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ORTOGRAFIA
Ortografia
A Ortografia é o conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa para a grafia correta das
palavras e o uso de acentos, da crase e dos sinais de pontuação. A origem da palavra é grega e
significa -orthós = certo, correto, direito, exato; e -grafia = escrita, estabelecendo, portanto, padrões
para a forma escrita correta das palavras de uma língua.
A escrita correta das palavras de uma língua está relacionada tanto com critérios ligados à origem das
palavras (etimológicos) quanto aos ligados aos fonemas(fonológicos). A forma de grafar/escrever as
palavras é fruto de uma convenção social, ou seja, de acordos ortográficos que envolvem os diversos
países em que uma língua é reconhecida como sendo idioma oficial.
Quando falamos sobre ortografia, é preciso também refletirmos a respeito dos acordos
ortográficos envolvendo países cuja língua portuguesa representa o idioma oficial. O primeiro acordo
foi realizado em 1931 com o objetivo de promover a unificação dos dois sistemas ortográficos,
entretanto, não obteve êxito. No Brasil, houve reformas ortográficas nos anos de 1943, 1945, 1971 e
1973. Em 1986, no Rio de Janeiro, houve um encontro de todos os representantes dos países
lusófonos, ficando estabelecido o acordo ortográfico de 1986, mas também foi inviabilizado.
O último acordo ortográfico entre os países lusófonos entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2009.
Esse acordo legitimou outra reforma ortográfica, estabelecendo mudanças em diferentes aspectos,
como a inclusão das letras “K”, “W” e “Y” ao alfabeto português oficial.
Dicionário
Para que os falantes possam acessar a grafia correta das palavras de uma língua, basta recorrer
ao dicionário, um livro que reúne todas (ou quase todas) as palavras da língua, seus significados
e classificação gramatical. As palavras são apresentadas no dicionário em ordem alfabética. Alguns
dicionários também foram criados para a tradução de uma língua para outra.
Apesar de oficialmente sancionada, a ortografia não é mais do que uma tentativa de transcrever os
sons de uma determinada língua em símbolos escritos. Esta transcrição costuma se dar sempre por
aproximação e raramente está isenta de ambiguidades.
Um dos sistemas ortográficos mais complexos é o da língua japonesa, que usa uma combinação de
várias centenas de caracteres ideográficos, o kanji, de origem chinesa, dois silabários, katakana e
hiragana, e ainda o alfabeto latino (não se trata de alfabeto latino, mas sim a forma fonética de
representar os silabários) , a que dão o nome romaji. Todas as palavras em japonês podem ser
escritas em katakana, hiragana ou romaji. E a maioria delas também pode ser identificada por
caracteres kanji. A escolha de um tipo de escrita depende de vários fatores, nomeadamente o uso mais
habitual, a facilidade de leitura ou até as opções estilísticas de quem escreve.
Ortografia fonética
Cada som corresponde a uma letra ou grupo de letras únicos e cada letra ou grupo de letras
corresponde a um único som.
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ORTOGRAFIA
Ortografia etimológica
Um mesmo som pode corresponder a diversas letras e cada letra ou grupo de letras pode corresponder
a diversos sons, dependendo da história, da gramática e dos usos tradicionais.
Exceto o Alfabeto Fonético Internacional, que consegue fazer a transcrição para caracteres alfabéticos
de todos os sons, não há sistemas ortográficos pura e exclusivamente fonéticos. No entanto, podemos
dizer que são eminentemente fonéticas as ortografias das línguas búlgara, finlandesa, italiana, russa,
turca, alemã e, até certo ponto, a da língua espanhola. No caso particular do espanhol, podemos
admitir que se trata de uma ortografia fonética em relação ao espanhol padrão falado na Espanha, mas
não tanto em relação aos falares latino-americanos, em especial aos da Argentina e Cuba, nos quais
nem sempre se verifica que cada som corresponde a uma letra ou grupo de letras.
A ortografia atual do português é, também, mais fonética do que etimológica. No entanto, antes
da Reforma Ortográfica de 1911 em Portugal, a escrita oficialmente usada era marcadamente
etimológica. Escrevia-se, por
exemplo, pharmacia, lyrio, orthographia, phleugma, diccionario, caravella, estylo e prompto em vez dos
actuais farmácia, lírio, ortografia, fleuma, dicionário, caravela, estilo e pronto. A ortografia tradicional
etimológica perdurou no Brasil até a década de 1930.
Um exemplo típico de ortografia etimológica é a escrita do inglês. Em inglês um grupo de letras (por
exemplo: ough) pode ter mais de quatro sons diferentes, dependendo da palavra onde está inserido. É
também a etimologia que rege a escrita da grande maioria das palavras no francês, onde um mesmo
som pode ter até nove formas de escrita diferentes, caso das palavras homófonas au, aux, haut, hauts,
os, aulx, oh, eau, eaux.
Erros ortográficos
Paragrama
Um paragrama é um erro ortográfico que resulta da troca de uma letra por outra,
como previlégio (privilégio), visinho (vizinho), vizita (visita), meza (mesa) e outras.
A Ortografia é a parte da gramática que se encarrega da forma correta de escrita das palavras da
Língua Portuguesa.
As orientações ortográficas levam em conta a etimologia (origem) das palavras, bem como a fonologia
(sons), de modo que a Ortografia se insere numa categoria ainda maior da gramática que é justamente
a Fonologia.
A Ortografia estuda a forma correta de escrita das palavras de uma língua. Do grego "ortho", que quer
dizer correto e "grafo", por sua vez, que significa escrita.
A ortografia se insere na Fonologia (estudo dos fonemas) e junto com a Morfologia e a Sintaxe são as
partes que compõem a gramática.
A ortografia é influenciada pela etimologia e fonologia das palavras. Além disso, são feitas convenções
entre os falantes de uma mesma língua que visam unificar a sua ortografia oficial. Trata-se dos acordos
ortográficos.
O Alfabeto
A escrita é possível graças aos sinais gráficos ordenados que transcrevem os sons da linguagem.
Na nossa cultura, esses sinais são as letras, cujo conjunto é chamado de alfabeto.
A língua portuguesa tem 26 letras, três das quais são usadas em casos especiais: K, W e Y.
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ORTOGRAFIA
Regras Ortográficas
Uso do x/ch
Exceção: O verbo encher escreve-se com ch. O mesmo acontece com as palavras que dele derivem:
enchente, encharcar, enchido.
bexiga bochecha
bruxa boliche
caxumba broche
elixir cachaça
faxina chuchu
graxa colcha
lagartixa fachada
mexerico mochila
xerife salsicha
xícara tocha
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ORTOGRAFIA
Uso do h
Exceção: A palavra Bahia quando se refere ao estado é uma exceção. O acidente geográfico baía é
grafado sem h.
Uso do s/z
• Nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso/-osa que indicam grande quantidade, estado ou
circunstância: bondoso, feiosa, oleoso.
• Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou profissão: marquês, francesa, poetisa.
• Nos sufixos -ez/-eza que formam substantivos a partir de adjetivos: magro - magreza, belo - beleza,
grande - grandeza.
alisar amizade
análise aprazível
atrás azar
através azia
aviso desprezo
gás giz
groselha prazer
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ORTOGRAFIA
invés rodízio
jus talvez
uso verniz
Uso do g/j
• Nas palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: presságio, régio, litígio, relógio,
refúgio.
Observações:
1. A conjugação do verbo viajar no Presente do Subjuntivo escreve-se com j: (Que ) eles/elas viajem.
angélico anjinho
estrangeiro berinjela
gengibre cafajeste
geringonça gorjeta
gim jeito
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ORTOGRAFIA
gíria jiboia
ligeiro jiló
sargento laje
tangerina sarjeta
tigela traje
Parônimos e Homônimos
Há diferentes formas de escrita que existem, ou seja, são aceitas, mas cujo significado é diferente.
Assim, estamos diante de palavras parônimas quando as palavras são parecidas na grafia ou na
pronúncia, mas têm significados diferentes.
Exemplos:
Por outro lado, podemos estar diante de palavras homônimas quando as palavras têm a mesma
pronúncia, mas significados diferentes.
Exemplos:
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ORTOGRAFIA
Além das situações mencionadas acima e os casos de acentuação e pontuação, há uma série de
palavras e expressões que oferecem dificuldades. São exemplos: A baixo / Abaixo, Onde / Aonde, Mas
/ Mais, entre tantas outras.
Palavras difíceis são geralmente as que não são utilizadas com frequência, que surgem principalmente
em contexto formal. Por esse motivo, parecem diferentes, ou mesmo estranhas. A sua dificuldade
respeita ao seu significado, mas também ao ato de falar, ou seja, a forma correta de pronunciá-las.
1. Alvíssaras
2. Agnóstico
Aquele que não acredita em Deus e nem nega a sua existência. Exemplo: Ele dizia ser agnóstico, até
que, desesperado, se viu a pedir ajuda a Deus.
3. Beneplácito
4. Cuntatório
5. Desasnado
Que recebeu instrução, que desasnou. Exemplo: Depois de muita instrução, finalmente parece
desasnado.
6. Empedernido
Aquele que não se deixa persuadir ou não se comove. Exemplo: É a tal ponto empedernido que nem
uma notícia dessas o comove.
7. Filaucioso
Presunçoso. Exemplo: Com seu ar filaucioso, disse que já sabia tudo aquilo.
8. Graçolar
Dizer graçolas ou brincadeiras. Exemplo: Apesar da sua condição, passa os dias a graçolar.
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ORTOGRAFIA
9. Horrípilo
10. Iconoclasta
Aquele que contesta a veneração de símbolos religiosos. Exemplo: Não faz sentido contar com um
iconoclasta para a restauração desse monumento religioso.
11. Inócuo
Inofensivo. Exemplo: Com a garantia de que qualquer reação seria inócua, aceitou experimentar.
12. Juvenelizante
Que rejuvenesce. Exemplo: Sinto-me muito melhor! O passeio foi realmente juvenelizante.
13. Kafkaesco
Que se assemelha às propostas de Kafka. Exemplo: A realidade transcendente presente nas obras
traduz o seu estilo kafkaesco.
14. Loquaz
Eloquente, aquele que fala muito. Exemplo: É admirável a maneira loquaz com que discursa à plateia.
15. Mendacioso
Aquele que mente. Exemplo: Ninguém seria capaz em acreditar num discurso tão mendacioso.
16. Nitidificar
Tornar nítido. Exemplo: Com mais esclarecimentos sobre o tema, conseguiremos nitidificar tudo o que
foi exposto.
17. Odiento
Que guarda ódio. Exemplo: Não chegará a lado nenhum com suas palavras odientas.
18. Prognóstico
Que indica previsão. Exemplo: O prognóstico do médico indicou sérias complicações no seu estado de
saúde.
19. Putrefato
Em estado de apodrecimento. Exemplo: Tempos depois da tragédia, foram encontrados vários animais
putrefatos.
20. Quimera
Sonho que não é possível realizar. Exemplo: Nesse momento, resolver esse problema seria uma
verdadeira quimera.
21. Recôndito
22. Sumidade
Aquele que se destaca pela erudição. Exemplo: O professor era uma sumidade em arte barroca.
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ORTOGRAFIA
23. Tergiversar
Fazer rodeios. Exemplo: Não tentem tergiversar porque já entendi muito bem o que tais candidatos
querem.
24. Ufanismo
Aquele que se orgulha de algo de forma exagerada. Exemplo: O ufanismo o faz encarar os problemas
com muita seriedade.
25. Vicissitude
Sucessão de mudanças. Exemplo: Dependerá não só de nós, mas das vicissitudes da vida.
26. Vitupério
Comportamento ofensivo. Exemplo: Jamais imaginaria que ele respondesse com vitupério.
27. Warrantagem
Garantia pelo título de crédito conhecido como warrant. Exemplo: Sugeriu a warrantagem como
garantia.
28. Xaropear
Aborrecer. Exemplo: O que meu colega de turma mais sabe fazer é xaropear com conversas sem
sentido.
29. Yanomami
Denominação de povo indígena que habita o Brasil e a Venezuela. Exemplo: Faz parte da cultura dos
Yanomamis usar vários tipos de corantes nas pinturas corporais.
30. Zoomórfico
Que apresenta forma de animal. Exemplo: Seu aspecto zoomórfico assusta qualquer um.
Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico
Além dessas há várias palavras difíceis de falar especialmente em virtude de sua extensão. Muitas
delas estão ligadas às área de Biologia e Química:
Perca ou Perda?
Perca é verbo, enquanto perda é substantivo. O uso incorreto de perca ou perda é um dos erros de
português mais frequentes. Isso acontece porque essas palavras são parônimas, o que quer dizer que
elas são parecidas tanto na grafia como na pronúncia, mas têm significados diferentes.
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ORTOGRAFIA
Se ambas as palavras existem, como sei quando usar cada uma delas? Pense no seu significado e
confira os exemplos:
• Caso não perca peso, vamos ter que ser mais rigorosos com a tua alimentação.
Erros de Português
Para você não errar mais, confira 40 dos maiores erros de português mais comuns que tiram a
credibilidade do seu texto. Se você prestar atenção, terá mais chance de gabaritar na prova de redação
no Enem e no Vestibular.
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ORTOGRAFIA
1. Precisa-se ou Precisam-se
Precisa-se de pessoas que lembrem: quando o “se” indica índice de indeterminação de sujeito, o verbo
é sempre conjugado na 3ª pessoa do singular, nunca do plural.
"Anexo" é um adjetivo, tal como bonita. Assim, foto bonita, foto anexa, certo? Foto em bonita, foto em
anexa? Não, não pode ser.
3. Você ou Voçê
Você tem que deixar de cometer este erro! O ç somente é usado antes das letras “a”, “o” e “u”,
somente essas, nunca antes do “e” e do “i”.
Leia Uso do Ç.
Além da dúvida quanto à ortografia, esse pronome de tratamento também confunde na hora da crase.
4. A você ou À você
A você que não quer errar mais, dedico este ponto. A crase só existe quando o artigo “a” se une à
preposição “a”, o que não acontece neste caso.
A senhora, a vossa alteza, por exemplo, pode ser antecedidas por artigo “a”, mas “a você” não dá, não
é? Então, esqueça a crase! "À você" também não existe!
5. A ou Há
Daqui a pouco você não terá mais dúvidas, pois isto é muito fácil. Quando estiver falando do futuro
deve usar “a”, mas se estiver falando do passado, você usa o “há”.
Há pouco eu disse que você não teria mais dúvidas, não disse?
6. Em vez de ou Ao invés de
“Em vez de” significa uma coisa no lugar de outra. “Ao invés de” tem o sentido de contrário.
Em vez de explicar, vamos ao exemplo, ao invés de deixar que as pessoas fiquem mais confusas.
7. Ao encontro de ou De encontro a
“Ao encontro de” tem o sentido de mesma direção. “De encontro a” significa direção contrária.
Espero que essa explicação vá ao encontro das suas expectativas. Se for de encontro, ficarei muito
aborrecido!
8. Medeia ou Media
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ORTOGRAFIA
Se você quer dizer que algo está no meio ou que é intermediário, ou seja, que ele "medeia", é assim
que deve falar.
Isso porque a conjugação do verbo mediar é: eu medeio, tu medeias, ele medeia, nós mediamos, vós
mediais, eles medeiam.
“Através de” carrega a ideia de atravessar. “Por meio de” indica o instrumento utilizado para
determinado fim.
Através da janela posso ver o que o professor escreveu no quadro. É por meio dele que eu consigo
aprender alguma coisa.
“A princípio” é usado para expressar tempo inicial. “Em princípio” é sinônimo de “em tese”.
“Senão” tem o mesmo sentido de “caso contrário”. “Se não” é uma expressão que impõe condição.
Se não aprender agora, ficarei desapontado. Senão podemos tentar de outra forma.
Como se não soubesse quais são as suas dúvidas… Mais um exemplo, senão não passamos para o
ponto n.º 12.
“Onde” indica a localização de algo. “Aonde” tem o mesmo sentido de “para onde”.
Onde estamos mesmo? No ponto n.º 12. E aonde vamos a seguir? Para o ponto n.º 13.
Quando não há referência a lugar somente “em que” deve ser utilizado.
Onde acaba esta conversa? Vamos arejar um pouco e terminar a aula ao ar livre. Lá (naquele lugar, ao
ar livre) terminaremos a nossa conversa sobre erros de português.
Sem tempo para conversar mais, aquele livro que indiquei em que há vários problemas gerais com a
língua, ajudará você em dúvidas futuras.
Ratifico que compreendo as suas dúvidas, mas a partir de agora você já consegue retificar algumas.
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ORTOGRAFIA
Agora é entre mim e você: vamos acabar com essa dúvida de uma vez!
As preposições vem sempre seguidas de pronomes pessoais do caso oblíquo (mim, ti) e nunca de
pronomes pessoais do caso reto (eu, tu).
A fim de você entender, leia isto com atenção. É este o nosso objetivo afim: esclarecer dúvidas e
eliminar erros de português.
A forma “tem” é a conjugação do verbo ter na 3.ª pessoa do singular. “Têm” é a conjugação do verbo
ter na 3.ª pessoa do plural.
Ele tem menos dúvidas agora. Eles têm mais chances de escrever melhor.
Assisto ao debate na sala de aula. De seguida, assisto os alunos com as dúvidas que discutiram.
“A nível de” tem o sentido de nivelar. “Em nível de” é o mesmo que “em termos de”.
Em nível de erros de português, prometo ajudar você a chegar a um nível que nunca tinha chegado
antes.
É normal que você tenha essa dúvida, afinal há muitos verbos que têm mais do que uma forma
de particípio, a regular e a irregular. Por exemplo: aceitado e aceito, matado e morto, prendido e preso.
“Meio” significa um pouco. “Meia” é o mesmo que metade e como é um número fracionário, varia
conforme o termo a que se refere.
Parece meio difícil, mas em menos de meia hora você não terá mais dúvidas sobre isso.
E não esqueça, o certo é meio-dia e meia! Porque meio concorda com “dia”, enquanto meia concorda
com “hora”.
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ORTOGRAFIA
Mal eu terminei de explicar e você já entendeu. Agora, vai ser muito mau se você voltar a cometer o
mesmo erro.
“À medida que” equivale à “à proporção que”. “Na medida em que” tem o sentido de “porque”.
À medida que o você aprende, fica mais descansado, na medida em que terá mais chances de passar
em qualquer concurso.
Vocês está ficando cada vez mais esperto, mas não pense que já sabe tudo. Ainda temos alguns
pontos pela frente.
"Perca" é uma forma de conjugar o verbo perder. "Perda" é um substantivo, que é o contrário de
“ganho”.
• Que eu perca tudo, menos a minha paciência. Afinal, essa seria uma grande perda.
"Deu" ou "deram" podem ser utilizados corretamente na indicação de horas. Tudo vai depender do
sujeito da oração.
Deu uma hora. (certo, porque o verbo concorda com o sujeito, que é “uma hora”).
Deram duas horas. (certo. Neste caso o sujeito é “duas horas”).
O relógio deu três horas. (certo, porque o verbo concorda com o sujeito, que é “o relógio”).
Deram quatro horas no meu relógio. (certo, “no meu relógio” indica lugar e não é o sujeito. Nesta
oração o sujeito é “quatro horas”, com o qual o verbo está concordando).
Se quem agradece é do sexo masculino, deve usar sempre “Obrigado”. Se quem agradece é do sexo
feminino, deve usar sempre “Obrigada”.
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ORTOGRAFIA
A partir de hoje, não vou mais descriminar os alunos do crime cometido contra a língua até agora. Eles
precisam entender que há muitas pessoas que discriminam as pessoas pelo fato de falarem errado.
“Acerca de” significa “a respeito de”. “A cerca de” tem o sentido de “próximo”.
Nunca tínhamos falado acerca disto. Estamos a cerca de chegar dez pontos para terminar.
É isso mesmo, tanto “a meu ver” como “ao meu ver” são expressões que podem usadas. No entanto,
“a meu ver” é mais aceita, por ser a mais clássica.
Ao meu ver isto ficou esclarecido. Mas, a meu ver, os gramáticos preferiam condenar uma das
expressões.
Então, "ao meu ver" não está errado, mas de preferência vamos usar "a meu ver".
“Por hora” faz referência às horas. “Por ora” tem o mesmo sentido de que “por enquanto”.
Vamos nos dedicar a quatro erros de português por hora. Por ora, penso que conseguiremos nos
organizar assim.
"Vem" e "vêm" são formas de conjugação do verbo vir. "Veem" é uma forma de conjugação do verbo
ver.
Ele vem às aulas com frequência. (3.ª pessoa do singular do verbo vir no presente do indicativo)
Eles também vêm. (3.ª pessoa do plural do verbo vir no presente do indicativo)
Eles veem o horário antes das aulas começarem. (3.ª pessoa do plural do verbo ver no presente do
indicativo)
“Seção” é uma parte, “sessão” é a duração de algo, “cessão” é o mesmo que cedência, de ceder.
Nesta seção, vamos aprender algumas palavras homófonas. Esta sessão terá a duração de 45
minutos. A cessão do material utilizado nas aulas será feita por e-mail.
“Por que” e “Por quê” são usados quando se questiona algo. O que os diferencia é que com acento
vem sempre no fim das orações.
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ORTOGRAFIA
“Embaixo” é um advérbio de lugar, tem o mesmo sentido que “debaixo” e é o antônimo de “em cima”.
“Em baixo” é um adjetivo, ou seja, é usado para indicar algo em altura inferior.
Embaixo há mais pontos que vão acabar de vez com as suas dúvidas. Se não estiver fácil de entender,
chame-me em baixo tom e eu vou até sua mesa.
“Ainda assim” é uma conjunção adversativa, ou seja, ela indica oposição ou compensação. Por isso
que eu disse que era fácil, apesar disso iria explicar.
De acordo com a norma culta, quando você chega, chega a algum lugar.
É muito comum ouvirmos “chegar em”. Isso até pode indicar que a língua se transforma com o tempo,
mas na dúvida, use sempre “chegar a”.
Viagem (com G) é substantivo. Viajem (com J) é a conjugação do verbo viajar na 3.ª pessoa do plural
do presente do subjuntivo (Que eles viajem) ou o seu imperativo (Viajem eles).
Aprender é uma viagem, mas não se distraía muito para que os alunos não viajem nos seus
pensamentos.
Acerca ou A Cerca
O “acerca” escrito junto, e o “a cerca” escrito separado, são termos utilizados em diferentes contextos.
Por isso, causam muita confusão na hora de escrever um texto. Para acabar com a dúvida, confira
abaixo as regras, os usos e alguns exemplos.
Acerca
Acerca, escrito junto, é um advérbio que significa que algo está próximo. É muito comum ser utilizado
com a preposição “de”, formando assim uma locução prepositiva: acerca de.
Nesse caso, é utilizado com o significado de sobre, a respeito de, com relação a, relativamente a, etc.
Exemplos:
Nossa opinião acerca do tema é que tais ações são de extrema importância.
Naquela noite, discutimos acerca da nossa relação.
Obs: O termo "acercar" é um verbo transitivo e pronominal que significa aproximação, por exemplo:
Estamos nos acercando da propriedade.
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ORTOGRAFIA
A Cerca
A cerca, escrito separado, significa “aproximado” sendo sinônimo do advérbio “perto”. É formado pelo
artigo “a” e o substantivo “cerca”. Geralmente, esse termo vem acompanhado com a preposição “de”.
Obs: quando utilizamos a expressão “cerca de” significa “aproximadamente”, por exemplo:
E o Há Cerca?
Nesse caso, o “há”, forma conjugada do verbo haver, é utilizado com o significado de existir e indica
tempo decorrido. A expressão “há cerca de” significa, portanto, “faz aproximadamente”.
Exemplos:
Obs: Note que “a cerca de” faz referência à distância e “há cerca de” ao tempo.
Abaixo ou A Baixo?
Os termos "abaixo", escrito junto, e "a baixo", escrito separado, costumam confundir quando vamos
escrever um texto.No entanto, eles são usados em contextos diferentes. Para que você não erre mais,
confira abaixo as regras, os usos e alguns exemplos.
Abaixo
O termo "abaixo', escrito junto, faz referência a algo que esteja numa posição inferior. Portanto, essa
palavra é sinônima de "embaixo", "debaixo", "sob", "por baixo", etc.
Embora seja mais utilizada como advérbio de lugar, esse vocábulo também é utilizado em situações
que envolvem interjeições.
Exemplos:
Abaixo a Ditadura!
Veja abaixo um exercício sobre o tema da aula.
Na lista de convocados, seu nome está abaixo do meu.
Nesse semestre suas notas estão abaixo da média da classe.
Fizemos um abaixo-assinado para retirar o professor da disciplina.
Obs: Note que o termo “abaixo-assinado” leva hífen quando se trata da petição que reúne diversas
assinaturas.
Por outro lado, se ele está sendo usado para indicar a pessoa que assina o documento é escrito sem o
hífen:
Atenção!
Há muitos casos em que o termo “abaixo” acompanha o verbo “seguir”. A dúvida é se o verbo é escrito
no singular ou plural.
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ORTOGRAFIA
Em todos os casos, o verbo concorda com o sujeito. Ou seja, se o sujeito estiver no plural, o verbo
também ficará no plural. Do contrário, se ele estiver no singular, o verbo também será escrito no
singular.
Exemplos:
A Baixo
Já a expressão “a baixo”, escrito separado, é sinônima de “de baixo”, “para baixo” ou “até embaixo” e
antônima de “do alto” ou “de cima”. Esse termo é formado pela preposição “a” mais o adjetivo “baixo”.
Exemplos:
Enfim ou Em Fim?
O “enfim”, escrito junto, e o “em fim”, escrito separado, costumam confundir muito quando vamos
escrever um texto. Eles têm significados diferentes e, portanto, devem ser usados em contextos
distintos.
Saiba aqui como se escreve e quando você deve usar cada um deles. Confira abaixo as regras, usos e
exemplos.
Enfim
“Enfim”, escrito junto e com “n” depois do “e”, é um termo sinônimo de finalmente, por fim, afinal, etc.
Trata-se de um advérbio de tempo que é também utilizado com sentido de que algo está concluído: em
síntese, em conclusão, em suma, etc..
Exemplos:
Enfim sós!
Após tantas dificuldades, enfim poderemos comprar o carro.
Enfim poderei ver Maciel nesse final de semana.
Após tantas provas, podemos enfim viajar.
Atenção!
A expressão “En fim”, escrito separado e com “n” depois do “e”, não existe na língua portuguesa.
Exemplo: Até que enfim você chegou!
Em Fim
O “em fim”, escrito separado, é utilizado com o sentido de “no final de” ou “no fim de”. Portanto, essa
expressão indica o fim próximo ou mesmo o término de algo.
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ORTOGRAFIA
Trata-se de uma locução adverbial de tempo, ou seja, que desempenha o papel de advérbio na frase.
Ela é formada pela preposição “em” mais o substantivo “fim”.
Exemplos:
Acima ou A Cima?
O termo “acima” e a locução “a cima” possuem o mesmo som, no entanto, são utilizadas em contextos
diferentes. Por isso, causam grande confusão quando temos que escrever um texto.Para que você
aprenda de uma vez por todas a usá-las corretamente, confira abaixo dicas com as regras, os usos e
alguns exemplos.
Acima
A palavra “acima”, escrito junta, é um advérbio de lugar e antônima de “abaixo”. Assim, ela é
empregada com o sentido de que algo está num local elevado, ou seja, localizado numa posição
superior.
Exemplos:
Obs: Uma dica para saber se o termo está sendo utilizado corretamente é trocá-lo por seu antônimo:
Estacionei o carro mais abaixo.
Fique Atento!
A expressão “acima de” é uma locução prepositiva muito utilizada, por exemplo: Suas médias
estão acima de qualquer um da sala.
A Cima
O termo “a cima”, escrito separado, é sinônimo de “para cima” e antônimo de “de baixo” ou “para baixo”
e não leva crase.
Ele significa que algo está no alto ou no topo sendo formado pela preposição “a” mais o substantivo
“cima”.
Exemplo:
Fiquei muito nervosa pois quando entrei na sala ela me olhou de baixo a cima.
Antes de comprar a casa José verificou tudo de baixo a cima.
Levamos quatro horas para subir a montanha de baixo a cima.
Resolvemos correr na ladeira de baixo a cima.
O elevador subiu de baixo a cima em poucos segundos.
Obs: uma dica para saber se você está utilizando o termo corretamente é trocar pelo seu sinônimo
“para cima”: o elevador subiu de baixo para cima em poucos segundos.
Fique Atento!
A expressão “de cima” é uma locução adverbial. Já as expressões “para cima de”, “por cima de” ou “em
cima de” são locuções prepositivas.
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ORTOGRAFIA
Exemplos:
Sob ou Sobre?
O “sob” e o “sobre” são duas preposições essenciais que causam muita confusão na hora de escrever
um texto.Isso porque elas são palavras parônimas, uma vez que são muito semelhantes na pronúncia
e na escrita, entretanto, possuem significados diferentes.
Sendo assim, o sob e o sobre são termos antônimos, ou seja, o significado de uma é o contrário da
outra.
Lembre-se que preposição é uma palavra invariável utilizada para ligar dois termos numa oração.
Confira aqui o significado, usos e exemplos de cada uma delas.
Sob
O sob é uma preposição utilizada com o sentido de “embaixo de”, “por baixo de” e “debaixo de”. Ou
seja, faz referência a algo que esteja numa posição inferior.
Além disso, ela pode ser usada com o sentido de “condição” ou “em estado de”.
Exemplos:
Sobre
O “sobre” é uma preposição utilizada como sinônimo de “em cima de”, “por cima de” e “acima de”. Ou
seja, ela faz referência a algo que esteja numa posição superior.
Esse termo também pode ser utilizado com o sentido de “acerca de”, “em relação à” e “a respeito de”.
Exemplos:
Debaixo ou De Baixo?
"Debaixo" e "de baixo" são dois termos utilizados em situações diferentes. A grande confusão na hora
de escrever é porque essas palavras possuem o mesmo som. Portanto, confira aqui as principais
regras, usos e exemplos sobre cada um desses vocábulos.
Debaixo
A palavra “debaixo”, escrito junto, é um advérbio de lugar que significa que algo está localizado na
parte inferior em relação à outra coisa.
Assim, ela é sinônimo de embaixo, abaixo, sob, por dentro; e antônimo de em cima ou acima. Na maior
parte das vezes, esse advérbio vem acompanhado de uma proposição formando assim, uma locução
adverbial: debaixo de.
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ORTOGRAFIA
Exemplos:
Obs: Geralmente o termo “debaixo” pode ser substituído pela preposição “sob”. Dessa forma, você
pode substituí-la na frase para confirmar se o termo que está usando é o correto. Assim, se a sentença
estiver coerente o termo utilizado está certo.
De Baixo
Quando é escrito de maneira separada, esse termo exerce a função de adjetivo de modo que qualifica
o substantivo na frase. A palavra “de baixo” é formada pela preposição “de” mais o adjetivo “baixo”.
Exemplos:
Obs: Uma dica é substituir a palavra por “sob” e se a sentença não fizer sentido, o termo correto é
“debaixo”.
Embaixo ou Em Baixo?
Os termos “embaixo”, escrito junto, e “em baixo”, escrito separado, são duas palavras que possuem o
mesmo som, porém grafias diferentes. Além disso, são utilizadas em situações distintas.
Ambas causam muita confusão quando temos que escrever uma redação. Portanto, aprenda de uma
vez por todas a usá-las corretamente conferindo abaixo seus significados, regras, usos e exemplos.
Embaixo
A palavra "embaixo", escrito junto, é um advérbio de lugar que significa que algo está numa posição
inferior em relação a outra coisa.
Ela é sinônimo de abaixo, debaixo, sob, por baixo e antônimo de em cima, acima e sobre.
Além disso, é comum esse termo vir acompanhado de uma preposição, formado assim, uma locução
adverbial, por exemplo: embaixo de.
Exemplos:
Obs: uma maneira de saber se está utilizando o termo correto, é trocar na frase pelo seu antônimo.
Exemplo: Os livros estão em cima da mesa.
Em Baixo
Quando escrito de forma separada o termo “em baixo” desempenha a função de adjetivo na sentença.
Ou seja, nesse caso, ele qualifica um substantivo:
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ORTOGRAFIA
Exemplos:
Você sabia?
No português falado em Portugal o termo escrito separado “em baixo” é utilizado como advérbio de
lugar: "Estou em baixo do toldo te esperando".
Trás ou Traz?
O “trás” e o “traz” são dois termos homófonos, ou seja, que possuem o mesmo som, porém grafias
diferentes.
Por esse motivo, esses monossílabos tônicos causam muita confusão quando vamos escrever um
texto.
Trás
O trás com “s” e acento agudo é uma palavra que significa na parte traseira, sendo utilizada como
sinônima de atrás, detrás, após, etc.
Esse termo sempre vem sempre precedido por uma preposição e, nesse caso, desempenha o papel de
um advérbio de lugar formando uma locução adverbial.
Exemplos:
Obs: A palavra “atrás” é grafada com “s” no final e, portanto, o termo “atraz” está incorreto.
Traz
O traz com “z” é uma forma verbal do verbo trazer que significa transportar, levar, conduzir,
encaminhar, ocasionar, oferecer, etc.
Essa forma é conjugada na terceira pessoa do singular do indicativo (ele/ela traz) e ainda, na segunda
pessoa do singular do imperativo (traz tu).
Exemplos:
Obs: uma dica para verificar se o uso desse termo está correto é substituindo por verbos relacionados,
por exemplo, o levar:
Assim, se a sentença estiver coerente, você está usando o termo corretamente. Do contrário, você
deve utilizar o advérbio de lugar “trás”.
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ORTOGRAFIA
Encima ou Em Cima?
"Encima" junto e "em cima" separado são duas palavras homófonas que apresentam sonoridade igual,
porém grafias diferentes.
Confira aqui o significado de cada uma para você não ficar mais na dúvida de quando usar cada uma
delas.
Encima
O termo “encima”, escrito junto e com “n” representa uma forma verbal do verbo encimar. Esse verbo,
pouco utilizado pelos falantes da língua, significa colocar sobre algo, sendo sinônimo de elevar, coroar,
etc.
Ele é conjugado na terceira pessoa do singular (ele/ela encima) do indicativo ou na segunda pessoa do
singular do imperativo (encima tu).
Exemplos:
Em Cima
Já o termo “em cima” escrito separado é o antônimo de embaixo. Numa frase ela exerce a função de
locução adverbial de lugar.
Portanto, utilizamos essa palavra para nos referir a algo que está numa posição elevada em relação a
outra coisa.
Exemplos:
Curiosidade
Utilizamos frequentemente na linguagem coloquial (informal) a expressão “dar em cima”. Ela faz
referência quando alguém está cortejando ou interessado numa pessoa.
Acento Agudo
Eles marcam a sílaba tônica (mais forte) de uma palavra e, portanto, são utilizados nas vogais abertas
e semiabertas.
Além do acento agudo, o mais utilizado na nossa língua, há também o circunflexo (^) e o grave (`), esse
último chamado de crase.
Regras
Nas vogais tônicas abertas e semiabertas “a”, “e” e “o”, por exemplo:
• sofá
• estádio
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ORTOGRAFIA
• átomo
• réptil
• sintético
• parabéns
• sólido
• ótica
• dominó
• íngreme
• almíscar
• líquen
• útil
• inútil
• úmido
Com a implementação do Novo Acordo Ortográfico (2009), algumas palavras paroxítonas perderam o
acento agudo.
Palavras homógrafas
• Para
• Polo
• Pára
• Pólo
• Heroico
• Jiboia
• Paranoia
• Assembleia
• Ideia
• Heróico
• Jibóia
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ORTOGRAFIA
• Paranóia
• Assembléia
• Idéia
Obs: Segundo o Novo Acordo Ortográfico o acento agudo permanece nos monossílabos tônicos e nas
palavras oxítonas com ditongos abertos “éi”, “éu” ou “oi”:
Exemplos:
• anéis
• decibéis
• chapéu
• ilhéus
• herói
• remóis
• Sofá
• Olá
• Chalé
• Café
• Açaí
• Piauí
• Avó
• Paletó
• Baú
• Grajaú
• Cadáver
• Amável
• Réptil
• Éden
• Ímpar
• Vírus
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ORTOGRAFIA
• Dócil
• Fóssil
• Lúmen
• Túnel
• Árabe
• Cálice
• Exército
• Espécie
• Líquido
• Míope
• Próximo
• Cleópatra
• Rústico
• Músico
Atenção!
Algumas palavras iguais escritas com e sem acento agudo, são utilizadas em contextos diferentes.
Exemplos:
Acento Circunflexo
O acento circunflexo (^) é um tipo de notação léxica utilizado nas vogais tônicas semifechadas: “a”, “e”
e “o”.
No português as semivogais “i” e “u” nunca levam esse tipo de acento. Além do circunflexo, temos o
acento agudo (´) e o grave (`)
Regras e Usos
O acento circunflexo é geralmente usado nas vogais fechadas /â/, /ê/ e /ô/ e nas vogais nasais que
aparecem nos dígrafos “âm”, “ân”, “êm”, “ên’, “ôm” e “ôn”.
Exemplos:
• Importância
• Êxito
• Metrô
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ORTOGRAFIA
• Âmbito
• Discrepância
• Efêmero
• Essência
• Nômade
• Antagônico
No Novo Acordo Ortográfico (2009) algumas palavras que recebiam o acento circunflexo foram
alteradas. Portanto, fique atento às novas regras para não errar na hora da escrita.
Nas palavras paroxítonas que possuem o ditongo “ee” e “oo”, o circunflexo foi abolido:
• Leem
• Deem
• Creem
• Abençoo
• Enjoo
• Voo
Você deve lembrar que antes do acordo, a primeira vogal igual levava o acento circunflexo. Sendo
assim, elas eram escritas da seguinte maneira:
• Lêem
• Dêem
• Crêem
• Abençôo
• Enjôo
• Vôo
Nas palavras paroxítonas homógrafas (mesma grafia) o acento circunflexo era mantido para diferenciar
uma da outra, por exemplo:
Pêlo
Pêra
Exemplo:
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ORTOGRAFIA
Exemplo:
• Pôr
• Pôde
• Têm
• Vêm
Portanto, segundo o Novo Acordo Ortográfico, algumas palavras podem ser escritas de duas maneiras:
Bebê Bebé
Purê Puré
Bônus Bónus
Fêmur Fémur
Patrimônio Património
Antônimo Antónimo
Sinônimo Sinónimo
Antônio António
Fenômeno Fenómeno
Gênero Género
Confira abaixo alguns exemplos de palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas que levam acento
circunflexo:
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ORTOGRAFIA
Palavras Oxítonas
• Purê
• Bebê
• Nenê
• Caratê
• Robô
• Avô
• Pôs
• Pôr
• Advêm
• Convêm
• Detêm
• Retêm
Palavras Paroxítonas
• Têxtil
• Plâncton
• Câncer
• Fênix
• Zângão
• Escrevêsseis
• Tônus
Palavras Proparoxítonas
Palavras terminadas em vogais “a”, “e” e “o”, seguidas das consoantes nasais “m” ou “n”:
• Cânfora
• Lâmpada
• Amêndoa
• Amazônia
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ORTOGRAFIA
• Mântua
• Tênue
• Gêmeo
• Gênio
• Cômodo
• Acadêmico
Curiosidade
Algumas palavras escritas com e sem acento circunflexo são utilizadas em contextos diferentes.
Exemplo:
E o Acento Agudo?
O acento agudo (´) é utilizado nas vogais abertas “a”, “e”, “o” e nas semivogais “i” e “u”. Além disso,
vogais nasais representadas por alguns dígrafos (ín, ím, ún, e úm) também levam o acento agudo.
Confira alguns exemplos abaixo:
• Sofá
• Café
• Jiló
• Ídolo
• Útil
• Índio
• Ímpio
• Único
• Úmero
Há ou A?
“Há” e “A” são dois termos que geram muita confusão para os utilizadores da língua. Isso porque
ambas possuem o mesmo som, porém apresentam grafias diferentes.
Aqui você vai encontrar explicações e exemplos de quando você deve usar cada uma delas.
Há
Com o “h” o “há” representa uma forma do verbo haver. Assim, podemos utilizar o “há” quando o verbo
haver é impessoal (sem sujeito) e possui o sentido de “existir”.
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ORTOGRAFIA
Também utilizamos o “há” em frases que expressam tempo passado e, nesse caso, pode ser
substituído pelo verbo “fazer” ou “ter”.
Fique Atento!
É muito comum usarmos esse termo com a palavra “atrás”, por exemplo:
Como o “há” pode ser utilizado para fazer referência a algo que ocorreu no passado, fica redundante
colocar esse vocábulo na mesma sentença.
Curiosidade
Existe também outra forma que tem o mesmo som do “há”: ah!
Nesse caso, ele é usado como interjeição, ou seja, quando expressa emoção ou sentimento.
O “a” é um artigo definido utilizado antes de substantivos e diferente do “há” que indica um tempo
passado, esse é utilizado para falar de uma ação futura.
E o “À” e o “Á”?
Além do “a” sem acento, temos mais duas formas acentuadas que surgem dúvidas quando utilizadas.
O “à” representa a união e contração de duas vogais: o artigo definido “a” e a preposição “a” marcada
pelo acento grave: à (a+a). Nesse caso, é chamada de “crase”.
1. Empregada antes de alguns verbos que indiquem destino: ir, vir, voltar, etc.
2. Utilizada antes de palavras femininas. Por sua vez, antes de palavras masculinas não se utiliza a
crase.
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ORTOGRAFIA
4. Usada em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas tais como: à medida que, às pressas, às
vezes, à tarde, à noite, etc.
Já o “á” com acento agudo não é utilizado isoladamente, ou seja, sozinho esse termo não existe. Ele é
empregado na sílaba tônica (mais forte) de uma palavra.
No entanto, existem diversas regras de acentuação que você deve conhecer para utilizá-la
corretamente. Veja alguns exemplos de palavras com “á”.
Sofá
Água
Fácil
Árvore
Lápis
Mais ou Mas?
O “mais” e o “mas” são duas palavras que tem um som parecido, no entanto, são utilizadas em
contextos distintos. Aprenda aqui a diferença entre elas.
Mais
A palavra “mais” possui como antônimo o “menos”. Nesse caso, ela indica a soma ou o aumento da
quantidade de algo.
Embora seja mais utilizada como advérbio de intensidade, dependendo da função que exerce na frase,
o “mais” pode ser substantivo, preposição, pronome indefinido ou conjunção.
Exemplos:
Uma maneira de saber se você está usando a palavra corretamente é trocar pelo seu antônimo
“menos”.
Mas
Como conjunção adversativa, o “mas” é utilizado quando o locutor quer expor uma ideia contrária a que
foi dita anteriormente:
Nesse caso, ela possui o mesmo sentido de: porém, todavia, contudo, entretanto, contanto que, etc.
Como advérbio, o “mas” é empregado para enfatizar alguma informação, por exemplo:
Ela é muito dedicada, mas tão dedicada, que trabalhou anos vendendo doces.
Obs: a palavra "más" com acento é o plural de "mal", ou seja, é um adjetivo sinônimo de ruim, por
exemplo: Nesse semetre suas notas estão muito más.
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ORTOGRAFIA
Senão ou Se não?
"Senão" ou "se não" são dois termos que possuem o mesmo som, no entanto, são utilizados em
situações diferentes. Aprenda de uma vez por todas a usá-los corretamente.
Senão
Quando esse termo é escrito junto, ele geralmente significa “do contrário”, “caso contrário”, “a não ser”.
Exemplo:
No entanto, dependendo de sua função na frase, essa palavra pode desempenhar o papel de
substantivo, conjunção ou preposição.
Quando é conjunção significa algo negativo, e pode ser substituído por “do contrário”, “caso contrário”,
“de outro modo (maneira)”, etc.
Nesse caso, o termo pode desempenhar o papel de uma conjunção alternativa ou conjunção
adversativa.
Conjunção Alternativa
Conjunção Adversativa
Júlio não ganhou um presente pelo aniversário, senão pelas bodas de casamento.
Júlio não ganhou um presente pelo aniversário, mas pelas bodas de casamento
Quando é preposição significa uma exceção, e pode ser substituído por: “exceto”, “com exceção de”,
“salvo”, “a menos que”.
Se não
Já quando o termo é escrito separadamente ele dá a ideia de “caso não”. Portanto, para saber qual
palavra usar você deve substituir na frase e analisar se continua coerente.
Exemplo:
A fim ou Afim?
A fim ou afim são dois termos que causam muita confusão nos usuários da língua. Usar esse termo
junto ou separado pode afetar o entendimento do texto.
Enquanto o primeiro é parte de uma locução, o segundo é um adjetivo. Portanto, vale saber qual o
proposito para que você não erre mais.
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ORTOGRAFIA
A fim
O termo quando usado separado faz parte de uma locução prepositiva “a fim de”. Nesse caso, ela tem
o significado de finalidade. Ou seja, apresenta uma intenção, um objetivo, um intuito ou um propósito.
Para visualizar melhor, podemos perceber que no exemplo acima se trocarmos o “a fim de” por outros
termos, a frase tem o mesmo significado:
Obs: É comum usarmos esse termo para nos referirmos a algo que nos agrade, que temos vontade ou
mesmo quando estamos interessados em alguém.
Nesse caso, ele acompanha o verbo "estar": estar afim de alguém; estar afim de algo, etc.
Importante destacar que esse termo é utilizado numa linguagem informal ou coloquial. Ou seja, não
devemos utilizá-la num texto formal, a não ser que seja esse mesmo o enfoque, por exemplo, na fala
de personagens.
Afim
Quando usamos esse termo junto ele pertence as classes gramaticais de substantivos e adjetivos.
Note que se usado no plural, o termo fica “afins” e não “afims”.
Quando desempenha o papel de adjetivo na frase, ele significa igual, semelhante, próximo.
Mal ou Mau?
“Mal” e “mau” são duas palavras homófonas. Ou seja, elas são pronunciadas da mesma maneira, mas
escritas de maneiras diferentes.
Uma vez que possuem o mesmo som, elas costumam gerar muitas dúvidas para os utilizadores da
língua.
Diferenças e Exemplos
Mal
A palavra mal com “l” é antônima de bem. Portanto, para usá-la da forma correta basta lembrar qual
termo é seu contrário.
Exemplos:
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ORTOGRAFIA
• Estou me sentindo mal essa manhã. (Estou me sentido bem essa manhã)
• Fui muito mal no exame final. (Fui muito bem no exame final)
• Felipe nasceu para fazer o mal. (Felipe nasceu para fazer o bem)
Fique Atento!
Esse vocábulo pode ser um advérbio de modo, um substantivo e ainda, uma conjunção subordinativa
temporal.
Quando é advérbio, mal significa que algo foi realizado de maneira errada, por exemplo: Sofia se
comportou mal na palestra.
Quando é substantivo, esse termo é sinônimo de doença, problema, angústia, tristeza ou sofrimento,
por exemplo: Todo o mal deve ser evitado.
Nesse caso, o artigo “o” colocado na frente do termo determina esse substantivo.
Quando é conjunção, mal significa “assim que; logo que; quando”, por exemplo: Malcheguei ao colégio,
os portões fecharam.
Mau
A palavra mau com “u” é antônimo de bom. Da mesma maneira que sua homófona, para usá-la da
forma correta basta lembrar a palavra que é contrária dela.
Em relação à classe gramatical, esse vocábulo é um adjetivo que qualifica seres e objetos.
Exemplos:
• Ele foi muito mau comigo. (Ele foi muito bom comigo)
• O chefe sempre estava de mau humor (O chefe sempre estava de bom humor)
Obs: Quando nos referimos à má disposição de alguém, o termo correto é mau humor.
Nesse caso, ele não é escrito com o hífen. Portanto, as palavras mau-humor, mal humor e mal-humor
estão escritas de maneira errada.
Por outro lado, devemos lembrar que quem tem mau humor é uma pessoa mal-humorada. Nesse caso,
utilizamos o mal com “l” visto que o contrário seria “bem-humorado”.
Além disso, de acordo com as regras de ortografia esses termos são separados por hífen.
Demais ou De Mais
Demais é, na maior parte das vezes, advérbio de intensidade, mas também pode ser substantivo ou
adjetivo.
De mais também existe. É uma expressão que tem o sentido equivalente a “de menos”. E ademais,
existe ou não?
Demais
Exemplos:
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ORTOGRAFIA
• Molhou-se demais.
Exemplos:
Exemplos:
De Mais
Exemplos:
Ademais
Exemplos:
• Acho que você deveria aproveitar porque não está chovendo. Ademais, pode não ter tempo para
sair amanhã.
• Não tem com o que se preocupar, ademais, eu estou aqui para o que precisar.
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ORTOGRAFIA
Fonema e Letra
Os fonemas são as unidades sonoras que compõem o discurso ou a fala e são representados entre
barras oblíquas.
As letras, por sua vez, são os sinais gráficos que tornam possível a escrita. Juntas de forma ordenada,
as letras constituem o alfabeto.
Exemplos:
coçar = 5 letras
/k/ /o/ /s/ /a/ /r/ = 5 fonemas
máximo = 6 letras
/m/ /á/ /s/ /i/ /m/ /o/ = 6 fonemas
acesso = 6 letras
/a/ /c/ /e/ /s/ /o/ = 5 fonemas
chute = 5 letras
/x/ /u/ /t/ /e/ = 4 fonemas
Vogais
São sons que são emitidos sem obstáculos, somente pela boca (a, e, i , o, u), ou pela boca e pelas
fossas nasais (ã, ẽ, ĩ, õ, ũ).
Exemplos: pia, ando, cesto,quero, lente, li, lindo, sonho, avó, som, susto, untar.
Consoantes
As consoantes encontram obstáculos na sua passagem pela boca, por isso, precisam sempre do
acompanhamento das vogais.
Semivogais
As semivogais são os fonemas /i/ e /u/ que aparecem juntos com uma vogal formando uma sílaba. É
importante dizer que enquanto as vogais são essenciais na formação de sílabas, as semivogais não.
Embora o número de fonemas e letras coincidam em muitas palavras, nem sempre essa equivalência
existe.
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ORTOGRAFIA
Exemplos:
gole = 4 letras
/g/ /o/ /l/ /e/ = 4 fonemas
singelo = 7 letras
/s/ /ĩ/ /j/ /e/ /l/ /o/ = 6 fonemas
Letra H.
Exemplos:
harpa = 5 letras
/a/ /r/ /p/ /a/ = 4 fonemas
hoje = 4 letras
/o/ /j/ /e/ = 3 fonemas
Letras M e N
Exemplos:
campo = 5 letras
/k/ /ã/ /p/ /o/ = 4 fonemas
atento = 6 letras
/a/ /t/ /ẽ/ /t/ /o/ = 5 fonemas
navio = 5 letras
/n/ /a/ /v/ /i/ /o/ = 5 fonemas
Exemplos:
sexto = 5 letras
/s/ /e/ s/ /t/ /o/ = 5 fonemas
exalar = 6 letras
/e/ /z/ /a/ /l/ /a/ /r/ = 6 fonemas
fixo = 4 letras
/f/ /i/ /k/ /s/ /o/ = 5 fonemas
Dígrafos
Emprego do Hífen
Aqui, de forma simples, você vai percorrer todas as regras para aprender de vez o Emprego do Hífen.
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ORTOGRAFIA
Esse é um dos temas contemplados no novo acordo ortográfico, onde é abordado em três das 21
bases que compõem esse documento.
Todas as Regras
Palavras compostas
1) Palavras compostas por justaposição (radicais que se juntam sem que haja alteração fonética).
Exemplos: couve-flor, ano-luz, arco-íris.
2) Nomes de lugares que se iniciam com grã, grão ou que sejam ligados por artigos.
4) Bem e Mal. Palavras compostas cujo primeiro elemento são as palavras bem ou mal e os elementos
que se seguem se iniciam com a letra h ou com vogal. Exemplos: bem-humorado, bem-amado, mal-
assombrado.
Contudo, no caso do advérbio bem, há palavras cujos elementos se iniciam com consoante em que o
hífen é empregado, embora com o advérbio mal não sejam. Exemplos: bem-criado, mas malcriado.
2) Segundo elemento começa com a vogal igual a que termina o primeiro elemento, ou prefixo.
Exemplos: micro-ondas, auto-observação, semi-interno.
Exceção: com o prefixo co o hífen é dispensado, tal como em cooperante.
3) Circum e Pan. Quando o segundo elemento começa com vogal ou com as letras h, m ou n.
Exemplos: circum-ambiente, pan-americano, pan-africanismo.
4) Hiper-, Inter- e Super-. Quando o segundo elemento começa com a letra r. Exemplos: hiper-
resistente, inter-relação, super-revista.
6) Pós-, Pré- e Pró-. Quando são acentuados. Exemplos: pós-moderno, pré-escola, pró-europeu.
Pronomes Oblíquos
O hífen é um sinal gráfico. Quer saber quais são os outros? Leia Notações Léxicas.
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ORTOGRAFIA
Ao Encontro de e De Encontro a
Ao Encontro de e De Encontro a são expressões opostas. Enquanto uma significa "a favor de" a outra
é justamente "contra alguma coisa".
Usadas no cotidiano, essas expressões podem confundir na hora da elaboração de um texto e, mesmo
em uma conversa informal.
Seu emprego incorreto pode não oferecer a ideia do que, de fato, o emissor gostaria de transmitir.
Não confunda!
Ao Encontro de
A expressão "ao encontro" é usada para reger a preposição "de" e significa "a favor de", "em direção
a", "de acordo com".
Exemplos:
De Encontro a
A expressão "de encontro" é utilizada para reger a preposição "a" e significa "contra alguma coisa".
Exemplos:
Sessão ou Seção
As palavras sessão e seção (ou secção) estão escritas corretamente. Apesar das grafias diferentes,
apresentam a mesma pronúncia, com excepção da palavra secção, cujo c é pronunciado.
Pelo fato de serem pronunciadas da mesma forma, mas serem escritas de forma diferente, são
chamadas de palavras homófonas. Conforme a sua grafia, cada uma delas apresenta um significado
diferente.
Exemplos:
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ORTOGRAFIA
Seção e secção têm, portanto, o mesmo significado, mas apresentam formas gráficas diferentes. No
Brasil, a forma mais comum é seção, enquanto em Portugal, é secção.
Exemplos:
3. Mudei de estado, por isso, preciso saber qual a minha seção eleitoral.
4. Por favor, poderia me dizer onde é a secção (ou seção) dos livros infantis?
E Cessão?
Exemplos:
Onde e Aonde são palavras que indicam lugar, mas que são usados em situações diferentes. Assim,
há dúvidas quanto ao seu emprego, as quais você não terá mais depois de ler este artigo.
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ORTOGRAFIA
Como Usar
A palavra "onde" indica o lugar onde está ou em que se passa um acontecimento. Está ligada a verbos
que expressam permanência.
Exemplos:
Já a palavra "aonde" indica movimento ou aproximação e está ligada a verbos que expressam essa
ideia.
Exemplo:
Dica!
Substitua as palavras "aonde" ou "onde" por "para onde". Se fizer sentido, você deve utilizar a palavra
aonde.
Exemplos:
Mas,
Uso do S e do Z
As palavras em português podem ter o mesmo som e serem grafadas com letras diferentes. Uma
mesma letra também pode apresentar mais de um som. Esse é o caso das letras S, Z, Ç, SS e SC cujo
emprego depende não só do fonema correspondente, mas também da tradição na grafia, na oralidade
e na etimologia das palavras.
Como usar o S
Exemplos:
Análise = analisado
Pesquisa = pesquisado
Casa = casinha = casebre = casarão
Liso = alisado
Análise = analisar
Nos adjetivos terminados pelo sufixo –oso (a): quando indica abundância ou estado pleno.
Exemplos:
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ORTOGRAFIA
Gasoso = gasosa
moroso = amorosa
Espalhafatoso = espalhafatosa
Cheiroso = cheirosa
Formoso = formosa
Dengoso = dengosa
Feioso = feiosa
Horroroso = horrorosa
Calamitoso = calamitosa
Exitoso = exitosa
Exemplos:
Paranaense
Fluminense
Paraense
Catarinense
Nos sufixos -ês (a) e isa, quando indicam origem, título de nobreza e profissão
Exemplos:
Chinês = chinesa
Gaulês = gaulesa
Francês = francesa
Escocês = escocesa
Burguês = burguesa
Marquês = marquesa
Princesa
Baronesa
Duquesa
Poetisa
Profetisa
Depois de ditongo
Exemplos:
Coisa
Faisão
Mausoléu
Maisena
Lousa
Coisa
Ausência
Exemplos:
Exemplos:
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ORTOGRAFIA
Nos sufixos –ez, -eza, que são formados por substantivos abstratos a partir de adjetivos
Exemplos:
Macio = Maciez
Surdo = Surdez
Inválido = invalidez
Rígido = rigidez
Insensato = insensatez
Mesquinho = mesquinhez
Estúpido = estupidez
Magro = magreza
Belo = beleza
Grande = grandeza
Avarento = avareza
Singelo = singeleza
Nobre = nobreza
O Uso das Letras Maiúsculas e Minúsculas, embora pareça um tema bastante simples - aprendido nos
primeiros anos da escola - requer alguns cuidados.
Assim, neste artigo, trataremos sobre as regras, especialmente após à adesão ao Novo Acordo
Ortográfico, que promoveu alterações também nessa área.
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ORTOGRAFIA
Ocorrências Exemplos
Ocorrências Exemplos
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ORTOGRAFIA
Ocorrências Exemplos
Ocorrências Exemplos
E os pontos cardeais?
Os pontos cardeais devem ser grafados com iniciais minúsculas, mas quando são usados de forma
independente, são grafadas obrigatoriamente com maiúsculas.
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ORTOGRAFIA
Exemplos:
As Palavras Homófonas são aquelas que têm pronúncia idêntica, mas grafias diferentes. Assim, a
palavra é composta pela junção dos termos homo, que significa “mesmo” e fonia, que significa “som”.
Homônimos
Homônimos são termos semelhantes, quer na pronúncia quer na grafia, mas que têm significados
distintos.
Homófonos
Exemplos:
Resulta que, muitas vezes, somente mediante o seu contexto nos certificamos se uma palavra está
grafada correta ou incorretamente.
Homógrafos
As palavras homógrafas, por sua vez, têm grafia idêntica (homo=mesmo e grafia=escrita).
Exemplos:
• apelo (com e fechado): pedido de auxílio / apelo (com e aberto): conjugação do verbo apelar
• começo (com e fechado): início / começo (com e aberto): conjugação do verbo começar
• sobre (com o fechado): em cima de / sobre (com o aberto): conjugação do verbo sobrar
Quando grafia e pronúncia são idênticas, temos homônimos perfeitos - o terceiro e último tipo de
classificação.
Homônimos Perfeitos
As palavras homônimas perfeitas têm a mesma grafia, bem como a mesma pronúncia.
Exemplos:
Para saber mais sobre questões semânticas, veja também o artigo: Homônimos e Parônimos.
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ORTOGRAFIA
Relações Homófonas
Entre as letras X e CH
Entre as letras S e X
Entre as letras S e C
O atual Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi aprovado em definitivo no dia 12 de outubro de
1990 e assinado em 16 de dezembro do mesmo ano.
O documento foi firmado pela Academia de Ciências de Lisboa, a Academia Brasileira de Letras e
representantes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Também houve adesão da delegação de observadores da Galiza. Isso porque na Galiza, região
localizada no norte da Espanha, a língua falada é o galego, a língua-mãe do português.
No Brasil, a implantação do novo acordo começou em 2008. O prazo final para a adesão é 31 de
dezembro de 2015, conforme o Decreto 7875/2012.
Este também é o prazo em Portugal, mas nem todos os países unificarão ao mesmo tempo. Cabo
Verde, por exemplo, só estará totalmente adaptado ao novo acordo em 2019.
Até lá, concursos públicos, provas escolares e publicações oficiais do governo estarão adaptadas às
regras. A implantação nos livros didáticos brasileiros começou em 2009.
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ORTOGRAFIA
O objetivo do acordo é unificar a ortografia oficial e reduzir o peso cultural e político gerado pelas duas
formas de escrita oficial do mesmo idioma. A ideia é aumentar o prestígio internacional e a difusão do
Português.
As diferenças na grafia da língua utilizada por Brasil e Portugal começaram em 1911, quando o país
lusitano passou pela primeira reforma ortográfica. A reformulação não foi extensiva ao Brasil.
As primeiras tentativas para minimizar a questão ocorreram em 1931. Nesse momento, representantes
da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de Lisboa passaram a discutir a
unificação dos dois sistemas ortográficos. Isso só ocorreu em 1943, mas sem sucesso.
Representantes dos dois países voltaram a discutir o assunto novamente em 1943, quando ocorreu a
Convenção Ortográfica Luso-brasileira.
Tal como o primeiro, este também não surtiu o efeito desejado e somente Portugal aderiu às novas
regras.
Uma nova tentativa reuniu novamente os representantes. Desta vez, em 1975, quando Portugal não
aceitou a imposição de novas regras ortográficas.
Somente em 1986, estudiosos dos dois países voltaram a tocar na reforma ortográfica tendo, pela
primeira vez, representantes de outros países da comunidade de língua portuguesa.
Na ocasião, foi identificado que entre as principais justificativas para o fracasso das tratativas
anteriores estava a drástica simplificação do idioma.
A crítica principal estava na supressão dos acentos diferenciais nas palavras proparoxítonas e
paroxítonas, ação rejeitada pela comunidade portuguesa.
Outro ponto rejeitado pela opinião pública brasileira estava na acentuação de vogais tônicas "e" e "o"
quando seguidas das consoantes nasais "m" e "n". Essa regra era válida para as palavras
proparoxítonas com acento agudo e não o circunflexo.
Assim, além da grafia, os estudiosos passaram a considerar também a pronúncia das palavras.
Principais Mudanças
As Consoantes C, P, B, G, M e T
Ficou decidido que nesses casos, os dicionários da língua portuguesa passarão a registrar as duas
formas em todos os casos de dupla grafia. O fato será esclarecido para apontar as diferenças
geográficas que impõem a oscilação da pronúncia.
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ORTOGRAFIA
Acentuação Gráfica
Exemplos:
Também deixam de receber acento gráfico as paroxítonas com ditongos "ei" e "oi" na sílaba tônica.
Exemplos:
Cai, ainda, o acento nas palavras paroxítonas com vogais dobradas. Isto ocorreu porque em palavras
paroxítonas ocorre a mesma pronúncia em todos os países de língua portuguesa.
Exemplos:
Uso do c cedilha – ç
O cedilha é um sinal gráfico usado debaixo da letra c. Tem o som de ss (dois s) e fica com a seguinte
aparência: “ç”. Nunca pode iniciar palavras e é usado sempre antes das vogais a, o e u.
A letra c, por sua vez, é usada sempre ante antes das vogais e e i. Por exemplo: centeio, peraltice,
tencionar, cinto.
1. açafrão
2. açaí
3. açougue
4. açúcar
5. açucena
6. açude
7. araçá
8. cachaça
9. caçula
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ORTOGRAFIA
10. Iguaçu
11. miçanga
12. muçulmano
13. paçoca
14. Paiçandu
15. Paraguaçu
Palavras formadas a partir dos sufixos -aça, -aço, -iça, -iço, -uça
1. carduça
2. cansaço
3. cobiça
4. copaço
5. dentuça
6. dentuço
7. esperança
8. espicaçar
9. fumaça
10. justiça
11. preguiça
12. quebradiço
13. rebuliço
14. sumiço
15. vidraça
1. apreciação (apreciar)
2. atribuição (atribuir)
3. consideração (considerar)
4. continuação (continuar)
5. deliberação (deliberar)
6. designação (designar)
7. emulação (emular)
8. estagnação (estagnar)
9. exortação (exortar)
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ORTOGRAFIA
1. alienação (alienar)
2. canção (cantar)
3. consolidação (consolidar)
4. degradação (degradar)
5. discriminação (discriminar)
6. disseminação (disseminar)
7. especulação (especular)
8. exceção (excetuar)
9. explanação (explanar)
1. absolvição (absolver)
2. afirmação (afirmativo)
3. asserção (assertivo)
4. contenção (conter)
5. detenção (deter)
6. infração (infrator)
7. intuição (intuitivo)
8. manutenção (manter)
9. obtenção (obter)
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ORTOGRAFIA
1. afluição
2. arcabouço
3. beiço
4. bouça
5. calabouço
6. Conceição
7. eleição
8. feição
9. insurreição
10. louça
11. ouço
12. refeição
13. traição
Devemos aplicar o “por que” como instrumento para fazer perguntas; o “porque” para responder
perguntas; o “por quê” para finalizar as frases; e o “porquê” na função de substantivo, explicando os
motivos e razões dentro da frase.
Separado e sem acento é usado no início das frases interrogativas diretas ou indiretas e pode ser
substituído por “o que” e por “qual”. Portanto, é um advérbio interrogativo formado da junção da
preposição “por” com o pronome relativo “pelo qual”.
Grafado junto e com acento circunflexo é um substantivo. Na sentença o “porquê” significa “motivo” ou
“razão”. Aparece nas sentenças precedido de artigo, pronome, adjetivo ou numeral com objetivo de
explicar o motivo dentro da frase.
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ORTOGRAFIA
Separado e com acento circunflexo. É usado no fim das frases interrogativas diretas ou de maneira
isolada. Antes de um ponto mantém o sentido interrogativo ou exclamativo.
O “por quê” vem antes de um ponto, considerando frases onde forma um sentido interrogativo ou
exclamativo. O “por quê” mantém o sentido de “por qual motivo”.
Homônimos e Parônimos
Os Homônimos e os Parônimos são termos que fazem parte do estudo da semântica (significado das
palavras).
Assim, os homônimos são palavras que possuem a mesma pronúncia (às vezes, a mesma escrita) e
significados distintos.
Homônimos
• Homógrafas: são palavras iguais na grafia e diferentes na pronúncia, por exemplo: colher (verbo) e
colher (substantivo); jogo (substantivo) e jogo (verbo); denúncia (substantivo) e denuncia (verbo).
• Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e diferentes na grafia, por exemplo: concertar
(harmonizar) e consertar (reparar); censo (recenseamento) e senso (juízo); acender (atear) e ascender
(subir).
• Perfeitas: são palavras iguais na grafia e iguais na pronúncia, por exemplo: caminho (substantivo) e
caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo (advérbio de tempo); livre (adjetivo) e livre (verbo).
Parônimos
Por isso, é muito importante tomar conhecimento desses termos para que não haja confusão.
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ORTOGRAFIA
• Precedente (que vem antes) e procedente (proveniente de; que possui fundamento)
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
Sinônimos e Antônimos
Sinônimos
Do grego, o termo sinônimo (synonymós) é formado pelas palavras “syn” (com); e “onymia” (nome), ou
seja, no modo literal significa aquele que está com o nome ou mesmo semelhante a ele. Não obstante,
a sinonímia é o ramo da semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que possuem
significado ou sentido semelhante, sendo muito utilizadas nas produções dos textos, uma vez que a
repetição das palavras empobrece o conteúdo.
Tipos de Sinônimos
Embora, muito estudiosos da área advogam sobre a inexistência de palavras sinônimas (com valor
semântico idêntico), posto que para eles, cada palavra possui um significado distinto; de acordo com a
aproximação semântica entre as palavras sinônimas, elas são classificadas de duas maneiras:
• Sinônimos Perfeitos: são as palavras que compartilham significados idênticos, por exemplo: léxico
e vocabulário; morrer e falecer; após e depois.
Exemplos de Sinônimos
• Adversário e antagonista
• Adversidade e problema
• Alegria e felicidade
• Alfabeto e abecedário
• Ancião e idoso
• Apresentar e expor
• Belo e bonito
• Brado e grito
• Bruxa e feiticeira
• Calmo e tranquilo
• Carinho e afeto
• Carro e automóvel
• Cão e cachorro
• Casa e lar
• Contraveneno e antídoto
• Diálogo e colóquio
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• Encontrar e achar
• Enxergar e ver
• Extinguir e abolir
• Gostar e estimar
• Importante e relevante
• Longe e distante
• Moral e ética
• Oposição e antítese
• Percurso e trajeto
• Perguntar e questionar
• Saboroso e delicioso
• Transformação e metamorfose
• Translúcido e diáfano
Antônimos
Do grego, o termo antônimo corresponde a união das palavras “anti” (algo contrário ou oposto) e
“onymia” (nome). A antonímia é o ramo da semântica que se debruça nos estudos sobre as palavras
antônimas. Do mesmo modo que os sinônimos, os antônimos são utilizados como recursos estilísticos
na produção dos textos.
Exemplos de Antônimos
• Aberto e fechado
• Alto e baixo
• Amor e ódio
• Ativo e inativo
• Bendizer e maldizer
• Bem e mal
• Bom e mau
• Bonito e feio
• Certo e errado
• Doce e salgado
• Duro e mole
• Escuro e claro
• Forte e fraco
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• Gordo e magro
• Grosso e fino
• Grande e pequeno
• Inadequada e adequada
• Ordem e anarquia
• Pesado e leve
• Presente e ausente
• Progredir e regredir
• Quente e frio
• Rápido e lento
• Rico e pobre
• Rir e chorar
• Sair e entrar
• Seco e molhado
• Simpático e antipático
• Soberba e humildade
• Sozinho e acompanhado
A Semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa do
discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações entre os
significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as segundo seus
significados.
SINONÍMIA: Sinonímia é a divisão na Semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que
possuem significado ou sentido semelhante.
Algumas palavras mantêm relação de significado entre si e representam praticamente a mesma ideia.
Estas palavras são chamadas de sinônimos.
• adversário e antagonista;
• translúcido e diáfano;
• semicírculo e hemiciclo;
• contraveneno e antídoto;
• moral e ética;
• colóquio e diálogo;
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• transformação e metamorfose;
• oposição e antítese.
Outras palavras, ainda, possuem significados completamente divergentes, de forma que um se opõe
ao outro, ou nega-lhe o significado. Estas palavras são chamadas de antônimos.
• bendizer e maldizer;
• simpático e antipático;
• progredir e regredir;
• concórdia e discórdia;
• ativo e inativo;
• esperar e desesperar;
• comunista e anticomunista;
• simétrico e assimétrico.
Sinônimos
As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimos. Veja alguns exemplos:
longe – distante
delicioso – saboroso
carro - automóvel
Observe que os sentidos dessas palavras são próximos, mas não são exatamente equivalentes.
Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a mesma
coisa que outra.
Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de retomada de
elementos que inter-relacionam as partes dos textos.
Antônimos
mal / bem
ausência / presença
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
fraco / forte
claro / escuro
subir / descer
cheio / vazio
possível / impossível
Sinônimos
Palavras sinônimas são palavras que apresentam um significado aproximado na representação de uma
ideia. Embora o sentido de palavras sinônimas seja próximo, não é exatamente equivalente, sendo rara
a existência de sinônimos perfeitos, ou seja, de palavras diferentes que signifiquem exatamente a
mesma coisa.
Isto ocorre porque, mesmo apresentando significados equivalentes, as palavras possuem conotações
diferentes. Os termos podem ser mais eruditos ou mais populares, apresentando uma carga cultural
diferente, podem ser mais concretos ou mais abstratos, podem transmitir intensidades diferentes,...
Além disso, a relação de sinonímia entre duas palavras não é recíproca, ou seja, a substituição de um
termo pelo outro não ocorre nos dois sentidos. É preciso ter em consideração o contexto em que se
insere a palavra. Assim, a escolha de um sinônimo deve ser feita de forma contextualizada, para que
não haja alteração semântica da mensagem.
Exemplos de sinônimos
Sinônimos de importante:
• significativo;
• considerável;
• prestigiado;
• indispensável;
• fundamental;
• ...
Sinônimos de necessário:
• essencial;
• fundamental;
• forçoso;
• obrigatório;
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• imprescindível;
• ...
Sinônimos de problema:
• dificuldade;
• adversidade;
• contratempo;
• defeito;
• dilema;
• enigma;
• ...
Sinônimos de conhecimento:
• sabedoria;
• estudo;
• compreensão;
• know-how;
• convívio;
• ...
Sinônimos de desenvolver:
• crescer;
• progredir;
• evoluir;
• melhorar;
• aprimorar;
• expor;
• ...
Sinônimos de realizar:
• fazer;
• efetuar;
• executar;
• acontecer;
• suceder;
• conseguir;
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• ...
Sinônimos de mostrar:
• expor;
• apresentar;
• manifestar;
• indicar;
• demonstrar;
• exibir-se;
• ...
Sinônimos de portanto:
• logo;
• assim;
• isto posto;
• à vista disso;
• por conseguinte;
• ...
Sinônimos de porém:
• mas;
• contudo;
• todavia;
• falha;
• senão;
• ...
Antônimos
Palavras antônimas são palavras que apresentam um significado contrário na representação de uma
ideia. Além de contrariedade e oposição, os antônimos podem também estabelecer correlação e
complementaridade.
A antonímia é habitualmente estabelecida entre palavras diferentes, com radicais diferentes, mas os
antônimos podem ser formados também por prefixos de negação, como: in-, des-, a-. Os antônimos
podem ainda ser representados por palavras que já apresentam prefixos cujos significados são
contraditórios.
• bom e mau;
• bonito e feio;
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• alto e baixo.
• feliz e infeliz;
• atento e desatento;
• típico e atípico.
• exteriorizar e interiorizar;
• progressão e regressão;
• ascendente e descendente.
Tal como os sinônimos, os antônimos são também utilizados como recursos estilísticos na produção
textual, devendo também ser analisados em contexto.
Exemplos de antônimos
Antônimos de dedicado:
• desinteressado;
• desapegado;
• faltoso;
• desaplicado;
• relapso;
• ...
Antônimos de pontual:
• atrasado;
• retardado;
• durável;
• genérico;
• irresponsável;
• ...
Antônimos de supérfluo:
• necessário;
• preciso;
• útil;
• importante;
• indispensável;
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• ...
Antônimos de progredir:
• regredir;
• retroceder;
• involuir;
• estagnar;
• permanecer;
• ...
Antônimos de essencial:
• desnecessário;
• supérfluo;
• inútil;
• secundário;
• acessório;
• ...
Antônimos de provisório:
• definitivo;
• permanente;
• duradouro;
• efetivo;
• estável;
• ...
Antônimos de acender:
• apagar;
• extinguir;
• desligar;
• esmorecer;
• acalmar;
• ...
Antônimos de mal:
• bem;
• corretamente;
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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
• adequadamente;
• benefício;
• favor;
• ...
Antônimos de subsequente:
• precedente;
• antecedente;
• anterior;
• prévio;
• primeiro;
• ...
É muito importante termos o hábito de ler bons livros, histórias em quadrinhos, jornais, e outros, para
que cada vez o nosso vocabulário se torne mais aperfeiçoado.
Porque como você sabe, não podemos escrever da mesma maneira como falamos, pois a escrita
precisa estar de acordo com as regras gramaticais da língua.
Então, quando falamos em sinônimos, lembramos de significado. E esse significado nos leva à ideia
do dicionário, porque ele deve ser nosso companheiro constante.
Podemos dizer garoto, assim como podemos também falar que caridade é o mesmo que bondade.
Apenas houve a mudança de palavra, mas o significado permaneceu o mesmo.
casa – residência
alegria – felicidade
percurso – trajeto
questionar – perguntar
brincadeira – diversão
carinho- afeto
calmo – tranquilo
claro – escuro
dia – noite
bondade – maldade
bonito – feio
limpo – sujo
correto – errado
largo – estreito
alto – baixo
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de Linguagem
As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem para tornar a linguagem
mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de quem os utiliza, traduzindo
particularidades estilísticas do emissor da linguagem. As figuras de linguagem exprimem também o
pensamento de modo original e criativo, exploram o sentido não literal das palavras, realçam
sonoridade de vocábulos e frases e até mesmo, organizam orações, afastando-a, de algum modo, de
uma estrutura gramatical padrão, a fim de dar destaque a algum de seus elementos. As figuras de
linguagem costumam ser classificadas em figuras de som, figuras de construção e figuras de palavras
ou semânticas.
Figuras de Linguagem
As figuras de linguagem são recursos estilísticos da linguagem utilizados para dar maior ênfase às
palavras ou expressões da língua, sendo classificadas de acordo com as características que querem
expressar, a saber:
• Figuras de Som: nesse caso, as figuras estão intimamente relacionada com a sonoridade, por
exemplo: aliteração, assonância, onomatopeia e paranomásia.
Figuras de Linguagem são recursos estilísticos usados para dar maior ênfase à comunicação e torná-la
mais bonita.
• Figuras de pensamento
Figuras de Palavras
Metáfora
Comparação de palavras com significados diferentes e cujo termo comparativo fica subentendido na
frase.
Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)
Na semântica, a metáfora representa uma das figuras de linguagem, ou seja, recursos linguísticos-
semânticos utilizados em diversos contextos a fim de dar mais ênfase aos enunciados.
Assim, a metáfora, considerada uma figura de palavra, utiliza os termos no sentido denotativo e os
transforma no modo figurado (conotativo), afim de estabelecer uma analogia (comparação metafórica),
tendo em vista a relação de semelhança entre eles.
Do grego, a palavra “metáfora” (metáfora) é formada pelos termos “metá” (entre), e “pherō” (carregar)
que significa transporte, transferência, mudança.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Da língua latina a palavra metáfora, representa a união dos termos “meta” (algo) e “phora” (sem
sentido), no sentido literal é "algo sem sentido".
De acordo com estudos linguísticos, a metáfora é uma das figuras de linguagem mais utilizadas
cotidianamente.
Comparação
Comparação explícita. Ao contrário da metáfora, neste caso são utilizados conectivos de comparação
(como, assim, tal qual).
A comparação (ou símile) é uma figura de linguagem que está na categoria de figuras de palavras.
Ela é determinada por meio da relação de similaridade, ou seja, pela comparação de dois termos ou
ideias num enunciado.
Geralmente, é acompanhada de elementos comparativos (conectivos): com, como, tal qual, tal como,
assim, tão, quanto, parece, etc.
É muito comum o emprego da comparação na linguagem informal (coloquial) e nos textos artísticos,
por exemplo, na música, na literatura e no teatro.
Exemplos
Para compreender melhor a figura de linguagem comparação, confira abaixo alguns exemplos na
literatura e na música:
• “É que teu riso penetra n'alma/Como a harmonia de uma orquestra santa.” (Castro Alves)
• “Meu amor me ensinou a ser simples como um largo de igreja.” (Oswald de Andrade)
• “Meu coração tombou na vida/tal qual uma estrela ferida/pela flecha de um caçador”. (Cecília
Meireles)
• “Eu faço versos como quem chora/De desalento... de desencanto...” (Manuel Bandeira)
• “A vida vem em ondas,/como um mar/Num indo e vindo/infinito.” (Música “Como uma onda” de Lulu
Santos)
• “Avião parece passarinho/Que não sabe bater asa/Passarinho voando longe/Pareceborboleta que
fugiu de casa.” (Música “Sonho de uma flauta” de Teatro Mágico)
Comparação e Metáfora
É muito comum haver confusão entre as figuras de palavras: comparação e metáfora. Apesar de
ambas utilizarem uma analogia entre termos, elas são diferentes.
Enquanto na metáfora ocorre uma comparação entre dois termos de forma implícita, na comparação
ela acontece de maneira explícita.
Importante ressaltar que a metáfora não utiliza um elemento comparativo, o qual surge na comparação.
Exemplos:
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Metonímia
Na semântica, a metonímia é uma figura de linguagem, mais precisamente uma figura de palavra, as
quais são largamente utilizadas para dar ênfase aos discursos.
Dessa maneira, a metonímia é um recurso linguístico-semântico que substitui outro termo segundo a
relação de contiguidade e/ou afinidade estabelecida entre duas palavras, conceitos, ideias, por
exemplo:
Do grego, a palavra "metonímia" (metonymía) é constituída pelos termos “meta” (mudança) e “onoma”
(nome) que literalmente significa “mudança de nome”.
Exemplos de Metonímia
A metonímia pode ocorrer de inúmeras maneiras sendo as mais comum os casos abaixo:
• Causa pelo efeito: Consegui comprar a televisão com meu suor. (trabalho)
• Inventor pelo Invento: Meu pai me presenteou com um Ford. (inventor da marca Ford: Henri Ford)
• Marca pelo produto: Meu pai adora tomar Nescau com leite. (chocolate em pó)
• Singular pelo plural: O cidadão foi às ruas lutar pelos seus direitos. (vários cidadãos)
• Concreto pelo abstrato: Natália, a melhor aluna da classe, tem ótima cabeça. (inteligência)
Catacrese
Emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais específica.
Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico para o avião,
embarcar é o utilizado.
A catacrese é uma figura de linguagem que representa um tipo de metáfora de uso comum que, com o
passar do tempo, foi desgastada e se cristalizou.
Isso porque ao utilizarmos tanto determinada palavra, não notamos mais o sentido figurado expresso
nela. Por exemplo: O pé da cadeiraestá quebrado.
O exemplo acima nos leva a pensar no sentido denotativo e conotativo das palavras. Ou seja, a cadeira
não possui um “pé”, que no sentido denotativo é uma extremidade do membro inferior encontrada nos
animais terrestres.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Lembre-se que o sentido denotativo é aquele encontrado nos dicionários, o qual representa o conceito
“real” da palavra. No exemplo acima, o pé da cadeira está no sentido conotativo (ou figurado) da
palavra.
Sendo assim, a catacrese é um tipo especial de metáfora que já foi incorporada por todos os falantes
da língua.
Mas, por ser uma expressão muito utilizada e, portanto, desgastada, estereotipada, viciada e pouco
original, ela é considerada uma catacrese.
Nesse sentido, utilizamos essa figura de linguagem por meio da aproximação ou semelhança da forma
de tal objeto.
Assim, a catacrese faz uma comparação e usa um determinado termo por não ter outro que designe
algo específico. De tal modo, a palavra perde seu sentido original.
• Conotação e Denotação
• Metáfora
Exemplos de Catacrese
• Árvore genealógica
• Fio de óleo
• Céu da boca
• Boca do túnel
• Boca da garrafa
• Pele do tomate
• Braço do sofá
• Braço da cadeira
• Braço de rio
• Corpo do texto
• Pé da página
• Pé da cama
• Pé da montanha
• Pé de limão
• Perna da mesa
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FIGURAS DE LINGUAGEM
• Maçã do rosto
• Coroa do abacaxi
• Asa da xícara
• Asa do avião
• Dentes do serrote
• Dentes de alho
• Cabeça do alho
• Cabeça do prego
• Cabeça do alfinete
• Batata da perna
“Dobrando o cotovelo da estrada, Fabiano sentia distanciar-se um pouco dos lugares onde tinha vivido
alguns anos.” (Graciliano Ramos em Vidas Secas.)
A expressão “cotovelo da estrada” é um tipo de catacrese, utilizada nos textos poéticos para oferecer
maior expressividade ao texto.
“Usei a cara da lua/As asas do vento/Os braços do mar/O pé da montanha” (MPB-4 em “Composição
Estranha”)
Já as expressões “cara da lua” e “asas do vento” são exemplos de metáfora que ocorrem por meio de
uma relação de similaridade.
Segundo a origem etimológica, a palavra catacrese vem do latim “catachresis” e do grego “katakhresis”
e significa “mau uso”.
Originalmente, o termo “embarcar” era utilizado para expressar a entrada num barco. Mas de tanto que
foi utilizada pelos falantes para entrar em outros meios de transporte, hoje a utilizamos sem notar seu
sentido original. Assim, a palavra “embarcar” trata-se de uma catacrese.
Da mesma forma, a palavra “azulejo” era utilizada para determinar ladrilhos azuis. Atualmente, a
utilizamos para determinar qualquer cor de ladrilho. E, portanto, também se trata de uma catacrese.
Ainda temos a palavra “encaixar” que no sentido original significava “colocar em caixas”. O termo foi
tão utilizado pelos falantes da língua que hoje determina a colocação de algo num local que cabe
perfeitamente.
Sinestesia
Exemplo: Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
A sinestesia é uma figura de linguagem que faz parte das figuras de palavras. Ela está associada com
a mistura de sensações relacionadas aos sentidos: tato, audição, olfato, paladar e visão.
Sendo assim, essa figura de linguagem estabelece uma relação entre planos sensoriais diferentes.
Ela é muito utilizada como recurso estilístico e, portanto, surge em diversos textos poéticos e musicais.
No movimento simbolista, a sinestesia foi muito empregada pelos escritores.
Exemplos
• “E um doce vento, que se erguera, punha nas folhas alagadas e lustrosas um frêmito alegre e
doce.” (Eça De Queiros)
• “Por uma única janela envidraçada, (…) entravam claridades cinzentas e surdas, sem sombras.”
(Clarice Lispector)
• “Insônia roxa. A luz a virgular-se em medo. / O aroma endoideceu, upou-se em cor, quebrou /
Gritam-me sons de cor e de perfumes.” (Mário de Sá-Carneiro)
• “As falas sentidas, que os olhos falavam/ Não quero, não posso, não devo contar.” (Casimiro de
Abreu)
• “Esta chuvinha de água viva esperneando luz e ainda com gosto de mato longe, meio baunilha,
meio manacá, meio alfazema.” (Mário de Andrade)
Sinestesia na Medicina
A sinestesia é um termo utilizado também na área da medicina. Trata-se de uma condição neurológica
(não é considerada doença), geralmente de causa genética (hereditária).
Ela faz com que um estímulo neurológico cognitivo ou sensorial provoque uma resposta numa outra via
cognitiva ou sensorial. Trata-se, portanto, de uma confusão mental.
Assim, um estímulo num determinado sentido provoca reações em outro, criando uma combinação
entre visão, audição, olfato, paladar e tato.
Pessoas que tem essa condição neurológica, por exemplo, ouvem cores e sentem sons.
Curiosidades
Do grego, o termo “synaísthesis” é formado pelos vocábulos “syn” (união) e “esthesia” (sensação).
Assim, a palavra está relacionada com a união de sensações.
O termo “cinestesia” (com c) está relacionado com a percepção corporal por meio da ação dos
músculos e da sustentação do corpo.
Perífrase
Exemplo: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido do leão é
ouvido a uma distância de 8 quilômetros.)
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FIGURAS DE LINGUAGEM
A perífrase é uma figura de linguagem que está relacionada com as palavras. Por esse motivo, ela está
na categoria de figuras de palavras.
A perífrase ocorre pela substituição de uma ou mais palavras por outra expressão. Essa substituição é
feita mediante uma característica ou atributo marcante sobre determinado termo (ser, objeto ou lugar).
Além de ser usada na linguagem coloquial (informal), é comum a utilização da perífrase como recurso
estilístico em textos poéticos e musicais.
Note que a perífrase é também chamada de circunlóquio uma vez que apresenta um pensamento de
modo indireto, com rodeios. Do grego, a palavra “períphrasis” significa o ato de falar em círculos.
Para saber mais sobre essa figura de linguagem, confira abaixo alguns exemplos.
Exemplos de Perífrase
• O Velho Chico vem sofrendo com problemas ambientais. (Rio São Francisco)
Exemplos de Antonomásia
• A dama do teatro brasileiro foi indicada ao Oscar de melhor atriz. (Fernanda Montenegro)
• O poeta da vila é considerado um dos mais importantes músicos do Brasil. (Noel Rosa)
• A rainha dos baixinhos nasceu na cidade de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul. (Xuxa)
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Perífrase Verbal
No âmbito da gramática, a perífrase verbal é uma locução verbal que substitui um verbo simples, por
exemplo:
Hipérbole
Na língua portuguesa, a Hipérbole ou Auxese é uma figura de linguagem, mais precisamente uma
figura de pensamento, a qual indica o exagero intencional do enunciador.
Note que o "contrário" da hipérbole, é a figura de pensamento denominada eufemismo, posto que ele
suaviza ou ameniza as expressões, enquanto a hipérbole as intensifica.
Figuras de Pensamento
Hipérbole
Na língua portuguesa, a Hipérbole ou Auxese é uma figura de linguagem, mais precisamente uma
figura de pensamento, a qual indica o exagero intencional do enunciador.
Note que o "contrário" da hipérbole, é a figura de pensamento denominada eufemismo, posto que ele
suaviza ou ameniza as expressões, enquanto a hipérbole as intensifica.
Eufemismo
O Eufemismo é uma figura de pensamento, que corresponde a um dos subgrupos das figuras de
linguagem, a qual está intimamente relacionada ao significado das palavras. Do grego, a palavra
“euphémein” é formada pelo termo “pheme” (palavra) e o prefixo "eu-" (bom, agradável), que significa
“pronunciar palavras agradáveis”.
Sendo assim, o eufemismo é um recurso estilístico muito utilizado na linguagem coloquial bem como
nos textos literários com o intuito de atenuar ou suavizar o sentido das palavras, substituindo assim, os
termos contidos no discurso, embora o sentido essencial permanece, por exemplo: Ele deixou esse
mundo. (nesse caso, a expressão “deixou esse mundo”, ameniza o discurso real: ele morreu.)
Dessa forma, esse recurso é utilizado muitas vezes pelo emissor do discurso, para que o receptor não
se ofenda com a mensagem triste ou desagradável que será enunciada. No entanto, há expressões em
que notamos a presença do eufemismo, com um tom irônico, por exemplo: Ela vestiu o paletó de
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FIGURAS DE LINGUAGEM
madeira, frase indicando a morte da pessoa, de forma que a expressão “paletó de madeira” faz
referência ao objeto “caixão, ataúde, urna funerária”.
Note que o eufemismo se opõe a figura de pensamento denominada hipérbole, visto que ela é baseada
no exagero intencional do enunciador do discurso. Em outras palavras, enquanto o eufemismo suaviza
as expressões, a principal função da hipérbole é intensificar ou aumentar o sentido das palavras.
Litote
Forma de suavizar uma ideia. Neste sentido, assemelha-se ao eufemismo, bem como é a oposição da
hipérbole.
Pelo discurso, percebemos que apesar de as suas companhias não serem más, também não são boas.
Litote é uma figura de linguagem, mais precisamente uma figura de pensamento. Ele é usado para
abrandar uma expressão por meio da negação do contrário. Ele permite afirmar algo por meio da
negação, por exemplo:
Eu não estou feliz com a notícia da prefeitura. Nesse exemplo, a expressão “não estou feliz” atenua a
ideia de “ficar triste”.
Lembre-se que essas palavras de significados opostos são chamadas de antônimos, por exemplo: bom
e mau, feliz e triste, caro e barato, bonito e feio, rico e pobre, etc.
O litote é muito utilizado na linguagem coloquial (informal) e geralmente o locutor tem o intuito de não
dizer diretamente o que se pretende. Além disso, ele é empregado nos textos literários.
Isso porque algumas vezes a expressão pode soar desagradável ou mesmo ter um tom agressivo para
o ouvinte.
Exemplos
• Joana pode não ser das melhores alunas da classe. (é ruim, ou seja, não é boa)
• Seus conselhos não são maus. (são bons, ou seja, não são maus)
• Rafael não está certo sobre o crime. (está errado, ou seja, não está certo)
• Essa bebida não está quente. (está fria, ou seja, não está quente)
• Samuel não é pobre pois tem uma grande casa na praia. (é rico, ou seja, não é pobre)
• Manuela não dançou bem na apresentação da escola. (dançou mal, ou seja, não dançou bem)
• O supervisor Marcos não está limpo. (está sujo, ou seja, não está limpo)
Litote e Eufemismo
O litote e o eufemismo são duas figuras que pensamento que podem causar confusão. Isso porque o
eufemismo também é usado para atenuar uma ideia, por exemplo: Salvador não está mais entre nós
(ele morreu).
Da mesma maneira, o litote suaviza um enunciado, mas lembre-se que ele ocorre mediante a negação
do contrário.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Sendo assim, o litote se opõe à figura de pensamento chamada hipérbole, uma vez que ela marca um
exagero intencional do enunciador.
Ironia
Sarcasmo e Ironia
O sarcasmo e a ironia são recursos estilísticos empregados pelos emissores dos textos (sejam os
textos orais ou escritos) com o intuito de oferecer maior expressividade ao discurso enunciado.
Em outras palavras, o sarcasmo e a ironia são utilizadas quando o autor do texto pretende oferecer
uma maior dramaticidade ao discurso, utilizando, dessa maneira, as palavras em seu sentido
conotativo (figurado), em detrimento de seu sentido real, chamado de denotativo.
Embora sejam termos que se aproximem e muitas vezes são empregados como sinônimos, o
sarcasmo e a ironia possuem suas peculiaridades. Destarte, o sarcasmo é um recurso expressivo
utilizado sobretudo, com um sentido provocativo, malicioso e de crítica, enquanto a ironia é a uma
figura de linguagem que expressa o oposto do que o autor pretende afirmar.
Sarcasmo e Ironia
O sarcasmo e a ironia são recursos estilísticos empregados pelos emissores dos textos (sejam os
textos orais ou escritos) com o intuito de oferecer maior expressividade ao discurso enunciado.
Em outras palavras, o sarcasmo e a ironia são utilizadas quando o autor do texto pretende oferecer
uma maior dramaticidade ao discurso, utilizando, dessa maneira, as palavras em seu sentido
conotativo (figurado), em detrimento de seu sentido real, chamado de denotativo.
Embora sejam termos que se aproximem e muitas vezes são empregados como sinônimos, o
sarcasmo e a ironia possuem suas peculiaridades. Destarte, o sarcasmo é um recurso expressivo
utilizado sobretudo, com um sentido provocativo, malicioso e de crítica, enquanto a ironia é a uma
figura de linguagem que expressa o oposto do que o autor pretende afirmar.
Em resumo, o sarcasmo e a ironia estão intimamente ligados, entretanto, diferem na intenção
estabelecida pelo escritor, ou seja, o sarcasmo sempre apresenta um tom provocador, mordaz e de
zombaria, que apela ao humor ou ao riso, todavia, a ironia apresenta um tom menos áspero, de forma
que se trata de uma contradição do sentido literal das palavras, sendo utilizada de forma mais amena,
sutil.
Não obstante, para alguns estudiosos do tema, o sarcasmo corresponde a um tipo de ironia com um
teor provocativo, e por sua vez, a ironia pode ser classificada de três maneiras, a saber: a ironia oral,
que expressa a diferença entre o discurso e a intenção; a ironia dramática ou satírica, diferença entre a
expressão e a compreensão; e a ironia de situação que corresponde a diferença existente entre a
intenção e o resultado da ação.
Ambos termos são provenientes da língua grega: a palavra sarcasmo (sarkasmós) significa zombaria,
escárnio, enquanto a palavra ironia (euroneia) significa dissimular, fingir. Para o escritor
contemporâneo brasileiro Gabito Nunes: “Quando uso o humor como escudo, é ironia. Quando uso o
humor como arma, é sarcasmo”.
Exemplos
Para estabelecer melhor essa distinção entre o sarcasmo e a ironia, vejamos os exemplos abaixo:
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Personificação
Figuras de Linguagem
As figuras de linguagem são recursos estilísticos muito utilizadas nos textos literários, de modo que o
enunciador (emissor, autor) pretende dar mais ênfase ao seu discurso. Assim, ele emprega as palavras
no sentido conotativo, ou seja, no sentido figurado, em detrimento do sentido real atribuído à palavra, o
sentido denotativo.
As figuras de linguagem são classificadas em:
Exemplos de Personificação
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Antítese
Exemplo: Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.
A Antítese representa uma figura de pensamento, pertencente a um dos subgrupos que compõem as
figuras de linguagem, que por sua vez, são recursos estilísticos que buscam proporcionar maior
ênfase, destaque ou expressividade ao discurso proferido.
De tal modo, a antítese corresponde a aproximação de palavras com sentidos opostos, por exemplo: o
ódio e a amor andam de mãos dadas. (nesse caso, o termo “ódio” está posicionada ao lado de seu
termo contrário, o "amor")
Na história literatura, a linguagem do período barroco (1580-1756), escola literária baseada nos
contrastes, conflitos, dualidades e excessos, utilizou a antítese como um dos principais recursos
estilísticos. Do grego, a palavra “antithèsis” é formada pelos termos “anti” (contra) e thèsis (ideia), que
significa literalmente ideia contra.
Muito comum haver confusão entre as figuras de pensamento denominadas antítese e paradoxo, uma
vez que ambas estão pautadas na oposição.
No entanto, a antítese apresenta palavras ou expressões que contenham significados contrários,
enquanto o paradoxo (também chamado de oximoro) emprega ideias opostas e absurdas entre o
mesmo referente no discurso.
Para entender melhor essa diferença, observe os exemplos abaixo:
Ambos exemplos estão pautados na oposição, no entanto, o primeiro buscou expor palavras contrárias,
ou seja, "verdade" e "mentira", enquanto no segundo, a oposição ocorre no mesmo referente, por meio
da ideia absurda de que a solidão é boa companhia, o que contraria o conceito ruim associado à
condição da solidão: não ter amigos ou companheiros, ser um dos principais motivos da depressão,
suicídios, dentre outros.
Exemplos de Antítese
Segue abaixo alguns exemplos em que a antítese é empregada. Note que os termos em destaque
apontam para seus opostos:
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Paradoxo
Uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal como no caso da antítese).
Exemplo de Paradoxo
Para entender melhor o conceito de paradoxo, vejamos a seguir, o soneto do português Luís Vaz de
Camões (1524-1580).
O escritor utiliza o paradoxo como principal figura de linguagem, ao unir ideais contraditórias que, por
sua vez, apresentam uma coerência:
Gradação
Exemplo: Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo.
No exemplo acima acompanhamos a progressão da tranquilidade até o nervosismo.
A gradação (ou clímax) é uma figura de linguagem que está na categoria de figura de pensamento. Ela
ocorre mediante uma hierarquia dos termos que compõem a frase.
A gradação é empregada por meio da enumeração de elementos frasais. Tem o intuito de enfatizar as
ideias numa sentença de ritmo crescente, até atingir o clímax (grau máximo).
Ou seja, ela oferece maior expressividade ao texto utilizando uma sequência de palavras que
intensificam uma ideia de maneira gradativa, e por isso recebe esse nome.
Essa figura de estilo é utilizada na linguagem artística, seja em textos poéticos ou musicais.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Classificação
Na gradação, essa hierarquia pode ocorrer na forma crescente ou decrescente. Quando ela ocorre de
maneira crescente é chamada de clímax ou gradação ascendente.
Por sua vez, se ocorre de maneira decrescente é chamada de anticlímax ou gradação descendente.
Para compreender melhor, confira abaixo os exemplos:
Exemplos de Gradação
• “Por mais que me procure, antes de tudo ser feito,/eu era amor. Só isso encontro./Caminho, navego,
voo,/- sempre amor.” (Cecília Meireles)
• “Mais dez, mais cem, mais mil e mais um bilião, uns cingidos de luz, outros ensangüentados (...).”
(Machado de Assis)
• “Em cada porta um freqüentado olheiro,/que a vida do vizinho, e da vizinha/pesquisa, escuta,
espreita, e esquadrinha,/para a levar à Praça, e ao Terreiro.” (Gregório de Matos)
• “Oh, não aguardes, que a madura idade/Te converta em flor, essa beleza/Em terra, em cinza, em
pó, em sobra, em nada.” (Gregório de Matos)
• “O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se.” (Padre Antônio Vieira)
• “Ninguém deve aproximar-se da jaula, o felino poderá enfurecer-se, quebrar as grades, despedaçar
meio mundo.” (Murilo Mendes)
• “Eu era pobre. Era subalterno. Era nada.” (Monteiro Lobato)
• “Carregando flores/E a se desmanchar/E foram virando peixes/Virando conchas/Virando
seixos/Virando areia.” (Música “Mar e Lua” de Chico Buarque)
• “E o meu jardim da vida/Ressecou, morreu/Do pé que brotou Maria/Nem margarida nasceu.”
(Música “Flor de Lis de Djavan)
Apóstrofe
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Exemplos
Exemplos na Literatura
Atenção!
Não confunda apóstrofe com apóstrofo. Enquanto o primeiro é uma figura de pensamento, o segundo é
um sinal gráfico (’) que indica a supressão de letras e sons, por exemplo: copo d’água.
A apóstrofe e o apóstrofo são palavras parônimas. Ou seja, termos que se assemelham na grafia e na
pronúncia, mas diferem no sentido.
Figuras de Sintaxe
Elipse
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Exemplos
• “Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (Machado de Assis) – omissão do verbo “haver”. (Na
sala havia apenas quatro ou cinco convidados)
• “A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos.” (Carlos Drummond de Andrade) –
omissão da conjunção “se”. (A tarde talvez fosse azul se não houvesse tantos desejos)
• “Onde se esconde a minha bem-amada?/Onde a minha namorada...” (música “Canto triste” Edu
Lobo) – omissão do verbo “está”. (Onde está a minha namorada...)
• “Quando olhaste bem nos olhos meus/E o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei.” (música
“Atrás da porta”) –omissão dos pronomes “tu” e “eu” (Quando tu olhaste bem nos olhos meus/E o teu
olhar era de adeus, eu juro que não acreditei)
Elipse e Zeugma
A zeugma, tal qual a elipse, é figura de sintaxe. Ela é considerada um tipo de elipse.
A diferença entre elas consiste na identificação do termo na frase. Ou seja, na elipse, o termo pode ser
identificado pelo contexto, ou mesmo, pela gramática. Mas, na elipse esses termos não foram
mencionados anteriormente.
Já na zeugma, os termos que foram omitidos já foram mencionados. Para compreender melhor, veja
abaixo os exemplos:
Atenção!
Quando a zeugma é empregada, o uso da vírgula, do ponto e vírgula ou do ponto final é obrigatório.
Exemplos:
Curiosidades
Zeugma
Omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.
Exemplo: Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a conclusão.)
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FIGURAS DE LINGUAGEM
A Zeugma é uma figura de linguagem que está na categoria de figuras de sintaxe ou de construção.
Isso porque ela interfere na construção sintática das frases.
Ela é usada para omitir termos na oração com o intuito de evitar a repetição desnecessária de alguns
termos, como o verbo ou o substantivo.
Sendo assim, ela torna a linguagem do texto mais fluida. Quando é utilizada, o uso da vírgula torna-se
necessário.
A zeugma é utilizada na linguagem informal, e também é empregada em diversos textos poéticos e
musicais.
Exemplos
É muito comum haver confusão entre as duas figuras de sintaxe: zeugma e elipse. No entanto, elas
apresentam diferenças.
Para muito estudiosos do tema, a zeugma é considerada um tipo de elipse, visto que também é
empregada por meio da omissão de um ou mais termos na oração.
A elipse é a omissão de um ou mais termos do discurso que não foram expressos anteriormente. Mas
estes são facilmente identificáveis pelo interlocutor (receptor). Já na zeugma, os termos já foram
mencionados antes no discurso.
• Ficamos ansiosos com o resultado. (pelo conjugação verbal podemos identificar a omissão do
pronome “nós”.) – elipse
• Joaquim comprou duas calças, eu uma. (omissão do verbo no segundo período: comprei). –
zeugma
Curiosidade
Hipérbato
Exemplo: São como uns anjos os seus alunos. (Os seus alunos são como uns anjos.)
O hipérbato ou inversão é uma figura de sintaxe que faz parte das figuras de linguagem. Ele é
caracterizado pela inversão brusca da ordem direta dos termos de uma oração ou período.
Na construção usual da língua, a ordem natural dos termos da oração vem posicionada dessa maneira:
sujeito + predicado + complemento.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Sendo assim, o hipérbato interfere na estrutura gramatical, invertendo a ordem natural dos termos da
frase. Por exemplo: Feliz ele estava. Na ordem direta a frase ficaria: Ele estava feliz.
Note que o uso do hipérbato pode comprometer muitas vezes o entendimento, ou mesmo gerar
ambiguidade.
Anástrofe e Sínquise
Outras figuras de sintaxe que invertem os termos da frase são: a anástrofe e a sínquise.
A anástrofe é uma inversão suave dos termos frasais. Já a sínquise é uma inversão mais acentuada e
que pode prejudicar o entendimento do período.
Por esse motivo, a anástrofe e a sínquise são consideradas por diversos estudiosos como tipos de
hipérbato.
Hipérbato e Anacoluto
Muitas vezes o hipérbato é confundido com o anacoluto, no entanto eles são diferentes. O anacoluto
apresenta uma irregularidade gramatical na estrutura gramatical do período, mudando de maneira
repentina a estrutura da frase.
Exemplos de Hipérbato
Tanto na literatura, como na música, o hipérbato é usado muitas vezes para auxiliar na rima e
sonoridade dos versos.
Mas lembre-se que também utilizamos essa figura de linguagem no cotidiano, por exemplo:
Hipérbato na Música
O hino nacional brasileiro é um exemplo notório em que o hipérbato foi utilizado muitas vezes. Analise
abaixo os trechos:
Ordem direta do primeiro trecho: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um
povo heroico.
Ordem direta do segundo trecho: O sol da Liberdade brilhou em raios fúlgidos no céu da Pátria nesse
instante.
Hipérbato na Literatura
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FIGURAS DE LINGUAGEM
O hipérbato é utilizado com fins estilísticos para dar maior ênfase ou expressividade à linguagem
literária.
“Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada/E triste, e triste e fatigado eu vinha. /Tinhas a alma de sonhos
povoada, /E alma de sonhos povoada eu tinha...” (Olavo Bilac)
Na ordem direta, o poema de Olavo Bilac ficaria: E eu vinha triste, e triste e fatigado/ Tinhas a alma
povoada de sonhos/ E eu tinha a alma povoada de sonhos.
“Aquela triste e leda madrugada, /cheia toda de mágoa e de piedade, /enquanto houver no mundo
saudade, /quero que seja sempre celebrada.” (Luís de Camões)
Na ordem direta o primeiro verso do soneto de Camões ficaria: aquela madrugada triste e leda.
Polissíndeto
Exemplos
• “As ondas vão e vem/ E vão e são como o tempo.” (Música “Sereia” de Lulu Santos)
• “Enquanto os homens exercem seus podres poderes/ índios e padres e bichas, negros e
mulheres/E adolescentes fazem o carnaval.” (Música “Podre Poderes” de Caetano veloso)
• “Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro,/Porque o presente é todo o passado e
todo o futuro.” (Ode Triunfal de Fernando Pessoa)
• “Do claustro, na paciência e no sossego,/Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!” (“A um poeta” de
Olavo Bilac)
Polissíndeto e Anáfora
A anáfora é uma figura de sintaxe que também está relacionada com a repetição.
O que a difere do polissíndeto é que essa repetição pode ser de palavras ou expressões, e não
somente de elementos conectivos. Geralmente, a anáfora aparece no início das frases.
Para compreender melhor, veja abaixo um exemplo de anáfora e polissíndeto:
"E o olhar estaria ansioso esperando
E a cabeça ao sabor da mágoa balançando
E o coração fugindo e o coração voltando
E os minutos passando e os minutos passando..."
("O olhar para trás", Vinícius de Moraes)
Acima, temos um exemplo em que as duas figuras de linguagem estão presentes por meio da
repetição da conjunção "e".
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Do grego, o termo “polysýndeton” é formado pelo vocábulo “polýs” (muitos) e pelo verbo “syndéo” (unir,
ligar). Sendo assim, a palavra polissíndeto significa “muitas ligações”.
Assíndeto
Exemplo: Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios.
O assíndeto é uma figura de linguagem, mais precisamente umafigura de sintaxe. Ela é caracterizada
pela ausência de síndeto.
O síndeto, nesse caso, é uma conjunção coordenativa utilizada para unir termos nas orações
coordenadas.
Logo, o assíndeto corresponde a uma figura de sintaxe marcada pela omissão de conjunções
(conectivos) nos períodos compostos.
Geralmente, no lugar dos conectivos são colocados vírgula ou ponto e vírgula, criando assim orações
coordenadas assindéticas.
Além de ser utilizada na linguagem oral, o assíndeto é empregado como recurso estilístico nos textos
poéticos e musicais com o intuito de aumentar a expressividade, bem como enfatizar alguns termos da
oração.
Exemplos de Assíndeto
• “Tem que ser selado, registrado, carimbado, avaliado, rotulado, se quiser voar. Pra lua, a taxa é
alta. Pro sol: identidade.” (música “Carimbador Maluco” de Raul Seixas)
• “Por você eu largo tudo. Vou mendigar, roubar, matar./ Que por você eu largo tudo. Carreira,
dinheiro, canudo.” (música “Exagerado” de Cazuza)
• “Nascendo, rompendo, rasgando, E tomando meu corpo e então...Eu... chorando, sofrendo,
gostando, adorando.” (música “Não Dá Mais Pra Segurar (Explode Coração)” de Gonzaguinha)
• “A tua raça de aventura quis ter a terra, o céu, o mar/A tua raça quer partir, guerrear, sofrer, vencer,
voltar.” (“Epigrama nº 7” de Cecília Meireles)
• “Tive ouro, tive gado, tive fazendas.” (“Confidência do Itabirano” de Carlos Drummond de Andrade)
• “Era impossível saber onde se fixava o olho de padre Inácio, duro, de vidro, imóvel na órbita escura.
Ninguém me viu. Fiquei num canto, roendo as unhas, olhando os pés do finado, compridos, chatos,
amarelos.” (“Angústia” de Graciliano Ramos)
Exemplos:
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Do grego, o vocábulo “asýndetos” é composto pelo “a”, que indica uma negação, e pelo verbo
“syndéo”, que significa “unir”, “ligar”. Portanto, o termo assíndeto significa a ausência de ligação.
Anacoluto
Exemplo: Eu, parece que estou ficando zonzo. (Parece que eu estou ficando zonzo.)
O anacoluto é uma figura de linguagem que está relacionada com a sintaxe das frases. Por esse
motivo, é chamada de figura de sintaxe.
Ele é caracterizado por alterar a sequência lógica da estrutura da frase por meio de uma pausa no
discurso. Assim, o anacoluto realiza uma “interrupção” na estrutura sintática da frase.
Note que as figuras de linguagem são muito utilizadas nos textos poéticos. Isso porque elas oferecem
maior expressividade ao texto.
No caso do anacoluto, na maioria das vezes, ele enfatiza uma ideia ou mesmo uma pessoa do
discurso.
Normalmente, o termo inicial fica “solto” na frase sem apresentar uma relação sintática com os outros
termos. Por exemplo: Meu vizinho, soube que ele está no hospital.
A expressão "meu vizinho" parece ser o sujeito da oração, mas quando terminamos a frase podemos
constatar que ele não possui essa função sintática estabelecida.
Além de ser usado na linguagem literária e musical, o anacoluto é utilizado na linguagem coloquial
(informal). Na linguagem cotidiana ele é empregado pela espontaneidade típica desses tipos de
discursos.
Para compreender melhor essa figura de sintaxe, veja abaixo alguns exemplos:
Exemplos
Anacoluto na Literatura
• “Eu, que era branca e linda, eis-me medonha e escura.” (Manuel Bandeira)
• “Eu, porque sou mole, você fica abusando.” (Rubem Braga)
• “O relógio da parede eu estou acostumado com ele, mas você precisa mais de relógio do que eu”.
(Rubem Braga)
• “Umas carabinas que guardavam atrás do guarda-roupa, a gente brincava com elas, de tão
imprestáveis.” (José Lins do Rego)
• “A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha.” (Camilo Castelo Branco)
• “E o desgraçado tremiam-lhe as pernas, sufocando-o a tosse.” (Almeida Garret)
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de Sintaxe
Além do anacoluto, outras figuras de sintaxe (ou de construção) que interferem na estrutura gramatical
das frases são:
• Elipse
• Zeugma
• Hipérbato
• Silepse
• Assíndeto
• Polissíndeto
• Anáfora
• Pleonasmo
Pleonasmo
Exemplo: A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está errado.)
O pleonasmo é uma figura ou um vício de linguagem que acrescenta uma informação desnecessária
ao discurso, seja de maneira intencional ou não.
Do Latim, o termo “pleonasmo” significa superabundância.
Classificação
Exemplos:
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Pleonasmo Literário
Já o pleonasmo literário (ou intencional) é usado com intenção poética de oferecer maior
expressividade ao texto. Assim, nesse caso ele é considerado uma figura de linguagem.
Em outras palavras, o pleonasmo literário é utilizado intencionalmente como recurso estilístico e
semântico para reforçar o discurso de seu enunciador. Observe que nesse viés, o escritor tem 'licença
poética' para fazer essa ligação.
Exemplos:
Vícios de Linguagem
Os Vícios de Linguagem são desvios das normas gramaticais que podem ocorrer por descuido do
falante ou por desconhecimento das regras da língua.
Tratam-se de irregularidades que ocorrem no dia-a-dia, das quais se destacam: pleonasmo,
barbarismo, ambiguidade, solecismo, estrangeirismo, plebeísmo, cacofonia, hiato, eco e colisão.
Silepse
Concordância com o que se entende e não com o que está implícito. Há silepse de gênero, de número
e de pessoa.
Exemplos:
Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (silepse de gênero: Vivemos na bonita e agitada cidade
de São Paulo.)
A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. (silepse de número: A maioriados
clientes ficou insatisfeita com o produto.)
Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste caso concordância com nós, em vez de
eles: Todos terminaram os exercícios)
A silepse é uma figura de linguagem que está na categoria de figura de sintaxe (ou de construção).
Isso porque ela está intimamente relacionada com a construção sintática das frases.
A silepse é empregada mediante a concordância da ideia e não do termo utilizado na frase. Dessa
forma, ela não obedece as regras de concordância gramatical e sim por meio de uma concordância
ideológica.
Classificação
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FIGURAS DE LINGUAGEM
• Silepse de Pessoa: quando há discordância entre o sujeito, que aparece na terceira pessoa, e o
verbo, que surge na primeira pessoa do plural.
Exemplos
Anáfora
Exemplo: Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui
sempre para você.
A anáfora é uma figura de linguagem que está intimamente relacionada com a construção sintática do
texto. Por esse motivo, ela é chamada de figura de sintaxe.
A anáfora ocorre por meio da repetição de termos no começo das frases (ou dos versos). É um recurso
estilístico muito utilizado pelos escritores na construção dos versos com o intuito de intensificar uma
expressão.
Exemplos
A anáfora é muito utilizada na poesia, na música e nas propagandas publicitárias. Veja abaixo alguns
exemplos:
Anáfora na Música
Anáfora na Literatura
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Além da figura de linguagem anáfora, temos também a anáfora como mecanismo de coesão textual.
Nesse caso, ela retoma um componente textual, ou seja, faz referência a uma informação que já fora
mencionada no texto. Ela pode ser chamada de elemento anafórico.
Por sua vez, a catáfora antecipa um componente textual, sendo chamada de elemento catafórico.
Figuras de Som
Aliteração
Exemplos de Aliteração
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Paronomásia
Exemplo: O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela. (cavaleiro = homem que anda a cavalo,
cavalheiro = homem gentil)
A paronomásia é uma figura de linguagem que está definida na categoria de figuras de som.
Isso porque ela está relacionada com a sonoridade das palavras. Dessa forma, ela utiliza os parônimos
para enfatizar uma ideia e por isso recebe esse nome.
Lembre-se que as palavras parônimas apresentam sonoridade e são escritas de forma semelhante.
Mas o significado delas é muito diferente.
Geralmente a paronomásia é utilizada em textos literários, mas também pode ser usada na linguagem
oral e popular.
Palavras Parônimas
As palavras parônimas se assemelham no som e escrita. Mas fique atento, pois um erro pode
causar grande confusão. Veja abaixo algumas palavras parônimas:
Obs: O trava-línguas é um tipo de parlenda que faz parte da literatura popular. Um dos recursos
estilístico utilizado para dificultar o falante na recitação da frase é a paronomásia, por exemplo: "Fia, fio
a fio, fino fio, frio a frio".
Nesse caso, além da aproximação de palavras semelhantes, temos também a repetição da consoante
"f" e da vogal "o". Portanto, o uso das figuras de som: aliteração e assonância.
Assonância
Exemplo:
"O que o vago e incógnito desejo
de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa)
A assonância é um tipo de figura de linguagem, chamada de figura de som ou harmonia. Ela é
caracterizada pela repetição harmônica de sons vocálicos (vogais) numa frase.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
É um recurso estilístico muito utilizado na literatura, na música e nos provérbios populares. Ela oferece
maior expressividade ao texto por meio da intensificação da musicalidade e do ritmo.
Além da assonância, as figuras de som mais importantes são: aliteração, paronomásia, onomatopeia.
Exemplos
Aliteração e Assonância
Quanto às figuras de som, há duas que geram maior confusão. São elas a aliteração e a assonância.
Enquanto a assonância é a repetição de vogais, a aliteração é a repetição de consoantes. Para
clarificar melhor, veja abaixo os exemplos:
• Aliteração: “O pato pateta pintou o caneco” (Vinícius de Moraes) – repetição das consoantes “p” e
“t”.
• Assonância: “Minha foz do Iguaçu/Pólo sul, meu azul/Luz do sentimento nu(Djavan) – repetição da
vogal “u”.
Há muitos casos em que elas são utilizadas num mesmo verso ou frase, por exemplo:
“Na messe, que enlourece, estremece a quermesse…/O sol, celestial girassol, esmorece…/E as
cantilenas de serenos sons amenos/Fogem fluidas, fluindo a fina flor dos fenos…” (Eugênio de Castro)
No exemplo acima notamos o uso de ambas figuras de som. A aliteração dos fonemas “ss” e “c”, além
da repetição das consoantes “f”. Já a assonância é marcada pela repetição das vogais tônicas “e”.
Onomatopeia
Também é muito empregada nos textos enviados pela internet. São exemplos os fonemas que
expressam, por exemplo, o som do riso: “hahahaha, kkkkkk, rsrsrs”.
Do grego o termo “onomatopeia” (onomatopoiía) é formado pelos vocábulos “onoma” (nome) e “poiein”
(fazer”) o qual significa “criar ou fazer um nome”.
Exemplos
• Ratimbum: som de instrumentos musicais (Ra = caixa, tim = pratos, bum = bombo)
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Confira na tabela abaixo o que diferencia cada uma das figuras de linguagem, bem como cada um dos
seus tipos.
Figuras de
Figuras de Sintaxe ou Figuras de Som ou
Palavras ou Figuras de Pensamento
construção harmonia
semânticas
Produzem maior
Produzem maior Produzem maior Produzem maior
expressividade à
expressividade à expressividade à expressividade à
comunicação através da
comunicação comunicação através da comunicação
inversão, repetição ou
através das combinação de ideias e através da
omissão dos termos na
palavras. pensamentos. sonoridade.
construção das frases.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de
Figuras de Sintaxe ou Figuras de Som ou
Palavras ou Figuras de Pensamento
construção harmonia
semânticas
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PONTUAÇÃO
Pontuação
Como na fala temos o contato direto com nossos interlocutores, contamos também com nossos gestos
para tentar deixar claro aquilo que queremos dizer. Na escrita, porém, são os sinais de pontuação que
garantem a coesão e a coerência interna dos textos, bem como os efeitos de sentidos dos enunciados.
Vejamos, a seguir, quais são os sinais de pontuação que nos auxiliam nos processos de escrita:
Ponto ( . )
b) Separar períodos:
c) Abreviar palavras:
• Av. (Avenida)
• p. (página)
• Dr. (doutor)
Dois-pontos ( : )
• O aluno respondeu:
– Parta agora!
b) Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou
resumem ideias anteriores.
• Esse é o problema dos caixas eletrônicos: não tem ninguém para auxiliar os mais idosos.
• Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja
infinito enquanto dure.”
Reticências ( ... )
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PONTUAÇÃO
• “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...”
(Cecília - José de Alencar)
Parênteses ( )
a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e também podem substituir a vírgula
ou o travessão:
• "Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma
grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)
Ponto de Exclamação ( ! )
a) Após vocativo
• Cale-se!
c) Após interjeição:
• Que pena!
Ponto de Interrogação ( ? )
a) Em perguntas diretas:
Vírgula ( , )
Antes de explicarmos quais são os casos em que devemos utilizar a vírgula, vamos explicar primeiro os
casos em que NÃO devemos usar a vírgula para separar os seguintes termos:
a) Sujeito de Predicado;
b) Objeto de Verbo;
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PONTUAÇÃO
f) Oração principal da Subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na
ordem inversa).
• Os banqueiros estão cada vez mais ricos, e o povo, cada vez mais pobre.
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PONTUAÇÃO
2) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizaralguma ideia
(polissíndeto):
3) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam sentido de
adição (adversidade, consequência, por exemplo):
b) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações iniciadas
pela conjunção “e”:
• "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o
gancho." (O selvagem - José de Alencar)
Ponto e vírgula ( ; )
a) Utilizamos ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens:
I- O que dizer;
b) Utilizamos ponto e vírgula para separar orações coordenadas muito extensas ou orações
coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
• “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente
vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde
moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso."
(O Visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)
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PONTUAÇÃO
Travessão ( — )
Aspas ( “ ” )
a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,
neologismos, arcaísmos e expressões populares:
• “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e
refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
FIQUE ATENTO!
Caso haja necessidade de destacar um termo que já está inserido em uma sentença destacada por
aspas, esse termo deve ser destacado com marcação simples ('), não dupla (").
Dispensam o uso da vírgula os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem.
Observe:
Caso os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem aparecerem repetidos, com a
finalidade de enfatizar a expressão, o uso da vírgula é, nesse caso, obrigatório.
Observe:
• Não gosto nem do pai, nem do filho, nem do cachorro, nem do gato dele.
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PONTUAÇÃO
• Sinais de pontuação são recursos prosódicos que conferem às orações ritmo, entoação e pausa,
bem como indicam limites sintáticos e unidades de sentido. Na escrita, substituem, em parte, o papel
desempenhado pelos gestos na fala, garantindo coesão, coerência e boa compreensão da informação
transmitida.
• Confira abaixo os dez sinais de pontuação utilizados na nossa língua, assim como as situações em
que devem ser empregados, seguidas de exemplos.
1. Ponto (.)
b) Separar períodos:
c) Abreviar palavras:
2. Dois-pontos (:)
• Ela gritou:
• – Vá embora!
• Esse é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade.
• É como disse Platão: “De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de domar.”
3.Reticências (...)
Usa-se para:
• Sabe... preciso confessar uma coisa: naquela viagem gastei todas as minhas economias.
• Pedofilia, estupros, assassinatos, pessoas sem ter onde morar, escândalos ligados à corrupção...
assim caminha a humanidade.
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PONTUAÇÃO
• “O Cristo não pediu muita coisa. (...) Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.” (Chico
Xavier)
4. Parênteses ( )
a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e, também, podem substituir a
vírgula ou o travessão:
• Numa linda tarde primaveril (meu caçula era um bebê nessa época), ele veio nos visitar pela última
vez.
a) Após vocativo:
• Fuja!
c) Após interjeição:
• Que lástima!
Quando utilizar:
a) Em perguntas diretas:
b) Às vezes, pode ser utilizada junto com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado:
7. Vírgula (,)
Esse é o sinal de pontuação que exerce o maior número de funções, por isso aparece em várias
situações. A vírgula marca pausas no enunciado, indicando que os termos por ela separados não
formam uma unidade sintática, apesar de estarem na mesma oração.
a) Separar o vocativo:
b) Separar apostos:
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PONTUAÇÃO
• Meus bolos prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com morangos.
• Havia no rosto dela ódio, uma ira, uma raiva que não possuía justificativa.
• Os políticos estão cada vez mais ricos, e seus eleitores, cada vez mais pobres.
l) Quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar alguma ideia (polissíndeto):
• Eu alerto, e brigo, e repito, e faço de tudo para ela perceber que está errada, porém nunca me
escuta.
m) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam sentido de
adição (adversidade, consequência, por):
Entre orações:
• Amélia, que não se parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu jeito grosseiro e
mandão.
o) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações iniciadas
pela conjunção “e”:
• A casa, tão cara que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas.
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PONTUAÇÃO
a) Utiliza-se ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens:
• 1 xícara de trigo;
• 4 ovos;
• 1 xícara de leite;
• 1 xícara de açúcar;
• 1 colher de fermento.
b) Utilizamos ponto e vírgula, também, para separar orações coordenadas muito extensas ou orações
coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
• “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente
vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde
moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso."
(O Visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)
9. Travessão (—)
a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,
neologismos, arcaísmos e expressões populares:
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PONTUAÇÃO
• “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e
refiz a mala.” (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
Observação: Quando houver necessidade de utilizar aspas dentro de uma sentença onde ela já esteja
presente, usa-se a marcação simples ('), não dupla (").
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência
textual além de ressaltar a clareza e especificidades semânticas e pragmáticas.
Teóricos da linguagem, como o francês Henri Meschonnic, consideram que a pontuação como usada
atualmente, tende apenas a organizar logicamente o texto, não por seus elementos rítmicos e
melódicos, tendo tal uso origem no chamado Cartesianismo. Com base nesta deformação rítmica
produzida pelo uso lógico da pontuação, muitos poetas como Guillaume Apollinaire, Allen Ginsberg e o
próprio Meschonnic aboliram a pontuação em sua escrita poética.
Outro autor que faz um uso não tradicional de pontuações é o português José Saramago, que faz uso
incomum de pontuações em seus textos em formato não-poético, chegando a escrever frases que
"duram" mais de uma página.
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SUJEITO
Sujeito
Logo, ao responder a pergunta “quem correu muito com o veículo?” identificará o sujeito da oração
que, nesse caso, é “o ajudante da loja”.
Sujeito determinado - quando o sujeito é identificado na oração. Nesse caso, o sujeito pode
ser simples, composto, oculto.
Sujeito inexistente - quando as orações são construídas com verbos impessoais, os quais não
admitem agentes de ação.
Tipos de sujeito
Sujeito simples
O sujeito simples é formado por um núcleo, ou seja, um termo principal, por exemplo:
Sujeito composto
O sujeito composto é aquele formado por dois ou mais núcleos, por exemplo:
Sujeito oculto
• No trajeto para casa, passei pelo parque da cidade. (Note que pela conjugação verbal “passei”
podemos identificar a primeira pessoa do singular “eu”. Logo, “No trajeto para casa, (eu) passei pelo
parque da cidade”.)
• Gostamos de pular Carnaval.
• Levou tudo para casa.
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SUJEITO
Sujeito indeterminado
O sujeito indeterminado é aquele que não podemos identificar o agente da ação, nem pelo contexto,
nem pela terminação verbal do enunciado.
A despeito do sujeito ser um termo essencial na oração, o sujeito inexistente pode se manifestar pelo
desconhecimento ou desinteresse do agente que executa a ação.
Além disso, também acontece quando o verbo não se refere a uma pessoa determinada. Há três
maneiras de identificá-lo:
Quando o verbo está na terceira pessoa do plural e não se refere a nenhum substantivo citado
anteriormente na oração, por exemplo:
2) com pronome "se" e verbo intransitivo, transitivo indireto ou de ligação na 3.ª pessoa do singular (de
modo que não se consegue identificar quem pratica a ação), por exemplo:
Sujeito inexistente
Nas orações sem sujeito, o sujeito é inexistente uma vez que são constituídas por verbos impessoais,
ou seja, que não admitem agentes da ação, como é o caso de:
1) verbos que indicam fenômenos da natureza (amanheceu, anoiteceu, choveu, nevou, ventou,
trovejou, etc.).
2) verbo haver, quando empregado com sentido de existir, acontecer e indicando tempo passado.
Núcleo do sujeito
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SUJEITO
É importante identificar o núcleo do sujeito, ou seja, o seu termo mais importante. Quando o sujeito é
seguido de artigos, por exemplo, o núcleo é apenas o substantivo que vem depois dele.
Assim, embora artigo e substantivo sejam o sujeito, o seu núcleo é aquilo que semanticamente tem
mais importância, por exemplo:
sujeito: As meninas
núcleo do sujeito: meninas
Predicado
O predicado é o que se fala acerca do sujeito. Sujeito e predicado são os termos essenciais da oração.
Isso quer dizer que eles são essenciais na construção de uma oração, ainda que haja orações em que
o sujeito seja inexistente.
Agora que você estudou sujeito, aprenda tudo sobre predicado, predicativo do sujeito e sobre a relação
entre sujeito e predicado.
Em análise sintática, o sujeito é um dos termos essenciais da oração, geralmente responsável por
realizar ou sofrer uma ação ou estado. Ele é o termo com qual o verbo concorda. Na língua
portuguesa, o sujeito rege a terminação verbal em número e pessoa e é marcado pelo caso
reto quando são usados os pronomes pessoais. As regras de regência do sujeito sobre o verbo são
denominadas concordância verbal. Na frase, "Nós vamos ao teatro", "vamos" é uma forma do verbo "ir"
da primeira pessoa do plural que concorda com o sujeito "nós".
Para os verbos que denotam ação, frequentemente o sujeito da voz ativa é o constituinte da oração
que designa o ser que pratica a ação e o da voz passiva é o que sofre suas consequências. Sob outra
tradição, o sujeito (psicológico) é o constituinte do qual se diz alguma coisa. Segundo Bechara, "É o
termo da oração que indica a pessoa ou a coisa de que afirmamos ou negamos uma ação ou
qualidade".
Exemplos:
O pássaro voa.
Os pássaros voam.
O menino brinca.
Os meninos brincam.
Pedro saiu cedo.
Os jovens saíram.
Didaticamente, fazemos uma pergunta para o verbo: Quem é que? ou Que é que? ― e teremos a
resposta; esta resposta será o sujeito. O sujeito simples tem um núcleo.
O menino brinca.
Quem é que brinca? O menino. Logo, o menino é o sujeito da frase.
O livro é bom.
O que é que é bom? O livro. Logo, o livro é o sujeito da frase.
Classificação
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SUJEITO
Sujeito simples
É o sujeito que apresenta apenas um elemento, substantivo ou pronome. [2] Aumentar o número de
características a ele atribuídas não o torna composto. Exemplos de sujeito simples (o sujeito está em
negrito):
Sujeito composto
Sujeito desinencial é aquele que não vem expresso na oração, mas pode ser facilmente identificado
pela desinência do verbo.
Fechei a porta.
Quem fechou a porta?
Perguntaste mesmo isso à professora?
Obs.: As classificações do sujeito, em Língua Portuguesa, são apenas três: simples, composto e
indeterminado.
Dar o nome de Sujeito desinencial, elíptico ou implícito não equivale a classificar o sujeito, mas
somente determinar a forma como o sujeito simples se apresenta dentro da estrutura sintática. No
mais, a classificação Sujeito Oculto foi abolida, por questões técnico-formais e linguístico-gramaticais,
passando a denominar-se Sujeito Simples Desinencial, uma vez que se pode determiná-lo através
dos morfemas lexicais terminativos das formas verbais, situação na qual, para indicar que o sujeito se
encontra elíptico usa a forma pronominal reta equivalente à pessoa verbal entre parênteses. Assim, na
estrutura sintática: "Choramos todos os dias", para indicar o sujeito simples subentendido na forma
verbal, coloca-se entre parênteses da seguinte forma: (Nós)= sujeito simples desinencial.
Sujeito indeterminado
Sujeito indeterminado é a expressão que não identifica o agente. Podemos dizer que o sujeito é
indeterminado quando o verbo não se refere a uma pessoa determinada, ou por se desconhecer quem
executa a ação ou por não haver interesse no seu conhecimento. Aparecerá a ação, mas não há como
dizer quem a pratica ou praticou.
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SUJEITO
Compram-se carros. (Quem compra, compra alguma coisa → verbo transitivo direto)
Vende-se casa. (Quem vende, vende alguma coisa → verbo transitivo direto)
Não se caracteriza sujeito indeterminado, pois nos casos de VTD, a partícula "se" exerce a função de
partícula apassivadora e a frase se encontra na voz passiva sintética. Transpondo as frases para a voz
passiva analítica, teremos:
Carros são comprados. (sujeito: "Carros");
Casa é vendida. (sujeito: "Casa").
Verbo Intransitivo
Com um Verbo Intransitivo, somente na terceira pessoa do singular, mais a palavra se, índice de
indeterminação do sujeito.
Vive-se feliz, aqui.
Aqui se dorme muito bem.
Brinca-se no carnaval de salão.
Verbo de ligação
Com um Verbo de ligação, na terceira pessoa do singular, mais a palavra "se" que se torna índice de
indeterminação do sujeito.
Nem sempre se é justo nesta profissão.
Observação:
É possível indeterminar o sujeito com verbos transitivos diretos. Para isso, deve ter um objeto direto
preposicionado.
Há verbos que não têm sujeito, ou este é nulo. A língua desconhece a existência de sujeito de tais
verbos. Uma oração é sem sujeito quando o verbo está na terceira pessoa do singular, sobretudo os
seguintes:
Obs.: Note que fora do contexto "gramático", sempre há um agente, pois o verbo denota mudança, e
mudanças sempre são causadas por um agente. O que há nessa classificação na gramática é que não
há um termo na qual haja concordância com o verbo, esse termo, o sujeito.
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SUJEITO
Fenômenos meteorológicos
Obs.: existem advérbios que exercem claramente a função sintática de sujeito, a qual é própria de
substantivos.
Amanhã é feriado nacional. (O dia de amanhã...)
Aqui já é Vitória. (Este lugar...)
Hoje é dia de festa. (O dia de hoje...)
Agora já é noite avançada. (Esta hora...)
Sujeito oracional
Ocorre quando o sujeito é uma oração subordinada substantiva subjetiva.
1º caso: verbo de ligação + predicativo + QUE (é preciso..., é bom..., é melhor..., é conveniente..., está
comprovado,..., parece certo..., fica evidente...)
2º caso: verbo na voz passiva sintética ou analítica + QUE / SE (sabe-se..., comenta-se..., dir-se-ia...,
foi anunciado..., foi dito...)
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SUJEITO
3º caso: verbo unipessoal + QUE / SE (convir, parecer, constar, acontecer, cumprir, importar, urgir,
ocorrer, suceder...)
O sujeito é a parte da oração sobre a qual a restante oração se refere, ou seja, de quem ou do que se
fala.
Exemplos de sujeito
O sujeito aparece, habitualmente, antes do predicado, sendo esta a ordem direta da oração. As
perguntas quem? o quê? quê? feitas antes do verbo, facilitam a identificação do sujeito.
Filipe conseguiu o primeiro lugar na competição.
Quem?
Filipe = sujeito
O bolo de chocolate queimou no forno.
O quê?
O bolo de chocolate = sujeito
• substantivos;
• pronomes pessoais;
• pronomes demonstrativos;
• pronomes relativos;
• pronomes interrogativos;
• pronomes indefinidos;
• numerais;
• expressões substantivadas;
• orações subordinadas substantivas subjetivas.
Apesar do sujeito aparecer maioritariamente antes do predicado, pode também aparecer numa ordem
inversa, ou seja, depois do predicado, bem como no meio do predicado, de forma intercalada.
Antes do predicado:
Esta remodelação custará muito dinheiro à empresa.
Depois do predicado:
Custará muito dinheiro à empresa esta remodelação.
Entre o predicado:
Muito dinheiro à empresa, esta remodelação custará.
Tipos de sujeito
Existem dois tipos principais de sujeito: o sujeito determinado e o sujeito indeterminado.
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SUJEITO
Sujeito determinado
O sujeito é determinado quando está precisamente identificado. Pode ser simples, composto ou
implícito.
O sujeito é determinado simples quando apresenta apenas um núcleo relacionado com o verbo.
O sujeito é determinado composto quando apresenta dois ou mais núcleos relacionados com o verbo.
O sujeito é determinado implícito quando pode ser facilmente identificado através da desinência verbal
ou por referência em outra oração, mesmo não aparecendo na oração de forma explícita.
• Fiz dieta durante três meses. (sujeito implícito: eu)
• Gostamos de acordar cedo e correr na praia. (sujeito implícito: nós)
• Meus irmãos vêm aí. Pediram para esperar. (sujeito implícito: meus irmãos)
Sujeito indeterminado
Orações sem sujeito são formadas com verbos impessoais, sempre conjugados na 3.ª pessoa do
singular, como:
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SUJEITO
Verbos que indicam fenômenos atmosférico e da natureza, como os verbos chover, nevar, ventar,
anoitecer, escurecer,
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CRASE
Crase
Crase é um dos metaplasmos por supressão de fonemas a que as palavras podem estar sujeitas à
medida que uma língua evolui.
O termo crase significa fusão, junção. Em português, a crase é o nome que se dá à contração da
preposição "a" com:
• OBS.: Nunca haverá crase no termo a que, mesmo quando puder ser substituído por à qual. Ex.: A
questão a que me refiro é esta. = A questão à qual me refiro é esta.
O sinal que indica a fusão, que indica ter havido crase de dois aa é o acento grave.
• As palavras terra, casa e distância são casos especiais de crase. A preposição "a" antes da
palavra casa (lar) só recebe o acento grave quando vier acompanhada de um modificador, caso
contrário não ocorre a crase. Já com a palavra terra (chão firme, oposto de bordo) só ocorre crase
quando vier acompanhada de um modificador — da mesma maneira que existe a expressão "a bordo",
enquanto que com a palavra terra (terra natal ou planeta) sempre ocorre crase. Quanto à
palavra distância, só haverá crase se esta estiver especificada.
Exemplos:
• O pronome aquele (e variações) e também aquilo e aqueloutro (e variações) podem receber acento
grave no a inicial, desde que haja um verbo ou um nome relativo que peça a preposição a.
• A contração "à" pode surgir também com a elipse de expressões como "à moda (de)", "à maneira
(de)", como em "arroz à grega" (à maneira grega), "filé à Chatô" (à moda de Chatô)", etc. É este o único
caso em que "à" se pode usar antes de um nome masculino.
Regras de Verificação
Para saber se a crase é aplicável, ou seja, se deve ser usada a contração à (com acento grave) em vez
da preposição a (sem acento), aplique-se uma das regras de verificação:
1) Substitui-se a preposição a por outra preposição, como em ou para; se, com a substituição, o artigo
definido a permanecer, então a crase é aplicável.
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CRASE
Exemplos:
Exemplos:
Com crase, porque ao se trocar o complemento — Prestou relevantes serviços ao povo — aparece a
combinação ao.
Sem crase, porque ao se trocar o complemento — Chegarei daqui a um minuto — não aparece a
combinação ao.
Obs.: a crase não ocorre antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de
nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio
lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia).
Crase facultativa
Casos Proibidos
Tendo por princípio basilar que a palavra "à" é o feminino de "ao", não existe crase onde também não
cabe o uso de "ao". Portanto, nas seguintes situações:
Antes de verbos:
Preços a combinar.
Antes de substantivos masculinos, salvo no já supracitado caso de estar subentendida a expressão "à
moda de":
Passear a Cavalo
Antes de numerais:
De 10 a 100
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CRASE
a brilhantes psicólogas
a soluções
Mas: Caminhamos até à (a) casa. (no caso específico de "até", a crase é facultativa)
Obs.: (Pronomes demonstrativos de terceira pessoa, aquele, aquela, aqueles, aquelas, aqueloutro*,
aqueloutra*, aqueloutros*, aqueloutras* podem levar crase):
Os pronomes aqueloutro/s e aqueloutra/s não são muito usados, mas são encontrados em textos
literários.
À exceção de:
Vou a Salvador.
Vou a Lisboa.
Vou a Madri.
Obs.: substituir por "Fui à" ou "Vim da" (pode crasear) — "Fui a" ou "Vim de" (crasear pra quê?).
Vou a Brasília.
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CRASE
Vou à Bahia.
À exceção de: Quando o lugar está determinado com um adjunto adnominal, assim como ocorre com
"casa" e "terra", a crase é obrigatória em topônimos que não admitem artigo
A crase é um fenômeno fonético ( ` ) que representa a junção da preposição “a” com o artigo feminino
“a”. Além disso, pode haver crase também na combinação da mesma preposição
com pronomes demonstrativos que se iniciem com a letra “a”.
Exemplo:
Normas
Fica a dica – Em uma oração, se você puder substituir o substantivo feminino por um masculino e este
for antecedido por “ao”, haverá crase.
Exemplo:
Júlia levou sua irmã ao teatro / Júlia levou sua irmã à praça
• Locuções adverbiais: às vezes, à noite, à tarde, às claras, à meia noite, às três horas;
Exemplo:
Horas específicas
Exemplo:
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CRASE
Hora genérica
Exemplo:
5- Antes dos substatnivos casa e terra, desde que não tenham o sentido de lar e terra firme,
respectivamente.
Exemplo:
Mas
Lugar específico
Mas
6- Usa-se crase com pronomes demonstrativos e relativos quando vierem precedidos da preposição a.
Exemplo:
A crase é, na língua portuguesa, a contração de duas vogais iguais, sendo representada com acento
grave.
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CRASE
Antes de verbos:
Em expressões com palavras repetidas, mesmo que essas palavras sejam femininas:
Nota: Caso se especifique os substantivos femininos através da utilização do artigo definido as, ocorre
crase, dada a contração desse artigo com a preposição a: a + as = às.
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CRASE
Ocorre crase:
Antes de palavras femininas em construções frásicas com substantivos e adjetivos que pedem a
preposição a e com verbos cuja regência é feita com a preposição a, indicando a quem algo se refere,
como: agradecer a, pedir a, dedicar a,…
• Meu filho mais velho está completamente à deriva: não estuda, não trabalha, não faz nada.
Nota: Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino desde que haja uma palavra feminina que
se encontre subentendida, como no caso das locuções à moda de e à maneira de.
Nota: Com as preposições para, desde, após e entre, não ocorre crase.
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CRASE
• Estudei a distância.
• Estudei à distância.
Nota: Não ocorre crase em contexto formal e na nomeação de personalidades ilustres porque nestes
casos, segundo a norma culta, não se usa artigo definido.
Antes de nomes de localidades: Apenas ocorre crase antes de nomes de localidades que admitam a
anteposição do artigo a quando regidos pela preposição a. Uma forma fácil de verificar se há
anteposição do artigo a é substituir a preposição a pelas preposições de ou em.
Havendo contração com as preposições de e em, ficando da e na, também haverá contração com a
preposição a, ficando à:
• Vim da Bahia.
• Estou na Bahia.
Não havendo contração com as preposições de e em, permanecendo de e em, também não haverá
contração com a preposição a, permanecendo a:
• Vim de Brasília.
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CRASE
• Estou em Brasília.
Antes da palavra terra: Ocorre crase apenas com o sentido de Planeta Terra e de localidade, se esta
estiver determinada. Com o sentido de chão, estando indeterminado, não ocorre crase.
• O astronauta regressou à Terra trinta dias após sua partida. (Planeta Terra)
Antes da palavra casa: Ocorre crase apenas quando a palavra casa está determinada com um adjunto
adnominal. Sem a determinação de um adjunto adnominal não há crase.
• Regresso à casa de meus pais sempre que posso. (Com adjunto adnominal)
O que é a crase?
A crase é a contração de duas vogais iguais, sendo a contração mais comum a da preposição a com o
artigo definido feminino a (a + a = à).
Existem outras contrações, embora menos utilizadas, como a contração da preposição a com os
pronomes demonstrativos a, aquele, aquela e aquilo:
a + aquele = àquele;
a + aquela = àquela;
a + aquilo = àquilo.
Uma forma fácil de verificar a existência ou não da crase em diversas situações é substituir o
substantivo feminino por um substantivo masculino e verificar se haverá ou não a presença da
preposição a contraindo com o artigo definido a.
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CRASE
Atenção!
Mais importante do que decorar regras de quando usar ou não usar crase, o correto uso da crase
depende de um bom conhecimento estrutural da língua e de uma capacidade de análise do enunciado
frásico, sendo importante compreender que não acorre crase se houver apenas a preposição a, ou
apenas o artigo definido a ou apenas o pronome demonstrativo a. Para que haja crase, é preciso que
haja uma sequência de duas vogais iguais, que sofrem contração, formando crase.
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CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA
Concordância e Regência
Concordância Verbal
O verbo deve ser flexionado ("modificado") concordando com a pessoa do sujeito (eu, tu, ele/ela, nós,
vós/vocês, eles/elas) e o número (singular ou plural):
• Sujeito simples: o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa, estando o sujeito antes ou
depois do verbo.
Ex: Foram embora, do nada, os meninos ("foram" concorda com "os meninos").
Ex: Joana e Carlos insistiram em vir (Joana e Carlos são duas pessoas, e não pode-se usar "insistiu",
mas sim "insistiram").
• Sujeito composto de diferentes pessoas: O verbo vai para o plural na pessoa que prevalecer.
• Sujeito constituído pelo pronome relativo QUE: verbo concordará em número e pessoa com o
antecedente.
• Núcleos do sujeito ligados por OU: O verbo ficará no singular sempre que houver ideia de exclusão.
• Sujeito formado por expressões: UM E OUTRO – O verbo fica no plural; UM OU OUTRO – O verbo
fica no singular; NEM UM NEM OUTRO – O verbo fica no singular.
• Sujeito formado por número percentual: O verbo concordará com o numeral. Se a indicação de
porcentagem se seguir uma expressão com DE + SUBSTANTIVO, a concordância faz-se com esse
substantivo.
• Verbos impessoais (haver, fazer, chover, nevar, relampejar...): por não possuírem sujeito, ficam na
3ª pessoa do singular.
• Verbo SER: se um dos elementos referir-se a pessoa, o verbo concordará com ela.
Concordância Nominal
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CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA
O candidato talvez sinta dificuldade em assimilar o que sejam essas classes de palavras (adjetivo,
pronome adjetivo, numeral, artigo, etc), mas não se preocupe: concentre-se em entender os exemplos,
ou seja, concentre-se em entender o uso da língua.
• Opções de concordância: o adjetivo concorda com o adjetivo mais próximo (Eu dei de presente uma
bolsa e um tênis preto) ou o adjetivo refere-se a dois substantivos de gêneros diferentes – prevalece o
masculino e fica no plural (Eu dei de presente uma bolsa e um tênis pretos).
• As palavras BASTANTE, POUCO, MUITO, CARO e BARATO concordam com o substantivo quando
têm valor de adjetivo. Quando são advérbios, são invariáveis.
Ex: estas revistas são caras (adjetivo) e as revistas custaram caro (advérbio).
• Lembre-se que a palavra ‘meia’ é um adjetivo, enquanto ‘meio’ é um advérbio, significando ‘um
pouco’.
Colocação pronominal
É o modo como se dispõem os pronomes pessoais oblíquos átonos (me, te, se, lhe(s), o(s), a(s), nos e
vos) em relação ao verbo. Trata-se de um dos assuntos popularmente "espinhosos" da língua
portuguesa, os quais somos "forçados" a entender na escola. Mas basicamente, basta lembrar que as
posições dos pronomes pessoais oblíquos átonos em relação ao verbo ao qual se ligam denominam-
se:
É a posposição do pronome átono ao vocábulo tônico ao que se liga. Ex: Empreste-meo livro de
matemática.
É a colocação do pronome quando antes do verbo há palavras que exercem atração sobre ele, como:
- Pronomes relativos.
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CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA
Regência Verbal
Há verbos, na língua portuguesa, que exigem a presença de outros termos na oração a que pertencem.
Quando o verbo (termo regente) se relaciona com os seus complementos (termos regidos) acontece
um "fenômeno" ao qual damos o nome de regência verbal. Selecionamos a seguir alguns verbos em
que há diferença de contexto na hora de se "fazer" a regência:
• Agradecer
• Assistir
• Obedecer (desobedecer)
• Preferir
• Visar
Regência Nominal
Já a regência nominal é a relação de um nome (substantivo, adjetivo) com outro termo. E a relação
pode vir ou não acompanhada de preposições. Por exemplo:
• Horror a
• Impaciência com
• Atentado contra a
• Medo de
• Idêntico a
• Prestes a
• Longe de
• Benéfico a
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CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA
Podemos arriscar a dizer que - apesar de todas as "pegadinhas" da língua e apesar de que na fala
praticamos uma coisa e na escrita outra - de certa forma, já estamos um pouquinho acostumados a
utilizar a regência correta (ou pelo menos a mais aceita). É por essa razão que determinadas pessoas -
principalmente aquelas que ao longo da vida escolar demonstraram um pouco mais de "afinidade" com
língua portuguesa - chegam a perceber mais facilmente se uma construção está correta ou não.
Vale lembrar, por fim, que "correto" ou "incorreto" para nós não possui a conotação de "certo" ou
"errado", mas apenas a de "ser mais aceito socialmente" ou "não ser bem aceito socialmente", do
ponto de vista do chamado "padrão culto da língua portuguesa", utilizado no Brasil (aquela língua
defendida pelos nossos melhores gramáticos).
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus
complementos.
Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que expressem
efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.
Regência verbal
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os
complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece
oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples
mudança ou retirada de uma preposição. Observe:
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer.
Saiba que:
Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim
utilizado. A oração "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai,
possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem divergências entre
a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência culta.
A língua portuguesa é considerada um idioma complexo por causa da grande quantidade de regras
existentes. Dentre essas regras, estão aregência verbal e a concordância verbal.
Regência é o ato de reger, que por sua vez significa governar, reinar, exercer a função de rei, regente,
governador, chefe, administrador.
Para memorizar isto, basta que você se lembre de uma orquestra ou de um concerto, em que o
maestro é quem rege (comanda todos os instrumentos musicais).
Neste mesmo sentido, podemos concluir que Regência Verbal é a relação de subordinação que ocorre
entre um verbo e seus complementos. O verbo “governa” os seus complementos.
Em outras palavras, o verbo somente aceita as palavras que ele quer. O verbo é o chefe! Ele é o
maestro que rege a orquestra.
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CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA
Caso ele exija um complemento acompanhado de uma preposição, ele é chamado de verbo transitivo
indireto.
Mas se esse complemento não vier acompanhado de preposição, o verbo é chamado de transitivo
direto.
Verbo intransitivo.
Vejamos um exemplo:
▪ Mariana chorou.
Note que a frase não precisa de complementos. Podemos entender claramente o sentido dela.
A principal característica dos verbos intransitivos é que eles dispensam qualquer complemento verbal.
Verbo transitivo indireto é aquele que exige um elo (preposição) entre ele e o seu complemento.
Veja que o verbo da frase é gostar. Após o verbo, aparece a preposição “de“.
Por isso, podemos concluir que a regência verbal do verbo gostar exige a preposição “de“.
Quem acredita, acredita em algo ou em alguém. Então, podemos concluir que a regência do
verbo acreditar exige a preposição “em“.
Em análise mais detalhada, podemos afirmar que o verbo gostar e overbo acreditar são transitivos
indiretos (pois exigem preposição). As expressões “de aprender português” e “em Deus“ são os objetos
indiretos (complementos dos verbos transitivos indiretos: gostar e acreditar).
Verbo transitivo direto é aquele que não exige um elo (preposição) entre ele e o seu complemento.
Vejamos um exemplo:
Note que não há nenhuma palavra entre “comprou” e “frutas”. O verbo comprar é transitivo direito.
Quem compra, compra alguma coisa.
Concordância Verbal.
Acabamos de ver que a regência verbal é a relação de subordinação em que o verbo é quem manda.
Lembre-se do ditado:
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CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA
Desta forma, o verbo deve concordar com o sujeito da oração, de acordo com a pessoa (eu, tu ele,
nós, vós, eles) e/ou com o número (singular ou plural).
Por exemplo…
O sujeito é o aluno, que está no singular. Por isso, o verbo é conjugado na 3ª pessoa do singular -
> aprende.
Agora observe…
O sujeito são os alunos (no plural). Por isso, o verbo é conjugado na 3ª pessoa do plural -> aprendem.
Resumindo…
O que é "regência"?
"Regência" é a função subordinativa de um termo (regente) sobre outro (regido ou subordinado). Esta é
a base fundamental de qualquer frase, pois é o que define seu sentido. A regência é estabelecida
principalmente pela posição dos termos na frase ou oração, pelos conectivos (como as preposições "e",
"de", "com", etc.) e pelos pronomes relativos (aquele, aquela, que, se, lhe, etc.).
São de fundamental importância as regências por preposições. O termo (regido) subordinado por uma
preposição atua como complemento ou adjunto a uma palavra anterior (regente).
Exemplos:
• Neste caso, "ao" é a junção da preposição "a" com o artigo definido masculino, "o", e a palavra
"amigo" tem a função de complemento de destinação, sendo, portanto, um objeto indireto.
• Neste exemplo, "ti" e "Maria" estão subordinados respectivamente às preposições "de" e "a". "Ti" é
um complemento de referência e "Maria" é um complemento de destinação.
• Eu vim de Vitória.
O que é "concordância"?
É uma concordância nominal quando o substantivo vem acompanhado por um adjetivo. Suponhamos
que o substantivo seja, por exemplo, "carro". À frente, acrescenta-se uma palavra complementar - por
exemplo, "vermelho". Temos aí a concordância nominal "carro vermelho", na qual "carro" é um
substantivo e "vermelho" é uma palavra que, em muitos casos, é um substantivo, mas neste se
transforma em adjetivo e tem a função de complemento nominal.
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CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA
A concordância é verbal quando a forma do verbo combina com o sujeito. Usemos como exemplo o
verbo "trabalhar": "eu trabalho", "tu trabalhas", "Joana trabalhou ontem", "eu trabalharei amanhã", etc.
A regência é necessário visto que algumas palavras da língua portuguesa (verbo ou nome) não
possuem seu sentido completo.
Obs.: perceba que o nome pede complemento antecedido de preposição (“de” = preposição e
“fantasmas” = complemento).
IMPORTANTE: A regência estabelece uma relação entre um termo principal (termo regente) e o termo
que lhe serve de complemento (termo regido) e possui dois tipos: REGÊNCIA NOMINAL e REGÊNCIA
VERBAL.
REGÊNCIA NOMINAL
Regência nominal é quando um nome (substantivo, adjetivo) regente determina para o nome regido a
necessidade do uso de uma preposição, ou seja, o vínculo entre o nome regente e o seu termo regido
se estabelece por meio de uma preposição.
DICA: A relação entre um nome regente e seu termo regido se estabelece sempre por meio de
uma preposição.
Exemplo:
- Os trabalhadores ficaram satisfeito com o acordo, que foi favorável a eles.
Veja: "satisfeito" é o termo regente e "com o acordo" é o termo regido, "favorável" é o termo regente e
"a eles" é o termo regido.
Obs.: Quando um pronome relativo (que, qual, cujo, etc.) é regido por um nome, deve-se introduzir,
antes do relativo, a preposição que o nome exige.
Exemplo:
- A proposta a que éramos favoráveis não foi discutida na reunião. (quem é favorável, é favorável a
alguma coisa/alguém)
Então pra facilitar segue abaixo uma lista dos principais nomes que exigem preposições, existem
nomes que pedem o uso de uma só preposição, mas também existem nomes que exigem os uso de
mais de uma preposição. veja:
Acessível, acostumado, adaptado, adequado, afeição, agradável, alheio, alusão, análogo, anterior,
apto, atento, atenção , avesso, benéfico, benefício, caro, compreensível, comum, contíguo, contrário,
desacostumado desagradável, desatento, desfavorável, desrespeito, devoto, equivalente, estranho,
favorável, fiel, grato, habituado, hostil, horror, idêntico, imune, inacessível, indiferente, inerente, inferior,
insensível, Junto , leal, necessário, nocivo, obediente, odioso, ódio, ojeriza, oneroso, paralelo, peculiar,
pernicioso, perpendicular, posterior, preferível, preferência, prejudicial, prestes, propenso, propício,
proveitoso, próximo, rebelde, rente, respeito, semelhante, sensível, simpático, superior, traidor, último,
útil, visível, vizinho...
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CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA
Abrigado, amante, amigo ávido, capaz, certo, cheio, cheiro, comum, contemporâneo, convicto,
cúmplice, descendente, desejoso, despojado, destituído, devoto, diferente, difícil, doente, dotado, duro,
êmulo, escasso, fácil, feliz, fértil, forte, fraco, imbuído, impossível, incapaz, indigno, inimigo, inocente,
inseparável, isento, junto, livre, longe, louco, maior, medo, menor, natural, orgulhoso, passível,
piedade, possível, prodígio, próprio, querido, rico, seguro, sujo, suspeito, temeroso, vazio...
Abundante, atento, bacharel, constante, doutor, entendido, erudito, fecundo, firme, hábil, incansável,
incessante, inconstante, indeciso, infatigável, lento, morador, negligente, perito, pertinaz, prático,
residente, sábio, sito, versado...
Atentado, Blasfêmia, combate, conspiração, declaração, luta, fúria, impotência, litígio, protesto,
reclamação, representação...
REGÊNCIA VERBAL
Dizemos que regência verbal é a maneira como o verbo (termo regente) se relaciona com seus
complementos (termo regido).
Nas relações de regência verbal, o vínculo entre o verbo e seu termo regido (complemento verbal)
pode ser dar com ou sem a presença de preposição.
Exemplo:
- Nós assistimos ao último jogo da Copa.
Veja: "assistimos" é o termo regente, "ao" é a preposição e "último jogo" é o termo regido.
No entanto estudar a regência verbal requer que tenhamos conhecimentos anteriores a respeito do
verbo e seus complementos, conhecer a transitividade verbal.
Um verbo pode ter sentido completo, sem necessitar de complementos. São os verbos intransitivos.
Há verbos que não possuem sentido completo, necessitam de complemento. São os verbos transitivos.
Exemplos:
- Transitivo direto: quando seu sentido se completa com o uso de um objeto direto (complemento sem
preposição).
Exemplo: A avó carinhosa agrada a netinha.
"Agrada" é verbo transitivo direto e "a netinha" e o objeto direto.
- Transitivo indireto: quando seu sentido se completa com o uso de um objeto indireto (complemento
com preposição).
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CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA
- Transitivo direto e indireto: quando seu sentido e completa com os dois objetos (direto e indireto).
Exemplo: Devolvi o livro ao vendedor. "Devolvi" é verbo transitivo direto e indireto, "o livro" é objeto
direto e "vendedor" é objeto indireto.
A regência de um verbo está ligada a situação de uso da língua. Determinada regência de um verbo
pode ser adequada em um contexto e ser inadequada em outro.
1- O primeiro, dos verbos que apresentam uma determinada regência na variedade padrão e outra
regência na variedade coloquial;
2- E o segundo dos verbos que, na variedade padrão, apresentam mais de uma regência.
PRIMEIRO GRUPO - Verbos que apresentam uma regência na variedade padrão e outra na
variedade coloquial:
VERBO ASSISTIR
• - SENTIDO: “Auxiliar”, “caber, pertencer” e “ver, presenciar, atuar como expectador”. É nesse último
sentido que ele é usado.
• - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): Ele não assiste a filme de violência; Pela TV, assistimos à
premiação dos atletas olímpicos. Assistir com significado de ver, presenciar: É verbo transitivo indireto
(VTI), apresenta objeto indireto iniciado pela preposição a. Quem assiste, assiste a (alguma coisa).
• - VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): Ela não assiste filmes de violência. Assistir com significado
de ver, presenciar: É verbo transitivo direto (VTD); apresenta objeto direto. Assistir (alguma coisa)
VERBO IR e CHEGAR
• - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): No domingo, nós iremos a uma festa; O prefeito foi à capital
falar com o governador; Os funcionários chegam bem cedo ao escritório. Apresentam a preposição a
iniciando o adjunto adverbial de lugar: Ir a (algum lugar), Chegar a (algum lugar)
VERBO OBEDECER/DESOBEDECER
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CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA
• - SENTIDO: Obs.: Se o objeto for coisa (e não pessoa), ambos são transitivos direto, tanto na
variedade padrão, como na coloquial. Exemplo: Você não pagou o aluguel. O verbo pagar também é
empregado com transitivo direto e indireto. (Pagar alguma coisa para alguém) A empresa pagava
excelentes salários a seus funcionários.
• - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): A empresa não paga aos funcionários faz dois meses; É ato
de nobreza perdoar a um amigo. São VTI quando o objeto é gente; exigem preposição a iniciando o
objeto indireto. Pagar a (alguém), Perdoar a (alguém)
• - VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): A empresa não paga os funcionários faz dois meses; É um
ato de nobreza perdoar um amigo. São VTD, apresentam objeto sem preposição (objeto direto): Pagar
(alguém), Perdoar (alguém)
VERBO PREFERIR
• - VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): Os brasileiros preferem mais o futebol que o vôlei; Você
preferiu (mais) trabalhar que estudar; Prefiro (muito mais) silêncio do que a agitação da cidade. É
empregado com expressões comparativas (“mais...que”, “muito mais ...que”, “do que”, etc.). Preferir
(mais) (uma coisa) do que (outra).
VERBO VISAR
• - SENTIDO: O emprego mais usual do verbo “visar” é no sentido de “objetivar, ter como meta”.
• - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): Todo artista visa ao sucesso; Suas pesquisas visavam à
criação de novos remédios. É VTI, com preposição a iniciando o objeto indireto. Visar a (alguma coisa)
• - VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): Todo artista visa o sucesso; Suas pesquisas visavam a
criação de novos remédios. É VTD, apresenta objeto sem preposição (objeto direto). Visar (alguma
coisa)
SEGUNDO GRUPO - Verbos que, na variedade padrão, apresentam mais de uma regência
(dependendo do sentido/significado em que são empregados:
VERBO ASPIRAR
• - EXEMPLOS: Sentiu fortes dores quando aspirou o gás. O Ex-governador aspirava ao cargo de
presidente.
VERBO ASSISTIR
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (ajudar); Verbo transitivo indireto (ver); Verbo
transitivo indireto (pertencer)
VERBO INFORMAR
• - EXEMPLOS: Algumas rádios informam as condições das estradas aos motoristas. Algumas rádios
informam os motoristas das condições das estradas
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CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA
VERBO QUERER
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (desejar); Verbo transitivo indireto (amar/gostar)
• - EXEMPLOS: Todos queremos um Brasil menos desigual. Isabela queria muito aos avós.
VERBO VISAR
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (mirar); Verbo transitivo direto (pôr visto); Verbo
transitivo indireto (objetivar)
• - EXEMPLOS: O atacante, ao chutar a falta, visou o ângulo do gol. Por favor, vise todas as páginas
do documento. Esta fazenda visa à produção de alimentos orgânicos.
Observações:
O verbo aspirar, como outros transitivos indiretos, não admite os pronomes lhe/lhes como objeto.
Devem ser substituídos por a ele (s) /a ela (s). Ex.: O diploma universitário é importante; todo jovem
deve aspirar a ele.
No sentido de “ver presenciar”, o verbo assistir não admite lhe (s) como objeto, essas formas devem
ser substituídas por ele (s) ela (s). Ex.: o show de abertura das olimpíadas foi muito bonito; você
assistiu a ele?
No sentido de “objetivar, ter como meta”, o verbo visar (TD) não admite como objeto a forma lhe/lhes,
que devem ser substituídas por a ele (s) a ela (s). Ex: O título de campeão rende uma fortuna ao time
vencedor, por isso todos os clubes visam a ele persistentemente.
Existem outros verbos que, na variedade padrão, apresentam a mesma regência do verbo informar.
São eles: avisar, prevenir, notificar, cientificar.
‣ Na regência nominal, a relação entre um nome regente e seu termo regido se estabelece sempre por
meio de uma preposição.
‣ Na regência verbal, temos que conhecer a transitividade dos verbos, ou seja, se é direta (VTD-verbo
transitivo direto), se é indireta (VTI- verbo transitivo indireto) ou se é, ao mesmo tempo, direta e indireta
(VTDI- verbo transitivo direto e indireto).
‣ Observe sempre os verbos que mudam de regência ao mudar de sentido, como visar, assistir,
aspirar, agradar, implicar, proceder, querer, servir e outros.
‣ Não se pode atribuir um mesmo complemento a verbos de regências distintas. Por exemplo: o verbo
assistir no sentido de “ver”, requer a preposição a e o verbo gostar, requer a preposição de. Não
podemos, segundo a gramatica, construir frases como: “Assistimos e gostamos do jogo. ”, temos que
dar a cada verbo o complemento adequado, logo, a construção correta é “Assistimos ao jogo e
gostamos dele. ”
‣ O conhecimento das preposições e de seu uso é fator importante no estudo e emprego da regência
(nominal, verbal) correta, pois elas são capazes de mudar totalmente o sentido do que for dito. Ex.: As
novas medidas escolares vão de encontro aos anseios dos alunos. Os alunos da 3ª série foram ao
encontro da nova turma.
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