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1. O objecto de estudo da fonética é a análise dos sons da fala humana.

Isso inclui a
produção, transmissão e recepção dos sons da fala, bem como a classificação e
descrição dos diferentes sons produzidos em diferentes línguas.
2. A fonética é dividida em três ramos principais: a fonética articulatória, que
estuda a produção dos sons da fala; a fonética acústica, que analisa as
propriedades físicas dos sons; e a fonética auditiva, que investiga a percepção
dos sons da fala pelo ouvinte. Esses ramos combinados fornecem uma
compreensão abrangente dos processos envolvidos na produção, transmissão e
percepção dos sons da fala humana.
3. As consoantes podem ser classificadas articulatoriamente de acordo com a forma
como são produzidas na cavidade oral. Aqui estão as principais classificações
articulatórias das consoantes:

Bilaterais: São aquelas em que o ar é direccionado através do meio da boca. Incluem


as consoantes bilabiais (como /p/ e /b/), onde os lábios se tocam, e as consoantes
linguodentais (como /t/ e /d/), onde a língua toca os dentes.

Dorsais: Neste caso, o ar é direccionado sobre a parte de trás da língua. Isso inclui as
consoantes velarem (como /k/ e /g/), onde a parte de trás da língua toca ou se aproxima
do palato mole.

Coronais: Aqui, o ar é direccionado sobre a parte frontal da língua. Isso inclui as


consoantes alveolares (como /t/ e /d/), onde a parte frontal da língua toca ou se aproxima
dos alvéolos na parte superior da boca.

4. A relação entre a ortografia (escrita) e os sons da fala pode variar de um idioma


para outro. No caso do português, essa relação nem sempre é directa e previsível
devido a razões históricas, fonéticas, etimológicas e variações regionais na
pronúncia. Isso significa que nem sempre é possível deduzir a pronúncia
correcta de uma palavra apenas olhando para sua forma escrita.

5. No Alfabeto Fonético Internacional (AFI), há casos em que um único som da


fala pode ser representado por mais de um grafema, e também casos em que
mais de um som pode ser representado por um único grafema. Alguns exemplos
incluem:
No caso do português, o som da letra "s" pode ser representado pelos grafemas "s" e
"ss", como em "casa" e "passo", respectivamente.

O som representado pelo dígrafo "lh" em português (como em "lha" ou "alho") é


representado por dois grafemas.

Em algumas línguas, como o inglês, o mesmo som pode ser representado por diferentes
grafemas, como o som /k/ que pode ser representado por "k", "c" ou "ck".

6. Em português, o morfema do plural é geralmente representado pelo acréscimo


do sufixo "-s" ao final da palavra, quando esta está no singular. Por exemplo:

- Casa (singular) → Casas (plural)


- Gato (singular) → Gatos (plural)
- Livro (singular) → Livros (plural)

No entanto, a produção do plural em português pode variar de acordo com a terminação


da palavra no singular. Por exemplo, palavras terminadas em vogal tónica ou ditongo
oral crescente recebem o sufixo "-s", enquanto palavras terminadas em consoante
recebem o sufixo "-es".

Além disso, há algumas palavras que sofrem alterações internas para formar o plural
como "homem" → "homens" e "mão" → "mãos".

Essas variações na produção do morfema do plural em português são parte das regras
gramaticais que regem a língua e fazem parte do processo de flexão nominal.

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