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Domínio da ortografia oficial

Prof. Luana Porto

Domínio da ortografia oficial


1.1. Ortografia
1.2. Emprego de algumas letras
1.3. Dificuldades ortográficas
1.4. Emprego dos porquês

1.5. Emprego do hífen

1.6. Acentuação gráfica


Domínio da ortografia oficial

Profa. Dra. Luana Porto


@profa.luanaporto
1.1. Ortografia

Ortografia vem do grego orthós: correta, e grafia: escrita.

Conceito de ortografia
É a parte da gramática que trata da escrita correta das palavras, e a ortografia é construída
com base em critérios fonéticos e etimológicos além de ser resultado de convenções e acordos
ortográficos celebrados entre países em que a língua portuguesa é idioma oficial.

DICAS DE MATERIAIS PARA CONSULTA

• Dicionários Atualizados
• VOLP

O VOLP pode ser acessado gratuitamente na internet, no endereço:


http://www.academia.org.br/nossa-lingua/busca-no-vocabulario, nesse endereço, é
possível baixar o aplicativo do VOLP.

Novo Acordo Ortográfico

• Assinado em 1990, o Acordo Ortográfico visa à padronização da ortografia da


língua portuguesa.
• Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e
Príncipe e Timor-Leste, que formam a Comunidade de Países de Língua
Portuguesa (CPLP), assinaram o tratado e cada um determinou prazos para que
a reforma entrasse em vigor em seus territórios.
• 2008: entrada em vigor do Acordo no Brasil.
Alterações provocadas pelo Novo Acordo Ortográfico

* Para todos verem: esquema

O alfabeto

Trema
Linguiça, tranquilo
O trema só permanece em palavras estrangeiras e suas derivadas
► Müller, mülleriano
Acentuação gráfica
Segundo o Acordo Ortográfico, o acento gráfico é facultativo nas seguintes palavras:

• Fôrma (substantivo) / forma (substantivo/verbo)


• Algumas palavras recebem acento gráfico simplesmente para estabelecer distinção
gráfica:
• pôr (verbo) / por (preposição).
• Quê (substantivo ou em final de frase) / que (pronome ou conjunção)
• Porquê (substantivo ou em final de frase) / porque (pronome ou conjunção)
• Pôde (pretérito perfeito do indicativo) / pode (presente do indicativo)

Hífen depois do Acordo Ortográfico


Quando a segunda palavra começar com “r” ou “s”, depois de prefixo terminado em vogal, retira-
se o hífen e essas consoantes são duplicadas.
Exemplos: antissocial, autorretrato, ultrassom

O hífen é usado quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com a mesma
vogal
Exemplos: micro-ondas, anti-inflamatório

ATENÇÃO:

Não se usa mais o hífen:


• em determinadas palavras que perderam a noção de composição
o Exemplos: paraquedas, mandachuva, vaivém
• quando a unidade expressiva é uma locução
o Exemplos: dia a dia, à toa, café com leite, pé de atleta, pé de boi, pé de cabra,
pé de chinelo, pé de galinha, pé de pato, pé de vento, pé de moleque.
o Exceção: pé-de-gato (VOLP)
1.2. Emprego de algumas letras

Emprego de letra minúscula inicial: alguns casos


1. Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos usos correntes.
2. Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; primavera.
3. Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas (opcionalmente,
também com maiúscula): português (ou Português), matemática (ou Matemática); línguas
e literaturas modernas (ou Línguas e Literaturas Modernas).
4. Nos usos de fulano, sicrano, beltrano.
5. Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas); norte, sul (mas: SW sudoeste).

Emprego da letra maiúscula inicial

O emprego da letra maiúscula deve ocorrer nas seguintes situações:

a) No começo de um período, verso ou citação direta.


A comunidade angolana está, a partir de agosto, com novo presidente depois de 38 anos de
governo do antecessor.

b) Nomes próprios reais ou fictícios.


Machado de Assis criou Capitu, personagem famosa de nossa literatura.

c) Nomes de lugar reais ou fictícios.


A cidade de Porto Alegre é encantadora.
O Passo da Guanxuma é a cidade de histórias de um autor gaúcho.

d) Nos nomes mitológicos.


A deusa Afrodite é a deusa do amor.

e) Nos nomes de festas e festividades.


O Natal é uma das datas mais festivas no Brasil.

f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais.


O IBGE divulga a cada quatro anos resultados do Censo.
g) Nas expressões de tratamento.
V. S. gostaria de tomar um café antes da reunião?
A Senhora Coordenadora iniciou a reunião às 14h.

h) Em nomes de escolas em geral.


A Escola Politécnica da UFSM é considerada a melhor escola pública do Rio Grande do Sul.

i) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalistas.


A Igreja Católica tem realizado ações beneficentes.
O Estado do Rio Grande do Sul está buscando renegociar suas dívidas com a União.

J) Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente:


Nordeste, por nordeste do Brasil, Norte, por norte de Portugal, Meio-Dia, pelo sul da França ou
de outros países, Ocidente, por ocidente europeu, Oriente, por oriente asiático.

ATENÇÃO

Opcionalmente, em palavras usadas reverencialmente, aulicamente ou


hierarquicamente, em início de versos, em categorizações de logradouros
públicos:

rua ou Rua da Cantareira


largo ou Largo dos Leões
de templos:
igreja ou Igreja do Bonfim
de edifícios:
palácio ou Palácio da Cultura, edifício ou Edifício Azevedo Cunha.
Emprego de algumas letras

A ortografia em língua portuguesa requer a observação ao emprego de algumas letras,


que, dependendo da origem da palavra ou do próprio uso do termo, podem gerar dúvidas. Isso
porque um mesmo grafema pode representar diferentes fonemas e vice-versa.

a) Empregam-se as letras K, W e Y:
• Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados.
Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista.
• Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados.
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano, Disneylândia.
• Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso
internacional.
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt.

b) Emprega-se a letra Z:
• em palavras derivadas de outras grafadas com z.
Exemplos: feliz – felizardo / zelo - zelador
• em substantivos abstratos femininos terminados em -ez e -eza, derivados de adjetivos.
Exemplos: grávida - gravidez / esperto - esperteza
• em palavras terminadas em -izar(verbos) e -ização(substantivos), derivadas de certos
substantivos.
Exemplo: colono - colonizar - colonização

c) Emprega-se a letra S:
• nos sufixos -ês, -esa, -isa, -osa, -oso e -ense.
Exemplos: freguês, consulesa, poetisa, gasosa, oleoso, cearense
• em palavras derivadas de outras que têm s no fim do radical.
Exemplos: dose – dosagem, liso – alisar, análise - analisar
• em todas as formas dos verbos querer e pôr, que têm s, e seus compostos.
Exemplos: quis – quiseram, pus - puseram repusesse
• em substantivos derivados de verbos terminados em –nder ou -ndir ou –verter e –pelir .
Exemplos: pretender – pretensão, expandir – expansão; converter – conversão, repelir –
repulsão
Atenção!
a) –ISAR ou –IZAR?

Escrevem-se com “s” (=ISAR) os verbos derivados de palavras que já têm “s”:
análise > analisar
aviso > avisar
paralisia > paralisar
pesquisa > pesquisar

Escrevem-se com “z” (=IZAR) os verbos derivados de palavras que não têm a letra “s”:
ameno > amenizar
civil > civilizar
fértil > fertilizar
legal > legalizar
normal > normalizar
real > realizar
suave > suavizar

b) –SINHO ou –ZINHO?
Escrevem-se com “s” (=SINHO) os diminutivos derivados de palavras que já têm a letra
“s”:
casa > casinha
lápis > lapisinho
mesa > mesinha
país > paisinho
pires > piresinho
tênis > tenisinho
Escrevem-se com “z” (=ZINHO) os diminutivos derivados de palavras que não têm a letra
“s”:
animal > animalzinho
balão > balãozinho
café > cafezinho
chapéu > chapeuzinho
flor > florzinha
pai > paizinho
papel > papelzinho

d) Emprega-se a letra X:
• depois de ditongo.
Exemplos: feixe, caixa
• depois da sílaba inicial en-.
Exemplos: enxada, enxurrada
Atenção!

- Palavras derivadas de outras que tenham ch mantêm o ch.


Exemplos: encharcar (de charco), enchente (de cheio), enchiqueirar (de chiqueiro).
- Mecha e seus derivados são escritos com ch.

e) Emprego de CH
Empregam-se CH em algumas palavras de origem estrangeira (exemplos: salsicha,
capricho, sanduíche) e em palavras derivadas de palavras latinas escritas com pl, cl e fl
(exemplos: como chave, chuva, chumbo).

Atenção!

Cheque x xeque
A conta foi quitada com um cheque. (Documento pelo meio do qual um cliente de banco pode
pagar contas, ou sacar dinheiro)
No jogo de xadrez, é preciso saber fazer xeque-mate. (substantivo masculino bastante utilizado
em jogos de xadrez como lance usado para atacar o rei do adversário com o intuito de capturá-
lo; perigo; contratempo)
Cocho x coxo
É preciso substituir cocho das vacas, pois está muito desgastado. (Vasilha, feita geralmente de
um tronco de árvore cavado, em que comem (ou bebem) cavalos, bois e outros animais)
Depois da cirurgia no joelho, ele ficou coxo. (Indivíduo que coxeia ou manca)
Brocha x broxa
Foram usadas duas brochas para segurar o salto do sapato. (prego)
O pintor comprou broxa nova para iniciar a pintura da sala. (Pincel de cerdas grossas para
pinturas e acabamentos simples)
A mulher afirma que o antigo marido é broxa.
(Que ou quem não consegue ter ou manter .ereção)
Tachar x taxar
É errado tachar a ministra de arrogante, pois ela é apenas tímida. (colocar tachar, censurar,
atribuir características negativas)
Governo americano quer taxar nova tributação para a importação de aço. (determinar a taxa ou
imposto)
Arrochar x arroxar
O marceneiro arrochou o prego na parede! (apertar muito)
O soco arroxou o rosto. (tornar roxo)
Chá x xá
O chá pode ser servido gelado ou quente. (bebida preparada por infusão de folhas)
Qual o nome do mais famoso Xá da Pérsia? (título do soberano da antiga Pérsia)
Rocha x roxa
A rocha do morro é uma das mais antigas. (pedra)
Você usaria uma calça roxa? (cor violeta)

f) Emprego das letras C, Ç, SS


• Em todos os substantivos derivados de verbos terminados em GREDIR, MITIR e CEDER,
devemos usar “SS”:
agredir > agressão
regredir > regressão
progredir > progressão
transgredir > transgressão
omitir > omissão
demitir > demissão
admitir > admissão
permitir > permissão
transmitir > transmissão
ceder > cessão
suceder > sucessão
conceder > concessão

• Em todos os substantivos derivados de verbos terminados em -nder, -ndir, -verter e -


pelir, devemos usar “S”:
tender > tensão
compreender > compreensão
apreender > apreensão
pretender > pretensão
ascender > ascensão
verter > versão
reverter > reversão
converter > conversão
subverter > subversão
expelir > expulsão
repelir > repulsão

• Em todos os substantivos derivados dos verbos TER e TORCER e seus derivados, devemos
usar “Ç”:
reter > retenção
deter > detenção
ater > atenção
abster > abstenção
obter > obtenção
torcer > torção
distorcer > distorção
contorcer > contorção
• O c só tem o valor de /s/ com as vogais e e i. Para as restantes usa-se ç.
Exemplos: acém, ácido
açafrão, açorda, açúcar

• O ç e os dois ss não existem em início de palavras.

• O s entre vogais tem sempre o som /z/, por isso, nas palavras derivadas e compostas formadas
a partir de uma palavra com s em posição inicial, tem de se dobrar o s, escrevendo-se ss.
Exemplos:
Sala – antessala
Seguir – prosseguir
Sol – girassol
Soma – cromossoma

• Os dois ss só aparecem entre vogais.


Exemplos: minissaia, pessoa, assoalho

• O sufixo de naturalidade –ense escreve-se com s.


Exemplos: candelariense; cearense

• O superlativo absoluto sintético terminado em –íssimo escreve-se com dois ss.


Exemplos: notabilíssimo, amabilíssimo

g) Emprega-se a letra J:
• em palavras derivadas de outras que já
tenham j.
Exemplos: cerejeira (de cereja), lojista (de loja)
• nas formas dos verbos terminados em -jar e -jear.
Exemplos:velejei (velejar), almeje (almejar), lisonjeie (lisonjear)
• em vocábulos de origem ameríndia (sobretudo tupi) ou africana.
Exemplos: maracujá, pajé, jibóia, jiló, jirau
h) Emprega-se a letra G:
• em vocábulos formados pelo sufixo -gem.
Exemplos: paisagem, coragem, mensagem

Atenção!
Pajem, laje e lambujem com j.

• em vocábulos terminados em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.


Exemplos: pedágio, colégio, prestígio, relógio, refúgio

• em vocábulos derivados de outros já grafados com g.


Exemplos: mugir – mugido, fingir – fingimento, agitar - agitação

i) Emprega-se a letra H
Esta letra faz parte do alfabeto da língua portuguesa em função da etimologia e é usada
início de várias palavras e no final de algumas interjeições.
Exemplos: haver, hélice, hidrogênio, hóstia, humildade; hã!, hem?, puh!, ah!, ih!, oh!, etc.

Atenção!

Não se escreve com h final a interjeição de chamamento ou apelo ó:


Ó José, vem aqui!
Ó Laura, pare com isso! (BECHARA, 2009, p. 72)

A letra H é empregada:
• quando faz parte do nh, ch e lh.
Exemplos: ninho, chuva, ilha.

• nas palavras compostas quando o segundo segmento iniciado com H se isola do


primeiro por meio de hífen.
Exemplos: sobre-humano, pré-histórico.
j) Emprego das letras E, I, O, U
a) Emprega-se E:
a) na sílaba final de formas dos verbos terminados em –uar:
efetue, efetues, atenue, atenues, continue, continues...
b) a sílaba final de formas dos verbos terminados em –oar:
entoe, entoes, perdoe, perdoes...
c) as palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior):
antebraço, antecâmara, antecipar...

b) Emprega-se I:
a) na sílaba final de formas dos verbos terminados em –uir:
possui, possuis, constrói, constróis, diminui, diminuis...

b) em forma verbal com infinitivo terminado em -iar:


variar – vario, varias, varia, variamos, variais, variam
copiar – copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam
Exceções: mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar

c) em forma verbal com infinitivo terminado em -air e -oer:


atrair- atrai
corroer – corrói

d) em palavra derivada com a terminação -iano(a):


açoriano, alasquiano, bachiano, machadiano, wagneriano.

e) em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)


anti-inflamatório, Anticristo

c) Emprega-se O:
Grafam-se com “o”:
boteco, botequim, mochila, nódoa, cortiço, moela, mosquito, mágoa, moleque, tossir, goela,
engolir, polenta, toalete, zoar, etc.
d) Emprega-se U:
Grafam-se com “u”:
amuleto, bueiro, camundongo, cinquenta, cutia, curtume, jabuti, jabuticaba, entupir, embutir,
mandíbula, supetão, tábua, tabuleiro, urtiga, urticária, entre outras.

Atenção!
► recorde (e não récorde);
► rubrica (e não rúbrica);
► pudico (e não púdico);
► nobel (e não nóbel).

Nas provas de concurso ...

EM SÍNTESE
1.3. Dificuldades ortográficas

A e há
A é empregado para indicar tempo futuro e intervalos de tempo assim como para indicar
distância.
Exemplos:
Daqui a dois meses ele inicia seu intercâmbio na Inglaterra.
De dois a três dias é o período de visita do Presidente da Emprega à China.
Estamos a seis quadras do prédio.

Há é empregado para indicar tempo passado e o sentido de “existir” e de “ocorrer”.


Exemplos: Há dois meses, ele iniciou seu intercâmbio na Inglaterra.
Há muitos alunos com reprovação iminente.

Atenção!

Não se deve empregar a expressão “Há” para designar tempo passado e junto a ela
a apalavra “atrás”.
Há tempos atrás ele viajou até a Alemanha para conhecer melhor a história da II
Guerra Mundial.
Há tempos ele viajou até a Alemanha para conhecer melhor a história da II Guerra
Mundial.
Tempos atrás ele viajou até a Alemanha para conhecer melhor a história da II
Guerra Mundial.
A fim de e afim
A fim de é empregado para indicar ideia de objetivo, meta, finalidade.
Exemplo:
João está a fim de prestar vestibular para Direito.

Afim significa semelhante.


Exemplos:
Matemática e estatística são disciplinas afins.
Seu comportamento é afim com o meu.

A meu ver
A meu ver é empregado sem artigo, da mesma forma como ocorre nas expressões “a
meu modo”, “a meu bel-prazer” e “a meu pedido”.
Exemplo:
A meu ver, o cardápio está muito apetitoso.

À medida que e na medida em que


À medida que é uma locução conjuntiva com o sentido de proporcionalidade e é sinônima de “à
proporção que”.
Exemplo:
À medida que o salário aumenta, ampliam-se os gastos.

Na medida em que indica causalidade (pode ser substituída por “porque” ou “porquanto”),
condição ou hipótese (pode ser substituída por “se”).
Exemplos:
A ação de entrada no prédio durante o roubo foi perigosa na medida em que pôs em risco
as vítimas do assalto.
A partida será pacífica na medida em que os jogadores evitarem agressões.

A par e ao par
A par é empregado para designar “tomar conhecimento”.
Exemplo:
A diretora da empresa ficou a par dos desvios de verba no projeto de execução da obra.

Ao par é empregado para designar sentido de equivalência cambial.


Exemplo:
O real deveria estar ao par do dólar.
A partir de
A partir de é empregado para designar noção de tempo de início de alguma ação. Equivale
a “com início em”, “a datar de”, “de agora em diante”, “desde”.
Exemplo:
A partir do próximo mês, a empresa iniciará as férias coletivas.

A ver e haver
A ver é empregado para designar a ideia de “ter relação de semelhança com”.
Exemplo:
O tema da redação tem a ver com a imigração no Brasil.

Haver é empregado para indicar existir, ocorrer ou tempo passado.


Exemplo:
Hoje deve haver muitos pedidos de aposentadoria em análise.

Acerca de, a cerca de e há cerca de


Acerca de é empregado com o sentido de “a respeito de”, “sobre”.
Exemplo:
O palestrante explanou acerca de projetos de remição por leitura.

A cerca de é empregado com o sentido de “perto de”, “aproximadamente”, “próximo de”.


Exemplo:
Santa Cruz do sul fica a cerca de 180Km de Porto Alegre.

Há cerca de é empregado com o sentido de tempo decorrido e é sinônimo de .


Exemplo:
Há cerca de dois anos ele veio ao Brasil para tratar de um câncer.

À custa de é empregado para designar “com recursos de”, “com dinheiro de”.
Exemplo:
Ele conquistou aquele campeonato à custa de muita dedicação, disciplina e talento.
Ao invés de e em vez de
Ao invés de é empregado para designar ideia de “ao contrário”.
Exemplo:
Ao invés de diminuir a velocidade, aumentou, e o resultado foi o acidente.

Em vez de é empregado para designar ideia de “no lugar de”.


Exemplo:
Em vez de colocar chocolate no preparo do bolo, inseri uma porção de pó de café.

Ao nível de e em nível de
Ao nível de é empregado para indicar a noção de “à altura de”.
Exemplo:
A calçada está ao nível da rua.

Em nível de é empregado para indicar a noção de “no âmbito de”, “em termos de”.
Exemplos:
Em nível de atribuição de cargos, deve-se priorizar a formação do funcionário.
A eleição de representantes estudantis deve ser realizada em nível de colégios eleitorais
municipais, estaduais e federais.

Ao telefone
Ao telefone é empregado para indicar a ideia de aproximação.
Exemplo:
Ele está falando ao telefone agora com seu colega.

Aonde e onde
Aonde é empregado para indicar ideia de movimento, sendo equivalente a “para onde”.
Exemplo:
Aonde você foi é frio?

Onde é empregado para indicar apenas ideia de lugar em contextos em que o verbo não
expressa ideia de movimento.
Exemplo:
Onde você mora é frio?
Bem-vindo e Benvindo
Bem-vindo significa “bem recebido”
Exemplo:
Ele é sempre bem-vindo em minha casa.

Benvindo é nome próprio.


Exemplo:
Benvindo foi um colega muito afetuoso que se despediu da vida cedo demais.

Boêmia e boemia
Os dois termos têm o mesmo significado e as duas grafias estão corretas.
Exemplo:
Alguns poetas românicos viviam uma vida bastante boemia/boêmia.

Berruga e verruga
Os dois termos têm o mesmo significado e as duas grafias estão corretas.
Exemplo:
Algumas berrugas/verrugas, por serem desconfortáveis, costumam ser retiradas em
microcirurgias.

Catorze e quatorze
Os dois termos têm o mesmo significado e as duas grafias estão corretas.
Exemplo:
Temos catorze/quatorze dias para concluir o artigo.

Champanha e champanhe
Os dois termos têm o mesmo significado e as duas grafias estão corretas.
Exemplo:
O champanhe francês custa caro.
A campanha francesa custa caro.

Atenção!
Há variação de gênero das palavras.
Cota e quota
Os dois termos têm o mesmo significado e as duas grafias estão corretas.
Exemplo:
A cota/quota de vagas sempre é motivo de polêmica.

Dar à luz alguém


Quando a expressão significa “parir”, usa-se “dar à luz alguém” e não “dar a luz alguém”.
Exemplo:
A mulher deu à luz um menino grande e esperto.

De encontro a e ao encontro de
Ao encontro de empregado para indicar "ser favorável a", "aproximar-se de".
Exemplo:
Minhas ideias vão ao encontro da minha orientadora e, por isso, vamos escrever um artigo juntas
para o apresentar no evento.

De encontro a é empregado para indicar oposição, colisão.


Exemplo:
O carro foi de encontro ao caminhão que trafegava na rodovia e o resultado foi um acidente fatal.
O que ele defende em relação às cotas de encontro ao que eu tenho dito nas reuniões da
universidade.

Demais e de mais
Demais é empregado para indicar “demasiadamente” e é sinônimo de “muito”.
Exemplo:
Ele fala demais.

De mais é empregado para indicar o contrário de “de menos”.


Exemplo:
Ele fez cálculo da minha compra e, quando eu lhe paguei, ele me deu troco de mais.
Diabetes e diabete
Os dois termos têm o mesmo significado e as duas grafias estão corretas. Aceitam-se os
dois gêneros e os dois números. No entanto, é mais corrente o termo no plural e
masculino.
Exemplo:
O/A diabete/diabetes tem sido doença muitas vezes ignorada pelos pacientes.

Em cores
Existe apenas a expressão “em cores”.
Exemplo:
No início do século XX, não havia televisão em cores.

Em domicílio e a domicílio
Em domicílio é empregado em expressões com os verbos sem noção de movimento:
entregar, dar, cortar, fazer.
Exemplo:
O motorista entregou a encomenda em domicílio.
Corta-se cabelo em domicílio.

A domicílio é empregado em expressões com verbos que indicam movimento, como: levar,
enviar, trazer, ir, conduzir, dirigir-se.
Exemplo:
Enviei o relatório a domicílio.

Em férias
Existe apenas a expressão “em férias”.
Exemplo:
Estou em férias neste mês.

Embaixo e em cima
As grafias dessas palavras são sempre dessa forma, não havendo “encima”.
Exemplo:
Ele colocou o chapéu embaixo da mesa e depois não o encontrou, pois sempre costumava deixá-
lo em cima.
Em princípio e a princípio
A princípio é empregado para indicar “começo” ou “início” e substitui “no começo”,
“inicialmente”, “antes de tudo” ou “antes de mais nada”.
Exemplo:
A princípio do jogo, ele se sentiu mal.

Em princípio é empregado para indicar “por princípio”, “em tese”, “de forma geral”.
Exemplos:
Em princípio, todos os doutorandos deveriam entregar seus trabalhos até o final do semestre,
mas essa regra não foi cumprida.
Em princípio, sei que deveria ir â academia todos os dias.

Enfarte, enfarto e infarto


As três formas são corretas.
Exemplo:
A minha avó sofre um enfarte/enfarto/infarto.

Espectador e expectador
Espectador é empregado para fazer referência à pessoa que presencia, observa ou assiste a
algo.
Exemplo:
Os espectadores têm adorado a série A Casa de Papel.

Expectador é empregado para fazer referência a alguém que espera que alguma coisa
aconteça.
Exemplo:
A expectadora estava ansiosa pela chegada de sua encomenda.
Somos expectadores das mudanças do clima neste século.

Estada e estadia
Os dois termos têm o mesmo significado e as duas grafias estão corretas.
Exemplo:
Minha estada/estadia na Europa foi maravilhosa pela possibilidade de intercâmbio cultural.
Gratuito
Existe apenas a expressão “gratuito” sem acento.
Exemplo:
A entrada para assistir ao filme foi gratuita.

Ínterim
Existe apenas a expressão “ínterim” com acento. Significa “meio-tempo”.
Exemplo:
No ínterim entre o nascimento do filho e a volta ao trabalho, ela decidiu trocar de carreira.

Irrequieto
Existe apenas a expressão “irrequieto” com E depois do RR.
Exemplo:
João era um adolescente irrequieto.

Maisena
Existe apenas a expressão “maisena” para designar a farinha preparada com base no
amido de milho. Cuidar par anão confundir com a marca de produto, a qual é grafada com
Z.
Exemplo:
Para dar corpo ao creme, use maisena.

Mal e mau
Mal pode ser:
a) advérbio, indicando “erradamente” ou o contrário de “bem”.
Exemplo:
Ele sempre age mal quando é contrariado.

b) substantivo, indicando “doença” ou “algo prejudicial”.


Exemplo:
Seu mal era agir de forma ingênua.
O seu mal é o câncer.

c) conjunção temporal, indicando “assim que” ou “logo que”.


Exemplo:
Mal saiu da reunião e começaram a falar dele.
Mau pode ser:
a) adjetivo, significando “ruim”.
Exemplo:
Ele é um homem mau.

b) substantivo.
Exemplo:
Os maus não podem vencer os bons no final da telenovela.

Mas e mais
Mas é conjunção coordenativa adversativa, sendo sinônimo de “porém”.
Exemplo:
Estudou bastante para o exame, mas não conseguiu o resultado necessário para
aprovação.

Mais é o contrário de “menos”.


Exemplo:
Estude mais e alcançará a média para aprovação.

Menor (de idade)


Existe apenas a expressão “menor (de idade)”. Não existe “de menor”.
Exemplo:
Ele receberá medida socioeducativa em razão do furto por ser menor.

Mozarela e muçarela
As duas expressões são corretas.
Exemplo:
Ele prepara sanduíche com mozarela/muçarela.

Nada a ver e nada que ver


Essas expressões são acompanhadas do verbo “ver” e não do “haver”.
Exemplo:
O depoimento dele não apresentou nada a ver/nada que ver com o dela.
Nobel
Existe, em língua portuguesa, apenas a expressão “nobel”.
Exemplo:
Nenhum escritor brasileiro foi laureado como Prêmio Nobel de Literatura.

Por ora e por hora


Por ora é empregado para indicar “este momento” ou “por enquanto”.
Exemplo:
Por ora, não preciso de ajuda para concluir a atividade.

Por hora é empregado para indicar o período de sessenta minutos.


Ele recebe por hora.

Recorde
Existe, em língua portuguesa, apenas a expressão “recorde”.
Exemplo:
O nadador busca bater o seu próprio recorde.

Reivindicar
Existe apenas a expressão “reivindicar” sem N depois de REI.
Exemplo:
Ele vai reivindicar aumento de salário.

Rubrica
Existe apenas a expressão “rubrica” sem acento.
Exemplo:
Ele se esqueceu da pôr sua rubrica em cada folha do contrato.

Se não e senão
Se não indica “se por acaso não”.
Exemplo:
Se não fizer o exercício, poderá ter dificuldades na prova.
Senão indica “caso contrário”, “a não ser”, “exceto”
Exemplo:
Termine a tarefa, senão perderá pontos por produtividade.

Viajem e viagem
Viajem é verbo.
Exemplo:
Quero que eles viajem sempre em segurança.

Viagem é substantivo.
Exemplo:
A viagem foi cansativa, mas produtiva.
Nas provas de concurso ...

EM SÍNTESE
1.4. Emprego dos porquês

POR QUE

Emprega-se POR QUE (separado e sem acento) nos seguintes casos:


a) nas interrogativas diretas e indiretas:
Exemplos:
• Você sabe por que o advogado abandonou a defesa do acusado?
• Por que agiu o réu com tanta frieza?
• Perguntou-lhe o juiz por que agira com tanta frieza.
• Gostaria de saber por que o nível da prova foi tão alto.

b) sempre que estiverem expressas ou subentendidas as palavras motivo, razão:


Exemplos:
• O réu não soube explicar por que agira com tanta frieza.
• Não sabemos por que não se manifestou.
• Ele não disse por que abandonou a defesa do acusado.

c) quando a expressão puder ser substituída por para que ou pelo qual, pela qual, pelos
quais, pelas quais:
Exemplo:
• Ele omitiu os motivos por que preferira ficar em casa sozinho a sair com a família.
• As ruas por que ando estão carecendo de melhorias na pavimentação.

POR QUÊ
Emprega-se POR QUÊ (separado e com acento) no final de frases e orações ou quando
estiver sozinho:
Exemplos:
• De repente retornou. Por quê?
• Retornou de repente por quê?
• Saiu chutando portas sem dizer por quê, voltou mais tarde e agiu como se nada tivesse
acontecido.
PORQUE
Emprega-se PORQUE (junto e sem acento) quando funciona como conjunção
subordinativa causal e quando pode ser substituído por pois ou uma vez que:
Exemplos:
• Saí da sala, porque estava muito abafada.
• Os familiares das vítimas choraram em depoimento porque estavam indignados com o
crime cometido.

PORQUÊ
Emprega-se PORQUÊ (junto e com acento) quando funciona como substantivo, ou seja,
quando vier precedido por artigo ou pronome:
Exemplos:
• Interessa o porquê de sua busca por um trabalho em outro Estado.
• Jamais saberemos realmente os porquês das atitudes de um criminoso.
• A secretária do diretor destacou outro porquê da mudança de horário na empresa.
DICAS

Emprego dos porquês


POR QUE PORQUE POR QUÊ PORQUÊ
EMPREGADO EM: EMPREGADO EM: EMPREGADO EM: EMPREGADO EM:

a) perguntas diretas a) orações que a) final de frase ou a) frases em que


e indiretas (início de justificam ou de oração; equivale a O
meio de frase); explicam MOTIVO;
afirmações; b) quando constituir
b) quando puder ser sozinho uma frase. b) quando vir
substituído por: b) quando puder ser precedido de
substituído por: determinante
-razão pela qual; (artigo, pronome ou
- pois, que; numeral).
- pelo qual (e
flexões). - uma vez que, já
que, visto que,
posto que.
Nas provas de concurso ...
1) IBFC - 2020 - TRE-PA - Técnico Judiciário – Administrativa

Quanto às normas de acentuação gráfica, assinale a alternativa correta.


a) diastole, esplendor, pincel, caqui.
b) bambu, atras, paranoico, diarreia.
c) paranoia, raiz, gratuito, recorde.
d) pivo, rubrica, menu, flor.

2) FGV - 2015 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Agente da Saúde - Técnico em Radiologia

“A questão acerca da aposentadoria das mulheres...”.


Assinale a opção que indica a expressão sublinhada que está corretamente grafada.
a) Há cerca de dez dias todos os políticos defendiam a aposentadoria.
b) As mulheres trabalham acerca de cinco anos menos que os homens.
c) A discussão na Câmara era a cerca da lei de aposentadoria.
d) Nada se discutiu a cerca da nova lei.
e) Estamos acerca de dez dias do final do ano.

3) FGV - 2016 - COMPESA - Assistente de Saneamento e Gestão - Assistente de Tecnologia


da Informação

Assinale a frase em que houve a troca indevida da palavra mal por mau ou vice-versa.
a) “A ironia é uma forma elegante de ser mau”.
b) “Não há mau que sempre dure nem bem que nunca se acabe”.
c) “Basta um drinque para me deixar mal. Mas nunca sei se é o 13º ou o 14º”.
d) “O mal de comprar coisas de segunda mão é que elas nunca são de segunda mão”.
e) O mal das encrencas é que elas começam bem devagarinho”.
4) Fundação La Salle - 2017 - SUSEPE-RS - Agente Penitenciário

As lacunas das linhas 13,14 e 38 devem ser, respectivamente, preenchidas por


A) dá - porque - em cima
B) da - porque - em cima
C) dá - por que - em cima
D) dá - porque - encima
E) da - por quê - encima
5) FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área Judiciária
Perguntando-me a mim mesmo por que processo de associação ela me viera à memória, não
atinei com o porquê. Pensei, então, no motivo de eu lastimar sua ausência e não obtive de
imediato a resposta. Passaram-se muitos meses quando, de repente, percebi o sentido disso
tudo: ela era, sempre fora e sempre seria a concretização da fantasia primeira da minha
adolescência. Considere o trecho acima e as afirmações que seguem:
I. Em Perguntando-me a mim mesmo, há duas formas − me e a mim mesmo − que expressam
reflexividade da ação, motivo pelo qual uma delas pode ser elidida sem prejuízo do sentido.
II. Em por que processo de associação ela me viera à memória, o segmento destacado está
grafado segundo as normas gramaticais.
III. Em não atinei com o porquê, a palavra destacada apresenta erro de grafia: o acento gráfico
não é justificável.
IV. Em percebi o sentido disso tudo, a palavra destacada resume as razões citadas após os dois-
pontos.

Está correto o que se afirma APENAS em


A) I.
B) I e II.
C) II e III.
D) III e IV.
E) II e IV
Gabarito
1C
2A
3B
4A
5B
1) FCC - 2019 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária

Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:


A) As economias que provieram de seus salários, ele as despendeu em sessões de tatuagem.
B) Elas interviram quando ele se dispôs a apagar uma tatuagem que o custara tão caro.
C) A propósito de tatuagens, o velho lhes vê como assessórios inúteis que marcam um corpo.
D) Depois de se deixar seduzir a uma tatuagem, conheceu o remorso em cujo se martirizou.
E) Ele diz não saber porquê a tatuagem goza de tanto prestígio aonde quer que surja.

2) INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça
Avaliador Federal

No excerto “[...] a nossa consciência de que a morte é inevitável é o principal motivo pelo
qual existe a cultura [...]”, a expressão em destaque pode ser substituída, sem gerar prejuízo
gramatical, por
A) por que.
B) porque.
C) cujo.
D) por qual.
E) porquê.
3) PUC-PR - 2015 - TJ-MS - Analista Judiciário - Área Fim

Leia o fragmento de texto abaixo e identifique a alternativa que preencha adequadamente as


lacunas em branco.
Grande parte dos debates políticos contemporâneos é sobre como promover a prosperidade,
melhorar nosso padrão de vida, ou impulsionar o desenvolvimento econômico. ......... nos
importamos com essas coisas? A resposta mais óbvia é: ................. achamos que a prosperidade
nos torna mais felizes do que seríamos sem ela – como indivíduos ou como sociedade. A
prosperidade é importante ............. contribui para o nosso bem-estar. Para explorar essa ideia,
voltamo-nos para o utilitarismo, a mais influente explicação do ............... e do “como” maximizar
o bem-estar ou (como definem os utilitaristas) procurar a máxima felicidade para o maior número
de pessoas.
(SANDEL, Michael. Justiça: o que é fazer a coisa certa. 13. ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2014).

A) por que, por que, porque, porque


B) por que, por quê, porque, porquê
C) porque, por que, porque, porque
D) por que, porque, porque, porquê
E) porque, porque, por que, porque
4) CESPE - 2019 - TJ-AM - Analista Judiciário - Analista de Sistemas

A respeito das propriedades linguísticas e dos sentidos do texto CB1A1-I, julgue o item seguinte.
A correção gramatical do texto seria mantida se o vocábulo “porque” (ℓ.23) fosse substituído
por por que.
( ) Certo
( ) Errado
5) FAPERP - 2012 - TJ-PB - Analista Judiciário - Assistência Social

Na frase "Não podia ser isso, não porque esse não pudesse ser o sentido da manchete."
(parágrafo 6), a palavra "porque" está corretamente empregada, como aparece em:
A) Veja porque você não deve abusar do cartão de crédito.
B) Não se deve abusar do cartão de crédito porque os juros são muito altos.
C) O povo abusa do cartão de crédito. Explicar porque não é difícil.
D) Quero saber porque eu não devo abusar do cartão de crédito.

6) FCC - 2013 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário – Psicologia

Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da


temperatura global. Na frase acima, o conectivo como tem o valor de ......, podendo ser
substituído sem prejuízo do sentido e da correção por ...... .

As lacunas são completadas corretamente em:


A) conformidade – por que
B) comparação – porque
C) causa – tanto que
D) comparação – tanto que
E) causa – porque

7) FGV - 2015 - TJ-PI - Analista Judiciário - Oficial de Justiça e Avaliador

“Isso acontece porque o telefone realmente tira a atenção dos motoristas".


Nessa frase do texto 1, a forma “porque" aparece corretamente grafada; a frase abaixo em que
essa forma deveria ser substituída por “por que" é:
A) Deixou o celular porque o prejudicava;
B) Não sabia porque os aparelhos eram abandonados;
C) Desconhecia o porquê de os jovens ficarem viciados;
D) Todos viajavam porque lá os celulares eram mais baratos;
E) Não usavam celulares porque não confiavam nos aparelhos.
8) FCC - 2015 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário - Área Judiciária

Queremos investigar por quê. (final do texto)

Ficarão preservadas a correção e a clareza da frase acima, sem prejuízo do sentido original, com
a substituição do segmento destacado por
A) suas razões.
B) o seu porquê.
C) por que motivos.
D) porque ela nos transforma.
E) seja qual for as motivações disso.
9) FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área Judiciária

Perguntando-me a mim mesmo por que processo de associação ela me viera à memória, não
atinei com o porquê. Pensei, então, no motivo de eu lastimar sua ausência e não obtive de
imediato a resposta. Passaram-se muitos meses quando, de repente, percebi o sentido disso
tudo: ela era, sempre fora e sempre seria a concretização da fantasia primeira da minha
adolescência. Considere o trecho acima e as afirmações que seguem:
I. Em Perguntando-me a mim mesmo, há duas formas − me e a mim mesmo − que expressam
reflexividade da ação, motivo pelo qual uma delas pode ser elidida sem prejuízo do sentido.
II. Em por que processo de associação ela me viera à memória, o segmento destacado está
grafado segundo as normas gramaticais.
III. Em não atinei com o porquê, a palavra destacada apresenta erro de grafia: o acento gráfico
não é justificável.
IV. Em percebi o sentido disso tudo, a palavra destacada resume as razões citadas após os dois-
pontos.

Está correto o que se afirma APENAS em


A) I.
B) I e II.
C) II e III.
D) III e IV.
E) II e IV.
10) CESPE / CEBRASPE - 2021 - PG-DF - Técnico Jurídico - Apoio Administrativo

No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue
o item que se segue.

Caso a expressão ‘21 anos atrás’ (l.11) fosse substituída por a 21 anos, a correção gramatical e
o sentido original do texto seriam mantidos.
Gabarito
1A
2A
3D
4 ERRADO
5B
6E
7B
8C
9B
10 ERRADO
1.5. Emprego do hífen

O hífen representa um sinal gráfico e é empregado em palavras compostas, separando os


vocábulos; em verbos unidos a pronomes em casos de mesóclise e ênclise: separação de
sílabas; junção de algumas palavras precedidas de prefixo.

Regras para emprego do hífen:


O hífen é usado quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com a mesma
vogal
Exemplos: micro-ondas, anti-inflamatório

ATENÇÃO!
cuidar ortografia nova: auto-observação; auto-ônibus; contra-atacar.
essa regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-pro”, “-re”, mesmo que a segunda palavra
comece com a mesma vogal que termina o prefixo.
Exemplos: coobrigar – coadquirido - coordenar – reeditar – proótico - proinsulina.

b) Com prefixos, emprega-se o hífen diante de palavras iniciadas com “h”


Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, extra-humano, pró-hidrotópico, super-
homem, sub-humano.

c) Emprega-se o hífen quando o prefixo terminar em consoante e a segunda palavra


começar com a mesma consoante
Exemplos: inter-regional, sub-bibliotecário, super-resistente.

d) Emprega-se o hífen com o prefixo “-sub”, diante de palavras iniciadas por “r”
Exemplos: sub-regional, sub-raça, sub-reino...

e) Emprega-se o hífen diante dos prefixos “-além, -aquém, -bem, -ex, -pós, -recém, -sem, -
vice”
Exemplos: além-mar, aquém-mar, recém-nascido, sem-terra, vice-diretor, bem-humorado

f) Emprega-se o hífen diante do advérbio “mal” quando a segunda palavra começar por
vogal ou “h”
Exemplos: mal-humorado, mal-intencionado, mal-educado.

g) Emprega-se o hífen com os prefixos “-circum” e “-pan”, diante de palavras iniciadas


por “vogal, m, n ou h”
Exemplos: circum-navegador, pan-americano, circum-hospitalar, pan-helenismo.

h) Emprega-se o hífen em casos relacionados à ênclise e à mesóclise.


Exemplos: amá-lo, amar-te-ei, levou-o.
i) Emprega-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani, representados por “-açu”, “-
guaçu”, “-mirim”
Exemplos: jacaré-açu, cajá-mirim, amoré-guaçu.

j) Quando a segunda palavra começar com “r” ou “s”, depois de prefixo terminado em
vogal, retira-se o hífen e essas consoantes são duplicadas.
Exemplos: antissocial, autorretrato, ultrassom

k) Emprega-se hífen quando os prefixos terminarem com “r” e o segundo elemento


começar pela mesma letra
Exemplos: inter-regional, super-romântico.

Uso proibido do hífen


a) Não se emprega hífen diante do advérbio “mal”, quando a segunda palavra começar
por consoante
Exemplos: maltratado, malvestido

b) Não se emprega hífen quando o prefixo termina em consoante e a segunda palavra


começa por vogal ou outra consoante diferente
Exemplos: hipermercado, supermercado, internacional, subemprego, superinteressante

c) Não se emprega hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
por consoante diferente de “r” ou “s”
Exemplos: anteprojeto, autopeça, contracheque, extraforte, ultramarinho

d) Não se emprega hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
por vogal diferente
Exemplos: autoescola, infraestrutura, autoaprendizagem, semianalfabeto

Atenção!
Não se usa mais o hífen:
- em determinadas palavras que perderam a noção de composição
Exemplos: paraquedas, mandachuva, vaivém

- quando a unidade expressiva é uma locução


Exemplos: dia a dia, à toa, café com leite, pé de atleta, pé de boi, pé de cabra, pé de chinelo,
pé de galinha, pé de pato, pé de vento, pé de moleque.
Exceção: pé-de-gato (VOLP)
Grafia correta:
Socioeconômico
Sociocultural
Socioeconomia
Sociofamiliar
Sociocracia
Sociobiologia
Sócio-gerente

Nas provas de concurso ...

EM SÍNTESE
1) IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Assistente Público Administrativo- IPVV

Das alternativas a seguir, uma contém termo que sofreu alteração com o Acordo Ortográfico
atual. Temos esse termo em:
(A) estoico.
(B) desarmônico.
(C) convênio.
(D) proteção.
(E) homônimo.

2) IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila Velha - ES - Assistente Público Administrativo- IPVV


Com o advento do sistema ortográfico alterado há cerca de dez anos, certas palavras ainda
provocam dúvida quanto ao emprego do acento. A alternativa a seguir que apresenta todas as
palavras na forma correta em ortografia e acentuação está em:
(A) eleitor – voto – próximos – vigilantes.
(B) leitor – vaga – idéia – unidos.
(C) eleitor- úrna – capazes – informados.
(D) eleitoral – comicio – vaga – políticos.
(E) comite – câmara – conscientes – fieis.

3) MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Auxiliar Administrativo - Luziânia


Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam grafadas de acordo com a norma culta
e com o padrão da Língua Portuguesa.
(A) As pessoas estão a tornar-se superfúlas.
(B) Toda regra tem excessão.
(C) Literatura de entreterimento não a agradava.
(D) Não tenha receio pois eu a protegerei.
(E) A água ferve a 100ºC. Logo, este é seu ponto de ebolição.

4) MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Auxiliar Administrativo - Luziânia


Entre as palavras abaixo, aquela que apresenta forma correta é:
(A) Incolume.
(B) Perfido.
(C) Parco.
(D) Amago.
(E) Nodoa.
5) INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Enfermagem
Em relação à acentuação gráfica e à ortografia oficial, assinale a alternativa correta.
Em "A indústria do espírito, uma das operações mercantis mais bem-sucedidas de nosso tempo
[...]", a palavra em destaque poderia ser grafada sem hífen, sem com isso acarretar prejuízo
semântico ou sintático.
Em “A indústria do espírito é um produto das sociedades industrializadas em que as pessoas já
têm muito bem resolvidas as necessidades básicas [...]”, a expressão em destaque não poderia
ser grafada com hífen, já que utilizar o hífen acarretaria prejuízo semântico ou sintático.
Em “A indústria do espírito é um produto das sociedades industrializadas em que as pessoas
já têm muito bem resolvidas as necessidades básicas [...]”, o acento da palavra em destaque é
opcional.
Em “[...] o objetivo principal dessas sessões pagas não é tanto salvar a si mesmo [...]”, a palavra
em destaque é grafada com “ss” porque significa “cada uma das subdivisões interiores de um
estabelecimento”.
A palavra "subscritores" permite duas grafias: “subscritores” e “sub-escritores”.
GABARITO
1A
2A
3D
4C
5B
1) CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Taquigrafia

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto 4A1BBB, julgue o item a seguir.
O autor emprega as palavras amor, perdão e saudade com iniciais maiúsculas, no primeiro
parágrafo, e minúsculas, no segundo parágrafo, como um recurso de estilo associado ao trabalho
do poeta e do cronista, respectivamente.
( ) Certo
( ) Errado

2) CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo


Área XX
Com base no que dispõe o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, julgue o próximo
item.

Está correta a grafia dos seguintes vocábulos: bilíngue, sagui, sequência, quinquênio, Müller,
colmeia, joia, paranoico, papéis, feiúra, perdoo, pera, pôde (3.ª pessoa do sing. do pretérito),
sobre-humano, co-herdeiro, subumano, coedição, capim-açu, semi-analfabeto, vice-almirante,
contrarregra, infrassom, semi-interno, sub-bibliotecário, panamericano.
( ) Certo
( ) Errado
3) IESES - 2017 - ALGÁS - Analista de Projetos Organizacionais - Jurídica
As palavras situações-problemas” e “carros-chefes” foram corretamente escritas com hífen.
Assinale a alternativa em que todas as palavras foram grafadas de acordo com as regras de
presença/ausência deste sinal.
(A) Mão-de-obra; hipersensível; coordenação, microorganismo.
(B) Mão-de-obra; hiperssensível; co-ordenação, microrganismo.
(C) Mão de obra; hipersensível; coordenação, microorganismo.
(d) Mão de obra; hiperssensível; co-ordenação, microorganismo.

4) MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Auxiliar Administrativo - Luziânia


Assinale a alternativa em que o emprego do hífen está errado:
Micro-organismo.
Anti-herói.
Auto-avaliação.
Micro-ônibus.
(E) Força-tarefa.

5) VUNESP - 2019 - TJ-SP - Enfermeiro Judiciário


A exemplo de “intervenção” – grafada com “ç” – e de “autocontrole” – grafado sem hífen –, estão
correta e respectivamente grafados, em conformidade com a ortografia oficial, os termos:
(A) pretenção e autohemoterapia.
(B) intenção e autoobservação.
(C) compreenção e autoterapia.
(D) propenção e autofecundação.
(E) isenção e autodefesa.

6) FUNRIO - 2018 - AL-RR - Procurador


De acordo com a Nova Ortografia, está corretamente escrito o termo
(A) hiper-hidratação.
(B) hiper-sensibilidade.
(C) hiper-esfera.
(D) hiperrrancoroso.

7) FUNRIO - 2018 - AL-RR - Assistente Legislativo


A palavra bem-te-vi é um substantivo composto que, de acordo com o sistema ortográfico
vigente, tem hífen. Dentre os substantivos relacionados, o único que se escreve com hífen é
(A) sub humano.
(B) dia a dia.
(C) sem teto.
(D) microcomputador.
8) MPE-SC - 2016 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Vespertina
Palavras como autoobservação e autohomenagem devem ser grafadas sem hífen,
como autoestima.
( ) Certo
( ) Errado

9) IESES - 2015 - TRE-MA - Analista Judiciário - Análise de Sistemas


“O idioma tornou-se multicultural, multiétnico, pois a maior parte dos falantes da África e da Índia
é bilíngue ou multilíngue.” A ortografia, nesse trecho, respeita as regras determinadas pelo novo
acordo ortográfico, assim como em todas as palavras de qual alternativa?

Assinale-a.
(A) Houve efeitos que indicaram a interrelação dos elementos presentes na estrutura pré-
moldada.
(B) O médico solicitou exames precirúrgicos, como ultrassom e coleta de sangue para análise.
(C) A infraestrutura está protegida por um eficiente sistema de para-raios.
(D) O sóciogerente participou da reunião com a pré- comissão do evento.

10) MPE-RS - 2015 - MPE-RS - Assessor - Administração


Assinale o enunciado em que, do ponto de vista do uso ou não do hífen, as duas palavras ou
expressões sublinhadas estão grafadas corretamente, segundo as normas do novo Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa que está sendo implementado desde 1º de janeiro de 2009 e
que coexiste com a norma ortográfica atualmente vigente.
Além de aperfeiçoar a infraestrutura de nossa empresa, procuramos contratar mão de obra mais
especializada.
A concorrência alega estar anos luz à nossa frente em matéria de autosserviços.
Desde a idade preescolar, somos preparados para nos tornarmos cidadãos bem-educados.
Os dois escritores produziram em co-autoria uma verdadeira obra-prima.
Procuramos otimizar no dia a dia o interrelacionamento entre nossos funcionários.
Gabarito
1 Certo
2 Errado
3C
4C
5E
6A
7C
8 Errado
9A
10 A
1.6. Acentuação gráfica

Ao estudar o tópico de acentuação gráfica, é preciso observar alguns pressupostos importantes,


e o primeiro é o de que, na língua portuguesa, quase todas as palavras têm acento tônico, mas
somente algumas têm acento gráfico.

Livro
Notícia
Máquina
Casa
Urubu
Daríamos

Acento tônico e acento gráfico

Acento tônico: marca a intensidade dos fonemas (sons) na fala e está presente em uma
sílaba da palavra.
Exemplos: urubu, relâmpago, cortesia, lá, até, metamorfose, delegado, polícia, policial,
arma

Acento gráfico: marca a sílaba tônica e é empregado em atenção a regras de


acentuação.
Exemplos: gráfica, excêntrico, relâmpago, nível, lá, até, polícia, tênue, álibi, âmbar, jóquei
Considerando essas observações, é momento de se questionar: O que eu sei sobre os
temas a seguir? Se não sei muito sobre cada assunto, o que ler? Tais temas são próprios da
banca FUNDATEC. Vamos ver quais são?

Outro aspecto a ser considerado no estudo da acentuação gráfica é o de que, conforme


a posição da sílaba tônica, as palavras recebem uma classificação:
• Oxítonas: acento tônico na última sílaba. Exemplos: urubu, até, vovô, ali
• Paroxítonas: acento tônico na penúltima sílaba. Exemplos: metamorfose, delegado,
níquel
• Proparoxítonas: acento tônico na antepenúltima sílaba. Exemplo: gráfica, excêntrico,
relâmpago

Essas classificações precisam ser compreendidas porque parte das regras de acentuação
gráfica são associadas a oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
DICAS

Como classificar a palavra quanto à tonicidade? Siga os passos:


1) Se tiver dúvidas sobre sílaba tônica, pronuncie as palavras para verificar a
tonicidade.
2) Marque na palavra a sílaba tônica, contando sempre de trás para frente.
Exemplo:
ca-se-bre de-nún-cia her-mé-ti-co li-vro A-ma-pá

penúltima sílaba tônica penúltima sílaba tônica


antepenúltima sílaba tônica penúltima sílaba tônica última sílaba tônica

Agora, observe as classificações:

MONOSSÍLABAS OXÍTONAS PAROXÍTONAS PROPAROXÍTONAS


Palavras formadas A última sílaba é A penúltima sílaba é A antepenúltima
por apenas uma tônica. tônica. sílaba é tônica.
sílaba. Exemplos: Exemplos: Exemplos:
Podem ser: Urubu Livro Máquina
a) tônicas: Coração Casebre Tímido
pronúncia de forma Botequim Água Louvaríamos
forte/intensa. Parabéns Nível Paralelepípedo
Ex.: céu, ré, nu, Maracujá Montanha México
pôr, nós Você Realidade Pré-histórico
b) átonas:
pronúncia de forma
fraca.
Ex.: ai, ui, ele me
amou, ele feriu-se.
Por fim, outra informação preliminar relevante para o estudo da acentuação gráfica é que, na
fala, as palavras destacadas tornam-se diferenciadas pela maior intensidade sonora com que se
pronuncia a sílaba tônica: secretária, secretaria. Na escrita, a distinção entre elas é feita por
meio do acento gráfico.

Formas rizotônicas e arrizotônicas

Na fala, a posição da sílaba tônica determina a classificação das palavras em rizotônicas e


arrizotônicas:

Formas rizotônicas: aquelas em Formas arrizotônicas: aquelas em


que o acento tônico recai no radical que o acento tônico recai nas
terminações
Eu pulo Nós pulamos
Tu pulas Vós pulais
Ele pula Que nós pulemos
Eles pulam Que vós puleis

Pul = radical Pul = radical


Regras de acentuação gráfica

Regra Exemplos
Todas as palavras proparoxítonas (que árvore, lâmpada, déficit, esplêndido
têm o acento tônico na antepenúltima
sílaba) são acentuadas
Acentuam-se as palavras paroxítonas
(que têm o acento tônico na penúltima
sílaba) terminadas em:
a) ditongo oral jóquei, sério, ânsia, mágoa, espontâneo;
b) ão, ãos, ã, ãs órfão, órfãos, órfã, órfãs;
c) i, u, seguidas ou não se S júri, júris, lápis, bônus;
d) um, uns álbum, álbuns;
e) l, n, r, x, ps amável, próton, revólver, Félix, bíceps

Atenção!
1. Não se acentuam, segundo o enjoo, voos
Acordo Ortográfico, as paroxítonas
terminadas pelo hiato OO,
acompanhado ou não de S.
jovens, hifens
2. Não se acentuam as paroxítonas
terminadas em ENS.
As palavras oxítonas (que têm o acento vatapá, café, cipó, avô, você, vocês
tônico na última sílaba) são acentuadas
quando terminam em a(s), e(s), o(s) ou armazém, armazéns, alguém, também,
quando terminam em em, ens parabéns

Atenção!
Devido a essa regra, acentuam-se as transpôs o rio → transpôs + lo = transpô-lo
formas verbais terminadas em R, S ou Z
quando forem acompanhadas dos satisfez desejo → satisfez + lo = satisfê-lo
pronomes LO, LA, LOS, LAS (nesse
caso, as formas verbais perdem a
consoante final R, S ou Z)
Acentuam-se monossílabos tônicos pá, pé, pós, pás, pés, pós
terminados em A, E, O, seguido ou não
de S
Os ditongos ÉI, ÉU e ÓI são acentuados anéis, chapéu, dói, constrói, herói
nos monossílabos tônicos e nas
palavras oxítonas
Atenção! ideia, heroico
Não se acentuam, segundo o Acordo
Ortográfico, os ditongos abertos EI e OI
nas paroxítonas.

Acentuam-se os hiatos I e U, saí, baú, saíste, baús


acompanhados ou não de S.

Atenção!
1. Não se acentuam as vogais tônicas I e rainha, ainda, Coimbra
U se forem seguidas de NH, ND, MB.

2. Não se acentuam, segundo o Acordo feiura, baiuca


Ortográfico, as vogais tônicas I e U das
palavras paroxítonas quando estas
forem precedidas por ditongo
decrescente.
Emprega-se trema, segundo o Acordo Mülleriano (de Müller)
Ortográfico, apenas em palavras
derivadas de nomes estrangeiros
Segundo o Acordo Ortográfico, não se Eu argui, tu arguis
usa acento gráfico no U tônico dos
grupos QU e GU seguidos de E e I
Regras especiais de acentuação gráfica

1) Os verbos vir e ter na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo, apesar de serem


monossílabos terminados em em, recebem o acento circunflexo para diferenciar-se da 3ª pessoa
do plural:
Exemplo:
Ele vem – eles vêm ele tem – eles têm

2) Os verbos derivados de ter e vir, como deter, manter, reter, intervir, convir, por não
serem monossílabos, obedecem à regra das oxítonas. Em 3ª pessoa do plural, usa-se o acento
circunflexo para a diferenciação.
Exemplo:
Ele intervém – eles intervêm ele mantém – eles mantêm

3) Os verbos crer, ler, ver e dar e seus derivados são escritos com EE na 3ª pessoa do
plural e não recebem no primeiro E acento circunflexo segundo o Acordo Ortográfico.
Exemplos:
Ele crê – eles creem ele lê – eles leem
Ele vê – eles veem que ele dê – que eles deem

4) Segundo o Acordo Ortográfico, o acento gráfico é facultativo nas seguintes palavras:


Fôrma (substantivo) / forma (substantivo/verbo)
A acentuação gráfica ainda reserva algumas particularidades, que são apresentadas no
quadro a seguir.

Particularidades
Algumas palavras recebem acento gráfico simplesmente para estabelecer distinção gráfica:
1. pôr (verbo) / por (preposição).
2. Quê (substantivo ou em final de frase) / que (pronome ou conjunção)
3. Porquê (substantivo ou em final de frase) / porque (pronome ou conjunção)
Pôde (pretérito perfeito do indicativo) / pode (presente do indicativo)

Nas provas de concurso, pode haver questões com diferentes tipos de cobranças, como
indicado a seguir:
1) FGV - 2018 - TJ-AL - Técnico Judiciário - Área Judiciária
Duas palavras do texto que obedecem à mesma regra de acentuação gráfica são:
A) indébita / também;
B) história / veículo;
C) crônicas / atribuídos;
D) coíba / já;
E) calúnia / plágio.

2) IESES - 2015 - TRE-MA - Técnico Judiciário - Administrativo


Observe a acentuação da palavra “diluída”. Agora escolha a alternativa que contenha uma
palavra que seja acentuada pela mesma razão.
A) Concluíram.
B) Júri.
C) Íris.
D) Difícil.
3) CESPE - 2013 - TRT - 17ª Região (ES) – Todos os cargos de nível médio

Julgue o item a seguir, referentes às ideias e às estruturas linguísticas apresentadas no texto


acima.

Os vocábulos “prejuízos” e “benefícios” são acentuados de acordo com a mesma regra de


acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado

4) FCC - 2004 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa


Recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica na palavra obediência:
provisória e princípio.
caráter e público.
ordinárias e ninguém.
ignorância e só.
além e monetário.
5) IADES - 2014 - TRE-PA - Técnico Judiciário - Área Administrativa
São acentuados graficamente, pela mesma regra, os vocábulos
A) “biométrico” e “será”.
B) “municípios” e “Curuçá
C) “biométrico” e “físicos”.
D) “será” e “municípios”.
E) “físicos” e “Curuçá”.
GABARITO
1E
2A
3 Errado
4A
5C
1) FUNDATEC - 2018 - PC-RS - Delegado de Polícia
Sobre acentuação gráfica de palavras retiradas do texto, afirma-se que:
I. sustentável, climáticas e reciclá-los são acentuados em virtude da mesma regra.
II. A regra que determina o acento gráfico em país e contribuído é diferente da que justifica o
acento gráfico em resíduos e início.
III. O vocábulo viés é acentuado por ser um monossílabo tônico terminado em e – acrescido
de s.

Quais estão corretas?


A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) Apenas II e III.
2) FUNDATEC - 2018 - PC-RS - Delegado de Polícia
As lacunas tracejadas das linhas 14, 23, 43, 52 e 61, quanto à flexão do verbo ter, ficam, correta
e respectivamente, preenchidas por:
A) têm – têm – têm – tem – tem
B) tem – tem – tem – têm – têm
C) têm – tem – tem – têm – tem
D) têm – tem – têm – têm – têm
E) tem – têm – têm – têm – têm

3) FCC - 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa


O museu é considerado um instrumento de neutralização – e talvez o seja de fato. Os objetos
que nele se encontram reunidos trazem o testemunho de disputas sociais, de conflitos políticos
e religiosos. Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquistas: a maior parte presta
homenagem às potências dominantes, suas financiadoras. As obras modernas são, mais
genericamente, animadas pelo espírito crítico: elas protestam contra os fatos da realidade, os
poderes, o estado das coisas. O museu reúne todas essas manifestações de sentido oposto.
Expõe tudo junto em nome de um valor que se presume partilhado por elas: a qualidade artística.
Suas diferenças funcionais, suas divergências políticas são apagadas. A violência de que
participavam, ou que combatiam, é esquecida. O museu parece assim desempenhar um papel
de pacificação social. A guerra das imagens extingue-se na pacificação dos museus.
Todos os objetos reunidos ali têm como princípio o fato de terem sido retirados de seu
contexto. Desde então, dois pontos de vista concorrentes são possíveis. De acordo com o
primeiro, o museu é por excelência o lugar de advento da Arte enquanto tal, separada de seus
pretextos, libertada de suas sujeições. Para o segundo, e pela mesma razão, é um "depósito de
despojos". Por um lado, o museu facilita o acesso das obras a um status estético que as exalta.
Por outro, as reduz a um destino igualmente estético, mas, desta vez, concebido como um estado
letárgico.
A colocação em museu foi descrita e denunciada frequentemente como uma desvitalização
do simbólico, e a musealização progressiva dos objetos de uso como outros tantos escândalos
sucessivos. Ainda seria preciso perguntar sobre a razão do "escândalo". Para que haja
escândalo, é necessário que tenha havido atentado ao sagrado. Diante de cada crítica
escandalizada dirigida ao museu, seria interessante desvendar que valor foi previamente
sacralizado. A Religião? A Arte? A singularidade absoluta da obra? A Revolta? A Vida autêntica?
A integridade do Contexto original? Estranha inversão de perspectiva. Porque, simultaneamente,
a crítica mais comum contra o museu apresenta-o como sendo, ele próprio, um órgão de
sacralização. O museu, por retirar as obras de sua origem, é realmente "o lugar simbólico onde
o trabalho de abstração assume seu caráter mais violento e mais ultrajante". Porém, esse
trabalho de abstração e esse efeito de alienação operam em toda parte. É a ação do tempo,
conjugada com nossa ilusão da presença mantida e da arte conservada.

(Adaptado de: GALARD, Jean. Beleza Exorbitante. São Paulo, Fap.-Unifesp, 2012, p. 68-71)
Atente para as afirmativas abaixo.

I. Em ... presta homenagem às potências dominantes... (1° parágrafo), o sinal indicativo de crase
pode ser suprimido excluindo-se também o artigo definido, sem prejuízo para a correção.
II. O acento em "têm" (2° parágrafo) é de caráter diferencial, em razão da semelhança com a
forma singular "tem", diferentemente do acento aplicado a "porém" (3° parágrafo), devido à
tonicidade da última sílaba, terminada em "em".
III. Os acentos nos termos "excelência" (2° parágrafo) e "necessário" (3° parágrafo) devem-se à
mesma razão.

Está correto o que consta em


A) I, II e III.
B) I, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II, apenas.
E) II e III, apenas.
4) FGV - 2015 - TJ-PI - Analista Judiciário -Escrivão Judicial
“Deveríamos aproveitar a importância desta semana para refletir sobre nosso comportamento
como pedestres, passageiros, motoristas, motociclistas, ciclistas, pais, enfim, como cidadãos
cujas ações tem reflexo na nossa segurança, assim como dos demais".

O comentário correto sobre os componentes desse segmento do texto 2 é:


A) a forma verbal “deveríamos” tem como sujeito todos os motoristas;
B) a forma verbal “tem” deveria ter acento circunflexo pois seu sujeito está no plural;
C) a forma “sobre” deveria ser substituída pela forma “sob”;
D) a forma “enfim” deveria ser grafada em duas palavras “em fim”;
E) a forma “dos demais” deveria ser substituída por “das demais”, por referir-se ao feminino
“ações”.

5) CONSULPLAN - 2008 - TRE-RS - Analista Judiciário - Administrativa - Prova Anulada


O par de vocábulos, do texto, acentuados pela mesma razão é:
A) atraíssem / espírito
B) água / substância
C) porém / caráter
D) lá / até
E) perceptível / mistério

6) CESPE / CEBRASPE - 2021 - TCE-RJ - Analista de Controle Externo - Especialidade:


Ciências Contábeis
O emprego de acento agudo nas palavras “elétricos” (l.7), “pálidas” (l.7) e “móveis” (l.8) justifica-
se pela mesma regra de acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
Gabarito
1B
2D
3A
4B
5B
6 ERRADO

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