Necessita-se de bons pintores. (verbo transitivo indi-
reto)
Ama-se a Vieira. (verbo transitivo direto com objeto
preposicionado).
Notas:
1. Quando o verbo tem objeto direto, o “se” é partícula
apassivadora e o objeto direto passa a ser sujeito pa-
ciente.
2. Oração sem sujeito ocorre com verbos impessoais, os
quais permanecem na terceira pessoa do singular,
com exceção dos casos em que o verbo ser indique
datas, horas ou distâncias.
Os principais verbos impessoais são:
Haver = existir, ocorrer, estar.
Exs.: Haverá homens na Lua?
Houve alguns acidentes na estrada.
Há alunos nesta sala?
Fazer: quando indica tempo decorrido ou clima.
Exs.: Faz dez anos que...
Aqui faz verões incríveis!
2.PREDICADO
Estudo e classificação do predicado
Já se sabe que no predicado há verbo. O estudo dessa
parte da oração sempre deve partir da observação do
processo verbal, que pode ser intransitivo, transitivo ou de
ligação. Disto trata a predicação verbal.
PREDICAÇÃO VERBAL
Para decidir bem a predicação dos verbos, é necessário
verificar que há verbos indicadores de ações: comprar,
vender, alugar; há verbos indicadores de sentimentos:
amar, gostar, odiar; há verbos indicadores de fenômenos:
chover, nevar, cair etc. Esses verbos sempre se classifi-
cam como intransitivos (não requerem objeto) ou como
transitivos (requerem objeto direto ou indireto). Os verbos
de ligação formam grupo à parte. São chamados não-
nocionais e servem apenas para “ligar” uma informação
não-verbal ao sujeito (predicativo do sujeito).
Ex.: A garota permanece triste. (O termo triste é uma in-
formação não-verbal, atribuída ao sujeito. O verbo não
denota fato ou ação).
Classificação do predicado
Quando os verbos são intransitivos ou transitivos, sem
presença de predicativo, o predicado se classifica como
verbal. Neste caso o verbo é o núcleo do predicado.
Caso ocorra a presença de predicativo, o predicado é ver-
bo-nominal; haverá, então dois núcleos: verbo e predicati-
vo.
Os verbos de ligação nunca são núcleos de predicado. O
núcleo será sempre o predicativo do sujeito, formando,
assim, um predicado nominal.
TERMOS RELACIONADOS AO VERBO DA ORAÇÃO
1.OBJETOS (DIRETO ou INDIRETO): denota o receptor do
processo indicado pelo verbo ou o elemento em que se
processa a ação.
Exs.: Amo meus pais.
Limpo a mesa.
Gosto de meus pais.
O objeto direto não vem obrigatoriamente regido de pre-
posição. O objeto indireto tem preposição necessária.
2.ADJUNTO ADVERBIAL: termo que expressa diversas
circunstâncias em que os fatos se processam, indicando
tempo, modo, lugar, causa, condição, conformidade, con-
cessão etc. A noção do adjunto adverbial sempre é obser-
vada no contexto em que ocorre. Assim, não há classifi-
cação fixa nem a possibilidade de uma lista de adjuntos
adverbiais. O bom leitor detecta a circunstância.
Exs.: Voltamos para casa cedo. (Tempo)
Chegou sorrateiramente. (Modo)
Viajou com alguns amigos. (Companhia)
3.AGENTE DA PASSIVA: ocorre com verbos na voz passi-
va analítica. Caso em que o sujeito é paciente do proces-
so expresso pelo verbo. É normalmente introduzido pelas
formas preposicionais: por, pelo, pela. Às vezes apresenta
a preposição de com valor de por.
Ex.: A terra era povoada de selvagens.
TERMOS RELACIONADOS AO NOME
São nomes os substantivos, adjetivos e advérbios, aos
quais se agregam outros termos da oração. Esses termos
exercem função sintática, relativamente a seus núcleos
nominais.
1.ADJUNTO ADNOMINAL: termo que sempre se prende a
um núcleo substantivo, caracterizando-o, ampliando-lhe o
significado. Exerce sempre a função de adjuntos adnomi-
nais: artigos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos. Os
adjetivos e as locuções adjetivas também podem exercer
essa função,
Ex.: Os meus dois belos cães de caça comeram muita
carne ontem.
2.PREDICATIVO: é uma informação não-verbal, constituin-
te do predicado, atribuída ao sujeito da oração (indepen-
dentemente de ser núcleo substantivo) ou ao objeto.
Exs.:Os marinheiros estão cansados. (Eles estão cansa-
dos.)
Não gosto de ver Camila triste. Não gosto de vê-la
triste.
Nota:
Observe que o predicativo não desaparece, mesmo que se
substitua o núcleo substantivo por um pronome.
O verbo de ligação poderá estar implícito.
3.COMPLEMENTO NOMINAL: termo regido de preposição,
ligado a um adjetivo, a um advérbio ou a um substantivo
que não seja concreto.
OBS.: Os substantivos abstratos derivados de verbos
podem ter nesse termo preposicionado um complemento
nominal (noção passiva) ou um adjunto adnominal (noção
ativa).
Os substantivos concretos só podem ter adjuntos adno-
minais.
Exs.: A resposta ao aluno enfureceu a classe. (ao aluno:
noção passiva).
A resposta do aluno enfureceu a classe. (do aluno:
noção ativa).
4. APOSTO: termo que, equivalendo a um antecedente,
explica-o, enumera-o, resume-o, especifica-o.
Exs.:Rui Barbosa, o Águia de Haia, foi brasileiro eminente.
(explicativo)
A vida, a morte, a religião, nada o fazia ter modos.
(resumitivo)
 Os protestos ocorreram na praia de Iracema. (restri-
tivo)
Citou três razões para não viajar: a filha, a esposa e o
cachorro.(enumerativo)
Nota: Há um termo que se anexa à oração, com a finalida-
de de convocar a atenção do receptor para uma melhor
recepção da mensagem. Chama-se vocativo. Exemplo:
Brasileiros, pretendo dizer-lhes a verdade.
IMPORTANTE!
Há um termo independente na oração que indica o ser a
quem o falante se dirige, o vocativo.
Exs.: Não me venha com mentiras, meu amigo.
Senhor, tende piedade de nós!
EXERCÍCIOS SOBRE ANÁLISE
SINTÁTICA DO PERÍODO SIMPLES
01.A classificação dos verbos sublinhados, quanto à pre-
dicação, foi feita corretamente em:
A) "Não nos olhou o rosto. A vergonha foi enorme." -
transitivo direto e indireto
B) "Procura insistentemente perturbar-me a memória."
- transitivo direto
C) "Fiquei, durante as férias, no sítio de meus avós." -
de ligação
D) "Para conseguir o prêmio, Mário reconheceu-nos
imediatamente." - transitivo indireto
02."Ele observou-a e achou aquele gesto feio, grosseiro,
masculinizado." Os termos sublinhados são:
A) predicativos do objeto
B) predicativos do sujeito
C) adjuntos adnominais
D) objetos diretos
03.Observe os termos sublinhados na passagem: "O rio
vai às margens. Vem com força de açude arrombado."
Os termos sublinhados são, respectivamente:
A) predicativo do sujeito e adjunto adnominal de modo
B) adjunto adverbial de modo e adjunto adnominal
C) adjunto adverbial de lugar e adjunto adverbial de
modo
D) adjunto adverbial de modo e objeto indireto
04.A respeito do seguinte texto, faça o que se pede:
"O lotação ia de Copacabana para o centro, com luga-
res vazios, cada passageiro pensando na vida; é o gê-
nero de transporte onde menos viceja a flor da comu-
nicação humana. Quando, em Botafogo, ouvia-se a voz
de um senhor atrás:
- Olhe aqui, vou atender a você, mas não faça mais
isso, ouviu? É muito feio pedir dinheiro para os outros.
Na sua idade eu já dava duro e ajudava em casa."
(Drummond)
As vírgulas separando a expressão “em Botafogo”
foram usadas para isolar:
A) palavra de mesma função sintática
B) uma expressão explicativa;
C) o aposto;
D) o adjunto adverbial.
05.Na oração "Esboroou-se o balsâmico indianismo de
Alencar ao advento dos Romanos", a classificação do
sujeito é:
A) oculto
B) inexistente
C) simples
D) composto
06.Em "O hotel virou catacumba":
A) o predicado é nominal
B) o predicado é verbo-nominal
C) o predicado é verbal
D) o verbo é transitivo direto
07.Em "E quando o brotinho lhe telefonou, dias depois,
comunicando que estudava o modernismo, e dentro do
modernismo sua obra, para que o professor lhe sugeri-
ra contato pessoal com o autor, ficou assanhadíssimo
e paternal a um tempo", os verbos assinalados são,
respectivamente:
A) transitivo direto, transitivo indireto, de ligação, tran-
sitivo direto e indireto
B) transitivo direto e indireto, transitivo direto, transiti-
vo indireto, de ligação
C) transitivo indireto, transitivo direto e indireto, transi-
tivo direto, de ligação
D) transitivo indireto, transitivo direto, transitivo direto
e indireto, de ligação
08.A frase em que ambos os elementos sublinhados
exercem a função de núcleo do sujeito é:
A) Os bens dos aristocratas deviam ser considerados
patrimônio de quem os tomou.
B) Os parisienses revoltados arrebentaram as casas
dos nobres.
C) Os museus, ao contrário do que se imagina, são
uma invenção moderna.
D) Muitos acham que não é justo apagar os vestígios
do passado.
09.A economia baseada no mecanicismo não oferece
mais respostas.
A) como o povo anda tristonho !
B) agradou ao chefe o novo funcionário;
C) ele nos garantiu que viria;
D) no Rio não faltam diversões;
14.“E não se diga que Mário Quintana haja sido insensível
às legítimas exigências da poética contemporânea”.
O termo grifado desempenha a função de:
A) objeto direto;
B) sujeito;
C) adjunto adnominal;
D) complemento nominal.

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemen- 15.“O sol entra cada dia mais tarde, pálido, fraco, oblíquo”
to que o grifado acima é: “O sol brilhou um pouquinho pela manhã”.

A) ... que atualmente três quartos da população mun- Pela ordem, os predicados das orações acima classifi-
dial vivem em países ... cam-se como:
B) ... e a economia clássica sempre ignorou essa ver-
dade elementar ... A) nominal – verbo nominal;
C) Ele não está sozinho. B) verbal – nominal;
D) ... embora sejam bem-vindas em um processo de C) verbal – verbo-nominal;
transição. D) verbo-nominal – verbal.

10.Indique a única alternativa que não apresenta agente

da passiva:
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
A) A casa foi construída por nós.
B A C D C A D A B D
B) O presidente será eleito pelo povo.
C) Ela será coroada por ti. 11 12 13 14 15 — — — — —
D) Ele foi eleito por acaso.
C B A D D — — — — —

11.Em: “A terra era povoada de selvagens”, o termo grifa-

do é:
PERÍODO COMPOSTO
A) objeto direto;
B) objeto indireto; Chama-se composto o período que apresenta mais de
C) agente da passiva; uma oração, isto é, há nele mais de um processo verbal. O
D) complemento nominal; período pode se composto por subordinação, por coorde-
nação ou por ambas.
12.“Recebeu o prêmio o jogador que fez o gol”. Nessa
Período composto por subordinação
frase o sujeito de “fez” é?
Apresenta o que se chama de oração subordinada:
aquela que exerce função sintática em relação a outra
A) o prêmio;
dita oração principal. As orações subordinadas, depen-
B) o jogador;
dendo da função sintática que exercem, podem ser:
C) que;
D) o gol.
Substantivas: mostram-se como “ um pedaço” que falta à
oração principal. Têm valor sintático de um substantivo,
13.Assinale a alternativa correspondente ao período em
por isto podem ser:
que há predicativo do sujeito:
1.Subjetivas: Funcionam como sujeito da oração princi-
pal.
Exs.: É bom vires à aula hoje.
Espera-se que haja aula hoje.
2.Objetivas diretas: Funcionam como objeto direto do
verbo da oração principal.
Ex.: Os alunos sabem que houve aula.
3.Objetivas indiretas: Funcionam como objeto indireto do
verbo da oração principal.
Ex.: Necessitamos de que voltes hoje.
4.Completivas nominais: Funcionam como complemen-
tos nominais, presas por preposição a um nome consti-
tuinte da oração principal.
Ex.: Temos certeza de que haverá aula hoje.
Nota:
Não há possibilidade de confusão entre as orações obje-
tivas indiretas e as completivas nominais. Estas têm a
preposição regida por um nome (substantivo, adjetivo,
advérbio), aquelas têm a preposição regida por um verbo.
5.Predicativas: Funcionam como predicativo do sujeito da
oração principal. Sucedem, normalmente, ao verbo de
ligação ser, quando o sujeito a ele estiver anteposto.
Ex.: A miséria é que existem pobres no mundo.
Nota:
Há grande problema na decisão da oração predicativa, já
que se pode confundir com uma subjetiva. Preferimos
achar que o antecedente do verbo ser lhe seja o sujeito;
consequentemente, o termo seguinte é predicativo do
sujeito.
6.Apositivas: Funcionam como aposto enumerativo, rela-
tivamente à oração principal.
Ex.: A única verdade é esta: que todos morreremos.
Adjetivas: orações caracterizadoras, introduzidas por um
pronome relativo, através de que fazem referência ao ter-
mo antecedente na oração principal.
Ex.: Não encontramos a mulher. A mulher havia fugido da
sala. = Não encontramos a mulher que havia fugido da
sala.
Dependendo da natureza semântica do termo referente,
as orações adjetivas podem ser explicativas e restritivas.
1.Explicativas: quando se referem a um termo de natureza
semântica particular, restrita.
Ex.: Minha família, que muito me apoia, é meu porto segu-
ro.
2.Restritivas: quando fazem referência a um termo de
natureza semântica genérica.
Ex.: Nem todos gostaram dos textos que o jornal publi-
cou.
Nota:
O pronome relativo sempre exerce uma função sintática
na oração subordinada adjetiva.
Adverbiais: exercem a função sintática de adjuntos ad-
verbiais, expressando as seguintes circunstâncias em
relação à oração principal:
Causa: Morreu porque bebeu veneno. (adverbial causal)
Consequência: Chorou tanto que amanheceu com olhos
inchados. (adverbial consecutiva)
Condição: Desde que te formes, terás bom emprego. (ad-
verbial condicional)
Comparação: Ela é tão exuberante quanto a mãe (é). (ad-
verbial comparativa)
Concessão: Embora esteja apavorada, mostra-se valente.
(adverbial concessiva)
Conformidade: Faça a lição conforme lhe ensinei. (adver-
bial conformativa)
Temporalidade: Mal cheguei a casa, ela começou a dis-
cussão. (adverbial temporal)
Finalidade: Estamos aqui, a fim de trabalhar muito. (ad-
verbial final)
Proporcionalidade: O homem progride à medida que estu-
da. (adverbial proporcional)
Notas:
1. Todas as orações subordinadas podem ser chamadas
reduzidas: não apresentando conjunção e tendo o ver-
bo numa forma nominal — infinitivo, gerúndio ou parti-
cípio. As reduzidas podem passar a desenvolvidas, ca-
 so se empregue um conectivo e se conjugue o verbo
que está em forma nominal.
2. As palavras “que” e “se”, quando introduzem orações
subordinadas substantivas, chamam-se conjunções
integrantes.
EXERCÍCIOS SOBRE PERÍODO COMPOSTO
01.“Programas de TV ensinam a comer bem para manter
o corpo magro e saudável, livros oferecem cardápios
de populações com alto índice de longevidade”.
Sobre o período e as orações que o constituem, é cor-
reto afirmar que:
A) O período é composto por duas orações;
B) O período apresenta orações do tipo coordenado e
subordinado;
C) Todas as orações do período são subordinadas;
D) Todas as orações do período são coordenadas;
02."Lembro-me de que ele só usava camisas brancas."
A oração sublinhada é:
A) subordinada substantiva completiva nominal;
B) subordinada substantiva objetiva indireta;
C) subordinada substantiva predicativa;
D) subordinada substantiva subjetiva;
03.Em: "Há enganos que nos deleitam", a oração grifada é:
A) substantiva subjetiva
B) substantiva objetiva direta
C) substantiva completiva nominal
D) adjetiva restritiva
04.No período: “O processo de abertura econômica do
país produziu mudanças na vida dos brasileiros, mas
mexeu também com a rotina de milhares de estrangei-
ros”, a conjunção destacada pode ser adequadamente
substituída por:
A) e;
B) pois;
C) embora;
D) portanto;
05.Assinale a opção em que a oração sublinhada é uma
oração adverbial com valor de consequência.
A) A psiquiatria tem repensado a noção de cura, sem
que obtenha resultados mais eficazes.
B) A psiquiatria tem repensado a noção de cura, para
obter resultados mais eficazes.
C) A psiquiatria tem repensado a noção de cura, ob-
tendo, assim, resultados mais eficazes.
D) Como a psiquiatria tem repensado a noção de cura,
tem obtido melhores resultados.
06.No período — “Embora o porta-voz do Vaticano tenha
declarado que a viagem do Papa à Terra Santa é uma
peregrinação pelos caminhos de Cristo, é impossível
não identificar nela um nítido significado político”. —
está contida uma ideia de:
A) fim;
B) oposição;
C) causa;
D) modo.
07.Em “… explica que o indivíduo contemporâneo obedece
essencialmente a ordens externas, enquanto suas de-
mandas caem no vazio e dão origem às compulsões”,
o termo destacado introduz duas orações coordena-
das, que estabelecem com a anterior uma relação de:
A) causa;
B) concessão;
C) comparação.
D) tempo.
08.“Fomos e seremos assim, em nossa essência, embora
as circunstâncias mudem e nós mudemos com elas”.
Assinale a opção em que, ao reescrever-se o fragmen-
to acima, substituiu-se o conectivo sublinhado por ou-
tro de valor condicional, fazendo-se alterações aceitá-
veis.
A) Fomos e seremos assim em nossa essência, porque
as circunstâncias mudaram e nós mudamos com
elas.
B) Fomos e seremos assim em nossa essência, en-
quanto as circunstâncias mudarem e nós mudar-
mos com elas.
C) Éramos e somos assim em nossa essência, à medi-
da que as circunstâncias mudaram e nós mudamos
com elas.
D) Teríamos sido e seríamos assim em nossa essên-
cia, se as circunstâncias mudassem e nós mudás-
semos com elas.
09.“Como alguns moradores do vilarejo contam, muitos 13.Observe o período: “Ei-lo aí fica privado da estima dos
forasteiros perderam suas vidas tentando encontrar graves e do amor dos frívolos, que são as duas colu-
pedras preciosas”. nas máximas da opinião”.

Em que alternativa a palavra “como” expressa a mes- Assinale a alternativa que analise corretamente a ora-
ma relação de sentido que apresenta acima? ção sublinhada:

A) O grande pacificador morreu como herói. A) oração coordenada sindética aditiva.

B) Como era um garoto muito peralta, acabou espati-
fando-se no chão.
C) Félix e o advogado encontraram-se ao amanhecer
como haviam combinado ontem.
D) Como o céu estivesse recoberto de nuvens escuras,
não fomos à praia.
B) oração coordenada sindética adversativa.
C) oração subordinada substantiva objetiva direta.
D) oração subordinada adjetiva explicativa.
14.Qual o período em que a(s) vírgula(s) está(ão) sepa-
rando uma oração com ideia de explicação?

10.“À medida que as sociedades se tornam mais ricas, o A) “Não se preocupe, que breve estarei de volta.”
uso de máquinas na agricultura reduz a necessidade B) “Não poderei comparecer; portanto, não contem
de mão-de-obra; por conseguinte, a demanda por mui- com a minha presença.”
tos filhos diminui...” C) “O animal tinha vindo com o senhor, ou tinha ficado
na ribanceira.”
A frase destacada acima denota uma: D) “Encontrei a gaveta trancada, logo não pude pegar
os documentos.”
A) finalidade;
B) temporalidade; 15.Classifique as orações em destaque do período se-
C) condição; guinte:
D) proporcionalidade.
"Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os
11.Observe a frase que segue: empresários afirmaram que os resultados eram bas-
tante razoáveis, uma vez que a produção não aumen-
“Não posso lhe garantir que todos estarão presentes à tou, mas também não caiu."
sua festa de formatura”.
A) principal, subordinada adverbial final;
Do enunciado acima, pode-se afirmar que a parte des- B) principal, subordinada substantiva objetiva direta;
tacada desempenha a função de: C) subordinada adverbial temporal, subordinada adje-
tiva restritiva;
A) sujeito de posso; D) subordinada adverbial temporal, subordinada obje-
B) objeto direto de posso; tiva direta.
C) objeto indireto de posso;
D) objeto direto de garantir.

12.Classifique a oração introduzida pela palavra destaca- 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

da em “Fiquei muito impressionada com a violência e a
B B D A C B D D C D
rivalidade que existem entre as tribos de macacos”.
Identifique o período em que a palavra destacada in- 11 12 13 14 15 — — — — —
troduz uma oração de mesma classificação.
D B D A D — — — — —

A) Vi que a violência e a rivalidade existem entre as tri-

bos de macacos.
B) Impressionou-me a informação que recebi sobre a
violência e a rivalidade entre as tribos de macacos.
C) A violência e a rivalidade são tão grandes entre as
tribos de macacos que me impressionei.
D) A verdade é que a violência e a rivalidade existem
entre as tribos de macacos.

CONCORDÂNCIA VERBAL
Estudar a concordância verbal é, basicamente, estudar o
sujeito, pois é com este que o verbo concorda. Se o sujei-
to estiver no singular, o verbo também o estará; se o sujei-
to estiver no plural, o mesmo acontece com o verbo. En-
tão, para saber se o verbo deve ficar no singular ou no
plural, deve-se procurar o sujeito, perguntando ao verbo
Que(m) é que pratica ou sofre a ação? ou Que(m) é que
possui a qualidade? A resposta indicará como o verbo
deverá ficar.
Por exemplo, a frase: ‘As instalações da empresa são
precárias” tem como sujeito “As instalações da empresa”,
cujo núcleo é a palavra “instalações”, pois elas é que são
precárias, e não a empresa; por isso o verbo fica no plural.
Até aí tudo bem. O problema surge, quando o sujeito é
uma expressão complexa, ou uma palavra que suscite
dúvidas.
Coletivo
Quando o sujeito for um substantivo coletivo, como, por
exemplo, bando, multidão, matilha, arquipélago, trança,
cacho, etc., ou uma palavra no singular que indique diver-
sos elementos, como, por exemplo, maioria, minoria, pe-
quena parte, grande parte, metade, porção, etc., poderão
ocorrer três circunstâncias:
A) O coletivo funciona como sujeito, sem acompanha-
mento de qualquer restritivo:
Nesse caso, o verbo ficará no singular, concordando com
o coletivo, que é singular.
Exs.: A multidão invadiu o campo após o jogo.
O bando sobrevoou a cidade.
A maioria está contra as medidas do governo.
B) O coletivo funciona como sujeito, acompanhado de
restritivo no plural:
Nesse caso, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto
no plural.
Exs.:A multidão de torcedores invadiu / invadiram o cam-
po após o jogo.
O bando de pássaros sobrevoou / sobrevoaram a
cidade.
A maioria dos cidadãos está / estão contra as medi-
das do governo.
C) O coletivo funciona como sujeito, sem acompanha-
mento de restritivo, e se encontra distante do verbo:
Nesse caso, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto
no plural.
Exs.:A multidão, após o jogo, invadiu / invadiram o campo.
O bando, ontem à noite, sobrevoou / sobrevoaram a
cidade.
A maioria, hoje em dia, está / estão contra as medi-
das do governo.
Um milhão, um bilhão, um trilhão:
Com um milhão, um bilhão, um trilhão, o verbo deverá
ficar no singular. Caso surja a conjunção “e”, o verbo fica-
rá no plural.
Exs.:Um milhão de pessoas assistiu ao comício
Um milhão e cem mil pessoas assistiram ao comício.
Mais de, menos de, cerca de
Quando o sujeito for iniciado por uma dessas expressões,
o verbo concordará com o numeral que vier imediatamen-
te à frente.
Exs.: Mais de uma criança se machucou no brinquedo.
Menos de dez pessoas chegaram na hora marcada.
Cerca de duzentos mil reais foram surripiados.
Obs.: Quando Mais de um estiver indicando reciprocidade
ou com a expressão repetida, o verbo ficará no plural.
Exs.: Mais de uma pessoa agrediram-se.
Mais de um carro se entrechocaram.
Mais de um deputado se xingaram durante a sessão.
Nomes próprios no plural
Quando houver um nome próprio usado apenas no plural,
deve-se analisar o elemento a que ele se refere:
A) Se for nome de obra, o verbo tanto poderá ficar no sin-
gular, quanto no plural.
Exs.:Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões.
Os Sertões marca / marcam uma época da Literatura
Brasileira.
B) Se for nome de lugar - cidade, estado, país... - o verbo
concordará com o artigo; caso não haja artigo, o verbo
ficará no singular.
Exs.: Os Estados Unidos comandam o mundo.
Campinas fica em São Paulo.
Os Andes cortam a América do Sul.
Qual de nós / Quais de nós
Quando o sujeito contiver as expressões ...de nós, ...de
vós ou ...de vocês, deve-se analisar o elemento que surgir
antes dessas expressões:
A) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver
no singular (qual, quem, cada um, alguém, algum...), o
verbo deverá ficar no singular.
Ex.: Cada um de vocês deve ser responsável por seu ma-
terial.
B) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver
no plural (quais, alguns, muitos...), o verbo tanto poderá
ficar na terceira pessoa do plural, quanto concordar com o
pronome nós ou vós.
Exs.:Quantos de nós irão / iremos conseguir o intento?
Quais de vós trarão / trareis o que pedi?
Muitos de vocês não se responsabilizam por seu
material.
Sujeito sendo pronome relativo
Quando o pronome relativo exercer a função de sujeito,
deveremos analisar o seguinte:
A) Pronome Relativo que:
O verbo concordará com o elemento antecedente.
Exs.: Fui eu que quebrei a vidraça. (Eu quebrei a vidraça)
Fomos nós que telefonamos a você. (Nós telefona-
mos a você)
Estes são os garotos que foram expulsos da escola.
(Os garotos foram expulsos)
B) Pronome Demonstrativo o, a, os, as + Pronome Relati-
vo que:
O verbo concordará com o pronome demonstrativo, fican-
do, então, na terceira pessoa do singular, ou na terceira
pessoa do plural.
Exs.:Fui eu o que quebrou a vidraça. (O que quebrou a
vidraça fui eu)
Foste tu a que me enganou. (A que me enganou fos-
te tu)
Fomos nós os que telefonaram a você. (Os que tele-
fonaram a você fomos nós)
Fostes vós os que me enganaram. (Os que me enga-
naram fostes vós)
C) Pronome Relativo quem:
O verbo ficará na terceira pessoa do singular.
Exs.:Fui eu quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a
vidraça fui eu)
Foste tu quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a
vidraça foste tu)
Foi ele quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a
vidraça foi ele)
Fomos nós quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou
a vidraça fomos nós)
Fostes vós quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou
a vidraça fostes vós)
Foram eles quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou
a vidraça foram eles)
Um dos ... que
Quando o sujeito for iniciado pela expressão Um dos que,
deveremos analisar o seguinte:
A) É certo que o elemento é o único a praticar a ação:
O verbo ficará no singular.
Por exemplo, a frase O Corinthians é um dos times paulis-
tas que mais vezes foi campeão estadual tem o verbo no
singular, pois é certo que, dos times de São Paulo, o Co-
rinthians foi mais vezes campeão - 24 vezes.
B) É certo que o elemento não é o único a praticar a ação:
O verbo ficará no plural.
Por exemplo, a frase Casagrande é um dos ex-jogadores
de futebol que trabalham como comentarista esportivo
tem o verbo no plural, pois é certo que, além de Casagran-
de, há outros ex-jogadores de futebol, trabalhando como
comentarista esportivo - Falcão, Júnior, Tostão, Rivelino...
C) Não se sabe se o elemento é o único a praticar a ação
ou não: O verbo tanto poderá ficar no plural, quanto no
singular.
Por exemplo, a frase São Paulo é uma das cidades que
mais sofre / sofrem com a poluição é facultativo, pois não
há como medir se São Paulo é a que mais sofre, ou se,
além dela, há outras que sofrem tanto. Outra explicação
também é a questão de se querer dar ênfase ao elemento:
se se quiser enfatizar o problema em São Paulo, coloca-se
o verbo no singular.
Nenhum dos ... Que
Quando o sujeito for iniciado pela expressão Nenhum dos
que, o primeiro verbo ficará no plural, e o segundo, no
singular.
Exs.:Nenhum dos alunos que me procuraram trouxe o
material.
Nenhuma das pessoas que chegaram atrasadas tem
justificativa.
Porcentagem + Substantivo
Quando o sujeito for formado por porcentagem e substan-
tivo, existirão três regras:
A) Porcentagem + Substantivo, sem modificador da por-
centagem:
Facultativamente o verbo poderá concordar com a por-
centagem ou com o substantivo.
Exs.: 1% da turma estuda muito.
1% dos alunos estuda / estudam muito.
10% da turma estuda / estudam muito.
10% dos alunos estudam muito.
B) Porcentagem + Substantivo, com modificador da por-
centagem:
O verbo concordará com o modificador, que pode ser pro-
nome demonstrativo, pronome possessivo, artigo...
Exs.: Os 10% da turma estudam muito.
Este 1% dos alunos estuda mais.
C) Mais de, menos de, cerca de, perto de, antes da porcen-
tagem:
O verbo concordará apenas com a porcentagem.
Exs.: Mais de 1% dos alunos estuda muito.
Menos de 10% da turma estudam muito.
Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento são pronomes de terceira
pessoa, portanto tudo que se referir a eles deverá estar na
terceira pessoa.
Exs.:Vossa Senhoria deve trazer seus documentos consi-
go.
Vossa Excelência tem que se contentar com seus
assessores.
Silepse de Pessoa
Também chamada de concordância ideológica, a silepse
de pessoa é a concordância, não com a palavra escrita,
mas sim com o que ela significa. Por exemplo, nós somos
brasileiros, portanto, ao utilizarmos a palavra brasileiros,
poderemos concordar o verbo com a ideia que essa pala-
vra nos evoca - nós – e dizer “Os brasileiros estamos tor-
cendo pelo sucesso do Presidente”.
Exs.:Os professores nos reciclamos anualmente. (Nós nos
reciclamos)
Os alunos deveis estudar mais. (Vós deveis)
Núcleos ligados pela conjunção "e"
01) Verbo após os núcleos:
Ficará no plural o verbo que estiver após o sujeito com-
posto cujos núcleos sejam ligados pela conjunção e:
Exs.: O hotel e a cidade são maravilhosos.
Machado de Assis e Guimarães Rosa estão entre os
melhores escritores do mundo.
Obs.: Quando os núcleos forem sinônimos ou estiverem
formando gradação, o verbo deverá ficar no singular.
Exs.:"A lisura e a sinceridade frequenta pouco o Congres-
so Nacional." lisura = sinceridade.
"Cada rosto, cada voz, cada corpo lhe lembrava a
amada."
"Um olhar, um arquejar de sobrancelhas, um aceno
com a cabeça bastava para a paquera ser bem suce-
dida".
02) Verbo antes dos núcleos:
Facultativamente ficará no plural ou concordará com o
núcleo mais próximo o verbo que estiver antes do sujeito
composto cujos núcleos sejam ligados pela conjunção e:
Exs.: É maravilhoso o hotel e a cidade.
São maravilhosos o hotel e a cidade.
É maravilhosa a cidade e o hotel.
Sujeito composto por pessoas diferentes
Se o sujeito for formado por pessoas diferentes (eu, tu,
ele, ela ou você), o verbo ficará no plural, concordando
com a pessoa de número mais baixo na sequência (1ª, 2ª
ou 3ª).
Não havendo a 1ª pessoa (eu ou nós) , e havendo a 2ª
pessoa (tu ou vós), o verbo tanto poderá ficar na 2ª pes-
soa do plural, quanto na 3ª pessoa do plural.
Continuam valendo as regras anteriores, ou seja, se o
verbo vier depois do sujeito composto, ficará no plural; se
vier antes, concordará com o mais próximo ou ficará no
plural.
Exs.:Teté e eu passamos as férias em Águas de Santa
Bárbara.
Passei as férias em Águas de Santa Bárbara eu e
Teté.
Passamos as férias em Águas de Santa Bárbara eu e
Teté.
Tu e Walmor estais equivocados.
Tu e Walmor estão equivocados.
Estás equivocado tu e Walmor.
Estais equivocados tu e Walmor.
Núcleos ligados pela conjunção ou
Quando os núcleos do sujeito composto forem ligados
pela conjunção ou, deve-se analisar se há ou não exclu-
são, ou seja, analisar se um elemento, ao praticar a ação,
impede que o outro também a pratique.
01) Havendo ideia de exclusão:
Quando houver um elemento praticando a ação e, com
isso, impedindo que o outro também a pratique, o verbo
ficará no singular.
Exs.: Dida ou Marcos será o goleiro titular da seleção.
O Presidente ou o Governador fará o discurso de
abertura do Congresso.
02) Não havendo ideia de exclusão:
Quando não houver um elemento praticando a ação e,
com isso, impedindo que o outro também a pratique, o
verbo ficará no plural.
Exs.:Dida ou Marcos poderão ser convocados para a Copa
de 2002.
O Presidente ou o Governador estarão presentes na
abertura do Congresso.
Núcleos ligados pela preposição "com"
01) Verbo após os núcleos:
Facultativamente ficará no plural ou concordará com o
primeiro núcleo o verbo que estiver após o sujeito com-
posto cujos núcleos sejam ligados pela preposição com.
Exs.:O gerente com os funcionários dará início à promo-
ção de descontos.
O gerente com os funcionários darão início à promo-
ção de descontos.
02) Verbo antes dos núcleos:
Concordará com o núcleo mais próximo o verbo que esti-
ver antes do sujeito composto cujos núcleos sejam liga-
dos pela preposição com.
Ex.: Dará início à promoção de descontos o gerente com
os funcionários.
Aposto resumidor / conectivos correlatos
O Aposto resumidor é normalmente representado por
pronome indefinido (tudo, nada, ninguém, alguém, to-
dos...) ou por pronome demonstrativo (isto, isso, aquilo...),
resumindo o sujeito composto. O verbo, excepcionalmen-
te, concordará com o aposto resumidor.
Exs.:Brinquedos, roupas, jogos, nada tirava a angústia
daquele jovem.
Amigos, parentes, companheiros de trabalho, nin-
guém se incomodou com sua ausência.
Quando o sujeito composto tem os elementos ligados por
conectivos correlatos: assim ... como, não só ... mas tam-
bém, tanto ... como, nem ... nem, o verbo ficará no plural.
O singular deve ser evitado.
Exs.:Tanto o irmão quanto a esposa ignoraram seu pedido
de ajuda.
Não só Pedro mas também Eduardo estão à sua
procura.
Um e outro / um ou outro / nem um nem outro
Um e outro
Quando o sujeito for a expressão um e outro, o substanti-
vo correspondente a ela ficará no singular, o adjetivo no
plural e o verbo facultativamente no singular ou no plural.
Exs.: Um e outro aluno indisciplinados será punido.
Um e outro aluno indisciplinados serão punidos.
Um ou outro
Quando o sujeito for a expressão um ou outro, o verbo
ficará no singular.
Ex.: Um ou outro esteve à sua procura.
Nem um nem outro
Quando o sujeito for a expressão nem um nem outro, o
verbo ficará no singular, porém há gramáticos que o admi-
tem no plural.
Exs.: Nem um nem outro terá coragem de se revelar.
"Nem um nem outro compareceram."(Carlos Góis)
Verbos Especiais
01) Ser:
A) Quando o verbo ser e o predicativo do sujeito forem
numericamente diferentes (um no singular, outro no plu-
ral), o verbo deverá ficar no plural.
Exs.: O vestibular são as esperanças dos estudantes.
Tudo são flores, quando se é criança.
B) Se o sujeito representar uma pessoa ou se for pronome
pessoal, o verbo concordará com ele.
Exs.: Aline é as alegrias do namorado.
O Presidente é as esperanças do povo brasileiro.
C) Se o sujeito for uma quantidade no plural, e o predicati-
vo do sujeito, palavra ou expressão como muito, pouco, o
bastante, o suficiente, uma fortuna, uma miséria, o verbo
ficará no singular.
Exs.: Cem reais é muito, por esse produto.
Duzentos gramas de carne é pouco.
D) Na indicação de horas ou distâncias, o verbo concorda-
rá com o numeral.
Exs.: Era meio-dia, quando ele chegou.
São duas horas.
É 1h58min.
E) Na indicação de datas, o verbo poderá ficar no singular,
concordando com a palavra dia, ou no plural, concordan-
do com a palavra dias.
Exs.:É 1º de outubro. = É dia 1º de outubro ou É o primeiro
dia de outubro.
É dia 15 de setembro.
São 15 de setembro = São quinze dias de setembro.
02) Haver:
O verbo haver é impessoal, no sentido de existir, de acon-
tecer ou indicando tempo decorrido; por isso fica na 3ª
pessoa do singular - caso esteja acompanhado de um
verbo auxiliar, formando uma locução verbal, ambos fica-
rão no singular. Nos outros sentidos, concorda com o
sujeito.
Exs.: Havia um mês, nós estávamos à sua procura.
Poderá haver confrontos entre os policiais e os gre-
vistas.
Os alunos haviam ficado revoltados.
Haja vista:
A) Com a prep. a: haver no singular; vista invariável;
Exs.: Haja vista ao exemplo dado.
Haja vista aos exemplos dados.
B) Sem a preposição “a”: haver no singular ou concorda
com o substantivo; vista invariável.
Exs.: Haja vista o exemplo dado.
Haja vista os exemplos dados
Hajam vista os exemplos dados.
03) Fazer:
O verbo fazer é impessoal, indicando tempo decorrido e
fenômeno natural; por isso fica na 3ª pessoa do singular -
caso esteja acompanhado de um verbo auxiliar, formando
uma locução verbal, ambos ficarão no singular. Nos ou-
tros sentidos, concorda com o sujeito.
Exs.: Faz três meses que não o vejo.
Faz 35º no verão, em Londrina.
Deve fazer cinco anos que ele morreu.
04) Outros verbos impessoais:
Os outros verbos impessoais, que também ficam na ter-
ceira pessoa do singular, são os seguintes:
• Fenômenos da natureza:
Ex.: Chove há três dias sem parar.
CUIDADO!
Choveram pedras. Nesse caso, o verbo não é impessoal,
pois o sujeito está claro.
• Passar de, indicando horas:
Exs.: Já passa das 11h30.
Já passava das oito horas, quando ela chegou.
Chegar de e bastar de, no imperativo:
Exs.: Chega de firulas! Vamos ao assunto.
Basta de conversas, meninos!
05) Os verbos Dar, Bater e Soar:
Concordam com o sujeito, que pode ser:
A) o relógio, a torre, o sino...
Exs.: O relógio deu quatro horas.
O sino soou cinco horas.
B) as horas.
O numeral que marca as horas funcionará como sujeito,
quando o relógio, a torre, o sino funcionarem como adjun-
to adverbial de lugar - com a prep. em, ou quando eles não
aparecerem na oração.
Exs.: No relógio, deram quatro horas.
No sino, soaram cinco horas.
Bateram sete horas.
06) O verbo Parecer + infinitivo:
Quando o verbo parecer surgir antes de outro verbo no
infinitivo, duas ocorrências podem acontecer:
A) Pode ocorrer a formação de uma locução verbal. Nesse
caso, o verbo parecer concordará com o sujeito, e o verbo
no infinitivo ficará invariável.
Exs.: As meninas parecem estar nervosas.
Os alunos parecem estudar deveras.
B) Pode ocorrer a formação de um período composto,
com o verbo parecer na oração principal, invariável, e o
verbo no infinitivo, formando oração subordinada subs-
tantiva subjetiva reduzida de infinitivo, concordando com
o sujeito.
Exs: As meninas parece estarem nervosas.
Os alunos parece estudarem deveras.
Nesses dois casos, se desenvolvermos as orações, tere-
mos:
Parece as meninas estarem nervosas. Proveio de Parece
que as meninas estão nervosas.
Parece os alunos estudarem deveras. Proveio de Parece
que os alunos estudam deveras.
07) A Partícula Apassivadora:
O verbo na voz passiva sintética, construída com o pro-
nome se, concorda normalmente com o sujeito. A maneira
mais fácil de se comprovar que a oração está na voz pas-
siva sintética é passando-a para a voz passiva analítica:
Alugam-se casas muda para Casas são alugadas. Sempre
que for possível essa transformação, o se será chamado
de Partícula Apassivadora. Para relembrar esse estudo
clique aqui.
Exs.:Entregam-se encomendas.=Encomendas são entre-
gues por alguém.
Ouviram-se muitas histórias. = Muitas histórias fo-
ram ouvidas.
Sabe-se que ele não virá. = Que ele não virá é sabido.
08) O Índice de Indeterminação do Sujeito:
O pronome se, sendo índice de indeterminação do sujeito,
deixa o verbo na terceira pessoa do singular; haverá I.I.S.
quando surgir na oração VI, sem sujeito claro; VTI, com OI;
VL, com PS e VTD, com O. D. Prep. Para relembrar esse
estudo clique aqui.
Exs.: Morre-se de fome no Brasil.
Assiste-se a filmes interessantes.
Aqui se está satisfeito.
Respeita-se a Roberto.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Os adjetivos e as palavras adjetivadas concordam em
gênero e número com os elementos a que se referem. Por
exemplo: gatas malhadas e cachorros brancos. Quando o
adjetivo surgir junto de mais de um substantivo, teremos
regras especiais, que veremos agora:
01) Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos
Adjunto adnominal
Quando o adjetivo posposto a dois ou mais substantivos
funcionar como adjunto adnominal e estiver qualificando
todos os substantivos apresentados, poderá concordar
com o elemento mais próximo ou com a soma deles.
Exs.: O Estado compra carros e maçãs argentinas.
O Estado compra carros e maçãs argentinos.
Há três casos em que o adjunto adnominal concordará
apenas com o elemento mais próximo:
01) Se qualificar apenas o elemento mais próximo:
Ex: Comprei óculos e frutas frescas.
02) Se os substantivos forem sinônimos:
Ex: Desrespeitaram o povo e a gente brasileira.
03) Se os substantivos formarem gradação:
Ex: Foi um olhar, uma piscadela, um gesto estranho.
Predicativo do sujeito
Quando o adjetivo imediatamente posposto a dois ou
mais substantivos funcionar como predicativo do sujeito,
deverá concordar com a soma dos elementos, apesar de
existirem gramáticos que admitam a concordância tam-
bém com o elemento mais próximo.
Ex: O operário e a esposa, preocupados, saíram para o
trabalho.
Predicativo do objeto
Quando o adjetivo imediatamente posposto a dois ou
mais substantivos funcionar como predicativo do objeto,
deverá concordar com a soma dos elementos, apesar de
existirem gramáticos que admitam a concordância tam-
bém com o elemento mais próximo.
Ex: Encontrei o operário e a esposa preocupados com a
situação da empresa.
Obs.: Uma maneira fácil de se estabelecer a diferença
entre o adjunto adnominal e o predicativo é quando subs-
tituímos o substantivo por um pronome: todos os adjun-
tos adnominais que gravitam ao redor do substantivo têm
de acompanhá-lo nessa substituição, ou seja, os adjuntos
adnominais desaparecem. Portanto, se o adjetivo não
desaparecer na substituição, será predicativo.
02) Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos
Adjunto adnominal
Quando o adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos
funcionar como adjunto adnominal e estiver qualificando
todos os substantivos apresentados, deverá concordar
apenas com o elemento mais próximo.
Ex: Trouxe belas rosas e cravos.
Predicativo do sujeito
Quando o adjetivo imediatamente anteposto a dois ou
mais substantivos funcionar como predicativo do sujeito,
deverá concordar com a soma dos elementos, apesar de
existirem gramáticos que admitam a concordância tam-
bém com o elemento mais próximo.
Ex: Preocupados, o operário e a esposa saíram para o
trabalho.
Predicativo do objeto
Quando o adjetivo imediatamente anteposto a dois ou
mais substantivos funcionar como predicativo do objeto,
deverá concordar com a soma dos elementos, apesar de
existirem gramáticos que admitam a concordância tam-
bém com o elemento mais próximo.
Ex: Encontrei preocupados com a situação da empresa o
operário e a esposa.
03) Dois ou mais adjetivos, modificando um só substanti-
vo
Quando houver apenas um substantivo qualificado por
dois ou mais adjetivos, há duas maneiras de se construir
a frase:
A) Coloca-se o substantivo no plural, e enumeram-se os
adjetivos.
Ex: Ele estuda as línguas inglesa e francesa.
B) Coloca-se o substantivo no singular, e, ao se enumera-
rem os adjetivos, acrescenta-se artigo a cada um deles.
Ex: Ele estuda a língua inglesa e a francesa.
CASOS ESPECIAIS
Obrigado / Mesmo / Próprio
Esses três elementos concordam com o substantivo ou
com o pronome a que se referem, ou seja, se o substanti-
vo for feminino plural, usam-se mesmas, próprias e obri-
gadas. Caso a palavra mesmo significar realmente, ficará
invariável.
Exs.:Elas mesmas disseram, em coro: Muito obrigadas,
professor.
Os próprios jogadores reconheceram o erro.
As meninas trouxeram mesmo o radialista.
Só / Sós
Essa palavra concordará com o elemento a que se refere,
quando significar sozinhos, sozinhos, sozinha, sozinhas;
ficará invariável, quando significar apenas, somente. A
locução a sós é sempre invariável.
Exs.:Só as garotas queriam andar sós; os meninos queri-
am a companhia delas.
Gosto de estar a sós.
Quite / Anexo / Incluso
Esses três elementos concordam com o substantivo a
que se referem.
Exs.:Deixarei as promissórias quites, para não ter proble-
mas.
Anexas, seguem as fotocópias dos documentos soli-
citados.
Meio
Concordará com o elemento a que se referir, quando sig-
nificar metade; ficará invariável, quando significar um
pouco, mais ou menos. Quando formar substantivo com-
posto, ambos os elementos variarão.
Exs.:Era meio-dia e meia. Ela estava meio nervosa.
Os meios-fios foram construídos em lugar errado.
Verbo de ligação + Predicativo do sujeito
Quando o sujeito for tomado em sua generalidade, sem
qualquer determinante, o verbo ser - ou qualquer outro
verbo de ligação - ficará no singular e o predicativo do
sujeito no masculino, singular. Se o sujeito vier determi-
nado por qualquer palavra, a concordância do verbo e do
predicativo será regular, ou seja, concordarão com o sujei-
to em número e pessoa.
Exs.: Caminhada é bom para a saúde.
Esta caminhada está muito boa.
É proibido entrada
Está proibida a entrada.
Menos / Pseudo
Essas duas palavras são sempre invariáveis.
Exs.: Houve menos reclamações dessa vez.
As pseudo-escritoras foram desmascaradas.
Muito / Bastante
Quando modificarem substantivo, concordarão com ele,
por serem pronomes indefinidos adjetivos; quando modi-
ficarem verbo, adjetivo, ou outro advérbio, ficarão invariá-
veis, por serem advérbios. Bastante também será adjetivo,
quando significar que basta, que satisfaz.
Exs.:Bastantes funcionários ficaram bastante revoltados
com a empresa.
Há provas bastantes de sua culpa.
Grama
Quando a palavra grama representar unidade de massa,
será masculina.
Ex: Comprei duzentos gramas de queijo.
Silepse
Concordância irregular, também chamada concordância
figurada; é a que se opera não com o termo expresso, mas
com outro termo latente, isto é, oculto, mentalmente e
subentendido, ou seja, concorda-se, não com a palavra
que esteja escrita, mas sim com o que ela significa.
Silepse de gênero
Ex.: São Paulo é linda, pois trata-se da cidade de São
Paulo.
Silepse de número
Ex.: Estaremos aberto nesse final de semana, porque o
que estará aberto será o estabelecimento.
Há também a silepse de pessoa.
Possível
Em frases enfáticas, como o mais, o menos, o melhor, o
pior, as mais, os menos, os piores, as melhores, a palavra
possível concordará com o artigo.
Exs.: Visitei cidades o mais interessantes possível.
Visitei cidades as mais interessantes possíveis.
EXERCÍCIOS SOBRE CONCORDÂNCIA
01.Assinale a alternativa em que se respeite a norma cul-
ta no tocante à concordância verbal.
A) O olhar dos velhinhos que ficam horas nas janelas
sempre expressaram seu interesse pelo mundo.
B) Pouca coisa, em meio a tantas novidades da vida
moderna, são capazes de deixar perplexas as crian-
ças de hoje.
C) Ninguém fica tanto tempo nas janelas das casas
sem matutarem sobre o sentido do que veem.
D) Suspeitamos sempre que as riquezas que nos ofe-
rece o mundo parecem exceder o limite da nossa
compreensão.
02.Assinale a opção com erro de construção:
A) vocês próprios entenderão a matéria;
B) há bastantes exemplos nesta lição;
C) ela adora pérola;
D) vocês vieram só ou acompanhados?
03.Assinale a opção com erro de concordância:
A) um e outro aluno desistiu de terminar a prova;
B) estas crianças eram as mais espertas possíveis;
C) A cerveja pode ser mau para a saúde;
D) a aluna regredia a olhos vistos;
04.Assinale a opção em que há erro de concordância:
A) não eram caras a canetinha e o balãozinho que o
camelô vendia;
B) o camelô vendia barato canetas e balões coloridos;
C) o camelô vendia, baratos, os balõezinhos e as cane-
tinhas;
D) os balões e as canetas vendidos pelo camelô eram
baratíssimos;
05.Assinale a opção em que a concordância se faz de
acordo com a norma culta da língua.
A) haverão anos sem que o veja novamente;
B) não deveriam haver condições melhores para o
Romantismo senão após nossa emancipação políti-
ca;
C) houveram protestos contra a reforma de Lutero;
D) não poderia haver alunos mais estudiosos que os
desta turma;
06.Assinale a opção em que a lacuna pode ser preenchida
por qualquer das duas formas verbais indicadas entre
parênteses.
A) um dos seus sonhos ________ morrer na terra natal
(era / eram);
B) aqui não _________ os sítios onde eu brincava. (exis-
te / existem);
C) uma porção de sabiás ________ na laranjeira; (canta-
va / cantavam);
D) não _______ em minha terra belezas naturais; (falta /
faltam);
07.Assinale a opção que apresenta erro de concordância:
A) palavras e exemplos dignos;
B) palavra e exemplo digno;
C) exemplo e palavra dignos;
D) exemplo e palavra dignas.
08.Assinale o erro de concordância nominal:
A) anexos vão o recibo e a fatura;
B) anexo vão o recibo e a fatura;
C) anexa vai a fatura e o recibo;
D) anexo vai o recibo e a fatura;
09.Assinale a alternativa da questão em que a concor-
dância está corretamente estabelecida:
A) Foi três horas de viagem para chegar ao local do
evento.
B) Há de existir prováveis discussões para a finaliza-
ção do projeto.
C) Só foi recebido pelo coordenador quando deu cinco
horas no relógio.
D) Fazia dias que participavam do processo seletivo
em questão.
10. ....... de exigências! Ou será que não ....... os sacrifícios
que .......por sua causa?
A) Chega - bastam - foram feitos;
B) Chega - bastam - foi feito;
C) Chegam - basta - foi feito;
D) Chegam - basta - foram feitos;
E) Chegam - bastam - foi feito.
11.Não está correta a frase:
A) Vai fazer cinco anos que ele se diplomou.
B) Rogo a Vossa Excelência vos digneis aceitar o meu
convite.
C) Há muitos anos deviam existir ali várias árvores.
D) Na mocidade, tudo são flores.
12.Sr. Professor, peço ao Sr. a fineza de me ............ a
quinta lição, e ............ a ............ anterior decisão.
A) enviar - reconsiderar - sua
B) enviardes - reconsiderardes - vossa
C) enviar - reconsiderar - vossa
D) enviardes - reconsiderardes - sua
E) enviardes - reconsiderar - vossa
13.Não ............ eu que ............ ao desamparo um pai ido-
so, a quem a velhice ou a doença ............ do sustento
próprio.
A) foi - deixou - privaram
B) fui - deixei - privou
C) fui - deixou - privou
D) foi - deixei - privou
14.Ela ............ não sabia se as declarações deviam ou não
............ ao processo.
A) mesma, ir anexas;
B) mesmo, ir anexo;
C) mesma, irem anexas;
D) mesmo, ir anexos;
15.Quanto à concordância, assinale a opção correta:

A) Naquela pesquisa era proibida resposta dúbia.

B) As mulheres, na luta por seus direitos, estavam só,
sem apoio.
A regência ocupa-se do estudo da relação entre os verbos
C) Certos entrevistados ficam meio confusos diante de
e os elementos que possam ser regidos por eles, sejam
indagações um tanto insuficiente.
estes objetos, ou, ainda, adjuntos adverbiais; e há verbos
D) Pessoas de excessiva vaidade nem sempre forne-
que não querem nenhum complemento, os intransitivos.
cem dados e informações corretos.
Também os nomes – substantivos, adjetivos e advérbios
– escolhem qual a preposição que desejam (ou se não a
desejam) para seu complemento nominal ou adjunto ad-
nominal.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D D C A D C D B D A Iremos rever alguns verbos e nomes, atentando para a
diferença que há no uso cotidiano de alguns dos verbos
11 12 13 14 15 — — — — —
que veremos e o que prega a norma culta. Você chega a
B A B A D — — — — — sua casa ou à sua casa? Você assiste o filme ou ao filme?
São muitos os verbos, assim, faremos um estudo daque-
les que apresentam mais de um sentido e/ou que na lin-
guagem coloquial são usados outra forma. Estão separa-
dos segundo sua transitividade; vale reforçar, portanto,
que alguns verbos aparecerão em mais de um grupo (re-
pare!), pois a transitividade também está relacionada ao
sentido que apresentem em determinado enunciado.

PEQUENO DICIONÁRIO DE REGÊNCIA VERBAL

1.Abdicar (Abdicar algo ou de algo)

Exs.: João abdicou sua nacionalidade.

A rainha abdicou do trono.

2. Acarretar (Acarretar algo a alguém)

Exs.: O atraso na entrega acarretou prejuízo à empresa.

A falta de empenho acarretou reprovação ao aluno.

3. Agradecer (Agradecer algo a alguém)

Exs.: Agradecemos aos professores os ensinamentos.

Eu agradeci ao meu amigo o elogio.

4. Aspirar (almejar- Aspirar a algo)

Exs.: Ele sempre aspirou ao sucesso.

Ela aspira a ser médica.

Aspirar (cheirar - Aspirar algo)

Exs.: Ele aspirou o perfume.

Ela aspirou o aroma delicioso vindo da cozinha.
5. Assistir (ver - Assistir a algo)
Exs.: Ela assistiu a uma entrevista intrigante.
Ele assiste ao telejornal diariamente.
Assistir (ajudar - Assistir alguém)
Exs.: Ele assistiu seu pai durante a doença.
Ela assiste o médico nas cirurgias.
Assistir (morar, estabelecer-se – Assistir em algum lugar)
Exs.: Ao ser aclamado papa, o religioso para a assistir em
Roma
6. Avisar (avisar algo a alguém/ avisar alguém de algo)
Exs.: Avisei o pagamento ao gerente do banco.
Avisei o término do prazo para os alunos.
O apito avisa os garotos do fim do jogo.
O recibo avisa o cobrador do pagamento.
Obs.: Seguem a mesma Regência de avisar os seguintes
verbos: aconselhar, certificar, cientificar, encarregar, im-
pedir, incumbir, informar, notificar, prevenir, proibir.
7. Chamar (apelidar - Chamar alguém ou a alguém)
Exs.: Chamou o garoto de malandro.
Chamou à moça de boneca.
Chamar (invocar a presença de – Chamar alguém)
Exs.: O professor chamou o aluno para o pátio.
As implicadas chamaram seu advogado.
8. Chegar (chegar a algum lugar/ chegar de algum lugar)
Exs.: Chego ao escritório às 8:30 h.
E ela chegou ao trabalho atrasada, como sempre.
Já chegou do trabalho?
Observação: Na norma culta não se usa ‘chegar em algum
lugar’.
9. Constar (constar de algo ou em algo)
Exs: O seu nome consta da lista dos aprovados.
O nome dela não consta nos arquivos.
10. Custar (ser difícil - custar a alguém)
Exs.: Custou ao aluno entender a questão.
Custa à moça aceitar a negativa.
Observação – Não se usa ‘custei entender o erro’; o cor-
reto é ‘custou-me entender o erro’. Custou a mim=custou-
me.
11. Dar ( doar - algo a alguém)
Exs: Eu dou água para os passarinhos.
Ela deu almoço para as crianças.
Dar (gerar, parir - dar alguém à luz)
Exs.: A mãe deu o bebê à luz.
A cadela deu se sete cachorrinhos à luz.
12. Entregar (entregar algo em algum lugar/entregar algo
a alguém)
Exs.: Eles entregaram a mercadoria na casa errada.
A pizzaria entrega em domicílio.
Entregou o medicamento ao cliente.
Obs.: Não se usa ‘ entregar a algum lugar’, mas sim ‘en-
tregar em algum lugar’.
13. Esquecer (esquecer algo)
Exs: Ela esqueceu o passado infeliz.
Ele esquece as promessas.
Esquecer-se (esquecer-se de algo)
Exs.: Ele esqueceu-se de suas vitórias.
Eu esqueci-me do nome dela.
Observação 1 – Não se usa a expressão ‘ esqueci do pa-
gamento’; o correto é ‘esqueci o pagamento’ ou ‘esqueci-
me do pagamento’.
Observação 2 – A mesma regência se usa para o verbo
lembrar.
14. Implicar-se (envolver-se - Implicar-se em algo)
Exs: Ele implicou-se em assaltos.
Ela implicou-se em fraudes.
Implicar (aborrecer - Implicar com algo)
Exs.: Ela implicava com a nora.
Ele implica com o cachorro.
Implicar (acarretar - Implicar algo)
Exs.: Esse comportamento implica punição.
Tal atitude implica castigo.
Observação – Não use ‘implicar em algo’ com o sentido
de acarretar.
15. Ir (Ir a algum lugar)
Exs: Ele vai ao Rio de Janeiro.
Ela vai à praia.
Observação – Na norma culta não se usa ‘ ir em algum
lugar’.
16. Morar (morar em algum lugar)
Exs.: Eles moram em Vitória.
Ela mora no subúrbio.
17. Namorar (namorar alguém)
Exs.: Ela namora meu irmão.
Ele namorava uma celebridade.
Observação – Na norma culta não se usa ‘namorar com
alguém’.
18. (Des)obedecer
Exs.: Nós obedecíamos às ordens dela.
As crianças de hoje não obedecem às ordens.
19. Pagar ( pagar algo-coisa- a alguém-pessoa)
Exs.: Eu paguei a dívida ao meu amigo.
Ela paga a conta ao padeiro.
Observação 1. Na norma culta não se usa ‘pagamos o
amigo’. Usa-se ‘pagamos ao amigo’.
Observação 2. A mesma regência se usa para o verbo
perdoar.
20. Preferir (preferir algo a outra coisa)
Exs.: Ele prefere leite a chá.
Elas preferem dançar a cantar.
Observação – Na norma culta não se usa ‘prefiro mais
algo do que outra coisa’.
21.Proceder (realizar - Proceder a algo)
Exs.: Ele procedeu à cirurgia.
Eles procederam aos pagamentos.
Proceder (vir - Proceder de algo)
Exs: Ela procede da Europa.
Ele procede do interior.
Proceder (ter cabimento – Proceder)
Exs.: O recurso procede.
A explicação não procede.
22. Querer (desejar -Querer algo)
Exs.: Ele quis um carro novo.
Ela quer um salário mais alto.
Querer (amar - Querer a alguém)
Exs.: A mãe quer bem ao filho.
O marido quer bem à família.
23. Satisfazer (satisfazer algo ou satisfazer a algo)
Exs.: As notas satisfizeram os pais do aluno.
O serviço satisfez aos clientes.
24. Simpatizar (Simpatizar com algo)
Exs.: Eu não simpatizei com aquele motorista.
Ela simpatizou com a nova colega.
Observação – Não se usa o pronome átono com o verbo
simpatizar. Tipo: Eu não me simpatizei com essa causa.
25. Visar (mirar - visar algo)
Exs.: Ela visa um alvo.
Ele sempre visou o foco.
Visar (assinar - visar algo)
Exs.: Ela visou a ata da reunião.
Ele visou o documento.
Visar (desejar, objetivar - visar a algo)
Exs.: Ele visava aos altos postos.
Elas visavam ao mesmo cargo.
Observação – Quando houver visar+infinitivo, o uso da
preposição é facultativo: Visou obter vantagens ou visou
a obter vantagens.
PEQUENO DICIONÁRIO DE REGÊNCIA NOMINAL 02.Quando implicar tem sentido de “acarretar”, “produzir
como consequência”, constrói-se a oração com objeto
Afável a, com direto, como se vê em:
Alheio a
Ansioso de, para A) Quando era pequeno, todos sempre implicaram co-
Anterior a migo.
Ávido de B) Muitas patroas costumam implicar com as empre-
Cobiçoso de gadas domésticas.
Comum a, de C) Pelo que diz o assessor, isso implica em gastar
Contente com, de, em, por mais dinheiro.
Contrário a D) Um novo congelamento de salários implicará uma
Dócil a reação dos trabalhadores.
Dotado de
Diverso de 03.Assinale a única alternativa incorreta quanto à regên-
Dúvida acerca de, em, sobre cia do verbo.
Essencial para
Fraco para, com, de, em A) Perdoou nosso atraso no imposto.
Grato a B) Lembrou ao amigo que já era tarde.
Hábil em C) Moraram na rua da Paz.
Habituado a D) Lembrou de todos os momentos felizes.
Ida a
Idêntico a 04.Assinale a alternativa em que há erro de regência ver-
Impróprio para bal.
Inacessível para, a
Indulgente com, para com A) Os padres das capelas que mais dependiam do di-
Leal a nheiro desfizeram-se em elogios à garota.
Mau com, para com B) As admoestações que insisti em fazer ao rábula
Nocivo a acabaram por não produzir efeito algum.
Orgulhoso com, para com C) Nem sempre o migrante, em cujas faces se refletia
Parecido a, com a angústia que lhe ia na alma, tinha como resolver a
Proeminência sobre situação.
Pronto para, em D) Era uma noite calma que as pessoas gostavam,
Próximo a, de nem fria nem quente demais.
Querido de, por
Sito em 05.Indique a alternativa correta.
Situado a, em, entre
Solícito com A) Sempre pago pontualmente minha secretária.
Visível a B) Você não lhe viu ontem.
C) A sessão fora assistida por todos os críticos.
D) O ideal a que visavam os parnasianos era a perfei-
ção estética.

EXERCÍCIOS SOBRE SINTAXE DE REGÊNCIA 06.Assinale a alternativa gramaticalmente correta:

01.Assinale o item em que há erro quanto à regência:
A) São essas as atitudes de que discordo.
B) Há muito já lhe perdoei.
C) Informo-lhe de que paguei o colégio.
D) Costumo obedecer a preceitos éticos.
A) Não tenham dúvidas que ele vencerá.
B) O escravo ama e obedece o seu senhor.
C) Prefiro estudar do que trabalhar.
D) Se lhe disserem que não o respeito, enganam-no.
07.Observe o verbo que se repete: "aspirou o ar" e "aspirou 12.Aponte a alternativa incorreta quanto à regência nomi-
à glória". Tal verbo: nal:

A) apresenta a mesma regência e o mesmo sentido
nas duas orações;
B) embora apresente regências diferentes, ele tem sen-
tido equivalente nas duas orações;
C) poderia vir regido de preposição também na primei-
ra oração sem que se modificasse o sentido dela;
D) apresenta regência e sentidos diferentes nas duas
orações;
A) Este caso é análogo ao que foi discutido ontem.
B) É preferível remodelar o antigo projeto a contratar
um novo projeto.
C) Foi reintegrado no Ministério que ocupava.
D) Pretendemos estar presentes na reunião.
13.Observe a regência dos verbos das frases reescritas
nos itens a seguir:

08.Há erro de regência no item: I. Chamaremos os inimigos de hipócritas. Chamare-

mos aos inimigos de hipócritas;
A) Algumas ideias vinham ao encontro das reivindica- II. Informei-lhe o meu desprezo por tudo. Informei-lhe
ções dos funcionários, contentando-os, outras não. do meu desprezo por tudo;
B) Todos aspiravam a uma promoção funcional, entre- III. O funcionário esqueceu o importante acontecimen-
tanto poucos se dedicavam àquele trabalho, por ser to. O funcionário esqueceu-se o importante aconte-
desgastante. cimento.
C) Continuaram em silêncio, enquanto o relator proce-
dia à leitura do texto final. A frase reescrita está com a regência correta em:
D) Informamos a V. Senhoria sobre os prazos de en-
trega das novas propostas, às quais devem ser res- A) I apenas; C) III apenas;
pondidas com urgência. B) II apenas; D) I e III apenas;

09.Assinale a alternativa em que a regência verbal está 14.Assinale a opção correta quanto à regência:
correta:
A) Os autores fazem referências desabonadoras as ca-
A) Prefiro mais a cidade que o campo. racterísticas do brasileiro.
B) Chegamos finalmente em Santo André. B) A atenção à modernidade é indispensável àqueles
C) Esta é a cidade que mais gosto. comentários.
D) Assisti ao concerto de que você tanto gostou. C) As pessoas são críticas no tocante as virtudes que
possuem.
10.Escolha, abaixo, a exata regência do verbo chamar: D) Os entrevistados se põem a responder as perguntas
feitas.
A) Chamamo-lo inteligente.
B) Chamamo-lo de inteligente. 15.Marque a alternativa incorreta quanto à regência verbal:
C) Chamamos-lhe inteligente.
D) Todas as regências acima estão corretas. A) Na verdade, não simpatizo com suas ideias inova-
doras.
11.Assinale a alternativa incorreta quanto à regência: B) Para trabalhar, muitos preferem a empresa privada
ao serviço público.
A) Creio que os trabalhadores estão muito conscientes C) Lamentavelmente, não conheço a lei que te referes.
de suas obrigações para com a Pátria. D) Existem muitos meios a que podemos recorrer nes-
B) O filme a que me refiro aborda corajosamente a te caso.
problemática dos direitos humanos.
C) Esta nova adaptação teatral do grande romance não
está agradando ao público; eu, porém, prefiro esta
àquela. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D) O trabalho inovador de Gláuber Rocha que lhe falei
C D D D D D D D D E
chama-se Deus e o Diabo na Terra do Sol.
11 12 13 14 15 — — — — —
D D A B C — — — — —
 04. Não existe nas expressões modais formadas por pa-
lavras repetidas.

_________________________________________________________

Palavra de origem grega. Significa fusão ou contração e é _________________________________________________________

processo indicado com o acento grave sobre a letra a, A
_________________________________________________________
crase é resultado das seguintes fusões:
_________________________________________________________
1. preposição “a”+ artigo feminino “a”: Referir-se à (= a +
05. É facultativo antes do pronome possessivo caso o
a) grande plateia.
substantivo esteja explícito.
2. preposição “a”+ pronome demonstrativo
3. Preposição “a” + “a”, inicial dos pronomes demonstra-
_________________________________________________________
tivos: Referir-se àquele (a+aquele) homem.
_________________________________________________________
Dos estudos de regência, já sabemos que a obrigatorie-
dade da presença da preposição é gerada pelo termo re- _________________________________________________________
gente. Assim, chegamos à conclusão de que CRASE é
_________________________________________________________
uma questão de regência.
06. Antes de nomes de pessoas denota intimidade, convi-
Então, haverá crase quando o termo regente exigir a pre-
vência.
posição A e o termo regido aceitar um A, artigo ou prono-
me: A1+A2 = À _________________________________________________________
Para que se tenha sucesso em questões que envolvem _________________________________________________________
CRASE, é importante conhecer as informações abaixo:
_________________________________________________________
A RESPEITO DO A2
_________________________________________________________
01. Não existe antes da palavra CASA se esta não estiver
07. Não existe quando, no singular, antecede um termo
especificada.
regido plural.
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
02. Não existe antes da palavra TERRA se esta estiver em
08. Está sempre presente nas formas: aquele(s), aque-
oposição a ar e mar.
la(s), aquilo.,
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
03. Não existe antes de substantivos que estiverem em
sentido genérico. 09. Não existe antes de nomes de cidades sem especifi-
cação.
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
10.Tem presença obrigatória nas locuções adverbiais,
prepositivas ou conjuntivas de substantivo feminino.
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
Obs.: cuidado com as locuções adverbiais de instrumen-
to.
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
11. Não existe antes de verbos.
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
A RESPEITO DO A1
01. Não existe antes do sujeito.
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
02. É facultativo após a preposição ATÉ.
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
03. Não existe com termos regentes de transição direta.
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
EXERCÍCIOS SOBRE CRASE
01.O sinal indicativo de crase pode ser corretamente su-
primido, sem prejuízo para a correção e o sentido ori-
ginal do texto, em:
A) ... à opressão e ao obscurantismo...
B) ... o mais belo legado do Renascimento à atualidade.
C) ... em continuidade à miséria...
D) ... e a submetê-la à sua vontade.
02.“Sentava–se mais ou menos ...... distância de cinco
metros do professor, sem grande interesse. Estudava
de manhã, e ...... tardes passava perambulando de uma
praça ...... outra, lendo algum livro, percebendo, vez ou
outra, o comportamento dos outros, entregue somente
...... discrição de si mesmo”.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima,
na ordem dada:
A) a — às — à — a
B) à — as — a — à
C) a — as — à — a
D) à — às — a — à
03.“Costuma-se atribuir ...... originalidade da obra de
Glauber Rocha o êxito do movimento denominado Ci-
nema Novo, cujos filmes ajudaram ...... alavancar tem-
porariamente ...... indústria cinematográfica nacional”.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima,
na ordem dada:
A) à - à - a
B) a - à - a
C) a - a - à
D) à - a - a
04.“Das decisões cotidianas relacionadas ...... distrações
e dietas ...... escolhas profissionais e afetivas de longo
prazo, o modo como usamos o tempo influencia todos
os setores da vida e acarreta algum tipo de ônus ......
ser pago futuramente”.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima,
na ordem dada:
A) a - às - à
B) à - as - à
C) à - às - a
D) à - as - a
05.Considere as frases abaixo.
I. ..... quem não o podia pegar o grito foi lançado.
II. Aludiam ...... uma imensa tela dourada os fios de sol
que se cruzavam.
III. O resultado de seu trabalho foi comparado ...... luz
da manhã.
Preenchem corretamente as lacunas, respectivamente:
A) A - a - à C) À - à - a
B) A - a - a D) À - a - à
06.Há falta ou ocorrência indevida do sinal de crase em:
A) Não é preciso agarrar-se à nenhuma teoria linguísti-
ca para se chegar à conclusão de que uma língua se
constitui a partir de muitos intercâmbios com ou-
tras.
B) Ao se referir à língua de Cabral, o autor do texto
lembra que, àquela época, certas sonoridades não
eram estranhas às do português que se fala hoje no
Brasil.
C) Assim, à primeira vista, não é fácil avaliar o que há
de idêntico entre a prosódia brasileira e aquela que
se verifica em Lisboa.
D) Tendo em vista a necessidade de se preservar a es-
trutura de uma língua, apela-se, com frequência, às
sistematizações da gramática normativa.
07.Quanto à necessidade ou não do sinal de crase, está
inteiramente correto o que se lê em:
A) Esse grande físico não pertenceu àquele grupo de
cientistas que se mantinham a margem das contin-
gências, desatentos ao mundo à sua volta.
B) Einstein não se limitou à escrever textos científicos;
lançou-se à roda dos grandes debates políticos in-
ternacionais, à cuja órbita se prendiam as decisões
cruciais do pós-guerra.
C) O cerceamento à liberdade, nos regimes totalitários,
leva a indignação coletiva às alturas quando os que
mais têm a dizer são intimados a calar-se.
D) Não cabe à qualquer pessoa levar a cabo uma expe-
riência científica, mas à toda gente cabe decidir so-
bre o emprego que se dará às novas ferramentas da
ciência.
08.“A população de miseráveis não tem acesso ...... quan-
tidade mínima de alimentos necessária ...... manuten-
ção de uma vida saudável, equivalente ...... uma dieta
de 2000 calorias diárias”.
A alternativa que preenche corretamente as lacunas da
frase apresentada é:
A) à - à - à C) a - a - à
B) à - a - a D) à - à - a
09.Justificam-se ambas as ocorrências do sinal de crase
em:
A) Na entrevista que concedeu à TV, a juíza recorreu à
uma frase de Disraeli.
B) A frase à que se reportou a juíza diz respeito à dis-
tinções éticas.
C) Faltam audácia e iniciativa à quem deveria propor-
se às ações afirmativas.
D) Não se abra àqueles inescrupulosos o campo favo-
rável à impunidade.
10.Quanto à observância da necessidade do sinal de cra-
se, está inteiramente correto o seguinte período:
A) Se à boa parte de nossa imprensa interessa a divul-
gação de crimes cometidos por jovens, somente a
uma pequena parcela dos jornalistas interessa a
discussão das questões que se ligam à essa faixa
de delinquência.
B) Não convém à parcela mais privilegiada da socie-
dade imaginar-se imune à toda e qualquer modali-
dade de tragédia; a violência a atingirá, a despeito
das guaritas, dos portões eletrônicos, dos vigias a
postos.
C) Todo jovem infrator, tenha ou não consciência dis-
so, aspira à inclusão social, quer ascender a posi-
ções mais dignas, elevar-se a uma condição seme-
lhante àquela em que vivem os jovens da classe
média.
D) Muito se comenta, a boca pequena, a respeito da
vantagem da pena de morte, extensiva a criminali-
dade juvenil, à despeito do que reza o Estatuto da
Criança e do Adolescente, que convoca todos os se-
tores sociais à tarefa da formação integral dos jo-
vens.
11.Está correto o emprego do sinal de crase em:
A) Não dá para ensinar jornalismo à todo aquele que
se dispõe à fazer o curso.
B) Ocorrendo à falta de talento, um diplomado não terá
acesso à nenhum órgão da imprensa.
C) Instituindo-se à obrigatoriedade do diploma, muitos
profissionais competentes poderão ficar à ver navi-
os.
 D) Quem recorre às escolas de jornalismo deve saber
que terá acesso apenas às informações básicas
acerca da profissão.

12.Quanto à ocorrência do sinal de crase, a frase inteira-

1) A VÍRGULA
mente correta é:

a) Separa enumerações:
A) Se não vier amanhã à cidade, avise-me à tempo.
B) Quando o barco ficou à deriva, coube à tripulação
O pai, a mãe, o irmão, o primo e ela saíram hoje cedo.
emitir um sinal de socorro.
C) Se fosse a mim, e não à ela que você devesse di-
b) Separa orações independentes entre si:
nheiro, estaríamos às boas.
D) Pretendi, à todo custo, que ela aderisse à nossa
Vim do sul, trabalhei anos, voltei para casa.
causa.

c) Separa deslocamentos (adjuntos adverbiais, orações

13.Há rigorosa observância das normas que determinam
reduzidas ou inversões):
o uso do sinal de crase em:

Se tivesse dinheiro, iria ao cinema.

A) A medida que afere o otimismo pode também avali-
(iria ao cinema se tivesse dinheiro = inversão)
ar o pessimismo, pois àquela ou à esta sensação
corresponde alguma dose de idealismo.
Quando chover, lavarei o carro.
B) O texto não nos leva à paradoxos gratuitos, mas à
(lavarei o carro quando chover = inversão)
necessidade de reconhecer uma intersecção entre o
otimismo e o pessimismo.
Ele, durante o recreio, saiu.
C) Cabe às pessoas decidir, à cada experiência, se lhes
(ele saiu durante o recreio = deslocamento)
convém entregar-se à determinada sensação, a de-
terminado humor.
Terminada a aula, os alunos saíram.
D) Não assiste às ciências positivas o direito de aspi-
(terminada = redução de particípio: quando a aula termi-
rar à definição cabal da fronteira entre o pessimis-
nou)
mo e o otimismo.
(os alunos saíram quando a aula terminou)

14.Atente para as seguintes frases:

Separa a intercalação (orações intercaladas, quando uma
está dentro de outra):
I. Não é possível estabelecer à medida que distancia
um notório tímido de um notório extrovertido.
O jogo, disse o técnico, será difícil.
II. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio
(o jogo será difícil, o técnico disse)
exclusivo de se fazerem notar; também as tímidas
chamam a atenção.
d) Separa uma explicação (apostos explicativos, orações
III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tí-
explicativas):
midos costumam captar a atenção de todos.

Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em O homem, que é um ser mortal, tem a alma imortal.
Paulo, um amigo meu, viajou ontem para a Europa.
A) I. C) II e III.
B) III. D) I e II. e) Isola o nome daquele com quem se fala (vocativo):

— Luiz, você precisa começar uma dieta urgente.

— Paulo, por favor venha cá!
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
f) Separa conjunções deslocadas ou depois de ponto-e-
D B D B D A C D D C vírgula (;)
11 12 13 14 — — — — — —
— Estudou muito; não foi, entretanto, aprovado.
D B D C — — — — — —
— Estudou muito; logo, será aprovado.
g) Marca a ausência do verbo:
Ela gosta de cinema e eu, de teatro. (= gosto)
h) Marca o “e” quando não tem ideia de soma (aditivo):
Estudou bastante, e não foi aprovado.
(= mas --> adversativo)
Andou, correu, e alcançou o seu objetivo.
(= logo --> consequência)
Chegou, e viu, e lutou, e venceu.
(repetição enfática --> é opcional, pois depende da
intenção da pausa)
Chegou, viu e lutou. (sem vírgula, pois é aditivo)
i) Indica e isola o realce (topicalização):
Dinheiro, todos precisam dele.
A porta, ela estava aberta.
j) Separa os nomes dos lugares (topônimos) nas datas:
Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2003.
Mauá, 15/02/1967.
2) OS DEMAIS SINAIS DE PONTUAÇÃO
1) Ponto-final ( . )
Utilizado em abreviaturas e para encerrar um período.
Num parágrafo, pode haver mais de um ponto-final.
Já vimos um. Agora dois.
O Prof. Dr. José Olympio e o Sr. Leônidas Costa farão a
abertura do seminário.
2) Ponto-e-vírgula ( ; )
Emprega-se geralmente em orações coordenadas que, por
apresentarem unidade de sentido ou aspectos em co-
mum, convém deixar no mesmo período.
Na língua escrita, é o leitor; na linguagem falada, o ouvin-
te.
Estudou muito; não foi, entretanto, aprovado.
3) Dois-pontos ( : )
Usados nos seguintes casos:
a) antes de uma citação:
Estava escrito: “girar o botão para a direita”.
b) antes de uma enumeração:
Vários são os autores estudados: Machado, Alencar,
Drummond e tantos outros.
c) antes de esclarecimento/explicação:
Fez tudo conforme o combinado: saiu às sete horas,
comprou o necessário e, às dez, chegava à casa.
d) antes de uma pergunta ou resposta:
Perguntei-lhe: “— Sabes andar?”. O moço
respondeu: “Nunca pude fazê-lo”
4) Ponto-de-interrogação ( ? )
É empregado no fim de interrogativas diretas (cuidado:
não há ponto-de-interrogação em interrogativas indiretas)
— Quem fez a redação?
(mas: ele perguntou quem tinha feito a redação.)
Eram os deuses astronautas?
5) Ponto-de-exclamação ( ! )
Emprega-se depois de interjeições ou de frases que ex-
primem espanto, admiração, entusiasmo, ironia, ordem,
chamamento, dor, alegria...
— Você chegou! Que surpresa!
— Manuel! Vem cá!
6) Reticências ( ... )
Emprega-se quando queremos demonstrar que o pensa-
mento foi interrompido, que houve uma suspensão de
sentido, deixando a o final em aberto para que o leitor
conclua.
Ah, se essas paredes falassem...
7) Travessão (—)
Em um diálogo, indica a introdução da fala de cada per-
sonagem. Num texto em prosa, serve para enfatizar uma
palavra, frase ou expressão, substituindo a vírgula ou um
parêntese.
— E aí, casou?
“Uma palavra — liberdade — escraviza muita gente”.
(Machado de Assis)
8) Parênteses ( ( ) )
Emprega-se para destaque de palavra, frase, oração ou
período que têm caráter explicativo-intercalativo e que é
geralmente pronunciada em tom de aparte.
“Um dia (que linda manhã fazia!) ela saiu a passear”.
(Joaquim Antônio de Macedo)
9) Aspas ( “ ” )
Emprega-se nos seguintes casos:
a) para destacar uma citação textual
Um dia eu soube que “tinha uma pedra no meio do
caminho”, mas descobri tarde demais.
b) para realçar uma palavra ou expressão
“Querer é poder” deve ser o nosso lema.
c) para destacar expressões estrangeiras ou arcaicas,
ironia ou gíria
O “pudor” de Machado de Assis. (= ironia)
O professor elogiou a “sapientia” do aluno. (= latinismo)
Foi uma verdadeira “curtição”. (= gíria)
EXERCITANDO PONTUAÇÃO
01.Os sinais de pontuação foram bem utilizados em:
A) Nesse instante, muito pálido, macérrimo, Prudente
de Morais entrou no Catete, sentou-se e, seco, de-
clarou ao silêncio atônito dos que o contemplavam:
"Voltei."
B) "Mãe onde estão os nossos: os parentes, os amigos
e os vizinhos?" Mãe, não respondia.
C) Os estados, que ainda devem ao governo, não pode-
rão obter financiamentos, mas os estados que já
resgataram suas dívidas ainda terão créditos.
D) Ao permitir a apreensão, de jornais e revistas, o pro-
jeto, retira do leitor o direito a ser informado pelo ve-
ículo que ele escolheu.
02.As aspas marcam o uso de uma palavra ou expressão
de variedade linguística diversa da que foi usada no
restante da frase em:
A) Essa visão desemboca na busca ilimitada do lucro,
na apologia do empresário privado como o “grande
herói” contemporâneo.
B) Pude ver a obra de Machado de Assis de vários ân-
gulos, sem participar de nenhuma visão “oficiales-
ca”.
C) Nas recentes discussões sobre os “fundamentos”
da economia brasileira, o governo deu ênfase ao
equilíbrio fiscal.
D) Em Minas, quem aprecia o campo pode curtir o frio,
ouvindo “causos” à beira da fogueira.
03.Assinale a alternativa correta quanto ao uso da vírgula.
A) A gentil atendente, anotou meu recado.
B) Observem por exemplo, o número de acidentes nas
estradas.
C) Aqueles objetos eram, na ocasião, meros acessó-
rios.
D) O chefe da equipe deve promover, bom convívio, en-
tre seus auxiliares.
04.Assinale o par de frases que não apresenta falha(s), na
pontuação.
A) As mulheres, dizem as feministas, aperfeiçoam os
homens.
A voz de Gilka, está cheia de acentos nunca dantes
escutados.
B) Nada, nos másculos versos de Francisca Júlia, de-
nuncia a mulher.
Em TRÊS MARIAS, o esmagamento do personagem
é mais contundente
C) Em 1980, a autora, sai de cena, discretamente, co-
mo sempre viveu.
Agora, na residência deles, falou da viagem das ir-
mãs.
D) A garota, sentia-se como única responsável pela
caçula.
O olhar, iluminava sua face, com um sorriso doce.
05.Na frase "Vivemos numa época de tamanha insegu-
rança externa e interna, e de tamanha carência de ob-
jetivos firmes..." o autor usou a vírgula antes da con-
junção "e". Isso está:
A) correto conforme a gramática normativa porque é
sujeito composto.
B) correto conforme a gramática normativa porque há
sujeitos diferentes.
C) errado conforme a gramática normativa porque é
sujeito composto.
D) errado conforme a gramática normativa, mas o au-
tor usou esse recurso para realçar o pensamento
que se segue.
06.Assinale a frase em que a pontuação está incorreta. C) Apreensivo ora se voltava para a janela ora exami-
nava o documento.
A) E ficou de olhos abertos, concentrado esperando, D) Suas palavras embora gentis continham um fundo
que o dia nascesse e seus mortos, partissem. de ironia.
B) Tomados de surpresa, ficamos imóveis, e somos
como um feliz, ainda que insólito, casal de namora- 10.Assinale a opção em que o emprego da vírgula está em
dos. desacordo com as prescrições das regras gramaticais
C) O escuro da garagem reteve-as por alguns momen- da norma culta:
tos, até que a vencedora emergiu, vagarosa, arque-
jante. A) Com a vigência da nova lei, as instituições puderam
D) É bom que um homem, vez por outra, deixe o litoral usar processos alternativos ao vestibular convenci-
misterioso e grande, querendo contemplar uma la- onal, baseados, principalmente na avaliação dos
goa. conteúdos. (Folha de S. Paulo, 24/8/1999.)
B) Elevar-se é uma aspiração humana a que a música,
07.Assinale a frase em que faltam vírgulas. essa arte próxima do divino, assiste com uma har-
monia quase celestial. (Bravo!, 7/1998.)
A) Quem sabe se os dois tinham uma receita de felici- C) Estamos começando a mudar, mas ainda pagamos
dade? um preço alto por isso. (IstoÉ, 5/11/1997.)
B) Seria inútil explicar-lhe que um celeiro de brejo não D) Medicamentos de última geração, aliás, são apenas
tem preço. coadjuvantes no tratamento dos males do sono.
C) Boa distração a gente sonhar construir castelos ar- (Época, 3/8/1998.)
quitetar episódios romanescos.
D) As pessoas distantes atingiram essa altura desola-
da em que papel e tinta nada significam.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
08.Leia o texto com a finalidade de pontuá-lo corretamen-
A D C B D A A A B A
te.

“Diz a sabedoria popular chinesa (1) que toda marcha

(2) por mais longa (3) e importante que seja (4) come-
ça (5) com o primeiro passo. Dar (6) esse primeiro
passo (7) às vezes (8) exige (9) grande determinação
(10) esforço monumental e ( 11) muita coragem . Prin-
cipalmente se o passo (12) for em direção (13) a um
caminho desconhecido (14) com o qual (15) não esta-
mos acostumados a lidar por conta dos vícios adquiri-
dos.”

Os números que devem ser substituídos por vírgulas

são

A) 2 – 4 – 7 – 8 – 10 – 14
B) 1 – 4 – 5 – 9 – 11 – 14
C) 3 – 5 – 6 – 8 – 10 – 12
D) 1 – 2 - 3 – 4 – 7 – 10 - 12

09.Assinalar a alternativa cujo período dispensa a uso de

vírgula:

A) Nesse trabalho ficou patente a competência dos jo-

vens frente à nova situação.
B) O autor busca um meio capaz de gerar um conjunto
potencialmente infinito de formas com suas propri-
edades típicas.
 seção (compartimento)
sessão (reunião)
cessão (doação)

b) HOMÓGRAFAS : igualdade na grafia

SINÔNIMOS
Exs.: governo (substantivo)
São palavras que apresentam, entre si, o mesmo signifi- governo (verbo)
cado.
acerto (correção)
Exs.: triste = melancólico. acerto (verbo acertar);
resgatar = recuperar
maciço = compacto acordo (combinação)
ratificar = confirmar acordo (verbo acordar);
digno = decente, honesto
reminiscências = lembranças apoio (suporte)
insipiente = ignorante. apoio (verbo apoiar);

ANTÔNIMOS choro (pranto)

choro (verbo chorar);
São palavras que apresentam, entre si, sentidos opostos,
contrários. c) HOMÓFONAS/HOMÓGRAFAS: igualdade no som e na
grafia
Exs.: bom x mau
bem x mal Exs.: Caminho (trajeto)
condenar x absolver Caminho (verbo caminhar)
simplificar x complicar
Cedo (verbo ceder)
PARÔNIMOS Cedo (advérbio)

São palavras de grafias parecidas, sem necessariamente Leve (verbo levar)

existir entre elas uma relação de sentido. Leve (pouco peso)

Exs.:Peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) e

pião (brinquedo);
Precedente (que vem antes) e procedente (proveni-
ente de; que possui fundamento);
Coro (música) e couro (pele animal);
Inflação (alta dos preços) e infração (violação);
Despensa (local onde se guardam alimentos) e dis-
pensa (ato de dispensar);
Docente (relativo a professores) e discente (relativo
a alunos);
Emigrar (deixar um país) e imigrar (entrar num país);
Delatar (denunciar) e Dilatar (alargar);
HOMÔNIMOS
São palavras que guardam entre si algum tipo de igualda-
de.
a) HOMOFÓNAS: igualdade no som
Exs. cassar (tirar o mandato)
caçar (capturar ou abater a presa)
01.Assinale a alternativa cujas palavras substituem ade-
quadamente as palavras e expressões destacadas
abaixo:
Passou-me sem atenção que a sua intenção era esta-
belecer uma diferença entre os ignorantes e os valen-
tes, corajosos.
A) desapercebido - descriminar - incipientes - intemera-
tos.
B) despercebido - discriminar - insipientes - intimora-
tos.
C) despercebido - discriminar - insipientes - intemera-
tos.
D) desapercebido - descriminar - insipientes - intemera-
tos.
02.O apaixonado rapaz ficou extático diante da beleza da
noiva.
A palavra destacada é sinônima de:
A) imóvel
B) admirado
C) firme
D) sem respirar
03.Indique a alternativa errada:
A) As pessoas mal-educadas, sempre se dão mal com
os outros.
B) Os meus ensinamentos foram mal interpretados.
C) Vivi maus momentos, naquela época.
D) Temos que esclarecer os mau-entendidos.
04.Os sinônimos de exilado, assustado, sustentar e ex-
pulsão são, respectivamente:
A) degredado, espavorido, suster e proscrição.
B) degradado, esbaforido, sustar e prescrição.
C) degredado, espavorido, sustar e proscrição.
D) degradado, esbaforido, sustar e proscrição.
05.“Trate de arrumar o aparelho que você quebrou e cos-
turar a roupa que você rasgou, do contrário não saíra
de casa nesse final de semana.”
As palavras destacadas podem ser substituídas por:
A) concertar, coser e se não.
B) consertar, coser e senão.
C) consertar, cozer e senão.
D) concertar, cozer e senão.
06.Assinale a alternativa que preenche corretamente as
lacunas da frase abaixo:
Da mesma forma que os italianos e japoneses
_________ para o Brasil no século passado, hoje os bra-
sileiros _________ para a Europa e para o Japão, à bus-
ca de uma vida melhor; internamente, os nordestinos
________ para o Sul, pelo mesmo motivo.
A) imigraram - emigram - migram
B) migraram - imigram - emigram
C) emigraram - migram - imigram.
D) emigraram - imigram - migram.
07.Há erro de grafia em:
A) Marília trabalha na seção de roupas.
B) Hoje haverá uma sessão extraordinária na Câmara
de Vereadores.
C) O prefeito da cidade resolveu fazer a cessão de
seus rendimentos à creche municipal.
D) Voto na 48ª sessão, da 191ª zona eleitoral.
08.Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas
das frases apresentadas.
A ___________ da greve era ________, mas o líder dos
trabalhadores iria ___________ o aumento mais uma
vez.
A) deflagração - eminente - reivindicar.
B) defragração - iminente - reinvidicar.
C) deflagração - iminente - reivindicar.
D) defragração - eminente - reinvindicar.
09.Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas
das frases apresentadas.
Apesar de _______ em mecânica de automóveis, ele foi
_______ de __________, pois não conseguiu diagnosticar
o problema no motor do carro do diretor.
A) esperto - tachado - incipiente.
B) experto - tachado - insipiente.
C) experto
D) esperto - taxado - incipiente.
10.Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas
das frases apresentadas.
O ladrão foi pego em _________, quando tentava levar
_______ quantia, devido a uma _______ de caminhões
bem em frente ao banco.
A) flagrante - vultosa - coalizão.
B) fragrante - vultuosa - colisão.
C) flagrante - vultosa - colisão.
D) fragrante - vultuosa - coalizão.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B B D A B A D C D C

TEXTO 01
GERAÇÃO DO CELULAR
Inaê Soares da Silva
O uso do celular é considerado atualmente o maior
entretenimento dos brasileiros, tem ocupado quase a
metade das horas vagas da população e especialistas
confirmam que as pessoas estão viciadas. Os usuários
não usam o celular ou a internet apenas para olhar uma
mensagem ou outra, e sim, ficam vidrados o dia inteiro,
seja na rua, na praça, com os amigos e até mesmo no
trabalho. As pessoas precisam aprender ter mais contato
com o mundo real.
As crianças estão passando horas do seu tempo
livre em frente ao computador ou no celular em jogos que
poderiam ser utilizadas para uma leitura de bons livros ou
para uma conversa com os amigos. Adultos chegam do
trabalho já vão conferir as últimas atualizações dos apli-
cativos de relacionamentos e até idosos estão aderindo à
nova tecnologia. A cultura da população está mudando e
isso preocupa.
Acredito que as redes sociais foram criadas para
que nós tivéssemos mais contato com as pessoas, mas
está totalmente ao contrário. O que veio para aproximar,
acabou afastando. As redes sociais estão fazendo as
pessoas antissociais umas com as outras. A comunica-
ção que prevalece é a virtual e a prática de boas atitudes
humanas, como o “bom dia”, “por favor”, são raros.
Temos que incentivar às crianças, aos adolescen-
tes e até aos adultos a se desconectarem do mundo vir-
tual para se conectarem com o mundo real. Deixar o celu-
lar desligado quando estiver em família, curtir um passeio
sem tantas selfies e dar preferência ao bate-papo olho-no-
olho são situações que fortalecerão o relacionamento e o
amor.
Da Silva, Inaê Soares. Escola João Moreira Barroso.
Setembro de 2017 (Adaptado). Professor Maurício Araújo
01.A finalidade do texto é
A) informar sobre o avanço das tecnologias.
B) apresentar dados históricos sobre as redes sociais.
C) apresentar um ponto de vista para convencer o lei-
tor.
D) informar sobre a importância do celular na comuni-
cação.
02.Segundo a autora, como os usuários do celular estão
se comportando atualmente em relação aos aplicati-
vos de relacionamento?
A) Eles estão passando todo o seu tempo livre nas re-
des sociais.
B) Os usuários usam o celular excessivamente.
C) Os usuários usam todos os dias o celular, mas con-
seguem limitar o tempo que passam nas redes so-
ciais.
D) Usam as redes sociais apenas para se relacionar
amorosamente.
03.Há uma opinião da autora em
A) “O uso do celular é considerado atualmente o maior
entretenimento dos brasileiros...”
B) “... especialistas confirmam que as pessoas estão
viciadas.”
C) “Adultos chegam do trabalho já vão conferir as úl-
timas atualizações dos aplicativos de relaciona-
mentos...”
D) “Acredito que as redes sociais foram criadas para
que nós tivéssemos mais contato com as pesso-
as...”
04.No trecho: “...e sim, ficam vidrados o dia inteiro...”, a
expressão grifada significa que os usuários
A) passam muito tempo no celular.
B) ficam bastante tempo na internet e isso causa pro-
blemas na visão.
C) podem prejudicar o vidro do celular durante o toque
com os dedos.
D) são obrigados a usarem o celular.
05.A tese que a autora Inaê Soares defende está em
A) “Os usuários não usam o celular ou a internet ape-
nas para olhar uma mensagem ou outra, e sim, fi-
cam vidrados o dia inteiro...”
B) “As crianças estão passando horas do seu tempo li-
vre em frente ao computador ou no celular em jogos
que poderiam ser utilizadas para uma leitura de
bons livros...”
C) “As pessoas precisam aprender ter mais contato
com o mundo real.”
D) “... seja na rua, na praça, com os amigos e até mes-
mo no trabalho.”
06.No trecho: “Adultos chegam do trabalho já vão conferir TEXTO 02
as últimas atualizações...” , a palavra em destaque re-
vela circunstância de […] dia desses, uma equipe de reportagem de um
canal por assinatura veio até minha casa para me entre-
A) modo. vistar sobre a Era Vargas. O repórter que conduziria a
B) tempo. conversa advertiu-me, antes de o operador ligar a câmera:
C) lugar. “Pense que nosso telespectador típico é aquele sujeito
D) intensidade. esparramado no sofá, com uma lata de cerveja numa mão
e o controle remoto na outra, que esbarrou na nossa re-
07.O que a autora quis dizer ao escrever “A comunicação portagem por acaso, durante o intervalo de um filme de
que prevalece é a virtual”? ação”, detalhou. “É para esse cara que você vai falar; pen-
se nele como alguém com a idade mental de 14 anos.”
A) Com a chegada da tecnologia, a comunicação virtu- Sou cortês, mas tenho meus limites. Quase enxotei
al está diminuindo. o colega porta afora, aos pontapés. Respirei fundo e pro-
B) Que a comunicação real (olho-no-olho) está se tor- curei ser didático, sem me esforçar para parecer que es-
nando mais frequente. tava falando com o Homer Simpson postado ali do outro
C) Que todos os dias as pessoas estão comprando lado da lente. Afinal, como pai de duas crianças, acredito
mais celular. que há uma enorme distância entre o didatismo e o dis-
D) Que a comunicação por meio de aplicativos de celu- curso toleirão, entre a clareza e a parvoíce.
lares está se tornando mais frequente.
(“A TV virou um dinossauro”. Folha de S.Paulo, 09.07.2017.)

08.No trecho: “...e isso preocupa.”, o termo em destaque

01.Segundo o repórter, o telespectador típico
se refere

A) tem dificuldade para entender a Era Vargas;

A) aos adultos que chegam do trabalho e já vão para o
B) é imaturo;
celular.
C) é capaz de entender qualquer explicação;
B) aos idosos que aderiram à nova tecnologia.
D) evita mudar de canal;
C) à mudança da cultura da população.
D) às últimas atualizações dos aplicativos de relacio-
02.O repórter, ao descrever o perfil do telespectador ao
namento.
entrevistado, sugeriu que este
09.Qual a proposta de solução apresentada pela autora
A) não usasse um discurso muito intelectualizado;
para minimizar os problemas causados pelo celular?
B) evitasse criticar Getúlio Vargas;
C) não fosse muito prolixo;
A) “Temos que incentivar às crianças, aos adolescen-
D) ao falar sobre política, fizesse metáforas com o fu-
tes e até aos adultos a se desconectarem do mundo
tebol;
virtual para se conectarem com o mundo real.”
B) “A comunicação que prevalece é a virtual e a prática
de boas atitudes humanas, como o “bom dia”, “por
favor”, são raros.”
C) “O que veio para aproximar, acabou afastando.” 01 02 — — — — — — — —
D) “As redes sociais estão fazendo as pessoas antis- B A — — — — — — — —
sociais umas com as outras.”

01 02 03 04 05 06 07 08 09 —
C B D A C B D C A —