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01 ORTOGRAFIA
02 POR QUE, POR QUE, PORQUE, PORQUE
03 ETIMOLOGIA
04 ACENTUAÇÃO
05 SINTAXE
06 PROBLEMAS DE CONSTRUÇÃO DE FRASES
07 CONCORDÂNCIA
08 REGÊNCIA
09 PONTUAÇÃO
10 COLOCAÇÃO DOS PRONOMES
11 SEMÂNTICA
12 MORFOLOGIA
13 ESTRUTURA DAS PALAVRAS
14 FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
15 CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
16 COMPREENSÃO TEXTUAL
17 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
18 FIGURAS DE LINGUAGEM
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NÃO SE USA HÍFEN nas locuções de qualquer tipo. Primeiro elemento (= prefixos “circum-” e “pan-”) +
cão de guarda em cima Segundo elemento (iniciado por vogal, “h”, “m”, “n”).
fim de semana (locução por isso (locução adverbial) circum-escolar pan-africano
substantiva) circum-hospitalar pan-helenismo
cor de açafrão abaixo de circum-murado pan-mágico
cor de vinho (locução acerca de circum-navegação pan-negritude
adjetiva)
cada um a fim de (locução Primeiro elemento (= prefixos “hiper-”, “inter-” e “super-”)
prepositiva) + Segundo elemento (iniciado por “r”).
ele próprio a fim de que hiper-requintado super-revista
nós mesmos (locução ao passo que inter-resistente
pronominal)
à parte logo que (locução Após os prefixos “ex-” (no sentido de estado anterior ou
conjuntiva) efeito de cessar), “sota-”, “soto-”, “vice-”, “vizo-”.
ex-aluno sota-piloto
Em palavras derivadas de prefixos/falsos prefixos, ex-diretor soto-mestre
tais como: aero, agro, anti, ante, aquém, arqui, auto,
bio, circum, co, contra, des, eletro, entre, ex, extra, geo, ex-hospedeiro vice-presidente
hidro, hiper, infra, in, inter, intra, macro, maxi, micro, ex-primeiro-ministro vice-reitor
mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseu- ex-presidente vizo-rei
do, retro, semi, sobre, sota, soto, sub, super, supra, tele, ex-rei
ultra, vice, vizo, etc.
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Em palavras derivadas com os sufixos de origem - Pronomes pessoais de tratamento (Vossa Se-
tupi-guarani -açu, -guaçu e -mirim, usa-se hífen. nhoria, Vossa Excelência);
- Cidades, países, estados, províncias , etc. A letra C acompanhada da cedilha (,) também é
(Curitiba, São Paulo, Texas); empregada em palavras derivadas da sílaba –tivo:
- Datas comemorativas, períodos ou eventos E, também, quando se retira a letra R para haver a
marcantes da história, movimentos filosóficos e derivação de outra palavra, observe:
políticos (Páscoa, Socialismo, Eleições, Copa do
- Armar = Armação
Mundo);
- Reclamar =
- Identificação de cargos (Diretor, Supervisor,
Técnico, Gerente, etc.); - Reclamação Fundir = Fundição
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O duplo S é utilizado entre vogais, quando a pala- Quando se usar o prefixo ANTE (anterior, antes),
vra obtiver som de S, caso contrário o som passar a ser como em antevéspera, antebraço e anteontem.
de “Z”. Observe o exemplo a seguir:
Mexer, mexerica, mexicano (exceções: encher, me- - Substantivos terminados em -agem, -igem e
cha, etc.) -ugem, como vagem, ferrugem, fuligem, mensagem e
viagem. Não observa a regra o substantivo pajem.
O X também é utilizado em palavras de origem
africana e indígena, bem como palavras aportuguesa-
- Em palavras terminadas em -ágio, égio, -ígio, ógio
das de origem árabe ou indiana, incorporadas à língua
e úgio, como pedágio, régio, vestígio, relógio e refúgio.
inglesa e por meio dessa trazida até nós:
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- Existem casos em que por que representa uma se- Ex.: “Ninguém entende o porquê de tanta confu-
quência preposição + pronome relativo, equivalendo a são”.
pelo qual, pelos quais, pelas quais, pela qual . 2)Por quê : será usado em final de frase.
- O túnel por que deveríamos passar desabou on- Ex.: “Ela não me telefonou nem me disse por quê “.
tem. = pelo qual
3)Por que : será usado quando o “que” puder ser
- É difícil a situação por que passamos.= pela qual substituído por “qual”, ou no início de frases interro-
Utiliza-se a forma por que também em frases inter- gativas
rogativas diretas. Ex.: “As causas por que luto são nobres”.
- Por que não vais? - Por que você saiu tão cedo? Por que você não veio trabalhar ontem?
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Oxítonos:
04 ACENTUAÇÃO
As palavras em que a sílaba mais forte é a última
A acentuação é um fenômeno que se manifesta são acentuadas quando terminadas em:
tanto na língua falada quanto na escrita. No âmbi-
to da fala, marcamos a acentuação das palavras de -a(s): guaraná, atrás, (ele) será, (tu) serás, Amapá,
forma automática, com uma sutil elevação de voz. Pará; -e(s): tevê, clichê, cortês, português, pajé, convés;
Eventualmente, ocorrem dúvidas quanto à pronúncia -o(s): complô, robô, avô, avós, após, quiproquó(s); -em,
que são na verdade dúvidas quanto à acentuação de -ens: armazém, armazéns, também, (ele) provém (eles)
determinada palavra, como nos exemplos: rubrica ou detêm.
rúbrica, Nobel ou Nóbel. Na língua escrita, a acentua-
ção das palavras decorre basicamente da necessidade Observação:
de marcar aqueles vocábulos que, sem acento, pode-
riam ser lidos ou interpretados de outra forma. As palavras tônicas que possuem apenas uma sí-
laba (monossílabos) terminadas em a, e e o seguem
A acentuação gráfica compreende o uso de quatro também esta regra: pá, pé pó, (tu) dás, três, mês, (ele)
sinais: a) o agudo (‘), para marcar a tonicidade das vo- pôs, má, más; assim também os monossílabos verbais
gais a (paráfrase, táxi, já), i (xícara, cível, aí) e u (cú- seguidos de pronome: dá-la, tê-lo, pô-la, etc.
pula, júri, miúdo); e a tonicidade das vogais abertas e
(exército, série, fé) e o (incólume, dólar, só); b) o grave
ENCONTROS VOCÁLICOS
(`), exclusivamente para indicar a ocorrência de crase,
i. é, a ocorrência da preposição a com o artigo feminino
a ou os demonstrativos a, aquele(s), aquela(s), aquilo. Ditongos abertos tônicos:
c) o circunflexo (^), para marcar a tonicidade da vogal
a nasal ou nasalada (lâmpada, câncer, espontâneo), e Os ditongos ei, eu, oi têm a primeira vogal acentua-
das vogais fechadas e (gênero, tênue, português) e o da graficamente quando for aberta e estiver na sílaba
(trôpego, bônus, robô); d) e acessoriamente o til (~), tônica: papéis, réis, mausoléu, céus, corrói, heróis.
para indicar a nasalidade (e em geral a simultânea to-
nicidade) em a e o (cristã, cristão, pães, cãibra; cora-
ções, põe(s), põem). Ditongos ue e ui antecedidos por g ou q:
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Tem como função primeira a de indicar a nasali- •Antes dos pronomes demonstrativos (isso, esse,
zação das vogais a e o, mas eventualmente acumula este, esta, essa), por exemplo: Era a isso que nos refe-
também a função de marcar a tonicidade (chã, manhã, ríamos; Quando aderir a esse plano, a internet ficará
cristã, cãibra). Acrescente-se, por fim, que as regras mais barata.
para acentuação gráfica valem igualmente para no-
•Antes de nomes de cidade que não utilizam o arti-
mes próprios (América, Brasília, Suécia, Pará, Chuí, go feminino, por exemplo: Fomos à Itália.
Maceió, etc.) e para abreviaturas de palavras acentua-
das (página – pág., páginas – págs., século – séc.). •Palavras repetidas: dia a dia, frente a frente, cara a
cara, gota a gota, ponta a ponta, por exemplo: Ficamos
A acentuação de palavras estrangeiras ainda não cara a cara na festa de final de ano; Dia a dia nos co-
aportuguesadas segue as regras da língua a que per- nhecemos melhor.
tencem: détente, habitué, vis-à-vis (francês).
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FRASES FRAGMENTADAS
Mais um exemplo de frase inaceitável na língua es-
A fragmentação de frases consiste em pontuar uma crita culta:
oração subordinada ou uma simples locução como se
fosse uma frase completa. Decorre da pontuação er- Errado: No discurso de posse, mostrou determina-
rada de uma frase simples. Embora seja usada como ção, não ser inseguro, inteligência e ter ambição.
recurso estilístico na literatura, a fragmentação de fra- O problema aqui decorre de coordenar palavras
ses devem ser evitada nos textos oficiais, pois muitas (substantivos) com orações (reduzidas de infinitivo).
vezes dificulta a compreensão. Ex.:
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou
Errado: O programa recebeu a aprovação do por transformá-la em frase simples, substituindo as
Congresso Nacional. Depois de ser longamente de- orações reduzidas por substantivos:
batido. Certo: O programa recebeu a aprovação do
Congresso Nacional, depois de ser longamente deba- Certo: No discurso de posse, mostrou determina-
tido. Certo: Depois de ser longamente debatido, o pro- ção, segurança, inteligência e ambição. Ou empregar
grama recebeu a aprovação do Congresso Nacional. a forma oracional reduzida uniformemente: Certo: No
discurso de posse, mostrou ser determinado e seguro,
Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente ter inteligência e ambição.
submetido ao Presidente da República, que o aprovou.
Consultadas as áreas envolvidas na elaboração do tex-
to legal. Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso
paralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equi-
Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente valente) a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao
submetido ao Presidente da República, que o aprovou, se apresentar, de forma paralela, estruturas sintáticas
consultadas as áreas envolvidas na elaboração do tex- distintas:
to legal.
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e
o Papa.
ERROS DE PARALELISMO
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cida-
Uma das convenções estabelecidas na linguagem des (Paris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma
escrita consiste em apresentar ideias similares numa possibilidade de correção é transformá-la em duas fra-
forma gramatical idêntica, o que se chama de parale- ses simples, com o cuidado de não repetir o verbo da
lismo. Assim, incorre-se em erro ao conferir forma não primeira (visitar):
paralela a elementos paralelos. Vejamos alguns exem-
plos: Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma.
Nesta última capital, encontrou-se com o Papa.
Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos
Ministérios economizar energia e que elaborassem Errado: O projeto tem mais de cem páginas e muita
planos de redução de despesas. complexidade.
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Errado: Neste momento, não se devem adotar me- A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade
didas precipitadas, e que comprometam o andamento de identificar-se a que palavra se refere um pronome
de todo o programa. que possui mais de um antecedente na terceira pessoa.
Pode ocorrer com:
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo
anterior aqui podemos ou suprimir a conjunção:
a) pronomes pessoais:
Certo: Neste momento, não se devem adotar medi- Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretaria-
das precipitadas, que comprometam o andamento de do que ele seria exonerado.
todo o programa.
Ou estabelecer forma paralela coordenando ora- Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu
ções adjetivas, recorrendo ao pronome relativo que e secretariado.
ao verbo ser:
Ou então, caso o entendimento seja outro:
Certo: Neste momento, não se devem adotar me-
didas que sejam precipitadas e que comprometam o Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a
andamento de todo o programa. exoneração deste.
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A solução é recorrer às formas o qual, a qual, os O piloto gosta de automóveis; prefere, porém, des-
quais, as quais, que marcam gênero e número. locar-se em aviões.
Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu Alternativas: relacionam pensamentos que se ex-
costumava trabalhar. Se o entendimento é outro, en- cluem. As conjunções alternativas mais utilizadas são:
tão: Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu ou, quer...quer, ora...ora, já...já.
costumava trabalhar. Há, ainda, outro tipo de ambi-
guidade, que decorre da dúvida sobre a que se refere O Presidente irá ao encontro (ou) de automóvel, ou
a oração reduzida: Ambíguo: Sendo indisciplinado, o de avião. Conclusivas: relacionam pensamentos tais
Chefe admoestou o funcionário. que o segundo contém a conclusão do enunciado no
primeiro. São: logo, pois, portanto, consequentemente,
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo aci- por conseguinte, etc.
ma, deve-se deixar claro qual o sujeito da oração re-
duzida. Claro: O Chefe admoestou o funcionário por A inflação é o maior inimigo da Nação; logo, é meta
ser este indisciplinado. Ambíguo: Depois de exami- prioritária do governo eliminá-la.
nar o paciente, uma senhora chamou o médico. Claro: Explicativas: relacionam pensamentos em sequên-
Depois que o médico examinou o paciente, foi chama- cia justificativa, de tal modo que a segunda oração ex-
do por uma senhora. plica a razão de ser da primeira. São: que, pois, por-
que, portanto.
TIPOS DE ORAÇÕES E EMPREGO DE
Aceite os fatos, pois eles são o espelho da realidade.
CONJUNÇÕES
As conjunções são palavras invariáveis que ligam Períodos Subordinados e Conjunções Subordina-
orações, termos da oração ou palavras. Estabelecem tivas:
relações entre orações e entre os termos sintáticos, que
podem ser de dois tipos: As conjunções subordinativas unem duas orações
de natureza diversa: a que é introduzida pela con-
a) de coordenação de ideias de mesmo nível, e junção completa o sentido da oração principal ou lhe
de elementos de idêntica função sintática; acrescenta uma determinação. As orações subordina-
das desenvolvidas (i. é, aquelas que apresentam verbo
b) de subordinação, para estabelecer hierarquia em uma das formas finitas, indicativo ou subjuntivo)
entre as ideias, e permitir que uma oração com- e as conjunções empregadas em cada modalidade de
plemente o sentido da outra. subordinação são as seguintes:
Por esta razão, o uso apropriado das conjunções é Substantivas: desempenham funções de substanti-
de grande importância: seu emprego indevido gera vo, ou seja, sujeito, objeto direto, objeto indireto, pre-
imprecisão ou combinações errôneas de ideias. dicativo.
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Podem ser introduzidas pelas conjunções integran- b) Concessivas: embora, conquanto, ainda que,
tes que, se, como; pelos pronomes relativos, que, quem, posto que, se bem que, etc. O orçamento foi aprovado,
quantos; e pelos pronomes interrogativos quem, (o) embora os preços estivessem altos.
que, quanto(a)(s), qual (is), como, onde, quando. De
acordo com a função que exercem, as orações são clas- c) Condicionais: se, caso, contanto que, sem que,
sificadas em: uma vez que, dado que, desde que, etc. O Presidente
baixará uma medida provisória se houver necessi-
a) subjetivas: É surpreendente que as transforma- dade. Informarei o Secretário sobre a evolução dos
ções ainda não tenham sido assimiladas. Quem não acontecimentos contanto que ele guarde sigilo daquilo
tem competência não se estabelece. que ouvir.
b) objetivas diretas: O Ministro anunciou que os d) Conformativas: como, conforme, consoante, se-
recursos serão liberados. gundo, etc.
c) objetivas indiretas: A liberação dos recursos de- Despachei o processo conforme determinava a pra-
pende de que o Ministro a autorize. xe em vigor.
d) predicativas: O problema do projeto foi que nin- e) Comparativas: que, do que (relacionados a mais,
guém previu todas as suas consequências. menos, maior, menor, melhor, pior); qual (relacionado
a tal); como ou quanto (relacionados a tal, tanto, tão);
Adjetivas: desempenham a função de adjetivo, res- como se; etc.
tringindo o sentido do substantivo a que se referem,
ou simplesmente lhe acrescentando outra caracterís- Nada é tão importante como (ou quanto) o respeito
tica. São introduzidas pelos pronomes relativos que, aos direitos humanos. f) Consecutivas: que (relacio-
o (a) qual, quem, quanto, cujo, como, onde, quando. nado com tal, tão, tanto, tamanho); de modo que, de
Podem ser, portanto: maneira que; etc.
e) restritivas: Só poderão inscrever-se os candida- O descontrole monetário era tal que não restou ou-
tos que preencheram todos os requisitos para o con- tra solução senão o congelamento.
curso.
g) Finais: para que ou por que, a fim de que, que,
etc.
f) não-restritivas (ou explicativas):
O pai trabalha muito para (ou a fim de ) que nada
O Presidente da República, que tem competência
falte aos filhos.
exclusiva nessa matéria, decidiu encaminhar o projeto.
Observe que o fato de a oração adjetiva restringir, h) Proporcionais: à medida ou proporção que, ao
ou não, o substantivo (nome ou pronome) a que se re- passo que, etc.
fere repercute na pontuação. Na frases de a), a oração
adjetiva especifica que não são todos os candidatos que As taxas de juros aumentavam à proporção (ou me-
poderão inscrever-se, mas somente aqueles que preen- dida) que a inflação crescia.
cherem todos os requisitos para o concurso. Como se
verifica pelo exemplo, as orações adjetivas restritivas i) Temporais: quando, apenas, mal, até que, assim
não são pontuadas com vírgula em seu início. Já em b) que, antes ou depois que, logo que, tanto que, etc. O
temos o exemplo contrário: como só há um Presidente acordo será celebrado quando alcançar-se um enten-
da República, a oração adjetiva não pode especificá-lo, dimento mínimo. Apenas iniciado o mandato, o go-
mas apenas agregar alguma característica ou atributo vernador decretou a moratória da dívida pública do
dele. Este segundo tipo de oração vem, obrigatoria- Estado.
mente, precedido por vírgula anteposta ao prenome
relativo que a introduz.
Orações Reduzidas:
Adverbiais: que cumprem a função de advérbios.
A mesma classificação das orações subordinadas
As conjunções que com mais frequência conectam es-
desenvolvidas vale para as reduzidas, aquelas em que
sas orações vêm listadas ao lado da denominação de
o verbo está em uma das três formas nominais (infi-
cada modalidade. As orações adverbiais são classifi-
nitivo, particípio e gerúndio). Mencionemos alguns
cadas de acordo com a ideia expressa por sua função
exemplos:
adverbial:
a) Causais: porque; como, desde que, já que, vis- a) substantivas: são sempre reduzidas de infinitivo
to, uma vez que (antepostos). O Coronel assumiu o (pois este é a forma nominal substantiva do verbo): É
comando porque o General havia falecido. Como o obrigatório revisar o texto. O Chefe prefere refazer ele
General havia falecido, o Coronel assumiu o comando. mesmo o texto. Eu gosto de reler todos os textos.
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Essa acomodação formal se chama “flexão” e se dá São muito frequentes os erros de pessoalização
quanto a gênero e número (nos adjetivos – nomes ou dos verbos haver e fazer em locuções verbais (ou seja,
quando acompanhados de verbo auxiliar). Nestes ca-
pronomes), números e pessoa (nos verbos). Daí a divi-
sos, os verbos haver e fazer transmitem sua impessoa-
são: concordância nominal e concordância verbal.
lidade ao verbo auxiliar:
Quando o sujeito for composto, ou seja, possuir b) Concordância facultativa com sujeito mais pró-
mais de um núcleo, o verbo vai para o plural e para ximo: quando o sujeito composto figurar após o verbo,
a pessoa que tiver primazia, na seguinte ordem: a 1a pode este flexionar-se no plural ou concordar com o
elemento mais próximo.
pessoa tem prioridade sobre a 2a e a 3a; a 2a sobre a
3a; na ausência de uma e outra, o verbo vai para a 3a Venceremos eu e você. – ou: Vencerei eu e você. –
pessoa. ou, ainda:
Eu e Maria queremos viajar em maio. Eu, tu e João Vencerá você e eu.
somos amigos. O Presidente e os Ministros chegaram
logo. c) Quando o sujeito composto for constituído de
palavras sinônimas (ou quase), formando um todo
Observação: Por desuso do pronome vós e respec- indiviso, ou de elementos que simplesmente se refor-
tivas formas verbais no Brasil, tu e ... leva o verbo para çam, a concordância é facultativa, ou com o elemento
a 3a pessoa do plural: Tu e o teu colega devem (e não mais próximo ou com a ideia plural contida nos dois
deveis) ter mais calma. ou mais elementos:
Analisaremos a seguir algumas questões que costu- A sociedade, o povo une-se para construir um país
mam suscitar dúvidas quanto à correta concordância mais justo. – ou então: A sociedade, o povo unem-se
verbal. para construir um país mais justo.
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d) O substantivo que se segue à expressão um e sição à concordância lógica, que se faz com o núcleo
outro fica no singular, mas o verbo pode empregar-se sintático do sintagma (ou locução) nominal (a maio-
no singular ou no plural: ria + de...):
Um e outro decreto trata da mesma questão jurídi- A maioria dos condenados acabou (ou acaba-
ca. – ou: Um e outro decreto tratam da mesma questão ram) por confessar sua culpa. Um grande número de
jurídica. Estados aprovaram (ou aprovou) a Resolução da ONU.
e) As locuções um ou outro, ou nem um, nem ou- Metade dos Deputados repudiou (ou repudiaram)
tro, seguidas ou não de substantivo, exigem o verbo as medidas.
no singular:
j) Concordância do verbo ser: segue a regra geral
Uma ou outra opção acabará por prevalecer. Nem (concordância com o sujeito em pessoa e número),
uma, nem outra medida resolverá o problema. mas nos seguintes casos é feita com o predicativo: –
quando inexiste sujeito:
f) No emprego da locução um dos que, admite-se
dupla sintaxe, verbo no singular ou verbo no plural Hoje são dez de julho. Agora são seis horas. Do
(prevalece este no uso atual): Planalto ao Congresso são duzentos metros. Hoje é dia
quinze.
Um dos fatores que influenciaram (ou influenciou)
a decisão foi a urgência de obter resultados concretos. – quando o sujeito refere-se a coisa e está no sin-
A adoção da trégua de preços foi uma das medidas gular e o predicativo é substantivo no plural: Minha
que geraram (ou gerou) mais impacto na opinião pú- preocupação são os despossuídos. O principal erro fo-
blica. ram as manifestações extemporâneas.
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c) possível: em expressões superlativas, este adje- ••Aspirar: no sentido de respirar, é transitivo di-
tivo ora aparece invariável, ora flexionado (embora no reto: Aspiramos o ar puro da montanha. Aspirá-lo. –
português, moderno se prefira empregá-lo no plural): no sentido de desejar ardentemente, de pretender, é
As características do solo são as mais variadas possí- transitivo indireto, regendo a preposição a: O projeto
veis. As características do solo são as mais variadas aspira à estabilidade econômica da sociedade. Aspira
possível. a ela. Aspirar a um cargo. Aspirar a ele.
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••Assistir: no sentido de auxiliar, ajudar, socorrer, (incumbir-lhe) alguma coisa: O Presidente incumbiu
é transitivo direto: Procuraremos assistir os atingidos ao Chefe do Cerimonial preparar a visita do dignitário
pela seca (assisti-los). O direito que assiste ao autor estrangeiro.
de rever sua posição. O direito que lhe assiste... – no
sentido de estar presente, comparecer, ver é transitivo ••Informar: informar alguém (informá-lo) de algu-
indireto, regendo a preposição a: Não assisti à reunião ma coisa: Informo Vossa Senhoria de que as providên-
ontem. Não assisti a ela. Assisti a um documentário cias solicitadas já foram adotadas. – informar a alguém
muito interessante. Assisti a ele. Nesta acepção, o ver- (informar-lhe) alguma coisa: Muito agradeceria infor-
bo não pode ser apassivado; assim, em linguagem cul- mar à autoridade interessada o teor da nova proposta.
ta formal, é incorreta a frase: “A reunião foi assistida
por dez pessoas”. ••Obedecer: obedecer a alguém ou a alguma coisa
(obedecer-lhe): As reformas obedeceram à lógica do
••Atender: O Prefeito atendeu ao pedido do verea- programa de governo. É necessário que as autoridades
dor. O Presidente atendeu o Ministro (atendeu-o) em constituídas obedeçam aos preceitos da Constituição.
sua reivindicação. Ou O Presidente atendeu ao Minis- Todos lhe obedecem.
tro (atendeu a ele) em sua reivindicação.
••Pedir: pedir a alguém (pedir-lhe) alguma coi-
••Avisar: avisar alguém (avisá-lo) de alguma coisa: sa: Pediu ao assessor o relatório da reunião. – pedir
O Tribunal Eleitoral avisou os eleitores da necessidade a alguém (pedir-lhe) que faça alguma coisa: (“Pedir
do recadastramento. a alguém para fazer alguma coisa” é linguagem oral,
vulgar, informal.) Pediu aos interessados (pediu-lhes)
••Comparecer: comparecer a (ou em) algum lugar que (e não *para que) procurassem a repartição do Mi-
ou evento: Compareci ao(ou no) local indicado nas nistério da Saúde.
instruções. A maioria dos delegados compareceu à (ou
na) reunião ••Preferir: preferir uma coisa (preferi-la) a outra
(evite: “preferir uma coisa do que outra”): Prefiro a de-
••Compartilhar: compartilhar alguma (ou de algu- mocracia ao totalitarismo. Vale para a forma nominal
ma) coisa: O povo brasileiro compartilha os (ou dos) preferível: Isto é preferível àquilo (e não preferível do
ideais de preservação ambiental do Governo. que...).
••Consistir: consistir em alguma coisa (consistir de ••Propor-se: propor-se (fazer) alguma coisa ou a
é anglicismo): O plano consiste em promover uma tré- (fazer) alguma coisa: O decreto propõe-se disciplinar
gua de preços por tempo indeterminado. (ou a disciplinar) o regime jurídico das importações.
••Custar: no sentido usual de ter valor, valer: A ••Referir: no sentido de ‘relatar’ é transitivo direto:
casa custou um milhão de cruzeiros. Referiu as informações (referiu-as) ao encarregado.
– no sentido de ser difícil, este verbo se usa na 3a ••Visar: com o sentido de ter por finalidade, a re-
pessoa do sing., em linguagem culta formal: gência originária é transitiva indireta, com a preposi-
ção a. Tem- se admitido, contudo, seu emprego com o
Custa-me entender esse problema. (Eu) custo a en- transitivo direto com essa mesma acepção: O projeto
tender esse problema – é linguagem oral, escrita infor- visa ao estabelecimento de uma nova ética social (visa
mal, etc. a ele). Ou: visa o estabelecimento (visa-o). As provi-
dências visavam ao interesse (ou o interesse) das clas-
Custou-lhe aceitar a argumentação da oposição.
ses desfavorecidas.
(Como sinônimo de demorar, tardar – Ele custou a
aceitar a argumentação da oposição – tb. é linguagem Observação: Na língua escrita culta, os verbos que
oral, vulgar, informal.) regem determinada preposição, ao serem empregados
em orações introduzidas por pronome relativo, man-
••Declinar: declinar de alguma coisa (no sentido de têm essa regência, embora a tendência da língua fala-
rejeitar): Declinou das homenagens que lhe eram devi- da seja aboli-la.
das. implicar: no sentido de acarretar, produzir como
consequência, é transitivo direto – implicá-lo: Ex.: Esses são os recursos de que o Estado dispõe (e
não recursos que dispõe, próprio da linguagem oral ou
O Convênio implica a aceitação dos novos preços escrita informal).
para a mercadoria. (O Convênio implica na aceitação...
– é inovação sintática bastante frequente no Brasil. Apresentou os pontos em que o Governo tem in-
Mesmo assim, aconselha-se manter a sintaxe originá- sistido (e não pontos que o Governo...). Já as orações
ria: implica isso, implica-o...) subordinadas substantivas introduzidas por conjun-
ção integrante (que, como e se) dispensam o emprego
••Incumbir: incumbir alguém (incumbi-lo) de al- da preposição: O Governo insiste que a negociação é
guma coisa: Incumbi o Secretário de providenciar a imprescindível. Não há dúvida que o esforço é funda-
reserva das dependências. – ou incumbir a alguém mental. Lembre como revisar um texto.
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••assinalar as pausas e as inflexões da voz (a en- f) a vírgula também é empregada para indicar a
toação) na leitura; elipse (ocultação) de verbo ou outro termo anterior:
O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria,
••separar palavras, expressões e orações que,
os particulares. (A vírgula indica a elipse do verbo re-
segundo o autor, devem merecer destaque;
gulamenta.) Às vezes procura assistência; outras, toma
••esclarecer o sentido da frase, eliminando am- a iniciativa. (A vírgula indica a elipse da palavra ve-
biguidades. zes.)
e) Vocativos, apostos, orações adjetivas não-restri- V – improbidade administrativa, nos termos do art.
tivas (explicativas) devem ser separados por vírgula: 37, § 4o.
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Povo deste grande País! Com nosso trabalho che- a) substitui parênteses, vírgulas, dois-pontos:
garemos lá!
O controle inflacionário – meta prioritária do
Governo – será ainda mais rigoroso. As restrições ao
ASPAS livre mercado – especialmente o de produtos tecnolo-
gicamente avançados – podem ser muito prejudiciais
As aspas têm os seguintes empregos: para a sociedade.
••dão destaque a nomes de publicações, obras de c) indica a substituição de um termo, para evitar
arte, intitulativos, apelidos, etc.: O artigo sobre o pro- repetições: O verbo fazer (vide sintaxe do verbo –), no
cesso de desregulamentação foi publicado no “Jornal sentido de tempo transcorrido, é utilizado sempre na
do Brasil”. A Secretaria da Cultura está organizando 3a pessoa do singular: faz dois anos que isso aconte-
uma apresentação das “Bachianas”, de Villa Lobos. ceu. d) dá ênfase a determinada palavra ou pensamen-
to que segue: Não há outro meio de resolver o pro-
••destacam termos estrangeiros: O processo da blema – promova-se o funcionário. Ele reiterou suas
“détente” teve início com a Crise dos Mísseis em Cuba, ideias e convicções – energicamente.
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Como norma geral, deve-se colocar o pronome áto- No caso, a próclise com o infinitivo é própria da
no antes do verbo, quando antes dele houver uma pa- linguagem oral, ou escrita informal: Devemos lhe di-
lavra pertencente a um dos seguintes grupos: zer ... Evite-se esta colocação na redação oficial. Se, no
caso mencionado, houver palavra que exige a próclise,
a) palavras negativas: não, nada, nunca, jamais, só duas posições serão possíveis para o pronome áto-
nem, nenhum, ninguém. O assessor não lhes forneceu no: antes do auxiliar (próclise) ou depois do infinitivo
detalhes do projeto? Jamais nos afastaremos das pro- (ênclise). Ex.: Não lhe devemos dizer a verdade. Não
messas de campanha; devemos dizer-lhe a verdade.
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“(...) é um produto social, é uma atividade do espí- Os homógrafos de idêntica pronúncia diferenciam-
rito humano. Não é, assim, independente da vontade se pelo contexto em que são empregados. Não há dú-
do homem, porque o homem não é uma folha seca ao vida, por exemplo, quanto ao emprego da palavra são
sabor dos ventos veementes de uma fatalidade desco- nos três sentidos: a) verbo ser, 3a pess. do pl. do pres.,
nhecida e cega. Não está obrigada a prosseguir na sua b) saudável e c) santo.
trajetória, de acordo com leis determinadas, porque as
línguas seguem o destino dos que as falam, são o que Palavras de grafia diferente e de pronúncia igual
delas fazem as sociedades que as empregam.” (homófonos) geram dúvidas ortográficas. Caso, por
exemplo, de acento/assento, coser/cozer, dos prefixos
Assim, continuamente, novas palavras são criadas ante-/anti-, etc. Aqui o contexto não é suficiente para
(os neologismos) como produto da dinâmica social, e resolver o problema, pois sabemos o sentido, a dúvida
incorporados ao idioma inúmeros vocábulos de ori- é de letra(s).
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Sempre que houver incerteza, consulte a lista ••Aleatório: casual, fortuito, acidental. Alheatório:
adiante, algum dicionário ou manual de ortografia. que alheia, alienante, que desvia ou perturba.
Já o termo paronímia designa o fenômeno que ••Amoral: desprovido de moral, sem senso de mo-
ocorre com palavras semelhantes (mas não idênticas) ral. Imoral: contrário à moral, aos bons costumes, de-
quanto à grafia ou à pronúncia. É fonte de muitas dú- vasso, indecente.
vidas, como entre descrição (‘ato de descrever’) e dis-
crição (‘qualidade do que é discreto’), retificar (‘corri- ••Ante (preposição): diante de, perante: Ante tal si-
gir’) e ratificar (confirmar). tuação, não teve alternativa. Ante- (prefixo): expressa
anterioridade: antepor, antever, anteprojeto ante-dilu-
Como não interessa aqui aprofundar a discussão viano. Anti- (prefixo): expressa contrariedade; contra:
teórica da matéria, restringimo-nos a uma lista de pa- anticientífico, antibiótico, anti-higiênico, anti-Marx.
lavras que costumam suscitar dúvidas de grafia ou
sentido. Procuramos incluir palavras que com mais ••Ao encontro de: para junto de; favorável a: Foi
frequência provocam dúvidas. ao encontro dos colegas. O projeto salarial veio ao en-
contro dos anseios dos trabalhadores. De encontro a:
••Absolver: inocentar, relevar da culpa imputada: contra; em prejuízo de: O carro foi de encontro a um
O júri absolveu o réu. muro. O governo não apoiou a medida, pois vinha de
encontro aos interesses dos menores.
••Absorver: embeber em si, esgotar: O solo absor-
veu lentamente a água da chuva. ••Ao invés de: ao contrário de: Ao invés de demi-
tir dez funcionários, a empresa contratou mais vinte.
••Acender: atear (fogo), inflamar. (Inaceitável o cruzamento *ao em vez de.) Em vez de:
em lugar de: Em vez de demitir dez funcionários, a
••Ascender: subir, elevar-se.
empresa demitiu vinte.
••Acento: sinal gráfico; inflexão vocal: Vocábulo
••A par: informado, ao corrente, ciente: O Ministro
sem acento.
está a par (var.: ao par) do assunto; ao lado, junto; além
de.
••Assento: banco, cadeira: Tomar assento num car-
go.
••Ao par: de acordo com a convenção legal: Fez a
troca de mil dólares ao par.
••Acerca de: sobre, a respeito de: No discurso, o
Presidente falou acerca de seus planos. A cerca de: a ••Aparte: interrupção, comentário à margem: O
uma distância aproximada de: O anexo fica a cerca de deputado concedeu ao colega um aparte em seu pro-
trinta metros do prédio principal. Estamos a cerca de nunciamento. À parte: em separado, isoladamente, de
um mês ou (ano) das eleições. Há cerca de: faz aproxi- lado: O anexo ao projeto foi encaminhado por expe-
madamente (tanto tempo): Há cerca de um ano, trata- diente à parte.
mos de caso idêntico; existem aproximadamente: Há
cerca de mil títulos no catálogo. ••Apreçar: avaliar, pôr preço: O perito apreçou irri-
soriamente o imóvel. Apressar: dar pressa a, acelerar:
••Acidente: acontecimento casual; desastre: A der- Se o andamento das obras não for apressado, não será
rota foi um acidente na sua vida profissional. O súbito cumprido o cronograma.
temporal provocou terrível acidente no parque. Inci-
dente: episódio; que incide, que ocorre: O incidente da ••Área: superfície delimitada, região.
demissão já foi superado.
••Ária: canto, melodia.
••Adotar: escolher, preferir; assumir; pôr em prá-
tica. ••Aresto: acórdão, caso jurídico julgado: Neste
caso, o aresto é irrecorrível. Arresto: apreensão judi-
••Dotar: dar em doação, beneficiar. cial, embargo: Os bens do traficante preso foram todos
arrestados.
••Afim: que apresenta afinidade, semelhança, rela-
ção (de parentesco): Se o assunto era afim, por que não ••Arrochar: apertar com arrocho, apertar muito.
foi tratado no mesmo parágrafo? A fim de: para, com a
finalidade de, com o fito de: O projeto foi encaminha- ••Arroxar: ou arroxear, roxear: tornar roxo.
do com quinze dias de antecedência a fim de permitir
a necessária reflexão sobre sua pertinência. ••Ás: exímio em sua atividade; carta do baralho. Az
(p. us.): esquadrão, ala do exército.
••Alto: de grande extensão vertical; elevado, gran-
de. Auto: ato público, registro escrito de um ato, peça ••Atuar: agir, pôr em ação; pressionar. Autuar: la-
processual. vrar um auto; processar.
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••Auferir: obter, receber: Auferir lucros, vantagens. ••Cível: relativo à jurisdição dos tribunais civis. Ci-
Aferir: avaliar, cotejar, medir, conferir: Aferir valores, vil: relativo ao cidadão; cortês, polido (daí civilidade);
resultados. não militar nem, eclesiástico.
••Augurar: prognosticar, prever, auspiciar: O Presi- ••Colidir: trombar, chocar; contrariar: A nova pro-
dente augurou sucesso ao seu par americano. posta colide frontalmente com o entendimento havido.
••Agourar: pressagiar, predizer (geralmente no ••Coligir: colecionar, reunir, juntar: As leis foram
mau sentido): Os técnicos agouram desastre na colhei- coligidas pelo Ministério da Justiça.
ta.
••Comprimento: medida, tamanho, extensão, altu-
••Avocar: atribuir-se, chamar: Avocou a si compe- ra.
tências de outrem. Evocar: lembrar, invocar: Evocou
••Cumprimento: ato de cumprir, execução comple-
no discurso o começo de sua carreira. Invocar: pedir (a
ta; saudação.
ajuda de); chamar; proferir: Ao final do discurso, invo-
cou a ajuda de Deus. ••Concelho: circunscrição administrativa ou muni-
cípio (em Portugal).
••Caçar: perseguir, procurar, apanhar (geralmente
animais). ••Conselho: aviso, parecer, órgão colegiado.
••Cassar: tornar nulo ou sem efeito, suspender, in- ••Concerto: acerto, combinação, composição, har-
validar. monização (cp. concertar): O concerto das nações... O
concerto de Guarnieri... Conserto: reparo, remendo,
••Carear: atrair, ganhar, granjear. restauração (cp. consertar): Certos problemas crônicos
aparentemente não têm conserto.
••Cariar: criar cárie. Carrear: conduzir em carro,
carregar. ••Conje(c)tura: suspeita, hipótese, opinião. Conjun-
tura: acontecimento, situação, ocasião, circunstância.
••Casual: fortuito, aleatório, ocasional.
••Contravenção: transgressão ou infração a normas
••Causal: causativo, relativo a causa. estabelecidas.
••Chá: planta, infusão. Xá: antigo soberano persa. ••Degredar: impor pena de degredo, desterrar, ba-
nir.
••Cheque: ordem de pagamento à vista. Xeque:
dirigente árabe; lance de xadrez; (fig.) perigo (pôr em ••Delatar (delação): denunciar, revelar crime ou
xeque). delito, acusar: Os traficantes foram delatados por
membro de quadrilha rival. Dilatar (dilação): alargar,
••Círio: vela de cera. estender; adiar, diferir: A dilação do prazo de entrega
das declarações depende de decisão do Diretor da Re-
••Sírio: da Síria. ceita Federal.
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••Derrogar: revogar parcialmente (uma lei), anular. ••Emitir (emissão): produzir, expedir, publicar.
••Derrocar: destruir, arrasar, desmoronar. ••Imitir (imissão): fazer entrar, introduzir, investir.
••Descrição: ato de descrever, representação, defi- ••Empoçar: reter em poço ou poça, formar poça.
nição.
••Empossar: dar posse a, tomar posse, apoderar-se.
••Discrição: discernimento, reserva, prudência, re-
cato. ••Encrostar: criar crosta. Incrustar: cobrir de crosta,
adornar, revestir, prender-se, arraigar-se.
••Descriminar: absolver de crime, tirar a culpa de.
••Entender: compreender, perceber, deduzir.
••Discriminar: diferençar, separar, discernir.
••Intender: (p. us): exercer vigilância, superinten-
••Despensa: local em que se guardam mantimen- der.
tos, depósito de provisões. Dispensa: licença ou per-
missão para deixar de fazer algo a que se estava obri- ••Enumerar: numerar, enunciar, narrar, arrolar.
gado; demissão.
••Inúmero: inumerável, sem conta, sem número.
••Despercebido: que não se notou, para o que não
se atentou: Apesar de sua importância, o projeto pas- ••Espectador: aquele que assiste qualquer ato ou
sou despercebido. espetáculo, testemunha.
••Emergir: vir à tona, manifestar-se. Imergir: mer- ••Fluorescente: que tem a propriedade da fluores-
gulhar, afundar (submergir), entrar. cência.
••Emigrar: deixar o país para residir em outro. ••Folhar: produzir folhas, ornar com folhagem, re-
vestir lâminas.
••Imigrar: entrar em país estrangeiro para nele vi-
ver. ••Folhear: percorrer as folhas de um livro, compul-
sar, consultar.
••Eminente (eminência): alto, elevado, sublime.
Iminente (iminência): que está prestes a acontecer, ••Incerto: não certo, indeterminado, duvidoso, va-
pendente, próximo. riável.
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••Inquerir: apertar (a carga de animais), encilhar. ••Original: com caráter próprio; inicial, primordial.
Inquirir: procurar informações sobre, indagar, inves-
tigar, interrogar. ••Originário: que provém de, oriundo; inicial, pri-
mitivo.
••Intercessão: ato de interceder. Interse(c)ção: ação
de se(c)cionar, cortar; ponto em que se encontram ••Paço: palácio real ou imperial; a corte. Passo: ato
duas linhas ou superfícies. de avançar ou recuar um pé para andar; caminho, eta-
pa.
••Inter- (prefixo): entre; preposição latina usada em
locuções: inter alia (entre outros), inter pares (entre ••Pleito: questão em juízo, demanda, litígio, discus-
iguais). são: O pleito por mais escolas na região foi muito bem
formulado.
••Intra- (prefixo): interior, dentro de.
••Preito: sujeição, respeito, homenagem: Os alunos
••Judicial: que tem origem no Poder Judiciário ou renderam preito ao antigo reitor.
que perante ele se realiza.
••Preceder: ir ou estar adiante de, anteceder, adian-
••Judiciário: relativo ao direito processual ou à or- tar-se.
ganização da Justiça.
••Proceder: originar-se, derivar, provir; levar a efei-
••Liberação: ato de liberar, quitação de dívida ou to, executar.
obrigação.
••Pós- (prefixo): posterior a, que sucede, atrás de,
••Libertação: ato de libertar ou libertar-se. após: pós-moderno, pós-operatório. Pré- (prefixo): an-
terior a, que precede, à frente de, antes de: pré-moder-
••Lista: relação, catálogo; var. pop. de listra. Listra: nista, pré-primário. Pró (advérbio): em favor de, em
risca de cor diferente num tecido (var. pop. de lista). defesa de. A maioria manifestou-se contra, mas dei
meu parecer pró.
••Locador: que dá de aluguel, senhorio, arrenda-
dor. Locatário: alugador, inquilino: O locador reajus- ••Preeminente: que ocupa lugar elevado, nobre,
tou o aluguel sem a concordância do locatário. distinto.
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••Proeminente: alto, saliente, que se alteia acima do ••Sedento: que tem sede; sequioso (var. p. us.: se-
que o circunda. dente).
••Preposição: ato de prepor, preferência; palavra ••Cedente: que cede, que dá.
invariável que liga constituintes da frase. Proposição:
ato de propor, proposta; máxima, sentença; afirmativa, ••Sobrescritar: endereçar, destinar, dirigir.
asserção.
••Subscritar: assinar, subscrever.
••Presar: capturar, agarrar, apresar.
••Sortir: variar, combinar, misturar.
••Prezar: respeitar, estimar muito, acatar.
••Surtir: causar, originar, produzir (efeito).
••Prescrever: fixar limites, ordenar de modo explí-
cito, determinar; ficar sem efeito, anular-se: O prazo
••Subentender: perceber o que não estava clara-
para entrada do processo prescreveu há dois meses.
mente exposto; supor.
Proscrever: abolir, extinguir, proibir, terminar; dester-
rar. O uso de várias substâncias psicotrópicas foi pros-
••Subintender: exercer função de subintendente,
crito por recente portaria do Ministro.
dirigir. Subtender: estender por baixo.
••Prever: ver antecipadamente, profetizar; calcular:
A assessoria previu acertadamente o desfecho do caso. ••Sustar: interromper, suspender; parar, interrom-
Prover: providenciar, dotar, abastecer, nomear para per-se (sustar-se).
cargo: O chefe do departamento de pessoal proveu os
cargos vacantes. Provir: originar-se, proceder; resultar: ••Suster: sustentar, manter; fazer parar, deter.
A dúvida provém (Os erros provêm) da falta de leitu-
ra. ••Tacha: pequeno prego; mancha, defeito, pecha.
••Repressão: ato de reprimir, contenção, impedi- ••Trás: atrás, detrás, em seguida, após (cf. em locu-
mento, proibição. ções: de trás, por trás).
••Repreensão: ato de repreender, enérgica admoes- ••Traz: 3a pessoa do singular do presente do indi-
tação, censura, advertência. cativo do verbo trazer.
••Ruço: grisalho, desbotado. Russo: referente à ••Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam
Rússia, nascido naquele país; língua falada na Rússia. roupas.
••Sanção: confirmação, aprovação; pena imposta ••Vestuário: as roupas que se vestem, traje.
pela lei ou por contrato para punir sua infração. San-
são: nome de personagem bíblico; certo tipo de guin- ••Vultoso: de grande vulto, volumoso. Vultuoso (p.
daste. us.): atacado de vultuosidade (congestão da face).
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Quanto a determinadas expressões que devem ser Ao nível de/em nível (de):
evitadas, mencionem-se aquelas que formam cacófa-
A locução ao nível tem o sentido de à mesma altura
tos, ou seja, o encontro de sílabas em que a malícia des-
de: Fortaleza localiza-se ao nível do mar. Evite seu uso
cobre um novo termo com sentido torpe ou ridículo.
com o sentido de em nível, com relação a, no que se
Não há necessidade, no entanto, de estender a preo-
refere a. Em nível significa ‘nessa instância’: A deci-
cupação de evitar a ocorrência de cacófatos a um sem são foi tomada em nível Ministerial; Em nível político,
-número de locuções que produzem terceiro sentido, será difícil chegar-se ao consenso. A nível (de) consti-
como por cada, vez passada, etc. Trata-se, sobretudo, tui modismo que é melhor evitar.
de uma questão de estilo e da própria sensibilidade do
autor do texto. Não faz sentido eliminar da língua inú-
meras locuções que só causam espanto ao leitor que Assim:
está à procura do duplo sentido.
Use após a apresentação de alguma situação ou pro-
Essa recomendação vale também para os casos em posta para ligá-la à ideia seguinte. Alterne com: dessa
que a partição silábica (translineação) possa redundar forma, desse modo, diante do exposto, diante disso,
em sentido torpe ou obsceno. consequentemente, portanto, por conseguinte, assim
sendo, em consequência, em vista disso, em face disso.
Apresentamos, a seguir, lista de expressões cujo
uso ou repetição deve ser evitado, indicando com que
sentido devem ser empregadas e sugerindo alternati- Através de/por intermédio de:
vas vocabulares a palavras que costumam constar com Através de quer dizer de lado a lado, por entre: A
excesso. viagem incluía deslocamentos através de boa parte da
floresta. Evite o emprego com o sentido de meio ou
instrumento; nesse caso empregue por intermédio,
A medida que/na medida em que:
por, mediante, por meio de, segundo, servindo-se de,
À medida que (locução proporcional) – à proporção valendo-se de: O projeto foi apresentado por intermé-
que, ao passo que, conforme: Os preços deveriam dio do Departamento. O assunto deve ser regulado
diminuir à medida que diminui a procura. Na medida por meio de decreto. A comissão foi criada mediante
em que (locução causal) – pelo fato de que, uma vez que: portaria do Ministro de Estado.
Na medida em que se esgotaram as possibilidades de
negociação, o projeto foi integralmente vetado. Evite
os cruzamentos – bisonhos, canhestros – *à medida em Bem como:
que, *na medida que... Evite repetir; alterne com e, como (também), igual-
mente, da mesma forma. Evite o uso, polêmico para
certos autores, da locução bem assim como equivalente.
A partir de:
A partir de deve ser empregado preferencialmente
Cada:
no sentido temporal: A cobrança do imposto entra em
vigor a partir do início do próximo ano. Evite repeti-la Este pronome indefinido deve ser usado em função
com o sentido de ‘com base em’, preferindo conside- adjetiva: Quanto às famílias presentes, foi distribuída
rando, tomando-se por base, fundando-se em, basean- uma cesta básica a cada uma. Evite a construção colo-
do-se em. quial foi distribuída uma cesta básica a cada.
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Causar: “Disruptivo”:
Evite repetir. Use também originar, motivar, pro- Aportuguesamento do inglês disruptive (de dis-
vocar, produzir, gerar, levar a, criar. rupt: ‘desorganizar, destruir, despedaçar’), a ser evita-
do dada a existência de inúmeras palavras com o mes-
mo sentido em português (desorganizador, destruti-
Constatar:
vo, destruidor, e o bastante próximo, embora pouco
Evite repetir. Alterne com atestar, apurar, averi- usado, diruptivo). Acrescente-se, ainda, que, por ser
guar, certificar-se, comprovar, evidenciar, observar, de uso restrito ao jargão de economistas e sociólogos,
notar, perceber, registrar, verificar. o uso dessa palavra confunde e não esclarece em lin-
guagens mais abrangentes.
Dado/visto/haja vista:
Os particípios dado e visto têm valor passivo e con- “Ele é suposto saber”:
cordam em gênero e número com o substantivo a que Construção tomada de empréstimo ao inglês he is
se referem: Dados o interesse e o esforço demonstra- supposed to know, sem tradição no português. Evite
dos, optou-se pela permanência do servidor em sua por ser má tradução. Em português: ele deve(ria) sa-
função. ber, supõe-se que ele saiba. em face de. Sempre que a
expressão em face de equivaler a diante de, é prefe-
Dadas as circunstâncias... Vistas as provas apresen-
rível a regência com a preposição de; evite, portanto,
tadas, não houve mais hesitação no encaminhamento
face a, frente a.
do inquérito.
Detalhar: Nem:
Evite repetir; alterne com particularizar, pormeno- Conjunção aditiva que significa ‘e não’, ‘e tampou-
rizar, delinear, minudenciar. co’, dispensando, portanto, a conjunção e: Não foram
feitos reparos à proposta inicial, nem à nova versão do
projeto. Evite, ainda, a dupla negação não nem, nem
Devido a: tampouco, etc. Ex.: Não pôde encaminhar o trabalho
Evite repetir; utilize igualmente em virtude de, por no prazo, nem não teve tempo para revisá-lo: O corre-
causa de, em razão de, graças a, provocado por. to é ...nem teve tempo para revisá-lo.
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Operacionalizar:
Ressaltar:
Neologismo verbal de que se tem abusado. Prefira
Varie com destacar, sublinhar, salientar, relevar,
realizar, fazer, executar, levar a cabo ou a efeito, pôr
distinguir, sobressair.
em obra, praticar, cumprir, desempenhar, produzir,
efetuar, construir, compor, estabelecer.
Tratar (de):
É da mesma família de agilizar, objetivar e outros
cujo problema está antes no uso excessivo do que na Empregue também contemplar, discutir, debater,
forma, pois o acréscimo dos sufixos -izar e -ar é uma discorrer, cuidar, versar, referir-se, ocupar-se de.
das possibilidades normais de criar novos verbos a
partir de adjetivos (ágil + izar = agilizar; objetivo + ar
= objetivar). Viger:
Significa vigorar, ter vigor, funcionar. Verbo defec-
Evite, pois, a repetição, que pode sugerir indigên- tivo, sem forma para a primeira pessoa do singular do
cia vocabular ou ignorância dos recursos do idioma. presente do indicativo, nem para qualquer pessoa do
presente do subjuntivo, portanto.
Opinião/“opinamento”:
O decreto prossegue vigendo. A portaria vige. A lei
Como sinônimo de parecer, prefira opinião a opi- tributária vigente naquele ano (...).
namento. Alterne com parecer, juízo, julgamento,
voto, entendimento, percepção.
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- Vogal temática: serve para indicar a conjugação • O tempo (presente, pretérito ou futuro, com suas
nos verbos. São as seguintes: respectivas variações)
- Tema: é o conjunto radical + vogal temática. • MOS: desinência número-pessoal (indica que o
verbo está na 1a pessoa do plural - NÓS).
- Afixos: são elementos que modificam o sentido do
radical a que se unem, ou seja, elementos de signifi- - Vogal e consoante de ligação: vogal ou consoante
cação secundária. Podem ser prefixos (quando apare- de ligação é um fonema colocado no interior de algu-
cem antes do radical) ou sufixos (depois do radical). mas palavras, ou melhor, utilizado entre morfemas
Exemplos: IMpróprio (prefixo “im”); propriaMENTE com finalidade de facilitar a sua pronúncia.
(sufixo “mente”).
Isso não afeta a significação da palavra. São ele-
- Desinências: aparecem para indicar o gênero e o mentos puramente eufônicos.
número dos nomes e o número, a pessoa, o tempo e o
modo dos verbos. Exemplos: cha-l-eira, cafe-t-eira, cafe-z-al.
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SUBSTANTIVOS
Composição:
Aparece quando uma palavra contém mais de um Substantivos são palavras que nomeiam seres,
radical. Existem dois tipos de composição: sentimentos, estados de espírito, etc. Exemplos: gato
(nome que se dá a um ser vivo). Raiva (nome que se
dá a um sentimento). Alegria (nome que se dá a um
Composição por justaposição: estado de espírito). Podem variar em gênero (masculi-
Quando não é feita nenhuma mudança nas pala- no e feminino): Homem, mulher. Em número (homem,
vras. Exemplos: guarda-chuva, lança-perfume homens). E em grau diminutivo, aumentativo: homen-
zinho, casarão.
Abreviação (redução):
Quanto ao elemento que nomeia, o substantivo
Algumas palavras são longas e que com o passar pode ser:
do tempo acabam ficando mais curtas.
••Comum – é a palavra que dá nome aos elementos
Exemplos: moto (motocicleta), pornô (pornográfi- da mesma espécie, de forma genérica. Exemplos: cida-
co), quilo (de quilograma). de, pessoa e rio.
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2. Varia apenas o último elemento nas seguintes • o ponto e vírgula - os ponto e vírgula.
situações:
• o sem-terra - os sem-terra.
a. Elementos unidos sem hífen:
• o mico-leão-dourado - os micos-leões-dourados.
• os girassóis, as autopeças, as autoescolas
• o arco-íris - os arco-íris.
b. Verbo + substantivo:
• entre outros.
• guarda-roupa - guarda-roupas.
b. Quando o segundo elemento determina o pri- Quanto à formação, o adjetivo pode ser:
meiro, indicando limitação, finalidade, tipo, semelhan- ••Primitivo – é o adjetivo que dá origem a outros
ça. Neste caso, o segundo elemento funciona como se adjetivos. Exemplos: alegre, bom e fiel.
fosse um adjetivo.
••Derivado – é o adjetivo que deriva de substanti-
• navios-escola, peixes-boi, canetas-tinteiro.
vos ou verbos. Exemplos: alegria e bondade (palavras
derivadas dos exemplos acima, respetivamente) e es-
4. Ficam invariáveis os dois elementos nas seguin- critor (palavra derivada do verbo escrever).
tes situações
••Simples – é o adjetivo formado por apenas um
a. Verbo + advérbio radical. Exemplos: alta, estudioso e honesto, cujos ra-
• os bota-fora, os pisa-mansinho. dicais são respetivamente: alt, estud e honest.
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Exemplos de Adjetivos Pátrios: brasileiro, carioca to de doze), semestre (conjunto de seis) e centena (con-
e sergipano. junto de cem).
Exemplos de Locuções Adjetivas: de anjo (=angeli- ••Multiplicativos – é a forma dos números que indi-
cal), de mãe (=maternal) e de face (=facial). ca multiplicação. Exemplos: dobro, duplo e sêxtuplo.
PRONOMES VERBO
É a palavra que substitui ou acompanha o substan- É a palavra que exprime ação, estado, mudança de
tivo, indicando a relação das pessoas do discurso e va- estado, fenômeno da natureza e varia em pessoa (pri-
ria em gênero, número e pessoa. meira, segunda e terceira), número (singular e plural),
tempo (presente, passado e futuro), modo (indicativo,
Os pronomes classificam-se em: subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e refle-
xiva).
••Pessoais – Caso reto (quando são o sujeito da ora-
ção): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e Caso oblíquo
Podem-se classificar os verbos em:
(quando são complemento da oração): me, mim, comi-
go, te, ti, contigo, o, a, lhe, se, si, consigo, nos, conosco,
1. Verbos regulares: seguem um padrão de conju-
vos, convosco, os, as lhes, se, si, consigo.
gação, sem que se alterem seu radical ou suas termi-
nações.
••Tratamento – Alguns exemplos: Você, Senhor e
Vossa Excelência.
2. Verbos irregulares: sofrem variações no radical
••Possessivos – meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e ou nas terminações quando são conjugados, afastan-
respetivas flexões. do-se do padrão de conjugação.
••Demonstrativos – este, esse, aquele e respetivas 3. Verbos defectivos: verbos que não possuem a
flexões, isto, isso, aquilo. conjugação completa.
••Relativos – o qual, a qual, cujo, cuja, quanto e res- São exemplos de verbos defectivos: abolir, adequar,
petivas flexões, quem, que, onde. colorir, demolir, explodir, falir etc. O verbo adequar,
por exemplo, não possui a 1ª pessoa do singular (eu
••Indefinidos – algum, alguma, nenhum, nenhuma, “adéquo”) e, consequentemente, os tempos que dela
muito, muita, pouco, pouca, todo, toda, outro, outra, derivam). O verbo falir, por sua vez, no presente do
certo, certa, vário, vária, tanto, tanta, quanto, quanta, indicativo, possui somente as pessoas nós e vós (fali-
qualquer, qual, um, uma e respetivas flexões e quem, mos e falis).
alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.
4. Verbos abundantes: apresentam mais de uma
••Interrogativos – qual, quais, quanto, quanta, forma de alguma de suas flexões. Na maioria das ve-
quantas, quem, que. zes, o verbo abundante apresenta variação no particí-
pio. Exemplos:
NUMERAIS
Verbo Particípio regular P a r t i c í p i o
São as palavras que indicam a posição ou o número (-ADO/-IDO) irregular
de elementos. Aceitar Aceitado Aceito
Anexar Anexado Anexo
Os numerais classificam-se em: Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
••Cardinais – é a forma básica dos números, utiliza-
da na sua contagem. Exemplos: um, dois e vinte. Expulsar Expulsado Expulso
Imprimir Imprimido Impresso
••Ordinais – é a forma dos números que indica a
Matar Matado Morto
posição de um elemento numa série. Exemplos: segun-
do, quarto e trigésimo.
• Deve-se usar o particípio regular nas construções
••Fracionários – é a forma dos números que indica de voz ativa (verbos auxiliares: TER/HAVER): Quando
a divisão das proporções. Exemplos: meio, metade e fui conferir, ele já havia imprimido o documento.
um terço.
• Deve-se usar o particípio irregular nas constru-
••Coletivos – é a forma dos números que indica um ções de voz passiva (verbos auxiliares: SER/ESTAR):
conjunto de elementos. Exemplos: uma dúzia (conjun- Quando fui conferir, o documento já estava impresso.
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• Particípios (ADO/IDO): andado, varrido, sumido. 2. Converter o SUJEITO da voz ativa (se houver)
em AGENTE DA PASSIVA;
Na conjugação verbal, todos os tempos derivam do
presente do indicativo, do pretérito perfeito do indica-
tivo e do infinitivo. 3. Passar o verbo da voz ativa para o PARTICÍPIO
(lembre-se de fazer os ajustes de concordância, caso
seja necessário);
Vozes Verbais:
As vozes verbais são: ativa, passiva e reflexiva. 4. Flexionar o verbo auxiliar (SER/ESTAR) no mes-
mo tempo e no mesmo em que estiver flexionado o
1. Voz ativa: verbo tem sujeito agente (que pratica a verbo da voz ativa (oração original), concordando com
ação expressa pelo verbo): o novo sujeito;
O candidato estudou apenas metade do conteúdo. 5. Outros termos, como adjunto adverbial e objeto
A maioria das pessoas compra coisas inúteis. indireto, não sofrem alteração.
Apenas metade do conteúdo foi estudada pelo can- Voz ativa: Amanhã ela comprará tudo.
didato.
Sujeito: ela; objeto direto: tudo; tempo verbal de
Coisas inúteis são compradas pela maioria das pes- comprará: futuro do presente; modo verbal: indicati-
soas. vo; adjunto adverbial: amanhã (não sofre alteração).
Existem dois tipos de voz passiva: analítica e sin- Voz passiva: Amanhã tudo será comprado por ela.
tética.
Note que tudo se tornou sujeito paciente da oração;
• Voz passiva analítica: verbo auxiliar (quase sem- por ela é agente da passiva; o verbo será, auxiliar, está
pre SER/ESTAR) + particípio (concordando em gênero conjugado no futuro do presente do indicativo, como
e número com o sujeito paciente). o verbo comprará; comprado está no particípio, no
masculino e no singular para concordar com o novo
o Todos os anos, o café era colhido por aqueles sujeito, tudo.
quinze homens
Nos dois primeiros exemplos, o termo sublinhado Voz passiva: Prejuízos foram causados pela chuva.
é o agente da passiva, que representa quem pratica a
ação expressa pelo verbo na voz passiva. Trata-se de Prejuízos passou a ser sujeito paciente; pela chuva
um termo não obrigatório. Logo, como se pode notar tornou-se agente da passiva; o verbo auxiliar (foram)
pelo terceiro exemplo, nem sempre haverá agente da está conjugado no pretérito perfeito do indicativo,
passiva. como o verbo causou, mas está na 3ª pessoa do plural
para concordar com seu novo sujeito (prejuízos); o ver-
• Voz passiva sintética: verbo + SE (na função de bo principal, causados, também está na 3ª do plural e
partícula apassivadora). no masculino para concordar com prejuízos.
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Transposição da voz ativa para a voz passiva sin- ••Negação – Exemplos: não, jamais e tampouco.
tética:
••Afirmação – Exemplos: certamente, certo e sim.
Para construir a voz passiva sintética, usamos o
SE na função de partícula apassivadora (ou pronome
••Dúvida – acaso, quiçá e talvez.
apassivador).
INTERJEIÇÕES
ADVÉRBIOS
São palavras que exprimem emoções e sentimen-
São palavras que modificam o verbo, o adjetivo ou tos.
outro advérbio, exprimindo circunstâncias de tempo,
modo, intensidade, entre outros. As interjeições podem ser classificadas em:
Os advérbios classificam-se em: •Advertência – Calma!, Devagar!, Sentido!
••Modo – Exemplos: assim, devagar e grande parte •Saudação – Alô!, Oi!, Tchau!
das palavras terminadas em “-mente”.
•Ajuda – Ei!, Ô!, Socorro!
••Intensidade – Exemplos: demais, menos e tão.
•Afugentamento – Fora!, Sai! Xô!
••Lugar – Exemplos: adiante, lá e fora. •Alegria – Eba!, Uhu! Viva!
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•Medo – Credo!, Cruzes!, Jesus! ca, um vídeo e qualquer outro objeto de leitura, como
um quebra-cabeça que precisa ser montado em suas
•Alívio – Arre!, Uf!, Ufa! partes para se chegar à compreensão em sua totalida-
de. Interpretar, por outro lado, é explicar para o leitor
•Animação – Coragem!, Força!, Vamos!
de que modo cada quebra-cabeça pode ser montado”
•Aprovação – Bis!, Bravo!, Isso! (Leffa).
•Desaprovação – Chega!, Francamente! Livra!, Os textos nem sempre apresentam uma linguagem
literal. Deve haver, então, a capacidade de reconhecer
•Concordância –Certo!, Claro!, Ótimo! novos sentidos atribuídos às palavras dentro de uma
produção textual.
•Desejo – Oxalá!, Quisera!, Tomara!
Além disso, para a compreensão do que é conotati-
•Desculpa – Desculpa!, Opa!, Perdão!
vo e simbólico é preciso identificar não apenas a ideia,
•Dúvida – Hã?, Hum?, Ué! mas também ler as entrelinhas, o que exige do leitor
uma interação com o seu conhecimento de mundo. A
•Espanto – Caramba!, Oh!, Xi!, tarefa do leitor competente é, portanto, apreender o
sentido global do texto, utilizando recursos para a sua
•Contrariedade – Credo!, Droga!, Porcaria! compreensão, de forma autônoma.
Há também as Locuções Interjetivas, que são o É relevante ressaltar que, além de localizar informa-
conjunto de palavras que tem valor de conjunção. ções explícitas, inferir informações implícitas e identi-
Exemplos: Cai fora!, Muito obrigada!, Volta aqui! ficar o tema de um texto, nesse tópico, deve-se também
distinguir os fatos apresentados da opinião formulada
acerca desses fatos nos diversos gêneros de texto.
O “interpres” não pode atribuir um significado, Todo mundo sabe (será?) que canguru vem de uma lín-
não pode tirar algo de dentro de si para depositar no gua nativa australiana e quer dizer “Eu Não Sei”. Segundo a
objeto; pode apenas extrair o significado que já está lenda, o Capitão Cook, explorador da Austrália, ao ver aquele
dentro do animal. estranho animal dando saltos de mais de dois metros de altu-
ra, perguntou a um nativo como se chamava o dito. O nativo
Uma atribuição de sentido seria não só uma impos- respondeu guugu yimidhirr, em língua local, Gan-guruu,
tura, mas seria também negar ao interpres a capaci- “Eu não sei”. Desconfiado que sou dessas divertidas origens,
dade de leitura; ele não inventa e nem cria, ele apenas pesquisei em alguns dicionários etimológicos. Em nenhum
reproduz o que supostamente preexiste na sua frente. dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa pequena Bíblia
Em suma, para o “interpres”, o significado emerge do – numa outra versão. dicionário se fala nisso. Só no Aurélio,
próprio objeto em direção ao leitor. nossa pequena Bíblia – numa outra versão. Definição preci-
sa encontrei, como quase sempre, em Partridge: Kangarroo;
Quem interpreta normalmente atua como se es- wallaby.
tivesse a desvendar os sentidos contidos no texto. A
crença de que o sentido é imanente ao objeto faz parte As palavras kanga e walla, significando saltar e pular,
do exercício de quase toda atividade de interpretação. são acompanhadas pelos sufixos rôo e by, dois sons aborígi-
nes da Austrália, significando quadrúpedes. Portanto qua-
Compreender e interpretar são dois conceitos que drúpedes puladores e quadrúpedes saltadores.
se aproximam em alguns aspectos e se distanciam em
outros. Enquanto alguns autores destacam a seme- Quando comuniquei a descoberta a Paulo Rónai, notável
lhança entre os dois, a ponto de muitas vezes confun- lingüista e grande amigo de Aurélio Buarque de Holanda,
dir um com o outro, sem perceber a diferença. Paulo gostou de saber da origem “real” do nome canguru.
Mas acrescentou: “Que pena. A outra versão é muito mais
Compreender é relacionar. Essas relações precisam bonitinha”. Também acho.
ser estabelecidas em várias direções, locais e globais,
dentro do objeto de leitura e fora dele, dentro do leitor (Millôr Fernandes, 26/02/1999, In http://www.gra-
e fora dele. Vê-se um texto, uma imagem, uma músi- vata.com/millor)
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(A) as descobertas científicas têm de ser comuni- (E) a revolta diante do espelho.
cadas aos lingüistas.
O leitor deve ser capaz de perceber a diferença en-
(B) os dicionários etimológicos guardam a ori- tre o que é fato narrado ou discutido e o que é opinião
gem das palavras. sobre ele. Essa diferença pode ser ou bem marcada no
texto ou exigir do leitor que ele perceba essa diferença
(C) os cangurus são quadrúpedes de dois tipos: integrando informações de diversas partes do texto e/
puladores e saltadores. ou inferindo-as, o que tornaria a tarefa mais difícil.
Exemplo:
(D) o dicionário Aurélio apresenta tendência re-
ligiosa.
SENHORA (FRAGMENTO)
(E) os nativos desconheciam o significado de
canguru. Aurélia passava agora as noites solitárias.
O tema é o eixo sobre o qual o texto se estrutura. Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma des-
A percepção do tema responde a uma questão essen- culpa qualquer para justificar sua ausência. A menina que
cial para a leitura: “O texto trata de quê?” Em muitos não pensava em interrogá-lo, também não contestava esses
textos, o tema não vem explicitamente marcado, mas fúteis inventos. Ao contrário buscava afastar da conversa o
deve ser percebido pelo leitor quando identifica a fun- tema desagradável.
ção dos recursos utilizados, como o uso de figuras de Conhecia a moça que Seixas retirava-lhe seu amor; mas a
linguagem, de exemplos, de uma determinada organi- altivez de coração não lhe consentia queixar-se. Além de que,
zação argumentativa, entre outros. ela tinha sobre o amor idéias singulares, talvez inspiradas
pela posição especial em que se achara ao fazer-se moça.
Exemplo:
Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser amada
por Seixas; e pois toda a afeição que lhe tivesse, muita ou
RETRATO pouca, era graça que dele recebia. Quando se lembrava que
esse amor a poupara à degradação de um casamento de con-
Eu não tinha este rosto de hoje, veniência, nome com que se decora o mercado matrimonial,
assim calmo, assim triste, assim magro, tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus e redentor.
nem estes olhos tão vazios, Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de heróica
dedicação, que entretanto assiste calma, quase impassível, ao
nem o lábio amargo. declínio do afeto com que lhe retribuía o homem amado, e se
deixa abandonar, sem proferir um queixume, nem fazer um
Eu não tinha estas mãos sem força, esforço para reter a ventura que foge.
tão paradas e frias e mortas; Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, de cuja
investigação nos abstemos; porque o coração, e ainda mais o
eu não tinha este coração
da mulher que é toda ela, representa o caos do mundo moral.
que nem se mostra. Ninguém sabe que maravilhas ou que monstros vão surgir
nesses limbos.
Eu não dei por esta mudança,
(ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: __. Senhora.
Tão simples, tão certa, tão fácil: São Paulo: FTD, 1993. p. 107-8)
— Em que espelho ficou perdida O narrador revela uma opinião no trecho:
a minha face? (A) “Aurélia passava agora as noites solitárias.”
(Cecília Meireles: poesia, por Darcy Damasceno. (B) “...buscava afastar da conversa o tema desa-
Rio de Janeiro: Agir, 1974. p. 19-20) gradável.”
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Reconhecimento de tipos e gêneros textuais: É preciso que o leitor compreenda o texto não
como um simples agrupamento de frases justapostas,
Ao longo de nossa vivência enquanto falantes, te- mas como um conjunto harmonioso em que há laços,
mos a oportunidade de convivermos com uma enorme interligações, relações entre suas partes.
diversidade de textos. Basta sairmos às ruas que tão
logo está confirmada esta ocorrência. São panfletos, A compreensão e a atribuição de sentidos relativos
outdoors, cartazes, dentre outros. a um texto dependem da adequada interpretação de
seus componentes. De acordo com o gênero textual,
Ao enfatizarmos sobre os tipos textuais, esta clas- o leitor tem uma apreensão geral do assunto do tex-
sificação relaciona-se com a natureza linguística ex- to. Em relação aos textos narrativos, o leitor necessita
pressa pelos mesmos. Classificando-se em narrativos, identificar os elementos que compõem o texto – narra-
descritivos e dissertativos. Conforme demonstra os dor, ponto de vista, personagens, enredo, tempo, es-
exemplos: paço – e quais são as relações entre eles na construção
da narrativa.
Um texto narrativo caracteriza-se pela sucessão de
fatos ligados a um determinado acontecimento, seja A compreensão e a atribuição de sentidos relativos
ele real ou fictício, o qual pressupõe-se de todos os a um texto dependem da adequada interpretação de
elementos referentes à modalidade em questão, como seus componentes, ou da coerência pela qual o texto
narrador, personagens, discurso, tempo e espaço. é marcado. De acordo com o gênero textual, o leitor
tem uma apreensão geral do tema, do assunto do texto
O descritivo pauta-se pela descrição minuciosa de e da sua tese. Essa apreensão leva a uma percepção
uma determinada pessoa, objeto, animal ou lugar, no da hierarquia entre as idéias: qual é a idéia principal?
qual as impressões são retratadas de maneira fiel. O Quais são as idéias secundárias? Quais são os argu-
dissertativo conceitua-se pela exposição de ideias, re- mentos que reforçam uma tese? Quais são os exemplos
forçadas em argumentos lógicos e convincentes acer- confirmatórios? Qual a conclusão?
ca de um determinado assunto. Já os gêneros textuais
estão diretamente ligados às situações cotidianas de Em relação aos textos narrativos, pode ser requeri-
comunicação, fortalecendo os relacionamentos inter- do do aluno que ele identifique os elementos compo-
pessoais por meio da troca de informações. nentes – narrador, ponto de vista, personagens, enre-
do, tempo, espaço – e quais são as relações entre eles
Tais situações referem-se à finalidade que possui na construção da narrativa.
cada texto, sendo estas, inúmeras. Como por exemplo:
SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE
A comunicação feita em meio eletrônico é um gêne-
CONECTORES E DE OUTROS ELEMENTOS DE
ro textual que aproxima pessoas de diferentes lugares,
SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL
permitindo uma verdadeira interação entre as mes-
mas. Existem gêneros textuais do cotidiano jornalísti- As habilidades que podem ser avaliadas relacio-
co, cuja finalidade é a informação. É o caso da notícia, nam-se ao reconhecimento da função dos elementos
da entrevista, do artigo de opinião, do editorial, dentre que dão coesão ao texto. Dessa forma, eles poderão
outros. Há também os chamados instrucionais, como, identificar quais palavras estão sendo substituídas e/
por exemplo, o manual de instrução, a bula de um re- ou repetidas para facilitar a continuidade do texto e a
médio, e outros. Outros que se classificam como cien- compreensão do sentido. Trata-se, portanto, do reco-
tíficos, os quais são oriundos de pesquisas e estudo de nhecimento das relações estabelecidas entre as partes
casos, como a monografia, tese de doutorado, ligados do texto.
à prática acadêmica.
Exemplo:
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A expressão “dessa situação” refere-se ao fato de: sinônimas, mas passam a ser em um determinado
texto por causa do uso. Marcas e pegadas, por
(A) a ciência não ser feminina. exemplo, podem ser usadas como sinônimos em um
trecho como este: “Eram estranhas aquelas pegadas no
(B) a premiação possuir 202 anos. bosque. Nunca vira um animal que deixasse marcas
como aquelas.”.
(C) a língua ser a última coisa que morre em
uma mulher. A antonímia, por sua vez, existe quando duas pala-
vras têm sentidos opostos, como céu - inferno, quente
(D) o pai da medicina ser Hipócrates. - frio, bom - ruim etc. A antonímia também pode ser
contextual, e por isso cumpre ao leitor sempre verificar
(E) o Prêmio Nobel foi concedido a 11 mulheres. se, no texto, palavras que normalmente não se opõem
são assim utilizadas. Para os conceitos de homonímia
e paronímia, remetemos o leitor ao capítulo que trata
de ortografia.
17 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
As palavras podem ser utilizadas nos sentidos de-
notativo ou conotativo. 18 FIGURAS DE LINGUAGEM
• Sentido denotativo (literal): reflete o uso das pa- Trata-se de recursos empregados no uso da língua
lavras de acordo com o seu significado real. para tornar a mensagem mais interessante. As figuras
de linguagem são empregadas em textos em que se faz
o Veja como aquela árvore está verde.
presente a função poética da linguagem, ou seja, textos
o Pode me passar a faca de destrinchar frango? em que o emissor se preocupa em evidenciar a mensa-
gem, em torná-la mais interessante, mais bela.
• Sentido conotativo (figurado): reflete o uso das
palavras com um sentido novo, inesperado. Vejamos as principais figuras de linguagem:
• Aquele cara é um banana. (=bobo) “Viajar é trocar a roupa da alma.” (Mário Quintana)
• Fiz economia para viajar. (=guardou dinheiro) 2. Comparação: consiste na comparação, com o uso
de conectores, entre coisas, pessoas, fatos.
• Ela estuda economia em uma universidade re-
nomada. (=ciência, curso superior) Os filhotes da cadela eram como chumaços de al-
godão.
Em relação ao tema de significação das palavras,
cumpre destacar também os fenômenos de sinonímia 3. Metonímia: é a substituição de uma palavra ou
e antonímia. A sinonímia acontece quando dois ou expressão por outro termo relacionado. Substitui-se,
mais vocábulos têm significado igual ou semelhante. assim, a parte pelo todo, o autor pela obra, efeito pela
Palavras como céu e firmamento, por exemplo, po- causa, o autor pela obra, a marca pelo produto etc.
dem ser consideradas sinônimas. Às vezes, a noção
de sinonímia é contextual, ou seja, certas palavras, Costumava sempre ler Monteiro Lobato para as
tomadas isoladamente, não necessariamente seriam crianças. (=ler a obra, os livros de Lobato).
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O Brasil quer políticos melhores. (= o povo brasi- 10. Inversão ou hipérbato: trata-se do rompimento
leiro). da ordem normal dos termos de uma oração ou de um
período para, no geral, dar destaque ao que é colocado
4. Perífrase: é a substituição de um ser por um fato em primeiro lugar.
ou atributo que o caracteriza. A expressão escolhida
como substituta equivale à substituída. Português, nunca mais estudarei. Já tomei posse no
concurso dos meus sonhos, mesmo...
Milhares de pessoas visitam, todos os anos, a cida-
de maravilhosa. (= Rio de Janeiro). Observação: quando a inversão é de tal ordem que
chega a comprometer a compreensão do que se diz ou
O rei do futebol aposentou-se quando ainda estava escreve, pode receber o nome de sínquise. Exemplo:
no auge. (= Pelé).
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um
povo heroico o brado retumbante”.
5. Sinestesia: é uma mistura, uma fusão dos senti-
dos (audição, visão, paladar, tato e olfato). Ordem direta:
Exalava um perfume doce que se podia sentir a me- As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado
tros de distância. (olfato + paladar). retumbante de um povo heroico.
Parou diante da porta e pôde sentir a luz acesa no
11. Anacoluto: rompimento da sequência sintáti-
interior da sala. (tato + visão).
ca da oração, por causa de uma mudança brusca na
organização inicial da frase, que deixa um termo sem
6. Elipse: é a omissão de termos que podem ser su-
função sintática, “solto”.
bentendidos pelo contexto.
A maioria dos políticos de hoje não se pode confiar
Os pais estavam apreensivos; as crianças, ame- neles!
drontadas. (elipse de estavam).
O irmão mais velho viajava sempre durante as fé- 12. Silepse: trata-se da concordância ideológica, ou
rias de verão, ele durante as de inverno. (ele viajava seja, aquela que não se estabelece com um termo da
durante as férias de inverno). oração, mas com uma ideia que está na mente de quem
fala ou escreve.
7. Pleonasmo: emprego de palavras ou expressões De número: A gente vamos sair cedo. (gente é sin-
redundantes para enfatizar uma ideia. gular, mas transmite a ideia de plural. Por isso o verbo
é usado no plural: vamos).
Sim, ele tinha ouvido tudo, tudinho, com seus pró-
prios ouvidos! Pássaro não nasceu pra ficar em gaiola, pois lá fi-
cam logo tristes, mudos.
Cantava para os filhos uma canção de ninar com-
posta pelo seu avô. De pessoa: Dizer que todos os brasileiros não de-
sistimos nunca é uma generalização. (brasileiros é um
Atenção: o pleonasmo pode ser considerado uma
termo de 3ª pessoa do singular, mas desistimos está na
figura de linguagem, como nos casos acima, quando
1ª do plural. Em uma situação como essa, pode-se di-
se presta a, em textos literários, reforçar uma expres-
zer que o emissor realiza a silepse para se incluir entre
são, ou um vício de linguagem. Neste caso, eles devem
os “brasileiros”).
ser evitados na língua, especialmente nas redações de
concursos, vestibulares e provas afins. Exemplos de De gênero: Vossa Excelência será acompanhado até
pleonasmos viciosos: chorar lágrimas, subir para cima, a saída. (a autoridade a que o falante se refere é um
entrar para dentro, armamentos bélicos, água pluvial homem).
das chuvas etc.
Atenção: os casos de silepse, conforme a norma
8. Assíndeto: consiste na união de diversos termos culta, são considerados erros gramaticais. Somente os
coordenados entre si com a supressão do síndeto (con- casos de silepse de gênero e pessoa com pronomes de
tratamento são corretos (e obrigatórios). Lembre-se,
junção).
então, de, sempre que um sujeito for um pronome de
Corriam, brincavam, pulavam, riam sem parar. tratamento, fazer a concordância dos verbos e demais
pronomes da oração em 3ª pessoa (do singular ou do
9. Polissíndeto: é a repetição do conectivo para, no plural, conforme o caso). O gênero da pessoa de quem
geral, transmitir a ideia de ação, de continuidade. se fala, quando se utiliza um pronome de tratamento,
será indicado pelos termos que o acompanham (adjeti-
Corriam, e brincavam, e pulavam, e riam sem pa- vos e particípios, estes quando usados em construções
rar. na voz passiva). Veja um exemplo:
44
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Língua Portuguesa
Vossa Alteza parece (e não “pareceis”) muito can- 20. Gradação: exposição de uma sequência de
sado (indica que a pessoa com quem se fala é um ho- ideias em sentido ascendente ou descendente.
mem).
Sua atitude foi errada, feia, desprezível!
13. Onomatopeia: uso de palavras que imitem sons
da natureza ou as vozes dos seres. 21. Ironia: consiste em dizer o contrário do que se
pensa, em geral com intenção de ser sarcástico.
“Em cima do meu telhado,
As autoridades já começaram a assumir que pode
Pirulin lulin lulin “faltar uma coisa ou outra” para a Copa do Mundo.
Pelo visto, o evento será maravilhoso. (para dizer que
Um anjo, todo molhado,
será péssimo).
Solução no seu flautim.
22. Eufemismo: suavização de uma expressão que
(Mário Quintana) se evita na língua, normalmente por ser triste ou desa-
gradável.
14. Aliteração: repetição de sons consonantais, no
geral para tentar reproduzir, no texto, poema ou mú- Meu melhor amigo se foi. (= morreu)
sica, um som.
Devem-se adequar as calçadas aos portadores de
“...será que ela mexe o chocalho ou o chocalho é necessidades especiais. (=portadores de alguma defi-
que mexe com ela?” (Chico Buarque) ciência física).
45
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02 MATEMÁTICA
MATEMÁTICA
01 NÚMEROS REAIS
02 CONJUNTOS NUMÉRICOS
03 OPERAÇÕES
04 MÚLTIPLOS E DIVISORES DE NÚMEROS NATURAIS
05 MMC E MDC
06 EXPRESSÕES NUMÉRICAS
07 EQUAÇÕES DO 1° GRAU
08 PROBLEMAS RESOLVIDOS
09 FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
10 GRANDEZAS, RAZÕES E PROPORÇÕES
11 DIVISÕES PROPORCIONAIS
12 REGRA DE TRÊS
13 PORCENTAGEM
14 PROBLEMAS RESOLVIDOS
15 GEOMETRIA
16 MEDIDAS DE TEMPO
17 SISTEMA MÉTRICO DECIMAL
18 SÍMBOLOS MAIS UTILIZADOS NA MATEMÁTICA
RACIOCÍNIO LÓGICO
01 RACIOCÍNIO LÓGICO SEQUENCIAL
02 SITUAÇÕES LÓGICAS DIVERSAS
03 SEQUÊNCIAS LÓGICAS
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Matemática
R: Números Reais
01 NÚMEROS REAIS
N: Números Naturais
U: União
CONCEITO
Z: Números Inteiros
Conjunto de elementos, representado pela letra R,
constituído pelos: Q: Números Racionais
I: Números Irracionais
Números Naturais (N): N = {0, 1, 2, 3,...}
ü Curiosidade:
Números Inteiros (Z): Z= {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}
Os romanos desenvolveram um sistema de nu-
meração utilizando letras de seu próprio alfabeto.
Números Racionais (Q): Q = {...,1/2, 3/4, –5/4...}
Neste sistema, os números de 1 a 10 são repre-
sentados respectivamente pelas letras I, II, III, IV,
Números Irracionais (I): I = {...,√2, √3,√7, 3,141592....}
V, VI, VII, VIII, IX e X. Os outros números são assim
representados:
NÚMEROS INTEIROS
A ordem de Z é dada por … < -2 < -1 < 0 < 1 < 2 < M 1.000
… e faz de Z uma ordenação total sem limite superior
ou inferior. Chama-se de inteiro positivoaos inteiros O sistema utilizado atualmente é chamado de indo
maiores que zero; o próprio zero não é considerado -arábico.
um positivo.
Os números inteiros negativos, inteiros positivos e Unitário: é um conjunto que possui um único ele-
o zero formam o conjunto dos números inteiros relati- mento.
vos, designados por Z, isto é:
Para representar a união dos conjuntos, utiliza-se a Vazio: conjunto que não possui elementos.
expressão: Representado pelo símbolo Ø ou por { }.
3
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∈ Pertence
∉ Não pertence
⊂ Está contido
⊃ Contém
⊅ Não contém
No decorrer da história da matemática podemos Como podemos ver, os conjuntos foram “evoluin-
ver de que maneira o entendimento dos números se do” no decorrer do tempo. O que antes era apenas um
desenvolveu. Antigamente apenas a operação de soma conjunto de número positivos se transformou num
se fazia necessária. grupo muito mais completo.
Acima mostramos os símbolos de cada um dos con-
O conjunto dos números utilizados na época era
juntos. Agora apresentaremos alguns símbolos adicio-
o que conhecemos como conjunto dos naturais. Esse
nais que representam a exclusão de alguma parte do
conjunto pode ser representado pelo símbolo N e com-
conjunto:
preende os seguintes números:
N = {0, 1, 2, 3,...}
4
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Matemática
Seis Sexto
Sete Sétimo
Como podemos ver, estamos somando o núme-
Oito Oitavo ro 4 nove vezes. Logo, ao invés de realizarmos todas
essas operações de soma, podemos encontrar o mes-
Nove Nono mo resultado através de apenas uma única operação:
a multiplicação.Podemos representar essa operação
Dez Décimo através do sinal “x” ou “.”.No exemplo dado teremos
a seguinte multiplicação:
03 OPERAÇÕES
Lemos a operação acima de “9 vezes 4”. Podemos
Na matemática utilizamos algumas operações de chamar o resultado da multiplicação de produto e seus
forma a trabalharmos com os números que possuímos. membros que o compõem de coeficientes. Logo, os nú-
Dessa maneira, após todas as operações necessárias, meros 9 e 4 são coeficientes e o resultado, 36, é o pro-
chegamos num resultado. Nesse capítulo veremos as duto de 9 por 4.
operações de adição, subtração, multiplicação, divi- Além das propriedades de comutação e associação,
são, potenciação e radiciação. a multiplicação atenda algumas outras que veremos
logo abaixo:
Adição:
A adição nada mais é do que a soma de dois nú- Distributividade:
meros, de forma a combiná-los em um único núme-
ro. Representamos essa operação pelo símbolo “+” e Elemento neutro:
chamamos cada número somado de parcela, termos
ou somando. A adição atende algumas propriedades: Note que a multiplicação também possui o elemen-
to neutro, porém ele é deferente do utilizado na adição
Comutatividade: e subtração.
Associatividade: Divisão:
5
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Ela consiste em chutar valores de q e r até satisfa- No exemplo acima multiplicamos o número 4 seis
zer a igualdade da equação. Parece uma técnica de- vezes. Isso é equivalente à expressão abaixo:
morada, mas em muitos caso nós já sabemos por onde
começar nossos chutes. Nesse exemplo, podemos ver
que se utilizarmos teremos a seguinte equação:
Na potenciação chamamos o número 4 de base e o
6 de expoente. Apresentaremos abaixo algumas pro-
priedades e resultados prontos da potenciação.
Veja que já utilizávamos essa técnica desde muito Uma definição que se faz a partir da potenciação
tempo. O que foi feito aqui foi apenas escrever a ima- é o de número quadrado perfeito. Quadrado perfeito
gem acima em forma de uma equação matemática: é um número inteiro não negativo que pode ser re-
presentado por outro número elevado a potência de
2 (elevado ao quadrado). Portanto, mostramos logo
abaixo a lista dos quadrados perfeitos de 1 até 100:
Assim como as operações anteriores, a divisão Saber de cabeça os quadrados perfeitos de 1 até 100
atende às propriedades de comutação, associação, é bastante útil e pode acelerar a resolução de alguns
elemento neutro (zero) e distribuição. Nas unidades exercícios.
posteriores estudaremos como operar com as frações
oriundas da divisão.
Radiciação:
6
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Matemática
União:
Portanto, todas as propriedades vistas para poten-
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer, temos que
ciação também são válidas para a radiciação. Assim
a união entre tais conjuntos é formada pelo conjunto
como no tópico anterior, colocaremos algumas pro-
dos elementos de A somados aos elementos de B. O
priedades dessa operação.
símbolo de união é ∪, logo tal conjunto é representado
por A ∪ B.
Intersecção:
A ∩ B = {2,4}
Assim como na potenciação, procure sempre obser-
var essas propriedades na resolução dos problemas. Os conceitos de união e intersecção de conjuntos
Desse modo você ficará mais acostumado a trabalhar são muito utilizados no tópico de Estatística, sub-ramo
tanto com potenciação quanto radiciação. da Matemática.
Ainda vale a pena comentar sobre algo que nunca
deve ser feito quando trabalhamos com radiciação!
Diferença:
7
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Divisibilidade por 2:
Outras dicas:
8
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Matemática
05 MMC E MDC
Associado ao tópico de múltiplos podemos definir Note que chegamos no número 1 após dividir o 8
o mínimo múltiplo comum entre dois números.Dados 3 vezes pelo fator 2. Portanto, resta apenas decompor
dois números x e y, o MMC deles será o menor número os números 5 e 3. O menor fator primo dessa vez é o 3.
que é múltiplo tanto de x quanto de y, desde que esse
número não seja zero. Vamos calcular o MMC de 7 e 3.
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Vamos analisar nosso exemplo para deixar isso 8 / 2 = 4 (com resto zero - divisão exata)
mais claro. Observemos o fator primo número 2.
Dentre as três decomposições, qual é a maior potência 3º) O divisor da divisão exata é 2. Então m.d.c.(18,10)
que aparece junto com o fator 2? = 2.
A resposta é 3. Basta olharmos para as decompo- Outra maneira de se calcular o MDC é utilizando a
sições na qual aparece o fator primo 2, ou seja, em 8 decomposição dos números em fatores primos.
e em 6. No primeiro caso, temos o fator 2 elevado a
uma potência de 3, enquanto no segundo caso temos Exemplo – MDC (18,10):
ele elevado a uma potência de 1. Logo, utilizaremos o
18 = 2 x 3 x 3
no cálculo do MMC.
10 = 2 x 5
Agora para o fator primo 3. Qual é a maior potên-
cia? Ora, o fator 3 só aparece na decomposição do 6 O fator primo comum aos dois números é 2. Logo,
com uma potência de 1. Logo, utilizaremos o no cál- o MDC (18,10) é 2.
culo.
m.d.c.(18,27)=9
m.d.c.(6,12,15)=3
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Matemática
provas, portanto é importante vermos como as opera- operações dentro dos parênteses, depois colchetes e,
ções funcionam em conjunto. por fim, dentro das chaves. Lembre-se sempre de res-
peitar a ordem das operações apresentadas mais acima
Nas expressões existe uma certa prioridade entre as dentro de cada um dos sinais de associação. Vejamos
operações. Portanto, dependendo das operações pre- um exemplo logo abaixo:
sentes na expressão, deveremos resolver algumas an-
tes das outras. A ordem de prioridade é dada abaixo:
- Potenciação e radiciação;
- Multiplicação e divisão;
- Adição e subtração;
07 EQUAÇÃO DO 1º GRAU
A equação é utilizada para calcular o valor de um
termo desconhecido, sempre representado por uma
letra, geralmente representada por x, y, e z. A equa-
ção sempre é montada com sinais operatórios como
adição, subtração, multiplicação, divisão, radiciação e
Por fim resolveremos as adições e subtrações, che-
igualdade.
gando ao seguinte resultado:
O sinal de igualdade divide a equação de dois
membros, compostos dos seguintes elementos:
Além da ordem das operações, podemos acrescen- Elemento de valor constante: representado por va-
tar sinais de associação que nos obrigam a realizar cer- lores numéricos.
tas operações por primeiro. Esse é o caso dos parênte-
ses, colchetes e chaves.
Elemento de valor variável: representado por nú-
Nesses casos, deve-se resolver, primeiramente, as meros e letras.
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Exemplo:
x+3=7
Logo, as raízes de cada um dos números ficam:
5x – 12 = 8
5x + 30 = 6x + 26
a) cm
a) 92.
b) cm
b) 78.
c) cm c) 64.
d) 43.
d) cm
e) 21.
e) cm
Solução:
Solução: Essa é uma questão de expressão número, assim
como anuncia o enunciado. No entanto, ao invés de
No enunciado diz que Paula, para obter o segmen- utilizar as operações estudadas nessa apostila, a ques-
to , somou as duas medidas dadas. Logo, a questão tão criou novas operações para definirmos o valor da
pede apenas que somemos os dois números e achemos expressão. Isso não será problema algum, pois, a prio-
o valor em uma das alternativas. Façamos isso: ridade criada pelos sinais de associação é mantida.
Portanto, devemos resolver primeiramente as expres-
sões dentro dos parênteses, depois colchetes e por fim,
chaves.
Para simplificar essa expressão podemos, primei- Vamos então resolver o que há dentro de cada pa-
ramente, decompor ambos os números em fatores pri- rênteses, sempre lembrando de como as operações da-
mos. Assim ficamos com: das pelo enunciado funcionam.
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Matemática
O triângulo retorna o maior número, logo a primei- Quando multiplicamos um número ímpar por um
ra expressão resulta em 68. Já o quadrado retorna o número par, o resultado sempre será um número par.
menor entre eles, portanto, 21. A expressão fica:
Desse modo, sabemos que 2.y é par. A diferença
(ou soma) entre dois números pares sempre será par.
Logo, a alternativa II está incorreta.
Devemos resolver agora as expressões dentro dos Com isso, descartamos também as alternativas a e
colchetes, pois não há mais nenhum parênteses. d, restando apenas a alternativa c como resposta. No
entanto, vamos continuar nosa análise a fim de apren-
dizado.
x+y é ímpar. b) 1 e 4.
x-2y é ímpar. c) 4 e 7.
(3x).(5y) é ímpar. d) 7 e 9.
e) 9 e 10.
É correto afirmar que:
Solução:
Com essa conclusão já podemos descartar as alter- Como o número 3,333... está compreendido entre 1
nativas b e e. e 4, a resposta para esse exercício é a letra b.
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um mesmo número. Por exemplo, seja a fração: . Frações próprias: quando o numerador for menor
Tanto o denominador quanto o numerador podem ser que o denominador. Exemplo: 4/5.
divididos por 2. Dessa maneira essa fração se torna,
Frações impróprias: quando o numerador for
após a simplificação, igual a . Uma fração na qual maior que o denominador. Exemplo: 5/4.
não há divisores comuns entre numerador e denomi-
nador é chamada de fração simplificada. Na maioria Frações aparentes: quando o numerador for múlti-
das vezes utilizamos as frações em suas formas sim- plo do denominador. Exemplo: 8/4.
plificada, porém em algumas operações é necessário
alterá-las de modo a calcularmos o resultado.
OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
Vale a pena lembrar também que, assim como po-
demos simplificar as frações, também podemos multi- Estudaremos agora como fazer as operações vistas
plicar em cima e em baixo pelo mesmo número, desde anteriormente com frações.
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Matemática
A soma entre duas frações é uma operação de certa Essa é a ideia utilizada sempre para somar as fra-
forma simples quando a pessoa estiver bem treinada. ções. Vamos explicar uma outra técnica para realizar o
Existem diversas maneiras ensinadas para calcular sua mesmo processor.
soma, por isso mostrarei aqui algumas para que você
possa escolher qual te deixa mais confortável. Nessa técnica devemos, primeiramente, chamar a
soma de frações por algum nome, por exemplo: x.
Primeiramente devemos sempre lembrar: para so-
mar duas frações, ambas devem possuir o mesmo de-
nominador!
Portanto, as diferentes técnicas ensinadas aqui con- Em seguida, multiplicamos os dois lados da equa-
sistem em maneiras de como fazer com que as frações ção pelo MMC dos três denominadores. Como já foi
obtenham o mesmo denominador, para enfim soma-las. calculado anteriormente, o MMC entre 4, 6 e 3 é 12,
resultando na equação abaixo:
Para apresentar os métodos de soma de fração da-
rei um exemplo aqui:
Depois que conseguirmos deixar todas as frações No exemplo da fração devemos multiplicá
com o mesmo denominador podemos somar somente -la por .
os numeradores:
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ü Lembrete:
Para resolução de expressões envolvendo frações
e números naturais, devemos lembrar da ordem
de resolução:
Perceba que, dentro do parênteses, existe um pro-
duto de frações. O problema é que o denominador de Passo 1: parênteses;
uma das frações está sendo representado pela diferen- Passo 2: colchetes;
ça entre frações. Logo, vamos calcular o resultado da
expressão desse denominador: Passo 3: chaves.
Lembre-se também da ordem das operações:
1. Potências ou raízes;
2. Multiplicações ou divisões;
3. Adições ou subtrações.
GRANDEZAS, RAZÕES E
10
PROPORÇÕES
Uma grandeza é qualquer coisa que pode ser me-
dida, contada, ou seja, enumerada. Portanto, seu peso
é considerado uma grandeza,assim como o número de
livros que você leu durante esse ano ou a velocidade
média do seu carro durante uma viagem.
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Matemática
A ideia é relacionarmos duas grandezas de forma Por exemplo, se 10 pessoas trabalham em uma obra
classifica-las como grandezas diretamente ou inversa- e terminam o serviço em 10 dias, então 20 pessoas ter-
mente proporcionais. Para isso vamos definir, primei- minariam o mesmo serviço em apenas 5 dias. Assim,
ramente, a razão e a proporção entre duas grandezas. quando dobramos a primeira grandeza (número de
trabalhadores), a segunda grandeza (tempo para con-
A razão entre duas grandezas é a divisão entre elas. cluir o serviço) caiu pela metade.
Portanto, se você queima 200 calorias a cada 500 me-
Logo, podemos afirmar que o número de pessoas
tros de corrida, a razão será de . Ainda mais, trabalhando é inversamente proporcional ao tempo de
quando possuímos duas razões iguais, dizemos que conclusão da obra.
há uma proporção entre elas.
Agora que já sabemos o que são grandezas, razões
Logo, se além da razão entre calorias queimada e dis- e proporções podemos passar para o tópico de divi-
tância percorrida dissermos que uma pessoa lê 6 livros a sões proporcionais.
Portanto, o preço e o peso do queijo são grandezas Agora que conseguimos expressar A e B em função
diretamente proporcionais. de C podemos usá-las na segunda equação e calcular
quanto o sócio C ganhará:
Grandezas inversamente proporcionais é justa-
mente o oposto do visto anteriormente. Duas grande-
zas são inversamente proporcionais quando a mudan-
ça de uma delas acarreta uma mudança, em mesma
proporção e sentido contrário, na outra grandeza.
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Por fim, podemos querer dividir essa mesma quan- Vejamos o exemplo de uma loja que atende, em cer-
tia X em partes proporcionais a certo número e inver- to dia, 50 clientes. Nesse dia, a loja faturou R$500,00.
samente proporcionais a outro número. Assim, para Sabendo que só se vende um único produto nesse co-
dividir X em duas partes A e B diretamente propor- mércio, qual será o faturamento no dia em que somen-
cionais a m e n, mas inversamente proporcionais a p te 30 clientes compraram seu produto?
e q, temos: Primeiramente devemos verificar se a relação entre
faturamento e vendas é diretamente ou inversamen-
te proporcional. Ora, sabemos que quanto mais você
vende, mais você fatura, logo a relação entre essas
duas grandezas é diretamente proporcional. Portanto,
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Portanto, a loja faturará 300 reais ao vender seu Como podemos ver, a velocidade é maior conforme
produto para 30 clientes. esperávamos.Perceba que sempre que encontramos as
palavras inversamente proporcional nós invertemos
Agora, se as grandezas forem inversamente pro- uma das frações para chegar ao resultado. Lembre-se
porcionais? Veremos esse caso no próximo exemplo. sempre disso que você nunca terá problemas em co-
Pense num carro que gasta 4 horas para viajar de uma meter erros por causa desses conceitos.
cidade a outra a uma velocidade de 100km/h. Qual é a
velocidade que o carro deve ter para gastar 3 horas e Até agora só relacionamos duas grandezas, po-
meia nessa mesma viagem? rém muitas vezes desejamos relacionar mais do que
duas. Nesses casos utilizaremos a regra de 3 composta.
Assim como no caso anterior, vamos primeiramen- Assim como fizermos anteriormente, vamos fazer um
te verificar qual é a relação entre a grandeza tempo e exemplo para mostrar esse caso.
velocidade. Ora, quando aumentamos a velocidade
durante a viagem esperamos gastar menos tempo para Considere que, em um hospital, 5 médicos atendem
chegar a outra cidade, logo as grandezas são inversa- 18 clientes em 1 hora. Quantos médicos serão necessá-
mente proporcionais. rios para atender 12 clientes em 20 minutos.
Agora que já sabemos a relação entre as duas gran- Faremos os mesmos passos da regra de três sim-
dezas devemos montar no esquema: ples. Quando aumentamos o número de médicos, es-
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peramos que o tempo para atender o mesmo número 7%. Se você possuía R$2500,00 investidos nessa com-
de clientes reduza. panhia no começo do ano, quanto você terá ao final
do ano?
Logo, o número de médicos é inversamente pro-
porcional ao tempo de atendimento. Depois, quanto No começo do ano nós tínhamos 2500 reais, que
mais médicos, mais clientes serão atendido dentro de depois de um ano valorizou 7%, ou seja, foi somado
um mesmo espaço de tempo, de modo que o número 7% de 2500 ao valor investido inicialmente. Para cal-
de médicos seja diretamente proporcional ao número cularmos 7% de 2500 poderemos usar uma regra de
de clientes. três simples:
Desconto Multiplicação
Como você pode ver, problemas de regra de três
são simples desde que você se organize durante a so- 10% 0,9
lução. Sempre que encontrar um problema desse tipo 20% 0,8
faça a tabela de grandezas de maneira organizada, es-
tabeleça as relações de proporcionalidade e enfim faça 50% 0,5
as contas.
75% 0,25
Vejamos um exemplo mais prático. Digamos que Dessa vez estamos acrescentando ao valor inicial,
no último ano as ações da companhia C valorizaram portanto, se tivermos um lucro de 50%, quer dizer que
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Matemática
temos, no final, 100% do valor inicial, mais 50% do lu- Ainda não terminamos, pois desejamos calcular
cro, totalizando 150%. quanto Miguel gasta com moradia, ou seja, 15% do sa-
lário total de 3600 reais.
Portanto, um lucro de 50% de 250 reais será:
.
Assim podemos concluir que a alternativa d é a cor-
Com esse último tópico chegamos ao final dessa reta.
apostila de matemática. Faremos agora alguns exercí-
cios que englobam os tópicos abordados nessa apos-
tila.
Questão 02 (FCC-2012):
Solução: Solução:
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A expressão ficará:
Agora surgiu um novo problema. O número Como o resultado é 2, a afirmação III está incorreta.
0,4444... é chamado de dízima periódica.Usamos o si- Logo, a resposta do exercício é a letra b.
nal de reticências pois não há como representar esse
numero de maneira decimal, indicando que o número
4 se repete indefinidamente. O número ou os números Questão 03 (FCC-2012):
que se repetem é chamado de período da dízima, por- Ao consultar um livro de registro de entrada e sa-
tanto o período de 0,4444... é igual a 4. ída de pessoas às dependências de uma empresa, um
Podemos obter a fração que gera a dízima ao divi-
dirmos o período pela quantia de 9 igual a quantia de funcionário observou que: do total das pessoas que
algarismos do período. Como no nosso caso o período lá estiveram ao longo de certa semana eram do sexo
possui apenas um algarismo, a fração geradora da dí-
zima é: masculino e que, destas, tinham menos de 35 anos
de idade. Com base nessas informações, pode-se con-
cluir corretamente que o total de pessoas que visitaram
tal empresa naquela semana não poderia ser igual a:
a) 56.
Caso a dízima fosse 0,343434... a fração geradora
b) 112.
seria . Vamos continuar com o exercício calculando
a soma do numerador: c) 144.
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Matemática
Solução:
mens e dos visitantes possuem me- Logo, a poupança forneceu um lucro de 7% para os
nos de 35 anos de idade. Mas agora, o que fazemos dois durante esse período. Com esse dado calculado
com esses números? Perceba que o enunciado per- podemos obter qual foi o lucro de Saulo e de Mariete:
guntou qual das alternativas não pode ser o número
total de visitantes daquela semana. Nós sabemos que
não existem pessoas fracionadas, logo não podemos
afirmar que 17,3 pessoas visitaram a empresa nessa
semana.
b) R$504,00. Solução:
Como tanto Saulo quanto Marieta investiram na Agora, se aumentarmos o número de dias de fun-
mesma poupança e mesmo banco, podemos concluir cionamento da máquina, o custo também deverá au-
23
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mentar, de modo que as grandezas custo e dia também Teorema: toda e qualquer proposição que necessita
são diretamente proporcionais. de um postulado para comprovar sua veracidade.
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Matemática
Bissetriz de um ângulo: semirreta de origem no Polígono convexo: caso os lados do polígono sejam
vértice do ângulo que o divide em dois ângulos adja- prolongados, nunca ficarão no interior da figura ori-
centes e congruentes. ginal.
TRIÂNGULO 3
QUADRILÁTERO 4
PENTÁGONO 5
Ângulos complementares: quando a soma de seus
ângulos é igual a 90°.
HEXÁGONO 6
DECÁGONO 10
POLÍGONOS
UNDECÁGONO 11
Polígono: figura plana formada por 3 ou mais seg-
mentos de reta, que são denominados lados. Os pon- DODECÁGONO 12
tos de intersecção, como visto, são chamados de vér-
tice. Pode também ser conceituado como ‘uma linha TRIDECÁGONO 13
poligonal fechada’.
25
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TETRADECÁGONO 14
PENTADECÁGONO 15
ICOSÁGONO 20
TRIACONTÁGONO 30
PENTACONTÁGONO 50
ENEACONTÁGONO 90
HECTÁGONO 100
40 tetraconta- 4 -tetra-
60 hexaconta- 6 -hexa-
70 heptaconta- 7 -hepta-
80 octaconta- 8 -octa-
90 eneaconta- 9 -enea-
ACUTÂNGULO - 3 AGUDOS
OBTUSÂNGULO - 1 OBTUSO
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Matemática
QUADRILÁTEROS
b) os ângulos opostos são congruentes; Para calcular a área do triângulo, deve-se multipli-
car a base pela altura e dividir por 2 (equivalente a me-
tade da área do retângulo):
c) as diagonais cortam-se mutuamente ao meio;
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VOLUME
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Matemática
Linha poligonal fechada: Tais conceitos são óbvios. Mas o que é comumente
cobrado em provas de concursos é a conversão entre
unidades de medida de tempo. Para visualizar melhor,
utilize a tabela abaixo:
1 d = 24 h dias hora 24
MEDIDAS DE COMPRIMENTO
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Existem ainda outras unidades de medida que não Tal unidade é comumente utilizada para mensurar
fazem parte do sistema métrico decimal, como por áreas de chácaras, fazendas, sítios, entre outros. O hec-
exemplo: tare é a medida de superfície de um quadrado de 100
m de lado.
1 polegada = 25 milímetros
1 hectare (ha) = 1 hm2 = 10 000 m2
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros Em alguns estados do Brasil, utiliza-se também
1 pé = 30 centímetros uma unidade não legal chamada alqueire.
Para converter uma unidade de medida de compri- De acordo com o Comitê Internacional de Pesos e
mento, deve-se multiplicar ou dividir por 102 e não 10, Medidas, o litro é, aproximadamente, o volume equi-
como no exemplo a seguir: valente a um decímetro cúbico:
30
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Matemática
+ Adição
- Subtração
× ou Multiplicação
* ou
•
÷ ou Divisão
/
^ conjunção lógica
√ Radiciação
± Mais ou menos
log Logaritmação
= Sinal de igual
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Matemática
Exemplos:
Proposições Lógicas:
Proposições lógicas são sentenças declarativas, as
quais podem ser afirmativas ou negativas. Aqui usa- 1) Interrogativas:
mos o termo “afirmativas” no sentido do oposto à “Qual seu nome?”
“negação”. Mas, na prática, as proposições fazem afir-
mação do acontecimento ou não de algo. Quanto estas As sentenças interrogativas não são declarativas.
sentenças permitem enunciar julgamento como verda- Estas sentenças requerem uma resposta direta à per-
deiro (V) ou Falso (F), estas declarações são denomina- gunta e não verdadeiro ou falso.
das proposições lógicas.
Seria até estranho a pessoa fazer esta pergunta e re-
ceber como resposta verdadeiro ou falso. Desta forma,
Valorações Lógicas: frases interrogativas não são proposições lógicas.
No raciocínio lógico temos somente dois valores, o
verdadeiro (V) e o falso (F). 2) Exclamativas:
Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao “Viva!!!”; “Que Bom!”; “Legal!”; “Que jogador fe-
mesmo tempo (princípio da não-contradição). nomenal!”
Dizemos que algo é VERDADEIRO quando Frases exclamativas não são proposições lógicas,
ACONTECE, e dizemos que algo é FALSO quando pois não cabe, após o enunciado das mesmas, emitir
NÃO ACONTECE. julgamento verdadeiro ou falso.
Exemplo:
3) Ordens e Pedidos:
1) O idioma oficial do Brasil é o português.
“Faça seu trabalho bem feito”; “Eu quero este rela-
Verdadeiro. tório hoje”.
Por que verdadeiro? Porque acontece... é isso mes- As ordens ou pedidos não possibilitam julgamento
mo. verdadeiro ou falso. O máximo que possibilita é disser
“Sim, senhor”, “não senhor”.
2) A seleção brasileira ganhou a copa de 2014 no
Brasil. Desta forma, as ordens ou pedidos não são
proposições lógicas.
Falso.
Atenção: Cuidado com as ordens ou pedidos, pois mui-
Por quê? Porque não acontece ou não aconteceu. tas vezes pensamos que são proposições lógicas e não são.
Identificação das Proposições
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Errado ( )
5) Sentenças abertas:
2) (CESPE) Entre as frases apresentadas a seguir, iden-
“X é negativo”; “Y é um número ímpar”. tificadas por letras de A a E, apenas duas são propo-
sições.
Nestes casos nós temos incógnitas, ou seja, variá-
veis. Variável é toda letra que pode assumir um valor
A: Pedro é marceneiro e Francisco, pedreiro.
numérico. Assim, não podemos julgar como verdadei-
ro ou falso pelo simples fato de que não dispomos de B: Adriana, você vai para o exterior nessas fé-
determinação do valor de X ou de Y ou, pelo menos, rias?
seu período de extensão. Dependerá da definição do
valor de X e de Y para que seja possível emitir tais jul- C: Que jogador fenomenal!
gamentos.
D: Todos os presidentes foram homens honra-
Estas variáveis, nestas condições, são ditas livres, o dos.
que caracteriza uma Sentença Aberta. Assim, tal situa-
ção não se caracteriza como proposição lógica. E: Não deixe de resolver a prova com a devida
atenção.
Exemplo: X é par.
Certo ( )
Mas observe: Uma vez definida a variável, torna-se
possível emitir verdadeiro ou falso como julgamento. Errado ( )
Por exemplo: “X é negativo, se X < 0”. Podemos dizer
“verdadeiro”, pois para X menor que zero ele é nega-
3) (QUADRIX – 2012) Considere as afirmações a seguir
tivo. Se podemos emitir o julgamento “verdadeiro”, é
porque esta sentença é proposição lógica. Se puder-
mos emitir o julgamento “falso”, também trata-se de I. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos
proposição lógica. quadrados dos catetos.
II. Coma bem devagar.
Em suma, se não for possível julgar como
Verdadeiro ou Falso, não é proposição lógica. III.Se você comer devagar, então ficará mais sa-
tisfeito.
Exemplos:
IV. A soma dos ângulos internos de um triângu-
1) Uma bela árvore. lo é igual a 180°.
EXERCÍCIOS
CONECTIVOS LÓGICOS
1) (CESPE) Na lista de frases apresentadas a seguir, há
Conectivos ou conectores lógicos são elementos
exatamente três proposições.
que conectam as proposições e causam um efeito de
* “A frase dentro destas aspas é uma mentira.” verdade ou falsidade nestas proposições.
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A: João é mecânico
B: Maria é professora.
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e) boa.
A B C
V V V
Tabela-verdade: V V F
Conceito: V F V
V F F
A tabela-verdade é um elemento utilizado ampla-
F V V
mente no raciocínio lógico proposicional, pois vem em
nosso auxílio quando temos alguma dúvida e ela nos F V F
mostra a VERDADE. Ela descreve todas as possibili- F F V
dades, ou seja, tudo o que pode acontecer.
F F F
Primeiramente temos que determinar quantas li- Com a tabela verdade podemos comprovar que, ao
nhas teremos nesta tabela-verdade. O número de li- negar uma proposição duas vezes consecutivas, obte-
nhas corresponde ao número de possibilidades de remos a mesma proposição, ou seja, a dupla negação
acontecimentos. de uma proposição possui valores lógicos idênticos,
sendo dita como equivalente à própria proposição.
Para A teremos duas possibilidades, podendo ser
Verdadeiro ou Falso. Para B teremos igualmente duas Na tabela a seguir, tal condição é demonstrada pe-
possibilidades. Assim, para formar uma tabela-verda- las colunas com valores em negrito.
de para A e B, teremos 2 x 2 = 4 possibilidades, ou seja,
4 linhas na tabela-verdade.
A B ~A ~(~A)
Ainda, tais possibilidades, ou número de linhas da V V F V
tabela, podem ser expressar por 2n, onde “n” indica o V F F V
número de proposições.
F V V F
Veremos como descrever as 4 possibilidades. F F V F
Uma tabela com três proposições lógicas A, B e C, 1) João é mecânico e Maria é professora;
como há duas possibilidades para cada uma destas
proposições simples, teremos 2 x 2 x 2 = 8 possibili- 2) João é mecânico, mas Maria é professora;
dades.
3) João é mecânico, porém Maria é professora;
Vamos ver como montar tal tabela-verdade de uma
forma rápida e prática. Para montar esta tabela “pense Podem ser utilizados outros termos como “entre-
nas metades”. tanto”, “contudo”, etc.
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A B A˄B
V V V
V F F
F V F
F F F
Resumo: O “e” só será verdadeiro se ambos os ter- Em análise, para que o evento com a partícula “...
mos forem verdadeiros (V^V = V). Se houver um ter- ou...” aconteça, basta que um deles aconteça. Desta
mo falso, o “e” já será falso, independentemente do forma, se um dos termos forem verdadeiros, o “...ou...”
valor lógico do outro elemento (F ^ .... = F). já será verdadeiro. Só não acontecerá o “...ou...” quan-
do ambos forem falsos.
EXERCÍCIOS Assim, no exemplo, os únicos que não necessitam
ser vacinados são os que não viajarão para África, nem
5) (CESPE) Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para Europa.
para meu conselho.
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Conectivo Disjunção Exclusiva: O diagrama indica que ser alagoano, implica logi-
camente em ser brasileito. Ainda podemos entender
Expressa pela partícula “ou...ou...”, este exclui a
que ao sabermos que alguém é alagoano, podemos
possibilidade da ocorrência de ambos elementos.
CONCLUIR que é brasileiro.
Exemplo: Assim, a implicação pode ser vista como uma con-
clusão.
1) Ou bebo leite ou bebo suco.
Ser alagoano implica ser brasileiro, mas ser brasi-
O que isso quer dizer? Se bebo leite, não bebo suco. leiro, não implica obrigatoriamente em ser alagoano.
Se não bebo leite, bebo suco. A implicação é como uma via de mão única.
Não é possível que ambos aconteçam e também Na implicação lógica há duas condições, sendo
não é possível que ambos não aconteçam. uma “suficiente” e outra “necessária”.
Desta forma, só será verdadeiro se houver valores Supondo ainda nosso exemplo: quando uma pes-
distintos. soa diz que é alagoano, é suficiente para compreender
que é brasileiro. Mas, para que uma pessoa seja alago-
O símbolo para este conectivo será ∨. ana, é necessário ser brasileira.
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Val ( p ) = V
Val ( q ) = F
Val ( r ) = V
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c) III
V ↔ (F ∧ V )
d) II
V ↔F
e) I
F
11) (CESPE) A Constituição Federal de 1988 estabelece
que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o
EXERCÍCIOS réu, isto é, “se a lei penal retroagiu, então a lei penal
beneficiou o réu”. À luz dessa regra constitucional,
Com base na valoração das proposições simples. considerando as proposições P: “A lei penal beneficiou
o réu” e Q: “A lei penal retroagiu”, ambas verdadeiras,
Val ( p ) = V
e as definições associadas à lógica sentencial, julgue o
Val ( q ) = F item.
Errado ( )
6) (~ p ∨ ~ q ) ∧ (r → p )
12) (CESPE) Se A e B são proposições simples, então,
7) r → ( p → q)
completando a coluna em branco na tabela abaixo, se
necessário, conclui-se que a última coluna da direita
8) ~ (q ↔ r ) ↔ (q ∧ p) corresponde à tabela-verdade da proposição composta
Certo ( )
A que tem valor lógico FALSO é a
Errado ( )
a) I
A que tem valor lógico FALSO é a 14) Para que valores de p,q,r,s e t, respectivamente, a
proposição a seguir é verdadeira?
a) IV
b) V ( p ∨ q) → (r ∧ s ) ↔ (~ t )
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Assim, se tivermos P → Q ∧ R , entenda-se Está dizendo que não viajou para África “e” não
viajou para Bahamas (~A^~B).
P → (Q ∧ R) . Vamos verificar pela tabela-verdade.
A B ~A ~B A˅B A^B
PROPRIEDADES DAS PROPOSIÇÕES
V V F F V V
Algumas propriedades serão importantes para fa- V F F V V F
cilitar nosso raciocínio em tópicos que veremos mais
adiante. F V V F V F
F F V V F F
Propriedade Comutativa – Para o mesmo conecti-
vo.
Continuando...
A ∨ ( B ∧ C ) = ( A ∨ B) ∧ ( A ∨ C ) Exemplo:
Qual a negação da sentença: “Ana é alta ou Maria
não é loira”?
NEGAÇÕES E EQUIVALÊNCIAS DE
PROPOSIÇÕES COMPOSTAS Será Ana não é alta e Maria é loira.
Uma proposição é a negação de outra quando os Observe que, onde é “e” vira “ou”; onde é “sim” vira
valores de sua coluna da tabela-verdade são exata- “não”.
mente o avesso.
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A → B equivale a ~B → ~A
15) A negação de “ x < 1
0 ” é:
Além deste equivalente, é possível determinar ou-
tra equivalência pela dupla negação, pois quando ne- a) x ≥ −1
0
gamos uma proposição duas vezes consecutivas, obte-
mos uma proposição equivalente. b) x ≤ 1
0
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a) o cão mia e o gato late. a) Se Ana não é bela, então Carina não é feia.
19) A negação de: Milão é a capital da Itália ou Paris é e) Se Carina não é feia, então Ana não é bela.
a capital da Inglaterra é:
24) (CESPE) Proposições são sentenças que podem
a) Milão não é a capital da Itália. ser julgadas somente como verdadeiras ou falsas. A
esse respeito, considere que p represente a proposição
b) Milão não é a capital da Itália e Paris não é a simples “É dever do servidor promover o atendimen-
capital da Inglaterra. to cordial a clientes internos e externos”, que q repre-
c) Milão não é a capital da Itália ou Paris não é a sente a proposição simples “O servidor deverá instruir
capital da Inglaterra. procedimentos administrativos de suporte gerencial”
e que r represente a proposição simples “É tarefa do
d) Paris não é a capital da Inglaterra. servidor propor alternativas e promover ações para o
e) Milão é a capital da Itália e Paris não é a capi- alcance dos objetivos da organização”. Acerca dessas
tal da Inglaterra. proposições p, q e r e das regras inerentes ao raciocínio
lógico, assinale a opção correta.
20) A negação de “2 é par e 3 é ímpar” é:
a) 2 é par e 3 é par. a)
~ ( p ∨ q ∨ r) é equivalente a
~ p∧ ~ q∧ ~ r
b) 2 é par ou 3 é ímpar.
d) 2 é ímpar e 3 é ímpar. c)
p ∧ (q ∨ r ) é equivalente a p ∧ q ∧ r .
e) 2 é ímpar ou 3 é par. ~ (~ (~ r ) ↔ r
d)
21) Duas proposições compostas são equivalentes se
e) A tabela-verdade completa das proposições
têm a mesma tabela de valores lógicos. É correto afir-
p → q é equivalente simples “p”, “q” e “r” tem 2 4 linhas.
mar que a proposição composta
à proposição
25) Um renomado economista afirma que “A inflação
a)
p∧q não baixa ou a taxa de juros aumenta”. Do ponto de
vista lógico, a afirmação do renomado economista
b)
p∨q equivale a dizer que:
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Então teremos P ou ~P
NOMENCLATURAS DAS PROPOSIÇÕES
Quando a proposição P for verdadeira, não P será
Dependendo da disposição dos valores verdadeiro falsa e vice-versa. Então, analisando em contexto geral,
ou falso das proposições, elas podem ser classificadas teremos
como:
V ou F = V
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Errado ( )
A B ~A ~B A˅B A^B (~A˅~B)
V V F F V V F 27) Chama-se tautologia à proposição composta que
V F F V V F V possui valor lógico verdadeiro, quaisquer que sejam os
valores lógicos das proposições que a compõem. Sejam
F V V F V F V
p e q proposições simples e ~p e ~q as suas respecti-
F F V V F F V vas negações. Em cada uma das alternativas abaixo,
há uma proposição composta, formada por p e q. Qual
Continua... corresponde a uma tautologia?
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Premissa 2: Todo animal é verde c) não vou morar em Pasárgada e não viajo.
Premissa 2: V ˅~ C (V)
Premissa 3: P ˅ ~ B (V)
Premissa 4: ~ P (V)
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que ~B deve ser verdadeiro para que esta premissa seja Veremos agora um exemplo onde faremos o teste
verdadeira. Com ~ B, teremos que B é falso. Assim, na lógico.
P1 teremos que C deve ser verdadeiro, já que B é falso.
Sendo C verdadeiro, ~C será falso. Então, na P2 tere- A partir das proposições “Se um policial não tem
mos obrigatoriamente V verdadeiro. informações precisas ao tomar decisões, então o poli-
cial toma decisões ruins” e “Se o policial teve treina-
Todos os valores estão determinados: mento adequado e se dedicou nos estudos, então o
policial tem informações precisas ao tomar decisões”,
Caso? (V) sim. é correto inferir que “O policial que tenha tido treina-
mento adequado e tenha se dedicado nos estudos não
Compro uma bicicleta? (F) não.
toma decisões ruins” é uma proposição verdadeira.
Viajo? (V) sim.
Como os termos “o policial teve treinamento ade-
Vou morar em Pasárgada? (F) não. quado” e “ se dedicou nos estudos” sempre aparecem
juntos, simbolizarei esta proposição que seria A ^ B
Com estes valores determinados, a alternativa cor- apenas por P.
reta será aquela que conduz a um argumento válido,
ou seja, a conclusão seja verdadeira a partir das pre- Assim teremos:
missas dadas. Das alternativas, somente a “b)” será Premissa 1: ~I à R (V)
verdadeira.
Premissa 2: P à I (V)
Vamos ver outro exemplo com outro ponto de par-
tida. Conclusão: P à ~ R
Se estudo, obtenho boas notas. Se me alimento Este argumento será válido? Vamos ver se a conclu-
bem, me sinto disposto. Ontem estudei e não me senti são pode ser falsa. Se puder, não será válido. Assim,
disposto, logo podemos concluir que... para P à ~ R falsa, teremos P verdadeiro que deverá
acarretar ~ R falsa. Vamos ver se é possível termos P
a) Se estudei, então me senti disposto.
verdadeiro e ~R falsa, mesmo com as premissas ver-
b) Senti-me disposto e me alimentei bem dadeiras.
c) Estudei se e somente se não obtive boas notas. Com P verdadeira, na P2 teremos I verdadeiro.
Assim ~I é falso. Então pela P1, poderemos ter qual-
d) Não obtive boas notas ou me alimentei bem quer valor para R que já deixa a P1 verdadeira. Assim,
R pode ser verdadeira ou falsa. Desta forma, ~R pode
e) Senti-me disposto ou estudei. ser falsa ou verdadeira. Assim, o argumento é inváli-
Teremos do, pois pode ter conclusão falsa.
Premissa 1: E à B (V)
Com E verdadeiro, na P1 concluímos que B será III. Ana é policial civil e Carlos é legista.
verdadeiro. Com D falso, na P2 concluímos que A será Uma conclusão que pode ser indicada para que,
falso. juntamente com essas três premissas, se tenha um ar-
Todos os valores estão determinados: gumento válido é
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a seguir, todas verdadeiras, feitas em janeiro de 2013. 3) ou o fiesta é azul ou o corsa é azul
I. Se o projeto X for aprovado até maio de 2013, 4) ou o corsa é preto ou o fiesta é preto. Portanto,
então um químico e um biólogo serão contrata- as cores do gol, do corsa e do fiesta são, respec-
dos em junho do mesmo ano. tivamente,
II. Se um biólogo for contratado, então um novo a) branco, preto, azul
congelador será adquirido.
b) preto, azul, branco
III. Se for adquirido um novo congelador ou
uma nova geladeira, então o chefe comprará c) azul, branco, preto
sorvete para todos.
d) preto, branco, azul
Até julho de 2013, nenhum biólogo havia sido con-
tratado. Apenas com estas informações, pode-se con- e) branco, azul, preto
cluir que, necessariamente, que
36) Ricardo, Rogério e Renato são irmãos. Um deles é
a) não foi adquirida uma nova geladeira. médico, outro é professor, e o outro é músico. Sabe-se
b) o chefe não comprou sorvete para todos. que:
c) o projeto X não foi aprovado até maio de 2013. 1) ou Ricardo é médico, ou Renato é médico,
e) não foi adquirido um novo congelador. 3) ou Renato é músico, ou Rogério é músico,
c) sou amiga de Nara e amiga de Abel. 37) (FCC) Considere como verdadeiras as seguintes
premissas: - Se Alfeu não arquivar os processos, então
d) sou amiga de Oscar e amiga de Nara. Benito fará a expedição de documentos.
e) sou amiga de Oscar e não sou amiga de Clara. - Se Alfeu arquivar os processos, então Carmi-
nha não atenderá o público.
34) (ESAF) Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo - Carminha atenderá o público.
ou não estudo. Ora, não velejo. Assim,
Logo, é correto concluir que
a) estudo e fumo.
a) Alfeu arquivará os processos.
b) não fumo e surfo.
b) Alfeu arquivará os processos ou Carminha
c) não velejo e não fumo. não atenderá o público.
c) Benito fará a expedição de documentos.
d) estudo e não fumo.
d) Alfeu arquivará os processos e Carminha
e) fumo e surfo. atenderá o público.
e) Alfeu não arquivará os processos e Benito não
35) Maria tem três carros: um gol, um corsa e um fies- fará a expedição de documentos.
ta. Um dos carros é branco, o outro é preto e o outro é
azul. Sabe-se que:
38) Se Lucas foi de carro, Eliana não foi de ônibus. Se
Eliana não foi de ônibus, Antônio foi de moto. Se Antô-
1) ou o gol é branco ou o fiesta é branco
nio foi de moto, Rafaela não foi de táxi. Como Rafaela
2) ou o gol é preto ou o corsa é azul foi de táxi, podemos concluir que
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2. Se um artista é matemático, então ele é louco. Importa não esquecer que a negação da negação
torna-se o próprio elemento.
3. Se um músico é louco, então ele é matemático.
4. Se um artista não é louco, então ele não é ma- Por exemplo: “Não existe homem que não seja
temático. mortal”. Está dizendo que todo homem é mortal, pois
o “não existe” recai em “todo não”; o não mortal per-
Assinale a alternativa correta. manece. Assim teremos que “todo homem não não é
mortal”, resultando em “todo homem é mortal”.
a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. 52) (CESPE) A negação da proposição “Todos os vere-
adores do partido D foram reeleitos” é “Nenhum vere-
49) (ESAF) Em uma cidade as seguintes premissas são ador do partido D foi reeleito”.
verdadeiras: Nenhum professor é rico. Alguns políti-
cos são ricos. Então, pode-se afirmar que: 53) A negação de “todos os números inteiros são po-
sitivos” é:
a) Nenhum professor é político.
a) nenhum número inteiro é positivo.
b) Alguns professores são políticos.
b) nenhum número inteiro é negativo.
c) Alguns políticos são professores.
c) todos os números inteiros são negativos.
d) Alguns políticos não são professores.
d) alguns números positivos não são inteiros.
e) Nenhum político é professor.
e) alguns números inteiros não são positivos.
50) (FCC – 2014 – TRF 3ª Região)
54) A negação da sentença “Todas as mulheres são ele-
Diante, apenas, das premissas “Nenhum piloto é gantes” está na alternativa:
médico”, “Nenhum poeta é médico” e “Todos os as-
tronautas são pilotos”, então é correto afirmar que a) Nenhuma mulher é elegante.
a) algum astronauta é médico. b) Todas as mulheres são deselegantes.
b) todo poeta é astronauta. c) Algumas mulheres são deselegantes.
c) nenhum astronauta é médico.
d) Nenhuma mulher é deselegante.
d) algum poeta não é astronauta.
e) Algumas mulheres são elegantes.
e) algum poeta é astronauta e algum piloto não
é médico.
55) (FCC – 2011 – BB) Um jornal publicou a seguinte
manchete: “Toda Agência do Banco do Brasil tem dé-
NEGAÇÕES DE QUANTIFICADORES LÓGICOS ficit de funcionários.“ Diante de tal inverdade, o jornal
se viu obrigado a retratarse, publicando uma negação
Quando afirmamos que algo não total, é porque é de tal manchete. Das sentenças seguintes, aquela que
parcial. Quando afirmamos que algo não é parcial, é expressaria de maneira correta a negação da manchete
porque é total. Assim a negação do todo recai no existe publicada é:
algum e vice-versa. É o contraditório. a) Qualquer Agência do Banco do Brasil não
A regra básica é mudar o quantificador, mudando têm déficit de funcionários.
a posição da negação. Além disso, é entender que o b) Nenhuma Agência do Banco do Brasil tem
SUJEITO da sentença não muda, mudando somente o déficit de funcionários.
PREDICADO.
c) Alguma Agência do Banco do Brasil não tem
Por exemplo: Se alguém diz que “todo homem é ca- déficit de funcionários.
reca”. Uma pessoa pode não concordar e negar dizen- d) Existem Agências com deficit de funcionários
do “Nem todo homem é careca”. O que ela está dizen- que não pertencem ao Banco do Brasil.
do? Está dizendo que existe algum ou alguns homens
que não são carecas. Assim, basta trocar a posição da e) O quadro de funcionários do Banco do Brasil
negação e mudar o quantificador lógico. está completo.
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e) Tarso
02 SITUAÇÕES LÓGICAS DIVERSAS Primeiro passo) “Pular” o que os personagens fa-
lam e ver os outros detalhes:
SITUAÇÕES-PROBLEMA
* Há somente UM criminoso
* Há somente UM mentiroso, ou seja, que fala o
Verdades e Mentiras: que é falso.
Várias questões de concursos pautam-se nas situa- Segundo passo) Colocar as frases de forma orde-
ções de verdades e mentiras. Para cada tipo de ques- nada:
tão há uma forma mais rápida de resolução. É o que
veremos. Armando: “Sou inocente”
Celso: “Edu é o culpado”
Descobrindo o responsável pela ação: Edu: “Tarso é o culpado”
Algumas questões indicam uma ação, tendo vários Juarez: “Armando disse a verdade”
indivíduos como personagens, mas não se sabe quem Tarso: “Celso mentiu”
executou a ação.
Observação: Há somente uma falsidade, então
A primeira dica é a seguinte: quando os persona-
haverá 4 verdades. Geralmente é fácil visualizar
gens ‘falam’, não devemos analisar, em primeiro mo-
2 indivíduos que NÃO podem falar a verdade
mento, estas afirmações dos personagens, mas analisa-
ao mesmo tempo. Neste caso Celso e Edu, pois
mos os outros detalhes antes. Depois vamos ver o que
se ambos falassem a verdade haveria 2 culpados
os personagens falaram.
– Edu e Tarso.
Quando a questão indicar que somente um falou a Com isto, já entendemos que um deles (Celso ou
verdade ou somente um mentiu, podemos ver passo Edu) tem de estar mentindo.
-a-passo as possibilidades, fazendo o que chamo de
“escorregamento da falsidade” ou “escorregamento Supondo que Celso mente, então Edu fala a verda-
da verdade”. O que vem a ser isto? Se diz que somente de, então seria Tarso.
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Matemática
d) o Celta é branco.
EXERCÍCIOS
e) o Palio é verde.
1) (FGV – 2010 – BADESC) Certo dia, três amigos fize-
ram, cada um deles, uma afirmação: Olhando quem fala a Verdade:
Aluísio: – Hoje não é terça-feira. Algumas questões indicam personagens onde um
deles fala a verdade, outro às vezes e outro nunca.
Benedito: – Ontem foi domingo.
A dica aqui é fixar o raciocínio somente em quem
Camilo: – Amanhã será quarta-feira. fala a VERDADE e este indivíduo dará a solução do
Sabe-se que um deles mentiu e que os outros dois problema.
falaram a verdade. Assinale a alternativa que indique
corretamente o dia em que eles fizeram essas afirma- Exemplo:
ções.
Três irmãs – Ana, Maria e Cláudia – foram a uma
a) sábado. festa com vestidos de cores diferentes.
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Esta também não pode ser Ana, pois dizendo “Eu sou d) Leonardo, Pedro e Marcos.
Maria”, estaria mentindo. Assim, Ana não está de Branco.
e) Marcos, Pedro e Leonardo.
Logo, só resta estar de preto.
E a de preto disse: “Cláudia é quem está de bran- Outras questões de Verdades e Mentiras:
co”.
Já sabemos que esta é Ana, pois como não está de azul EXERCÍCIOS
nem de branco, tem que estar de preto. 6) Cinco moças, Ana, Beatriz, Carolina, Denise e Edu-
Tudo que Ana fala é verdade, logo Cláudia realmente está arda, estão vestindo blusas vermelhas ou amarelas.
de branco. Então resta para Maria estar de azul. Sabe-se que as moças que vestem blusas vermelhas
sempre contam a verdade e as que vestem blusas
Assim, as cores dos vestidos de Ana, Maria e amarelas sempre mentem. Ana diz que Beatriz veste
Cláudia eram, respectivamente: blusa vermelha. Beatriz diz que Carolina veste blusa
amarela. Carolina, por sua vez, diz que Denise veste
Preto, azul e branco. Alternativa C. blusa amarela. Por fim, Denise diz que Beatriz e Edu-
arda vestem blusas de cores diferentes. Por fim, Edu-
arda diz que Ana veste blusa vermelha. Desse modo,
EXERCÍCIOS as cores das blusas de Ana, Beatriz, Carolina, Denise e
Eduarda são, respectivamente:
4) Três amigos – Luís, Marcos e Nestor – são casados
com Teresa, Regina e Sandra (não necessariamente a) amarela, amarela, vermelha, vermelha e ama-
nesta ordem). Perguntados sobre os nomes das respec- rela.
tivas esposas, os três fizeram as seguintes declarações:
b) vermelha, vermelha, vermelha, amarela e
Nestor: “ Marcos é casado com Teresa” amarela.
Luís: “ Nestor está mentindo, pois a esposa de c) vermelha, amarela, amarela, amarela e ama-
Marcos é Regina”. rela.
Marcos: “Nestor e Luís mentiram, pois a minha d) vermelha, amarela, vermelha, amarela e ama-
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Matemática
rela. a) segunda-feira.
e) amarela, amarela, vermelha, amarela e ama- b) sábado.
rela.
c) quinta-feira.
Dica: “Chute” um valor para a primeira moça,
por exemplo, que ela está vestindo blusa verme- d) sexta-feira.
lho, ou seja, falando a verdade. Faça o encadea-
mento. Se o sistema todo não der certo, mude o e) quarta-feira.
valor da primeira e refaça o encadeamento.
10) (CESPE – 2013 – SEFAZ ES) Em uma reunião, os
7) Cinco amigas, Ana, Bia, Cati, Dida e Elisa, são tias amigos Arnaldo, Beatriz, Carlos, Danilo e Elaine fize-
ou irmãs de Zilda. As tias de Zilda sempre contam a ram as seguintes afirmações:
verdade e as irmãs de Zilda sempre mentem. Ana diz
que Bia é tia de Zilda. Bia diz que Cati é irmã de Zilda. Arnaldo: - Meu nome é Danilo ou Arnaldo.
Cati diz que Dida é irmã de Zilda. Dida diz que Bia
Beatriz: - Arnaldo acaba de mentir.
e Elisa têm diferentes graus de parentesco com Zilda,
isto é: se uma é tia a outra é irmã. Elisa diz que Ana é Carlos: - Beatriz acaba de mentir.
tia de Zilda. Assim, o número de irmãs de Zilda neste
conjunto de cinco amigas é dado por: Danilo: - Carlos acaba de mentir.
9) (FGV – 2007) Paulo e Márcia formam um estranho 12) (VUNESP – 2013 – PC SP) Em uma ilha, as pessoas
casal. Paulo mente às quartas, sextas e sábados, dizen- são divididas em dois clãs. O clã dos cavaleiros que
do a verdade nos outros dias. Márcia mente às segun- só falam a verdade e o clã dos cafajestes que só falam
das, quintas e sábados, dizendo a verdade nos outros mentiras (enunciados falsos). Nessas condições, assi-
dias. Certo dia ambos declaram: “Amanhã é dia de nale a alternativa que apresenta corretamente o enun-
mentir.” O dia em que foi feita essa declaração foi: ciado que nenhum habitante da ilha pode proferir.
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a) uma segunda-feira.
Agora, analisam-se as dicas:
b) uma quarta-feira.
− Reginaldo pediu um misto quente;
c) uma sexta-feira.
Se ele pediu um misto, não pediu outro sanduíche. Se ele
d) um sábado. pediu misto, os outros não pediram misto. Então colocamos
isto na tabela
e) um domingo.
pre lar
Alc mis uva
Relações entre elementos:
ham ace
Há situações-problema que se pautam na relação
entre pessoas com lugares, objetos, etc. Para estes ca-
sos, pode-se fazer uso de tabela ou ainda pode-se elen- pre lar
car as possibilidades para cada um em uma lista. Ferd mis uva
ham ace
Exemplo:
pre lar
Alcides, Ferdinando e Reginaldo foram a uma lan-
Reg mis uva
chonete e pediram lanches distintos entre si, cada qual
constituído de um sanduíche e uma bebida. Sabe-se ham ace
também que:
* um deles pediu um hambúrguer e um suco de la-
− os tipos de sanduíches pedidos eram de pre- ranja
sunto, misto quente e hambúrguer;
Como Reginaldo não pediu hambúrguer, não tomou suco
− Reginaldo pediu um misto quente; de laranja.
− um deles pediu um hambúrguer e um suco de
laranja; * Alcides pediu um suco de uva
− Alcides pediu um suco de uva; Como Alcides pediu uva, não toma outro suco e os outros
não tomam suco de uva.
− um deles pediu suco de acerola.
Como Alcides não pediu laranja, não come hambúrguer,
Nessas condições, é correto afirmar que
então comerá presunto.
a) Alcides pediu o sanduíche de presunto.
Assim, sobrou Ferdinando para tomar suco de laranja
b) Ferdinando pediu o sanduíche de presunto. com hambúrguer.
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a) Lúcia.
19) (CESGRANRIO – 2009) Dulce é mãe de Paulo e
Dirce é filha única e é mãe de Pedro. Pedro é filho de b) Lívia.
José e primo de Paulo. João é pai de Paulo e é filho
c) Maria.
único. Conclui-se que
d) Bruna.
a) Dulce é irmã de José.
e) Joana.
b) Dirce é irmã de José.
Torcedor Palpite
Outras situações-problema: Raciocínio-crítico: 1º Carlos e Davi
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d) 4º b)A,H,I
e) 5º c)A,B,C
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a)I
SITUAÇÕES-PROBLEMA
1) C 21) B
2) D 22) E
3) D 23) C
4) D 24) C
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3)
EXERCÍCIOS
Qual é o 70º termo da seqüência de números (an) defi-
1) Uma empresa cercou a lateral do seu terreno com nida acima?
uma grade de ferro, formada por barras paralelas e
pintou cada barra de uma cor, usando as cores amare- a) 2
la (A), rosa (R), branca (B), laranja (L) e vermelha (V),
obedecendo a seguinte ordem: b) 1
A A A A A V V V B B B R R L L L L L..., conforme c) - 1
ilustra a figura. d) - 2
e) – 3
(A) rosa. a) - 3
(B) laranja. b) - 2
(C) vermelha. c) 6
(D) branca. d) 8
(E) amarela. e) 12
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EXERCÍCIOS
Sequências de números:
As sequências de números geralmente estão pau- 7) Em uma sequência de números inteiros, o 1º termo
tadas em operações matemáticas de soma/subtração e vale 6, o 2º termo vale 1 e, a partir do 3º, cada termo
multiplicação/divisão. corresponde àquele que o antecede em duas posições
subtraído daquele que o antecede em uma posição.
Geralmente começamos nossa análise pela soma.
Se não encontrarmos uma periodicidade na soma, O 7º termo desta sequência será
pensamos em multiplicação.
a) 22.
A lógica de qualquer sequência é dar uma seguran-
b) 7.
ça, ou seja, uma vez descoberto o que gera tal sequên-
cia, haverá um número de elementos tais que nos dará c) 2.
segurança que é aquele fator gerador.
d) –2.
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Matemática
a) 1536
b) 3072
Se x/y é o nono termo dessa sequência, obtido de acor-
c) 3840 do com esse critério, então a soma x + y é um
d) 768 Número
e) 1920 a) menor que 400.
b) múltiplo de 7.
10) Considere que os termos da sequência seguinte
foram sucessivamente obtidos segundo determinado c) ímpar.
padrão: (3, 7, 15, 31, 63, 127, 255, ...). O décimo termo
dessa sequência é d) quadrado perfeito.
a) 4.016.008.
(120; 120; 113; 113; 105; 105; 96; 96; 86; 86; . . .)
b) 4.008.036.
A soma do décimo quarto e décimo quinto termos
c) 4.016.036.
a)ímpar.
d) 4.008.016.
b)menor do que 100
e) 4.016.016.
c) divisível por 3
a) 69.
12) Considere que os termos da seqüência seguinte fo-
b) 52.
ram obtidos segundo determinado padrão:
c) K.
d) 58.
e) 63.
Se, de acordo com o padrão estabelecido, y/x é o déci-
mo primeiro termo dessa seqüência, então x + y é um 16) Na sequência (4; 11; 32; 95; . . .) a diferença entre o
número compreendido entre 6º e o 4º termo é, nessa ordem, igual a
a) 100 e 150 a) 280.
b) 150 e 200 b) 637.
c) 200 e 250 c) 756.
d) 250 e 300 d) 189.
e) 350 e 400 e) 567.
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a) 1.058.
b) 1.432.
c) 1.977.
d) 2.745.
e) 2.836.
Continuando a criar fileiras dessa maneira é possível
concluir, corretamente, que a soma entre o 3o termo
18) Com frequência, operações que observam certos da 7a fileira, o 8o termo da 9a fileira e o 1o termo da 5a
padrões conduzem a resultados curiosos: fileira é igual a:
a) 7
b) 4
c) 8
d) 12
e) 9
EXERCÍCIOS
d) 1020304030201. a) HULHA.
e) 1002003004003002001. b) ILIBADO.
c) FOFURA.
d) DESDITA.
20) Observe, abaixo, a sequência de dígitos em fileiras
que contêm sempre os mesmos algarismos. e) GIGANTE
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Matemática
c) J, J
ABH(11) – DBX(30) – MAR(32) – KIT(40) –
CYN(42) d) Q, I
Considerando que o número representante de cada e) E, J
grupo de letras foi escolhido segundo determinado
critério e o alfabeto usado é o oficial, ou seja, tem 26 27) Considere a sequência: (P, 3, S, 4, W, 5, B, 4, F, 3,
letras, então, segundo o mesmo critério, o grupo PAZ ......)
deve ser representado pelo número
De acordo com a lógica observada nos primeiros ele-
a)31 mentos da sequência, o elemento, dentre os apresenta-
b)36 dos, que a completa corretamente é
c)40 a) C
d)43 b) G
e)46 c) I
d) 2
23) Avareza está para generosidade assim como:
e) 4
a) Ira está para paciência.
b) Gula está para humildade. 28) Considere que os dois primeiros pares de palavras
foram escritos segundo determinado critério.
c) Vaidade está para inveja.
b) 52. a)ramas
c) K. b)maras
d) 58. c)armas.
e) 63. d)samar
e)asmar.
25) No código secreto combinado entre Mônica e Ali-
ce, a frase QUERO SAIR HOJE é escrita RVFSP TBJS
IPKF. Mônica quer mandar uma mensagem para Alice 29) Cada célula do quadriculado abaixo deve ser pre-
dizendo VAMOS AO CINE? Ela deve então escrever: enchida de modo a formar uma palavra e, para tal, de-
vem ser usadas exatamente duas letras de cada uma
a) RAFGT BP DHMF? das palavras: RIJO, TREM, PUMA e LOAS.
b) XYNPR AF EIPG?
c) WBNPT BP DJOF?
d) WCNOT CR EJOG?
Considerando que cada célula deverá ser ocupada por
e) XBMPQ BO EJOF?
uma única letra, em posição diferente daquela onde
ela se encontra nas palavras dadas, qual das palavras
26) Na sequência a seguir, quais letras cor- seguintes poderá ser formada?
respondem às lacunas “ - ”, respectivamente:
A L ! B K @ C - # D I $ - H % F a) PURA.
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b) AMOR. EXERCÍCIOS
c) TOLA.
Do chamado “Jogo da Velha” participam duas pes-
d) ROMA. soas que, alternadamente, devem assinalar suas joga-
das em uma malha quadriculada 3 x 3: uma, usando
e) MOLA. apenas a letra X para marcar sua jogada e a outra,
apenas a letra O. Vence o jogo a pessoa que primeiro
30) Observe a sequência: A2, B4, C6, D8, .... O próximo conseguir colocar três de suas marcas em uma mesma
termo é: linha, ou em uma mesma coluna, ou em uma mesma
diagonal.
a) E9
b) E10 33)
c) F10
d) F12
e) G9
31) Continuando a seqüência de letras F, N, G, M, H, Para que, com certeza, a partida termine com uma vi-
..., ..., temos, respectivamente, tória de Eunice, então, ao fazer a sua terceira jogada,
em qual posição ela deverá assinalar a sua marca?
a) O, P.
(A) Somente em (2).
b) I, O.
(B) Somente em (3).
c) E,P.
(C) Em (3) ou em (5).
d) L, I.
(D) Em (1) ou em (2).
e) D, L.
(E) Em (2) ou em (4).
ORAM
a) ARMO
d) ROMA
e) RAMO
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Matemática
a) 168
b) 126
c) 240
d) 112
A soma dos valores de X e Y é igual a
a) 34
38) Observe a sequência:
b) 38
c) 42
d) 45
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10) D 30) B
11) A 31) D
Dessa maneira, a 19.ª figura da sequência é: 12) D 32) E
13) D 33) C
14) E 34) B
15) D 35) D
16) C 36) B
17) D 37) A
18) D 38) E
19) D 39) A
20) E 40) D
ANOTAÇÕES
a) 100
b) 109.
c) 112
d) 121
e) 144
1) C 21) C
2) A 22) D
3) D 23) A
4) A 24) D
5) A 25) C
6) E 26) B
7) A 27) C
8) E 28) C
9) C 29) B
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03 HISTÓRIA
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História
O NAZI-FASCISMO E A SEGUNDA
HISTÓRIA GERAL 02
GUERRA MUNDIAL
Em uma atmosfera de grande depressão, causada
pelos efeitos da crise de 1929 sobre a economia alemã
- entre eles uma inflação descontrolada e o desempre-
01 PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL go em massa -, chegou ao poder em 1933, sob a lide-
rança de Adolf Hitler, o Partido Nacional Socialista da
Alemanha. Apoiado na ideologia anti-semita do nazis-
A Primeira Guerra Mundial iniciou o primeiro
mo, o programa de governo de Hitler visava à recu-
grande conflito internacional do século vinte. O assas-
peração econômica e militar do país e à revisão dos
sinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro
termos do Tratado de Versalhes, assinado por ocasião
do trono austro-húngaro, e de sua esposa, a arquidu-
da Conferência de Paz de Paris de 1919.
quesa Sofia, em Saraievo, no dia 28 de junho de 1914,
desencadeou as hostilidades que começaram em agos- França e Inglaterra, por seu lado, desejavam man-
to de 1914 e se prolongaram por várias frentes durante ter uma política não-intervencionista na Europa, para
os quatro anos seguintes. evitar qualquer novo confronto armado. Foi essa a po-
sição que adotaram diante da guerra civil espanhola,
Durante a Primeira Guerra Mundial, as Potências que teve início em 1936. E foi essa a reação que tiveram
Unidas – Grã-Bretanha, França, Sérvia e Rússia diante das reivindicações territoriais de Hitler, numa
Imperial (às quais se uniram posteriormente Grécia, política conhecida como appeasement. Além de permi-
Portugal, Romênia e Estados Unidos) – lutaram contra tir o envio de tropas alemãs à zona desmilitarizada do
as Potências Centrais - Alemanha e Império Austro- Reno e a incorporação da Áustria à Alemanha, França
Húngaro (às quais se uniram posteriormente o Império e Inglaterra endossaram a anexação pela Alemanha da
Turco Otomano e a Bulgária). região dos Sudetos, na Tchecoslováquia, através dos
Acordos de Munique de 1938. Essa decisão só contri-
Apesar das varias conquistas alemãs, que tiraram a buiu para legitimar a política externa expansionista de
Rússia bolchevique da Guerra no final de 1918 e cujas Berlim que, após a assinatura do pacto de não-agres-
tropas chegaram aos portões de Paris em meados do são com a União Soviética, ordenou a invasão da me-
ano seguinte, os exércitos dos Poderes Unidos conse- tade ocidental da Polônia, iniciada em 1° de setembro
guiram vencer o exército alemão no rio Marne. de 1939. Dois dias depois, cumprindo o compromisso
assumido com o governo polonês em março de 1939
A partir de então, eles avançaram persistentemente
de garantir a integridade territorial polonesa, França e
em direção às linhas alemãs na Frente Ocidental, de
Inglaterra declararam guerra à Alemanha. Começou aí
8 de agosto a 11 de novembro de 1918, operação que
a guerra na Europa.
ficou conhecida como “A Ofensiva dos Cem Dias”.
Não demorou muito para que outros países eu-
As Potências Centrais começaram a se render, ini- ropeus, alvo da política de ocupação alemã, se vis-
ciando-se pela Bulgária e pelo Império Otomano [atu- sem envolvidos no conflito. Foi o que aconteceu com
al Turquia e Oriente Médio], em setembro e outubro, Dinamarca, Noruega, Bélgica e Holanda. Por outro
respectivamente. Em 3 de novembro, as forças austro lado, o Japão, que buscava a constituição da Grande
-húngaras assinaram uma trégua próximo a Pádua, na Ásia, já se alinhara à Alemanha desde a assinatura do
Itália. Pacto Anti-Komintern, em janeiro de 1936. E a Itália,
sob o signo do fascismo implantado por Mussolini,
Às 11 horas do dia 11 de novembro (11/11) de 1918, igualmente decidira apoiar o governo de Hitler, com
os combates na Frente Ocidental cessaram. A “Grande base no Pacto Ítalo-Germânico, de março de 1936, for-
Guerra”, como seus contemporâneos a denominavam, mando o eixo Roma-Berlim.
havia terminado mas o enorme impacto do conflito
nas esferas internacionais, políticas, econômicas e so- A União Soviética, que até então vinha adotando
ciais ainda seria sentido por décadas. uma posição de quase aliança com a Alemanha, termi-
nou por declarar guerra a esse país após ter seu territó-
A Primeira Guerra Mundial foi uma das guerras rio atacado pelos alemães em junho de 1941. Foi tam-
mais destrutivas da história moderna. Quase dez mi- bém em 1941, em seguida ao ataque japonês a Pearl
lhões de soldados morreram como resultado das lutas, Harbor no mês de dezembro, que os Estados Unidos
um número que excedeu, em muito, as perdas mili- decidiram se unir militarmente às forças aliadas.
tares de todas as guerras dos cem anos anteriores em
conjunto. Até cerca de junho de 1942, a guerra se caracteri-
zou pela expansão vitoriosa das forças do Eixo, com
Embora seja difícil fazer uma estimativa precisa do a crescente ocupação de territórios. A partir de então,
número de baixas, calcula-se que aproximadamente 21 até fevereiro de 1943, foi a fase de contenção do Eixo e
milhões de homens foram feridos em combate. início da contra-ofensiva dos Aliados.
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Finalmente, a partir das vitórias contra os alemães ideias e facilita o comercio internacional; a crescente
no norte da África, foi-se consolidando a ofensiva alia- ampliação do fluxo de troca de mercadorias no am-
da, com a recuperação dos territórios ocupados pelos biente internacional; o crescimento e aperfeiçoamento
alemães, italianos e japoneses. dos sistemas de transportes multimodais; etc.
Os italianos renderam-se aos Aliados em setembro As políticas neoliberais perseguidas ao final dos
de 1943, com a assinatura de um acordo de paz em anos 70 e no começo dos 80 por parte dos governos
separado, embora tropas alemãs permanecessem em nacionais dos países centrais constituem precisamente
seu território. Em 7 de maio de 1945 o governo alemão uma tentativa de ‘remercadorização’ de suas econo-
capitulou, pondo fim à guerra na Europa. Finalmente, mias.
em 14 de agosto do mesmo ano, o Japão se rendeu
às forças aliadas, em seguida ao lançamento pelos
Estados Unidos de duas bombas atômicas sobre as ci-
dades de Hiroshima e Nagasaki.
HISTÓRIA DO BRASIL
Durante os seis anos de guerra, estima-se a perda
de 50 milhões de vidas, entre militares e civis. Destes,
mais de cinco milhões de judeus foram exterminados
em campos de concentração nazistas, como parte da A REVOLUÇÃO DE 1930 E A ERA
política anti-semita de Hitler. 05
VARGAS
Assim que assumiu o poder em 1930, no chama-
03 A GUERRA FRIA do “governo provisório”, Getúlio Vargas suspendeu a
Constituição em vigor, fechou o Congresso Nacional,
as assembléias estaduais e municipais e nomeou pes-
A Guerra Fria foi um período em que a guerra
soas de sua confiança para o Governo dos estados, os
era improvável, e a paz, impossível. Com essa frase,
chamados interventores, em geral tenentes.
o pensador Raymond Aron definiu o período em que
a opinião pública mundial acompanhou o conturba- Nesse período criou os Ministérios da Educação e
do relacionamento entre os Estados Unidos e a União Saúde Publica e o do Trabalho, Indústria e Comércio.
Soviética. Criou ainda dois novos ministérios: o da Educação e
Saúde Pública e o do Trabalho, Indústria e Comércio,
A divisão do mundo em dois blocos, logo após a
o que deu ao ser governo um viés social.
Segunda Guerra Mundial, transformou o planeta num
grande tabuleiro de xadrez, em que um jogador só Em 1932 uma Revolução Constitucionalista, pro-
podia dar um xeque-mate simbólico no outro. Com eminentemente paulista, tentou derrubar Vargas.
arsenais nucleares capazes de destruir a Terra em ins- Mesmo derrotada conseguiu com que o presidente
tantes, os jogadores, Estados Unidos e União Soviética, convocasse em 1933 uma Assembléia Constituinte.
não podiam cumprir suas ameaças, por uma simples
questão de sobrevivência.
GOVERNO CONSTITUCIONAL
A paz era impossível porque os interesses de ca-
pitalistas e de comunistas eram inconciliáveis por na- Alinhado com as tendências políticas emergen-
tureza. E a guerra era improvável porque o poder de tes na Europa, o Presidente tendia ao totalitarismo, a
destruição das superpotências era tão grande que um exemplo de Mussolini, na Itália, e Hitler, na Alemanha.
confronto generalizado seria, com certeza, o último. Tais regimes políticos de caráter ditatorial e militarista,
Hoje, podemos ver isso claramente. Mas, na época, a receberam o nome de nazi-fascismo.
situação se caracterizava como o equilíbrio do terror.
A Ação Integralista Brasileira, partindo de inspira-
ção fascista, apoiada por grandes proprietários, empre-
sários, elementos da classe média e oficiais das Forças
Armadas, surgiu em meio a esse contexto. Seus defen-
GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS
04 sores pregavam a criação, no Brasil, de um Estado inte-
NEOLIBERAIS gral, isto é, de uma ditadura nacionalista com um úni-
co partido no poder. Seu líder, Plínio Salgado, tinha
O termo globalização está relacionado ao proces- por lema “Deus, Pátria e Família” e representava os
so de difusão de valores, ideias, formas de produção radicais defensores da propriedade privada, pregando
e trocas comerciais que vão além das fronteiras físicas a luta contra o avanço comunista.
dos Estados nacionais.
Nesse período, opondo-se frontalmente aos inte-
Hoje, no processo de globalização podemos desta- gralistas, constituiu-se uma aliança de esquerda, a
car: a grande cobertura mundial das redes de comuni- Aliança Nacional Libertadora (ANL), liderada pelo
cação, o que permite alta velocidade na propagação de Partido Comunista Brasileiro (PCB).
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História
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Preocupado ainda com o fornecimento de ener- Neste período o país foi chamado de Estados
gia que movimentasse o parque industrial brasileiro, Unidos do Brasil e o regime era presidencialista.
o Governo criou o Conselho Nacional do Petróleo. O
órgão deveria controlar a exploração e o fornecimento
desse produto e seus derivados. CONSTITUIÇÃO DE 1934
Quando teve início a Segunda Guerra Mundial, Os primeiros anos da Era de Vargas caracterizaram-
em 1939, o governo brasileiro adotou uma posição de -se por um governo provisório (sem constituição). Só em
neutralidade. Não manifestou apoio nem aos Aliados 1933, após a derrota da Revolução Constitucionalista
(Inglaterra, Estados Unidos, França e União Soviética), de 1932, em São Paulo, é que foi eleita a Assembléia
nem aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Essa Constituinte que redigiu a nova constituição. O país
posição garantiu ao Brasil vantagens comerciais e a ob- continuou a ser chamado de Estados Unidos do Brasil
tenção de empréstimos junto aos países beligerantes. e foram introduzidas leis trabalhistas.
A ESTRUTURA POLÍTICA E OS
07 MOVIMENTOS SOCIAIS NO
03 AS CONSTITUIÇÕES REPUBLICANAS PERÍODO MILITAR
CONSTITUIÇÃO DE 1891 Em 31 de março, as tropas golpistas começam a se
deslocar de Minas Gerais para o Rio de Janeiro.
Logo após a proclamação da república predomina-
ram interesses ligados à oligarquia latifundiária, com Esboçou-se alguma resistência no meio sindical e
destaque para os cafeicultores. Essas elites influen- no movimento estudantil, entretanto, essa resistência
ciando o eleitorado ou fraudando as eleições (“voto de foi desorganizada e desestimulada pela própria atitu-
cabresto”) impuseram seu domínio sobre o país. de de João Goulart.
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História
Como muitos outros, Jango achava que seria um sistema político-partidário sobre o Estado, considera-
“golpe passageiro”, e dali a alguns anos, novas elei- do como um espaço de decisão política acima dos inte-
ções seriam convocadas. Afinal, fora assim em 1945 e resses sociais, pretensamente técnico e administrativo,
em 1954, por ocasião das intervenções militares para comandado pelos militares e pelos civis “tecnocratas”.
depois Getúlio Vargas.
Entretanto, o primeiro Ato Institucional já configu-
Desde o início a ditadura militar buscou ter um rava o novo regime como uma ditadura. Explicitamente
aparato legal, como forma de se institucionalizar e de afastava o princípio da soberania popular, ao declarar
se legitimar perante a opinião pública, sobretudo a li- que “a revolução vitoriosa como Poder Constituinte se
beral, que tinha apoiado a destituição de Jango. Nesse legitima por si mesma”. Dessa forma, concedeu am-
sentido, o golpe contou com apoio de setores ancora- plos poderes ao Executivo para decretar Estado de sí-
dos no Congresso Nacional e de juristas conservado- tio e suspender os direitos políticos dos cidadãos por
res. até dez anos; cassar mandatos políticos sem a necessá-
ria apreciação judicial; também suspendeu as garan-
Foi formalizado na madrugada do dia 2 de abril, no tias constitucionais ou legais de estabilidade no cargo,
Congresso Nacional, mas sem amparo na Constituição, ficando assim o governo livre para demitir, dispensar,
pois o cargo foi declarado vago enquanto o presidente reformar ou transferir servidores públicos.
continuava no território nacional e sem ter renunciado
nem sofrido impeachment. Somente numa dessas três Como consequência imediata houve uma onda de
circunstâncias, além da morte, isso poderia acontecer. cassações de mandatos de opositores, de demissão de
servidores militares e civis, e numerosas prisões. Nos
O presidente da Câmara, deputado Ranieri Mazilli, primeiros 90 dias, milhares de pessoas foram presas,
foi empossado como presidente interino. Os políticos ocorreram as primeiras torturas e assassinatos. Até
golpistas tentaram assumir o controle do movimento, junho tinham sido cassados os direitos políticos de
mas foram surpreendidos: os militares não devolve- 441 pessoas, entre elas os dos ex-presidentes Juscelino
ram o poder aos civis, sinalizaram que tinham chega- Kubitschek, Jânio Quadros, e João Goulart, de seis go-
do para ficar. Imediatamente criaram um Comando vernadores, 55 congressistas, diplomatas, militares,
Revolucionário formado pelo general Costa e Silva sindicalistas, intelectuais. Além disso, 2.985 funcioná-
(autonomeado ministro da Guerra), o almirante rios públicos civis e 2.757 militares foram demitidos
Rademaker, e o brigadeiro Correia de Melo. ou forçados à aposentadoria nesses dois primeiros me-
ses. Também foi elaborada uma lista de 5 mil “inimi-
Chamar a deposição de João Goulart de “golpe” ou gos” do regime.
de “revolução” revelava, e ainda revela, a linha ideoló-
gica da pessoa. Para a direita, sobretudo militar, o que O período militar de 1964 a 1985 abrigou grandes
estava em curso era uma revolução que iria moderni- contradições na sociedade brasileira, como a moder-
zar economicamente o país, dentro da ordem. nização da economia a custo do agravamento da desi-
gualdade social. Segundo dados do Instituto Brasileiro
Para a esquerda e para os setores democráticos em de Geografia e Estatística (IBGE), os 20% dos brasilei-
geral, não havia dúvidas: tratava-se de um golpe de ros mais pobres tinham 3,9% do total da renda nacio-
Estado, um movimento de uma elite, apoiada pelo nal em 1960. Vinte anos depois, em 1980, esse mesmo
Exército, contra um presidente eleito. A historiografia um quinto da população concentrava apenas 2,8% de
convencionou chamar o acontecimento de golpe, pelo toda a renda produzida no país.
caráter antirrevolucionário e antirreformista do movi-
mento civil-militar que derrubou Jango.
No dia 9 de abril de 1964, declarando que “a re- Em 1974, após o chamado “milagre econômico”, o
volução vitoriosa se investe no exercício do Poder salário mínimo tinha a metade do poder de compra
Constituinte”, esse comando baixou o primeiro Ato de 1960. Nos anos do milagre (1968 a 1973), a taxa de
Institucional, que convocou o Congresso a eleger um crescimento econômico ficou em torno de 10%, com pi-
novo presidente com poderes muito ampliados. No cos de 14%, e a indústria de transformação expandiu
mesmo dia, o Congresso, já amputado em 41 manda- quase 25%.
tos cassados, submeteu-se ao poder das armas, elegen-
do o general Humberto Castelo Branco à presidência.
Entre os deputados federais cassados nessa ocasião MOVIMENTOS SOCIAIS
estavam Leonel Brizola, Rubens Paiva, Plínio Arruda
Sampaio e Francisco Julião. Nas décadas de 1960 e 1970, o movimento estudan-
til brasileiro foi importante foco de resistência e mo-
O movimento militar dava, assim, seu primeiro bilização social à ditadura civil-militar. Organizados
passo. Um movimento que se impôs com a justifica- em diversas entidades representativas, como os DCEs
tiva de deixar o Brasil livre da “ameaça comunista” e (Diretórios Centrais Estudantis), as UEEs (Uniões
da corrupção, e que desde o início procurou se institu- Estaduais dos Estudantes) e a UNE (União Nacional
cionalizar. Dessa forma, pretendia criar uma nova “le- dos Estudantes), suas reivindicações, protestos e ma-
galidade”, que evitasse as pressões da sociedade e do nifestações influenciaram os rumos da política.
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Os estudantes protestavam por causas específicas Com o agravamento da crise econômica, inflação e
como a ampliação de vagas nas universidades públi- recessão, os partidos de oposição ao regime cresceram;
cas, por melhores condições de ensino, contra a priva- da mesma forma fortaleceram-se os sindicatos e as en-
tização e também em defesa das liberdades democráti- tidades de classe.
cas e por justiça social.
Em 1984, o País mobilizou-se na campanha pelas
Em relação ao movimento estudantil, destaca-se o “Diretas Já”. A partir do governo Ernesto Geisel, entre
movimento social chamado “Marcha dos 100 mil”, em 1974 e 1979, a crise econômica do país e as dificuldades
1968. Após esse momento,entre 1968 e 1978, sob o AI-5 do regime militar agravam-se. A alta do petróleo e das
e a Lei de Segurança Nacional de 1969, ocorreram os taxas de juros internacionais desequilibra o balanço
chamados Anos de Chumbo. Neste período, houve um brasileiro de pagamentos e eleva a inflação.
estado de exceção com controle sobre a mídia e a edu-
cação, censura sistemática, prisão, tortura, assassinato Além disso, compromete o modelo de crescimen-
e desaparecimento forçado de opositores do regime. to econômico, baseado em financiamentos externos.
Apesar do encarecimento dos empréstimos e do cres-
Em 1974 começaram a surgir os primeiros sinais da cimento acelerado da dívida externa, o governo não
recuperação do movimento estudantil. A nova gera- interrompe o ciclo de expansão econômica do começo
ção de estudantes, que militaram e lideraram as fren- dos anos 70 e mantém os programas oficiais e os incen-
tes universitárias da década de 1970, teve pela frente tivos aos projetos privados. Ainda assim, o desenvol-
o árduo trabalho de reconstruir as organizações estu- vimento industrial é afetado e o desemprego aumenta.
dantis.
Nesse quadro de dificuldades, o apoio da socie-
O Congresso de reconstrução da UNE aconteceu dade torna-se indispensável. Para consegui-lo, Geisel
Salvador, em 1979, reivindicando mais recursos para anuncia uma “distensão lenta, gradual e segura” do
a universidade, defesa do ensino público e gratuito, regime autoritário em direção à democracia.
assim como pedindo a libertação de estudantes presos
do Brasil. Entre 1980 e 1981, prisões de líderes sindicais da
região do ABC paulista, entre eles Luís Inácio Lula
O Movimento Feminino Pela Anistia e Liberdades da Silva presidente do recém-criado Partido dos
Democráticas, em 1975, foi outro marco dos movimen- Trabalhadores (PT), atentados terroristas na sede da
to sociais do período. Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e no centro de
convenções do Riocentro, no Rio de Janeiro, revelam
Por fim, merece grande destaque o “Diretas Já”, as grandes dificuldades da abertura.
que estudaremos no tópico seguinte.
Ao mesmo tempo, começa a se formar um movi-
mento suprapartidário em favor da aprovação da
emenda constitucional, proposta pelo deputado fede-
ral mato-grossense Dante de Oliveira, que restabele-
A ABERTURA POLÍTICA E A ce a eleição direta para a Presidência da República. A
08
REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL campanha das Diretas Já espalha-se em grandes comí-
cios, passeatas e manifestações por todo o país.
Na história do Brasil, dois processos ocorridos em
Em 25 de janeiro de 1984. O cenário é a Praça da Sé,
períodos distintos recebem essa designação: o primei-
centro da cidade de São Paulo. Marcado para o dia do
ro, culminado em 1945, com a deposição de Getúlio
aniversário da cidade de São Paulo, o primeiro grande
Vargas, dando fim a uma ditadura iniciada com o gol-
comício da campanha por eleições diretas para presi-
pe de 1937; no segundo, após o período ditatorial ini-
dente foi organizado por Franco Montoro, governador
ciado com o Golpe de 1964, o processo de redemocra-
paulista. Participaram também diversos partidos polí-
tização teve início no governo do generalJoão Baptista
ticos de oposição, além de lideranças sindicais, civis e
Figueiredo, com a anistia aos acusados ou condenados
estudantis. A expectativa era das mais tensas. O gover-
por crimes políticos, processo perturbado pela chama-
no militar tentava minar o impacto do evento. O dia
da linha dura.
estava chuvoso. Aos poucos, a praça foi lotando e, no
Em dezembro de 1979, o governo modificou a le- final, cerca de 300 mil pessoas gritavam por “Diretas
gislação partidária e eleitoral e restabeleceu o plu- já!” no centro da cidade.
ripartidarismo. A Arena transformou-se no Partido
Declarando apoio à emenda constitucional do
Democrático SocialPDS, e o MDB acrescentou a pa-
deputado federal Dante de Oliveira que permitia a
lavra partido à sigla, tornando-se o PMDB. Outras
eleição direta para a Presidência da República. Mas a
agremiações foram criadas, como o Partido dos
emenda foi derrotada na Câmara dos Deputados em
Trabalhadores PT e o Partido Democrático Trabalhista
votação realizada em 25 de abril: não alcançou número
PDT, de esquerda, o Partido Popular PP e o Partido
mínimo de votos para ser aprovada.
Trabalhista Brasileiro PTB, de centro-direita. Alguns
partidos, como o Partido Comunista do Brasil ainda Em 15 de janeiro de 1985, o governador de Minas
permaneciam proibidos. Gerais Tancredo Neves foi eleito Presidente da
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História
ANOTAÇÕES
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04 GEOGRAFIA
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Geografia
GEOGRAFIA DO BRASIL
01 A NOVA ORDEM MUNDIAL
HIDROGRAFIA
Nesse contexto destaca-se a globalização, que in- As principais bacias hidrográficas brasileiras são:
fluencia na nova configuração do espaço geopolítico.
- Bacia Amazônica
- Bacia do Tocantins
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Características:
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Geografia
CLIMA SUBTROPICAL
04 A POPULAÇÃO
Encontrado na maior parte do Planalto Meridional,
localizando-se ao sul do Trópico de Capricórnio, com
exceção do Norte do Paraná. Corresponde à região Sul
TERRITÓRIO E POPULAÇÃO
dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul e ainda
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O Brasil é o maior país da América Latina. Ocupa
quase a metade (47,3%) do continente da América do
Características: Sul (área de 8.547.403,5 km2). É o quinto maior país do
mundo depois da Federação Russa, Canadá, China e
- temperaturas médias de 18°C a 20°C; Estados Unidos.
Já o IBGE possui uma classificação mais simples, de Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
acordo com o seguinte mapa: Estatística (IBGE) o país tem uma população de
193.946.886 habitantes (2012). O Estado mais populo-
so é São Paulo, com 41.901.219 habitantes - 21,6% da
população brasileira. Em segundo lugar vem Minas
Gerais, com 19.855.332 (10,2%). Já o Rio de Janeiro ,
com 16.231.365 (8,3%), está em terceiro lugar.
05 AS ATIVIDADES ECONÔMICAS
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Nessas empresas destacam-se, sucessivamente, as Estes produtos são exportados para um grande nú-
atividades de telecomunicações, serviços públicos, tec- mero de países, em especial os componentes da União
nologia e computação, além das comunicações. Para o Européia, como Alemanha, Itália e França, além dos
investidor estrangeiro são várias as opções de negócio Estados Unidos, Argentina, Japão e outros.
no país, como o comércio de veículos, objetos pessoais
e domésticos, combustíveis, alimentos, além das ati-
vidades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às RECURSOS NATURAIS E EXTRATIVISMO
empresas. MINERAL
A indústria, parte do setor secundário, é também Recursos naturais são elementos da natureza que
um setor de grande importância na formação da rique- podem ser utilizados pelo homem para desenvolver
za nacional. Com destaque na produção de bens de ca- diversas atividades vitais para sua manutenção, ou
pital, ela tem na região Sudeste, em especial a Região seja, são recursos úteis. Estão intimamente ligados
Metropolitana de São Paulo, a maior concentração do à economia, sendo que só podem ser considerados
país. Por categoria de uso, essa atividade divide-se como recursos na medida em que podem ser econo-
em indústrias de bens de capital, bens intermediários, micamente explorados. São classificados em recursos
bens de consumo duráveis, semiduráveis e não durá- renováveis e recursos não renováveis. São exemplos a
veis. luz, água, solo, minérios, animais e vegetais.
A indústria de capital (produtora de bens que serão Os recursos renováveis, como o próprio nome diz,
utilizados no processo produtivo, como máquinas e são aqueles que depois de retirados do ambiente, po-
equipamentos) é um dos destaques entre as categorias dem se renovar ou ser renovados pelo homem; em
no Brasil, tanto em termos de produção física, quanto contrapartida, os recursos não renováveis são aqueles
em termos de faturamento. Os produtos mais vendi- que uma vez retirados do ambiente, não podem ser re-
dos da indústria brasileira são o óleo diesel, minério alocados pelo homem. Tem-se como exemplos dos não
de ferro beneficiado, automóveis com cilindradas, ga- renováveis o petróleo, minerais, entre outros. Já como
solina automotiva (exceto para aviação), óleos brutos renováveis podem ser citados a água e os vegetais.
de petróleo, álcool combustível, telefones celulares,
açúcar cristal e cervejas ou chope. O Brasil possui uma fonte quase inesgotável de
recursos que podem ser utilizados pelo homem.
Já o setor primário no Brasil, dividido em ativi- Destacam-se os alimentos, como carne, ovo e leite.
dades de agricultura, pecuária, extrativismo vegetal, Também podem ser citados recursos como couro e
caça, pesca e mineração, tem como destaque a agrope- pele para fabricação de bolsas, sapatos e roupas.
cuária. Essa atividade, que faz uso do solo para o culti-
vo de plantas e a criação de animais, é responsável por Cita-se também o destaque dos rebanhos bovinos
cerca de 27% do PIB do Brasil, aproximadamente 42% no país, seguidos pelos suínos e ovinos.
de suas exportações totais em 2009 e mais de 17 mi-
Existem basicamente as seguintes atividades extra-
lhões de empregos. Além disso, o Brasil é o responsá-
tivistas:
vel pelo fornecimento de 25% do mercado mundial de
alimentos. Líder mundial em vários setores, o país tem
no café, açúcar, álcool (a partir da cana-de-açúcar) e Atividade extrativista vegetal: ato de retirar da na-
suco de laranja algumas de suas principais produções tureza elementos vegetais com a finalidade de comer-
e exportações. Também importante, em primeiro lugar cializar. São exemplos a castanha do Pará e o açaí.
nas vendas externas, são o complexo de soja(farelo,
óleo e grão), a carne bovina e a carne de frango. Atividade extrativista animal: retiram-se elemen-
tos da fauna brasileira para comercializar, principal-
mente resultantes da caça e da pesca.
COMÉRCIO
Atividade extrativista mineral: nesta, retiram-se
O comércio do Brasil, durante muito tempo, era minérios da natureza brasileira, como por exemplo as
composto principalmente pelo cultivo do café e sua pedras preciosas.
exportação. Depois deste produto, aparecerem ainda
outros na balança comercial, como cacau, algodão,
fumo, açúcar, madeiras, carnes e minérios. FONTES DE ENERGIA
Atualmente, outros produtos estão inseridos nas Fontes de energia são essenciais para o desenvol-
estatísticas, como calçados, laranja, tecidos, combus- vimento de um país, bem como são indicativos de seu
tíveis, bebidas, veículos, aviões e peças de reposição. nível de evolução. À medida em que um país evolui,
sua energia e suas novas formas são descobertas e de-
Os produtos industrializados e semimanufatura- senvolvidas.
dos, que antes correspondiam a apenas uma pequena
parcela das exportações, hoje respondem pela maior No Brasil, tem-se diversas formas de energia, sendo
fatia deste setor. as principais:
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Geografia
O petróleo é a principal fonte de energia brasileira, Café: durante longos períodos de tempo, o cultivo
pois é utilizado para abastecimento de veículos mo- de café concentrava-se no interior de São Paulo, e pos-
tores, com a produção de gasolina e óleo diesel, bem teriormente nas regiões do norte do Paraná e sul de
como é amplamente usado para abastecer usinas ter- Minas. Atualmente, tem-se além de São Paulo, os esta-
moelétricas. Cabe ressaltar que décadas atrás o país dos de Minas Gerais e Rondônia como seus principais
importava a maior parte do petróleo utilizado; nos úl- produtores. Além destes estados, aparecem no novo
timos anos, entretanto, essa importação foi reduzida cenário Bahia e Rondônia, estimulados principalmen-
amplamente, de modo que a maior parte do petróleo te pela migração de produtores do Paraná em busca de
utilizado atualmente é decorrente da produção nacio- novas terras. O Brasil é hoje um dos maiores produto-
nal. Importante lembrar também que foram descober- res de café do mundo.
tas reservas de petróleo na camada de pré-sal no litoral
de Santos e do Espírito Santo.
Cacau: produto originário do Brasil, tendo sido
As principais bacias petrolíferas são: Bacia de cultivado na Amazônia e posteriormente no interior
Campos (sendo esta a maior do Brasil); Bacia de Santos, da Bahia, sendo este estado seu maior produtor atual-
Bacia do Espírito Santo e Bacia do Recôncavo Baiano. mente. O Brasil é um dos maiores produtores de cacau
do mundo.
Já a energia hidroelétrica é a principal fonte de ener-
gia usada para abastecer o sistema elétrico do Brasil, Soja: cultura que obteve uma significativa expan-
em função da grande quantidade de rios e águas no são na década de 70, principalmente nos estados do
país. Quase a totalidade da energia elétrica consumida Paraná e Rio Grande do Sul. Possui boa aplicação no
aqui é produzida em usinas brasileiras. mercado de exportação, e atualmente está presente em
Importante citar também a produção de carvão outros estados como Mato Grosso, Mato Grosso do
mineral, destinada principalmente para gerar energia Sul, Minas Gerais, Goiás e Bahia.
termelétrica, bem como matéria prima principal da
indústria siderúrgica. Mas apesar de ter diversas re- Cana de açúcar: teve sua produção catapultada
servas de carvão, o país importa a maior parte de seu com a criação do Proalcool na década de 70. A maior
consumo, pois o carvão mineral brasileiro não é de boa parte de sua produção concentra-se atualmente no
qualidade. estado de São Paulo, mas está também presente no
Paraná, Rio de Janeiro, Goiás e em alguns estados da
Em relação aos biocombustíveis, lembre-se que são região Nordeste.
fontes de uso recente no país, bem como são originá-
rias de produtos vegetais como a cana-de-açúcar e a Laranja: colheita que possui como objetivo abas-
mamona. Tem como vantagem serem mais ‘limpas’, tecer o mercado de sucos. Seu principal produtor é o
pois agridem menos o meio ambiente. Por outro lado, estado de São Paulo, embora Minas Gerais e Paraná
para seu cultivo muitas áreas naturais acabam sendo ocupem cada vez mais importante lugar neste setor.
devastadas. Tem grande importância no mercado de exportação.
Quanto ao gás natural, cite-se que este geralmen-
te é produzido conjuntamente ao petróleo, tendo seu Arroz: o maior produtor neste setor é o estado do
uso predominante na produção de gás de cozinha e no Rio Grande do Sul, com estados com Santa Catarina,
abastecimento de indústrias. Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso aumentando
sua participação.
Ainda, há a energia nuclear, que através do
Programa Nuclear Brasileiro, tinha objetivos de ser
Milho: presente em diversos estados brasileiros,
uma grande fonte de energia no país, mas que devido
tem no estado do Paraná seu maior produtor, junta-
a uma série de problemas encontra-se atualmente qua-
mente com Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São
se desativada.
Paulo.
Existe ainda a energia solar, pouco explorada de-
vido ao alto custo de sua implantação. Tem como van- Trigo: um dos produtos mais exportados pelo
tagem ser uma fonte limpa de energia, não gerando Brasil, tem como maiores produtores Paraná e Rio
poluição ou impactos ambientais. Grande do Sul.
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06 OS IMPACTOS AMBIENTAIS
ANOTAÇÕES
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NOÇÕES BÁSICAS DE
06
INFORMÁTICA
01 CONCEITOS BÁSICOS
02 COMPONENTES DE HARDWARE E SOFTWARE DE COMPUTADORES
03 SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS - NOÇÕES BÁSICAS
04 EDITORES DE TEXTO, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES
05 INTERNET E INTRANET
06 NAVEGADORES
07 CORREIO ELETRÔNICO
08 SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA INTERNET
09 CONFIGURAÇÃO DE IMPRESSORAS
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Noções Básicas de Informática
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Memória ROM:
Silga para Read Only Memory (em português: me-
mória somente de leitura), tem como característica ser
o oposto da memória RAM, ou seja, seu conteúdo não
é perdido quando o computador é desligado, pois os
programas são gravados de forma permanente. Sendo
assim, não é possível alterá-los, funcionando somente
como leitura. Existem ainda dispositivos que são chamados de
uso misto ou híbridos, por funcionarem tanto como
dispositivos de entrada e de saída, como impressoras
Memória de massa: multifuncionais (que possuem a função de impressão
Tem grande capacidade de armazenamento, o que e de scanner em uma só, por exemplo), e o monitor
a difere da memória RAM. Trabalha como uma me- touch screen (que funciona como saída, ao reprodu-
zir o vídeo do computador, e como entrada ao receber
mória auxiliar, retendo uma quantidade significativa
os toques do usuário que assim insere informações no
de informações.
computador).
Todos os progamas, aplicativos e arquivos ficam
nela instalados. Pode ser dividida em HD (Hard Drive
Impressoras:
ou Disco Rígido), Flash Memory (ou pen drive) e SSD
(Solid State Drive ou memória em estado sólido). Matricial: modelo de impressora de menor re-
solução, é composta por um cabeçote de várias
agulhas enfileiradas. São mais lentas e baru-
BIOS: lhentas, mas por outro lado tem seu custo de
Sigla para BASIC INPUT / OUTPU SYSTEM, ou impressão mais barato. Utilizadas para impres-
seja, sistema básico de controle de entrada e saídas do são de formulários contínuos e carbonados.
computador. Cabe ressaltar alguns conceitos dentro
Jato de tinta: possui uma qualidade de impres-
da ideia de BIOS: são maior e uma boa rapidez em seu funciona-
mento em comparação às impressoras matri-
Setup: programa que permite a configuração ciais. Possuem como características serem mais
dos componentes instalados no computador, silenciosas e a possibilidade de impressões colo-
como data, hora, sequencia de inicialização ridas. São abastecidas com cartuchos de tintas.
(boot), senha de acesso, etc.
De laser: Mais complexas, pois ‘montam’ a pá-
POST: autoteste de inicialização, onde é verifi- gina antes de imprimí-la, utilizando uma espé-
cado o funcionamento de vários componentes cie de laser para desenhar figuras e caracteres.
do computador. Possuem um cilindro, o qual libera pequenos
pontos de tinta, e onde o papel é queimado para
fixar a tinta. Sua qualidade é maior, sendo tam-
Dispositivos de entrada e saída: bém silenciosas e rápidas. Entretanto, seu custo
Frequentemente associados à expressão E/S (en- é maior.
trada e saída) ou I/O (Input/Output). São exemplos
de dispositivos de entrada o mouse, teclado, monitor, Scanners:
webcam.
Dispositivo de entrada de dados. É através dele
que são digitalizadas fotos e documentos. Como visto,
existem impressoras multifuncionais, que fazem tanto
a impressão como a digitalização.
Estabilizador:
Já exemplo de dispositivos de saída são o monitor, Utilizado para proteger o computador e seus pe-
impressora, caixas de som, entre outros. riféricos contra danos causados por picos de energia.
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No-Break:
SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS
Mais eficaz do que o estabilizador, funciona com 03
um transferidor de energia, ou seja, impede que o com-
- NOÇÕES BÁSICAS
putador seja desligado quando haja queda de energia,
ou seja, é automaticamente ligado quando a energia
SISTEMA OPERACIONAL
acaba e permanece transferindo energia ao computa-
dor enquanto possuir autonomia. Trata-se de uma coleção de programas que inicia-
liza e gerencia as funções e tarefas do computador. O
Esta autonomia depende do no-break, de acordo
sistema operacional possui os comandos básicos para
com seu tipo, marca, preço, etc.
o funcionamento dos aplicativos.
USB:
WINDOWS
Sigla para Universal Serial Bus, é uma interface de
Sistema Operacional criado pela Microsoft, sendo
comunicação entre a placa principal e os periféricos.
atualmente o mais utilizado no mundo em computa-
É uma conexão PnP - Plug and Play, ou seja, ‘ligar e
dores pessoais. Sua versão mais recente é o Windows
usar’, podendo ser conectado e desconectado sem a
10. Entretanto, dados apontam que a versão mais utili-
necessidade de desligar o computador. Vale a pena co-
zada ainda é o Windows 7.
nhecer o símbolo que representa o USB, para fins de
concurso:
ÁREA DE TRABALHO
Slots:
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podem ser incluídos ou excluídos de acordo com a É possível usar o menu Iniciar para fazer as seguin-
vontade do usuário. Alguns ícones, entretanto, fazem tes atividades:
parte do sistema Windows, tais como Lixeira, Painel
de Controle, Computador, Rede e Pasta do Usuário. - Iniciar programas
O usuário pode adicionar ícones que levam a ou- - Abrir pastas usadas frquentemente
tros programas ou pastas, os chamados ‘atalhos’. Na
maior parte das versões do Windows, tais atalhos são - Pesquisar programas e arquivos
sinalizados por uma pequena seta no canto inferior es-
querdo da imagem. - Acessar o Painel de Controle e as configura-
ções do computador
- Obter ajuda
A Lixeira:
- Desligar o computador
Quando você exclui um arquivo ou pasta, eles
não são excluídos imediatamente, mas sim vão para a - Fazer logoff do Windows ou alterar para outro
Lixeira. Caso o usuário precise de um arquivo excluí- usuário
do, poderá obtê-lo de volta. Basta acessar a lixeira, cli-
car duas vezes sobre o arquivo e clicar em ‘restaurar’. Para abrir o menu Iniciar, clique no botão Iniciar
O arquivo voltará ao local de onde foi excluído. no canto inferior esquerdo da tela. Ou pressione a tecla
de logotipo doWindows no teclado.
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Minimizar uma janela não a fecha nem exclui seu Barra de menus: Contém itens nos quais você pode
conteúdo, mas apenas a remove da área de trabalho clicar para fazer escolhas em um programa.
temporariamente.
Barra de rolagem: Permite rolar o conteúdo da ja-
Na figura abaixo, a Calculadora foi minimizada, nela para ver informações que estão fora de visão no
mas continua em execução. É possível saber que ela momento.
ainda está em execução porque seu botão na barra de
tarefas. Bordas e cantos: É possível arrastá-los com o pon-
teiro do mouse para alterar o tamanho da janela.
F1: Ajuda
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CTRL+X: Recortar
Comandos gerais somente de teclado:
CTRL+C: Copiar
F1: Inicia a Ajuda do Windows
CTRL+V: Colar
F10: Ativa as opções da barra de menu
SHIFT+DELETE: Exclui a seleção imediatamente, sem
SHIFT+F10 Abre um menu de atalho para o item mover o item para a Lixeira
selecionado (isso é o mesmo que clicar em um objeto
ALT+ENTER: Abre as propriedades do objeto selecionado
com o botão direito do mouse)
ALT+TAB: Alterna para outro programa aberto (segure a Controle geral de pasta/atalho:
tecla ALT e pressione a tecla TAB para ver a janela de
troca de tarefas) F4: Marca a caixa de seleção Ir para outra pasta e move
para baixo as entradas na caixa (se a barra de ferramentas
SHIFT: Pressione e mantenha pressionada a tecla SHIFT estiver ativa no Windows Explorer)
enquanto insere um CD-ROM para ignorar o recurso de
execução automática F5: Atualiza a janela atual.
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- Windows XP Home Edition: destinado a usu- Possui também o novo menu Iniciar com o estilo
ários domésticos; chamado Metro, ou seja, ao mover o cursor do mouse
para o canto inferior esquerdo (local padrão do Menu
- Windows XP Professional Edition: oferece re- Iniciar), é possível acessar os arquivos e programas de
cursos adicionais, como o domínio de servidor maneira clássica, assim como acessar os aplicativos di-
do Windows, destinado a usuários avançados e retamente da Windows Store.
empresas.
Outro ponto interessante está na barra de tarefas,
Apresentou como novo uma melhor interface gráfi- onde o usuário poderá visualizar todos os aplicati-
ca, possibilitando ao usuário uma maior interação com vos abertos no momento, tanto os da área de trabalho
seu sistema operacional. Trouxe também restrições (como nas versões anteriores) como os aplicativos da
contra a pirataria de softwares, mas foi duramente Windows Store.
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A tela inicial também pode ser personalizada de concorrente Windows. Cabe ressaltar também que o
acordo com o usuário, possuindo uma interface mais Windows possui o código fonte fechado, o que impos-
moderna e interativa, como visto na figura abaixo: sibilita sua alteração, e é necessária uma licença para
utilizá-lo, o que aumenta seu custo de operação.
Por ser gratuito, sua utilização é cada vez maior em No Word existe o comando DESENHAR TABELAS,
ambientes empresariais, devido ao alto custo de seu inexistente no Writer.
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WORD
CTRL + T SELECIONAR
TUDO
TIPO DE MSOFFICE
ARQUIVO CTRL + U SUBSTITUIR
Arquivo texto Word - .doc CTRL + V COLAR
Planilha Excel - .xls
CTRL + W FECHAR JANELA
eletrônica
DO DOCUMENTO
CTRL + X RECORTAR
Alguns comandos do aplicativo:
CTRL + Y IR PARA
CTRL + N NEGRITO
CTRL + P IMPRIMIR
CTRL + Q ALINHAR
PARÁGRAFO À
ESQUERDA
CTRL + R REFAZER
COMANDO
CTRL + S SUBLINHADO
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ü Sublinhado (Ctrl+S);
Informações:
ü Subscrito (Ctrl+=);
Aqui é possível visualizar propriedades, versões,
comandos como permissões, restrições, entre outros. ü Sobrescrito (Ctrl+Shift+=);
ü Tachado;
Salvar e Enviar:
ü Maiúscula;
É possível enviar seu documento por e-mail, sal-
var na web, para sharepoint, publicar como postagem ü Minúscula;
ou ainda alterar o tipo de arquivo e criar documentos
PDF e XPS, como já visto. ü Cor da fonte;
Fonte:
Há também as opções de:
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Recuo:
Distância entre o parágrafo e as margens esquerda
e/ou direita do texto. Difere da margem, pois enquanto
esta é distância entre a borda do papel e o início (ou
fim) do documento, aquele é a configuração do pará-
grafo dentro das margens propostas.
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Layout da página:
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Quebras:
Podem ser de página, coluna, linha ou seção.
Teclas de atalho:
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Já para mesclar as células basta selecioná-las e ao pedaços do texto no documento. Em Substituir, pode-
clicar com o botão direito, aparecerá a opção Mesclar -se efetuar a substituição de palavras e fragmentos de
Células. texto. Já na opção Selecionar, pode-se selecionar todo
o texto do documento, somente objetos ou ainda todo
É possível também inserir um texto já digitado em o texto com formatação semelhante.
uma tabela. Para tal, basta selecionar o texto e ao clicar
na aba Inserir e na opção Tabela, clica-se em Converter Na localização avançada, pode-se buscar textos,
Texto em Tabela. fontes, tipos de parágrafo, quadros, entre outros:
Localizar e Subsittuir:
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Neste exemplo, vê-se como a informação “15” pode Neste caso, foi selecionada a opção ‘todas as bor-
ser exposta de diversas formas de acordo com a cate- das’ para as células selecionadas.
goria que se insere na célula. Na mesma figura, perce-
be-se que o alinhamento escolhido foi o centralizado e É possível também definir as seguintes configura-
embaixo. As opções de alinhamento são: alinhar “em ções:
cima, “no meio” e “embaixo”, e alinhar “texto à es-
querda” “centralizar” e “texto à direita”. Linha: em Estilo, pode-se escolher o tamanho e
estilo da linha da borda da célula.
Ao MESCLAR a célula, pode-se combinar duas ou
mais células em uma única célula. A referência de cé-
lula neste caso será a da célula superior direita das cé- Predefinições: existem bordas já pré-definidas
lulas selecionadas. para serem usadas.
No exemplo em questão, mesclou-se as células C8, Cor: define-se a cor da célula selecionada.
C9, D8 e D9, com a célula C8 servindo como referên-
cia. Observe que agora o alinhamento foi “no meio” e
“centralizado”: Formatando as células:
Dentro da célula, é possível também selecionar a Usando a caixa Formatar Células é possível padro-
Direção do Texto para configurar a ordem de leitura e nizar o conteúdo destas.
seu alinhamento. Por padrão, este item está definido
na opção Contexto, mas é possível alterá-la para Da
Esquerda para a Direita ou Da Direita para a Esquerda.
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Noções Básicas de Informática
PARA SELECIONAR
Outras opções disponível são Sublinhado e Cor da Para utilizar fórmulas no Excel, utilize os operado-
fonte. res +, -, * e /.
+ Adição
- Subtração ou negação
* Multiplicação
/ Divisão
% Porcentagem
^ Exponenciação
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= Igual a
Funções:
São fórmulas oferecidas pelo Excel, ou seja, já são
pré-definidas.
Referências em fórmulas:
REFERÊNCIA SIGNIFICADO
Neste caso, E2 tem como valor 3 e E3 como valor 5. A5 Célula na intersecção da Coluna A
Logo, sua soma seria 8. e da Linha 5
A5:A10 Intervalo de células da Coluna A,
Mult: multiplica todos os números contidos na
função. No mesmo exemplo, vemos o seguinte:
entre linhas 5 e 10
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Gráficos:
Ao clicar na aba Inserir, tem-se a opção Gráficos.
Impressão:
Neste exemplo, LEG1, LEG2 e LEG3 são as A impressão segue os procedimentos do Word,
Legendas do Gráfico. ANO1, ANO2 e ANO3 são os com uma opção interessante: a de Imprimir Títulos.
títulos de gráfico utilizados. Importante ressaltar que Tal recurso é utilizado nos casos em que o planilha
a qualquer momento o usuário pode modificar o tipo ocupar mais de uma página, sendo possível imprimir
de gráfico, migrando os valores para o formato pizza, rótulos ou títulos de linha e de coluna em cada página
barra, etc. É possível também alterar cores de preen- impressa.
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É possível também imprimir a planilha inteira ou Para adicionar formas, vá em Inserir e depois em
somente um intervalo de células, bastando para isso Formas. Selecione a forma desejada, clique em qual-
selecioná-las antes de clicar na opção Imprimir. quer parte do slide e arraste para desenhar a forma.
POWERPOINT
Aqui dispomos de um roteiro básico para fazer
uma apresentação no PowerPoint: Primeiro, deve-se
escolher um tema. O PowerPoint possui alguns temas
internos. Pode-se criar ou selecionar uma variação de
cor, e depois começar sua formatação.
Para inserir um novo slide, deve-se ir até a guia Na guia Apresentação de Slides, siga um destes
Página Inicial, clicar em Novo Slide e selecionar um procedimentos: Para iniciar a apresentação no primei-
layout de slide. ro slide, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, cli-
que em Do Começo.
Para salvar a sua apresentação, pode-se clicar na Painel Slide: Aqui, é possível trabalhar com os sli-
guia Arquivo e opção Salvar ou utilizar o já mencio- des individualmente:
nado atalho Ctrl+S. Para adicionar um texto, vá em um
espaço reservado para texto e comece a digitar. Pode-
se formatar o texto, com efeitos de sombra, reflexo,
contorno, preenchimento, entre outros.
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Noções Básicas de Informática
ü De classificação de slides;
ü De exibição de anotações;
ü Apresentação de slides;
ü Leitura;
ü Mestres:
- Slide;
Aqui é possível gravar anotações sobre os slides.
- Folheto; Ao selecionar o Modo de Exibição Anotações, é possí-
vel adicionar gráficos, imagens e tabelas a elas.
- Anotações.
Slide Mestre:
Inserir:
Considerado um slide principal, que serve de base
para os outros em uma apresentação, pois traz infor-
mações de tema, design, títulos e outros itens a serem
utiizados.
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Transições entre slides: O IPv4 usa número de 32 bits, escrito com 04 octe-
tos. Já a versão 6 (IPv6) utiliza número de 128 bits.
São os efeitos colocados entre um slide e outro,
como já visto. Além dos efeitos, pode-se adicionar som
a estas transições. Conexão à Internet:
Normalmente, conecta-se à Internet através de um
provedor. A conexão pode ocorrer via Dial-Up, ADSL,
cabo, 3g e 4g (celulares), FTTH (fibra ótica) e rádio.
05 INTERNET E INTRANET
Www:
INTERNET
Sigla para World Wide Web, que em português sig-
Conjunto de redes de computadores conectados nifica Rede de Alcance Mundial. Uma página da web
pelo protocolo de comunicação TCP/IP, que permite nada mais é do que um documento que traz infor-
ampla variedade de recursos e serviços e possibilita mações na linguagem HTML, podendo trazer textos,
transferência de dados. Possui uma estrutura que pos- sons, vídeos e outras formas de arquivos.
sibilita a utilização de serviços como correio eletrôni-
co, sítios de busca e pesquisa, dentre outras.
Voip:
POP3: Para recepção de email. Porta 110 “esquema ://servidor: porta /caminho “
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Noções Básicas de Informática
Firewall:
Sistema para proteger a rede de computadores con-
tra acesso indesejável. PROFISSIONAIS LIBERAIS
FST.BR Fisioterapeutas
GENÉRICOS
GGF.BR Geógrafos
PARA PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS
JOR.BR Jornalistas
COM.BR Atividades comerciais
LEL.BR Leiloeiros
ECO.BR Atividades com foco eco-ambiental
MAT.BR Matemáticos e Estatísticos
EMP.BR Pequenas e micro-empresas
MED.BR Médicos
NET.BR Atividades comerciais
MUS.BR Músicos
NOT.BR Notários
PESSOAS FÍSICAS
NTR.BR Nutricionistas
BLOG.BR Web logs
ODO.BR Dentistas
FLOG.BR Foto logs
PPG.BR Publicitários e profissionais da área de
NOM.BR Pessoas Físicas propaganda e marketing
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SEM RESTRIÇÃO
ART.BR Artes: música, pintura, folclore São pequenos programas de extensão OCX, tam-
bém denominados complementos, utilizados na inter-
ESP.BR Esporte em geral net para melhorar a navegação.
ETC.BR Empresas que não se enquadram nas Permitem coleta de dados dos usuários, reprodu-
outras categorias ção de vídeos ou animações e auxiliam em tarefas,
possibilitando a instalação de atualizações de seguran-
FAR.BR Farmácias e drogarias ça, sendo necessária sua instalação para visualização
de alguns sites. São muitas vezes incorporados em si-
IMB.BR Imobiliárias tes para trazer recursos extras ao navegador utilizado.
IND.BR Indústrias Os controles Active X são particulares do Internet
Explorer, mas podem ser utilizados em outros nave-
INF.BR Meios de informação (rádios, jornais,
gadores através da instalação de plug-ins específicos.
bibliotecas, etc..)
TUR.BR Empresas da área de turismo Isto impede que os dados tenham que ser carrega-
dos via internet a cada acesso, o que aumenta a veloci-
TV.BR Empresas de radiodifusão de sons e dade da página.
imagens
Existem alguns programas para utilização de pro-
COM RESTRIÇÃO xy, mas também há formas de configurá-lo manual-
mente.
AM.BR Empresas de radiodifusão sonora
Firefox: Clicar em “Opções”, “Opções” novamen-
COOP.BR Cooperativas
te e em “Avançado”. Após isso, clicar em “Configurar
FM.BR Empresas de radiodifusão sonora Conexão”.
G12.BR Instituições de ensino de primeiro e Uma nova janela será aberta, na qual deve-se es-
segundo grau colher a “configuração manual de proxy”. No campo
“http” insere-se o número do IP do proxy a ser confi-
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Noções Básicas de Informática
gurado, e no campo “porta” a identificação da porta a Explorer”, devido à integração com a linha Windows
ser utilizada. Caso queira, é possível escolher a opção Live.
“usar este proxy para todos os protocolos”, para esta
opção ficar configurada permanentemente. Atualmente, seus maiores concorrentes são o
Mozilla Firefox, o Google Chrome, o Opera e o Safari.
Internet Explorer e Google Chrome: Ambos O Internet Explorer foi, durante um longo perío-
utilizam a mesma nomenclatura. Clica-se no bo- do de tempo, o navegador mais utilizado em todo o
tão ‘Ferramentas’ e escolhe-se “Opções da Internet”. mundo, chegando a estar presente em 99% dos com-
Escolha opção “Conexões” e “Configurações da LAN”. putadores com acesso à internet. Contudo, foi perden-
Em seguida, marque a opção “usar um servidor proxy do espaço para concorrentes como Google Chrome e
para a rede local” e no campo “http” insira o número Mozilla Firefox.
do proxy a ser configurado.
Um dos motivos preponderantes para isso ocorrer
foi o fato do Internet Explorer ter sido sempre aponta-
INTRANET do como um software com inúmeras falhas de segu-
rança.
Rede que utiliza a mesma tecnologia, protocolos,
serviços e aplicativos usados na Internet, mas voltada Softwares como vírus, worms e trojans aproveita-
ao acesso corporativo. Tem como característica ser res- vam-se da vulnerabilidade do navegador para roubar
trito a um grupo de pessoas (funcionários), com con- informações pessoais dos usuários, bem como para
trole através de login e senha. controlar ou direcionar sua navegação.
INTERNET EXPLORER
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PRINCIPAIS ATALHOS
Para Pressione
Mostrar a Ajuda F1
Hoje em dia, está disponível o Internet Explorer 11, Avançar pelos itens de uma Tab
cuja interface é demonstrada na figura a seguir: página da Web, a barra
de endereços ou a barra
Favoritos
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MOZILLA FIREFOX
Localizar nesta página Ctrl+F
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Atualizar a F5
página Ctrl+R
Página atual:
Comando Atalho
Imprimir Ctrl+P
Editando:
Comando Atalho
Copiar Ctrl+C
Recortar Ctrl+X
Apagar Delete
Colar Ctrl+V
Refazer Ctrl+Y
Selecionar
Ctrl+A
tudo
Desfazer Ctrl+Z
Principais atalhos:
Busca:
Navegação:
Comando Atalho
Comando Atalho
Localizar Ctrl+F
Alt+← F3
Voltar Localizar próximo
Backspace Ctrl+G
Alt+→ Shift+F3
Avançar Localizar anterior
Shift+Backspace Ctrl+Shift+G
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Ctrl+Tab
Próxima
Ctrl+Page
aba
Down
GOOGLE CHROME
Principais Atalhos:
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PARA PRESSIONE
O usuário possui uma caixa postal onde recebe Alternar para Tarefas. CTRL+4
suas mensagens, e seu endereço é sempre composto
no seguinte formato: Alternar para Anotações. CTRL+5
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Selecionar o grupo SETA PARA CIMA Locais: são essencialmente regionais, direcio-
anterior. nado a busca principalmente para empresas e
prestadores de serviços. Listão e GuiaMais são
Selecionar o próximo SETA PARA BAIXO exemplos deste tipo.
grupo.
De busca local: são de busca nacional, listan-
Selecionar o primeiro HOME do as empresas mais próximas do usuário de
grupo. acordo com dados advindos de coordenadas de
GPS.
Selecionar o último grupo. END
Diretórios de websites: são verdadeiros índices
Selecionar o primeiro SETA PARA A DIREITA de sites, organizando-os por categorias e subca-
item na tela em um grupo tegorias.
expandido ou o primeiro
item fora da tela à direita. Outra classificação é a seguinte:
Devido à enorme quantidade de sites e informa- - Mecanismos pagos por performance (Pay-for
ções disponíveis na Internet, faz-se necessário que o -performance engines) ou com inclusão paga
usuário utilize-se de ferramentas de busca para que (Paid inclusion engines): neste caso, temos
possa, com rapidez e objetividade, alcançar o que pre- como melhores exemplos os links patrocinados
cisa na rede mundial. do Google.
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09 CONFIGURAÇÃO DE IMPRESSORAS
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NOÇÕES DE
07
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
01 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
02 CONSTITUIÇÃO ESTADUAL
03 ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DE SÃO PAULO
04 PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO ESTADUAL
05 LEI COMPLEMENTAR 893/01
06 LEI COMPLEMENTAR 1.080/08
07 ACESSO À INFORMAÇÃO: LEI 12.527/11
08 ACESSO À INFORMAÇÃO: DECRETO 58.052/12
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Noções de Administração Pública
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a) a proteção às participações individuais em XXXIX - não há crime sem lei anterior que o de-
obras coletivas e à reprodução da imagem e fina, nem pena sem prévia cominação legal;
voz humanas, inclusive nas atividades des-
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para bene-
portivas;
ficiar o réu;
b) o direito de fiscalização do aproveitamen-
to econômico das obras que criarem ou de XLI - a lei punirá qualquer discriminação aten-
que participarem aos criadores, aos intérpre- tatória dos direitos e liberdades fundamentais;
tes e às respectivas representações sindicais XLII - a prática do racismo constitui crime ina-
e associativas;
fiançável e imprescritível, sujeito à pena de re-
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos clusão, nos termos da lei;
industriais privilégio temporário para sua uti-
lização, bem como proteção às criações indus- XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e
triais, à propriedade das marcas, aos nomes de insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tor-
empresas e a outros signos distintivos, tendo em tura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
vista o interesse social e o desenvolvimento tec- afins, o terrorismo e os definidos como crimes
nológico e econômico do País; hediondos, por eles respondendo os mandan-
tes, os executores e os que, podendo evitá-los,
XXX - é garantido o direito de herança; se omitirem;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situa-
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescri-
dos no País será regulada pela lei brasileira em
tível a ação de grupos armados, civis ou mili-
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,
tares, contra a ordem constitucional e o Estado
sempre que não lhes seja mais favorável a lei
Democrático;
pessoal do “de cujus”;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a XLV - nenhuma pena passará da pessoa do con-
defesa do consumidor; denado, podendo a obrigação de reparar o dano
e a decretação do perdimento de bens ser, nos
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra
públicos informações de seu interesse particu- eles executadas, até o limite do valor do patri-
lar, ou de interesse coletivo ou geral, que serão mônio transferido;
prestadas no prazo da lei, sob pena de respon-
sabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja XLVI - a lei regulará a individualização da pena
imprescindível à segurança da sociedade e do e adotará, entre outras, as seguintes:
Estado;
a) privação ou restrição da liberdade;
XXXIV - são a todos assegurados, independen-
temente do pagamento de taxas: b) perda de bens;
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XLIX - é assegurado aos presos o respeito à inte- LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
gridade física e moral; mantido, quando a lei admitir a liberdade pro-
visória, com ou sem fiança;
L - às presidiárias serão asseguradas condições
para que possam permanecer com seus filhos LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo
durante o período de amamentação; a do responsável pelo inadimplemento voluntá-
rio e inescusável de obrigação alimentícia e a do
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o
depositário infiel;
naturalizado, em caso de crime comum, prati-
cado antes da naturalização, ou de comprovado LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
e drogas afins, na forma da lei; sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LII - não será concedida extradição de estrangei-
ro por crime político ou de opinião; LXIX - conceder-se-á mandado de segurança
para proteger direito líquido e certo, não ampa-
LIII - ninguém será processado nem sentencia-
rado por habeas corpus ou habeas data, quando
do senão pela autoridade competente; o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de for autoridade pública ou agente de pessoa jurí-
seus bens sem o devido processo legal; dica no exercício de atribuições do Poder Público;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou ad- LXX - o mandado de segurança coletivo pode
ministrativo, e aos acusados em geral são asse- ser impetrado por:
gurados o contraditório e ampla defesa, com os
a) partido político com representação no
meios e recursos a ela inerentes; Congresso Nacional;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas
b) organização sindical, entidade de classe
obtidas por meios ilícitos;
ou associação legalmente constituída e em
LVII - ninguém será considerado culpado até o funcionamento há pelo menos um ano, em
trânsito em julgado de sentença penal condena- defesa dos interesses de seus membros ou
tória; associados;
LVIII - o civilmente identificado não será sub- LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sem-
metido a identificação criminal, salvo nas hipó- pre que a falta de norma regulamentadora tor-
teses previstas em lei; ne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à
LIX - será admitida ação privada nos crimes de nacionalidade, à soberania e à cidadania;
ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal; LXXII - conceder-se-á habeas data:
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para
se encontre serão comunicados imediatamente propor ação popular que vise a anular ato lesivo
ao juiz competente e à família do preso ou à pes- ao patrimônio público ou de entidade de que o
soa por ele indicada; Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
LXIII - o preso será informado de seus direitos, cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-
entre os quais o de permanecer calado, sendo- fé, isento de custas judiciais e do ônus da su-
lhe assegurada a assistência da família e de ad- cumbência;
vogado;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica
LXIV - o preso tem direito à identificação dos integral e gratuita aos que comprovarem insu-
responsáveis por sua prisão ou por seu interro- ficiência de recursos;
gatório policial;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxa- erro judiciário, assim como o que ficar preso
da pela autoridade judiciária; além do tempo fixado na sentença;
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LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente o poder aquisitivo, sendo vedada sua vincula-
pobres, na forma da lei: ção para qualquer fim;
a) o registro civil de nascimento; V - piso salarial proporcional à extensão e à
complexidade do trabalho;
b) a certidão de óbito;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas cor- em convenção ou acordo coletivo;
pus e habeas data, e, na forma da lei, os atos ne-
cessários ao exercício da cidadania. VII - garantia de salário, nunca inferior ao míni-
mo, para os que percebem remuneração variá-
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e adminis- vel;
trativo, são assegurados a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade VIII - décimo terceiro salário com base na remu-
de sua tramitação. neração integral ou no valor da aposentadoria;
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XXIII - adicional de remuneração para as ativi- gistro no órgão competente, vedadas ao Poder
dades penosas, insalubres ou perigosas, na for- Público a interferência e a intervenção na orga-
ma da lei; nização sindical;
XXIV - aposentadoria; II - é vedada a criação de mais de uma organiza-
ção sindical, em qualquer grau, representativa
XXV - assistência gratuita aos filhos e depen- de categoria profissional ou econômica, na mes-
dentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de ma base territorial, que será definida pelos tra-
idade em creches e pré-escolas; balhadores ou empregadores interessados, não
XXVI - reconhecimento das convenções e acor- podendo ser inferior à área de um Município;
dos coletivos de trabalho; III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e in-
XXVII - proteção em face da automação, na for- teresses coletivos ou individuais da categoria,
ma da lei; inclusive em questões judiciais ou administra-
tivas;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a
cargo do empregador, sem excluir a indeniza- IV - a assembléia geral fixará a contribuição
ção a que este está obrigado, quando incorrer que, em se tratando de categoria profissional,
em dolo ou culpa; será descontada em folha, para custeio do sis-
tema confederativo da representação sindical
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das respectiva, independentemente da contribuição
relações de trabalho, com prazo prescricional de prevista em lei;
cinco anos para os trabalhadores urbanos e ru-
rais, até o limite de dois anos após a extinção do V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a man-
contrato de trabalho; ter-se filiado a sindicato;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalha- Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo
dor com vínculo empregatício permanente e o aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de
trabalhador avulso. exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio
dele defender.
Parágrafo único. São assegurados à categoria
dos trabalhadores domésticos os direitos pre- § 1º - A lei definirá os serviços ou atividades es-
vistos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, senciais e disporá sobre o atendimento das ne-
XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, cessidades inadiáveis da comunidade.
XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições
estabelecidas em lei e observada a simplifica- § 2º - Os abusos cometidos sujeitam os respon-
ção do cumprimento das obrigações tributárias, sáveis às penas da lei.
principais e acessórias, decorrentes da relação
de trabalho e suas peculiaridades, os previstos Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores
nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos
como a sua integração à previdência social. em que seus interesses profissionais ou previdenciá-
rios sejam objeto de discussão e deliberação.
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, ob-
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos emprega-
servado o seguinte:
dos, é assegurada a eleição de um representante destes
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado com a finalidade exclusiva de promover-lhes o enten-
para a fundação de sindicato, ressalvado o re- dimento direto com os empregadores.
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XVII - a proibição de acumular estende-se a em- II - o acesso dos usuários a registros admi-
pregos e funções e abrange autarquias, funda- nistrativos e a informações sobre atos de go-
ções, empresas públicas, sociedades de econo- verno, observado o disposto no art. 5º, X e
mia mista, suas subsidiárias, e sociedades con- XXXIII;
troladas, direta ou indiretamente, pelo poder
III - a disciplina da representação contra o
público;
exercício negligente ou abusivo de cargo,
XVIII - a administração fazendária e seus ser- emprego ou função na administração públi-
vidores fiscais terão, dentro de suas áreas de ca.
competência e jurisdição, precedência sobre os
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa
demais setores administrativos, na forma da lei;
importarão a suspensão dos direitos políticos,
XIX – somente por lei específica poderá ser cria- a perda da função pública, a indisponibilidade
da autarquia e autorizada a instituição de em- dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
presa pública, de sociedade de economia mista e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação
de fundação, cabendo à lei complementar, neste penal cabível.
último caso, definir as áreas de sua atuação;
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição
XX - depende de autorização legislativa, em para ilícitos praticados por qualquer agente,
cada caso, a criação de subsidiárias das entida- servidor ou não, que causem prejuízos ao erá-
des mencionadas no inciso anterior, assim como rio, ressalvadas as respectivas ações de ressar-
a participação de qualquer delas em empresa cimento.
privada; § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as
XXI - ressalvados os casos especificados na le- de direito privado prestadoras de serviços pú-
gislação, as obras, serviços, compras e aliena- blicos responderão pelos danos que seus agen-
ções serão contratados mediante processo de tes, nessa qualidade, causarem a terceiros, asse-
licitação pública que assegure igualdade de gurado o direito de regresso contra o responsá-
condições a todos os concorrentes, com cláusu- vel nos casos de dolo ou culpa.
las que estabeleçam obrigações de pagamento,
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as res-
mantidas as condições efetivas da proposta,
trições ao ocupante de cargo ou emprego da
nos termos da lei, o qual somente permitirá as
administração direta e indireta que possibilite o
exigências de qualificação técnica e econômica
acesso a informações privilegiadas.
indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações. § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e fi-
XXII - as administrações tributárias da União, nanceira dos órgãos e entidades da adminis-
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- tração direta e indireta poderá ser ampliada
pios, atividades essenciais ao funcionamento do mediante contrato, a ser firmado entre seus ad-
Estado, exercidas por servidores de carreiras es- ministradores e o poder público, que tenha por
pecíficas, terão recursos prioritários para a rea- objeto a fixação de metas de desempenho para
lização de suas atividades e atuarão de forma o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
integrada, inclusive com o compartilhamento I - o prazo de duração do contrato;
de cadastros e de informações fiscais, na forma
da lei ou convênio. II - os controles e critérios de avaliação de
desempenho, direitos, obrigações e respon-
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras,
sabilidade dos dirigentes;
serviços e campanhas dos órgãos públicos deve-
rá ter caráter educativo, informativo ou de orien- III - a remuneração do pessoal.”
tação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empre-
pessoal de autoridades ou servidores públicos. sas públicas e às sociedades de economia mis-
ta, e suas subsidiárias, que receberem recursos
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II da União, dos Estados, do Distrito Federal ou
e III implicará a nulidade do ato e a punição da dos Municípios para pagamento de despesas de
autoridade responsável, nos termos da lei. pessoal ou de custeio em geral.
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação § 10. É vedada a percepção simultânea de pro-
do usuário na administração pública direta e in- ventos de aposentadoria decorrentes do art. 40
direta, regulando especialmente: ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de car-
I - as reclamações relativas à prestação dos go, emprego ou função pública, ressalvados os
serviços públicos em geral, asseguradas a cargos acumuláveis na forma desta Constitui-
manutenção de serviços de atendimento ao ção, os cargos eletivos e os cargos em comissão
usuário e a avaliação periódica, externa e in- declarados em lei de livre nomeação e exonera-
terna, da qualidade dos serviços; ção.
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§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: Artigo 1º - O Estado de São Paulo, integrante da Repú-
blica Federativa do Brasil, exerce as competências que
I - em virtude de sentença judicial transitada em não lhe são vedadas pela Constituição Federal.
julgado;
Artigo 2º - A lei estabelecerá procedimentos judiciários
II - mediante processo administrativo em que
abreviados e de custos reduzidos para as ações cujo
lhe seja assegurada ampla defesa;
objeto principal seja a salvaguarda dos direitos e liber-
III - mediante procedimento de avaliação perió- dades fundamentais.
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Artigo 3º - O Estado prestará assistência jurídica inte- Artigo 39 - A eleição do Governador e do Vice-Gover-
gral e gratuita aos que declara insuficiência de recur- nador realizar-se-á no primeiro domingo de outubro,
sos. em primeiro turno, e no último domingo de outubro,
em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do
Artigo 4º - Nos procedimentos administrativos, qual- término do mandato de seus antecessores, e a posse
quer que seja o objeto, observar-se-ão, entre outros re- ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente,
quisitos de validade, a igualdade entre os administra- observado, quanto ao mais, o disposto no artigo 77 da
dos e o devido processo legal, especialmente quanto à Constituição Federal.
exigência da publicidade, do contraditório, da ampla
defesa e do despacho ou decisão motivados. Artigo 40 - Em caso de impedimento do Governador e
do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos car-
TÍTULO II gos, serão sucessivamente chamados ao exercício da
Governança o Presidente da Assembléia Legislativa e
o Presidente do Tribunal de Justiça.
Da Organização dos Poderes
Artigo 41 - Vagando os cargos de Governador e Vice-
CAPÍTULO I Governador, far-se-á eleição noventa dias depois de
aberta a última vaga.
Disposições Preliminares
§ 1º - Ocorrendo a vacância no último ano do
Artigo 5º - São Poderes do Estado, independentes e período governamental, aplica-se o disposto no
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Ju- artigo anterior.
diciário.
§ 2º - Em qualquer dos casos, os sucessores de-
§ 1º - É vedado a qualquer dos Poderes delegar verão completar o período de governo restante.
atribuições. Artigo 42 - Perderá o mandato o Governador que as-
§ 2º - O cidadão, investido na função de um dos sumir outro cargo ou função na administração pública
Poderes, não poderá exercer a de outro, salvo as direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de
exceções previstas nesta Constituição. concurso público e observado o disposto no art. 38, I,
IV e V, da Constituição Federal.
Artigo 6º - O Município de São Paulo é a Capital do
Estado. Artigo 43 - O Governador e o Vice-Governador toma-
rão posse perante a Assembléia Legislativa, prestando
Artigo 7º - São símbolos do Estado a bandeira, o brasão compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constitui-
de armas e o hino. ção Federal e a do Estado e de observar as leis.
Artigo 8º - Além dos indicados no art. 26 da Consti- Parágrafo único - Se, decorridos dez dias da data
tuição Federal, incluem-se entre os bens do Estado os fixada para a posse, o Governador ou o Vice-Go-
terrenos reservados às margens dos rios e lagos do seu
vernador, salvo motivo de força maior, não tiver
domínio.
assumido o cargo, este será declarado vago.
CAPÍTULO III Artigo 44 - o Governador e o Vice-Governador não po-
derão, sem licença da Assembléia Legislativa, ausen-
Do Poder Executivo tar-se do Estado, por período superior a quinze dias,
sob pena de perda do cargo.
SEÇÃO I
Parágrafo único - O pedido de licença, ampla-
Do Governador e Vice-Governador do Estado mente motivado, indicará, especialmente, as ra-
Artigo 37 - O Poder Executivo é exercido pelo Gover- zões da viagem, o roteiro e a previsão de gastos.
nador do Estado, eleito para um mandato de quatro Artigo 45 - o Governador deverá residir na Capital do
anos, podendo ser reeleito para um único período sub-
Estado.
seqüente, na forma estabelecida na Constituição Fede-
ral. Artigo 46 - O Governador e o Vice-Governador deve-
rão, no ato da posse e no término do mandato, fazer
Artigo 38 - Substituirá o Governador, no caso de im-
declaração pública de bens.
pedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Gover-
nador.
SEÇÃO II
Parágrafo único - O Vice-Governador, além de
outras atribuições que lhe forem conferidas por Das Atribuições do Governador
lei complementar, auxiliará o Governador, sem-
pre que por ele convocado para missões espe- Artigo 47 - Compete privativamente ao Governador,
ciais. além de outras atribuições previstas nesta Constituição:
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I - representar o Estado nas suas relações jurídi- XVII - enviar à Assembléia Legislativa projetos
cas, políticas e administrativas; de lei relativos ao plano plurianual, diretrizes
orçamentárias, orçamento anual, dívida pública
II - exercer, com o auxílio dos Secretários de Es- e operações de crédito;
tado, a direção superior da administração esta-
dual; XVIII - enviar à Assembléia Legislativa projeto
de lei sobre o regime de concessão ou permissão
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as de serviços públicos.
leis, bem como, no prazo nelas estabelecido, não
inferior a trinta nem superior a cento e oitenta XIX - dispor, mediante decreto, sobre:
dias, expedir decretos e regulamentos para sua
a) organização e funcionamento da administra-
fiel execução, ressalvados os casos em que, nes-
ção estadual, quando não implicar aumento de
se prazo, houver interposição de ação direta de
despesa, nem criação ou extinção de órgãos pú-
inconstitucionalidade contra a lei publicada;”
blicos;
IV - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quan-
V - prover os cargos públicos do Estado, com as do vagos.
restrições da Constituição Federal e desta Cons- Parágrafo único - A representação a que se re-
tituição, na forma pela qual a lei estabelecer; fere o inciso I poderá ser delegada por lei, de
VI - nomear e exonerar livremente os Secretá- iniciativa do Governador, a outra autoridade.
rios de Estado;
SEÇÃO III
VII - nomear e exonerar os dirigentes de autar-
quias, observadas as condições estabelecidas
Da Responsabilidade do Governador
nesta Constituição;
VIII - decretar e fazer executar intervenção nos Artigo 48 - São crimes de responsabilidade do Gover-
nador ou dos seus Secretários, quando por eles prati-
Municípios, na forma da Constituição Federal e
cados, os atos como tais definidos na lei federal espe-
desta Constituição;
cial, que atentem contra a Constituição Federal ou a do
IX - prestar contas da administração do Estado Estado, especialmente contra:”
à Assembléia Legislativa na forma desta Cons-
tituição; I - a existência da União;
XI - iniciar o processo legislativo, na forma e nos III - o exercício dos direitos políticos, indivi-
casos previstos nesta Constituição; duais e sociais;
XII - fixar ou alterar, por decreto, os quadros, IV - a segurança interna do País;
vencimentos e vantagens do pessoal das funda-
ções instituídas ou mantidas pelo Estado, nos V - a probidade na administração;
termos da lei;
VI - a lei orçamentária;
XIII - indicar diretores de sociedade de econo-
mia mista e empresas públicas; VII - o cumprimento das leis e das decisões ju-
diciais.
XIV - praticar os demais atos de administração,
nos limites da competência do Executivo; Parágrafo único - A definição desses crimes, as-
sim como o seu processo e julgamento, será es-
XV - subscrever ou adquirir ações, realizar ou tabelecida em lei especial.
aumentar capital, desde que haja recursos há-
beis, de sociedade de economia mista ou de Artigo 49 - Admitida a acusação contra o Governador,
empresa pública, bem como dispor, a qualquer por dois terços da Assembléia Legislativa, será ele sub-
título, no todo ou em parte, de ações ou capital metido a julgamento perante o Superior Tribunal de
que tenha subscrito, adquirido, realizado ou au- Justiça, nas infrações penais comuns, (**) ou, nos cri-
mentado, mediante autorização da Assembléia mes de responsabilidade, perante Tribunal Especial.
Legislativa;
§ 1º - O Tribunal Especial a que se refere este ar-
XVI - delegar, por decreto, a autoridade do Exe- tigo será constituído por sete Deputados e sete
cutivo, funções administrativas que não sejam Desembargadores, sorteados pelo Presidente do
de sua exclusiva competência; Tribunal de Justiça, que também o presidirá.
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§ 6º - O Governador, na vigência de seu manda- Artigo 52-A - Caberá a cada Secretário de Estado, se-
to, não pode ser responsabilizado por atos estra- mestralmente, comparecer perante a Comissão Perma-
nhos ao exercício de suas funções. nente da Assembléia Legislativa a que estejam afetas
as atribuições de sua Pasta, para prestação de contas
Artigo 50 - Qualquer cidadão, partido político, asso- do andamento da gestão, bem como demonstrar e ava-
ciação ou entidade sindical poderá denunciar o Gover- liar o desenvolvimento de ações, programas e metas
nador, o Vice-Governador e os Secretários de Estado, da Secretaria correspondente.
por crime de responsabilidade, perante a Assembléia
§ 1º - Aplica-se o disposto no ‘caput’ deste artigo
Legislativa.
aos Diretores de Agências Reguladoras.
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Artigo 129 - Ao servidor público estadual é assegura- Artigo 137 - A lei assegurará à servidora gestante mu-
do o percebimento do adicional por tempo de serviço, dança de função, nos casos em que for recomendado,
concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua sem prejuízo de seus vencimentos ou salários e demais
limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos vantagens do cargo ou função-atividade.
integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercí-
cio, que se incorporarão aos vencimentos para todos SEÇÃO II
os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta
Constituição. Dos Servidores Públicos Militares
Artigo 130 - Ao servidor será assegurado o direito de Artigo 138 - São servidores públicos militares esta-
remoção para igual cargo ou função, no lugar de resi- duais os integrantes da Polícia Militar do Estado.
dência do cônjuge, se este também for servidor e hou-
§ 1º - Aplica-se, no que couber, aos servidores a
ver vaga, nos termos da lei.
que se refere este artigo, o disposto no art. 42 da
Constituição Federal.
Parágrafo único - O disposto neste artigo apli-
ca-se também ao servidor cônjuge de titular de § 2º - Naquilo que não colidir com a legislação
mandato eletivo estadual ou municipal. específica, aplica-se aos servidores menciona-
dos neste artigo o disposto na seção anterior.
Artigo 131 - O Estado responsabilizará os seus servi-
dores por alcance e outros danos causados à Adminis- § 3º - O servidor público militar demitido por
tração, ou por pagamentos efetuados em desacordo ato administrativo, se absolvido pela Justiça, na
com as normas legais, sujeitando-os ao seqüestro e ação referente ao ato que deu causa à demissão,
perdimento dos bens, nos termos da lei. será reintegrado à Corporação com todos os di-
reitos restabelecidos.
Artigo 132 – Os servidores titulares de cargos efetivos § 4º - O oficial da Polícia Militar só perderá o
do Estado, incluídas suas autarquias e fundações, des- posto e a patente se for julgado indigno do Ofi-
de que tenham completado cinco anos de efetivo exer-
cialato ou com ele incompatível, por decisão do
cício, terão computado, para efeito de aposentadoria,
Tribunal de Justiça Militar do Estado.
nos termos da lei, o tempo de contribuição ao regime
geral de previdência social decorrente de atividade de § 5º - O oficial condenado na Justiça comum ou
natureza privada, rural ou urbana, hipótese em que os militar à pena privativa de liberdade superior a
diversos sistemas de previdência social se compensa- dois anos, por sentença transitada em julgado,
rão financeiramente, segundo os critérios estabeleci- será submetido ao julgamento previsto no pará-
dos em lei. grafo anterior.
§ 6º - O direito do servidor militar de ser trans-
Artigo 133 - O servidor, com mais de cinco anos de
ferido para a reserva ou ser reformado será as-
efetivo exercício, que tenha exercido ou venha a exer-
segurado, ainda que respondendo a inquérito
cer cargo ou função que lhe proporcione remuneração
ou processo em qualquer jurisdição, nos casos
superior à do cargo de que seja titular, ou função para
previstos em lei específica.
a qual foi admitido, incorporará um décimo dessa di-
ferença, por ano, até o limite de dez.
CAPÍTULO III
- Este artigo teve sua redação alterada pelo Re-
curso Extraordinário nº 219934, provido pelo Da Segurança Pública
Supremo Tribunal Fedeal, declarou a inconsti-
tucionalidade de expressão:a qualquer título”. SEÇÃO I
Artigo 134 - O servidor, durante o exercício do manda-
to de vereador, será inamovível. Disposições Gerais
Artigo 139 - A Segurança Pública, dever do Estado,
Artigo 135 – Ao servidor público titular de cargo efe- direito e responsabilidade de todos, é exercida para
tivo do Estado será contado, como efetivo exercício, a preservação da ordem pública e incolumidade das
para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tem- pessoas e do patrimônio.
po de contribuição decorrente de serviço prestado em
cartório não oficializado, mediante certidão expedida § 1º - O Estado manterá a Segurança Pública por
pela Corregedoria-Geral da Justiça. meio de sua polícia, subordinada ao Governa-
dor do Estado.
Artigo 136 - O servidor público civil demitido por ato
§ 2º - A polícia do Estado será integrada pela Po-
administrativo, se absolvido pela Justiça, na ação re-
lícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
ferente ao ato que deu causa à demissão, será reinte-
grado ao serviço público, com todos os direitos adqui- § 3º - A Polícia Militar, integrada pelo Corpo de
ridos. Bombeiros, é força auxiliar, reserva do Exército.
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I - a compreensão dos direitos e deveres da pes- Artigo 241 - O Plano Estadual de Educação, estabele-
soa humana, do cidadão, do Estado, da família cido em lei, é de responsabilidade do Poder Público
e dos demais grupos que compõem a comuni- Estadual, tendo sua elaboração coordenada pelo Exe-
dade; cutivo, consultados os órgãos descentralizados do Sis-
tema Estadual de Ensino, a comunidade educacional,
II - o respeito à dignidade e às liberdades funda- e considerados os diagnósticos e necessidades aponta-
mentais da pessoa humana; dos nos Planos Municipais de Educação.
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Artigo 242 - O Conselho Estadual de Educação é ór- § 3º - O ensino fundamental público e gratui-
gão normativo, consultivo e deliberativo do sistema de to será também garantido aos jovens e adultos
ensino do Estado de São Paulo, com suas atribuições, que, na idade própria, a ele não tiveram acesso,
organização e composição definidas em lei. e terá organização adequada às características
dos alunos.
Artigo 243 - Os critérios para criação de Conselhos Re-
gionais e Municipais de Educação, sua composição e § 4º - Caberá ao Poder Público prover o ensino
atribuições, bem como as normas para seu funciona- fundamental diurno e noturno, regular e suple-
mento, serão estabelecidos e regulamentados por lei. tivo, adequado às condições de vida do edu-
cando que já tenha ingressado no mercado de
Artigo 244 - O ensino religioso, de matrícula faculta- trabalho.
tiva, constituirá disciplina dos horários normais das
§ 5º - É permitida a matrícula no ensino funda-
escolas públicas de ensino fundamental.
mental, a partir dos seis anos de idade, desde
Artigo 245 - Nos três níveis de ensino será estimula- que plenamente atendida a demanda das crian-
da a prática de esportes individuais e coletivos, como ças de sete anos de idade.
complemento à formação integral do indivíduo. Artigo 251 - A lei assegurará a valorização dos pro-
fissionais de ensino, mediante a fixação de planos de
Parágrafo Único - A prática referida no “caput”, carreira para o Magistério Público, com piso salarial
sempre que possível, será levada em conta em profissional, carga horária compatível com o exercício
face das necessidades dos portadores de defi- das funções e ingresso exclusivamente por concurso
ciências. público de provas e títulos.
Artigo 246 - É vedada a cessão de uso de próprios pú-
Artigo 252 - O Estado manterá seu próprio sistema de
blicos estaduais, para o funcionamento de estabeleci-
ensino superior, articulado com os demais níveis.
mentos de ensino privado de qualquer natureza.
Parágrafo único - O sistema de ensino superior
Artigo 247 - A educação da criança de zero a seis anos,
do Estado de São Paulo incluirá universidades e
integrada ao sistema de ensino, respeitará as caracte-
outros estabelecimentos.
rísticas próprias dessa faixa etária.
Artigo 253 - A organização do sistema de ensino su-
Artigo 248 - O órgão próprio de educação do Estado perior do Estado será orientada para a ampliação do
será responsável pela definição de normas, autoriza- número de vagas oferecidas no ensino público diurno
ção de funcionamento, supervisão e fiscalização das e noturno, respeitadas as condições para a manuten-
creches e pré-escolas públicas e privadas no Estado. ção da qualidade de ensino e do desenvolvimento da
pesquisa.
Parágrafo único - Aos Municípios, cujos siste-
mas de ensino estejam organizados, será delega- Parágrafo único - As universidades públicas es-
da competência para autorizar o funcionamento taduais deverão manter cursos noturnos que,
e supervisionar as instituições de educação das no conjunto de suas unidades, correspondam a
crianças de zero a seis anos de idade. um terço pelo menos do total das vagas por elas
Artigo 249 - O ensino fundamental, com oito anos de oferecidas.
duração, é obrigatório para todas as crianças, a partir Artigo 254 - A autonomia da universidade será exer-
dos sete anos de idade, visando a propiciar formação cida respeitando, nos termos do seu estatuto, a neces-
básica e comum indispensável a todos. sária democratização do ensino e a responsabilidade
pública da instituição, observados os seguintes prin-
§ 1º - É dever do Poder Público o provimento, cípios:
em todo o território paulista, de vagas em nú-
mero suficiente para atender à demanda do en- I - utilização dos recursos de forma a ampliar o
sino fundamental obrigatório e gratuito. atendimento à demanda social, tanto mediante
§ 2º - A atuação da administração pública esta- cursos regulares quanto atividades de extensão;
dual no ensino público fundamental dar-se-á II - representação e participação de todos os seg-
por meio de rede própria ou em cooperação mentos da comunidade interna nos órgãos de-
técnica e financeira com os Municípios, nos ter- cisórios e na escolha de dirigentes, na forma de
mos do artigo 30, VI, da Constituição Federal, seus estatutos.
assegurando a existência de escolas com corpo
técnico qualificado e elevado padrão de quali- § 1º - A lei criará formas de participação da so-
dade, devendo ser definidas com os Municípios ciedade, por meio de instâncias públicas exter-
formas de colaboração, de modo a assegurar a nas à universidade, na avaliação do desempe-
universalização do ensino obrigatório. nho da gestão dos recursos.
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IX - criação e manutenção de serviços e progra- Artigo 286 - Fica assegurada a criação de creches nos
mas de prevenção e orientação contra entorpe- presídios femininos e, às mães presidiárias, a adequa-
centes, álcool e drogas afins, bem como de en- da assistência aos seus filhos durante o período de
caminhamento de denúncias e atendimento es- amamentação.
pecializado, referentes à criança, ao adolescente,
Artigo 287 - A lei disporá sobre a instituição de indeni-
ao adulto e ao idoso dependentes.
zação compensatória a ser paga, em caso de exonera-
Artigo 279 - Os Poderes Públicos estadual e municipal ção ou dispensa, aos servidores públicos ocupantes de
assegurarão condições de prevenção de deficiências, cargos e funções de confiança ou cargo em comissão,
com prioridade para a assistência pré-natal e à infân- bem como aos que a lei declarar de livre exoneração.
cia, bem como integração social de portadores de defi- Parágrafo único – A indenização referida no
ciências, mediante treinamento para o trabalho e para “caput” não se aplica aos servidores públicos
a convivência, mediante: que, exonerados ou dispensados do cargo ou
função de confiança ou de livre exoneração, re-
I - criação de centros profissionalizantes para
tornem à sua função-atividade ou ao seu cargo
treinamento, habilitação e reabilitação profis-
efetivo.
sional de portadores de deficiências, oferecendo
os meios adequados para esse fim aos que não Artigo 288 - É assegurada a participação dos servidores
tenham condições de freqüentar a rede regular públicos nos colegiados e diretorias dos órgãos públi-
de ensino; cos em que seus interesses profissionais, de assistência
médica e previdenciários sejam objeto de discussão e
II - implantação de sistema “Braille” em estabe- deliberação, na forma da lei.
lecimentos da rede oficial de ensino, em cidade
pólo regional, de forma a atender às necessida- Artigo 289 - O Estado criará crédito educativo, por
des educacionais e sociais dos portadores de de- meio de suas entidades financeiras, para favorecer os
ficiências. estudantes de baixa renda, na forma que dispuser a lei.
Artigo 290 - Toda e qualquer pensão paga pelo Estado,
Parágrafo único - As empresas que adaptarem
a qualquer título, não poderá ser de valor inferior ao
seus equipamentos para o trabalho de portado-
res de deficiências poderão receber incentivos, do salário mínimo vigente no País.
na forma da lei. Artigo 291 - Todos terão o direito de, em caso de con-
denação criminal, obter das repartições policiais e ju-
Artigo 280 - É assegurado, na forma da lei, aos por- diciais competentes, após reabilitação, bem como no
tadores de deficiências e aos idosos, acesso adequado caso de inquéritos policiais arquivados, certidões e
aos logradouros e edifícios de uso público, bem como
informações de folha corrida, sem menção aos antece-
aos veículos de transporte coletivo urbano.
dentes, salvo em caso de requisição judicial, do Minis-
tério Público, ou para fins de concurso público.
Artigo 281 - O Estado propiciará, por meio de financia-
mentos, aos portadores de deficiências, a aquisição dos Parágrafo único - Observar-se-á o disposto neste
equipamentos que se destinam a uso pessoal e que per- artigo quando o interesse for de terceiros.
mitam a correção, diminuição e superação de suas limi-
tações, segundo condições a serem estabelecidas em lei.
TÍTULO VIII
ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS
03
Disposições Constitucionais Gerais PÚBLICOS CIVIS DE SÃO PAULO
Artigo 284 - O Estado comemorará, anualmente, no LEI Nº 10.261, DE 28 DE OUTUBRO DE 1968
período de 3 a 9 de julho, a Revolução Constituciona-
Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públi-
lista de 1932.
cos Civis do Estado
Artigo 285 - Fica assegurado a todos livre e amplo
TÍTULO I
acesso às praias do litoral paulista.
Disposições Preliminares
§ 1º - Sempre que, de qualquer forma, for im-
pedido ou dificultado esse acesso, o Ministério Artigo 1º - Esta lei institui o regime jurídico dos funcio-
Público tomará imediata providência para a ga- nários públicos civis do Estado.
rantia desse direito.
Parágrafo único - As suas disposições, exceto no
§ 2º - O Estado poderá utilizar-se da desapro- que colidirem com a legislação especial, apli-
priação para abertura de acesso a que se refere cam-se aos funcionários dos 3 Poderes do Esta-
o “caput”. do e aos do Tribunal de Contas do Estado.
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Artigo 6º - Aos cargos públicos serão atribuídos valo- Artigo 13 - As nomeações serão feitas:
res determinados por referências numéricas, seguidas I - em caráter vitalício, nos casos expressamente
de letras em ordem alfabética, indicadoras de graus. previstos na Constituição do Brasil;
Parágrafo único - O conjunto de referência e II - em comissão, quando se tratar de cargo que
grau constitui o padrão do cargo. em virtude de lei assim deva ser provido; e
Artigo 7º - Classe é o conjunto de cargos da mesma III - em caráter efetivo, quando se tratar de car-
denominação. go de provimento dessa natureza.
Artigo 11 - Os cargos públicos serão providos por: Artigo 16 - As normas gerais para a realização dos con-
cursos e para a convocação e indicação dos candidatos
I - nomeação; para o provimento dos cargos serão estabelecidas em
regulamento.
II - transferência;
Artigo 17 - Os concursos serão regidos por instruções
III - reintegração;
especiais, expedidas pelo órgão competente.
IV - acesso;
Artigo 18 - As instruções especiais determinarão, em
V - reversão; função da natureza do cargo:
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Artigo 32 - Transitada em julgado a sentença, será ex- § 2º - A reversão a pedido, que será feita a cri-
pedido o decreto de reintegração no prazo máximo de tério da Administração, dependerá também da
30 (trinta) dias. existência de cargo vago, que deva ser provido
mediante promoção por merecimento.
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VIII
Do Acesso
Do Aproveitamento
Artigo 33 - Acesso é a elevação do funcionário, dentro
Artigo 37 - Aproveitamento é o reingresso no serviço
do respectivo quadro a cargo da mesma natureza de
público do funcionário em disponibilidade.
trabalho, de maior grau de responsabilidade e maior
complexidade de atribuições, obedecido o interstício Artigo 38 - O obrigatório aproveitamento do funcio-
na classe e as exigências a serem instituídas em regu- nário em disponibilidade ocorrerá em vagas existentes
lamento. ou que se verificarem nos quadros do funcionalismo.
§ 1º - Serão reservados para acesso os cargos § 1º - O aproveitamento dar-se-á, tanto quanto
cujas atribuições exijam experiência prévia do possível, em cargo de natureza e padrão de ven-
exercício de outro cargo. cimentos correspondentes ao que ocupava, não
§ 2º - O acesso será feito mediante aferição do podendo ser feito em cargo de padrão superior.
mérito dentre titulares de cargos cujo exercício § 2º - Se o aproveitamento se der em cargo de
proporcione a experiência necessária ao desem- padrão inferior ao provento da disponibilidade,
penho das atribuições dos cargos referidos no terá o funcionário direito à diferença.
parágrafo anterior.
§ 3º - Em nenhum caso poderá efetuar -se o
Artigo 34 - Será de 3 (três) anos de efetivo exercício o aproveitamento sem que, mediante inspeção
interstício para concorrer ao acesso. médica, fique provada a capacidade para o exer-
cício do cargo.
CAPÍTULO VII § 4º - Se o laudo médico não for favorável, pode-
rá ser procedida nova inspeção de saúde, para o
Da Reversão mesmo fim, decorridos no mínimo 90 (noventa)
Artigo 35 - Reversão é o ato pelo qual o aposentado dias.
reingressa no serviço público a pedido ou ex-officio. § 5º - Será tornado sem efeito o aproveitamento
§ 1º - A reversão ex-officio será feita quando in- e cassada a disponibilidade do funcionário que,
aproveitado, não tomar posse e não entrar em
subsistentes as razões que determinaram a apo-
exercício dentro do prazo legal.
sentadoria por invalidez.
§ 6º - Será aposentado no cargo anteriormente
§ 2º - Não poderá reverter à atividade o aposen-
ocupado, o funcionário em disponibilidade que
tado que contar mais de 58 (cinqüenta e oito)
for julgado incapaz para o serviço público, em
anos de idade.
inspeção médica.
§ 3º - No caso de reversão ex-officio, será per-
§ 7º - Se o aproveitamento se der em cargo de
mitido o reingresso além do limite previsto no
provimento em comissão, terá o aproveitado
parágrafo anterior.
assegurado, no novo cargo, a condição de efe-
§ 4º - A reversão só poderá efetivar-se quando, tividade que tinha no cargo anteriormente ocu-
em inspeção médica, ficar comprovada a capaci- pado.
dade para o exercício do cargo.
CAPÍTULO IX
§ 5º - Se o laudo médico não for favorável, pode-
rá ser procedida nova inspeção de saúde, para o
Da Readmissão
mesmo fim, decorridos pelo menos 90 (noventa)
dias. Artigo 39 - Readmissão é o ato pelo qual o ex-funcio-
nário, demitido ou exonerado, reingressa no serviço
§ 6º - Será tornada sem efeito a reversão ex-of-
público, sem direito a ressarcimento de prejuízos, as-
ficio e cassada a aposentadoria do funcionário
segurada, apenas, a contagem de tempo de serviço em
que reverter e não tomar posse ou não entrar em
cargos anteriores, para efeito de aposentadoria e dis-
exercício dentro do prazo legal.
ponibilidade.
Artigo 36 - A reversão far-se-á no mesmo cargo.
§ 1º - A readmissão do ex-funcionário demitido
§ 1º - Em casos especiais, a juízo do Governo, será obrigatoriamente precedida de reexame
poderá o aposentado reverter em outro cargo, do respectivo processo administrativo, em que
de igual padrão de vencimentos, respeitada a fique demonstrado não haver inconveniente,
habilitação profissional. para o serviço público, na decretação da medida.
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Artigo 53 - A contagem do prazo a que se refere o ar- Estado, a autoridade a que o mesmo estiver di-
tigo anterior poderá ser suspensa nas seguintes hipó- retamente subordinado.
teses:
Artigo 60 - O exercício do cargo terá início dentro do
I - por até 120 (cento e vinte) dias, a critério do prazo de 30 (trinta) dias, contados:
órgão médico oficial, a partir da data de apre-
I - da data da posse; e
sentação do candidato junto ao referido órgão
para perícia de sanidade e capacidade física, II - da data da publicação oficial do ato, no caso
para fins de ingresso, sempre que a inspeção de remoção.
médica exigir essa providência; § 1º - Os prazos previstos neste artigo poderão
II - por 30 (trinta) dias, mediante a interposição ser prorrogados por 30 (trinta) dias, a requeri-
de recurso pelo candidato contra a decisão do mento do interessado e a juízo da autoridade
órgão médico oficial . competente.
§ 1º - o prazo a que se refere o inciso I deste arti- § 2º - No caso de remoção, o prazo para exercí-
go recomeçará a correr sempre que o candidato, cio de funcionário em férias ou em licença, será
sem motivo justificado, deixe de submeter-se contado da data em que voltar ao serviço.
aos exames médicos julgados necessários. § 3º - No interesse do serviço público, os pra-
§ 2º - a interposição de recurso a que se refere o zos previstos neste artigo poderão ser reduzidos
inciso II deste artigo dar-se-á no prazo máximo para determinados cargos.
de 5 (cinco) dias, a contar da data de decisão do § 4º - O funcionário que não entrar em exercício
órgão médico oficial. dentro do prazo será exonerado.
Artigo 54 - O prazo a que se refere o art. 52 para aquele
que, antes de tomar posse, for incorporado às Forças Artigo 61 - Em caso de mudança de sede, será concedi-
Armadas, será contado a partir da data da desincor- do um período de trânsito, até 8 (oito) dias, a contar do
poração. desligamento do funcionário.
Artigo 55 - o funcionário efetivo, nomeado para car- Artigo 62 - O funcionário deverá apresentar ao órgão
go em comissão, fica dispensado, no ato da posse, da competente, logo após ter tomado posse e assumido o
apresentação do atestado de que trata o inciso VI do exercício, os elementos necessários à abertura do as-
artigo 47 desta lei. sentamento individual.
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II - as licenças previstas nos arts. 200 e 201. 3 - quando o funcionário não entrar em exercício
dentro do prazo legal.
Artigo 81 - Os tempos adiante enunciados serão con- § 2º - A demissão será aplicada como penalida-
tados: de nos casos previstos nesta lei.
I - para efeito de concessão de adicional por TÍTULO III
tempo de serviço, sexta-parte, aposentadoria e
disponibilidade: DA PROMOÇÃO
a) o de afastamento nos termos dos artigos 65
e 66 junto a outros poderes do Estado, a funda- CAPÍTULO ÚNICO
ções instituídas pelo Estado ou empresas em
que o Estado tenha participação majoritária pela Da Promoção
sua Administração Centralizada ou Descentrali- Artigo 87 - Promoção é a passagem do funcionário de
zada, bem como junto a órgãos da Administra- um grau a outro da mesma classe e se processará obe-
ção Direta da União, de outros Estados e Muni- decidos, alternadamente, os critérios de merecimento
cípios, e de suas autarquias; e de antigüidade na forma que dispuser o regulamen-
b) o de afastamento nos termos do artigo 67; to.
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Parágrafo único - Ao funcionário que não esti- Artigo 102 - O tempo no cargo será o efetivo exercício,
ver em efetivo exercício, só se abonarão as van- contado na seguinte conformidade:
tagens a partir da data da reassunção. I - a partir da data em que o funcionário assumir
Artigo 93 - Será declarada sem efeito a promoção inde- o exercício do cargo, nos casos de nomeação,
vida, não ficando o funcionário, nesse caso, obrigado transferência a pedido, reversão e aproveita-
a restituições, salvo na hipótese de declaração falsa ou mento;
omissão intencional.
II - como se o funcionário estivesse em exercício,
Artigo 94 - Só poderão ser promovidos os servidores no caso de reintegração;
que tiverem o interstício de efetivo exercício no grau.
III - a partir da data em que o funcionário assu-
Parágrafo único - O interstício a que se refere mir o exercício do cargo do qual foi transferido,
este artigo será estabelecido em regulamento. no caso de transferência ex-officio; e
Artigo 95 - Dentro de cada quadro, haverá para cada IV - a partir da data em que o funcionário assu-
classe, nos respectivos graus, uma lista de classifica- mir o exercício do cargo reclassificado ou trans-
ção, para os critérios de merecimento e antigüidade. formado.
Parágrafo único - Ocorrendo empate terão pre- Artigo 103 - Será contado como tempo no cargo o efe-
ferência, sucessivamente: tivo exercício que o funcionário houver prestado no
mesmo cargo, sem solução de continuidade, desde que
1 - na classificação por merecimento:
por prazo superior a 6 (seis) meses:
a) os títulos e os comprovantes de conclusão de
cursos, relacionados com a função exercida; I - como substituto; e
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Artigo 142 - A gratificação relativa ao exercício em ór- Artigo 150 - A ajuda de custo, desde que em territó-
gão legal de deliberação coletiva, será fixada pelo Go- rio do País, será arbitrada pelos Secretários de Estado,
vernador. não podendo exceder importância correspondente a 3
(três) vezes o valor do padrão do cargo.
Artigo 143 - A gratificação de representação de gabine-
te, fixada em regulamento, não poderá ser percebida Parágrafo único - O regulamento fixará o crité-
cumulativamente com a referida no inciso I do art. 135. rio para o arbitramento, tendo em vista o núme-
ro de pessoas que acompanham o funcionário,
SEÇÃO IV as condições de vida na nova sede, a distância a
ser percorrida, o tempo de viagem e os recursos
Das Diárias orçamentários disponíveis.
Artigo 144 - Ao funcionário que se deslocar tempora- Artigo 151 - Não será concedida ajuda de custo:
riamente da respectiva sede, no desempenho de suas
atribuições, ou em missão ou estudo, desde que rela- I - ao funcionário que se afastar da sede ou a ela
cionados com o cargo que exerce, poderá ser concedi- voltar, em virtude de mandato eletivo; e
da, além do transporte, uma diária a título de indeni- II - ao que for afastado junto a outras Adminis-
zação das despesas de alimentação e pousada. trações.
§ 1º - Não será concedida diária ao funcionário Parágrafo único - O funcionário que recebeu
removido ou transferido, durante o período de ajuda de custo, se for obrigado a mudar de sede
trânsito. dentro do período de 2 (dois) anos poderá rece-
ber, apenas, 2/3 (dois terços) do benefício que
§ 2º - Não caberá a concessão de diária quando o
lhe caberia.
deslocamento de funcionário constituir exigên-
cia permanente do cargo ou função. Artigo 152 - Quando o funcionário for incumbido de
serviço que o obrigue a permanecer fora da sede por
§ 3º - Entende-se por sede o município onde o
mais de 30 (trinta) dias, poderá receber ajuda de custo
funcionário tem exercício.
sem prejuízos das diárias que lhe couberem.
§ 4º - O disposto no “caput” deste artigo não se
aplica aos casos de missão ou estudo fora do Parágrafo único - A importância dessa ajuda de
País. custo será fixada na forma do art. 150, não po-
dendo exceder a quantia relativa a 1 (uma) vez o
§ 5º - As diárias relativas aos deslocamentos de valor do padrão do cargo.
funcionários para outros Estados e Distrito Fe-
deral, serão fixadas por decreto. Artigo 153 - Restituirá a ajuda de custo que tiver rece-
bido:
Artigo 145 - O valor das diárias será fixado em decreto.
I - o funcionário que não seguir para a nova
Artigo 146 - A tabela de diárias, bem como as autori- sede dentro dos prazos fixados, salvo motivo
dades que as concederem, deverão constar de decreto. independente de sua vontade, devidamente
Artigo 147 - O funcionário que indevidamente receber comprovado sem prejuízo da pena disciplinar
diária, será obrigado a restituí-la de uma só vez, fican- cabível;
do ainda sujeito à punição disciplinar. II - o funcionário que, antes de concluir o servi-
ço que lhe foi cometido, regressar da nova sede,
Artigo 148 - É vedado conceder diárias com o objetivo pedir exoneração ou abandonar o cargo.
de remunerar outros encargos ou serviços.
§ 1º - A restituição poderá ser feita parcelada-
Parágrafo único - Será responsabilizada a auto- mente, a juízo da autoridade que houver con-
ridade que infringir o disposto neste artigo. cedido a ajuda de custo, salvo no caso de rece-
bimento indevido, em que a importância por
SEÇÃO V devolver será descontada integralmente do ven-
cimento ou remuneração, sem prejuízo da pena
Das Ajudas de Custo disciplinar cabível.
Artigo 149 - A juízo da Administração, poderá ser con- § 2º - A responsabilidade pela restituição de que
cedida ajuda de custo ao funcionário que no interesse trata este artigo, atinge exclusivamente a pessoa
do serviço passar a ter exercício em nova sede. do funcionário.
§ 1º - A ajuda de custo destina-se a indenizar o § 3º - Se o regresso do funcionário for determina-
funcionário das despesas de viagem e de nova do pela autoridade competente ou por motivo
instalação . de força maior devidamente comprovado, não
ficará ele obrigado a restituir a ajuda de custo.
§ 2º - O transporte do funcionário e de sua famí-
lia compreende passagem e bagagem e correrá Artigo 154 - Caberá também ajuda de custo ao funcio-
por conta do Governo. nário designado para serviço ou estudo no estrangeiro.
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Artigo 160 - Não será pago o salário-família nos casos § 2º - no caso de integrante da carreira de Agen-
em que o funcionário deixar de perceber o respectivo te de Segurança Penitenciária ou da classe de
vencimento ou remuneração. Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária,
se ficar comprovado, por meio de competente
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se apuração, que o óbito decorreu de lesões rece-
aplica aos casos disciplinares e penais, nem aos bidas no exercício de suas funções, o benefício
de licença por motivo de doença em pessoa da será acrescido do valor correspondente a mais
família. 1 (um) mês da respectiva remuneração, cujo pa-
Artigo 161 - É vedada a percepção de salário-família gamento será efetivado mediante apresentação
por dependente em relação ao qual já esteja sendo de alvará judicial.
pago este benefício por outra entidade pública federal, § 3º - o pagamento do benefício previsto neste
estadual ou municipal, ficando o infrator sujeito às pe- artigo, caso as despesas tenham sido custeadas
nalidades da lei. por terceiros, em virtude da contratação de pla-
Artigo 162 - O salário esposa será concedido ao funcio- nos funerários, somente será efetivado median-
nário que não perceba vencimento ou remuneração de te apresentação de alvará judicial.
importância superior a 2 (duas) vezes o valor do me-
Artigo 169 - O Governo do Estado poderá conceder
nor vencimento pago pelo Estado, desde que a mulher
prêmios em dinheiro, dentro das dotações orçamentá-
não exerça atividade remunerada.
rias próprias, aos funcionários autores dos melhores
Parágrafo único - A concessão do benefício a que trabalhos, classificados em concursos de monografias
se refere este artigo será objeto de regulamento. de interesse para o serviço público.
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I - para tratamento de saúde; quer atividade remunerada, sob pena de ser cassada a
licença e de ser demitido por abandono do cargo, caso
II - quando acidentado no exercício de suas atri-
não reassuma o seu exercício dentro do prazo de 30
buições ou acometido por doença profissional;
(trinta) dias.
III - no caso previsto no artigo 198;
Artigo 188 - Revogado.
IV - por motivo de doença em pessoa de sua fa-
mília; Artigo 189 - Revogado.
V - para cumprir obrigações concernentes ao
Artigo 190 - O funcionário que se recusar a submeter-
serviço militar;
se à inspeção médica, quando julgada necessária, será
VI - para tratar de interesses particulares; punido com pena de suspensão.
VII - no caso previsto no artigo 205; Parágrafo único - A suspensão cessará no dia
VIII - compulsoriamente, como medida profilá- em que se realizar a inspeção.
tica;
SEÇÃO II
IX - como prêmio de assiduidade.
§ 1º - Ao funcionário ocupante exclusivamente Da Licença para Tratamento de Saúde
de cargo em comissão serão concedidas as licen-
ças previstas neste artigo, salvo as referidas nos Artigo 191 - Ao funcionário que, por motivo de saúde,
incisos IV, VI e VII. estiver impossibilitado para o exercício do cargo, será
concedida licença até o máximo de 4 (quatro) anos,
§ 2º - As licenças previstas nos incisos I a III se-
com vencimento ou remuneração.
rão concedidas ao funcionário de que trata o § 1º
deste artigo mediante regras estabelecidas pelo § 1º - Findo o prazo, previsto neste artigo, o
regime geral de previdência social. funcionário será submetido à inspeção médica
e aposentado, desde que verificada a sua inva-
Artigo 182 - As licenças dependentes de inspeção mé-
lidez, permitindo-se o licenciamento além desse
dica serão concedidas pelo prazo indicado pelos ór-
prazo, quando não se justificar a aposentadoria.
gãos oficiais competentes.
§ 2º - Será obrigatória a reversão do aposentado,
Artigo 183 - Finda a licença, o funcionário deverá reas- desde que cessados os motivos determinantes
sumir, imediatamente, o exercício do cargo. da aposentadoria.
§ 1º - o disposto no “caput” deste artigo não se Artigo 192 - O funcionário ocupante de cargo em co-
aplica às licenças previstas nos incisos V e VII missão poderá ser aposentado, nas condições do artigo
do artigo 181, quando em prorrogação. anterior, desde que preencha os requisitos do art. 227.
§ 2º - a infração do disposto no “caput” deste
Artigo 193 - A licença para tratamento de saúde de-
artigo importará em perda total do vencimento
penderá de inspeção médica oficial e poderá ser con-
ou remuneração correspondente ao período de
cedida:
ausência e, se esta exceder a 30 (trinta) dias, fica-
rá o funcionário sujeito à pena de demissão por I - a pedido do funcionário;
abandono de cargo.
II - “ex officio”.
Artigo 184 - O funcionário licenciado nos termos dos
itens I a IV do art. 181, é obrigado a reassumir o exercí- § 1º - A inspeção médica de que trata o “caput”
cio, se for considerado apto em inspeção médica reali- deste artigo poderá ser dispensada, a critério do
zada ex-officio ou se não subsistir a doença na pessoa órgão oficial, quando a análise documental for
de sua família. suficiente para comprovar a incapacidade labo-
ral, observado o estabelecido em decreto.
Parágrafo único - O funcionário poderá desistir
§ 2º - A licença “ex officio” de que trata o inciso
da licença, desde que em inspeção médica fique
II deste artigo será concedida por decisão do ór-
comprovada a cessação dos motivos determi-
gão oficial:
nantes da licença.
1 - quando as condições de saúde do funcioná-
Artigo 185 - As licenças previstas nos incisos I, II e IV
rio assim o determinarem;
do artigo 181 não serão concedidas em prorrogação,
cabendo ao funcionário ou à autoridade competente 2 - a pedido do órgão de origem do funcionário.
ingressar, quando for o caso, com um novo pedido. § 3º - O funcionário poderá ser dispensado da
Artigo 186 - Revogado. inspeção médica de que trata o “caput” deste
artigo em caso de licença para tratamento de
Artigo 187 - O funcionário licenciado nos termos dos saúde de curta duração, conforme estabelecido
itens I e II do art. 181 não poderá dedicar-se a qual- em decreto. ;
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Parágrafo único - Considera-se também aciden- Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da
te: Família
1 - a agressão sofrida e não provocada pelo fun- Artigo 199 - O funcionário poderá obter licença, por
cionário, no exercício de suas funções; motivo de doença do cônjuge e de parentes até segun-
2 - a lesão sofrida pelo funcionário, quando em do grau.
trânsito, no percurso usual para o trabalho.
§ 1º - Provar-se-á a doença em inspeção médica
Artigo 195 - A licença prevista no artigo anterior não na forma prevista no artigo 193.
poderá exceder de 4 (quatro) anos.
§ 2º - A licença de que trata este artigo será con-
Parágrafo único - No caso de acidente, verifica- cedida com vencimentos ou remuneração até 1
da a incapacidade total para qualquer função (um) mês e com os seguintes descontos:
pública, será desde logo concedida aposentado- 1 - de 1/3 (um terço), quando exceder a 1 (um)
ria ao funcionário. mês até 3 (três);
Artigo 196 - A comprovação do acidente, indispensá- 2 - 2/3 (dois terços), quando exceder a 3 (três)
vel para a concessão da licença, será feita em procedi- até 6 (seis);
mento próprio, que deverá iniciar-se no prazo de 10
(dez) dias, contados da data do acidente. 3 - sem vencimento ou remuneração do sétimo
ao vigésimo mês.
§ 1º - O funcionário deverá requerer a concessão
§ 3º - Para os efeitos do § 2º deste artigo, serão
da licença de que trata o “caput” deste artigo
somadas as licenças concedidas durante o pe-
junto ao órgão de origem.
ríodo de 20 (vinte) meses, contado da primeira
§ 2º - Concluído o procedimento de que trata o concessão.
“caput” deste artigo caberá ao órgão médico ofi-
cial a decisão. SEÇÃO VI
§ 3º - O procedimento para a comprovação do Da Licença para Atender a Obrigações Concernentes
acidente de que trata este artigo deverá ser cum- ao Serviço Militar
prido pelo órgão de origem do funcionário, ain-
da que não venha a ser objeto de licença. Artigo 200 - Ao funcionário que for convocado para o
Artigo 197 - Para a conceituação do acidente da doen- serviço militar e outros encargos da segurança nacio-
ça profissional, serão adotados os critérios da legisla- nal, será concedida licença sem vencimento ou remu-
ção federal de acidentes do trabalho. neração.
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Artigo 203 - Não será concedida licença para tratar de I - os afastamentos enumerados no art. 78, exce-
interesses particulares ao funcionário nomeado, remo- tuado o previsto no item X; e
vido ou transferido, antes de assumir o exercício do
II - as faltas abonadas, as justificadas e os dias
cargo.
de licença a que se referem os itens I e IV do art.
Artigo 204 - Só poderá ser concedida nova licença de- 181 desde que o total de todas essas ausências
pois de decorridos 5 (cinco) anos do término da ante- não exceda o limite máximo de 30 (trinta) dias,
rior. no período de 5 (cinco) anos.
Artigo 211 - Revogado.
SEÇÃO VIII
Artigo 212 - A licença-prêmio será concedida median-
te certidão de tempo de serviço, independente de re-
Da Licença à Funcionária Casada com Funcionário
querimento do funcionário, e será publicada no Diário
ou Militar
Oficial do Estado, nos termos da legislação em vigor.
Artigo 205 - A funcionária casada com funcionário es-
tadual ou com militar terá direito à licença, sem ven- Artigo 213 - O funcionário poderá requerer o gozo da
cimento ou remuneração, quando o marido for man- licença-prêmio:
dado servir, independentemente de solicitação, em I - por inteiro ou em parcelas não inferiores a 15
outro ponto do Estado ou do território nacional ou no (quinze) dias;
estrangeiro.
II - até o implemento das condições para a apo-
Parágrafo único - A licença será concedida me- sentadoria voluntária.
diante pedido devidamente instruído e vigorará
pelo tempo que durar a comissão ou a nova fun- § 1º - Caberá à autoridade competente:
ção do marido. 1 - adotar, após manifestação do chefe imediato,
sem prejuízo para o serviço, as medidas neces-
SEÇÃO IX sárias para que o funcionário possa gozar a li-
cença-prêmio a que tenha direito;
Da Licença Compulsória 2 - decidir, após manifestação do chefe imedia-
Artigo 206 - O funcionário, ao qual se possa atribuir a to, observada a opção do funcionário e respeita-
condição de fonte de infecção de doença transmissível, do o interesse do serviço, pelo gozo da licença
poderá ser licenciado, enquanto durar essa condição, a -prêmio por inteiro ou parceladamente.
juízo de autoridade sanitária competente, e na forma § 2º - A apresentação de pedido de passagem à
prevista no regulamento. inatividade, sem a prévia e oportuna apresenta-
ção do requerimento de gozo, implicará perda
Artigo 207 - Verificada a procedência da suspeita, o
do direito à licença-prêmio.
funcionário será licenciado para tratamento de saúde
na forma prevista no art. 191, considerando-se incluí- Artigo 214 - O funcionário deverá aguardar em exer-
dos no período da licença os dias de licenciamento cício a apreciação do requerimento de gozo da licen-
compulsório. ça-prêmio.
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Parágrafo único - O gozo da licença-prêmio Artigo 223 - A aposentadoria prevista no item I do arti-
dependerá de novo requerimento, caso não se go anterior, só será concedida, após a comprovação da
inicie em até 30 (trinta) dias contados da publi- invalidez do funcionário, mediante inspeção de saúde
cação do ato que o houver autorizado. realizada em órgão médico oficial.
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VI - comerciar ou ter parte em sociedades co- IV - por qualquer erro de cálculo ou redução
merciais nas condições mencionadas no item contra a Fazenda Estadual.
II deste artigo, podendo, em qualquer caso, ser Artigo 246 - O funcionário que adquirir materiais em
acionista, quotista ou comanditário; desacordo com disposições legais e regulamentares,
será responsabilizado pelo respectivo custo, sem pre-
VII - incitar greves ou a elas aderir, ou praticar
juízo das penalidades disciplinares cabíveis, podendo-
atos de sabotagem contra o serviço público;
se proceder ao desconto no seu vencimento ou remu-
VIII - praticar a usura; neração.
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Artigo 247 - Nos casos de indenização à Fazenda Es- VI - cassação de aposentadoria ou disponibili-
tadual, o funcionário será obrigado a repor, de uma dade
só vez, a importância do prejuízo causado em virtude
Artigo 252 - Na aplicação das penas disciplinares serão
de alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar
consideradas a natureza e a gravidade da infração e os
recolhimento ou entrada nos prazos legais.
danos que dela provierem para o serviço público.
Artigo 248 - Fora dos casos incluídos no artigo ante-
rior, a importância da indenização poderá ser descon- Artigo 253 - A pena de repreensão será aplicada por
tada do vencimento ou remuneração não excedendo o escrito, nos casos de indisciplina ou falta de cumpri-
desconto à 10ª (décima) parte do valor destes. mento dos deveres.
Parágrafo único - No caso do item IV do pará- Artigo 254 - A pena de suspensão, que não excederá de
grafo único do art. 245, não tendo havido má-fé, 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de falta grave
será aplicada a pena de repreensão e, na reinci- ou de reincidência.
dência, a de suspensão.
§ 1º - O funcionário suspenso perderá todas as
Artigo 249 - Será igualmente responsabilizado o fun- vantagens e direitos decorrentes do exercício do
cionário que, fora dos casos expressamente previstos cargo.
nas leis, regulamentos ou regimentos, cometer a pes-
§ 2º - A autoridade que aplicar a pena de sus-
soas estranhas às repartições, o desempenho de encar-
pensão poderá converter essa penalidade em
gos que lhe competirem ou aos seus subordinados.
multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por
Artigo 250 - A responsabilidade administrativa não dia de vencimento ou remuneração, sendo o
exime o funcionário da responsabilidade civil ou cri- funcionário, nesse caso, obrigado a permanecer
minal que no caso couber, nem o pagamento da inde- em serviço.
nização a que ficar obrigado, na forma dos arts. 247 e
Artigo 255 - A pena de multa será aplicada na forma
248, o exame da pena disciplinar em que incorrer.
e nos casos expressamente previstos em lei ou regula-
§ 1º - A responsabilidade administrativa é inde- mento.
pendente da civil e da criminal.
Artigo 256 - Será aplicada a pena de demissão nos ca-
§ 2º - Será reintegrado ao serviço público, no sos de:
cargo que ocupava e com todos os direitos e
vantagens devidas, o servidor absolvido pela I - abandono de cargo;
Justiça, mediante simples comprovação do trân- II - procedimento irregular, de natureza grave;
sito em julgado de decisão que negue a existên-
cia de sua autoria ou do fato que deu origem à III - ineficiência no serviço;
sua demissão. IV - aplicação indevida de dinheiros públicos, e
§ 3º - O processo administrativo só poderá ser V - ausência ao serviço, sem causa justificável,
sobrestado para aguardar decisão judicial por por mais de 45 (quarenta e cinco) dias, interpo-
despacho motivado da autoridade competente ladamente, durante 1 (um) ano.
para aplicar a pena.
§ 1º - Considerar-se-á abandono de cargo, o não
comparecimento do funcionário por mais de
TÍTULO VII
(30) dias consecutivos ex-vi do art. 63.
Artigo 251 - São penas disciplinares: II - praticar ato definido como crime contra a ad-
ministração pública, a fé pública e a Fazenda Es-
I - repreensão; tadual, ou previsto nas leis relativas à segurança
e à defesa nacional;
II - suspensão;
III - revelar segredos de que tenha conhecimento
III - multa;
em razão do cargo, desde que o faça dolosamen-
IV - demissão; te e com prejuízo para o Estado ou particulares;
V - demissão a bem do serviço público; e IV - praticar insubordinação grave;
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Artigo 258 - O ato que demitir o funcionário mencio- 1 - na hipótese de desclassificação da infração,
nará sempre a disposição legal em que se fundamenta. ao da pena efetivamente aplicada;
2 - na hipótese de mitigação ou atenuação, ao da
Artigo 259 - Será aplicada a pena de cassação de apo-
pena em tese cabível.
sentadoria ou disponibilidade, se ficar provado que o
inativo: § 4º - A prescrição não corre:
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Artigo 276 - A autoridade ou o funcionário designado far-se-á por edital, publicado uma vez no Diário
deverão comunicar, desde logo, à autoridade compe- Oficial do Estado, no mínimo 10 (dez) dias antes
tente, o impedimento que houver. do interrogatório.
Artigo 279 - Havendo denunciante, este deverá prestar
Artigo 277 - O processo administrativo deverá ser
declarações, no interregno entre a data da citação e a
instaurado por portaria, no prazo improrrogável de 8
fixada para o interrogatório do acusado, sendo notifi-
(oito) dias do recebimento da determinação, e concluí-
cado para tal fim.
do no de 90 (noventa) dias da citação do acusado.
§ 1º - A oitiva do denunciante deverá ser acom-
§ 1º - Da portaria deverão constar o nome e a
panhada pelo advogado do acusado, próprio ou
identificação do acusado, a infração que lhe é
dativo.
atribuída, com descrição sucinta dos fatos, a in-
dicação das normas infringidas e a penalidade § 2º - O acusado não assistirá à inquirição do
mais elevada em tese cabível. denunciante; antes porém de ser interrogado,
poderá ter ciência das declarações que aquele
§ 2º - Vencido o prazo, caso não concluído o pro-
houver prestado.
cesso, o Procurador do Estado que o presidir de-
verá imediatamente encaminhar ao seu superior Artigo 280 - Não comparecendo o acusado, será, por
hierárquico relatório indicando as providências despacho, decretada sua revelia, prosseguindo-se nos
faltantes e o tempo necessário para término dos demais atos e termos do processo.
trabalhos.
Artigo 281 - Ao acusado revel será nomeado advogado
§ 3º - O superior hierárquico dará ciência dos dativo.
fatos a que se refere o parágrafo anterior e das
providências que houver adotado à autoridade Artigo 282 - O acusado poderá constituir advogado
que determinou a instauração do processo. que o representará em todos os atos e termos do pro-
cesso.
Artigo 278 - Autuada a portaria e demais peças
preexistentes, designará o presidente dia e hora para § 1º - É faculdade do acusado tomar ciência ou
audiência de interrogatório, determinando a citação assistir aos atos e termos do processo, não sendo
do acusado e a notificação do denunciante, se houver. obrigatória qualquer notificação.
§ 3º - Não sendo encontrado em seu local de Parágrafo único - Tratando-se de servidor pú-
trabalho ou no endereço constante de seu as- blico, seu comparecimento poderá ser solicitado
sentamento individual, furtando-se o acusado à ao respectivo superior imediato com as indica-
citação ou ignorando-se seu paradeiro, a citação ções necessárias.
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Artigo 285 - A testemunha não poderá eximir-se de servância de vinculação hierárquica, mediante
depor, salvo se for ascendente, descendente, cônjuge, ofício, do qual cópia será juntada aos autos.
ainda que legalmente separado, companheiro, irmão,
§ 2º - Sendo necessário o concurso de técnicos
sogro e cunhado, pai, mãe ou filho adotivo do acusa-
ou peritos oficiais, o presidente os requisitará,
do, exceto quando não for possível, por outro modo,
observados os impedimentos do artigo 275.
obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas cir-
cunstâncias. Artigo 289 - Durante a instrução, os autos do proce-
dimento administrativo permanecerão na repartição
§ 1º - Se o parentesco das pessoas referidas for competente.
com o denunciante, ficam elas proibidas de de-
por, observada a exceção deste artigo. § 1º - Será concedida vista dos autos ao acusado,
mediante simples solicitação, sempre que não
§ 2º - Ao servidor que se recusar a depor, sem
prejudicar o curso do procedimento.
justa causa, será pela autoridade competente
adotada a providência a que se refere o artigo § 2º - A concessão de vista será obrigatória, no
262, mediante comunicação do presidente. prazo para manifestação do acusado ou para
apresentação de recursos, mediante publicação
§ 3º - O servidor que tiver de depor como teste-
no Diário Oficial do Estado.
munha fora da sede de seu exercício, terá direi-
to a transporte e diárias na forma da legislação § 3º - Não corre o prazo senão depois da pu-
em vigor, podendo ainda expedir-se precatória blicação a que se refere o parágrafo anterior e
para esse efeito à autoridade do domicílio do desde que os autos estejam efetivamente dispo-
depoente. níveis para vista.
§ 4º - São proibidas de depor as pessoas que, em § 4º - Ao advogado é assegurado o direito de
razão de função, ministério, ofício ou profissão, retirar os autos da repartição, mediante recibo,
devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas durante o prazo para manifestação de seu re-
pela parte interessada, quiserem dar o seu tes- presentado, salvo na hipótese de prazo comum,
temunho. de processo sob regime de segredo de justiça ou
quando existirem nos autos documentos origi-
Artigo 286 - A testemunha que morar em comarca di-
nais de difícil restauração ou ocorrer circunstân-
versa poderá ser inquirida pela autoridade do lugar
cia relevante que justifique a permanência dos
de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta
autos na repartição, reconhecida pela autorida-
precatória, com prazo razoável, intimada a defesa.
de em despacho motivado.
§ 1º - Deverá constar da precatória a síntese da
Artigo 290 - Somente poderão ser indeferidos pelo pre-
imputação e os esclarecimentos pretendidos,
sidente, mediante decisão fundamentada, os requeri-
bem como a advertência sobre a necessidade da
mentos de nenhum interesse para o esclarecimento do
presença de advogado.
fato, bem como as provas ilícitas, impertinentes, des-
§ 2º - A expedição da precatória não suspenderá necessárias ou protelatórias.
a instrução do procedimento.
Artigo 291 - Quando, no curso do procedimento, sur-
§ 3º - Findo o prazo marcado, o procedimento girem fatos novos imputáveis ao acusado, poderá ser
poderá prosseguir até final decisão; a todo tem- promovida a instauração de novo procedimento para
po, a precatória, uma vez devolvida, será junta- sua apuração, ou, caso conveniente, aditada a portaria,
da aos autos. reabrindo-se oportunidade de defesa.
Artigo 287 - As testemunhas arroladas pelo acusado
Artigo 292 - Encerrada a fase probatória, dar-se-á vista
comparecerão à audiência designada independente de
dos autos à defesa, que poderá apresentar alegações
notificação.
finais, no prazo de 7 (sete) dias.
§ 1º - Deverá ser notificada a testemunha cujo
Parágrafo único - Não apresentadas no prazo as
depoimento for relevante e que não comparecer
alegações finais, o presidente designará advoga-
espontaneamente.
do dativo, assinando-lhe novo prazo.
§ 2º - Se a testemunha não for localizada, a de-
fesa poderá substituí-la, se quiser, levando na Artigo 293 - O relatório deverá ser apresentado no
mesma data designada para a audiência outra prazo de 10 (dez) dias, contados da apresentação das
testemunha, independente de notificação. alegações finais.
Artigo 288 - Em qualquer fase do processo, poderá o § 1º - O relatório deverá descrever, em relação a
presidente, de ofício ou a requerimento da defesa, or- cada acusado, separadamente, as irregularida-
denar diligências que entenda convenientes. des imputadas, as provas colhidas e as razões
de defesa, propondo a absolvição ou punição e
§ 1º - As informações necessárias à instrução do indicando, nesse caso, a pena que entender ca-
processo serão solicitadas diretamente, sem ob- bível.
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§ 2º - O relatório deverá conter, também, a su- Artigo 304 - Quando o ato atribuído ao funcionário for
gestão de quaisquer outras providências de in- considerado criminoso, serão remetidas à autoridade
teresse do serviço público. competente cópias autenticadas das peças essenciais
do processo.
Artigo 294 - Relatado, o processo será encaminhado à
autoridade que determinou sua instauração. Artigo 305 - Não será declarada a nulidade de nenhum
ato processual que não houver influído na apuração
Artigo 295 - Recebendo o processo relatado, a autori-
da verdade substancial ou diretamente na decisão do
dade que houver determinado sua instauração deverá,
processo ou sindicância.
no prazo de 20 (vinte) dias, proferir o julgamento ou
determinar a realização de diligência, sempre que ne- Artigo 306 - É defeso fornecer à imprensa ou a outros
cessária ao esclarecimento de fatos. meios de divulgação notas sobre os atos processuais,
salvo no interesse da Administração, a juízo do Secre-
Artigo 296 - Determinada a diligência, a autoridade
tário de Estado ou do Procurador Geral do Estado.
encarregada do processo administrativo terá prazo de
15 (quinze) dias para seu cumprimento, abrindo vista Artigo 307 - Decorridos 5 (cinco) anos de efetivo exer-
à defesa para manifestar-se em 5 (cinco) dias. cício, contados do cumprimento da sanção disciplinar,
sem cometimento de nova infração, não mais poderá
Artigo 297 - Quando escaparem à sua alçada as pena-
aquela ser considerada em prejuízo do infrator, inclu-
lidades e providências que lhe parecerem cabíveis, a
sive para efeito de reincidência.
autoridade que determinou a instauração do proces-
so administrativo deverá propô-las, justificadamente, Parágrafo único - A demissão e a demissão a
dentro do prazo para julgamento, à autoridade com- bem do serviço público acarretam a incompati-
petente. bilidade para nova investidura em cargo, fun-
Artigo 298 - A autoridade que proferir decisão deter- ção ou emprego público, pelo prazo de 5 (cinco)
minará os atos dela decorrentes e as providências ne- e 10 (dez) anos, respectivamente.
cessárias a sua execução.
CAPÍTULO IV
Artigo 299 - As decisões serão sempre publicadas no
Diário Oficial do Estado, dentro do prazo de 8 (oito) Do Processo por Abandono do Cargo ou Função e
dias, bem como averbadas no registro funcional do por Inassiduidade
servidor.
Artigo 308 - Verificada a ocorrência de faltas ao serviço
Artigo 300 - Terão forma processual resumida, quan- que caracterizem abandono de cargo ou função, bem
do possível, todos os termos lavrados pelo secretário, como inassiduidade, o superior imediato comunicará
quais sejam: autuação, juntada, conclusão, intimação, o fato à autoridade competente para determinar a ins-
data de recebimento, bem como certidões e compro- tauração de processo disciplinar, instruindo a repre-
missos. sentação com cópia da ficha funcional do servidor e
atestados de freqüência.
§ 1º - Toda e qualquer juntada aos autos se fará
na ordem cronológica da apresentação, rubri- Artigo 309 - Não será instaurado processo para apurar
cando o presidente as folhas acrescidas. abandono de cargo ou função, bem como inassiduida-
§ 2º - Todos os atos ou decisões, cujo original de, se o servidor tiver pedido exoneração.
não conste do processo, nele deverão figurar Artigo 310 - Extingue-se o processo instaurado exclu-
por cópia. sivamente para apurar abandono de cargo ou função,
Artigo 301 - Constará sempre dos autos da sindicância bem como inassiduidade, se o indiciado pedir exone-
ou do processo a folha de serviço do indiciado. ração até a data designada para o interrogatório, ou
por ocasião deste. .
Artigo 302 - Quando ao funcionário se imputar crime,
praticado na esfera administrativa, a autoridade que Artigo 311 - A defesa só poderá versar sobre força
determinou a instauração do processo administrativo maior, coação ilegal ou motivo legalmente justificável.
providenciará para que se instaure, simultaneamente,
o inquérito policial. CAPÍTULO V
Artigo 303 - As autoridades responsáveis pela condu- § 1º - O prazo para recorrer é de 30 (trinta) dias,
ção do processo administrativo e do inquérito policial contados da publicação da decisão impugnada
se auxiliarão para que os mesmos se concluam dentro no Diário Oficial do Estado ou da intimação
dos prazos respectivos. pessoal do servidor, quando for o caso.
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§ 2º - Do recurso deverá constar, além do nome Artigo 319 - Deferido o processamento da revisão, será
e qualificação do recorrente, a exposição das ra- este realizado por Procurador de Estado que não tenha
zões de inconformismo. funcionado no procedimento disciplinar de que resul-
tou a punição do requerente.
§ 3º - O recurso será apresentado à autoridade
que aplicou a pena, que terá o prazo de 10 (dez) Artigo 320 - Recebido o pedido, o presidente provi-
dias para, motivadamente, manter sua decisão denciará o apensamento dos autos originais e notifica-
ou reformá-la. rá o requerente para, no prazo de 8 (oito) dias, ofere-
§ 4º - Mantida a decisão, ou reformada par- cer rol de testemunhas, ou requerer outras provas que
cialmente, será imediatamente encaminhada a pretenda produzir.
reexame pelo superior hierárquico.
Parágrafo único - No processamento da revisão
§ 5º - O recurso será apreciado pela autoridade serão observadas as normas previstas nesta lei
competente ainda que incorretamente denomi- complementar para o processo administrativo.
nado ou endereçado.
Artigo 321 - A decisão que julgar procedente a revisão
Artigo 313 - Caberá pedido de reconsideração, que não poderá alterar a classificação da infração, absolver o
poderá ser renovado, de decisão tomada pelo Gover- punido, modificar a pena ou anular o processo, resta-
nador do Estado em única instância, no prazo de 30 belecendo os direitos atingidos pela decisão reforma-
(trinta) dias. da.
Artigo 314 - Os recursos de que trata esta lei comple- Disposições Finais
mentar não têm efeito suspensivo; os que forem provi-
Artigo 322 - O dia 28 de outubro será consagrado ao
dos darão lugar às retificações necessárias, retroagin-
“Funcionário Público Estadual”.
do seus efeitos à data do ato punitivo.
Artigo 323 - Os prazos previstos neste Estatuto serão
CAPÍTULO VI todos contados por dias corridos.
§ 2º - Não será admitida reiteração de pedido Artigo 325 - Aplicam-se aos atuais funcionários interi-
pelo mesmo fundamento. nos as disposições deste Estatuto, salvo as que colidi-
rem com a natureza precária de sua investidura e, em
§ 3º - Os pedidos formulados em desacordo com especial, as relativas a acesso, promoção, afastamen-
este artigo serão indeferidos. tos, aposentadoria voluntária e às licenças previstas
§ 4º - O ônus da prova cabe ao requerente. nos itens VI, VII e IX do artigo 181.
Artigo 316 - A pena imposta não poderá ser agravada Artigo 326 - Serão obrigatoriamente exonerados os
pela revisão. ocupantes interinos de cargos para cujo provimento
for realizado concurso.
Artigo 317 - A instauração de processo revisional po-
Parágrafo único - As exonerações serão efetiva-
derá ser requerida fundamentadamente pelo interes-
das dentro de 30 (trinta) dias, após a homologa-
sado ou, se falecido ou incapaz, por seu curador, côn-
ção do concurso.
juge, companheiro, ascendente, descendente ou irmão,
sempre por intermédio de advogado. Artigo 327 - Revogado.
Parágrafo único - O pedido será instruído com Artigo 328 - Dentro de 120 (cento e vinte) dias proce-
as provas que o requerente possuir ou com indi- der-se-á ao levantamento geral das atuais funções gra-
cação daquelas que pretenda produzir. tificadas, para efeito de implantação de novo sistema
retribuitório dos encargos por elas atendidos.
Artigo 318 - A autoridade que aplicou a penalidade, ou
que a tiver confirmado em grau de recurso, será com- Parágrafo único - Até a implantação do sistema
petente para o exame da admissibilidade do pedido de que trata este artigo, continuarão em vigor
de revisão, bem como, caso deferido o processamento, as disposições legais referentes à função grati-
para a sua decisão final. . ficada.
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Noções de Administração Pública
I - as disposições de leis gerais ou especiais que I - criar condicionamentos aos direitos dos par-
estabeleçam contagem de tempo em divergên- ticulares ou impor-lhes deveres de qualquer es-
cia com o disposto no Capítulo XV do Título II, pécie; e
ressalvada, todavia, a contagem, nos termos da
II - prever infrações ou prescrever sanções.
legislação ora revogada, do tempo de serviço
prestado anteriormente ao presente Estatuto; TÍTULO III
II - a Lei nº 1.309, de 29 de novembro de 1951 e
as demais disposições atinentes aos extranume- Dos Atos Administrativos
rários; e
CAPÍTULO I
III - a Lei nº 2.576, de 14 de janeiro de 1954.
Artigo 330 - Vetado. Disposição Preliminar
Artigo 7º - A Administração não iniciará qualquer
Artigo 331 - Revogam-se as disposições em contrário. atuação material relacionada com a esfera jurídica dos
particulares sem a prévia expedição do ato adminis-
trativo que lhe sirva de fundamento, salvo na hipótese
de expressa previsão legal.
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III - forem passíveis de convalidação. Artigo 15 - Os regulamentos serão editados por decre-
to, observadas as seguintes regras:
Artigo 11 - A Administração poderá convalidar seus
atos inválidos, quando a invalidade decorrer de vício I - nenhum regulamento poderá ser editado sem
de competência ou de ordem formal, desde que: base em lei, nem prever infrações, sanções, de-
veres ou condicionamentos de direitos nela não
I - na hipótese de vício de competência, a conva-
estabelecidos;
lidação seja feita pela autoridade titulada para
a prática do ato, e não se trate de competência II - os decretos serão referendados pelos Secre-
indelegável; tários de Estado em cuja área de atuação devam
incidir, ou pelo Procurador Geral do Estado,
II - na hipótese de vício formal, este possa ser
quando for o caso;
suprido de modo eficaz.
III - nenhum decreto regulamentar será editado
§ 1º - Não será admitida a convalidação quando
sem exposição de motivos que demonstre o fun-
dela resultar prejuízo à Administração ou a ter-
damento legal de sua edição, a finalidade das
ceiros ou quando se tratar de ato impugnado.
medidas adotadas e a extensão de seus efeitos;
§ 2º - A convalidação será sempre formalizada
IV - as minutas de regulamento serão obrigato-
por ato motivado.
riamente submetidas ao órgão jurídico compe-
tente, antes de sua apreciação pelo Governador
CAPÍTULO III
do Estado.
Da Formalização dos Atos
CAPÍTULO IV
Artigo 12 - São atos administrativos:
Da Publicidade dos Atos
I - de competência privativa:
a) do Governador do Estado, o Decreto; Artigo 16 - Os atos administrativos, inclusive os de ca-
ráter geral, entrarão em vigor na data de sua publica-
b) dos Secretários de Estado, do Procurador Ge- ção, salvo disposição expressa em contrário.
ral do Estado e dos Reitores das Universidades,
a Resolução; Artigo 17 - Salvo norma expressa em contrário, a pu-
blicidade dos atos administrativos consistirá em sua
c) dos órgãos colegiados, a Deliberação;
publicação no Diário Oficial do Estado, ou, quando for
II - de competência comum: o caso, na citação, notificação ou intimação do interes-
sado.
a) a todas as autoridades, até o nível de Diretor
de Serviço; às autoridades policiais; aos dirigen- Parágrafo único - A publicação dos atos sem
tes das entidades descentralizadas, bem como, conteúdo normativo poderá ser resumida.
quando estabelecido em norma legal específica,
a outras autoridades administrativas, a Portaria;
CAPÍTULO V
b) a todas as autoridades ou agentes da Admi-
nistração, os demais atos administrativos, tais Do Prazo para a Produção dos Atos
como Ofícios, Ordens de Serviço, Instruções e
outros. Artigo 18 - Será de 60 (sessenta) dias, se outra não for a
determinação legal, o prazo máximo para a prática de
§ 1º - Os atos administrativos, excetuados os de- atos administrativos isolados, que não exijam procedi-
cretos, aos quais se refere a Lei Complementar mento para sua prolação, ou para a adoção, pela au-
nº 60, de 10 de julho de 1972, e os referidos no toridade pública, de outras providências necessárias à
Artigo 14 desta lei, serão numerados em séries aplicação de lei ou decisão administrativa.
próprias, com renovação anual, identificando-se
pela sua denomi nação, seguida da sigla do ór- Parágrafo único - O prazo fluirá a partir do mo-
gão ou entidade que os tenha expedido. mento em que, à vista das circunstâncias, tor-
nar-se logicamente possível a produção do ato
§ 2º - Aplica-se na elaboração dos atos adminis- ou a adoção da medida, permitida prorrogação,
trativos, no que couber, o disposto na Lei Com- quando cabível, mediante proposta justificada.
plementar nº 60, de 10 de julho de 1972.
Artigo 13 - Os atos administrativos produzidos por CAPÍTULO VI
escrito indicarão a data e o local de sua edição, e con-
terão a identificação nominal, funcional e a assinatura Da Delegação e da Avocação
da autoridade responsável.
Artigo 19 - Salvo vedação legal, as autoridades supe-
Artigo 14 - Os atos de conteúdo normativo e os de ca- riores poderão delegar a seus subordinados a prática
ráter geral serão numerados em séries específicas, se- de atos de sua competência ou avocar os de competên-
guidamente, sem renovação anual. cia destes.
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Noções de Administração Pública
Artigo 20 - São indelegáveis, entre outras hipóteses de- Parágrafo único - As entidades associativas,
correntes de normas específicas: quando expressamente autorizadas por seus es-
tatutos ou por ato especial, e os sindicatos pode-
I - a competência para a edição de atos norma- rão exercer o direito de petição, em defesa dos
tivos que regulem direitos e deveres dos admi- direitos e interesses coletivos ou individuais de
nistrados; seus membros.
II - as atribuições inerentes ao caráter político da
Artigo 24 - Em nenhuma hipótese, a Administração
autoridade;
poderá recusar-se a protocolar a petição, sob pena de
III - as atribuições recebidas por delegação, sal- responsabilidade do agente.
vo autorização expressa e na forma por ela de-
terminada;
Seção III
IV - a totalidade da competência do órgão;
V - as competências essenciais do órgão, que Da Instrução
justifiquem sua existência. Artigo 25 - Os procedimentos serão impulsionados e
Parágrafo único - O órgão colegiado não pode instruídos de ofício, atendendo-se à celeridade, econo-
delegar suas funções, mas apenas a execução mia, simplicidade e utilidade dos trâmites.
material de suas deliberações.
Artigo 26 - O órgão ou entidade da Administração es-
TÍTULO IV tadual que necessitar de informações de outro, para
instrução de procedimento administrativo, poderá
requisitá-las diretamente, sem observância da vincu-
Dos Procedimentos Administrativos
lação hierárquica, mediante ofício, do qual uma cóp ia
será juntada aos autos.
CAPÍTULO I
Artigo 27 - Durante a instrução, os autos do proce-
Normas Gerais dimento administrativo permanecerão na repartição
competente.
Seção I
Artigo 28 - Quando a matéria do processo envolver as-
Dos Princípios sunto de interesse geral, o órgão competente poderá,
mediante despacho motivado, autorizar consulta pú-
Artigo 21 - Os atos da Administração serão precedidos blica para manifestação de terceiros, antes da decisão
do procedimento adequado à sua validade e à prote- do pedido, se não houver prejuízo para a part e inte-
ção dos direitos e interesses dos particulares. ressada.
Artigo 22 - Nos procedimentos administrativos obser- § 1º - A abertura da consulta pública será objeto
var-se-ão, entre outros requisitos de validade, a igual- de divulgação pelos meios oficiais, a fim de que
dade entre os administrados e o devido processo legal, os autos possam ser examinados pelos interes-
especialmente quanto à exigência de publicidade, do sados, fixando-se prazo para oferecimento de
contraditório, da ampla defesa e, quando for o caso, do alegações escritas.
despacho ou decisão motivados. § 2º - O comparecimento à consulta pública não
confere, por si, a condição de interessado no
§ 1º - Para atendimento dos princípios previstos
processo, mas constitui o direito de obter da Ad-
neste Artigo, serão assegurados às partes o di-
ministração resposta fundamentada.
reito de emitir manifestação, de oferecer provas
e acompanhar sua produção, de obter vista e de Artigo 29 - Antes da tomada de decisão, a juízo da au-
recorrer. toridade, diante da relevância da questão, poderá ser
§ 2º - Somente poderão ser recusadas, mediante realizada audiência pública para debates sobre a ma-
decisão fundamentada, as provas propostas pe- téria do processo.
los interessados quando sejam ilícitas, imperti-
nentes, desnecessárias ou protelatórias. Artigo 30 - Os órgãos e entidades administrativas, em
matéria relevante, poderão estabelecer outros meios
de participação dos administrados, diretamente ou
Seção II
por meio de organizações e associações legalmente re-
conhecidas.
Do Direito de Petição
Artigo 23 - É assegurado a qualquer pessoa, física ou Artigo 31 - Os resultados da consulta e audiência pú-
jurídica, independentemente de pagamento, o direito blica e de outros meios de participação dos adminis-
de petição contra ilegalidade ou abuso de poder e para trados deverão ser acompanhados da indicação do
a defesa de direitos. procedimento adotado.
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Seção IV Seção V
§ 3º - O disposto no § 1º deste Artigo não deso- Artigo 37 - Todo aquele que for afetado por decisão
nera a autoridade do dever de apreciar o reque- administrativa poderá dela recorrer, em defesa de in-
rimento. teresse ou direito.
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Artigo 38 - À Procuradoria Geral do Estado compe- Artigo 44 - Salvo disposição legal em contrário, o pra-
te recorrer, de ofício, de decisões que contrariarem zo para apresentação de recurso ou pedido de reconsi-
Súmula Administrativa ou Despacho Normativo do deração será de 15 (quinze) dias contados da publica-
Governador do Estado, sem prejuízo da possibilidade ção ou notificação do ato.
de deflagrar, de ofício, o procedimento invalidatório
pertinente, nas hipóteses em que já tenha decorrido o Artigo 45 - Conhecer-se-á do recurso erroneamente
prazo recursal. designado, quando de seu conteúdo resultar induvi-
dosa a impugnação do ato.
Seção II
Seção V
Da Competência para Conhecer do Recurso
Dos Efeitos dos Recursos
Artigo 39 - Quando norma legal não dispuser de outro
modo, será competente para conhecer do recurso a au- Artigo 46 - O recurso será recebido no efeito meramen-
toridade imediatamente superior àquela que praticou te devolutivo, salvo quando:
o ato.
I - houver previsão legal ou regulamentar em
Artigo 40 - Salvo disposição legal em contrário, a ins- contrário; e
tância máxima para o recurso administrativo será:
II - além de relevante seu fundamento, da exe-
I - na Administração centralizada, o Secretário cução do ato recorrido, se provido, puder resul-
de Estado ou autoridade a ele equiparada, exce- tar a ineficácia da decisão final.
tuados os casos em que o ato tenha sido por ele Parágrafo único - Na hipótese do inciso II, o re-
praticado originariamente; e corrente poderá requerer, fundamentadamente,
II - na Administração descentralizada, o diri- em petição anexa ao recurso, a concessão do
gente superior da pessoa jurídica. Parágrafo efeito suspensivo.
único - O disposto neste artigo não se aplica ao
recurso previsto no artigo 38. Seção VI
Artigo 42 - Contra decisões tomadas originariamente II - quando os autos em que foi produzida a
pelo Governador do Estado ou pelo dirigente superior decisão recorrida tiverem de permanecer na re-
de pessoa jurídica da Administração descentralizada, partição de origem para quaisquer outras pro-
caberá pedido de reconsideração, que não poderá ser vidências cabíveis, o recurso será autuado em
renovado, observando-se, no que couber, o re gime do separado, trasladando-se cópias dos elementos
recurso hierárquico. necessários;
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Do Procedimento de Outorga
Seção II
Artigo 52 - Regem-se pelo disposto nesta Seção os pe-
didos de reconhecimento, de atribuição ou de libera- Do Procedimento de Invalidação
ção do exercício do direito.
Artigo 57 - Rege-se pelo disposto nesta Seção o proce-
Artigo 53 - A competência para apreciação do requeri- dimento para invalidação de ato ou contrato adminis-
mento será do dirigente do órgão ou entidade encar- trativo e, no que couber, de outros ajustes.
regados da matéria versada, salvo previsão legal ou
Artigo 58 - O procedimento para invalidação provoca-
regulamentar em contrário.
da observará as seguintes regras:
Artigo 54 - O requerimento será dirigido à autoridade
competente para sua decisão, devendo indicar: I - o requerimento será dirigido à autoridade
que praticou o ato ou firmou o contrato, atendi-
I - o nome, a qualificação e o endereço do reque- dos os requisitos do artigo 54;
rente;
II - recebido o requerimento, será ele submetido
II - os fundamentos de fato e de direito do pe- ao órgão de consultoria jurídica para emissão de
dido; parecer, em 20 (vinte) dias;
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III - o órgão jurídico opinará sobre a procedência II - o ato de instauração, expedido pela autori-
ou não do pedido, sugerindo, quando for o caso, dade competente, indicará os fatos em que se
providências para a instrução dos autos e esclare- baseia e as normas pertinentes à infração e à
cendo se a eventual invalidação atingirá terceiros; sanção aplicável;
IV - quando o parecer apontar a existência de III - o acusado será citado ou intimado, com có-
terceiros interessados, a autoridade determina- pia do ato de instauração, para, em 15 (quinze)
rá sua intimação, para, em 15 (quinze) dias, ma- dias, oferecer sua defesa e indicar as provas que
nifestar-se a respeito; pretende produzir;
V - concluída a instrução, serão intimadas as IV - caso haja requerimento para produção de
partes para, em 7 (sete) dias, apresentarem suas provas, a autoridade apreciará sua pertinência,
razões finais; em despacho motivado;
VI - a autoridade, ouvindo o órgão jurídico, de- V - o acusado será intimado para:
cidirá em 20 (vinte) dias, por despacho motiva-
a) manifestar-se, em 7 (sete) dias, sobre os do-
do, do qual serão intimadas as partes;
cumentos juntados aos autos pela autoridade,
VII - da decisão, caberá recurso hierárquico. se maior prazo não lhe for assinado em face da
complexidade da prova;
Artigo 59 - O procedimento para invalidação de ofício
observará as seguintes regras: b) acompanhar a produção das provas orais,
com antecedência mínima de 2 (dois) dias;
I - quando se tratar da invalidade de ato ou con-
trato, a autoridade que o praticou, ou seu supe- c) formular quesitos e indicar assistente técni-
rior hierárquico, submeterá o assunto ao órgão co, quando necessária prova pericial, em 7 (sete)
de consultoria jurídica; dias;
II - o órgão jurídico opinará sobre a validade do d) concluída a instrução, apresentar, em 7 (sete)
ato ou contrato, sugerindo, quando for o caso, dias, suas alegações finais;
providências para instrução dos autos, e indi- VI - antes da decisão, será ouvido o órgão de
cará a necessidade ou não da instauração de consultoria jurídica;
contraditório, hipótese em que serão aplicadas
as disposições dos in cisos IV a VII do artigo an- VII - a decisão, devidamente motivada, será
terior. proferida no prazo máximo de 20 (vinte) dias,
notificando-se o interessado por publicação no
Artigo 60 - No curso de procedimento de invalidação, Diário Oficial do Estado;
a autoridade poderá, de ofício ou em face de requeri-
mento, suspender a execução do ato ou contrato, para VIII - da decisão caberá recurso.
evitar prejuízos de reparação onerosa ou impossível.
Artigo 64 - O procedimento sancionatório será sigiloso
Artigo 61 - Invalidado o ato ou contrato, a Administra- até decisão final, salvo em relação ao acusado, seu pro-
ção tomará as providências necessárias para desfazer curador ou terceiro que demonstre legítimo interesse.
os efeitos produzidos, salvo quanto a terceiros de boa
fé, determinando a apuração de eventuais responsabi- Parágrafo único - Incidirá em infração discipli-
lidades. nar grave o servidor que, por qualquer forma,
divulgar irregularmente informações relativas à
Seção III acusação, ao acusado ou ao procedimento.
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Noções de Administração Pública
I - ocupar cargo ou função que lhe atribua su- Artigo 8º - Os deveres éticos, emanados dos valores
policiais-militares e que conduzem a atividade profis-
perioridade funcional sobre os integrantes do
sional sob o signo da retidão moral, são os seguintes:
órgão ou serviço que dirige, comanda ou chefia;
II - estiver no serviço ativo, em relação aos ina- I - cultuar os símbolos e as tradições da Pátria,
tivos. do Estado de São Paulo e da Polícia Militar e ze-
lar por sua inviolabilidade;
CAPÍTULO II II - cumprir os deveres de cidadão;
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XV - zelar pelo bom nome da Instituição Poli- luto respeito pelo ser humano, não usando sua
cial-Militar e de seus componentes, aceitando condição de autoridade pública para a prática
seus valores e cumprindo seus deveres éticos e de arbitrariedade;
legais;
XXX - exercer a função pública com honestida-
XVI - manter ambiente de harmonia e camara- de, não aceitando vantagem indevida, de qual-
dagem na vida profissional, solidarizando-se quer espécie;
nas dificuldades que esteja ao seu alcance mini-
mizar e evitando comentários desairosos sobre XXXI - não usar meio ilícito na produção de tra-
os componentes das Instituições Policiais; balho intelectual ou em avaliação profissional,
inclusive no âmbito do ensino;
XVII - não pleitear para si, por meio de terceiros,
cargo ou função que esteja sendo exercido por XXXII - não abusar dos meios do Estado postos
outro militar do Estado; à sua disposição, nem distribuí-los a quem quer
XVIII - proceder de maneira ilibada na vida pú- que seja, em detrimento dos fins da administra-
blica e particular; ção pública, coibindo ainda a transferência, para
fins particulares, de tecnologia própria das fun-
XIX - conduzir-se de modo não subserviente ções policiais;
sem ferir os princípios de respeito e decoro;
XXXIII - atuar com eficiência e probidade, zelan-
XX - abster-se do uso do posto, graduação ou do pela economia e conservação dos bens públi-
cargo para obter facilidades pessoais de qual- cos, cuja utilização lhe for confiada;
quer natureza ou para encaminhar negócios
particulares ou de terceiros; XXXIV - proteger as pessoas, o patrimônio e o
meio ambiente com abnegação e desprendimen-
XXI - abster-se, ainda que na inatividade, do uso
to pessoal;
das designações hierárquicas em:
a) atividade político-partidária, salvo quando XXXV - atuar onde estiver, mesmo não estando
candidato a cargo eletivo; em serviço, para preservar a ordem pública ou
prestar socorro, desde que não exista, naquele
b) atividade comercial ou industrial; momento, força de serviço suficiente.
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§ 5º - A aplicação das penas disciplinares previs- 16 - entender-se com o preso, de forma velada,
tas neste Regulamento independe do resultado ou deixar que alguém o faça, sem autorização
de eventual ação penal. de autoridade competente (M);
Artigo 13 - As transgressões disciplinares são classi- 17 - receber vantagem de pessoa interessada no
ficadas de acordo com sua gravidade em graves (G), caso de furto, roubo, objeto achado ou qualquer
médias (M) e leves (L). outro tipo de ocorrência ou procurá-la para soli-
citar vantagem (G);
Parágrafo único - As transgressões disciplinares
são: 18 - receber ou permitir que seu subordinado
receba, em razão da função pública, qualquer
1 - desconsiderar os direitos constitucionais da objeto ou valor, mesmo quando oferecido pelo
pessoa no ato da prisão (G); proprietário ou responsável (G);
2 - usar de força desnecessária no atendimento 19 - apropriar-se de bens pertencentes ao patri-
de ocorrência ou no ato de efetuar prisão (G); mônio público ou particular (G);
3 - deixar de providenciar para que seja garanti-
20 - empregar subordinado ou servidor civil, ou
da a integridade física das pessoas que prender
desviar qualquer meio material ou financeiro
ou detiver (G);
sob sua responsabilidade ou não, para a exe-
4 - agredir física, moral ou psicologicamente cução de atividades diversas daquelas para as
preso sob sua guarda ou permitir que outros o quais foram destinadas, em proveito próprio ou
façam (G); de outrem (G);
5 - permitir que o preso, sob sua guarda, conser- 21 - provocar desfalques ou deixar de adotar
ve em seu poder instrumentos ou outros objetos providências, na esfera de suas atribuições, para
proibidos, com que possa ferir a si próprio ou a evitá-los (G);
outrem (G);
22 - utilizar-se da condição de militar do Estado
6 - reter o preso, a vítima, as testemunhas ou para obter facilidades pessoais de qualquer na-
partes não definidas por mais tempo que o ne- tureza ou para encaminhar negócios particula-
cessário para a solução do procedimento poli- res ou de terceiros (G);
cial, administrativo ou penal (M);
23 - dar, receber ou pedir gratificação ou presen-
7 - faltar com a verdade (G); te com finalidade de retardar, apressar ou obter
solução favorável em qualquer ato de serviço
8 - ameaçar, induzir ou instigar alguém para (G);
que não declare a verdade em procedimento
administrativo, civil ou penal (G); 24 - contrair dívida ou assumir compromisso
superior às suas possibilidades, desde que ve-
9 - utilizar-se do anonimato para fins ilícitos (G); nha a expor o nome da Polícia Militar (M);
10 - envolver, indevidamente, o nome de ou-
25 - fazer, diretamente ou por intermédio de
trem para esquivar-se de responsabilidade (G);
outrem, agiotagem ou transação pecuniária en-
11 - publicar, divulgar ou contribuir para a di- volvendo assunto de serviço, bens da adminis-
vulgação irrestrita de fatos, documentos ou as- tração pública ou material cuja comercialização
suntos administrativos ou técnicos de natureza seja proibida (G);
policial, militar ou judiciária, que possam con-
26 - exercer ou administrar, o militar do Estado
correr para o desprestígio da Polícia Militar, fe-
em serviço ativo, a função de segurança particu-
rir a hierarquia ou a disciplina, comprometer a
lar ou qualquer atividade estranha à Instituição
segurança da sociedade e do Estado ou violar a
Policial-Militar com prejuízo do serviço ou com
honra e a imagem de pessoa (G);
emprego de meios do Estado (G);
12 - espalhar boatos ou notícias tendenciosas em
27 - exercer, o militar do Estado em serviço ati-
prejuízo da boa ordem civil ou policial-militar
vo, o comércio ou tomar parte na administração
ou do bom nome da Polícia Militar (M);
ou gerência de sociedade comercial com fins lu-
13 - provocar ou fazer-se, voluntariamente, cau- crativos ou dela ser sócio, exceto como acionis-
sa ou origem de alarmes injustificados (M); ta, cotista ou comanditário (G);
14 - concorrer para a discórdia, desarmonia ou 28 - deixar de fiscalizar o subordinado que apre-
cultivar inimizade entre companheiros (M); sentar sinais exteriores de riqueza incompatí-
veis com a remuneração do cargo (G);
15 - liberar preso ou detido ou dispensar parte
de ocorrência sem competência legal para tanto 29 - não cumprir, sem justo motivo, a execução
(G); de qualquer ordem legal recebida (G);
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30 - retardar, sem justo motivo, a execução de 47 - evadir-se ou tentar evadir-se de escolta, bem
qualquer ordem legal recebida (M); como resistir a ela (G);
31 - dar, por escrito ou verbalmente, ordem ma- 48 - retirar-se da presença do superior hierár-
nifestamente ilegal que possa acarretar respon- quico sem obediência às normas regulamenta-
sabilidade ao subordinado, ainda que não che- res (L);
gue a ser cumprida (G);
49 - deixar, tão logo seus afazeres o permitam,
32 - deixar de assumir a responsabilidade de de apresentar-se ao seu superior funcional, con-
seus atos ou pelos praticados por subordinados forme prescrições regulamentares (L);
que agirem em cumprimento de sua ordem (G);
50 - deixar, nas solenidades, de apresentar-se
33 - aconselhar ou concorrer para não ser cum- ao superior hierárquico de posto ou graduação
prida qualquer ordem legal de autoridade com- mais elevada e de saudar os demais, de acordo
petente, ou serviço, ou para que seja retardada, com as normas regulamentares (L);
prejudicada ou embaraçada a sua execução (G);
51 - deixar de fazer a devida comunicação dis-
34 - interferir na administração de serviço ou na ciplinar (M);
execução de ordem ou missão sem ter a devida
52 - tendo conhecimento de transgressão disci-
competência para tal (M);
plinar, deixar de apurá-la (G);
35 - deixar de comunicar ao superior a execu-
53 - deixar de punir o transgressor da disciplina,
ção de ordem dele recebida, no mais curto prazo
salvo se houver causa de justificação (M);
possível (L);
54 - não levar fato ilegal ou irregularidade que
36 - dirigir-se, referir-se ou responder a superior
presenciar ou de que tiver ciência, e não lhe cou-
de modo desrespeitoso (G);
ber reprimir, ao conhecimento da autoridade
37 - recriminar ato legal de superior ou procurar para isso competente (M);
desconsiderá-lo (G); 55 - deixar de comunicar ao superior imediato
38 - ofender, provocar ou desafiar superior ou ou, na ausência deste, a qualquer autoridade su-
subordinado hierárquico (G); perior toda informação que tiver sobre iminente
perturbação da ordem pública ou grave altera-
39 - promover ou participar de luta corporal ção do serviço ou de sua marcha, logo que tenha
com superior, igual, ou subordinado hierárqui- conhecimento (G);
co (G);
56 - deixar de manifestar-se nos processos que
40 - procurar desacreditar seu superior ou su- lhe forem encaminhados, exceto nos casos de
bordinado hierárquico (M); suspeição ou impedimento, ou de absoluta falta
de elementos, hipótese em que essas circunstân-
41 - ofender a moral e os bons costumes por
cias serão fundamentadas (M);
atos, palavras ou gestos (G);
57 - deixar de encaminhar à autoridade compe-
42 - desconsiderar ou desrespeitar, em público
tente, no mais curto prazo e pela via hierárqui-
ou pela imprensa, os atos ou decisões das auto-
ca, documento ou processo que receber, se não
ridades civis ou dos órgãos dos Poderes Execu-
for de sua alçada a solução (M);
tivo, Legislativo, Judiciário ou de qualquer de
seus representantes (G); 58 - omitir, em boletim de ocorrência, relatório
ou qualquer documento, dados indispensáveis
43 - desrespeitar, desconsiderar ou ofender pes-
ao esclarecimento dos fatos (G);
soa por palavras, atos ou gestos, no atendimen-
to de ocorrência policial ou em outras situações 59 - subtrair, extraviar, danificar ou inutilizar
de serviço (G); documentos de interesse da administração pú-
blica ou de terceiros (G);
44 - deixar de prestar a superior hierárquico
continência ou outros sinais de honra e respeito 60 - trabalhar mal, intencionalmente ou por de-
previstos em regulamento (M); sídia, em qualquer serviço, instrução ou missão
(M);
45 - deixar de corresponder a cumprimento de
seu subordinado (M); 61 - deixar de assumir, orientar ou auxiliar o
atendimento de ocorrência, quando esta, por
46 - deixar de exibir, estando ou não uniformi-
sua natureza ou amplitude, assim o exigir (G);
zado, documento de identidade funcional ou re-
cusar-se a declarar seus dados de identificação 62 - retardar ou prejudicar o serviço de polícia
quando lhe for exigido por autoridade compe- judiciária militar que deva promover ou em que
tente (M); esteja investido (M);
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63 - desrespeitar medidas gerais de ordem poli- quer ato ou serviço de que deva participar ou a
cial, judiciária ou administrativa, ou embaraçar que deva assistir (L);
sua execução (M);
81 - permutar serviço sem permissão da autori-
64 - não ter, pelo preparo próprio ou de seus su- dade competente (M);
bordinados ou instruendos, a dedicação impos-
ta pelo sentimento do dever (M); 82 - simular doença para esquivar-se ao cumpri-
mento do dever (M);
65 - causar ou contribuir para a ocorrência de
acidente de serviço ou instrução (M); 83 - deixar de se apresentar às autoridades com-
petentes nos casos de movimentação ou quando
66 - consentir, o responsável pelo posto de ser- designado para comissão ou serviço extraordi-
viço ou a sentinela, na formação de grupo ou nário (M);
permanência de pessoas junto ao seu posto (L);
84 - não se apresentar ao seu superior imediato
67 - içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou in- ao término de qualquer afastamento do serviço
sígnia de autoridade (L); ou, ainda, logo que souber que o mesmo tenha
sido interrompido ou suspenso (M);
68 - dar toques ou fazer sinais, previstos nos re-
gulamentos, sem ordem de autoridade compe- 85 - dormir em serviço de policiamento, vigilân-
tente (L); cia ou segurança de pessoas ou instalações (G);
69 - conversar ou fazer ruídos em ocasiões ou 86 - dormir em serviço, salvo quando autoriza-
lugares impróprios (L); do (M);
70 - deixar de comunicar a alteração de dados 87 - permanecer, alojado ou não, deitado em
de qualificação pessoal ou mudança de endere- horário de expediente no interior da OPM, sem
ço residencial (L); autorização de quem de direito (L);
71 - apresentar comunicação disciplinar ou re- 88 - fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem
presentação sem fundamento ou interpor recur- ao uso de substância proibida, entorpecente ou
so disciplinar sem observar as prescrições regu- que determine dependência física ou psíquica,
lamentares (M); ou introduzi-las em local sob administração po-
72 - dificultar ao subordinado o oferecimento de licial-militar (G);
representação ou o exercício do direito de peti- 89 - embriagar-se quando em serviço ou apre-
ção (M); sentar-se embriagado para prestá-lo (G);
73 - passar a ausente (G); 90 - ingerir bebida alcoólica quando em serviço
74 - abandonar serviço para o qual tenha sido ou apresentar-se alcoolizado para prestá-lo (M);
designado ou recusar-se a executá-lo na forma 91 - introduzir bebidas alcoólicas em local sob
determinada (G); administração policial-militar, salvo se devida-
75 - faltar ao expediente ou ao serviço para o mente autorizado (M);
qual esteja nominalmente escalado (G); 92 - fumar em local não permitido (L);
76 - faltar a qualquer ato em que deva tomar par- 93 - tomar parte em jogos proibidos ou jogar a
te ou assistir, ou ainda, retirar-se antes de seu dinheiro os permitidos, em local sob adminis-
encerramento sem a devida autorização (M); tração policial-militar, ou em qualquer outro,
77 - afastar-se, quando em atividade policial-mi- quando uniformizado (L);
litar com veículo automotor, aeronave, embar- 94 - portar ou possuir arma em desacordo com
cação ou a pé, da área em que deveria perma- as normas vigentes (G);
necer ou não cumprir roteiro de patrulhamento
predeterminado (G); 95 - andar ostensivamente armado, em trajes ci-
vis, não se achando de serviço (G);
78 - afastar-se de qualquer lugar em que deva
estar por força de dispositivo ou ordem legal 96 - disparar arma por imprudência, negligên-
(M); cia, imperícia, ou desnecessariamente (G);
79 - chegar atrasado ao expediente, ao serviço 97 - não obedecer às regras básicas de segurança
para o qual esteja nominalmente escalado ou a ou não ter cautela na guarda de arma própria ou
qualquer ato em que deva tomar parte ou assis- sob sua responsabilidade (G);
tir (L);
98 - ter em seu poder, introduzir, ou distribuir
80 - deixar de comunicar a tempo, à autoridade em local sob administração policial-militar,
competente, a impossibilidade de comparecer à substância ou material inflamável ou explosivo
Organização Policial Militar (OPM) ou a qual- sem permissão da autoridade competente (M);
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99 - dirigir viatura policial com imprudência, encontre, bem como qualquer outro lugar cuja
imperícia, negligência, ou sem habilitação legal entrada lhe seja vedada (M);
(G);
113 - abrir ou tentar abrir qualquer dependência
100 - desrespeitar regras de trânsito, de tráfego da OPM, desde que não seja a autoridade com-
aéreo ou de navegação marítima, lacustre ou petente ou sem sua ordem, salvo em situações
fluvial (M); de emergência (M);
101 - autorizar, promover ou executar manobras 114 - permanecer em dependência de outra
perigosas com viaturas, aeronaves, embarcações OPM ou local de serviço sem consentimento ou
ou animais (M); ordem da autoridade competente (L);
102 - conduzir veículo, pilotar aeronave ou 115 - permanecer em dependência da própria
embarcação oficial, sem autorização do órgão OPM ou local de serviço, desde que a ele estra-
competente da Polícia Militar, mesmo estando nho, sem consentimento ou ordem da autorida-
habilitado (L); de competente (L);
103 - transportar na viatura, aeronave ou embar- 116 - entrar ou sair, de qualquer OPM, por luga-
cação que esteja sob seu comando ou responsa- res que não sejam para isso designados (L);
bilidade, pessoal ou material, sem autorização
da autoridade competente (L); 117 - deixar de exibir a superior hierárquico,
quando por ele solicitado, objeto ou volume, ao
104 - andar a cavalo, a trote ou galope, sem ne- entrar ou sair de qualquer OPM (M);
cessidade, pelas ruas da cidade ou castigar inu-
tilmente a montada (L); 118 - ter em seu poder, introduzir ou distribuir,
em local sob administração policial-militar, pu-
105 - não ter o devido zelo, danificar, extraviar blicações, estampas ou jornais que atentem con-
ou inutilizar, por ação ou omissão, bens ou ani- tra a disciplina, a moral ou as instituições (L);
mais pertencentes ao patrimônio público ou
particular, que estejam ou não sob sua respon- 119 - apresentar-se, em qualquer situação, mal
sabilidade (M); uniformizado, com o uniforme alterado ou dife-
rente do previsto, contrariando o Regulamento
106 - negar-se a utilizar ou a receber do Estado de Uniformes da Polícia Militar ou norma a res-
fardamento, armamento, equipamento ou bens peito (M);
que lhe sejam destinados ou devam ficar em seu
poder ou sob sua responsabilidade (M); 120 - usar no uniforme, insígnia, medalha, con-
decoração ou distintivo, não regulamentares ou
107 - retirar ou tentar retirar de local sob admi- de forma indevida (M);
nistração policial-militar material, viatura, aero-
nave, embarcação ou animal, ou mesmo deles 121 - usar vestuário incompatível com a função
servir-se, sem ordem do responsável ou pro- ou descurar do asseio próprio ou prejudicar o
prietário (G); de outrem (L);
108 - entrar, sair ou tentar fazê-lo, de OPM, com 122 - estar em desacordo com as normas regula-
tropa, sem prévio conhecimento da autoridade mentares de apresentação pessoal (L);
competente, salvo para fins de instrução autori-
123 - recusar ou devolver insígnia, salvo quando
zada pelo comando (G);
a regulamentação o permitir (L);
109 - deixar o responsável pela segurança da
124 - comparecer, uniformizado, a manifesta-
OPM de cumprir as prescrições regulamentares
ções ou reuniões de caráter político-partidário,
com respeito a entrada, saída e permanência de
salvo por motivo de serviço (M);
pessoa estranha (M);
125 - freqüentar ou fazer parte de sindicatos, as-
110 - permitir que pessoa não autorizada aden-
sociações profissionais com caráter de sindicato,
tre prédio ou local interditado (M);
ou de associações cujos estatutos não estejam de
111 - deixar, ao entrar ou sair de OPM onde não conformidade com a lei (G);
sirva, de dar ciência da sua presença ao Oficial-
126 - autorizar, promover ou participar de pe-
de-Dia ou de serviço e, em seguida, se oficial,
tições ou manifestações de caráter reivindica-
de procurar o comandante ou o oficial de posto
tório, de cunho político-partidário, religioso,
mais elevado ou seu substituto legal para expor
de crítica ou de apoio a ato de superior, para
a razão de sua presença, salvo as exceções regu-
tratar de assuntos de natureza policial-militar,
lamentares previstas (M);
ressalvados os de natureza técnica ou científica
112 - adentrar, sem permissão ou ordem, apo- havidos em razão do exercício da função poli-
sentos destinados a superior ou onde este se cial (M);
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127 - aceitar qualquer manifestação coletiva de ser feita particular ou ostensivamente, sem constar de
subordinados, com exceção das demonstrações publicação ou dos assentamentos individuais.
de boa e sã camaradagem e com prévio conheci-
mento do homenageado (L); Parágrafo único - A sanção de que trata o
“caput” aplica-se exclusivamente às faltas de
128 - discutir ou provocar discussão, por qual- natureza leve.
quer veículo de comunicação, sobre assuntos
políticos, militares ou policiais, excetuando-se SEÇÃO III
os de natureza exclusivamente técnica, quando
devidamente autorizado (L); Da Repreensão
129 - freqüentar lugares incompatíveis com o Artigo 16 - A repreensão é a sanção feita por escrito ao
decoro social ou policial-militar, salvo por moti- transgressor, publicada de forma reservada ou osten-
vo de serviço (M); siva, devendo sempre ser averbada nos assentamentos
individuais.
130 - recorrer a outros órgãos, pessoas ou insti-
tuições, exceto ao Poder Judiciário, para resol- Parágrafo único - A sanção de que trata o “caput”
ver assunto de interesse pessoal relacionados aplica-se às faltas de natureza leve e média.
com a Polícia Militar (M);
132 - deixar de cumprir ou fazer cumprir as nor- Artigo 17 - A permanência disciplinar é a sanção em
mas legais ou regulamentares, na esfera de suas que o transgressor ficará na OPM, sem estar circuns-
atribuições (M). crito a determinado compartimento.
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Noções de Administração Pública
SEÇÃO VIII
Da Reforma Administrativa Disciplinar
Artigo 22 - A reforma administrativa disciplinar pode- Da Expulsão
rá ser aplicada, mediante processo regular: Artigo 24 - A expulsão será aplicada, mediante proces-
I - ao oficial julgado incompatível ou indigno so regular, à praça que atentar contra a segurança das
profissionalmente para com o oficialato, após instituições nacionais ou praticar atos desonrosos ou
sentença passada em julgado no tribunal com- ofensivos ao decoro profissional.
petente, ressalvado o caso de demissão;
SEÇÃO IX
II - à praça que se tornar incompatível com a
função policial-militar, ou nociva à disciplina, e Da Proibição do Uso de Uniformes
tenha sido julgada passível de reforma.
Artigo 25 - A proibição do uso de uniformes policiais-
Parágrafo único - O militar do Estado que so- militares será aplicada, nos termos deste Regulamen-
frer reforma administrativa disciplinar receberá to, temporariamente, ao inativo que atentar contra o
remuneração proporcional ao tempo de serviço decoro ou a dignidade policial-militar, até o limite de
policial-militar. 1 (um) ano.
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§ 3º - A representação nos termos do parágrafo III - aos oficiais do posto de coronel: as sanções
anterior será exercida no prazo estabelecido no disciplinares de advertência, repreensão, per-
§ 1º, do artigo 62. manência disciplinar de até 20 (vinte) dias e de-
tenção de até 15 (quinze) dias;
§ 4º - O prazo para o encaminhamento de repre-
sentação será de 5 (cinco) dias contados da data IV - aos oficiais do posto de tenente-coronel: as
do ato ou fato que o motivar. sanções disciplinares de advertência, repreen-
são e permanência disciplinar de até 20 (vinte)
CAPÍTULO VIII dias;
I - ao Secretário da Segurança Pública e ao Co- V - ter praticado a falta em defesa de seus pró-
mandante Geral: todas as sanções disciplinares prios direitos ou dos de outrem;
exceto a demissão de oficiais; VI - ter praticado a falta por motivo de relevante
II - ao Subcomandante da Polícia Militar: as san- valor social;
ções disciplinares de advertência, repreensão,
VII - não possuir prática no serviço;
permanência disciplinar, detenção e proibição
do uso de uniformes de até os limites máximos VIII - colaborar na apuração da transgressão
previstos; disciplinar.
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III - discriminação, em incisos e artigos, das II - as faltas médias são puníveis com perma-
causas de justificação ou das circunstâncias ate- nência disciplinar de até 8 (oito) dias e, na rein-
nuantes e ou agravantes; cidência específica, com permanência discipli-
nar de até 15 (quinze) dias;
IV - decisão da autoridade impondo, ou não, a
sanção; III - as faltas graves são puníveis com perma-
nência de até 10 (dez) dias ou detenção de até
V - classificação do comportamento policial-mi- 8 (oito) dias e, na reincidência específica, com
litar em que o punido permaneça ou ingresse; permanência de até 20 (vinte) dias ou detenção
VI - alegações de defesa do transgressor; de até 15 (quinze) dias, desde que não caiba de-
missão ou expulsão.
VII - observações, tais como:
a) data do início do cumprimento da sanção dis- Artigo 43 - O início do cumprimento da sanção dis-
ciplinar; ciplinar dependerá de aprovação do ato pelo Co-
mandante da Unidade ou pela autoridade funcional
b) local do cumprimento da sanção, se for o caso;
imediatamente superior, quando a sanção for por ele
c) determinação para posterior cumprimento, se aplicada, e prévia publicação em boletim, salvo a ne-
o transgressor estiver baixado, afastado do ser- cessidade de recolhimento disciplinar previsto neste
viço ou à disposição de outra autoridade; Regulamento.
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Artigo 44 - A sanção disciplinar não exime o punido da após a sua apresentação na OPM, pronto para o servi-
responsabilidade civil e criminal emanadas do mesmo ço policial-militar, salvo nos casos de interesse da pre-
fato. servação da ordem e da disciplina.
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§ 2º - Bastará uma única sanção disciplinar aci- comentários ou insinuações, podendo ser acom-
ma dos limites estabelecidos neste artigo para panhado de documentos comprobatórios.
alterar a categoria do comportamento.
§ 6º - Não será conhecido o pedido de reconside-
§ 3º - Para a classificação do comportamento fica ração intempestivo, procrastinador ou que não
estabelecido que duas repreensões equivalerão apresente fatos novos que modifiquem a deci-
a uma permanência disciplinar. são anteriormente tomada, devendo este ato ser
publicado, obedecido o prazo do § 3º deste ar-
§ 4º - Para efeito de classificação, reclassificação
tigo.
ou melhoria do comportamento, ter-se-ão como
base as datas em que as sanções foram publica-
das. Artigo 58 - O recurso hierárquico, interposto por uma
única vez, terá efeito suspensivo e será redigido sob
Artigo 55 - Ao ser admitida na Polícia Militar, a praça poli-
a forma de parte ou ofício e endereçado diretamente
cial-militar será classificada no comportamento “bom”.
à autoridade imediatamente superior àquela que não
reconsiderou o ato tido por irregular, ofensivo, injusto
CAPÍTULO X
ou ilegal.
Dos Recursos Disciplinares § 1º - A interposição do recurso de que trata este
artigo, a qual deverá ser precedida de pedido de
Artigo 56 - O militar do Estado, que considere a si pró- reconsideração do ato, somente poderá ocorrer
prio, a subordinado seu ou a serviço sob sua respon- depois de conhecido o resultado deste pelo re-
sabilidade prejudicado, ofendido ou injustiçado por querente, exceto na hipótese prevista pelo § 4º
ato de superior hierárquico, poderá interpor recursos do artigo anterior.
disciplinares.
§ 2º - A autoridade que receber o recurso hie-
Parágrafo único - São recursos disciplinares: rárquico deverá comunicar tal fato, por escrito,
1 - pedido de reconsideração de ato; àquela contra a qual está sendo interposto.
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§ 2º - Os atos previstos neste artigo deverão ser § 1º - O cancelamento de sanções é ato do Co-
motivados e publicados. mandante Geral, praticado a pedido do interes-
sado, e o seu deferimento deverá atender aos
Artigo 63 - A retificação consiste na correção de irregu- bons serviços por ele prestados, comprovados
laridade formal sanável, contida na sanção disciplinar em seus assentamentos, e depois de decorridos
aplicada pela própria autoridade ou por autoridade 10 (dez) anos de efetivo serviço, sem qualquer
subordinada. outra sanção, a contar da data da última pena
Artigo 64 - Atenuação é a redução da sanção proposta imposta.
ou aplicada, para outra menos rigorosa ou, ainda, a § 2º - O cancelamento de sanções não terá efei-
redução do número de dias da sanção, nos limites do to retroativo e não motivará o direito de revisão
artigo 42, se assim o exigir o interesse da disciplina e a de outros atos administrativos decorrentes das
ação educativa sobre o militar do Estado. sanções canceladas.
Artigo 65 - Agravação é a ampliação do número dos
dias propostos para uma sanção disciplinar ou a apli- CAPÍTULO XIII
cação de sanção mais rigorosa, nos limites do artigo
Do Processo Regular
42, se assim o exigir o interesse da disciplina e a ação
educativa sobre o militar do Estado.
SEÇÃO I
Parágrafo único - Não caberá agravamento da
sanção em razão da interposição de recurso dis- Disposições Gerais
ciplinar. Artigo 71 - O processo regular a que se refere este Re-
Artigo 66 - Anulação é a declaração de invalidade da gulamento, para os militares do Estado, será:
sanção disciplinar aplicada pela própria autoridade
I - para oficiais: o Conselho de Justificação;
ou por autoridade subordinada, quando, na aprecia-
ção do recurso, verificar a ocorrência de ilegalidade, II - para praças com 10 (dez) ou mais anos de ser-
devendo retroagir à data do ato. viço policial-militar: o Conselho de Disciplina;
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III - para praças com menos de 10 (dez) anos de insuficiente a acusação e, em conseqüência, deixar de
serviço policial-militar: o Processo Administra- instaurar o Conselho de Disciplina, sem prejuízo de
tivo Disciplinar. novas diligências.
Artigo 72 - O militar do Estado submetido a processo Artigo 78 - O Conselho será composto por 3 (três) ofi-
regular deverá, quando houver possibilidade de pre- ciais da ativa.
juízo para a hierarquia, disciplina ou para a apuração
do fato, ser designado para o exercício de outras fun- § 1º - O mais antigo do Conselho, no mínimo
ções, enquanto perdurar o processo, podendo ainda a um capitão, é o presidente, e o que lhe seguir
autoridade instauradora proibir-lhe o uso do unifor- em antigüidade ou precedência funcional é o
me, como medida cautelar. interrogante, sendo o relator e escrivão o mais
moderno.
SEÇÃO II
§ 2º - Entendendo necessário, o presidente po-
derá nomear um subtenente ou sargento para
Do Conselho de Justificação
funcionar como escrivão no processo, o qual
Artigo 73 - O Conselho de Justificação destina-se a não integrará o Conselho.
apurar, na forma da legislação específica, a incapaci-
dade do oficial para permanecer no serviço ativo da Artigo 79 - O Conselho poderá ser instaurado, inde-
Polícia Militar. pendentemente da existência ou da instauração de
inquérito policial comum ou militar, de processo cri-
Parágrafo único - O Conselho de Justificação minal ou de sentença criminal transitada em julgado.
aplica-se também ao oficial inativo presumivel-
mente incapaz de permanecer na situação de Parágrafo único - Se no curso dos trabalhos do
inatividade. Conselho surgirem indícios de crime comum
ou militar, o presidente deverá extrair cópia
Artigo 74 - O oficial submetido a Conselho de Justi- dos autos, remetendo-os por ofício à autoridade
ficação e considerado culpado, por decisão unânime, competente para início do respectivo inquérito
poderá ser agregado disciplinarmente mediante ato policial ou da ação penal cabível.
do Comandante Geral, até decisão final do tribunal
competente, ficando: Artigo 80 - Será instaurado apenas um processo quan-
do o ato ou atos motivadores tenham sido praticados
I - afastado das suas funções e adido à Unidade
em concurso de agentes.
que lhe for designada;
§ 1º - Havendo dois ou mais acusados perten-
II - proibido de usar uniforme;
centes a OPM diversas, o processo será instau-
III - percebendo 1/3 (um terço) da remuneração; rado pela autoridade imediatamente superior,
comum aos respectivos comandantes das OPM
IV - mantido no respectivo Quadro, sem núme-
dos acusados.
ro, não concorrendo à promoção.
§ 2º - Existindo concurso ou continuidade infra-
Artigo 75 - Ao Conselho de Justificação aplica-se o pre-
cional, deverão todos os atos censuráveis cons-
visto na legislação específica, complementarmente ao
disposto neste Regulamento. tituir o libelo acusatório da portaria.
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Artigo 10 - O servidor confirmado no cargo de pro- I - adicional por tempo de serviço de que tra-
vimento efetivo fará jus à progressão automática do ta o artigo 129 da Constituição do Estado, que
grau A para o grau B da respectiva referência da classe será calculado na base de 5% (cinco por cento)
a que pertença, independentemente do limite estabele- sobre o valor do vencimento ou salário, por qüi-
cido no artigo 23 desta lei complementar. nqüênio de prestação de serviço, observado o
disposto no inciso XVI do artigo 115 da mesma
SEÇAO IV Constituição;
II - sexta-parte;
Da Jornada de Trabalho, dos Vencimentos e das
III - gratificação “pro labore” a que se referem os
Vantagens Pecuniárias
artigos 16 a 19 desta lei complementar;
Artigo 11 - Os cargos e as funções-atividades abran- IV - décimo-terceiro salário;
gidos por esta lei complementar serão exercidos em
Jornada Completa de Trabalho, caracterizada pela exi- V - acréscimo de 1/3 (um terço) das férias;
gência da prestação de 40 (quarenta) horas semanais VI - ajuda de custo;
de trabalho.
VII - diárias;
Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no
VIII - gratificações e outras vantagens pecuniá-
“caput” deste artigo, os cargos e as funções-ati-
rias previstas em lei.
vidades cujos ocupantes estejam sujeitos a Jor-
nada Comum de Trabalho, caracterizada pela
exigência da prestação de 30 (trinta) horas se- SEÇAO VII
manais de trabalho.
Da Progressão
Artigo 12 - Os vencimentos ou salários dos servidores
abrangidos pelo Plano Geral de Cargos, Vencimentos Artigo 22 - Progressão é a passagem do servidor de
e Salários, de que trata esta lei complementar, ficam um grau para outro imediatamente superior dentro de
fixados de acordo com as Escalas de Vencimentos a se- uma mesma referência da respectiva classe.
guir mencionadas: Artigo 23 - A progressão será realizada anualmente,
I - Escala de Vencimentos - Nível Elementar, mediante processo de avaliação de desempenho, obe-
constituída de 1 (uma) referência e 10 (dez) decido o limite de até 20% (vinte por cento) do total de
graus; servidores titulares de cargos ou ocupantes de funções
-atividades integrantes de cada classe de nível elemen-
II - Escala de Vencimentos - Nível Intermediá- tar, nível intermediário e nível universitário prevista
rio, constituída de 2 (duas) referências e 10 (dez) nesta lei complementar, no âmbito de cada órgão ou
graus; entidade.
III - Escala de Vencimentos - Nível Universitá-
Artigo 24 - Poderão participar do processo de progres-
rio, composta de 2 (duas) Estruturas de Ven-
são, os servidores que tenham:
cimentos, sendo a Estrutura I constituída de 2
(duas) referências e 10 (dez) graus, e a Estrutura I - cumprido o interstício mínimo de 2 (dois)
II constituída de 2 (duas) referências e 10 (dez) anos de efetivo exercício, no padrão da classe
graus; em que seu cargo ou função-atividade estiver
IV - Escala de Vencimentos - Comissão, consti- enquadrado;
tuída de 18 (dezoito) referências II - o desempenho avaliado anualmente, por
Artigo 13 - As Escalas de Vencimentos a que se refere meio de procedimentos e critérios estabelecidos
o artigo 12 desta lei complementar são constituídas de em decreto.
tabelas, aplicáveis aos cargos e funções-atividades, de Parágrafo único - O cômputo do interstício a
acordo com a jornada de trabalho a que estejam sujei- que se refere o inciso I deste artigo terá início a
tos os seus ocupantes, na seguinte conformidade: partir do cumprimento do estágio probatório de
I - Tabela I, para os sujeitos à Jornada Completa 3 (três) anos de efetivo exercício.
de Trabalho; Artigo 25 - Observado o limite estabelecido no artigo
II - Tabela II, para os sujeitos à Jornada Comum 23 desta lei complementar, somente poderão ser bene-
de Trabalho. ficiados com a progressão os servidores que tiverem
obtido resultados finais positivos no processo anual de
Artigo 14 - A remuneração dos servidores abrangidos avaliação de desempenho.
pelo Plano Geral de Cargos, Vencimentos e Salários,
de que trata esta lei complementar, compreende, além Artigo 26 - Interromper-se-á o interstício quando o ser-
dos vencimentos e salários de que trata o artigo 12, as vidor estiver afastado de seu cargo ou função-ativida-
seguintes vantagens pecuniárias: de, exceto se:
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III - O 1º do artigo 1º da Lei nº 8.482, de 21 de de- II - 7,79 (sete inteiros e setenta e nove cen-
zembro de 1993, alterado pelo inciso X do artigo tésimos) para as atividades a que se refere
2º da Lei Complementar nº 808, de 28 de março o inciso I do artigo 6º desta lei complemen-
de 1996: tar.”(NR);
“Artigo 1º- ............................................... VIII - o artigo 33 da Lei Complementar nº 919,
de 23 de maio de 2002 alterado pela alínea b do
1º - A Gratificação de Função será calculada
inciso XXIII do artigo 14 da Lei Complementar
mediante a aplicação de percentuais sobre 2
nº 975, de 6 de outubro de 2005:
(duas) vezes o valor da referência 1, Nível I,
da Escala Salarial 2, de que trata o inciso II “Artigo 33 - O Prêmio será calculado median-
do artigo 20 da Lei nº 4.569, de 16 de maio de te a aplicação de coeficientes sobre a Unida-
1985, na seguinte conformidade: de Básica de Valor - UBV, na seguinte con-
formidade:
IV - o artigo 2º da Lei Complementar nº 784, de
26 de dezembro de 1994, alterado pelo artigo 1º I - Grupo I: até 1,73 (um inteiro e setenta e
da Lei Complementar nº 997, de 26 de maio de três centésimos);
2006:
II - Grupo II: até 2,35 (dois inteiros e trinta e
“Artigo 2º - A Gratificação de Atividade Ro- cinco centésimos);
doviária - GAR corresponderá à importância
resultante da aplicação do coeficiente 1,71 III - Grupo III: até 5,06 (cinco inteiros e seis
(um inteiro e setenta e um centésimos) sobre centésimos);
a Unidade Básica de Valor - UBV, observada IV - Grupo IV: até 6,29 (seis inteiros e vinte e
a jornada de trabalho a que estiver sujeito o nove centésimos);
servidor.” (NR);
V - Grupo V: até 6,53 (seis inteiros e cinqüen-
V - 1º do artigo 3º da Lei Complementar nº 788,
ta e três centésimos).” (NR)
de 27 de dezembro de 1994, alterado pelo inciso
XIV do artigo 14 da Lei Complementar nº 975, Artigo 44 - Não mais se aplicam aos servidores abran-
de 6 de outubro de 2005: gidos por esta lei complementar, por estarem absor-
vidas nos valores fixados nas escalas de vencimentos
“Artigo 3º - ...........................................
instituídas pelo artigo 12 desta lei complementar:
1º - O valor da Gratificação Extra de que tra-
ta este artigo corresponderá à importância I - a Gratificação Extra, instituída pelo artigo 3º
resultante da aplicação do coeficiente 0,255 da Lei Complementar nº 788, de 27 de dezembro
(duzentos e cinqüenta e cinco milésimos) de 1994;
sobre a Unidade Básica de Valor - UBV, ob- II - a Gratificação Fixa, instituída pelo artigo 10
servada a jornada de trabalho a que estiver da Lei Complementar nº 741, de 21 de dezembro
sujeito o servidor.” (NR); de 1993.
VI - o “caput” do artigo 9º da Lei Complementar Artigo 45 - Não mais se aplicam aos servidores abran-
nº 826, de 20 de junho de 1997: gidos por esta lei complementar:
“Artigo 9º - Fica instituída a Gratificação por
Atividade de Ouvidoria - GAO, a ser conce- I - a gratificação nas travessias por ferryboat, de
dida ao ocupante do cargo de Ouvidor de que trata o Decreto nº 45.695, de 15 de dezembro
Polícia, correspondente à importância resul- de 1965;
tante da aplicação do coeficiente 10,25 (dez II - a Gratificação por Travessia, instituída pela
inteiros e vinte e cinco centésimos) sobre a Lei Complementar nº 380, de 21 de dezembro
Unidade Básica de Valor - UBV.” (NR); de 1984;
VII - o artigo 12 da Lei Complementar nº 847, III - a Gratificação de Informática, instituída nos
de 16 de julho de 1998, alterado pelo artigo 1º, termos do artigo 20 da Lei nº 7.578, de 3 de de-
inciso VII, da Lei Complementar nº 1.046, de 2 zembro de 1991;
de junho de 2008:
IV - a Gratificação Especial de Atividade - GEA,
“Artigo 12 - A Gratificação pelo Desempenho
a Gratificação Especial por Atividade Hospitalar
de Atividades no POUPATEMPO - GDAP,
- GEAH, a Gratificação Especial por Atividade
será calculada mediante a aplicação dos coe-
Prioritária e Estratégica - GEAPE e Gratificação
ficientes adiante mencionados sobre a Uni-
Especial por Atividade no Instituto de Infecto-
dade Básica de Valor - UBV:
logia “Emílio Ribas” e Centro de Referência e
I - 9,20 (nove inteiros e vinte centésimos) Treinamento - AIDS - GEER, instituídas pelo
para as atividades a que se refere o artigo 5º artigo19 da Lei Complementar nº 674, de 8 de
desta lei complementar; abril de 1992;
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XII - o Prêmio de Valorização, instituído pela Lei Artigo 47 - Aos servidores abrangidos por esta lei com-
Complementar nº 809, de 18 de abril de 1996; plementar aplicam-se as disposições legais e regula-
mentares referentes:
XIII - a Gratificação Área Educação, instituída
pela Lei Complementar nº 834, de 4 de novem- I - ao Prêmio de Incentivo, instituído pela Lei nº
bro de 1997; 8.975, de 25 de novembro de 1994, e suas altera-
ções posteriores;
XIV - a Gratificação de Assistência e Suporte a
Saúde - GASS, instituída pela Lei Complemen- II - ao Prêmio de Incentivo à Qualidade - PIQ,
tar nº 871, de 19 de junho de 2000; instituído pela Lei Complementar nº804, de 21
de dezembro de 1995, e suas alterações poste-
XV - a Gratificação de Suporte às Atividades Es- riores, na forma do Anexo XVIII desta lei com-
colares - GSAE, instituída pela Lei Complemen- plementar;
tar nº 872, de 27 de junho de 2000;
III - ao Abono por Satisfação do Usuário - ASU,
XVI - a Gratificação por Atividade de Supor- instituído pelo artigo 4º da Lei Complementar
te Administrativo - GASA, instituída pela Lei nº 887, de 19 de dezembro de 2000, e suas altera-
Complementar nº 876, de 4 de julho de 2000; ções posteriores;
XVII - a Gratificação Geral, de que trata o 1º do IV - ao Prêmio de Incentivo à Produtividade e
artigo 1º da Lei Complementar nº 901, de 12 de Qualidade - PIPQ, instituído pela Lei Comple-
setembro de 2001; mentar nº 907, de 21 de dezembro de 2001, e
suas alterações posteriores, na forma do Anexo
XVIII - a Gratificação por Atividade de Defesa
XIX desta lei complementar.
Agropecuária, instituída pelo artigo 27da Lei
Complementar nº 919, de 23 de maio de 2002; V - ao Prêmio de Incentivo à Produtividade
- PIP, instituído pelo artigo 31 da Lei Comple-
XIX - a Gratificação Suplementar - G.S., instituí-
mentar nº 919, de 23 de maio de 2002.
da nos termos do 1º do artigo 1º da Lei Comple-
mentar nº 957, de 13 de setembro de 2004; Artigo 48 - O valor da gratificação “pro labore” a que
se refere o artigo 11 da Lei Complementar nº 662, de
XX - a Gratificação Especial de Atividade Téc-
11 de julho de 1991, passa a ser calculado com base
nico-Desportiva - GEATD, instituída pela Lei
na Escala de Vencimentos - Comissão, instituída pelo
Complementar nº 993, de 12 de abril de 2006.
inciso IV do artigo 12 desta lei complementar, e corres-
Artigo 46 - Em decorrência do disposto nos artigos 44 ponderá à quantia resultante da diferença entre o valor
e 45 desta lei complementar, os valores das escalas de fixado para a classe do servidor e o valor da referência
vencimentos instituídas pelo artigo 12 desta lei com- equivalente à função para a qual for designado, na se-
plementar ficam fixados nos seguintes termos: guinte conformidade:
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Parágrafo único - Para os fins do disposto no e das Autarquias, regidos por esta lei complementar,
“caput” deste artigo: que se encontrem em efetivo exercício nas unidades
desses órgãos e entidades.
1 - o valor fixado para a classe do servidor será
acrescido dos adicionais por tempo de serviço 1º - Os 60 (sessenta) dias de licença-prêmio res-
e da sexta-parte, se for o caso; da Gratificação tantes, do período aquisitivo considerado, so-
de Apoio à Pesquisa Científica e Agropecuária mente poderão ser usufruídos em ano diverso
- GAPCA, instituída pela Lei nº 8.491, de 27 de daquele em que o beneficiário recebeu a inde-
dezembro de 1993; da Gratificação Extra, ins- nização, observado o disposto no artigo 213 da
tituída pelo artigo 3º da Lei Complementar nº Lei nº10.261, de 28 de outubro de 1968, com a
788, de 27 de dezembro de 1994; e da Gratifi- redação dada pela Lei Complementar nº1048,
cação Suplementar, instituída pela Lei Comple- de 10 de junho de 2008. 2º - O disposto neste
mentar nº 957, de 13 de setembro de 2004; artigo não se aplica aos servidores dos Quadros
2 - o valor da referência equivalente à função das Secretarias de Economia e Planejamento e
para a qual for designado será acrescido da Gra- da Fazenda regidos por esta lei complementar.
tificação Executiva de que trata o inciso I do ar- Artigo 55 - O pagamento da indenização de que trata
tigo 38 desta lei complementar e dos adicionais o artigo 54 restringir-se-á às licenças-prêmio cujos pe-
por tempo de serviço e da sexta-parte, se for o ríodos aquisitivos se completem a partir da data da vi-
caso, observada a jornada de trabalho a que esti- gência desta lei complementar e observará o seguinte:
ver sujeito o servidor.
I - será efetivado no 5º dia útil do mês de aniver-
Artigo 49 - Esta lei complementar e suas Disposições sário do requerente;
Transitórias aplicam-se, no que couber, aos inativos e
aos pensionistas. II - corresponderá ao valor da remuneração do
servidor no mês-referência de que trata o inciso
Artigo 50 - Os títulos dos servidores abrangidos por anterior.
esta lei complementar serão apostilados pelas autori- Artigo 56 - O servidor de que trata o artigo 54 desta lei
dades competentes. complementar que optar pela conversão em pecúnia,
de 30 (trinta) dias de licença-prêmio, deverá apresen-
Artigo 51 - Ficam extintos, dos Quadros das Secreta- tar requerimento no prazo de 3 (três) meses antes do
rias de Estado, da Procuradoria Geral do Estado e das mês do seu aniversário.
Autarquias, os cargos e as funções-atividades de Au-
xiliar de Serviços Gerais e de Oficial Sociocultural, na 1º - O órgão setorial ou subsetorial de recursos
seguinte conformidade: humanos competente deverá instruir o requeri-
mento com:
I - os vagos, na data da publicação desta lei com-
plementar; 1 - informações relativas à publicação do ato de
concessão da licença-prêmio e ao período aqui-
II - os demais, por ocasião das respectivas va- sitivo;
câncias.
2 - declaração de não-fruição de parcela de li-
Artigo 52 - Ficam extintos, dos Quadros das Secre- cença-prêmio no ano considerado, relativa ao
tarias de Estado e da Procuradoria Geral do Estado, mesmo período aquisitivo.
as funções-atividades de Executivo Público e aquelas
com denominação idêntica à dos cargos em comissão 2º - Caberá à autoridade competente decidir so-
constantes do Subanexo 4 do Anexo I, na seguinte con- bre o deferimento do pedido, com observância:
formidade: 1 - da necessidade do serviço;
I - as vagas, na data da publicação desta lei com- 2 - da assiduidade e da ausência de penas disci-
plementar; plinares, no período de 1 (um) ano imediatamen-
te anterior à data do requerimento do servidor.
II - as demais, por ocasião das respectivas va-
câncias. Artigo 57 - A Secretaria de Gestão Pública, se necessá-
rio, poderá editar normas complementares à aplicação
Artigo 53 - Os órgãos setoriais de recursos humanos
do disposto nos artigos 54 a 56 desta lei complementar.
publicarão as relações dos cargos e das funções-ativi-
dades de que tratam os artigos 51 e 52 desta lei com- Artigo 58 - As despesas decorrentes da aplicação desta
plementar, as quais deverão conter a respectiva deno-
lei complementar correrão à conta das dotações pró-
minação, nome do último ocupante, motivo e data da
prias consignadas no orçamento vigente, ficando o Po-
vacância.
der Executivo autorizado a abrir créditos suplementa-
Artigo 54 - Poderá ser convertida em pecúnia, me- res, para o corrente exercício, até o limite de R$(cento
diante requerimento, uma parcela de 30 (trinta) dias e cinqüenta e um milhões de reais), mediante a utili-
de licença-prêmio aos integrantes dos Quadros das Se- zação de recursos nos termos do 1º do artigo 43 da Lei
cretarias de Estado, da Procuradoria Geral do Estado Federal nº 4.320, de 27 de março de 1964.
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§ 2o Os órgãos e entidades do poder público Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da infor-
devem viabilizar alternativa de encaminhamento mação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução
de pedidos de acesso por meio de seus sítios de documentos pelo órgão ou entidade pública con-
oficiais na internet. sultada, situação em que poderá ser cobrado exclusi-
vamente o valor necessário ao ressarcimento do custo
§ 3o São vedadas quaisquer exigências relativas
dos serviços e dos materiais utilizados.
aos motivos determinantes da solicitação de
informações de interesse público. Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os
custos previstos no caput todo aquele cuja si-
Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar
tuação econômica não lhe permita fazê-lo sem
ou conceder o acesso imediato à informação disponí-
prejuízo do sustento próprio ou da família,
vel.
declarada nos termos da Lei no 7.115, de 29 de
§ 1o Não sendo possível conceder o acesso agosto de 1983.
imediato, na forma disposta no caput, o órgão
ou entidade que receber o pedido deverá, em Art. 13. Quando se tratar de acesso à informação con-
prazo não superior a 20 (vinte) dias: tida em documento cuja manipulação possa prejudi-
car sua integridade, deverá ser oferecida a consulta
I - comunicar a data, local e modo para se reali- de cópia, com certificação de que esta confere com o
zar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a original.
certidão;
Parágrafo único. Na impossibilidade de ob-
II - indicar as razões de fato ou de direito da re- tenção de cópias, o interessado poderá solicitar
cusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou que, a suas expensas e sob supervisão de servi-
III - comunicar que não possui a informação, in- dor público, a reprodução seja feita por outro
dicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou meio que não ponha em risco a conservação do
a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o documento original.
requerimento a esse órgão ou entidade, cienti-
Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro teor de
ficando o interessado da remessa de seu pedido
decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia.
de informação.
§ 2o O prazo referido no § 1o poderá ser Seção II
prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante
justificativa expressa, da qual será cientificado
o requerente. Dos Recursos
§ 3o Sem prejuízo da segurança e da proteção Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a infor-
das informações e do cumprimento da legislação mações ou às razões da negativa do acesso, poderá o
aplicável, o órgão ou entidade poderá oferecer interessado interpor recurso contra a decisão no prazo
meios para que o próprio requerente possa de 10 (dez) dias a contar da sua ciência.
pesquisar a informação de que necessitar.
Parágrafo único. O recurso será dirigido à auto-
§ 4o Quando não for autorizado o acesso por ridade hierarquicamente superior à que exarou
se tratar de informação total ou parcialmente a decisão impugnada, que deverá se manifestar
sigilosa, o requerente deverá ser informado no prazo de 5 (cinco) dias.
sobre a possibilidade de recurso, prazos e
condições para sua interposição, devendo, Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou
ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente entidades do Poder Executivo Federal, o requerente
para sua apreciação. poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que
deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se:
§ 5o A informação armazenada em formato
digital será fornecida nesse formato, caso haja I - o acesso à informação não classificada como
anuência do requerente. sigilosa for negado;
§ 6o Caso a informação solicitada esteja II - a decisão de negativa de acesso à informação
disponível ao público em formato impresso, total ou parcialmente classificada como sigilosa
eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso não indicar a autoridade classificadora ou a hie-
universal, serão informados ao requerente, por rarquicamente superior a quem possa ser dirigi-
escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá do pedido de acesso ou desclassificação;
consultar, obter ou reproduzir a referida
III - os procedimentos de classificação de infor-
informação, procedimento esse que desonerará
mação sigilosa estabelecidos nesta Lei não tive-
o órgão ou entidade pública da obrigação de
rem sido observados; e
seu fornecimento direto, salvo se o requerente
declarar não dispor de meios para realizar por IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou
si mesmo tais procedimentos. outros procedimentos previstos nesta Lei.
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Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entida- § 3o Regulamento disporá sobre procedimentos
des públicas, observado o seu teor e em razão de sua e medidas a serem adotados para o tratamento
imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do de informação sigilosa, de modo a protegê-
Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, se- la contra perda, alteração indevida, acesso,
creta ou reservada. transmissão e divulgação não autorizados.
Art. 26. As autoridades públicas adotarão as provi-
§ 1o Os prazos máximos de restrição de acesso
dências necessárias para que o pessoal a elas subordi-
à informação, conforme a classificação prevista
nado hierarquicamente conheça as normas e observe
no caput, vigoram a partir da data de sua
as medidas e procedimentos de segurança para trata-
produção e são os seguintes:
mento de informações sigilosas.
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
Parágrafo único. A pessoa física ou entida-
II - secreta: 15 (quinze) anos; e de privada que, em razão de qualquer vínculo
III - reservada: 5 (cinco) anos. com o poder público, executar atividades de
tratamento de informações sigilosas adotará as
§ 2o As informações que puderem colocar providências necessárias para que seus empre-
em risco a segurança do Presidente e Vice- gados, prepostos ou representantes observem
Presidente da República e respectivos cônjuges as medidas e procedimentos de segurança das
e filhos(as) serão classificadas como reservadas informações resultantes da aplicação desta Lei.
e ficarão sob sigilo até o término do mandato
em exercício ou do último mandato, em caso de Seção IV
reeleição.
§ 3o Alternativamente aos prazos previstos no § Dos Procedimentos de Classificação, Reclassificação
1o, poderá ser estabelecida como termo final de e Desclassificação
restrição de acesso a ocorrência de determinado Art. 27. A classificação do sigilo de informações no
evento, desde que este ocorra antes do transcurso âmbito da administração pública federal é de compe-
do prazo máximo de classificação. tência:
§ 4o Transcorrido o prazo de classificação ou
I - no grau de ultrassecreto, das seguintes auto-
consumado o evento que defina o seu termo final,
ridades:
a informação tornar-se-á, automaticamente, de
acesso público. a) Presidente da República;
§ 5o Para a classificação da informação b) Vice-Presidente da República;
em determinado grau de sigilo, deverá ser c) Ministros de Estado e autoridades com as
observado o interesse público da informação mesmas prerrogativas;
e utilizado o critério menos restritivo possível,
considerados: d) Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica; e
I - a gravidade do risco ou dano à segurança da
sociedade e do Estado; e e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares
permanentes no exterior;
II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o
evento que defina seu termo final. II - no grau de secreto, das autoridades referidas
no inciso I, dos titulares de autarquias, funda-
ções ou empresas públicas e sociedades de eco-
Seção III
nomia mista; e
Da Proteção e do Controle de Informações Sigilosas III - no grau de reservado, das autoridades refe-
ridas nos incisos I e II e das que exerçam funções
Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso e a divul- de direção, comando ou chefia, nível DAS 101.5,
gação de informações sigilosas produzidas por seus ou superior, do Grupo-Direção e Assessora-
órgãos e entidades, assegurando a sua proteção. mento Superiores, ou de hierarquia equivalen-
te, de acordo com regulamentação específica de
§ 1o O acesso, a divulgação e o tratamento de
cada órgão ou entidade, observado o disposto
informação classificada como sigilosa ficarão
nesta Lei.
restritos a pessoas que tenham necessidade
de conhecê-la e que sejam devidamente § 1o A competência prevista nos incisos I e II, no
credenciadas na forma do regulamento, sem que se refere à classificação como ultrassecreta
prejuízo das atribuições dos agentes públicos e secreta, poderá ser delegada pela autoridade
autorizados por lei. responsável a agente público, inclusive em
missão no exterior, vedada a subdelegação.
§ 2o O acesso à informação classificada como
sigilosa cria a obrigação para aquele que a § 2o A classificação de informação no grau de
obteve de resguardar o sigilo. sigilo ultrassecreto pelas autoridades previstas
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nas alíneas “d” e “e” do inciso I deverá ser e indeferidos, bem como informações genéricas
ratificada pelos respectivos Ministros de Estado, sobre os solicitantes.
no prazo previsto em regulamento.
§ 1o Os órgãos e entidades deverão manter
§ 3o A autoridade ou outro agente público que exemplar da publicação prevista no caput para
classificar informação como ultrassecreta deve- consulta pública em suas sedes.
rá encaminhar a decisão de que trata o art. 28 à
§ 2o Os órgãos e entidades manterão extrato
Comissão Mista de Reavaliação de Informações,
com a lista de informações classificadas,
a que se refere o art. 35, no prazo previsto em
acompanhadas da data, do grau de sigilo e dos
regulamento.
fundamentos da classificação.
Art. 28. A classificação de informação em qualquer
grau de sigilo deverá ser formalizada em decisão que Seção V
conterá, no mínimo, os seguintes elementos:
II - fundamento da classificação, observados os Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve
critérios estabelecidos no art. 24; ser feito de forma transparente e com respeito à intimi-
dade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem
III - indicação do prazo de sigilo, contado em
como às liberdades e garantias individuais.
anos, meses ou dias, ou do evento que defina o
seu termo final, conforme limites previstos no § 1o As informações pessoais, a que se refere
art. 24; e este artigo, relativas à intimidade, vida privada,
IV - identificação da autoridade que a classifi- honra e imagem:
cou. I - terão seu acesso restrito, independentemente
Parágrafo único. A decisão referida de classificação de sigilo e pelo prazo máximo
no caput será mantida no mesmo grau de sigilo de 100 (cem) anos a contar da sua data de pro-
da informação classificada. dução, a agentes públicos legalmente autoriza-
dos e à pessoa a que elas se referirem; e
Art. 29. A classificação das informações será reavalia-
da pela autoridade classificadora ou por autoridade II - poderão ter autorizada sua divulgação ou
hierarquicamente superior, mediante provocação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou
de ofício, nos termos e prazos previstos em regula- consentimento expresso da pessoa a que elas se
mento, com vistas à sua desclassificação ou à redução referirem.
do prazo de sigilo, observado o disposto no art. 24. § 2o Aquele que obtiver acesso às informações
§ 1o O regulamento a que se refere o caput deverá de que trata este artigo será responsabilizado
considerar as peculiaridades das informações por seu uso indevido.
produzidas no exterior por autoridades ou § 3o O consentimento referido no inciso II do
agentes públicos. § 1o não será exigido quando as informações
§ 2o Na reavaliação a que se refere o caput, forem necessárias:
deverão ser examinadas a permanência dos I - à prevenção e diagnóstico médico, quando
motivos do sigilo e a possibilidade de danos a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e
decorrentes do acesso ou da divulgação da para utilização única e exclusivamente para o
informação. tratamento médico;
§ 3o Na hipótese de redução do prazo de II - à realização de estatísticas e pesquisas cientí-
sigilo da informação, o novo prazo de restrição ficas de evidente interesse público ou geral, pre-
manterá como termo inicial a data da sua vistos em lei, sendo vedada a identificação da
produção. pessoa a que as informações se referirem;
Art. 30. A autoridade máxima de cada órgão ou enti- III - ao cumprimento de ordem judicial;
dade publicará, anualmente, em sítio à disposição na
internet e destinado à veiculação de dados e informa- IV - à defesa de direitos humanos; ou
ções administrativas, nos termos de regulamento: V - à proteção do interesse público e geral pre-
ponderante.
I - rol das informações que tenham sido desclas-
sificadas nos últimos 12 (doze) meses; § 4o A restrição de acesso à informação relativa
à vida privada, honra e imagem de pessoa não
II - rol de documentos classificados em cada
poderá ser invocada com o intuito de prejudicar
grau de sigilo, com identificação para referência
processo de apuração de irregularidades em que
futura;
o titular das informações estiver envolvido, bem
III - relatório estatístico contendo a quantidade como em ações voltadas para a recuperação de
de pedidos de informação recebidos, atendidos fatos históricos de maior relevância.
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Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que de- I - requisitar da autoridade que classificar in-
tiver informações em virtude de vínculo de qualquer formação como ultrassecreta e secreta escla-
natureza com o poder público e deixar de observar o recimento ou conteúdo, parcial ou integral da
disposto nesta Lei estará sujeita às seguintes sanções: informação;
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II - rever a classificação de informações ultras- Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei no 9.507, de 12
secretas ou secretas, de ofício ou mediante pro- de novembro de 1997, em relação à informação de pes-
vocação de pessoa interessada, observado o dis- soa, física ou jurídica, constante de registro ou banco
posto no art. 7o e demais dispositivos desta Lei; de dados de entidades governamentais ou de caráter
e público.
III - prorrogar o prazo de sigilo de informação Art. 39. Os órgãos e entidades públicas deverão proce-
classificada como ultrassecreta, sempre por der à reavaliação das informações classificadas como
prazo determinado, enquanto o seu acesso ou ultrassecretas e secretas no prazo máximo de 2 (dois)
divulgação puder ocasionar ameaça externa à anos, contado do termo inicial de vigência desta Lei.
soberania nacional ou à integridade do territó-
rio nacional ou grave risco às relações interna- § 1o A restrição de acesso a informações, em
cionais do País, observado o prazo previsto no razão da reavaliação prevista no caput, deverá
§ 1o do art. 24. observar os prazos e condições previstos nesta
Lei.
§ 2o O prazo referido no inciso III é limitado a
uma única renovação. § 2o No âmbito da administração pública federal,
a reavaliação prevista no caput poderá ser
§ 3o A revisão de ofício a que se refere o inciso revista, a qualquer tempo, pela Comissão Mista
II do § 1o deverá ocorrer, no máximo, a cada 4 de Reavaliação de Informações, observados os
(quatro) anos, após a reavaliação prevista no art. termos desta Lei.
39, quando se tratar de documentos ultrassecre-
§ 3o Enquanto não transcorrido o prazo de
tos ou secretos.
reavaliação previsto no caput, será mantida
§ 4o A não deliberação sobre a revisão pela a classificação da informação nos termos da
Comissão Mista de Reavaliação de Informações legislação precedente.
nos prazos previstos no § 3o implicará a § 4o As informações classificadas como secretas e
desclassificação automática das informações. ultrassecretas não reavaliadas no prazo previsto
no caput serão consideradas, automaticamente,
§ 5o Regulamento disporá sobre a composição,
de acesso público.
organização e funcionamento da Comissão
Mista de Reavaliação de Informações, observado
o mandato de 2 (dois) anos para seus integrantes Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da
e demais disposições desta Lei. vigência desta Lei, o dirigente máximo de cada órgão
ou entidade da administração pública federal direta e
Art. 36. O tratamento de informação sigilosa resultan- indireta designará autoridade que lhe seja diretamente
te de tratados, acordos ou atos internacionais atenderá subordinada para, no âmbito do respectivo órgão ou
às normas e recomendações constantes desses instru- entidade, exercer as seguintes atribuições:
mentos.
I - assegurar o cumprimento das normas relati-
vas ao acesso a informação, de forma eficiente e
Art. 37. É instituído, no âmbito do Gabinete de Segu-
adequada aos objetivos desta Lei;
rança Institucional da Presidência da República, o Nú-
cleo de Segurança e Credenciamento (NSC), que tem II - monitorar a implementação do disposto nes-
por objetivos: ta Lei e apresentar relatórios periódicos sobre o
seu cumprimento;
I - promover e propor a regulamentação do cre-
denciamento de segurança de pessoas físicas, III - recomendar as medidas indispensáveis à
empresas, órgãos e entidades para tratamento implementação e ao aperfeiçoamento das nor-
de informações sigilosas; e mas e procedimentos necessários ao correto
cumprimento do disposto nesta Lei; e
II - garantir a segurança de informações sigi-
losas, inclusive aquelas provenientes de países IV - orientar as respectivas unidades no que se
ou organizações internacionais com os quais a refere ao cumprimento do disposto nesta Lei e
República Federativa do Brasil tenha firmado seus regulamentos.
tratado, acordo, contrato ou qualquer outro ato
internacional, sem prejuízo das atribuições do Art. 41. O Poder Executivo Federal designará órgão
Ministério das Relações Exteriores e dos demais da administração pública federal responsável:
órgãos competentes.
I - pela promoção de campanha de abrangência
Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a nacional de fomento à cultura da transparência
composição, organização e funcionamento do na administração pública e conscientização do
NSC. direito fundamental de acesso à informação;
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XX - reclassificação: alteração, pela autoridade arquivos e gestão de documentos, a que se refere o ar-
competente, da classificação de sigilo de docu- tigo 2º, inciso II deste decreto, e deverá propor normas,
mentos, dados e informações; procedimentos e requisitos técnicos complementares,
visando o tratamento da informação.
XXI - rol de documentos, dados e informações
sigilosas e pessoais: relação anual, a ser publi- Parágrafo único - Integram a política estadual
cada pelas autoridades máximas de órgãos e de arquivos e gestão de documentos:
entidades, de documentos, dados e informações
classificadas, no período, como sigilosas ou pes- 1. os serviços de protocolo e arquivo dos órgãos
soais, com identificação para referência futura; e entidades;
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1. comunicar a data, local e modo para se reali- dicar sua integridade, deverá ser oferecida a consulta
zar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a de cópia, com certificação de que esta confere com o
certidão; original.
2. indicar as razões de fato ou de direito da recu- Parágrafo único - Na impossibilidade de ob-
sa, total ou parcial, do acesso pretendido; tenção de cópias, o interessado poderá solicitar
3. comunicar que não possui a informação, in- que, a suas expensas e sob Grupo Técnico su-
dicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou pervisão de servidor público, a reprodução seja
a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o feita por outro meio que não ponha em risco a
requerimento a esse órgão ou entidade, cienti- conservação do documento original.
ficando o interessado da remessa de seu pedido Artigo 18 - É direito do interessado obter o inteiro teor
de informação. de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia.
§ 2º - O prazo referido no § 1º deste artigo po-
derá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, me- SEÇÃO V
diante justificativa expressa, da qual será cienti-
ficado o interessado. Dos Recursos
§ 3º - Sem prejuízo da segurança e da proteção Artigo 19 - No caso de indeferimento de acesso aos do-
das informações e do cumprimento da legisla- cumentos, dados e informações ou às razões da negati-
ção aplicável, o Serviço de Informações ao Cida- va do acesso, bem como o não atendimento do pedido,
dão - SIC do órgão ou entidade poderá oferecer poderá o interessado interpor recurso contra a decisão
meios para que o próprio interessado possa pes- no prazo de 10 (dez) dias a contar de sua ciência.
quisar a informação de que necessitar.
Parágrafo único - O recurso será dirigido à
§ 4º - Quando não for autorizado o acesso por se apreciação de pelo menos uma autoridade hie-
tratar de informação total ou parcialmente sigi- rarquicamente superior à que exarou a decisão
losa, o interessado deverá ser informado sobre impugnada, que deverá se manifestar, após
a possibilidade de recurso, prazos e condições eventual consulta à Comissão de Avaliação de
para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe Documentos e Acesso - CADA, a que se referem
indicada a autoridade competente para sua os artigos 11 e 12 deste decreto, e ao órgão jurí-
apreciação. dico, no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 5º - A informação armazenada em formato “Artigo 20 – Negado o acesso ao documento,
digital será fornecida nesse formato, caso haja dado e informação pelos órgãos ou entidades
anuência do interessado. da Administração Pública Estadual, o interessa-
§ 6º - Caso a informação solicitada esteja dis- do poderá recorrer, no prazo de 10 (dez) dias,
ponível ao público em formato impresso, ele- à Ouvidoria Geral do Estado, da Secretaria de
trônico ou em qualquer outro meio de acesso Governo, que deliberará no prazo de 5 (cinco)
universal, serão informados ao interessado, por dias se:”; (NR)
escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá I - o acesso ao documento, dado ou informação
consultar, obter ou reproduzir a referida infor- não classificada como sigilosa for negado;
mação, procedimento esse que desonerará o
órgão ou entidade pública da obrigação de seu II - a decisão de negativa de acesso ao documen-
fornecimento direto, salvo se o interessado de- to, dado ou informação, total ou parcialmente
clarar não dispor de meios para realizar por si classificada como sigilosa, não indicar a autori-
mesmo tais procedimentos. dade classificadora ou a hierarquicamente su-
perior a quem possa ser dirigido o pedido de
Artigo 16 - O serviço de busca e fornecimento da infor- acesso ou desclassificação;
mação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução
de documentos pelo órgão ou entidade pública con- III - os procedimentos de classificação de sigilo
sultada, situação em que poderá ser cobrado exclusi- estabelecidos na Lei federal nº 12.527, de 18 de
vamente o valor necessário ao ressarcimento do custo novembro de 2011, não tiverem sido observados;
dos serviços e dos materiais utilizados, a ser fixado em IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou
ato normativo pelo Chefe do Executivo. outros procedimentos previstos na Lei federal
Parágrafo único - Estará isento de ressarcir os nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
custos previstos no “caput” deste artigo todo “§ 1º - O recurso previsto neste artigo somente
aquele cuja situação econômica não lhe permita poderá ser dirigido à Ouvidoria Geral do Esta-
fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da do depois de submetido à apreciação de pelo
família, declarada nos termos da Lei federal nº
menos uma autoridade hierarquicamente su-
7.115, de 29 de agosto de 1983.
perior àquela que exarou a decisão impugnada,
Artigo 17 - Quando se tratar de acesso à informação nos termos do parágrafo único do artigo 19 des-
contida em documento cuja manipulação possa preju- te decreto.”; (NR)
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tos, dados e informações classificadas, acompa- II - Pessoais: aqueles relacionados à pessoa na-
nhadas da data, do grau de sigilo e dos funda- tural identificada ou identificável, relativas à
mentos da classificação. intimidade, vida privada, honra e imagem das
pessoas, bem como às liberdades e garantias in-
Artigo 26 - Os órgãos e entidades da Administração
dividuais.
Pública Estadual deverão prestar no prazo de 60 (ses-
senta) dias, para compor o “Catálogo de Sistemas e Ba- Parágrafo único - Cabe aos órgãos e entidades
ses de Dados da Administração Pública do Estado de da Administração Pública Estadual, por meio
São Paulo - CSBD”, as seguintes informações: de suas respectivas Comissões de Avaliação de
Documentos e Acesso - CADA, a que se referem
I - tamanho e descrição do conteúdo das bases os artigos 11 e 12 deste decreto, promover os es-
de dados; tudos necessários à elaboração de tabela com a
II - metadados; identificação de documentos, dados e informa-
ções sigilosas e pessoais, visando assegurar a
III - dicionário de dados com detalhamento de sua proteção.
conteúdo;
Artigo 28 - Não poderá ser negado acesso à informa-
IV - arquitetura da base de dados; ção necessária à tutela judicial ou administrativa de
V - periodicidade de atualização; direitos fundamentais.
§ 1º - Os órgãos e entidades da Administração Artigo 29 - O disposto neste decreto não exclui as de-
Pública Estadual deverão indicar o setor res- mais hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça
ponsável pelo fornecimento e atualização per- nem as hipóteses de segredo industrial decorrentes da
manente de dados e informações que compõem exploração direta de atividade econômica pelo Esta-
o “Catálogo de Sistemas e Bases de Dados da do ou por pessoa física ou entidade privada que tenha
Administração Pública do Estado de São Paulo qualquer vínculo com o poder público.
- CSBD”.
“§ 3º - O “Catálogo de Sistemas e Bases de Da- SEÇÃO II
dos da Administração Pública do Estado de São
Paulo – CSBD”, bem como as bases de dados da Da Classificação, Reclassificação e Desclassificação
Administração Pública Estadual deverão estar de Documentos, Dados e Informações Sigilosas
disponíveis no Portal Governo Aberto SP e no Artigo 30 - São considerados imprescindíveis à segu-
Portal da Transparência Estadual, nos termos da rança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis
legislação pertinente, com todos os elementos de classificação de sigilo, os documentos, dados e in-
necessários para permitir sua utilização por ter- formações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:
ceiros, como a arquitetura da base e o dicionário
de dados.”; (NR) I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais
ou a integridade do território nacional;
CAPÍTULO IV II - prejudicar ou pôr em risco a condução de
negociações ou as relações internacionais do
Das Restrições de Acesso a Documentos, Dados e País, ou as que tenham sido fornecidas em ca-
Informações ráter sigiloso por outros Estados e organismos
internacionais;
SEÇÃO I III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde
da população;
Disposições Gerais
IV - oferecer elevado risco à estabilidade finan-
Artigo 27 - São consideradas passíveis de restrição de ceira, econômica ou monetária do País;
acesso, no âmbito da Administração Pública Estadual, V - prejudicar ou causar risco a planos ou opera-
duas categorias de documentos, dados e informações: ções estratégicos das Forças Armadas;
I - Sigilosos: aqueles submetidos temporaria- VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pes-
mente à restrição de acesso público em razão quisa e desenvolvimento científico ou tecnológi-
de sua imprescindibilidade para a segurança da co, assim como a sistemas, bens, instalações ou
sociedade e do Estado; áreas de interesse estratégico nacional;
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VII - pôr em risco a segurança de instituições ou I - publicação oficial, pela autoridade máxima
de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e do órgão ou entidade, de tabela de documentos,
seus familiares; dados e informações sigilosas e pessoais, que
em razão de seu teor e de sua imprescindibili-
VIII - comprometer atividades de inteligência,
dade à segurança da sociedade e do Estado ou
bem como de investigação ou fiscalização em
à proteção da intimidade, da vida privada, da
andamento, relacionadas com a prevenção ou
honra e imagem das pessoas, sejam passíveis de
repressão de infrações.
restrição de acesso, a partir do momento de sua
Artigo 31 - Os documentos, dados e informações sigi- produção,
losas em poder de órgãos e entidades da Administra- II - análise do caso concreto pela autoridade res-
ção Pública Estadual, observado o seu teor e em razão ponsável ou agente público competente, e for-
de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade malização da decisão de classificação, reclassi-
ou do Estado, poderão ser classificados nos seguintes ficação ou desclassificação de sigilo, bem como
graus: de restrição de acesso à informação pessoal, que
conterá, no mínimo, os seguintes elementos:
I - ultrassecreto;
a) assunto sobre o qual versa a informação;
II - secreto;
b) fundamento da classificação, reclassificação
III - reservado.
ou desclassificação de sigilo, observados os cri-
§ 1º - Os prazos máximos de restrição de acesso térios estabelecidos no artigo 31 deste decreto,
aos documentos, dados e informações, confor- bem como da restrição de acesso à informação
me a classificação prevista no “caput” e incisos pessoal;
deste artigo, vigoram a partir da data de sua
c) indicação do prazo de sigilo, contado em
produção e são os seguintes:
anos, meses ou dias, ou do evento que defina o
1. ultrassecreto: até 25 (vinte e cinco) anos; seu termo final, conforme limites previstos no
2. secreto: até 15 (quinze) anos; artigo 31 deste decreto, bem como a indicação
do prazo mínimo de restrição de acesso à infor-
3. reservado: até 5 (cinco) anos. mação pessoal;
§ 2º - Os documentos, dados e informações que d) identificação da autoridade que a classificou,
puderem colocar em risco a segurança do Go- reclassificou ou desclassificou.
vernador e Vice-Governador do Estado e res-
pectivos cônjuges e filhos (as) serão classifica- Parágrafo único - O prazo de restrição de acesso
dos como reservados e ficarão sob sigilo até o contar-se-á da data da produção do documento,
término do mandato em exercício ou do último dado ou informação.
mandato, em caso de reeleição.
Artigo 33 - A classificação de sigilo de documentos,
§ 3º - Alternativamente aos prazos previstos no dados e informações no âmbito da Administração Pú-
§ 1º deste artigo, poderá ser estabelecida como blica Estadual, a que se refere o inciso II do artigo 32
termo final de restrição de acesso a ocorrência deste decreto, é de competência:
de determinado evento, desde que este ocorra
antes do transcurso do prazo máximo de clas- I - no grau de ultrassecreto, das seguintes auto-
sificação. ridades:
§ 4º - Transcorrido o prazo de classificação ou a) Governador do Estado;
consumado o evento que defina o seu termo fi-
b) Vice-Governador do Estado;
nal, o documento, dado ou informação tornar-
se-á, automaticamente, de acesso público. c) Secretários de Estado e Procurador Geral do
Estado;
§ 5º - Para a classificação do documento, dado
ou informação em determinado grau de sigilo, d) Delegado Geral de Polícia e Comandante Ge-
deverá ser observado o interesse público da in- ral da Polícia Militar;
formação, e utilizado o critério menos restritivo
II - no grau de secreto, das autoridades referidas
possível, considerados:
no inciso I deste artigo, das autoridades máxi-
1. a gravidade do risco ou dano à segurança da mas de autarquias, fundações ou empresas pú-
sociedade e do Estado; blicas e sociedades de economia mista;
2. o prazo máximo de restrição de acesso ou o III - no grau de reservado, das autoridades re-
evento que defina seu termo final. feridas nos incisos I e II deste artigo e das que
exerçam funções de direção, comando ou chefia,
Artigo 32 - A classificação de sigilo de documentos, ou de hierarquia equivalente, de acordo com re-
dados e informações no âmbito da Administração Pú- gulamentação específica de cada órgão ou enti-
blica Estadual deverá ser realizada mediante: dade, observado o disposto neste decreto.
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Parágrafo único - A pessoa física ou entidade Artigo 42 - A expedição de documento reservado po-
privada que, em razão de qualquer vínculo com derá ser feita mediante serviço postal, com opção de
o poder público executar atividades de trata- registro, mensageiro oficialmente designado, sistema
mento de documentos, dados e informações de encomendas ou, quando for o caso, mala diplomá-
sigilosos e pessoais adotará as providências ne- tica.
cessárias para que seus empregados, prepostos
Parágrafo único - A comunicação dos documen-
ou representantes observem as medidas e pro-
tos de que trata este artigo poderá ser feita por
cedimentos de segurança das informações re-
outros meios, desde que sejam usados recursos
sultantes da aplicação deste decreto.
de criptografia compatíveis com o grau de sigilo
Artigo 38 - O acesso a documentos, dados e informa- do documento, conforme previsto nos artigos 51
ções sigilosos, originários de outros órgãos ou institui- a 56 deste decreto.
ções privadas, custodiados para fins de instrução de
Artigo 43 - Cabe aos agentes públicos credenciados res-
procedimento, processo administrativo ou judicial,
ponsáveis pelo recebimento de documentos sigilosos:
somente poderá ser realizado para outra finalidade se
autorizado pelo agente credenciado do respectivo ór- I - verificar a integridade na correspondência
gão, entidade ou instituição de origem. recebida e registrar indícios de violação ou de
qualquer irregularidade, dando ciência do fato
SUBSEÇÃO I ao seu superior hierárquico e ao destinatário, o
qual informará imediatamente ao remetente;
Da Produção, do Registro, Expedição, Tramitação e
II - proceder ao registro do documento e ao con-
Guarda
trole de sua tramitação.
Artigo 39 - A produção, manuseio, consulta, transmis- Artigo 44 - O envelope interno só será aberto pelo des-
são, manutenção e guarda de documentos, dados e in- tinatário, seu representante autorizado ou autoridade
formações sigilosos observarão medidas especiais de competente hierarquicamente superior, observados os
segurança. requisitos do artigo 62 deste decreto.
Artigo 40 - Os documentos sigilosos em sua expedição Artigo 45 - O destinatário de documento sigiloso co-
e tramitação obedecerão às seguintes prescrições: municará imediatamente ao remetente qualquer indí-
I - deverão ser registrados no momento de sua cio de violação ou adulteração do documento.
produção, prioritariamente em sistema infor- Artigo 46 - Os documentos, dados e informações sigi-
matizado de gestão arquivística de documentos; losos serão mantidos em condições especiais de segu-
II - serão acondicionados em envelopes duplos; rança, na forma do regulamento interno de cada órgão
ou entidade.
III - no envelope externo não constará qualquer
indicação do grau de sigilo ou do teor do docu- Parágrafo único - Para a guarda de documen-
mento; tos secretos e ultrassecretos deverá ser utilizado
IV - o envelope interno será fechado, lacrado cofre forte ou estrutura que ofereça segurança
e expedido mediante relação de remessa, que equivalente ou superior.
indicará, necessariamente, remetente, destina- Artigo 47 - Os agentes públicos responsáveis pela guar-
tário, número de registro e o grau de sigilo do da ou custódia de documentos sigilosos os transmiti-
documento; rão a seus substitutos, devidamente conferidos, quan-
V - para os documentos sigilosos digitais deve- do da passagem ou transferência de responsabilidade.
rão ser observadas as prescrições referentes à
criptografia. SUBSEÇÃO II
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Artigo 56 - Cabe ao órgão responsável pela criptografia § 2º - A publicação de atos administrativos que
de documentos, dados e informações sigilosos provi- trate de documentos, dados e informações sigi-
denciar a sua descriptação após a sua desclassificação. losos para sua divulgação ou execução depen-
derá de autorização da autoridade classificado-
SUBSEÇÃO IV ra ou autoridade competente hierarquicamente
superior.
Da Preservação e Eliminação
Artigo 57 - Aplicam-se aos documentos, dados e in- SUBSEÇÃO VI
formações sigilosos os prazos de guarda estabelecidos
na Tabela de Temporalidade de Documentos das Ati- Da Credencial de Segurança
vidades-Meio, oficializada pelo Decreto nº 48.898, de
Artigo 62 - O credenciamento e a necessidade de co-
27 de agosto de 2004 , e nas Tabelas de Temporalidade
nhecer são condições indispensáveis para que o agente
de Documentos das Atividades-Fim, oficializadas pe-
público estadual no efetivo exercício de cargo, função,
los órgãos e entidades da Administração Pública Esta-
emprego ou atividade tenha acesso a documentos, da-
dual, ressalvado o disposto no artigo 59 deste decreto.
dos e informações sigilosos equivalentes ou inferiores
Artigo 58 - Os documentos, dados e informações si- ao de sua credencial de segurança.
gilosos considerados de guarda permanente, nos ter-
mos dos Decretos nº 48.897 e nº 48.898, ambos de 27 Artigo 63 - As credenciais de segurança referentes aos
de agosto de 2004 , somente poderão ser recolhidos graus de sigilo previstos no artigo 31 deste decreto, se-
à Unidade do Arquivo Público do Estado após a sua rão classificadas nos graus de sigilo ultrassecreta, se-
desclassificação. creta ou reservada.
Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no “caput” Artigo 64 - A credencial de segurança referente à in-
deste artigo, os documentos de guarda permanente de formação pessoal, prevista no artigo 35 deste decreto,
órgãos ou entidades extintos ou que cessaram suas ati- será identificada como personalíssima.
vidades, em conformidade com o artigo 7, § 2º, da Lei
federal nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e com o artigo Artigo 65 - A emissão da credencial de segurança com-
1º, § 2º, do Decreto nº 48.897, de 27 de agosto de 2004. pete às autoridades máximas de órgãos e entidades da
Administração Pública Estadual, podendo ser objeto
Artigo 59 - Decorridos os prazos previstos nas tabelas de delegação.
de temporalidade de documentos, os documentos, da-
dos e informações sigilosos de guarda temporária so- § 1º - A credencial de segurança será concedi-
mente poderão ser eliminados após 1 (um) ano, a con- da mediante termo de compromisso de preser-
tar da data de sua desclassificação, a fim de garantir o vação de sigilo, pelo qual os agentes públicos
pleno acesso às informações neles contidas. responsabilizam-se por não revelarem ou divul-
garem documentos, dados ou informações sigi-
Artigo 60 - A eliminação de documentos dados ou losos dos quais tiverem conhecimento direta ou
informações sigilosos em suporte magnético ou ótico indiretamente no exercício de cargo, função ou
que não possuam valor permanente deve ser feita, por emprego público.
método que sobrescreva as informações armazenadas,
§ 2º - Para a concessão de credencial de segu-
após sua desclassificação.
rança serão avaliados, por meio de investigação,
Parágrafo único - Se não estiver ao alcance do os requisitos profissionais, funcionais e pessoais
órgão a eliminação que se refere o “caput” deste dos propostos.
artigo, deverá ser providenciada a destruição fí- § 3º - A validade da credencial de segurança po-
sica dos dispositivos de armazenamento. derá ser limitada no tempo e no espaço.
§ 4º - O compromisso referido no “caput” deste
SUBSEÇÃO V
artigo persistirá enquanto durar o sigilo dos do-
cumentos a que tiveram acesso.
Da Publicidade de Atos Administrativos
Artigo 61 - A publicação de atos administrativos re- SUBSEÇÃO VII
ferentes a documentos, dados e informações sigilosos
poderá ser efetuada mediante extratos, com autoriza- Da Reprodução e Autenticação
ção da autoridade classificadora ou hierarquicamente
superior. Artigo 66 - Os Serviços de Informações ao Cidadão -
SIC dos órgãos e entidades da Administração Pública
§ 1º - Os extratos referidos no “caput” deste Estadual fornecerão, desde que haja autorização ex-
artigo limitar-se-ão ao seu respectivo núme- pressa das autoridades classificadoras ou das autori-
ro, ao ano de edição e à sua ementa, redigidos dades hierarquicamente superiores, reprodução total
por agente público credenciado, de modo a não ou parcial de documentos, dados e informações sigi-
comprometer o sigilo. losos.
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Noções de Administração Pública
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PM/SP - SOLDADO
Artigo 74 - A pessoa física ou entidade privada que de- Artigo 77 - Aplica-se, no que couber, a Lei federal nº
tiver documentos, dados e informações em virtude de 9.507, de 12 de novembro de 1997, em relação à infor-
vínculo de qualquer natureza com o poder público e mação de pessoa, física ou jurídica, constante de regis-
deixar de observar o disposto na Lei federal nº 12.527, tro ou banco de dados de entidades governamentais
de 18 de novembro de 2011, e neste decreto estará su- ou de caráter público.
jeita às seguintes sanções:
“Artigo 78 – Cabe à Secretaria de Governo:”;
I - advertência; (NR)
II - multa; I - realizar campanha de abrangência estadual
III - rescisão do vínculo com o poder público; de fomento à cultura da transparência na Ad-
ministração Pública Estadual e conscientização
IV - suspensão temporária de participar em lici- do direito fundamental de acesso à informação;
tação e impedimento de contratar com a Admi-
nistração Pública Estadual por prazo não supe- II - promover treinamento de agentes públicos
rior a 2 (dois) anos; no que se refere ao desenvolvimento de práticas
relacionadas à transparência na Administração
V - declaração de inidoneidade para licitar ou Pública Estadual;
contratar com a Administração Pública Estadual,
até que seja promovida a reabilitação perante a III - formular e implementar política de segu-
própria autoridade que aplicou a penalidade. rança da informação, em consonância com as
diretrizes da política estadual de arquivos e ges-
§ 1º - As sanções previstas nos incisos I, III e IV tão de documentos;
deste artigo poderão ser aplicadas juntamente
com a do inciso II, assegurado o direito de de- IV - propor e promover a regulamentação do
fesa do interessado, no respectivo processo, no credenciamento de segurança de pessoas físicas,
prazo de 10 (dez) dias. empresas, órgãos e entidades da Administração
Pública Estadual para tratamento de informa-
§ 2º - A reabilitação referida no inciso V deste ções sigilosas e pessoais.
artigo será autorizada somente quando o inte-
ressado efetivar o ressarcimento ao órgão ou “Artigo 79 – A Ouvidoria Geral do Estado,
entidade dos prejuízos resultantes e decorrido o será responsável pela fiscalização da aplicação
prazo da sanção aplicada com base no inciso IV. da Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de
2011, e deste decreto no âmbito da Administra-
§ 3º - A aplicação da sanção prevista no inciso V ção Pública Estadual, sem prejuízo da atuação
deste artigo é de competência exclusiva da au- dos órgãos de controle interno.”. (NR)
toridade máxima do órgão ou entidade pública,
facultada a defesa do interessado, no respectivo Artigo 80 - Este decreto e suas disposições transitórias
processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura entram em vigor na data de sua publicação.
de vista.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Artigo 75 - Os órgãos e entidades estaduais respon-
dem diretamente pelos danos causados em decorrên- Artigo 1º - Fica instituído Grupo Técnico, junto ao Co-
cia da divulgação não autorizada ou utilização inde- mitê de Qualidade da Gestão Pública - CQGP, visando
vida de documentos, dados e informações sigilosos a promover os estudos necessários à criação, composi-
ou pessoais, cabendo a apuração de responsabilidade ção, organização e funcionamento da Comissão Esta-
funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurado o dual de Acesso à Informação.
respectivo direito de regresso.
Parágrafo único - O Presidente do Comitê de
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica- Qualidade da Gestão Pública designará, no pra-
se à pessoa física ou entidade privada que, em zo de 30 (trinta) dias, os membros integrantes
virtude de vínculo de qualquer natureza com do Grupo Técnico.
órgãos ou entidades estaduais, tenha acesso a
documento, dado ou informação sigilosos ou Artigo 2º - Os órgãos e entidades da Administração
pessoal e a submeta a tratamento indevido. Pública Estadual deverão proceder à reavaliação dos
documentos, dados e informações classificados como
ultrassecretos e secretos no prazo máximo de 2 (dois)
CAPÍTULO VI anos, contado do termo inicial de vigência da Lei fede-
ral nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
Disposições Finais
§ 1º - A restrição de acesso a documentos, dados
Artigo 76 - O tratamento de documento, dado ou in- e informações, em razão da reavaliação previs-
formação sigilosos resultante de tratados, acordos ou ta no “caput” deste artigo, deverá observar os
atos internacionais atenderá às normas e recomenda- prazos e condições previstos na Lei federal nº
ções constantes desses instrumentos. 12.527, de 18 de novembro de 2011.
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Noções de Administração Pública
ANOTAÇÕES
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