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01 LÍNGUA PORTUGUESA

01 ORTOGRAFIA
02 POR QUE, POR QUE, PORQUE, PORQUE
03 ETIMOLOGIA
04 ACENTUAÇÃO
05 SINTAXE
06 PROBLEMAS DE CONSTRUÇÃO DE FRASES
07 CONCORDÂNCIA
08 REGÊNCIA
09 PONTUAÇÃO
10 COLOCAÇÃO DOS PRONOMES
11 SEMÂNTICA
12 MORFOLOGIA
13 ESTRUTURA DAS PALAVRAS
14 FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
15 CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
16 COMPREENSÃO TEXTUAL
17 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
18 FIGURAS DE LINGUAGEM

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Língua Portuguesa

Tudo isso ocorre quando estamos falando. Como,


01 ORTOGRAFIA entretanto, representar esses sons diferentes na escri-
Ortografia é a parte da gramática que trata do ade- ta? Se a cada som correspondesse uma letra diferente,
quado emprego das letras e dos sinais gráficos. levaríamos um tempão para nos alfabetizar, tentando
reter dezenas de sinais gráficos.
A palavra “ortografia” vem do grego orthos ‘di-
reito, correto’ e graphein ‘escrever’. Assim, podemos A decisão foi representar ê e é por uma única letra,
dizer que a ortografia é a parte da gramática que trata e, concentrando os dois sons ô e ó numa única letra, o.
da escrita correta, adequada dos vocábulos.
Essas letras são, sem dúvida, uma abstração, pois
A correção ortográfica é requisito elementar de representam sons diferentes por meio de um mesmo
qualquer texto, e ainda mais importante quando se tra- sinal gráfico.
ta de textos oficiais. Muitas vezes, uma simples troca
Você pode continuar esse exercício, verificando
de letras pode alterar não só o sentido da palavra, mas
de toda uma frase. como representamos graficamente os sons e e i, o e u
quando eles aparecem no final da palavra.
A ortografia é um dos temas permanentes da
Gramática normativa. As línguas de grande circula- Em algumas regiões do Brasil, por exemplo, se diz
ção, sobretudo quando usadas em mais de uma região leite azedo pronunciando as vogais finais ora como -e,
geográfica, precisam de um código ortográfico uni- -o, ora como -i, -u.
forme para facilitar a circulação dos textos. Sem esse
A grafia, porém, será a mesma, usando nas duas
código, torna-se mais difícil sua difusão pelo mundo.
situações as letras e e o. Outra abstração.
Os códigos gráficos perseguem um objetivo que
Durante o período do Português Arcaico, cada co-
nunca será atingido: aproximar a língua escrita da lín-
pista escrevia a mesma palavra como bem entendia.
gua falada.
A partir do séc. XVI passou-se a perseguir a “grafia
Escrever como se fala é impossível: basta lembrar
perfeita” – outra utopia necessária. Sucederam-se vá-
a flutuação da pronúncia em qualquer país, fato que
se acentua num país extenso como o Brasil. As grafias, rias modificações, até que se decidiu regulamentar a
por isso, representam uma sorte de abstratização da matéria por meio de uma legislação própria.
execução linguística, para que se assegure a intercom- A grafia tornou-se, assim, a única manifestação
preensão. linguística regulada por leis específicas. Lembre-se de
Se fôssemos colecionar todos os sons da Língua que nunca se pensou em tratar a língua por meio de
Portuguesa – uma tarefa quase impossível – encontra- leis e decretos.
ríamos depois de algum tempo três tipos: as vogais,
Não há leis formais para a gramática, o léxico, a
sons que passam diretamente pela boca; as consoantes,
semântica e o discurso, ou seja, o modo de construir
sons que sofrem algum tipo de interrupção ou constri-
textos.
ção ao passarem pela boca; e as semivogais, em cuja
produção ficamos a meio caminho do trânsito livre e
do trânsito com impedimentos. PRINCIPAIS MUDANÇAS TRAZIDAS PELO
RECENTE ACORDO ORTOGRÁFICO DA
Fixando a atenção nas vogais, será possível identifi-
LÍNGUA PORTUGUESA
car sete sons diferentes no Português Brasileiro, assim
representados: a – ê – é – i – ô – ó – u.
Alfabeto:
O som ê se distingue do som é, por exemplo, em ele
– ela, este – esta, aquele – aquela, etc. Dizemos ele, este, Anteriormente o alfabeto português era consti-
aquele com ê fechado, para nos referir a uma entidade tuído de 23 letras, sendo cada uma delas escrita em
masculina, e ela, esta, aquela com é aberto, para nos maiúscula e em minúscula. Eram elas:
referir a uma entidade feminina.
Aa(á) - Bb(bê) - Cc(cê) - Dd(dê) - Ee(é) - Ff(efe) -
Analogamente, fechamos a vogal em ovo, formoso Gg(ge/guê) - Hh(agá) - Ii(i) - Jj(jota) - Ll(ele) - Mm(eme)
no singular, mas abrimos em ovos, formosos no plu- - Nn(ene) - Oo(o) - Pp(pê) - Qq(quê) - Rr(erre) - Ss(esse)
ral. Além do gênero e do número, também a pessoa do - Tt(tê) - Uu(u) - Vv(vê) - Xx(xis) - Zz(zê)
verbo pode ser distinguida jogando com vogais aber-
tas e fechadas. Atualmente, com a inclusão das letras Kk(cá),
Ww(dáblio) e Yy(ípsilon), passa a conter 26 letras.
Em feres, a vogal do radical é aberta, concorrendo
com a terminação -s para indicar a segunda pessoa do Porém, antes mesmo do acordo as três letras já eram
singular; em ferimos, ela é fechada, concorrendo com utilizadas em algumas situações, como, por exemplo,
a terminação -mos para indicar a primeira pessoa do para indicar medidas (km, kg, et.) e para expressar pa-
plural. lavras e nomes estrangeiros (Kaiser, Washington, etc.).

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Alterações na acentuação gráfica: Com o Novo Acordo


Nos ditongos abertos éi e ói paroxítonos. Deixou-se de usar o acento agudo para diferenciar esses
pares de palavras:
Antes do Novo Acordo Com o Novo Acordo
ex.: a vida não para, filho. (verbo)
Usava-se acento. Deixou-se de usar o acento. Daqui para lá. (preposição)
estréia (verbo e estreia (verbo e Por que você não pela o gato ainda hoje? (verbo)
substantivo) substantivo) Chute a pela (=bola) para o lateral direito! (substantivo)
Pelo retrovisor do carro, via-se o pardal. (prep. + artigo)
estréio estreio
No polo Norte, a temperatura é baixíssima. (substantivo)
assembléia assembleia Polo (= pelo) amor de Deus, el-Rei!! (por+lo)
platéia plateia
alcatéia alcateia O acento diferencial ainda permanece nos seguin-
colméia colmeia tes casos:
idéia ideia
••pôde (3ª pessoa verbal do pretérito perfeito do
Coréia Coreia
indicativo), para diferenciá-lo de pode (3ª pes-
epopéia epopeia soa verbal do presente do indicativo). Ex.: Joana
geléia geleia não pôde vir ontem à noite para o jantar. Hoje
bóia boia Joana pode vir para o almoço, por isso convi-
de-a.
paranóico paranoico
apóio/apóia (verbo) apoio/apoia (verbo) ••pôr (verbo), para diferenciá-lo da preposição
por. Ex.: afinal, ela tem de pôr (verbo) o avental
Quando oxítonos, os ditongos abertos éi, éu e ói (se-
por (preposição) causa da intensa poeira.
guidos ou não de s) são acentuados. Ex.: anéis, pastéis,
céu(s), troféu(s), herói(s), anzóis, etc.
••ter/vir (e seus derivados) na 3ª pessoa do plu-
ral, para diferenciá-los da 3ª pessoa do singular.
No i e u paroxítonos, antecedidos de um ditongo: Ex.: ela vem/convém/tem/mantém. Elas vêm/
convêm/têm/mantêm.
Antes do Novo Acordo Com o Novo Acordo
Usava-se acento grave. Deixou-se de usar o acento Em palavras terminadas em eem e oo:
grave.
feiúra feiura Antes do Novo Acordo com o Novo Acordo
baiúca baiuca Usava-se acento circunflexo Deixou-se de usar o acento
no primeiro e/o do circunflexo no e/o do
boiúno boiuno
encontro vocálico do hiato. encontro vocálico.
Se o i ou u forem oxítonos (seguidos ou não de s), o eles/elas dêem eles/elas deem
acento permanece. Ex.: Piauí, tuiuiú, etc. vêem veem
crêem creem
Em certas paroxítonas homógrafas: lêem (e seus derivados) leem (e seus derivados)
vôo (verbo e substantivo) voo (verbo e substantivo)
Antes do Novo Acordo
enjôo enjoo
Usava-se acento agudo para diferenciar os seguintes
pares: corôo coroo

pára (verbo) e para (preposição). assôo assoo


ex.: a vida não pára, filho. (verbo) Daqui para lá. zôo zoo
(preposição)
péla (verbo e substantivo)/pélo (verbo) e pela/pelo No u tônico das sequências verbais gue, gui, que,
(combinação da preposição por + artigo definido). qui:
ex.: por que você não péla o gato ainda hoje? (verbo)
Chute a péla (=bola) para o lateral direito! (substantivo) Antes do Novo Acordo Com o Novo Acordo
Pelo retrovisor do carro, via-se o pardal. (prep. + artigo) Usava-se acento. Deixou-se de usar o acento.
pólo (substantivo) e polo (aglutinação antiga e popular (eles) argúem (eles) arguem
de por+lo).
ex.: no pólo Norte, a temperatura é baixíssima. obliqúem obliquem
(substantivo) Polo (= pelo) amor de Deus, el-Rei!! (por+lo) (tu) argúis (tu) arguis

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Trema: Nos topônimos, se o 1o elemento é adjetivo “grão”/“grã”,


Quando pronunciado, o u dos grupos gue, gui, que ou verbo, ou ainda se há artigo entre seus elementos.
e qui. Grão-Pará Traga-Mouros
Grã-Bretanha Baía de Todos-os-Santos
Antes do Novo Acordo Com o Novo Acordo
Passa-Quatro Entre-os-Rios
Recebia trema Deixou de receber trema
Quebra-Costas Trás-os-Montes
lingüiça linguiça
conseqüência consequência
Os demais topônimos compostos devem ser gra-
freqüência frequência
fados sem hífen. ex.: América do Sul, Belo Horizonte,
freqüentar frequentar Cabo Verde, Castelo Branco, Santa Rita do Oeste, etc.
tranqüilo tranquilo (Exceção: Guiné-Bissau.)
argüir arguir
bilíngüe bilíngue Na composição relativa a espécies botânica e zoológica.
agüentar aguentar abóbora-menina ervilha-de-cheiro
cinqüenta cinquenta couve-flor bem-me-quer
delinqüente delinquente feijão-verde cobra-d’água
qüinqüênio quinquênio erva-doce bem-te-vi
sagüi sagui louva-a-deus cobra-capelo
seqüestro sequestro erva-do-chá
eloqüente eloquente
ensangüentado ensanguentado
Se o primeiro elemento é formado pelos advérbios
lingüeta lingueta
“bem”/“mal” + 2o elemento iniciado por vogal ou “h”.
O trema só é usado em palavras estrangeiras e em bem-aventurado mal-afortunado
suas derivadas. ex.: Müller, mülleriano. bem-humorado mal-estar
bem-estar mal-humorado
Hífen:
Aqui, devido à complexidade, apresentaremos O advérbio bem, ao contrário do advérbio mal,
apenas as alterações trazidas no Novo Acordo, sem pode ou não se aglutinar com o segundo elemento,
comparações com a norma anterior. ainda que esse seja iniciado por consoante.
Em palavras compostas por justaposição (radical + Ex.: bem-criado (cf. malcriado), bem-ditoso (cf.
radical), usa-se hífen nas tabelas abaixo. malditoso), bem-nascido (cf. malnascido), bem-visto
(cf. malvisto), etc.
Se o primeiro elemento e o segundo elemento formam
unidade semântica e possuem acento próprio.
ano-luz mato-grossense Se o primeiro elemento é constituído de “além”, “aquém”,
arco-íris sul-africano “recém” e “sem”.
médico-cirurgião azul-claro além-Atlântico recém-casado
cirurgião-dentista primeiro-ministro além-mar recém-nascido
decreto-lei segundo-sargento além-fronteiras sem-terra
rainha-cláudia primo-infecção aquém-fiar sem-teto
tenente-coronel segunda-feira aquém-Pirineus sem-vergonha
tio-avô finca-pé
turma-piloto guarda-chuva
Se os elementos derivam encadeamentos vocabulares
norte-americano conta-gotas ocasionais ou combinações históricas.
guarda-noturno fura-bolo a divisa Liberdade- Angola-Brasil
Igualdade- -Fraternidade
Havendo perda da noção de composição, a palavra
a ponte Rio-Niterói Áustria-Hungria
deve ser grafada sem hífen. ex.: girassol, madressil-
va, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, o percurso Lisboa-Coimbra- Tóquio-Rio de Janeiro
passatempo, etc. Porto

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NÃO SE USA HÍFEN nas locuções de qualquer tipo. Primeiro elemento (= prefixos “circum-” e “pan-”) +
cão de guarda em cima Segundo elemento (iniciado por vogal, “h”, “m”, “n”).
fim de semana (locução por isso (locução adverbial) circum-escolar pan-africano
substantiva) circum-hospitalar pan-helenismo
cor de açafrão abaixo de circum-murado pan-mágico
cor de vinho (locução acerca de circum-navegação pan-negritude
adjetiva)
cada um a fim de (locução Primeiro elemento (= prefixos “hiper-”, “inter-” e “super-”)
prepositiva) + Segundo elemento (iniciado por “r”).
ele próprio a fim de que hiper-requintado super-revista
nós mesmos (locução ao passo que inter-resistente
pronominal)
à parte logo que (locução Após os prefixos “ex-” (no sentido de estado anterior ou
conjuntiva) efeito de cessar), “sota-”, “soto-”, “vice-”, “vizo-”.
ex-aluno sota-piloto
Em palavras derivadas de prefixos/falsos prefixos, ex-diretor soto-mestre
tais como: aero, agro, anti, ante, aquém, arqui, auto,
bio, circum, co, contra, des, eletro, entre, ex, extra, geo, ex-hospedeiro vice-presidente
hidro, hiper, infra, in, inter, intra, macro, maxi, micro, ex-primeiro-ministro vice-reitor
mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseu- ex-presidente vizo-rei
do, retro, semi, sobre, sota, soto, sub, super, supra, tele, ex-rei
ultra, vice, vizo, etc.

Se os prefixos “pós-”, “pré-” e “pró-” forem tônicos e


Usa-se hífen se: graficamente acentuados.
pós-graduação pré-natal
Primeiro elemento (= prefixo/falso prefixo) + segundo pós-tônico pró-africano
elemento (iniciado por “h”).
pré-conceber pró-europeu
anti-higiênico super-homem
pré-escolar pró-reitor
circum-hospitalar ultra-hiperbólico
co-herdeiro eletro-higrômetro Em palavras como pospor, prever, promover não
se usa hífen, pois o prefixo perdeu sua tonicidade pró-
contra-harmônico geo-história
pria.
extra-humano neo-helênico
pré-história pan-helenismo
Não se usa hífen se:
proto-história semi-hospitalar
sub-hepático Primeiro elemento (= prefixo/falso prefixo terminado
em vogal) + Segundo elemento (iniciado por “r” ou “s”,
devendo dobrar essas consoantes).
Após os prefixos des- e in-, o hífen não é usado se a
palavra seguinte perdeu o h. ex.: desumano, desumi- antirreligioso infrassom
dificar, inábil, inapto, inumano, etc. antissemita minissaia
contrarregra biorritmo
Primeiro elemento (= prefixo/falso prefixo terminado por cosseno eletrossiderúrgica
vogal) + Segundo elemento (iniciado por vogal idêntica à contrassenha microssistema
vogal final do prefixo).
extrarregular microrradiografia
anti-ibérico arqui-irmandade
contra-almirante auto-observação Primeiro elemento (= prefixo/falso prefixo terminado por
infra-axilar eletro-ótica vogal) + Segundo elemento (iniciado por vogal diferente).
supra-auricular micro-onda antiaéreo autoaprendizagem
arqui-inimigo semi-internato coeducação agroindustrial
extraescolar hidroelétrica
O prefixo co-, em geral, aglutina-se com o segundo aeroespacial pluriestatal
elemento, ainda que iniciado pela vogal o. ex.: coobri-
gação, coocupante, coordenar, cooperação, etc. autoestrada

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Em palavras derivadas com os sufixos de origem - Pronomes pessoais de tratamento (Vossa Se-
tupi-guarani -açu, -guaçu e -mirim, usa-se hífen. nhoria, Vossa Excelência);

amoré-guaçu capim-açu - Instituições, organizações, grupos (podem ser


religiosos, financeiros, ONGs, entre outros).
anajá-mirim Ceará-mirim
andá-açu
USO DAS LETRAS MINÚSCULAS
Nas formas pronominais.
As letras minúsculas são utilizadas, regra geral, em
substantivos comuns, e nos seguintes casos:
Usa-se o hífen quando colocadas após os verbos (ênclise)
ou no meio deles (mesóclise).
- Na sequência de frases, após ponto-e-vírgula, e,
adorá-lo(s) avistá-la-íamos
também, após exclamação e interrogação, quando não
querê-la(s) contar-te-emos conclusivos (Ex.: Nossa! que dia lindo.);
merecê-lo(s) dar-se-ia
pediu-lhe - Na sequência de frases, após dois-pontos, exceto
quando houver citação;
Caso haja combinações pronominais, usa-se hífen
para separá-las. ex.: eu vo-lo daria, se fosse meu. Caso - Quando se referir a dias da semana, meses do ano
surja alguma novidade, no-las contariam. e horas grafadas por extenso (quinta-feira, janeiro, 12h
(doze horas).
Quando colocadas após o advérbio “eis”.
Ei-lo que surge dentre os desaparecidos! REGRAS ORTOGRÁFICAS
Eis-me pronto para o novo ofício.
Embora as regras comportem muitas exceções, mo-
Caso o final da linha coincida com o uso de hífen, tivo pelo qual não devem ser base principal de estu-
esse sinal gráfico deve ser repetido na linha posterior, do da ortografia, pois é impossível decorar todas as
para fins de clareza gráfica: regras e exceções, trazemos aqui as principais regras,
para auxiliar aqueles que possuem afinidade com essa
No Aeroporto Internacional de São Paulo, estavam o ex- forma de aprendizado.
presidente da Argentina e sua comitiva.
Uso do Ç:
USO DAS LETRAS MAIÚSCULAS Utiliza-se Ç nos seguintes casos: Em palavras deri-
Iniciam-se com maiúsculas, em geral, os substan- vadas de vocábulos terminados com a sílaba –to e –tor:
tivos próprios. Elas estão presentes, também, nos se- - Intuitivo = Intuição - Canto = Canção - Relativo
guintes casos: = Relação - Intento = Intenção - Introspectivo =
Introspecção - Inspetor = Inspeção - Infrator = Infração
- Começo de período, citação, parágrafo;
Utiliza-se em palavras terminadas em –ter e seus
- Nomes próprios ou apelidos (João, Maria, Ri- derivados: Manter = Manutenção Deter = Detenção
cardo); Reter = Retenção

- Cidades, países, estados, províncias , etc. A letra C acompanhada da cedilha (,) também é
(Curitiba, São Paulo, Texas); empregada em palavras derivadas da sílaba –tivo:

- Nomes de ruas, avenidas, praças e rodovias - Ativo = Ação


(Praça XV, Rodovia dos Tropeiros); - Repetitivo = Repetição
- Títulos de jornais, revistas, programas de te- - Produtivo = Produção
levisão e demais periódicos, tanto na forma im-
pressa como via internet; - Relativo = Relação

- Datas comemorativas, períodos ou eventos E, também, quando se retira a letra R para haver a
marcantes da história, movimentos filosóficos e derivação de outra palavra, observe:
políticos (Páscoa, Socialismo, Eleições, Copa do
- Armar = Armação
Mundo);
- Reclamar =
- Identificação de cargos (Diretor, Supervisor,
Técnico, Gerente, etc.); - Reclamação Fundir = Fundição

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Uso do S: O Z também está presente em verbos formados


com radicais que não terminam em S:
Em palavras derivadas de –nder, –ndir:
- Caracterizar
- Repreender = Repreensão - Apreender = Apreensão
- Expandir = Expansão
- Arborizar
- Confundir = Confusão
- Economizar
- Nos sufixos –es, –esa:

- Francês = francesa Quando prefixos com –ez, –eza formam substanti-


vos abstratos a partir de adjetivos:
- Chinês = chinesa

- Irlandês = irlandesa - Polido = polidez Surdo =surdez - Rico = riqueza


Leve= leveza Esperta = esperteza
- Libanês = libanesa

Nos sufixos formadores de adjetivos –ense, –oso, Uso do E:


–osa:
Nos verbos terminados em -UAR e -OAR:
Paranaense, catarinense, cauteloso, cautelosa, bon-
doso, bondosa - Continuar, pontuar, habituar: continue (e não
continui), pontue, habitue.
Após ditongos: - Pausa - Causa - Lousa
- Magoar, entoar, abençoar: magoe (e não magoi),
Uso do SS: entoe, abençoe.

O duplo S é utilizado entre vogais, quando a pala- Quando se usar o prefixo ANTE (anterior, antes),
vra obtiver som de S, caso contrário o som passar a ser como em antevéspera, antebraço e anteontem.
de “Z”. Observe o exemplo a seguir:

- Poso (do verbo posar) som de “z” Uso do I:


- Posso (do verbo poder) som de “s” Verbos terminados em -UIR:

- Diminuir, concluir, possuir: diminui, (e não dimi-


Uso do X:
nue), conclui e possui.
Encontra-se o X, com som de (ch), na maioria dos
casos após os ditongos: caixa, baixa, faixa, frouxo (ex- Quando se usa o prefixo ANTI (contrário), como
ceções: recauchutar, caucho, etc.) em antiácido, antiacadêmico e antibiótico.

Após as sílabas “en” e “me”: Enxada, enxofre, en-


xague, enxoval, enxurrada (exceções: enchente, etc.) Uso do G:

Mexer, mexerica, mexicano (exceções: encher, me- - Substantivos terminados em -agem, -igem e
cha, etc.) -ugem, como vagem, ferrugem, fuligem, mensagem e
viagem. Não observa a regra o substantivo pajem.
O X também é utilizado em palavras de origem
africana e indígena, bem como palavras aportuguesa-
- Em palavras terminadas em -ágio, égio, -ígio, ógio
das de origem árabe ou indiana, incorporadas à língua
e úgio, como pedágio, régio, vestígio, relógio e refúgio.
inglesa e por meio dessa trazida até nós:

- Indígenas: abacaxi, xará, Xavante - Africanas: xin-


Uso do J:
gar, maxixe (fruta do maxixeiro) - Indianas e árabes,
aportuguesadas a partir do inglês: xampu, xerife Na conjugação de verbos cujo infinitivo termine em
-jar ou -jear.
Uso do Z:
- Manejar: manejo, manejas, maneja, manejamos,
Grafa-se em derivados das palavras que terminal
manejais, manejam.
em –zal, –zeiro, –zinho, –zita, – zito, –zada, –zarrão,
–zorra, –zona, –zudo.
Em palavras de origem tupi-guarani ou africana,
Ex.: pezinho, anelzinho, pazada, homenzarrão. como canjica, jiboia, jiló e pajé.

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acompanhada de uma palavra determinando, um arti-


POR QUE, POR QUE, PORQUE, go, por exemplo.
02
PORQUE
- Creio que os verdadeiros porquês mais uma vez
não vieram à luz.
POR QUE
- Não sei o porquê da ausência do Diretor na reu-
A forma por que é a sequência de uma preposição nião.
( por ) e um pronome interrogativo ( que ). É equiva-
lente a “por que motivo”, “por qual razão” vejamos: Ninguém sabe o porquê de tudo isso.

- São esses os motivos por que regressamos = por Resumindo:


que motivo 1) Porquê: é um substantivo, portanto será usado
- Não sei por que razão você acha isso. = por qual quando anteriormente a ele surgir um artigo, um pro-
razão nome adjetivo ou um numeral.

- Existem casos em que por que representa uma se- Ex.: “Ninguém entende o porquê de tanta confu-
quência preposição + pronome relativo, equivalendo a são”.
pelo qual, pelos quais, pelas quais, pela qual . 2)Por quê : será usado em final de frase.
- O túnel por que deveríamos passar desabou on- Ex.: “Ela não me telefonou nem me disse por quê “.
tem. = pelo qual
3)Por que : será usado quando o “que” puder ser
- É difícil a situação por que passamos.= pela qual substituído por “qual”, ou no início de frases interro-
Utiliza-se a forma por que também em frases inter- gativas
rogativas diretas. Ex.: “As causas por que luto são nobres”.
- Por que não vais? - Por que você saiu tão cedo? Por que você não veio trabalhar ontem?

4)Porque: é uma conjunção que inicia oração expli-


PORQUE
cativa, causal ou final.
A forma porque é uma conjunção equivalente a
Ex.: “Nada temo porque nada devo”.
pois, já que, uma vez que

- Faltei à aula ontem porque estava doente

- Perdemos o jogo porque nosso adversário jogou


melhor que nós. 03 ETIMOLOGIA
Porque também pode indicar finalidade, como: Etimologia é o estudo gramatical da origem e his-
para que, a fim de. Trata-se de uso mais frequente na tória das palavras.
linguagem atual. Do grego etumología, a etimologia se preocupa em
- Venha, porque fazemos questão da sua presença. encontrar os chamados étimos (vocábulos que origi-
nam outros) das palavras. Afinal, toda a palavra co-
nhecida possui um significado e derivação de alguma
POR QUÊ outra palavra, que pode pertencer a outro idioma ou a
uma língua que já foi extinta.
E com acento circunflexo? Caso seja colocado no
final de uma frase, que pode ser antes de um ponto Por muitos é considerado o método mais eficaz
final, de interrogação, exclamação, ou um ponto de re- para o estudo da ortografia. No entanto, para uma pro-
ticências, a sequência deve ser grafada por quê , pois, va de concurso o seu estudo é inviável.
o monossílabo que passa a ser tônico.
Enfim, embora seja possível certo conhecimento or-
- Não sei por quê ! tográfico através das suas regras, ou, um conhecimen-
to aprofundado através da etimologia, o que pode le-
- Ainda não terminou? Por quê ? var anos, certamente a melhor maneira de se adquirir
- Você veio aqui por quê? conhecimento suficiente para a prova que se aproxima
é através da leitura.

PORQUÊ Nesse caso, não a leitura simples, mas sim uma


leitura minuciosa(crítica), onde devem ser marcadas
A forma porquê representa um substantivo. palavras que geram qualquer tipo de dúvida para pos-
Significa causa, razão, motivo e normalmente surge terior busca do seu significado nos dicionários.

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Oxítonos:
04 ACENTUAÇÃO
As palavras em que a sílaba mais forte é a última
A acentuação é um fenômeno que se manifesta são acentuadas quando terminadas em:
tanto na língua falada quanto na escrita. No âmbi-
to da fala, marcamos a acentuação das palavras de -a(s): guaraná, atrás, (ele) será, (tu) serás, Amapá,
forma automática, com uma sutil elevação de voz. Pará; -e(s): tevê, clichê, cortês, português, pajé, convés;
Eventualmente, ocorrem dúvidas quanto à pronúncia -o(s): complô, robô, avô, avós, após, quiproquó(s); -em,
que são na verdade dúvidas quanto à acentuação de -ens: armazém, armazéns, também, (ele) provém (eles)
determinada palavra, como nos exemplos: rubrica ou detêm.
rúbrica, Nobel ou Nóbel. Na língua escrita, a acentua-
ção das palavras decorre basicamente da necessidade Observação:
de marcar aqueles vocábulos que, sem acento, pode-
riam ser lidos ou interpretados de outra forma. As palavras tônicas que possuem apenas uma sí-
laba (monossílabos) terminadas em a, e e o seguem
A acentuação gráfica compreende o uso de quatro também esta regra: pá, pé pó, (tu) dás, três, mês, (ele)
sinais: a) o agudo (‘), para marcar a tonicidade das vo- pôs, má, más; assim também os monossílabos verbais
gais a (paráfrase, táxi, já), i (xícara, cível, aí) e u (cú- seguidos de pronome: dá-la, tê-lo, pô-la, etc.
pula, júri, miúdo); e a tonicidade das vogais abertas e
(exército, série, fé) e o (incólume, dólar, só); b) o grave
ENCONTROS VOCÁLICOS
(`), exclusivamente para indicar a ocorrência de crase,
i. é, a ocorrência da preposição a com o artigo feminino
a ou os demonstrativos a, aquele(s), aquela(s), aquilo. Ditongos abertos tônicos:
c) o circunflexo (^), para marcar a tonicidade da vogal
a nasal ou nasalada (lâmpada, câncer, espontâneo), e Os ditongos ei, eu, oi têm a primeira vogal acentua-
das vogais fechadas e (gênero, tênue, português) e o da graficamente quando for aberta e estiver na sílaba
(trôpego, bônus, robô); d) e acessoriamente o til (~), tônica: papéis, réis, mausoléu, céus, corrói, heróis.
para indicar a nasalidade (e em geral a simultânea to-
nicidade) em a e o (cristã, cristão, pães, cãibra; cora-
ções, põe(s), põem). Ditongos ue e ui antecedidos por g ou q:

Leva acento agudo o u quando tônico, e trema


TONICIDADE quando átono: apazigúe, argúi, argúem, averigúe,
obliqúe, obliqúem, e arguir, delinquir, frequente,
aguentar, cinquenta.
Proparoxítonos:
Todas as palavras em que a antepenúltima sílaba
é a mais forte são acentuadas graficamente: câmara, Hiatos em i e u:
estereótipo, falávamos, discutíamos, América, África.
I e u tônicos, finais de sílaba com ou sem s, e pre-
cedidos de vogal não tremada, levam acento agudo
Paroxítonos: quando não forem seguidos de nh: ensaísta, saída, juí-
zes, país, baú(s), saúde, reúne, amiúde (adv.), viúvo
As palavras em que a penúltima sílaba é a mais for-
(mas: bainha, moinho).
te são acentuadas graficamente quando terminam em:

- i(s): júri(s), táxi(s), lápis, tênis; - us: bônus, vírus,


CASOS ESPECIAIS
Vênus; - ã(s), -ão(s): órfã, ímã, órfãs, órgão, órgãos, bên-
ção, bênçãos; -om, -ons: rádom (ou radônio), iâmdom,
nêutron, elétron, nêutrons; -um, -uns: fórum, álbum, Acento grave:
fóruns, álbuns; -l: estável, estéril, difícil, cônsul, útil;
-n: hífen, pólen, líquen; -r: açúcar, éter, mártir, fêmur; É usado sobre a letra a, para indicar a ocorrência de
-x: látex, fênix, sílex, tórax; -ps: bíceps, fórceps. crase (do grego krásis, mistura, fusão) da preposição a
com o artigo ou demonstrativo feminino a, as ou com
Observações: os demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: enca-
minhar a a Procuradoria > encaminhar à Procuradoria;
a) a regra de acentuar paroxítonos terminados em devido a a gestão do Ministro > devido à gestão do
i ou r não se aplica aos prefixos terminados nessas le- Ministro; falar a a Secretária > falar à Secretária.
tras: anti-, semi-, hemi-, arqui-, super-, hiper-, alter-, Emprega-se, ainda:
inter-, etc.
– para diferenciar a preposição a do artigo femini-
b) Atente para o fato de que a regra dos paroxíto- no singular a em locuções como à caneta, à máquina;
nos terminados em -en não se aplica ao plural dessas
palavras nem a outras com a terminação -ens: liquens, – em locuções em que significa à moda, à maneira
hifens, itens, homens, nuvens, etc. (de): sair à francesa, discurso à Rui Barbosa, etc.

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Acento diferencial: •Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjunti-


vas: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes.
Marca a diferença entre homógrafos ou homófonos
Exemplo: Saímos à noite; À medida que o tempo passa
exclusivamente nos seguintes casos:
as amizades aumentam.
– têm (eles) para distingui-lo de tem (ele), e vêm
•Antes dos Pronomes demonstrativos (aquilo,
(eles), distinto de vem (ele); (vale nos derivados: eles
aquela, aquele). Exemplos: No mês de abril, voltamos
detêm, provêm, distinto de detém, provém (ele); àquela praia; Refere-se àquilo que aconteceu ontem na
– pôde (pretérito perfeito) distinto de pode (pre- festa.
sente); – fôrma (substantivo) distinto de forma (verbo •A expressão “à moda”, por exemplo: As roupas
formar); – vocábulos tônicos (abertos ́/fechados ^) que são à moda francesa; No restaurante a comida era à
têm homógrafos átonos: moda mineira.

Não se utiliza crase:


Tônicos:
•Antes de palavras masculinas, por exemplo: Jorge
côa, côas (v. coar) pêro, Pêro póra(s) (surra); pôla(s)
tem um carro a álcool; Samuel comprou um jipe a die-
(broto vegetal) pólo(s) (eixo, jogo); pôlo(s) (filhote de
sel.
gavião) pôr (verbo)
•Antes de verbos que não indiquem destino, por
exemplo: Estava disposto a salvar a menina.
Átonos:
coa, coas (com a, com as) para (preposição) pela, •Antes de artigos (um, uns, uma, umas) e prono-
pelas (por a(s) pelo, pelos (por o(s), pera (forma arcaica mes indefinidos (outra, alguém, qualquer, certa), por
de para) pero (forma arcaica de mas) pola(s) (forma exemplo: Chegou a uma hora; Todo dia perguntava a
arcaica de por a(s)) polo(s) (forma arcaica de por o(s)) outra professora sobre as aulas.
por (preposição) As palavras acima listadas compõem •Antes de pronomes pessoais do caso reto (eu, tu,
a relação completa das que recebem acento diferencial. ele, nós, vós, eles) e do caso oblíquo me, mim, comigo,
Várias são arcaísmos em desuso. te, ti, contigo, se, si, o, lhe), por exemplo: Falamos a ela
sobre o ocorrido; Ofereceram a mim as entradas para
Til: o cinema.

Tem como função primeira a de indicar a nasali- •Antes dos pronomes demonstrativos (isso, esse,
zação das vogais a e o, mas eventualmente acumula este, esta, essa), por exemplo: Era a isso que nos refe-
também a função de marcar a tonicidade (chã, manhã, ríamos; Quando aderir a esse plano, a internet ficará
cristã, cãibra). Acrescente-se, por fim, que as regras mais barata.
para acentuação gráfica valem igualmente para no-
•Antes de nomes de cidade que não utilizam o arti-
mes próprios (América, Brasília, Suécia, Pará, Chuí, go feminino, por exemplo: Fomos à Itália.
Maceió, etc.) e para abreviaturas de palavras acentua-
das (página – pág., páginas – págs., século – séc.). •Palavras repetidas: dia a dia, frente a frente, cara a
cara, gota a gota, ponta a ponta, por exemplo: Ficamos
A acentuação de palavras estrangeiras ainda não cara a cara na festa de final de ano; Dia a dia nos co-
aportuguesadas segue as regras da língua a que per- nhecemos melhor.
tencem: détente, habitué, vis-à-vis (francês).

Dicas para o uso da crase:


CRASE
•Para saber se ocorre crase, em alguns casos, subs-
A palavra crase é de origem grega “Krâsis” e sig- titui-se a palavra feminina por masculina, ou seja, o
nifica fusão, mistura, junção. Dessa forma, a crase cor- “a” por “ao” e se a preposição for aceita sem alterar o
responde a união do artigo definido “a (s)” e da pre- sentido, então com certeza há crase. Por exemplo: Vou
posição “a” marcada pelo acento grave: à (a+a). Além à escola, Vou ao colégio
disso, essa fusão pode ocorrer nos pronomes demos-
•É facultativo o uso da crase antes dos pronomes
trativos: àquele, àquela, àquilo.
possessivos, por exemplo: Mandou presentes de natal
A crase é usada: à sua família ou Mandou presentes de natal a sua fa-
mília. Da mesma maneira antes do “até”, o uso é facul-
•Antes de palavras femininas.Exemplos: Fui à bi- tativo : Fui até à praça ou Fui até à praça
blioteca; Fomos à loja.
•Para saber se a crase é utilizada nos verbos de des-
•Quando acompanham verbos que indicam desti- tino temos a expressão: “Vou a, volto da, crase há! vou
no: ir, voltar, vir. Exemplos: Vou à loja de meu irmão; a, volto de, crase pra quê?” Vou à Europa, Volto da
Fomos à feira. Europa; Foi a Roma, voltou de Roma.

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Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos


05 SINTAXE elementos que compõem uma oração (os parênteses
indicam os elementos que podem não ocorrer):
SINTAXE (do grego syntáxis ‘arranjo, disposição’) (sujeito) - verbo - (complementos) - (adjunto adver-
É a parte da Gramática que estuda a palavra, bial).
não em si, mas em relação às outras, que com ela se Podem ser identificados seis padrões básicos para
unem para exprimir o pensamento. É o capítulo mais as orações pessoais na língua portuguesa (a função
importante da Gramática, porque, ao disciplinar as que vem entre parênteses é facultativa e pode ocorrer
relações entre as palavras, contribui de modo funda-
em ordem diversa):
mental para a clareza da exposição e para a ordenação
do pensamento.
1. Sujeito - verbo intransitivo - (Adjunto Adverbial).
É importante destacar que o conhecimento das O Presidente - regressou - (ontem).
regras gramaticais, sobretudo neste capítulo da
sintaxe, é condição necessária para a boa redação, mas 2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto -
não constitui condição suficiente. A concisão, clare- (adjunto adverbial). O Chefe da Divisão - assinou - o
za, formalidade e precisão, elementos essenciais da termo de posse - (na manhã de terça-feira).
redação oficial, somente serão alcançadas mediante a
prática da escrita e a leitura de textos escritos em bom 3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indi-
português. reto - (adjunto adverbial). O Brasil - precisa - de gente
honesta - (em todos os setores).
Dominar bem o idioma, seja na forma falada, seja
na forma escrita, não significa apenas conhecer exce-
ções gramaticais: é imprescindível, isso sim, conhecer 4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj.
em profundidade as regularidades da língua. direto - obj. indireto - (adj. Adv.). Os desempregados
- entregaram - suas reivindicações - ao Deputado - (no
Veremos, a seguir, alguns pontos importantes da Congresso).
sintaxe, relativos à construção de frases, concordância,
regência, colocação pronominal e pontuação. 5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento
adverbial - (adjunto adverbial). A reunião do Grupo
de Trabalho - ocorrerá - em Buenos Aires - (na próxi-
ma semana). O Presidente - voltou - da Europa - (na
PROBLEMAS DE CONSTRUÇÃO DE sexta-feira)
06
FRASES
6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto
A clareza e a concisão na forma escrita são alcan- adverbial). O problema - será - resolvido - prontamen-
çadas principalmente pela construção adequada da te.
frase.
Esses seriam os padrões básicos para as orações,
A função essencial da frase é desempenhada pelo ou seja as frases que possuem apenas um verbo con-
predicado, que para Adriano da Gama Kury pode ser jugado. Na construção de períodos, as várias funções
entendido como “a enunciação pura de um fato qual- podem ocorrer em ordem inversa à mencionada, mis-
quer”. Sempre que a frase possuir pelo menos um ver- turando-se e confundindo-se.
bo, recebe o nome de período, que terá tantas orações
quantos forem os verbos não auxiliares que o consti-
tuem. Não interessa aqui análise exaustiva de todos os
padrões existentes na língua portuguesa. O que
Outra função relevante é a do sujeito – mas não in- importa é fixar a ordem normal dos elementos
dispensável, pois há orações sem sujeito, ditas impes- nesses seis padrões básicos. Acrescente-se que
soais –, de quem se diz algo, cujo núcleo é sempre um períodos mais complexos, compostos por duas ou
substantivo. mais orações, em geral podem ser reduzidos aos
padrões básicos (de que derivam).
Sempre que o verbo o exigir, teremos nas orações
substantivos (nomes ou pronomes) que desempenham
a função de complementos (objetos direto e indireto, Os problemas mais frequentemente encontrados na
predicativo e complemento adverbial). construção de frases dizem respeito à má pontuação, à
ambiguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos
Função acessória desempenham os adjuntos adver- paralelismos, erros de comparação, etc. Decorrem, em
biais, que vêm geralmente ao final da oração, mas que geral, do desconhecimento da ordem das palavras na
podem ser ou intercalados aos elementos que desem- frase. Indicam-se, a seguir, alguns desses defeitos mais
penham as outras funções, ou deslocados para o início comuns e recorrentes na construção de frases, registra-
da oração. dos em documentos oficiais.

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SUJEITO Nesta frase temos, nas duas orações subordinadas


que completam o sentido da principal, duas estruturas
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que diferentes para ideias equivalentes: a primeira oração
executa a ação enunciada na oração. Ele pode ter com- (economizar energia) é reduzida de infinitivo, enquan-
plemento, mas não ser complemento. Devem ser evita- to a segunda (que elaborassem planos de redução de
das, portanto, construções como: despesas) é uma oração desenvolvida introduzida
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. pela conjunção integrante que.
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda.
Há mais de uma possibilidade de escrevê-la com
Errado: Apesar das relações entre os países estarem clareza e correção; uma seria a de apresentar as duas
cortadas, (...). Certo: Apesar de as relações entre os paí- orações subordinadas como desenvolvidas, introduzi-
ses estarem cortadas, (...). das pela conjunção integrante que:
Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim. Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos
Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim. Ministérios que economizassem energia e (que) elabo-
rassem planos para redução de despesas.
Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos,
(...). Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, Outra possibilidade: as duas orações são apresen-
(...). tadas como reduzidas de infinitivo: Certo: Pelo aviso
circular, recomendou-se aos Ministérios economizar
Errado: Apesar da Assessoria ter informado em energia e elaborar planos para redução de despesas.
tempo, (...). Certo: Apesar de a Assessoria ter informa-
do em tempo, (...). Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela
na coordenação de orações subordinadas.

FRASES FRAGMENTADAS
Mais um exemplo de frase inaceitável na língua es-
A fragmentação de frases consiste em pontuar uma crita culta:
oração subordinada ou uma simples locução como se
fosse uma frase completa. Decorre da pontuação er- Errado: No discurso de posse, mostrou determina-
rada de uma frase simples. Embora seja usada como ção, não ser inseguro, inteligência e ter ambição.
recurso estilístico na literatura, a fragmentação de fra- O problema aqui decorre de coordenar palavras
ses devem ser evitada nos textos oficiais, pois muitas (substantivos) com orações (reduzidas de infinitivo).
vezes dificulta a compreensão. Ex.:
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou
Errado: O programa recebeu a aprovação do por transformá-la em frase simples, substituindo as
Congresso Nacional. Depois de ser longamente de- orações reduzidas por substantivos:
batido. Certo: O programa recebeu a aprovação do
Congresso Nacional, depois de ser longamente deba- Certo: No discurso de posse, mostrou determina-
tido. Certo: Depois de ser longamente debatido, o pro- ção, segurança, inteligência e ambição. Ou empregar
grama recebeu a aprovação do Congresso Nacional. a forma oracional reduzida uniformemente: Certo: No
discurso de posse, mostrou ser determinado e seguro,
Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente ter inteligência e ambição.
submetido ao Presidente da República, que o aprovou.
Consultadas as áreas envolvidas na elaboração do tex-
to legal. Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso
paralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equi-
Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente valente) a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao
submetido ao Presidente da República, que o aprovou, se apresentar, de forma paralela, estruturas sintáticas
consultadas as áreas envolvidas na elaboração do tex- distintas:
to legal.
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e
o Papa.
ERROS DE PARALELISMO
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cida-
Uma das convenções estabelecidas na linguagem des (Paris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma
escrita consiste em apresentar ideias similares numa possibilidade de correção é transformá-la em duas fra-
forma gramatical idêntica, o que se chama de parale- ses simples, com o cuidado de não repetir o verbo da
lismo. Assim, incorre-se em erro ao conferir forma não primeira (visitar):
paralela a elementos paralelos. Vejamos alguns exem-
plos: Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma.
Nesta última capital, encontrou-se com o Papa.
Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos
Ministérios economizar energia e que elaborassem Errado: O projeto tem mais de cem páginas e muita
planos de redução de despesas. complexidade.

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Aqui repete-se a equivalência gramatical indevida: ERROS DE COMPARAÇÃO


estão em coordenação, no mesmo nível sintático, o nú-
mero de páginas do projeto (um dado objetivo, quan- A omissão de certos termos ao fazermos uma com-
tificável) e uma avaliação sobre ele (subjetiva). Pode-se paração, omissão própria da língua falada, deve ser
reescrever a frase de duas formas: ou faz-se nova ora- evitada na língua escrita, pois compromete a clareza
ção com o acréscimo do verbo ser, rompendo, assim, o do texto: nem sempre é possível identificar, pelo con-
desajeitado paralelo: texto, qual o termo omitido. A ausência indevida de
um termo pode impossibilitar o entendimento do sen-
Certo: O projeto tem mais de cem páginas e é muito tido que se quer dar a uma frase:
complexo. Ou se dá forma paralela harmoniosa trans-
formando a primeira oração também em uma avalia- Errado: O salário de um professor é mais baixo do
ção subjetiva: Certo: O projeto é muito extenso e com- que um médico. A omissão de termos provocou uma
plexo. O emprego de expressões correlativas como não comparação indevida: “o salário de um professor”
só ... mas (como) também; tanto ... quanto (ou como); com “um médico”.
nem ... nem; ou ... ou; etc. costuma apresentar proble-
mas quando não se mantém o obrigatório paralelismo Certo: O salário de um professor é mais baixo do
entre as estruturas apresentadas. que o salário de um médico. Certo: O salário de um
professor é mais baixo do que o de um médico.
Nos dois exemplos abaixo, rompe-se o paralelismo
pela colocação do primeiro termo da correlação fora Errado: O alcance do Decreto é diferente da
de posição. Portaria.
Errado: Ou Vossa Senhoria apresenta o projeto, ou Novamente, a não repetição dos termos compa-
uma alternativa. Certo: Vossa Senhoria ou apresenta o rados confunde. Alternativas para correção: Certo: O
projeto, ou propõe uma alternativa. alcance do Decreto é diferente do alcance da Portaria.
Errado: O interventor não só tem obrigação de
Certo: O alcance do Decreto é diferente do da
apurar a fraude como também a de punir os culpados.
Portaria.
Certo: O interventor tem obrigação não só de apurar a
fraude, como também de punir os culpados. Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais
Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provo- verbas do que os Ministérios do Governo.
cado pelo uso inadequado da expressão e que num pe- No exemplo acima, a omissão da palavra “outros”
ríodo que não contém nenhum que anterior. (ou “demais”) acarretou imprecisão:
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e
que tem sólida formação acadêmica. Para corrigir a Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais
frase, ou suprimimos o pronome relativo: Certo: O verbas do que os outros Ministérios do Governo.
novo procurador é jurista renomado e tem sólida for- Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais ver-
mação acadêmica. Ou suprimimos a conjunção, que bas do que os demais Ministérios do Governo.
está a coordenar elementos díspares:

Certo: O novo procurador é jurista renomado, que AMBIGUIDADE


tem sólida formação acadêmica. Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada
Outro exemplo de falso paralelismo com e que: em mais de um sentido.

Errado: Neste momento, não se devem adotar me- A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade
didas precipitadas, e que comprometam o andamento de identificar-se a que palavra se refere um pronome
de todo o programa. que possui mais de um antecedente na terceira pessoa.
Pode ocorrer com:
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo
anterior aqui podemos ou suprimir a conjunção:
a) pronomes pessoais:
Certo: Neste momento, não se devem adotar medi- Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretaria-
das precipitadas, que comprometam o andamento de do que ele seria exonerado.
todo o programa.

Ou estabelecer forma paralela coordenando ora- Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu
ções adjetivas, recorrendo ao pronome relativo que e secretariado.
ao verbo ser:
Ou então, caso o entendimento seja outro:
Certo: Neste momento, não se devem adotar me-
didas que sejam precipitadas e que comprometam o Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a
andamento de todo o programa. exoneração deste.

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b) pronomes possessivos e pronomes oblíquos: Períodos Coordenados e Conjunções Coordenati-


vas:
Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da
República, em seu discurso, e solicitou sua intervenção As conjunções coordenativas unem elementos de
no seu Estado, mas isso não o surpreendeu. mesma natureza (substantivo + substantivo; adjetivo
+ adjetivo; advérbio + advérbio; e oração + oração). Em
Observe-se a multiplicidade de ambiguidade períodos, as orações por elas introduzidas recebem a
no exemplo acima, as quais tornam virtualmente mesma classificação, a saber:
inapreensível o sentido da frase.
Aditivas: relacionam pensamentos similares. São
Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o duas: e e nem. A primeira une duas afirmações; a se-
Presidente da República. gunda, duas negações:
No pronunciamento, solicitou a intervenção fede- O Embaixador compareceu à reunião e manifestou
ral em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente o interesse do seu governo no assunto. O Embaixador
da República. não compareceu à reunião, nem manifestou o interesse
de seu governo no assunto.
c) pronome relativo: Adversativas: relacionam pensamentos que se
Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que opõem ou contrastam. A conjunção adversativa por
eu costumava trabalhar. excelência é mas. Outras palavras também têm força
adversativa na relação entre ideias: porém, todavia,
Não fica claro se o pronome relativo da segunda contudo, entretanto, no entanto.
oração se refere a mesa ou a gabinete, essa ambigui-
dade se deve ao pronome relativo que, sem marca de O piloto gosta de automóveis, mas prefere deslo-
gênero. car-se em aviões.

A solução é recorrer às formas o qual, a qual, os O piloto gosta de automóveis; prefere, porém, des-
quais, as quais, que marcam gênero e número. locar-se em aviões.

Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu Alternativas: relacionam pensamentos que se ex-
costumava trabalhar. Se o entendimento é outro, en- cluem. As conjunções alternativas mais utilizadas são:
tão: Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu ou, quer...quer, ora...ora, já...já.
costumava trabalhar. Há, ainda, outro tipo de ambi-
guidade, que decorre da dúvida sobre a que se refere O Presidente irá ao encontro (ou) de automóvel, ou
a oração reduzida: Ambíguo: Sendo indisciplinado, o de avião. Conclusivas: relacionam pensamentos tais
Chefe admoestou o funcionário. que o segundo contém a conclusão do enunciado no
primeiro. São: logo, pois, portanto, consequentemente,
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo aci- por conseguinte, etc.
ma, deve-se deixar claro qual o sujeito da oração re-
duzida. Claro: O Chefe admoestou o funcionário por A inflação é o maior inimigo da Nação; logo, é meta
ser este indisciplinado. Ambíguo: Depois de exami- prioritária do governo eliminá-la.
nar o paciente, uma senhora chamou o médico. Claro: Explicativas: relacionam pensamentos em sequên-
Depois que o médico examinou o paciente, foi chama- cia justificativa, de tal modo que a segunda oração ex-
do por uma senhora. plica a razão de ser da primeira. São: que, pois, por-
que, portanto.
TIPOS DE ORAÇÕES E EMPREGO DE
Aceite os fatos, pois eles são o espelho da realidade.
CONJUNÇÕES

As conjunções são palavras invariáveis que ligam Períodos Subordinados e Conjunções Subordina-
orações, termos da oração ou palavras. Estabelecem tivas:
relações entre orações e entre os termos sintáticos, que
podem ser de dois tipos: As conjunções subordinativas unem duas orações
de natureza diversa: a que é introduzida pela con-
a) de coordenação de ideias de mesmo nível, e junção completa o sentido da oração principal ou lhe
de elementos de idêntica função sintática; acrescenta uma determinação. As orações subordina-
das desenvolvidas (i. é, aquelas que apresentam verbo
b) de subordinação, para estabelecer hierarquia em uma das formas finitas, indicativo ou subjuntivo)
entre as ideias, e permitir que uma oração com- e as conjunções empregadas em cada modalidade de
plemente o sentido da outra. subordinação são as seguintes:

Por esta razão, o uso apropriado das conjunções é Substantivas: desempenham funções de substanti-
de grande importância: seu emprego indevido gera vo, ou seja, sujeito, objeto direto, objeto indireto, pre-
imprecisão ou combinações errôneas de ideias. dicativo.

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Podem ser introduzidas pelas conjunções integran- b) Concessivas: embora, conquanto, ainda que,
tes que, se, como; pelos pronomes relativos, que, quem, posto que, se bem que, etc. O orçamento foi aprovado,
quantos; e pelos pronomes interrogativos quem, (o) embora os preços estivessem altos.
que, quanto(a)(s), qual (is), como, onde, quando. De
acordo com a função que exercem, as orações são clas- c) Condicionais: se, caso, contanto que, sem que,
sificadas em: uma vez que, dado que, desde que, etc. O Presidente
baixará uma medida provisória se houver necessi-
a) subjetivas: É surpreendente que as transforma- dade. Informarei o Secretário sobre a evolução dos
ções ainda não tenham sido assimiladas. Quem não acontecimentos contanto que ele guarde sigilo daquilo
tem competência não se estabelece. que ouvir.

b) objetivas diretas: O Ministro anunciou que os d) Conformativas: como, conforme, consoante, se-
recursos serão liberados. gundo, etc.

c) objetivas indiretas: A liberação dos recursos de- Despachei o processo conforme determinava a pra-
pende de que o Ministro a autorize. xe em vigor.

d) predicativas: O problema do projeto foi que nin- e) Comparativas: que, do que (relacionados a mais,
guém previu todas as suas consequências. menos, maior, menor, melhor, pior); qual (relacionado
a tal); como ou quanto (relacionados a tal, tanto, tão);
Adjetivas: desempenham a função de adjetivo, res- como se; etc.
tringindo o sentido do substantivo a que se referem,
ou simplesmente lhe acrescentando outra caracterís- Nada é tão importante como (ou quanto) o respeito
tica. São introduzidas pelos pronomes relativos que, aos direitos humanos. f) Consecutivas: que (relacio-
o (a) qual, quem, quanto, cujo, como, onde, quando. nado com tal, tão, tanto, tamanho); de modo que, de
Podem ser, portanto: maneira que; etc.

e) restritivas: Só poderão inscrever-se os candida- O descontrole monetário era tal que não restou ou-
tos que preencheram todos os requisitos para o con- tra solução senão o congelamento.
curso.
g) Finais: para que ou por que, a fim de que, que,
etc.
f) não-restritivas (ou explicativas):
O pai trabalha muito para (ou a fim de ) que nada
O Presidente da República, que tem competência
falte aos filhos.
exclusiva nessa matéria, decidiu encaminhar o projeto.

Observe que o fato de a oração adjetiva restringir, h) Proporcionais: à medida ou proporção que, ao
ou não, o substantivo (nome ou pronome) a que se re- passo que, etc.
fere repercute na pontuação. Na frases de a), a oração
adjetiva especifica que não são todos os candidatos que As taxas de juros aumentavam à proporção (ou me-
poderão inscrever-se, mas somente aqueles que preen- dida) que a inflação crescia.
cherem todos os requisitos para o concurso. Como se
verifica pelo exemplo, as orações adjetivas restritivas i) Temporais: quando, apenas, mal, até que, assim
não são pontuadas com vírgula em seu início. Já em b) que, antes ou depois que, logo que, tanto que, etc. O
temos o exemplo contrário: como só há um Presidente acordo será celebrado quando alcançar-se um enten-
da República, a oração adjetiva não pode especificá-lo, dimento mínimo. Apenas iniciado o mandato, o go-
mas apenas agregar alguma característica ou atributo vernador decretou a moratória da dívida pública do
dele. Este segundo tipo de oração vem, obrigatoria- Estado.
mente, precedido por vírgula anteposta ao prenome
relativo que a introduz.
Orações Reduzidas:
Adverbiais: que cumprem a função de advérbios.
A mesma classificação das orações subordinadas
As conjunções que com mais frequência conectam es-
desenvolvidas vale para as reduzidas, aquelas em que
sas orações vêm listadas ao lado da denominação de
o verbo está em uma das três formas nominais (infi-
cada modalidade. As orações adverbiais são classifi-
nitivo, particípio e gerúndio). Mencionemos alguns
cadas de acordo com a ideia expressa por sua função
exemplos:
adverbial:

a) Causais: porque; como, desde que, já que, vis- a) substantivas: são sempre reduzidas de infinitivo
to, uma vez que (antepostos). O Coronel assumiu o (pois este é a forma nominal substantiva do verbo): É
comando porque o General havia falecido. Como o obrigatório revisar o texto. O Chefe prefere refazer ele
General havia falecido, o Coronel assumiu o comando. mesmo o texto. Eu gosto de reler todos os textos.

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O grande objetivo é escrever bem. a) Há três casos de sujeito inexistente:


– com verbos de fenômenos meteorológicos:
b) adjetivas:
Choveu (geou, ventou...) ontem.
Havia lá um arquivo contendo leis e decretos.
– em que o verbo haver é empregado no sentido de
c) adverbiais: ocorrem na forma reduzida as ora- existir ou de tempo transcorrido:
ções causais, concessivas, condicionais, consecutivas,
Haverá descontentes no governo e na oposição.
finais e temporais:
Havia cinco anos não ia a Brasília.
Irritou-se por andar excessivamente atarefado.
Apesar de ler muito gramática, não escreve bem. Errado: Se houverem dúvidas favor perguntar.
Elaborado com atenção, o texto melhora muito. Certo: Se houver dúvidas favor perguntar.
Não conseguia trabalhar sem concentrar-se. Começou
a correr (,) para chegar a tempo. Falando com o Para certificar-se de que esse haver é impessoal,
Ministro, mencione o novo projeto. basta recorrer ao singular do indicativo: Se há ( e nun-
ca: *hão) dúvidas... Há (e jamais: *Hão) descontentes...

– em que o verbo fazer é empregado no sentido


de tempo transcorrido: Faz dez dias que não durmo.
07 CONCORDÂNCIA Semana passada fez dois meses que iniciou a apuração
das irregularidades. Errado: Fazem cinco anos que não
A concordância é o processo sintático segundo o vou a Brasília.
qual certas palavras se acomodam, na sua forma, às
palavras de que dependem. Certo: Faz cinco anos que não vou a Brasília.

Essa acomodação formal se chama “flexão” e se dá São muito frequentes os erros de pessoalização
quanto a gênero e número (nos adjetivos – nomes ou dos verbos haver e fazer em locuções verbais (ou seja,
quando acompanhados de verbo auxiliar). Nestes ca-
pronomes), números e pessoa (nos verbos). Daí a divi-
sos, os verbos haver e fazer transmitem sua impessoa-
são: concordância nominal e concordância verbal.
lidade ao verbo auxiliar:

Concordância Verbal: Errado: Vão fazer cinco anos que ingressei no


Serviço Público. Certo: Vai fazer cinco anos que ingres-
Regra geral: o verbo concorda com seu sujeito em sei no Serviço Público.
pessoa e número. Os novos recrutas mostraram muita
disposição. Errado: Depois das últimas chuvas, podem haver
centenas de desabrigados. Certo: Depois das últimas
Se o sujeito for simples, isto é, se tiver apenas um chuvas, pode haver centenas de desabrigados.
núcleo, com ele concorda o verbo em pessoa e número:
O Chefe da Seção pediu maior assiduidade. A infla- Errado: Devem haver soluções urgentes para estes
ção deve ser combatida por todos. Os servidores do problemas. Certo: Deve haver soluções urgentes para
Ministério concordaram com a proposta. estes problemas.

Quando o sujeito for composto, ou seja, possuir b) Concordância facultativa com sujeito mais pró-
mais de um núcleo, o verbo vai para o plural e para ximo: quando o sujeito composto figurar após o verbo,
a pessoa que tiver primazia, na seguinte ordem: a 1a pode este flexionar-se no plural ou concordar com o
elemento mais próximo.
pessoa tem prioridade sobre a 2a e a 3a; a 2a sobre a
3a; na ausência de uma e outra, o verbo vai para a 3a Venceremos eu e você. – ou: Vencerei eu e você. –
pessoa. ou, ainda:
Eu e Maria queremos viajar em maio. Eu, tu e João Vencerá você e eu.
somos amigos. O Presidente e os Ministros chegaram
logo. c) Quando o sujeito composto for constituído de
palavras sinônimas (ou quase), formando um todo
Observação: Por desuso do pronome vós e respec- indiviso, ou de elementos que simplesmente se refor-
tivas formas verbais no Brasil, tu e ... leva o verbo para çam, a concordância é facultativa, ou com o elemento
a 3a pessoa do plural: Tu e o teu colega devem (e não mais próximo ou com a ideia plural contida nos dois
deveis) ter mais calma. ou mais elementos:

Analisaremos a seguir algumas questões que costu- A sociedade, o povo une-se para construir um país
mam suscitar dúvidas quanto à correta concordância mais justo. – ou então: A sociedade, o povo unem-se
verbal. para construir um país mais justo.

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d) O substantivo que se segue à expressão um e sição à concordância lógica, que se faz com o núcleo
outro fica no singular, mas o verbo pode empregar-se sintático do sintagma (ou locução) nominal (a maio-
no singular ou no plural: ria + de...):

Um e outro decreto trata da mesma questão jurídi- A maioria dos condenados acabou (ou acaba-
ca. – ou: Um e outro decreto tratam da mesma questão ram) por confessar sua culpa. Um grande número de
jurídica. Estados aprovaram (ou aprovou) a Resolução da ONU.

e) As locuções um ou outro, ou nem um, nem ou- Metade dos Deputados repudiou (ou repudiaram)
tro, seguidas ou não de substantivo, exigem o verbo as medidas.
no singular:
j) Concordância do verbo ser: segue a regra geral
Uma ou outra opção acabará por prevalecer. Nem (concordância com o sujeito em pessoa e número),
uma, nem outra medida resolverá o problema. mas nos seguintes casos é feita com o predicativo: –
quando inexiste sujeito:
f) No emprego da locução um dos que, admite-se
dupla sintaxe, verbo no singular ou verbo no plural Hoje são dez de julho. Agora são seis horas. Do
(prevalece este no uso atual): Planalto ao Congresso são duzentos metros. Hoje é dia
quinze.
Um dos fatores que influenciaram (ou influenciou)
a decisão foi a urgência de obter resultados concretos. – quando o sujeito refere-se a coisa e está no sin-
A adoção da trégua de preços foi uma das medidas gular e o predicativo é substantivo no plural: Minha
que geraram (ou gerou) mais impacto na opinião pú- preocupação são os despossuídos. O principal erro fo-
blica. ram as manifestações extemporâneas.

– quando os demonstrativos tudo, isto, isso, aquilo


g) O verbo que tiver como sujeito o pronome re- ocupam a função de sujeito: Tudo são comemorações
lativo quem tanto pode ficar na terceira pessoa do no aniversário do município. Isto são as possibilidades
singular, como concordar com a pessoa gramatical do concretas de solucionar o problema. Aquilo foram gas-
antecedente a que se refere o pronome: tos inúteis.
Fui eu quem resolveu a questão. – ou: Fui eu quem
– quando a função de sujeito é exercida por palavra
resolvi a questão.
ou locução de sentido coletivo: a maioria, grande nú-
mero, a maior parte, etc.
h) Verbo apassivado pelo pronome se deve con-
cordar com o sujeito que, no caso está sempre expres- A maioria eram servidores de repartições extintas.
so e vem a ser o paciente da ação ou o objeto direto na Grande número (de candidatos) foram reprovados no
forma ativa correspondente: exame de redação. A maior parte são pequenos inves-
tidores. – quando um pronome pessoal desempenhar
Vendem-se apartamentos funcionais e residências a função de predicativo: Naquele ano, o assessor espe-
oficiais. Para obterem-se resultados são necessários sa- cial fui eu. O encarregado da supervisão és tu. O autor
crifícios. do projeto somos nós.
Compare: apartamentos são vendidos e resultados Nos casos de frases em que são empregadas ex-
são obtidos; vendem apartamentos e obtiveram resul-
pressões é muito, é pouco, é mais de, é menos de o
tados. Verbo transitivo indireto (i. é, que rege preposi-
verbo ser fica no singular:
ção) fica na terceira pessoa do singular; o se, no caso,
não é apassivador pois verbo transitivo indireto não é Três semanas é muito. Duas horas é pouco.
apassivável: *O prédio é carecido de reformas. Trezentos mil é mais do que eu preciso.
É tratado de questões preliminares. Assim, o cor-
reto é: Assiste-se a mudanças radicais no País. (E não l) Concordância do Infinitivo:
*Assistem-se a...) Precisa-se de homens corajosos para Uma das peculiaridades da língua portuguesa é o
mudar o País. (E não *Precisam-se de...) Trata-se de infinitivo flexionável: esta forma verbal, apesar de no-
questões preliminares ao debate. (E não *Tratam-se minalizada, pode flexionar-se concordando com o seu
de...) sujeito. Simplificando o assunto, controverso para os
gramáticos, valeria dizer que a flexão do infinitivo só
i) Expressões de sentido quantitativo (grande cabe quando ele tem sujeito próprio, em geral distinto
número de, grande quantidade de, parte de, grande do sujeito da oração principal:
parte de, a maioria de, a maior parte de, etc) acompa-
nhadas de complemento no plural admitem concor- Chegou ao conhecimento desta Repartição estarem a sal-
dância verbal no singular ou no plural. Nesta última vo todos os atingidos pelas enchentes. (sujeito do infinitivo:
hipótese, temos “concordância ideológica”, por opo- todos os atingidos pelas enchentes)

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A imprensa estrangeira noticia sermos nós os respon-


sáveis pela preservação da Amazônia. (sujeito do infinitivo: 08 REGÊNCIA
nós)
Regência é, em gramática, sinônimo de dependên-
Não admitimos sermos nós... Não admitem serem eles... cia, subordinação.
O Governo afirma não existirem tais doenças no País. (sujeito
da oração principal: o governo; sujeito do infinitivo: tais Assim, a sintaxe de regência trata das relações
doenças) Ouvimos baterem à porta. (sujeito (do infinitivo) de dependência que as palavras mantêm na frase.
indefinido plural, como em Batem (ou Bateram) à porta) Dizemos que um termo rege o outro que o comple-
menta.
O infinitivo é inflexionável nas combinações com
outro verbo de um só e mesmo sujeito – a esse outro Numa frase, os termos regentes ou subordinantes
verbo é que cabe a concordância: (substantivos, adjetivos, verbos) regem os termos regi-
dos ou subordinados (substantivos, adjetivos, preposi-
As assessoras podem (ou devem) ter dúvidas quanto à ções) que lhes completam o sentido.
medida. Os sorteados não conseguem conter sua alegria.
Queremos (ou precisamos, etc.) destacar alguns pormenores.
Termos Regentes:
Nas combinações com verbos factitivos (fazer, dei-
xar, mandar...) e sensitivos (sentir, ouvir, ver...) o infi- amar, amor insistiu, insistência persuadiu obedien-
nitivo pode concordar com seu sujeito próprio, ou dei- te, obediência cuidado, cuidadoso ouvir
xar de fazê-lo pelo fato de esse sujeito (lógico) passar a
objeto direto (sintático) de um daqueles verbos: Termos Regidos:
O Presidente fez (ou deixou, mandou) os assessores en- a Deus. em falar. o Senador a que votasse. à lei. com
trarem (ou entrar). Sentimos (ou vimos, ouvimos) os cole- a revisão do texto. música.
gas vacilarem (ou vacilar) nos debates.
Como se vê pelos exemplos acima, os termos regen-
Naturalmente, o sujeito semântico ou lógico do in- tes podem ser substantivos e adjetivos (regência nomi-
finitivo que aparece na forma pronominal acusativa nal) ou verbos (regência verbal), e podem reger outros
(o,-lo, -no e flexões) só pode ser objeto do outro verbo: substantivos e adjetivos ou preposições.
O Presidente fê-los entrar (e não *entrarem) Sentimo-los As dúvidas mais frequentes quanto à regência di-
(ou Sentiram-nos, Sentiu-os, Viu-as) vacilar (e não *vacila- zem respeito à necessidade de determinada palavra
rem). reger preposição, e qual deve ser essa preposição.

Considerando que, em regra, a regência dos nomes


Concordância Nominal: segue a dos verbos que lhes correspondem (viajar de
Regra geral: adjetivos (nomes ou pronomes), arti- trem: viagem de trem; anotar no caderno: anotação
gos e numerais concordam em gênero e número com no caderno...) analisaremos a seguir alguns casos de
os substantivos de que dependem: regência verbal que costumam criar dificuldades na
língua escrita.
Todos os outros duzentos processos examinados... Todas
as outras duzentas causas examinadas...
Regência de Alguns Verbos de Uso Frequente:
Alguns casos que suscitam dúvida:
••Anuir: concordar, condescender: transitivo indi-
a) anexo, incluso, leso: como adjetivos, concordam
reto com a preposição a: Todos anuíram àquela pro-
com o substantivo em gênero e número: Anexa à pre-
posta. O Governo anuiu de boa vontade ao pedido do
sente Exposição de Motivos, segue minuta de Decreto.
sindicato.
Vão anexos os pareceres da Consultoria Jurídica.
Remeto inclusa fotocópia do Decreto. Silenciar nesta
circunstância seria crime de lesa-pátria (ou de leso-pa- ••Aproveitar: aproveitar alguma coisa ou aprovei-
triotismo). tar-se de alguma coisa. Aproveito a oportunidade para
manifestar repúdio ao tratamento dado a esta matéria.
b) a olhos vistos é locução com função adverbial, O relator aproveitou-se da oportunidade para emitir
invariável, portanto: Lúcia envelhecia a olhos vistos. A sua opinião sobre o assunto.
situação daquele setor vem melhorando a olhos vistos.

c) possível: em expressões superlativas, este adje- ••Aspirar: no sentido de respirar, é transitivo di-
tivo ora aparece invariável, ora flexionado (embora no reto: Aspiramos o ar puro da montanha. Aspirá-lo. –
português, moderno se prefira empregá-lo no plural): no sentido de desejar ardentemente, de pretender, é
As características do solo são as mais variadas possí- transitivo indireto, regendo a preposição a: O projeto
veis. As características do solo são as mais variadas aspira à estabilidade econômica da sociedade. Aspira
possível. a ela. Aspirar a um cargo. Aspirar a ele.

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••Assistir: no sentido de auxiliar, ajudar, socorrer, (incumbir-lhe) alguma coisa: O Presidente incumbiu
é transitivo direto: Procuraremos assistir os atingidos ao Chefe do Cerimonial preparar a visita do dignitário
pela seca (assisti-los). O direito que assiste ao autor estrangeiro.
de rever sua posição. O direito que lhe assiste... – no
sentido de estar presente, comparecer, ver é transitivo ••Informar: informar alguém (informá-lo) de algu-
indireto, regendo a preposição a: Não assisti à reunião ma coisa: Informo Vossa Senhoria de que as providên-
ontem. Não assisti a ela. Assisti a um documentário cias solicitadas já foram adotadas. – informar a alguém
muito interessante. Assisti a ele. Nesta acepção, o ver- (informar-lhe) alguma coisa: Muito agradeceria infor-
bo não pode ser apassivado; assim, em linguagem cul- mar à autoridade interessada o teor da nova proposta.
ta formal, é incorreta a frase: “A reunião foi assistida
por dez pessoas”. ••Obedecer: obedecer a alguém ou a alguma coisa
(obedecer-lhe): As reformas obedeceram à lógica do
••Atender: O Prefeito atendeu ao pedido do verea- programa de governo. É necessário que as autoridades
dor. O Presidente atendeu o Ministro (atendeu-o) em constituídas obedeçam aos preceitos da Constituição.
sua reivindicação. Ou O Presidente atendeu ao Minis- Todos lhe obedecem.
tro (atendeu a ele) em sua reivindicação.
••Pedir: pedir a alguém (pedir-lhe) alguma coi-
••Avisar: avisar alguém (avisá-lo) de alguma coisa: sa: Pediu ao assessor o relatório da reunião. – pedir
O Tribunal Eleitoral avisou os eleitores da necessidade a alguém (pedir-lhe) que faça alguma coisa: (“Pedir
do recadastramento. a alguém para fazer alguma coisa” é linguagem oral,
vulgar, informal.) Pediu aos interessados (pediu-lhes)
••Comparecer: comparecer a (ou em) algum lugar que (e não *para que) procurassem a repartição do Mi-
ou evento: Compareci ao(ou no) local indicado nas nistério da Saúde.
instruções. A maioria dos delegados compareceu à (ou
na) reunião ••Preferir: preferir uma coisa (preferi-la) a outra
(evite: “preferir uma coisa do que outra”): Prefiro a de-
••Compartilhar: compartilhar alguma (ou de algu- mocracia ao totalitarismo. Vale para a forma nominal
ma) coisa: O povo brasileiro compartilha os (ou dos) preferível: Isto é preferível àquilo (e não preferível do
ideais de preservação ambiental do Governo. que...).

••Consistir: consistir em alguma coisa (consistir de ••Propor-se: propor-se (fazer) alguma coisa ou a
é anglicismo): O plano consiste em promover uma tré- (fazer) alguma coisa: O decreto propõe-se disciplinar
gua de preços por tempo indeterminado. (ou a disciplinar) o regime jurídico das importações.

••Custar: no sentido usual de ter valor, valer: A ••Referir: no sentido de ‘relatar’ é transitivo direto:
casa custou um milhão de cruzeiros. Referiu as informações (referiu-as) ao encarregado.

– no sentido de ser difícil, este verbo se usa na 3a ••Visar: com o sentido de ter por finalidade, a re-
pessoa do sing., em linguagem culta formal: gência originária é transitiva indireta, com a preposi-
ção a. Tem- se admitido, contudo, seu emprego com o
Custa-me entender esse problema. (Eu) custo a en- transitivo direto com essa mesma acepção: O projeto
tender esse problema – é linguagem oral, escrita infor- visa ao estabelecimento de uma nova ética social (visa
mal, etc. a ele). Ou: visa o estabelecimento (visa-o). As provi-
dências visavam ao interesse (ou o interesse) das clas-
Custou-lhe aceitar a argumentação da oposição.
ses desfavorecidas.
(Como sinônimo de demorar, tardar – Ele custou a
aceitar a argumentação da oposição – tb. é linguagem Observação: Na língua escrita culta, os verbos que
oral, vulgar, informal.) regem determinada preposição, ao serem empregados
em orações introduzidas por pronome relativo, man-
••Declinar: declinar de alguma coisa (no sentido de têm essa regência, embora a tendência da língua fala-
rejeitar): Declinou das homenagens que lhe eram devi- da seja aboli-la.
das. implicar: no sentido de acarretar, produzir como
consequência, é transitivo direto – implicá-lo: Ex.: Esses são os recursos de que o Estado dispõe (e
não recursos que dispõe, próprio da linguagem oral ou
O Convênio implica a aceitação dos novos preços escrita informal).
para a mercadoria. (O Convênio implica na aceitação...
– é inovação sintática bastante frequente no Brasil. Apresentou os pontos em que o Governo tem in-
Mesmo assim, aconselha-se manter a sintaxe originá- sistido (e não pontos que o Governo...). Já as orações
ria: implica isso, implica-o...) subordinadas substantivas introduzidas por conjun-
ção integrante (que, como e se) dispensam o emprego
••Incumbir: incumbir alguém (incumbi-lo) de al- da preposição: O Governo insiste que a negociação é
guma coisa: Incumbi o Secretário de providenciar a imprescindível. Não há dúvida que o esforço é funda-
reserva das dependências. – ou incumbir a alguém mental. Lembre como revisar um texto.

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Brasileiros, é chegada a hora de buscar o entendi-


09 PONTUAÇÃO mento. Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da
Lógica. O homem, que é um ser mortal, deve sempre
Os sinais de pontuação, ligados à estrutura sintáti-
pensar no amanhã.
ca, têm as seguintes finalidades:

••assinalar as pausas e as inflexões da voz (a en- f) a vírgula também é empregada para indicar a
toação) na leitura; elipse (ocultação) de verbo ou outro termo anterior:
O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria,
••separar palavras, expressões e orações que,
os particulares. (A vírgula indica a elipse do verbo re-
segundo o autor, devem merecer destaque;
gulamenta.) Às vezes procura assistência; outras, toma
••esclarecer o sentido da frase, eliminando am- a iniciativa. (A vírgula indica a elipse da palavra ve-
biguidades. zes.)

VÍRGULA g) nas datas, separam-se os topônimos: São Paulo,


22 de março de 2016. Brasília, 15 de agosto de 2016.
A vírgula serve para marcar as separações breves
É importante registrar que constitui erro crasso usar
de sentido entre termos vizinhos, as inversões e as in-
a vírgula entre termos que mantêm entre si estreita li-
tercalações, quer na oração, quer no período.
gação sintática – p. ex., entre sujeito e verbo, entre ver-
A seguir, indicam-se alguns casos principais de bos ou nomes e seus complementos.
emprego da vírgula:
Errado: O Presidente da República, indicou, sua
posição no assunto. Certo: O Presidente da República
a) para separar palavras ou orações paralelas jus- indicou sua posição no assunto.
tapostas, i. é, não ligadas por conjunção:
Nos casos de o sujeito ser muito extenso, admite-se,
Chegou a Brasília, visitou o Ministério das Relações no entanto, que a vírgula o separe do predicado para
Exteriores, levou seus documentos ao Palácio do Buriti, conferir maior clareza ao período. Ex.: Os Ministros
voltou ao Ministério e marcou a entrevista. de Estado escolhidos para comporem a Comissão e os
Secretários de Governo encarregados de supervisionar
Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são o andamento das obras, devem comparecer à reunião
qualidades a serem observadas na redação oficial. do próximo dia 15.

O problema que nesses casos o político enfrenta,


b) as intercalações, por cortarem o que está sinta- sugere que os procedimentos devem ser revistos.
ticamente ligado, devem ser colocadas entre vírgulas:
O processo, creio eu, deverá ir logo a julgamento. A PONTO E VÍRGULA
democracia, embora (ou mesmo) imperfeita, ainda é o
melhor sistema de governo. O ponto-e-vírgula, em princípio, separa estruturas
coordenadas já portadoras de vírgulas internas. É tam-
bém usado em lugar da vírgula para dar ênfase ao que
c) expressões corretivas, explicativas, escusativas, se quer dizer. Ex.: Sem virtude, perece a democracia; o
tais como isto é, ou melhor, quer dizer, data venia, que mantém o governo despótico é o medo.
ou seja, por exemplo, etc., devem ser colocadas entre
vírgulas: As leis, em qualquer caso, não podem ser infringi-
das; mesmo em caso de dúvida, portanto, elas devem
O político, a meu ver, deve sempre usar uma lin- ser respeitadas.
guagem clara, ou seja, de fácil compreensão. As
Nações Unidas decidiram intervir no conflito, ou por Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos,
outra, iniciaram as tratativas de paz. cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

I – cancelamento da naturalização por sentença


d) Conjunções coordenativas intercaladas ou pos- transitada em julgado;
postas devem ser colocadas entre vírgulas:
II – incapacidade civil absoluta;
Dedicava-se ao trabalho com afinco; não obtinha, III – condenação criminal transitada em julgado,
contudo, resultados. O ano foi difícil; não me queixo, enquanto durarem seus efeitos;
porém. Era mister, pois, levar o projeto às últimas con-
sequências. IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta
ou prestação alternativa, nos termos do art. 5o, VIII;

e) Vocativos, apostos, orações adjetivas não-restri- V – improbidade administrativa, nos termos do art.
tivas (explicativas) devem ser separados por vírgula: 37, § 4o.

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DOIS PONTOS em 1962. “Mutatis mutandis”, o novo projeto é idênti-


co ao anteriormente apresentado.
Emprega-se este sinal de pontuação para introdu-
zir citações, marcar enunciados de diálogo e indicar ••nas citações de textos legais, as alíneas devem
um esclarecimento, um resumo ou uma consequência estar entre aspas: O tema é tratado na alínea “a” do
do que se afirmou. artigo 146 da Constituição.
Ex.: Como afirmou o Marquês de Maricá em suas Atualmente, no entanto, tem sido tolerado o uso de
Máximas: “Todos reclamam reformas, mas ninguém itálico como forma de dispensar o uso de aspas, exceto
se quer reformar.” na hipótese de citação textual.
Encerrado o discurso, o Ministro perguntou: – Foi A pontuação do trecho que figura entre aspas segui-
bom o pronunciamento? – Sem dúvida: todos parecem rá as regras gramaticais correntes. Caso, por exemplo,
ter gostado. Mais que mudanças econômicas, a busca
o trecho transcrito entre aspas terminar por ponto-fi-
da modernidade impõe sobretudo profundas altera-
nal, este deverá figurar antes do sinal de aspas que en-
ções dos costumes e das tradições da sociedade; em
cerra a transcrição. Exemplo: O art. 2o da Constituição
suma: uma transformação cultural.
Federal – “São Poderes da União, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
PONTO DE INTERROGAÇÃO Judiciário.” – já figurava na Carta anterior.

O ponto-de-interrogação, como se depreende de


seu nome, é utilizado para marcar o final de uma frase PARENTESES
interrogativa direta:
Os parênteses são empregados nas orações ou ex-
Até quando aguardaremos uma solução para o pressões intercaladas. Observe que o ponto-final vem
caso? antes do último parêntese quando a frase inteira se
acha contida entre parêntese:
Qual será o sucessor do Secretário?
“Quanto menos a ciência nos consola, mais adquire
Não cabe ponto-de-interrogação em estruturas condições de nos servir.” (José Guilherme Merquior)
interrogativas indiretas (em geral em títulos): O que
é linguagem oficial – Por que a inflação não baixa – O Estado de Direito (Constituição Federal, art.
Como vencer a crise – Etc. 1o) define-se pela submissão de todas as relações ao
Direito.
PONTO DE EXCLAMAÇÃO
TRAVESSÃO
O ponto-de-exclamação é utilizado para indicar
surpresa, espanto, admiração, súplica, etc. Seu uso na O travessão, que é um hífen prolongado (–), é em-
redação oficial fica geralmente restrito aos discursos e pregado nos seguintes casos:
às peças de retórica:

Povo deste grande País! Com nosso trabalho che- a) substitui parênteses, vírgulas, dois-pontos:
garemos lá!
O controle inflacionário – meta prioritária do
Governo – será ainda mais rigoroso. As restrições ao
ASPAS livre mercado – especialmente o de produtos tecnolo-
gicamente avançados – podem ser muito prejudiciais
As aspas têm os seguintes empregos: para a sociedade.

••usam-se antes e depois de uma citação textual:


b) indica a introdução de enunciados no diálogo:
A Constituição da República Federativa do Brasil, Indagado pela comissão de inquérito sobre a proce-
de 1988, no parágrafo único de seu artigo 1o afirma: dência de suas declarações, o funcionário respondeu:
“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio – Nada tenho a declarar a esse respeito.
de representantes eleitos ou diretamente”.

••dão destaque a nomes de publicações, obras de c) indica a substituição de um termo, para evitar
arte, intitulativos, apelidos, etc.: O artigo sobre o pro- repetições: O verbo fazer (vide sintaxe do verbo –), no
cesso de desregulamentação foi publicado no “Jornal sentido de tempo transcorrido, é utilizado sempre na
do Brasil”. A Secretaria da Cultura está organizando 3a pessoa do singular: faz dois anos que isso aconte-
uma apresentação das “Bachianas”, de Villa Lobos. ceu. d) dá ênfase a determinada palavra ou pensamen-
to que segue: Não há outro meio de resolver o pro-
••destacam termos estrangeiros: O processo da blema – promova-se o funcionário. Ele reiterou suas
“détente” teve início com a Crise dos Mísseis em Cuba, ideias e convicções – energicamente.

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b) relativos: quem, o qual, que, quanto, cujo, como,


10 COLOCAÇÃO DOS PRONOMES onde, quando: Os homens que se prezam sabem que
Será oportuno relembrar a posição das formas oblí- devem pensar antes no interesse público que nos pes-
soais. O chefe de departamento com quem nos entre-
quas átonas dentro do quadro geral dos pronomes
vistamos afirmou que o problema está resolvido.
pessoais:
c) interrogativos: quem, (o) que, qual, quanto(a)(s);
Retos: como, onde, quanto. Quem nos apresentou o projeto?
Quanto tempo se perde!
••eu tu ele, ela
d) conjunções subordinativas: quando, se, como,
••nós vós eles, elas porque, que, enquanto, embora, logo que, etc. Lembrei
de confirmar a reserva no voo quando me despedia do
chefe da divisão. Se eles se dispusessem ao diálogo...
Oblíquos átonos: Logo que o vi, chamei-o para o despacho. O infinitivo
••me te se, lhe, o, a nos vos se, lhes, os, as precedido de uma das palavras ou expressões mencio-
nadas acima, admite o pronome átono em próclise ou
ênclise. Ex.: Nada lhe contamos para não o aborrecer
Oblíquos Tônicos: (ou para não aborrecê-lo).
••mim, comigo ti, contigo si, consigo conosco
convosco MESÓCLISE
••si, consigo Usa-se o pronome no meio da forma verbal, quando
esta estiver no futuro simples do presente ou do pre-
Trata-se, aqui, de examinar a colocação das formas térito do indicativo. Ex.: Quando for possível, transmi-
oblíquas átonas, que constituem com o verbo um todo tir-lhes-ei mais informações. Ser-nos-ia útil contar com
fonético. São colocados, frequentemente, após a forma o apoio de todos.
verbal (ênclise); muitas vezes, antes (próclise); mais ra-
Fica prejudicada a mesóclise quando houver, antes
ramente, intercalam-se a ela (mesóclise).
do futuro do presente ou do pretérito, uma das pala-
A Gramática tradicional tem disciplinado a matéria vras ou expressões que provocam a próclise:
– para a linguagem escrita formal – da maneira como
Nada lhe diremos (e não *Nada dir-lhe-emos) até
se expõe a seguir.
termos confirmação do fato. Essa é a resposta que lhe
enviaríamos (e não *que enviar-lhe-íamos) caso ele
ÊNCLISE voltasse ao assunto. Espera o Estado que a União lhe
dará (e não *que ... dar-lhe-á) mais verbas.
As formas verbais do infinitivo pessoal, do impera-
tivo afirmativo e do gerúndio exigem a ênclise prono-
minal. Ex.: Cumpre comportar-se bem. Essas ordens CASOS ESPECIAIS
devem cumprir-se rigorosamente. a) É inviável a ênclise com o particípio. Ex.: A in-
Aqui estão as ordens: cumpra-as. Aventurou-se flação havia-se aproximado (nunca: *havia aproxima-
pelo desconhecido, afastando-se dos objetivos iniciais. do-se) de limites intoleráveis. Jamais nos tínhamos en-
fraquecido (e não: *tínhamos enfraquecido-nos) tanto.
Se o gerúndio vier precedido da preposição em, an- Tê-lo-ia afetado (e não *Teria afetado-lhe) o isolamento
tepõe-se o pronome (próclise): Em se tratando de uma constante?
situação de emergência, justifica-se a mobilização de
b) Colocação do pronome átono em locuções e com-
todos os recursos. A ênclise é forçosa em início de fra-
binações verbais. Nas combinações de verbo pessoal
se. Ou seja: não se principia frase com pronome átono.
(auxiliar ou não) + infinitivo, o pronome átono pode
Ex.: Pediram-lhe (e não *Lhe pediram) que compare-
ser colocado antes ou depois do primeiro verbo, ou
cesse à reunião do Congresso.
depois do infinitivo. Ex.: Devemos-lhe dizer a verda-
de. Ou: Nós lhe devemos dizer a verdade. Ou, ainda:
PRÓCLISE Devemos dizer-lhe a verdade.

Como norma geral, deve-se colocar o pronome áto- No caso, a próclise com o infinitivo é própria da
no antes do verbo, quando antes dele houver uma pa- linguagem oral, ou escrita informal: Devemos lhe di-
lavra pertencente a um dos seguintes grupos: zer ... Evite-se esta colocação na redação oficial. Se, no
caso mencionado, houver palavra que exige a próclise,
a) palavras negativas: não, nada, nunca, jamais, só duas posições serão possíveis para o pronome áto-
nem, nenhum, ninguém. O assessor não lhes forneceu no: antes do auxiliar (próclise) ou depois do infinitivo
detalhes do projeto? Jamais nos afastaremos das pro- (ênclise). Ex.: Não lhe devemos dizer a verdade. Não
messas de campanha; devemos dizer-lhe a verdade.

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gem estrangeira (os estrangeirismos), que vêm para


11 SEMÂNTICA designar ou exprimir realidades não contempladas no
repertório anterior da língua portuguesa.
SEMÂNTICA (do grego semantiké, i. é, téchne se- A redação oficial não pode alhear-se dessas trans-
mantiké ‘arte da significação’) formações, nem incorporá-las acriticamente. Quanto
A semântica estuda o sentido das palavras, expres- às novidades vocabulares, elas devem sempre ser usa-
sões, frases e unidades maiores da comunicação ver- das com critério, evitando-se aquelas que podem ser
bal, os significados que lhe são atribuídos. Ao conside- substituídas por vocábulos já de uso consolidado sem
rarmos o significado de determinada palavra, levamos prejuízo do sentido que se lhes quer dar.
em conta sua história, sua estrutura (radical, prefixos,
De outro lado, não se concebe que, em nome de su-
sufixos que participam da sua forma) e, por fim, do
posto purismo, a linguagem das comunicações oficiais
contexto em que se apresenta.
fique imune às criações vocabulares ou a empréstimos
Quando analisamos o sentido das palavras na re- de outras línguas. A rapidez do desenvolvimento tec-
dação oficial, ressaltam como fundamentais a história nológico, por exemplo, impõe a criação de inúmeros
da palavra e, obviamente, os contextos em que elas novos conceitos e termos, ditando de certa forma a ve-
ocorrem. locidade com que a língua deve incorporá-los. O im-
portante é usar o estrangeirismo de forma consciente,
A história da palavra, em sentido amplo, vem a ser buscar o equivalente português quando houver, ou
a respectiva origem e as alterações sofridas no correr conformar a palavra estrangeira ao espírito da língua
do tempo, ou seja, a maneira como evoluiu desde um portuguesa.
sentido original para um sentido mais abrangente ou
mais específico. Em sentido restrito, diz respeito à tra- O problema do abuso de estrangeirismos inúteis
dição no uso de determinado vocábulo ou expressão. ou empregados em contextos em que não cabem, é em
geral causado ou pelo desconhecimento da riqueza vo-
São esses dois aspectos que devem ser considera- cabular de nossa língua, ou pela incorporação acrítica
dos na escolha deste ou daquele vocábulo. do estrangeirismo.
Sendo a clareza um dos requisitos fundamentais de
todo texto oficial, deve-se atentar para a tradição no HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
emprego de determinada expressão com determinado
sentido. O emprego de expressões ditas “de uso consa- Muitas vezes temos dúvidas no uso de vocábulos
grado” confere uniformidade e transparência ao senti- distintos provocadas pela semelhança ou mesmo pela
do do texto. Mas isto não quer dizer que os textos ofi- igualdade de pronúncia ou de grafia entre eles. É o
ciais devam limitar- se à repetição de chavões e clichês. caso dos fenômenos designados como homonímia e
paronímia.
Verifique sempre o contexto em que as palavras
estão sendo utilizadas. Certifique-se de que não há A homonímia é a designação geral para os casos
repetições desnecessárias ou redundâncias. Procure em que palavras de sentidos diferentes têm a mesma
sinônimos ou termos mais precisos para as palavras grafia (os homônimos homógrafos) ou a mesma pro-
repetidas; mas se sua substituição for comprometer o núncia (os homônimos homófonos).
sentido do texto, tornando-o ambíguo ou menos claro,
Os homógrafos podem coincidir ou não na pro-
não hesite em deixar o texto como está.
núncia, como nos exemplos: quarto (aposento) e quar-
É importante lembrar que o idioma está em to (ordinal), manga (fruta) e manga (de camisa), em
constante mutação. A própria evolução dos costumes, que temos pronúncia idêntica; e apelo (pedido) e apelo
das ideias, das ciências, da política, enfim da vida (com e aberto, 1a pess. do sing do pres. do ind. do ver-
social em geral, impõe a criação de novas palavras bo apelar), consolo (alívio) e consolo (com o aberto, 1a
e formas de dizer. Na definição de Serafim da Silva pess. do sing. do pres. do ind. do verbo consolar), com
Neto, a língua: pronúncia diferente.

“(...) é um produto social, é uma atividade do espí- Os homógrafos de idêntica pronúncia diferenciam-
rito humano. Não é, assim, independente da vontade se pelo contexto em que são empregados. Não há dú-
do homem, porque o homem não é uma folha seca ao vida, por exemplo, quanto ao emprego da palavra são
sabor dos ventos veementes de uma fatalidade desco- nos três sentidos: a) verbo ser, 3a pess. do pl. do pres.,
nhecida e cega. Não está obrigada a prosseguir na sua b) saudável e c) santo.
trajetória, de acordo com leis determinadas, porque as
línguas seguem o destino dos que as falam, são o que Palavras de grafia diferente e de pronúncia igual
delas fazem as sociedades que as empregam.” (homófonos) geram dúvidas ortográficas. Caso, por
exemplo, de acento/assento, coser/cozer, dos prefixos
Assim, continuamente, novas palavras são criadas ante-/anti-, etc. Aqui o contexto não é suficiente para
(os neologismos) como produto da dinâmica social, e resolver o problema, pois sabemos o sentido, a dúvida
incorporados ao idioma inúmeros vocábulos de ori- é de letra(s).

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Sempre que houver incerteza, consulte a lista ••Aleatório: casual, fortuito, acidental. Alheatório:
adiante, algum dicionário ou manual de ortografia. que alheia, alienante, que desvia ou perturba.

Já o termo paronímia designa o fenômeno que ••Amoral: desprovido de moral, sem senso de mo-
ocorre com palavras semelhantes (mas não idênticas) ral. Imoral: contrário à moral, aos bons costumes, de-
quanto à grafia ou à pronúncia. É fonte de muitas dú- vasso, indecente.
vidas, como entre descrição (‘ato de descrever’) e dis-
crição (‘qualidade do que é discreto’), retificar (‘corri- ••Ante (preposição): diante de, perante: Ante tal si-
gir’) e ratificar (confirmar). tuação, não teve alternativa. Ante- (prefixo): expressa
anterioridade: antepor, antever, anteprojeto ante-dilu-
Como não interessa aqui aprofundar a discussão viano. Anti- (prefixo): expressa contrariedade; contra:
teórica da matéria, restringimo-nos a uma lista de pa- anticientífico, antibiótico, anti-higiênico, anti-Marx.
lavras que costumam suscitar dúvidas de grafia ou
sentido. Procuramos incluir palavras que com mais ••Ao encontro de: para junto de; favorável a: Foi
frequência provocam dúvidas. ao encontro dos colegas. O projeto salarial veio ao en-
contro dos anseios dos trabalhadores. De encontro a:
••Absolver: inocentar, relevar da culpa imputada: contra; em prejuízo de: O carro foi de encontro a um
O júri absolveu o réu. muro. O governo não apoiou a medida, pois vinha de
encontro aos interesses dos menores.
••Absorver: embeber em si, esgotar: O solo absor-
veu lentamente a água da chuva. ••Ao invés de: ao contrário de: Ao invés de demi-
tir dez funcionários, a empresa contratou mais vinte.
••Acender: atear (fogo), inflamar. (Inaceitável o cruzamento *ao em vez de.) Em vez de:
em lugar de: Em vez de demitir dez funcionários, a
••Ascender: subir, elevar-se.
empresa demitiu vinte.
••Acento: sinal gráfico; inflexão vocal: Vocábulo
••A par: informado, ao corrente, ciente: O Ministro
sem acento.
está a par (var.: ao par) do assunto; ao lado, junto; além
de.
••Assento: banco, cadeira: Tomar assento num car-
go.
••Ao par: de acordo com a convenção legal: Fez a
troca de mil dólares ao par.
••Acerca de: sobre, a respeito de: No discurso, o
Presidente falou acerca de seus planos. A cerca de: a ••Aparte: interrupção, comentário à margem: O
uma distância aproximada de: O anexo fica a cerca de deputado concedeu ao colega um aparte em seu pro-
trinta metros do prédio principal. Estamos a cerca de nunciamento. À parte: em separado, isoladamente, de
um mês ou (ano) das eleições. Há cerca de: faz aproxi- lado: O anexo ao projeto foi encaminhado por expe-
madamente (tanto tempo): Há cerca de um ano, trata- diente à parte.
mos de caso idêntico; existem aproximadamente: Há
cerca de mil títulos no catálogo. ••Apreçar: avaliar, pôr preço: O perito apreçou irri-
soriamente o imóvel. Apressar: dar pressa a, acelerar:
••Acidente: acontecimento casual; desastre: A der- Se o andamento das obras não for apressado, não será
rota foi um acidente na sua vida profissional. O súbito cumprido o cronograma.
temporal provocou terrível acidente no parque. Inci-
dente: episódio; que incide, que ocorre: O incidente da ••Área: superfície delimitada, região.
demissão já foi superado.
••Ária: canto, melodia.
••Adotar: escolher, preferir; assumir; pôr em prá-
tica. ••Aresto: acórdão, caso jurídico julgado: Neste
caso, o aresto é irrecorrível. Arresto: apreensão judi-
••Dotar: dar em doação, beneficiar. cial, embargo: Os bens do traficante preso foram todos
arrestados.
••Afim: que apresenta afinidade, semelhança, rela-
ção (de parentesco): Se o assunto era afim, por que não ••Arrochar: apertar com arrocho, apertar muito.
foi tratado no mesmo parágrafo? A fim de: para, com a
finalidade de, com o fito de: O projeto foi encaminha- ••Arroxar: ou arroxear, roxear: tornar roxo.
do com quinze dias de antecedência a fim de permitir
a necessária reflexão sobre sua pertinência. ••Ás: exímio em sua atividade; carta do baralho. Az
(p. us.): esquadrão, ala do exército.
••Alto: de grande extensão vertical; elevado, gran-
de. Auto: ato público, registro escrito de um ato, peça ••Atuar: agir, pôr em ação; pressionar. Autuar: la-
processual. vrar um auto; processar.

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••Auferir: obter, receber: Auferir lucros, vantagens. ••Cível: relativo à jurisdição dos tribunais civis. Ci-
Aferir: avaliar, cotejar, medir, conferir: Aferir valores, vil: relativo ao cidadão; cortês, polido (daí civilidade);
resultados. não militar nem, eclesiástico.

••Augurar: prognosticar, prever, auspiciar: O Presi- ••Colidir: trombar, chocar; contrariar: A nova pro-
dente augurou sucesso ao seu par americano. posta colide frontalmente com o entendimento havido.

••Agourar: pressagiar, predizer (geralmente no ••Coligir: colecionar, reunir, juntar: As leis foram
mau sentido): Os técnicos agouram desastre na colhei- coligidas pelo Ministério da Justiça.
ta.
••Comprimento: medida, tamanho, extensão, altu-
••Avocar: atribuir-se, chamar: Avocou a si compe- ra.
tências de outrem. Evocar: lembrar, invocar: Evocou
••Cumprimento: ato de cumprir, execução comple-
no discurso o começo de sua carreira. Invocar: pedir (a
ta; saudação.
ajuda de); chamar; proferir: Ao final do discurso, invo-
cou a ajuda de Deus. ••Concelho: circunscrição administrativa ou muni-
cípio (em Portugal).
••Caçar: perseguir, procurar, apanhar (geralmente
animais). ••Conselho: aviso, parecer, órgão colegiado.

••Cassar: tornar nulo ou sem efeito, suspender, in- ••Concerto: acerto, combinação, composição, har-
validar. monização (cp. concertar): O concerto das nações... O
concerto de Guarnieri... Conserto: reparo, remendo,
••Carear: atrair, ganhar, granjear. restauração (cp. consertar): Certos problemas crônicos
aparentemente não têm conserto.
••Cariar: criar cárie. Carrear: conduzir em carro,
carregar. ••Conje(c)tura: suspeita, hipótese, opinião. Conjun-
tura: acontecimento, situação, ocasião, circunstância.
••Casual: fortuito, aleatório, ocasional.
••Contravenção: transgressão ou infração a normas
••Causal: causativo, relativo a causa. estabelecidas.

••Cavaleiro: que anda a cavalo, cavalariano. ••Contraversão: versão contrária, inversão.

••Cavalheiro: indivíduo distinto, gentil, nobre. ••Coser: costurar, ligar, unir.

••Cozer: cozinhar, preparar.


••Censo: alistamento, recenseamento, contagem.
••Costear: navegar junto à costa, contornar. A fra-
••Senso: entendimento, juízo, tino.
gata costeou inúmeras praias do litoral baiano antes de
partir para alto-mar . Custear: pagar o custo de, pro-
••Cerrar: fechar, encerrar, unir, juntar.
ver, subsidiar. Qual a empresa disposta a custear tal
••Serrar: cortar com serra, separar, dividir. projeto? Custar: valer, necessitar, ser penoso. Quanto
custa o projeto? Custa-me crer que funcionará.
••Cessão: ato de ceder: A cessão do local pelo mu-
••Deferir: consentir, atender, despachar favoravel-
nicípio tornou possível a realização da obra. Seção:
mente, conceder.
setor, subdivisão de um todo, repartição, divisão: Em
qual seção do ministério ele trabalha? Sessão: espaço ••Diferir: ser diferente, discordar; adiar, retardar,
de tempo que dura uma reunião, um congresso; reu- dilatar.
nião; espaço de tempo durante o qual se realiza uma
tarefa: A próxima sessão legislativa será iniciada em ••Degradar: deteriorar, desgastar, diminuir, rebai-
1o de agosto. xar.

••Chá: planta, infusão. Xá: antigo soberano persa. ••Degredar: impor pena de degredo, desterrar, ba-
nir.
••Cheque: ordem de pagamento à vista. Xeque:
dirigente árabe; lance de xadrez; (fig.) perigo (pôr em ••Delatar (delação): denunciar, revelar crime ou
xeque). delito, acusar: Os traficantes foram delatados por
membro de quadrilha rival. Dilatar (dilação): alargar,
••Círio: vela de cera. estender; adiar, diferir: A dilação do prazo de entrega
das declarações depende de decisão do Diretor da Re-
••Sírio: da Síria. ceita Federal.

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••Derrogar: revogar parcialmente (uma lei), anular. ••Emitir (emissão): produzir, expedir, publicar.

••Derrocar: destruir, arrasar, desmoronar. ••Imitir (imissão): fazer entrar, introduzir, investir.

••Descrição: ato de descrever, representação, defi- ••Empoçar: reter em poço ou poça, formar poça.
nição.
••Empossar: dar posse a, tomar posse, apoderar-se.
••Discrição: discernimento, reserva, prudência, re-
cato. ••Encrostar: criar crosta. Incrustar: cobrir de crosta,
adornar, revestir, prender-se, arraigar-se.
••Descriminar: absolver de crime, tirar a culpa de.
••Entender: compreender, perceber, deduzir.
••Discriminar: diferençar, separar, discernir.
••Intender: (p. us): exercer vigilância, superinten-
••Despensa: local em que se guardam mantimen- der.
tos, depósito de provisões. Dispensa: licença ou per-
missão para deixar de fazer algo a que se estava obri- ••Enumerar: numerar, enunciar, narrar, arrolar.
gado; demissão.
••Inúmero: inumerável, sem conta, sem número.
••Despercebido: que não se notou, para o que não
se atentou: Apesar de sua importância, o projeto pas- ••Espectador: aquele que assiste qualquer ato ou
sou despercebido. espetáculo, testemunha.

••Desapercebido: desprevenido, desacautelado: ••Expectador: que tem expectativa, que espera.


Embarcou para a missão na Amazônia totalmente de-
••Esperto: inteligente, vivo, ativo.
sapercebido dos desafios que lhe aguardavam.
••Experto: perito, especialista.
••Dessecar: secar bem, enxugar, tornar seco. Disse-
car: analisar minuciosamente, dividir anatomicamen- ••Espiar: espreitar, observar secretamente, olhar.
te.
••Expiar: cumprir pena, pagar, purgar.
••Destratar: insultar, maltratar com palavras.
••Estada: ato de estar, permanência: Nossa estada
••Distratar: desfazer um trato, anular. em São Paulo foi muito agradável. Estadia: prazo para
carga e descarga de navio ancorado em porto: O “Rio
••Distensão: ato ou efeito de distender, torção vio-
de Janeiro” foi autorizado a uma estadia de três dias.
lenta dos ligamentos de uma articulação. Distinção:
elegância, nobreza, boa educação: Todos devem por- ••Estância: lugar onde se está, morada, recinto. Ins-
tar-se com distinção. Dissensão: desavença, diferença tância: solicitação, pedido, rogo; foro, jurisdição, juízo.
de opiniões ou interesses: A dissensão sobre a matéria
impossibilitou o acordo. ••Estrato: cada camada das rochas estratificadas.
Extrato: coisa que se extraiu de outra; pagamento, re-
••Elidir: suprimir, eliminar. Ilidir: contestar, refu- sumo, cópia; perfume.
tar, desmentir.
••Flagrante: ardente, acalorado; diz-se do ato que
••Emenda: correção de falta ou defeito, regene- a pessoa é surpreendida a praticar (flagrante delito).
ração, remendo: Ao torná-lo mais claro e objetivo, a
emenda melhorou o projeto. Ementa: apontamento, ••Fragrante: que tem fragrância ou perfume; chei-
súmula de decisão judicial ou do objeto de uma lei. roso.
Procuro uma lei cuja ementa é “dispõe sobre a proprie-
dade industrial”. ••Florescente: que floresce, próspero, viçoso.

••Emergir: vir à tona, manifestar-se. Imergir: mer- ••Fluorescente: que tem a propriedade da fluores-
gulhar, afundar (submergir), entrar. cência.

••Emigrar: deixar o país para residir em outro. ••Folhar: produzir folhas, ornar com folhagem, re-
vestir lâminas.
••Imigrar: entrar em país estrangeiro para nele vi-
ver. ••Folhear: percorrer as folhas de um livro, compul-
sar, consultar.
••Eminente (eminência): alto, elevado, sublime.
Iminente (iminência): que está prestes a acontecer, ••Incerto: não certo, indeterminado, duvidoso, va-
pendente, próximo. riável.

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••Inserto: introduzido, incluído, inserido. ••Lustre: brilho, glória, fama; abajur.

••Incipiente: iniciante, principiante. ••Lustro: quinquênio; polimento.

••Insipiente: ignorante, insensato. ••Magistrado: juiz, desembargador, ministro. Ma-


gistral: relativo a mestre (latim: magister); perfeito,
••Incontinente: imoderado, que não se contém, completo; exemplar.
descontrolado.
••Mandado: garantia constitucional para proteger
••Incontinenti: imediatamente, sem demora, logo, direito individual líquido e certo; ato de mandar; or-
sem interrupção. dem escrita expedida por autoridade judicial ou ad-
ministrativa: um mandado de segurança, mandado
••Induzir: causar, sugerir, aconselhar, levar a: O réu de prisão. Mandato: autorização que alguém confere
declarou que havia sido induzido a cometer o delito. a outrem para praticar atos em seu nome; procuração;
delegação: o mandato de um deputado, senador, do
••Aduzir: expor, apresentar: A defesa, então, adu- Presidente.
ziu novas provas.
••Mandante: que manda; aquele que outorga um
••Inflação: ato ou efeito de inflar; emissão exagera- mandato. Mandatário: aquele que recebe um manda-
da de moeda, aumento persistente de preços. to, executor de mandato, representante, procurador.
Mandatório: obrigatório.
••Infração: ato ou efeito de infringir ou violar uma
norma. ••Obcecação: ato ou efeito de obcecar, teimosia, ce-
gueira.
••Infligir: cominar, aplicar (pena, castigo, repreen-
são, derrota): O juiz infligiu pesada pena ao réu. Infrin- ••Obsessão: impertinência, perseguição, ideia fixa.
gir: transgredir, violar, desrespeitar (lei, regulamento,
etc.) (cp. infração): A condenação decorreu de ter ele ••Ordinal: numeral que indica ordem ou série (pri-
infringido um sem número de artigos do Código Pe- meiro, segundo, milésimo, etc.). Ordinário: comum,
nal. frequente, trivial, vulgar.

••Inquerir: apertar (a carga de animais), encilhar. ••Original: com caráter próprio; inicial, primordial.
Inquirir: procurar informações sobre, indagar, inves-
tigar, interrogar. ••Originário: que provém de, oriundo; inicial, pri-
mitivo.
••Intercessão: ato de interceder. Interse(c)ção: ação
de se(c)cionar, cortar; ponto em que se encontram ••Paço: palácio real ou imperial; a corte. Passo: ato
duas linhas ou superfícies. de avançar ou recuar um pé para andar; caminho, eta-
pa.
••Inter- (prefixo): entre; preposição latina usada em
locuções: inter alia (entre outros), inter pares (entre ••Pleito: questão em juízo, demanda, litígio, discus-
iguais). são: O pleito por mais escolas na região foi muito bem
formulado.
••Intra- (prefixo): interior, dentro de.
••Preito: sujeição, respeito, homenagem: Os alunos
••Judicial: que tem origem no Poder Judiciário ou renderam preito ao antigo reitor.
que perante ele se realiza.
••Preceder: ir ou estar adiante de, anteceder, adian-
••Judiciário: relativo ao direito processual ou à or- tar-se.
ganização da Justiça.
••Proceder: originar-se, derivar, provir; levar a efei-
••Liberação: ato de liberar, quitação de dívida ou to, executar.
obrigação.
••Pós- (prefixo): posterior a, que sucede, atrás de,
••Libertação: ato de libertar ou libertar-se. após: pós-moderno, pós-operatório. Pré- (prefixo): an-
terior a, que precede, à frente de, antes de: pré-moder-
••Lista: relação, catálogo; var. pop. de listra. Listra: nista, pré-primário. Pró (advérbio): em favor de, em
risca de cor diferente num tecido (var. pop. de lista). defesa de. A maioria manifestou-se contra, mas dei
meu parecer pró.
••Locador: que dá de aluguel, senhorio, arrenda-
dor. Locatário: alugador, inquilino: O locador reajus- ••Preeminente: que ocupa lugar elevado, nobre,
tou o aluguel sem a concordância do locatário. distinto.

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Língua Portuguesa

••Proeminente: alto, saliente, que se alteia acima do ••Sedento: que tem sede; sequioso (var. p. us.: se-
que o circunda. dente).

••Preposição: ato de prepor, preferência; palavra ••Cedente: que cede, que dá.
invariável que liga constituintes da frase. Proposição:
ato de propor, proposta; máxima, sentença; afirmativa, ••Sobrescritar: endereçar, destinar, dirigir.
asserção.
••Subscritar: assinar, subscrever.
••Presar: capturar, agarrar, apresar.
••Sortir: variar, combinar, misturar.
••Prezar: respeitar, estimar muito, acatar.
••Surtir: causar, originar, produzir (efeito).
••Prescrever: fixar limites, ordenar de modo explí-
cito, determinar; ficar sem efeito, anular-se: O prazo
••Subentender: perceber o que não estava clara-
para entrada do processo prescreveu há dois meses.
mente exposto; supor.
Proscrever: abolir, extinguir, proibir, terminar; dester-
rar. O uso de várias substâncias psicotrópicas foi pros-
••Subintender: exercer função de subintendente,
crito por recente portaria do Ministro.
dirigir. Subtender: estender por baixo.
••Prever: ver antecipadamente, profetizar; calcular:
A assessoria previu acertadamente o desfecho do caso. ••Sustar: interromper, suspender; parar, interrom-
Prover: providenciar, dotar, abastecer, nomear para per-se (sustar-se).
cargo: O chefe do departamento de pessoal proveu os
cargos vacantes. Provir: originar-se, proceder; resultar: ••Suster: sustentar, manter; fazer parar, deter.
A dúvida provém (Os erros provêm) da falta de leitu-
ra. ••Tacha: pequeno prego; mancha, defeito, pecha.

••Prolatar: proferir sentença, promulgar. ••Taxa: espécie de tributo, tarifa.

••Protelar: adiar, prorrogar. ••Tachar: censurar, qualificar, acoimar: tachar al-


guém (tachá-lo) de subversivo.
••Ratificar: validar, confirmar, comprovar.
••Taxar: fixar a taxa de; regular, regrar: taxar mer-
••Retificar: corrigir, emendar, alterar: A diretoria cadorias.
ratificou a decisão após o texto ter sido retificado em
suas passagens ambíguas. ••Tapar: fechar, cobrir, abafar.

••Recrear: proporcionar recreio, divertir, alegrar. ••Tampar: pôr tampa em.

••Recriar: criar de novo. ••Tenção: intenção, plano (deriv.: tencionar); as-


sunto, tema. Tensão: estado de tenso, rigidez (deriv.:
••Reincidir: tornar a incidir, recair, repetir. Rescin-
tensionar); diferencial elétrico.
dir: dissolver, invalidar, romper, desfazer: Como ele
reincidiu no erro, o contrato de trabalho foi rescindido.
••Tráfego: trânsito de veículos, percurso, transpor-
te.
••Remição: ato de remir, resgate, quitação. Remis-
são: ato de remitir, intermissão, intervalo; perdão, ex-
••Tráfico: negócio ilícito, comércio, negociação.
piação.

••Repressão: ato de reprimir, contenção, impedi- ••Trás: atrás, detrás, em seguida, após (cf. em locu-
mento, proibição. ções: de trás, por trás).

••Repreensão: ato de repreender, enérgica admoes- ••Traz: 3a pessoa do singular do presente do indi-
tação, censura, advertência. cativo do verbo trazer.

••Ruço: grisalho, desbotado. Russo: referente à ••Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam
Rússia, nascido naquele país; língua falada na Rússia. roupas.

••Sanção: confirmação, aprovação; pena imposta ••Vestuário: as roupas que se vestem, traje.
pela lei ou por contrato para punir sua infração. San-
são: nome de personagem bíblico; certo tipo de guin- ••Vultoso: de grande vulto, volumoso. Vultuoso (p.
daste. us.): atacado de vultuosidade (congestão da face).

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EXPRESSÕES A EVITAR E EXPRESSÕES DE USO Ambos/todos os dois:


RECOMENDÁVEL
Ambos significa ‘os dois’ ou ‘um e outro’. Evite
Como mencionado na introdução deste capítulo, o expressões pleonásticas como ambos dois, ambos os
sentido das palavras liga-se intimamente à tradição e dois, ambos de dois, ambos a dois. Quando for o caso
ao contexto de seu uso. Assim, temos vocábulos e ex- de enfatizar a dualidade, empregue todos os dois:
pressões (locuções) que, por seu continuado emprego Todos os dois Ministros assinaram a Portaria.
com determinado sentido, passam a ser usados sem-
pre em tal contexto e de tal forma, tornando-se expres- Anexo/em anexo:
sões de uso consagrado. Mais do que do sentido das
palavras, trata-se aqui também da regência de deter- O adjetivo anexo concorda em gênero e número
minados verbos e nomes. com o substantivo ao qual se refere: Encaminho as mi-
nutas anexas. Dirigimos os anexos projetos à Chefia.
O esforço de classificar expressões como de uso a Use também junto, apenso. A locução adverbial em
ser evitado ou como de uso recomendável atende, pri- anexo, como é próprio aos advérbios, é invariável:
mordialmente, ao princípio da clareza e da transparên- Encaminho as minutas em anexo. Em anexo, dirigimos
cia que deve nortear a elaboração de todo texto oficial. os projetos à Chefia. Empregue também conjuntamen-
Não se trata, pois, de mera preferência ou gosto por te, juntamente com.
determinada forma.

Quanto a determinadas expressões que devem ser Ao nível de/em nível (de):
evitadas, mencionem-se aquelas que formam cacófa-
A locução ao nível tem o sentido de à mesma altura
tos, ou seja, o encontro de sílabas em que a malícia des-
de: Fortaleza localiza-se ao nível do mar. Evite seu uso
cobre um novo termo com sentido torpe ou ridículo.
com o sentido de em nível, com relação a, no que se
Não há necessidade, no entanto, de estender a preo-
refere a. Em nível significa ‘nessa instância’: A deci-
cupação de evitar a ocorrência de cacófatos a um sem são foi tomada em nível Ministerial; Em nível político,
-número de locuções que produzem terceiro sentido, será difícil chegar-se ao consenso. A nível (de) consti-
como por cada, vez passada, etc. Trata-se, sobretudo, tui modismo que é melhor evitar.
de uma questão de estilo e da própria sensibilidade do
autor do texto. Não faz sentido eliminar da língua inú-
meras locuções que só causam espanto ao leitor que Assim:
está à procura do duplo sentido.
Use após a apresentação de alguma situação ou pro-
Essa recomendação vale também para os casos em posta para ligá-la à ideia seguinte. Alterne com: dessa
que a partição silábica (translineação) possa redundar forma, desse modo, diante do exposto, diante disso,
em sentido torpe ou obsceno. consequentemente, portanto, por conseguinte, assim
sendo, em consequência, em vista disso, em face disso.
Apresentamos, a seguir, lista de expressões cujo
uso ou repetição deve ser evitado, indicando com que
sentido devem ser empregadas e sugerindo alternati- Através de/por intermédio de:
vas vocabulares a palavras que costumam constar com Através de quer dizer de lado a lado, por entre: A
excesso. viagem incluía deslocamentos através de boa parte da
floresta. Evite o emprego com o sentido de meio ou
instrumento; nesse caso empregue por intermédio,
A medida que/na medida em que:
por, mediante, por meio de, segundo, servindo-se de,
À medida que (locução proporcional) – à proporção valendo-se de: O projeto foi apresentado por intermé-
que, ao passo que, conforme: Os preços deveriam dio do Departamento. O assunto deve ser regulado
diminuir à medida que diminui a procura. Na medida por meio de decreto. A comissão foi criada mediante
em que (locução causal) – pelo fato de que, uma vez que: portaria do Ministro de Estado.
Na medida em que se esgotaram as possibilidades de
negociação, o projeto foi integralmente vetado. Evite
os cruzamentos – bisonhos, canhestros – *à medida em Bem como:
que, *na medida que... Evite repetir; alterne com e, como (também), igual-
mente, da mesma forma. Evite o uso, polêmico para
certos autores, da locução bem assim como equivalente.
A partir de:
A partir de deve ser empregado preferencialmente
Cada:
no sentido temporal: A cobrança do imposto entra em
vigor a partir do início do próximo ano. Evite repeti-la Este pronome indefinido deve ser usado em função
com o sentido de ‘com base em’, preferindo conside- adjetiva: Quanto às famílias presentes, foi distribuída
rando, tomando-se por base, fundando-se em, basean- uma cesta básica a cada uma. Evite a construção colo-
do-se em. quial foi distribuída uma cesta básica a cada.

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Causar: “Disruptivo”:
Evite repetir. Use também originar, motivar, pro- Aportuguesamento do inglês disruptive (de dis-
vocar, produzir, gerar, levar a, criar. rupt: ‘desorganizar, destruir, despedaçar’), a ser evita-
do dada a existência de inúmeras palavras com o mes-
mo sentido em português (desorganizador, destruti-
Constatar:
vo, destruidor, e o bastante próximo, embora pouco
Evite repetir. Alterne com atestar, apurar, averi- usado, diruptivo). Acrescente-se, ainda, que, por ser
guar, certificar-se, comprovar, evidenciar, observar, de uso restrito ao jargão de economistas e sociólogos,
notar, perceber, registrar, verificar. o uso dessa palavra confunde e não esclarece em lin-
guagens mais abrangentes.
Dado/visto/haja vista:
Os particípios dado e visto têm valor passivo e con- “Ele é suposto saber”:
cordam em gênero e número com o substantivo a que Construção tomada de empréstimo ao inglês he is
se referem: Dados o interesse e o esforço demonstra- supposed to know, sem tradição no português. Evite
dos, optou-se pela permanência do servidor em sua por ser má tradução. Em português: ele deve(ria) sa-
função. ber, supõe-se que ele saiba. em face de. Sempre que a
expressão em face de equivaler a diante de, é prefe-
Dadas as circunstâncias... Vistas as provas apresen-
rível a regência com a preposição de; evite, portanto,
tadas, não houve mais hesitação no encaminhamento
face a, frente a.
do inquérito.

Já a expressão haja vista, com o sentido de uma vez


Enquanto:
que ou seja considerado, veja-se, é invariável: O servi-
dor tem qualidades, haja vista o interesse e o esforço Conjunção proporcional equivalente a ao passo
demonstrados. Haja visto (com -o) é inovação oral bra- que, à medida que. Evitar a construção coloquial en-
sileira, evidentemente descabida em redação oficial ou quanto que. especialmente
outra qualquer.
Use também principalmente, mormente, notada-
mente, sobretudo, nomeadamente, em especial, em
De forma que, de modo que/de forma a, de modo particular.
a:
De forma (ou maneira, modo) que nas orações de- Inclusive:
senvolvidas: Deu amplas explicações, de forma que
tudo ficou claro. De forma (maneira ou modo) a nas Advérbio que indica inclusão; opõe-se a exclusive.
orações reduzidas de infinitivo: Deu amplas explica- Evite-se o seu abuso com o sentido de ‘até’; nesse caso
ções, de forma (maneira ou modo) a deixar tudo claro. utilize o próprio até ou ainda, igualmente, mesmo,
São descabidas na língua escrita as pluralizações orais também, ademais.
vulgares - de formas (maneiras ou modos) que...
Informar:
Deste ponto de vista: Alterne com comunicar, avisar, noticiar, participar,
Evite repetir; empregue também sob este ângulo, inteirar, cientificar, instruir, confirmar, levar ao conhe-
sob este aspecto, por este prisma, desse prisma, deste cimento, dar conhecimento; ou perguntar, interrogar,
modo, assim, destarte. inquirir, indagar.

Detalhar: Nem:
Evite repetir; alterne com particularizar, pormeno- Conjunção aditiva que significa ‘e não’, ‘e tampou-
rizar, delinear, minudenciar. co’, dispensando, portanto, a conjunção e: Não foram
feitos reparos à proposta inicial, nem à nova versão do
projeto. Evite, ainda, a dupla negação não nem, nem
Devido a: tampouco, etc. Ex.: Não pôde encaminhar o trabalho
Evite repetir; utilize igualmente em virtude de, por no prazo, nem não teve tempo para revisá-lo: O corre-
causa de, em razão de, graças a, provocado por. to é ...nem teve tempo para revisá-lo.

Dirigir: No sentido de:


Quando empregado com o sentido de encaminhar, Empregue também com vistas a, a fim de, com o
alterne com transmitir, mandar, encaminhar, remeter, fito (objetivo, intuito, fim) de, com a finalidade de, ten-
enviar, endereçar. do em vista ou mira, tendo por fim.

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Objetivar/ter por objetivo Posição/posicionamento:


Ter por objetivo pode ser alternado com pretender, Posição pode ser alterado com postura, ponto de
ter por fim, ter em mira, ter como propósito, no intuito vista, atitude, maneira, modo. Posicionamento signi-
de, com o fito de. fica ‘disposição, arranjo’, e não deve ser confundido
com posição.
Objetivar significa antes ‘materializar’, ‘tornar ob-
jetivo’ (objetivar ideias, planos, o abstrato), embora
possa ser empregado também com o sentido de ‘ter Pronome “se”:
por objetivo’. Evite-se o emprego abusivo alternando
Evite abusar de seu emprego como indeterminador
-o com sinônimos como os referidos.
do sujeito.

O simples emprego da forma infinitiva já confere a


Onde:
almejada impessoalidade: “Para atingir esse objetivo
Como pronome relativo significa em que (lugar): há que evitar o uso de coloquialismo” (e não: Para atin-
A cidade onde nasceu. O país onde viveu. Evite, pois, gir-se ... Há que se evitar...). É cacoete em certo registro
construções como “a lei onde é fixada a pena” ou “o da língua escrita no Brasil, dispensável porque inútil.
encontro onde o assunto foi tratado”.

Nesses casos, substitua onde por em que, na qual, Relativo a:


no qual, nas quais, nos quais. O correto é, portanto: a
Empregue também referente a, concernente a, to-
lei na qual é fixada a pena, o encontro no qual (em que)
cante a, atinente a, pertencente a, que diz respeito a,
o assunto foi tratado.
que trata de, que respeita.

Operacionalizar:
Ressaltar:
Neologismo verbal de que se tem abusado. Prefira
Varie com destacar, sublinhar, salientar, relevar,
realizar, fazer, executar, levar a cabo ou a efeito, pôr
distinguir, sobressair.
em obra, praticar, cumprir, desempenhar, produzir,
efetuar, construir, compor, estabelecer.
Tratar (de):
É da mesma família de agilizar, objetivar e outros
cujo problema está antes no uso excessivo do que na Empregue também contemplar, discutir, debater,
forma, pois o acréscimo dos sufixos -izar e -ar é uma discorrer, cuidar, versar, referir-se, ocupar-se de.
das possibilidades normais de criar novos verbos a
partir de adjetivos (ágil + izar = agilizar; objetivo + ar
= objetivar). Viger:
Significa vigorar, ter vigor, funcionar. Verbo defec-
Evite, pois, a repetição, que pode sugerir indigên- tivo, sem forma para a primeira pessoa do singular do
cia vocabular ou ignorância dos recursos do idioma. presente do indicativo, nem para qualquer pessoa do
presente do subjuntivo, portanto.
Opinião/“opinamento”:
O decreto prossegue vigendo. A portaria vige. A lei
Como sinônimo de parecer, prefira opinião a opi- tributária vigente naquele ano (...).
namento. Alterne com parecer, juízo, julgamento,
voto, entendimento, percepção.

Opor veto (e não apor): 12 MORFOLOGIA


Vetar é opor veto. Apor é acrescentar (daí aposto, Morfologia é a parte da gramática que estuda a for-
(o) que vem junto). O veto, a contrariedade são opos- ma dos vocábulos.
tos, nunca apostos.
“A maioria dos linguistas concorda que vocábulo
e palavra são conceitos próximos, mas a diferença é
Pertinente/pertencer: que a palavra “tem significação própria e existência
Pertinente (derivado do verbo latino pertinere) sig- isolada”. Isso significa que o vocábulo não tem? Não
nifica pertencente ou oportuno. Pertencer se originou é bem assim. (...) Toda palavra é um vocábulo, logo
do latim pertinescere, derivado sufixal de pertinere. alguns vocábulos são chamados de palavras quando
Esta forma não sobreviveu em português; não empre- ‘têm significação própria e existência isolada’. E quan-
gue, pois, formas inexistentes como “no que pertine do o vocábulo ‘não tem significação própria e existên-
ao projeto”; nesse contexto use no que diz respeito, no cia isolada’? Aí dizemos que não são palavras, mas sim
que respeita, no tocante, com relação. apenas vocábulos” (Pestana).

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Língua Portuguesa

As palavras podem ser: Desinências nominais:

••Simples: possuem apenas um radical. Exemplos: Desinências nominais de gênero


felicidade, porta, etc. Masculino Feminino
O A
••Compostas: possuem mais de um radical. Exem-
Menino Menina
plo: aguardente, televisão, etc.

••Primitivas: não derivam de outras palavras, como Desinências nominais de número


mar, fumo, árvore, velho etc. Singular Plural
-- S
••Derivadas: palavras que se formam de uma pa-
Menino/Menina Meninos/Meninas
lavra primitiva com o acréscimo de prefixo ou sufixo,
como marinha, fumaça, arvoredo, envelhecer etc.
Desinências verbais:
As desinências verbais podem ser desinências nú-
mero-pessoais, quando indicam:
13 ESTRUTURA DAS PALAVRAS
• A pessoa (1a, 2a ou 3a)

Elementos estruturais das palavras: • O número (singular ou plural)

- Radical: elemento que contém a significação bási-


ca da palavra. Exemplos: PORTa, PORTeiro, PORTaria. Podem, ainda, ser desinências modo-temporais,
quando indicam:
Vocábulos que possuem o mesmo radical são cha-
mados de cognatos ou de palavras de mesma família. • O modo (indicativo ou subjuntivo)

- Vogal temática: serve para indicar a conjugação • O tempo (presente, pretérito ou futuro, com suas
nos verbos. São as seguintes: respectivas variações)

1a conjugação: A (brincAr, nadAr, escorregAr)


VIAJAR:
2a conjugação: E (corrEr, escrevEr, escondEr)
• Radical: VIAJ
3a conjugação: I (partir, definIr, delinquIr).

• Vogal temática: A (1a conjugação)


As vogais temática nominais são as letras A, E e O,
quando forem átonas, finais e não indicarem gênero,
como em ataque, perda e canto substantivo abstrato • Tema: VIAJA
relacionado ao verbo cantar).
VIAJÁSSEMOS
Quando unimos radical + vogal temática, temos
o tema: • Apresenta o radical e o tema (VIAJ/VIAJA)

Cantar (CANT+A = CANTA)


• SSE: desinência modo temporal (indica que o ver-
Bater (BAT+E = BATE) bo está no tempo pretérito imperfeito do modo sub-
juntivo).
Partir (PART+I = PARTI)

- Tema: é o conjunto radical + vogal temática. • MOS: desinência número-pessoal (indica que o
verbo está na 1a pessoa do plural - NÓS).
- Afixos: são elementos que modificam o sentido do
radical a que se unem, ou seja, elementos de signifi- - Vogal e consoante de ligação: vogal ou consoante
cação secundária. Podem ser prefixos (quando apare- de ligação é um fonema colocado no interior de algu-
cem antes do radical) ou sufixos (depois do radical). mas palavras, ou melhor, utilizado entre morfemas
Exemplos: IMpróprio (prefixo “im”); propriaMENTE com finalidade de facilitar a sua pronúncia.
(sufixo “mente”).
Isso não afeta a significação da palavra. São ele-
- Desinências: aparecem para indicar o gênero e o mentos puramente eufônicos.
número dos nomes e o número, a pessoa, o tempo e o
modo dos verbos. Exemplos: cha-l-eira, cafe-t-eira, cafe-z-al.

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14 FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 15 CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

Derivação: São classes gramaticais das palavras:


É o processo de criação de palavras em que a - Substantivos
palavra primitiva ganha diversos tipos de afixos.
- Artigos
Derivação prefixal ocorre quando o afixo apare-
ce antes do radical. Sufixal, quando aparece depois. - Adjetivos
Temos por derivação parassintética quando o radical
- Numerais
recebe prefixo e sufixo ao mesmo tempo.
- Pronomes
Temos ainda: - Verbos

••Derivação regressiva: ocorre quando a palavra - Advérbios


perde algumas letras;
- Preposições

••Derivação imprópria: não há mudança. Ela apa- - Conjunções


rece apenas no contexto. Exemplo: Aquela senhora é
- Interjeições
uma cobra.

SUBSTANTIVOS
Composição:
Aparece quando uma palavra contém mais de um Substantivos são palavras que nomeiam seres,
radical. Existem dois tipos de composição: sentimentos, estados de espírito, etc. Exemplos: gato
(nome que se dá a um ser vivo). Raiva (nome que se
dá a um sentimento). Alegria (nome que se dá a um
Composição por justaposição: estado de espírito). Podem variar em gênero (masculi-
Quando não é feita nenhuma mudança nas pala- no e feminino): Homem, mulher. Em número (homem,
vras. Exemplos: guarda-chuva, lança-perfume homens). E em grau diminutivo, aumentativo: homen-
zinho, casarão.

Composição por aglutinação:


Quanto à formação, o substantivo pode ser:
Quando pelo menos uma das palavras passa por
mudanças. Exemplo: planalto (plano + alto), embora ••Primitivo – é o nome que não deriva de outra pa-
(em+boa+hora). lavra da língua portuguesa. Exemplos: casa, pedra e
jornal.
Destacam-se também os seguintes processos secun-
dários de formação das palavras: ••Derivado – é o nome que deriva de outra palavra
da língua portuguesa. Exemplos: casarão, pedreira e
jornaleiro (palavras derivadas dos exemplos acima,
Hibridismo:
respetivamente).
Quando uma palavra é formada por dois termos de
idiomas diferentes. ••Simples – é o nome formado por apenas um ra-
dical. Radical é o elemento que é a base do significado
Exemplo: tele (grego) visão (latim) das palavras. Exemplos: casa, flor e gira, cujos radicais
são respetivamente: cas, flor e gir.
Onomatopeia:
••Composto – é o nome formado por mais do que
São palavras que lembram alguns sons. um radical. Exemplos: couve-flor, girassol e passatem-
po, cujos radicais são respetivamente: couv e flor, gir e
Exemplo: tic-tac.
sol e pass e temp.

Abreviação (redução):
Quanto ao elemento que nomeia, o substantivo
Algumas palavras são longas e que com o passar pode ser:
do tempo acabam ficando mais curtas.
••Comum – é a palavra que dá nome aos elementos
Exemplos: moto (motocicleta), pornô (pornográfi- da mesma espécie, de forma genérica. Exemplos: cida-
co), quilo (de quilograma). de, pessoa e rio.

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••Próprio – é a palavra que dá nome aos elementos Curiosidades:


de forma específica, por isso, são sempre grafados com
letra maiúscula. Exemplos: Bahia, Ana e Tietê. • As palavras paroxítonas réptil (plural: répteis) e
projétil (plural: projéteis) admitem as variantes oxíto-
••Concreto – é a palavra que dá nome aos elemen- nas reptil (plural: reptis) e projetil (plural: projetis).
tos concretos, de existência real ou imaginária. Exem-
plos: casa, fada e pessoa. • Hífen tem dois plurais: hifens e hífenes.
••Coletivo – é a palavra que dá nome ao grupo de • Algumas palavras terminadas em -ÃO admitem
elementos da mesma espécie. Exemplos: acervo (con- mais de um plural.
junto de obras de arte), cardume (conjunto de peixes) e
resma (conjunto de papéis). o Aldeão: aldeões ou aldeãos.
••Abstrato – é a palavra que dá nome a ações, es-
o Ermitão: ermitões, ermitãos ou ermitães.
tados, qualidades e sentimentos. Exemplos: trabalho,
alegria, altura e amor.
o Verão: verões ou verãos.

Flexão dos substantivos: o Vilão: vilões ou vilãos.


Os substantivos sofrem flexão de gênero, número
e grau. Quanto à flexão de gênero, os substantivos po- o Refrão: refrãos ou refrães.
dem ser biformes ou uniformes. Os substantivos bifor-
mes apresentam uma forma para o masculino e outra Plural dos substantivos compostos:
para o feminino. Exemplo: boi e vaca.Já substantivos
uniformes não se flexionam. Em relação ao grau os
substantivos podem ser aumentativos ou diminutivos. 1. Os dois elementos vão para o plural nas seguin-
E, por fim, quanto ao número, podem ser singulares tes situações:
ou plurais. a. Substantivo + substantivo unidos por hífen sem
elemento de ligação:
Plural dos substantivos simples:
• decreto-lei - decretos-leis.
Terminação Plural Exemplo
• abelha-rainha - abelhas-rainhas.
Vogal Ditongo Acrescenta- Regime - regimes
oral N se S ao Irmã - irmãs Pai - pais • tia-avó - tias-avós.
singular Elétron - elétrons
RZ Acrescenta- Colher - colheres Noz b. Substantivo + adjetivo:
se ES ao - nozes
singular • capitão-mor - capitães-mores.
AL EL OL UL Troca-se o L Varal - varais Túnel • carro-forte - carros-fortes.
final por IS - túneis Lençol -
lençóis Raul - Rauis • guarda-civil - guardas-civis.
IL Oxítonas - IS Barril - barris Fóssil -
Paroxítonas fósseis c. Adjetivo + substantivo:
- EIS
• longa-metragem - longas-metragens.
M Troca-se por Som - sons Refém -
NS reféns • má-língua - más-línguas.
S (monossílabos Acréscimo Gás - gases Deus
e oxítonas) de ES - deuses Japonês - • livre-arbítrio - livres- arbítrios.
japoneses
d. Numeral + substantivo:
S (paroxítonas e Invariáveis O atlas - os atlas A
proparoxítonas) íris - as íris • segunda-feira - segundas-feiras.
X Invariáveis O tórax - os tórax A
fênix - as fênix • quarta-feira - quartas-feiras.

ÃO (1) Acréscimo Irmão - irmãos • quinta-feira - quintas-feiras.


de S Ancião - anciãos
ÃO (2) -ÕES Botão - botões Leão Atenção: o Vocabulário Ortográfico da Língua
- leões Portuguesa (VOLP - ABL) destaca as seguintes exce-
ções: os grão-mestres, os grã-finos, os terra-novas, os
ÃO (3) -ÃES Cão - cães Guardião - claro-escuros (também admite-se “os claros-escuros”),
guardiães os nova-iorquinos, os são-bernardos, os cavalos-vapor.

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2. Varia apenas o último elemento nas seguintes • o ponto e vírgula - os ponto e vírgula.
situações:
• o sem-terra - os sem-terra.
a. Elementos unidos sem hífen:
• o mico-leão-dourado - os micos-leões-dourados.
• os girassóis, as autopeças, as autoescolas
• o arco-íris - os arco-íris.
b. Verbo + substantivo:
• entre outros.
• guarda-roupa - guarda-roupas.

• beija-flor - beija-flores. Plural dos diminutivos:


• guarda-caça - guarda-caças. Para se fazer o plural dos diminutivos, deve-se, an-
tes, passar para o plural do substantivo no grau nor-
c. Elemento invariável + palavra variável: mal. Depois, acrescentam-se o sufixo -zinho ou -zito e
a desinência de número -S.
• vice-presidente - vice-presidentes.
Mulher: mulheres - mulherezinhas.
• ex-marido - ex-maridos.
Coração: corações - coraçõezinhos.
• alto-falante - alto-falantes.
Flor: flores - florezinhas.
d. Palavras repetidas:

• reco-reco - reco-recos. ARTIGOS


• corre-corre - corre-corres. É a palavra que antecede os substantivos e varia em
• tico-tico - tico-ticos. gênero e número, bem como odetermina (artigo defi-
nido) ou o generaliza (artigo indefinido).
Atenção: neste caso, se as palavras repetidas forem
São artigos definidos: o, a (no singular) e os, as (no
verbos, podem as duas variar: corre-corre: corre-corres
plural).
ou corres-corres.
São artigos indefinidos: um, uma (no singular) e
3. Varia apenas o primeiro elemento nas seguintes uns, umas (no plural).
situações
a. Quando dois substantivos são conectados por ADJETIVOS
preposição (substantivo + preposição + substantivo)
É a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos
• pés de moleque, dias a dia, pães de ló, mulas sem substantivos e varia em gênero, número e grau.
cabeça.

b. Quando o segundo elemento determina o pri- Quanto à formação, o adjetivo pode ser:
meiro, indicando limitação, finalidade, tipo, semelhan- ••Primitivo – é o adjetivo que dá origem a outros
ça. Neste caso, o segundo elemento funciona como se adjetivos. Exemplos: alegre, bom e fiel.
fosse um adjetivo.
••Derivado – é o adjetivo que deriva de substanti-
• navios-escola, peixes-boi, canetas-tinteiro.
vos ou verbos. Exemplos: alegria e bondade (palavras
derivadas dos exemplos acima, respetivamente) e es-
4. Ficam invariáveis os dois elementos nas seguin- critor (palavra derivada do verbo escrever).
tes situações
••Simples – é o adjetivo formado por apenas um
a. Verbo + advérbio radical. Exemplos: alta, estudioso e honesto, cujos ra-
• os bota-fora, os pisa-mansinho. dicais são respetivamente: alt, estud e honest.

••Composto – é o adjetivo formado por mais do


5. Casos especiais: que um radical. Exemplos: superinteressante, surdo-
mudo e verde-claro, cujos radicais são respetivamente:
• o louva-a-deus - os louva-a-deus.
super e interessant, surd e mud e verd e clar.
• o bem-te-vi - os bem-te-vis.
Há também os adjetivos pátrios, que caracterizam
• o bem-me-quer - os bem-me-queres. os substantivos de acordo com o seu local de origem e
as Locuções Adjetivas, que são o conjunto de palavras
• o joão-ninguém - os joões-ninguém. que tem valor de adjetivo.

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Exemplos de Adjetivos Pátrios: brasileiro, carioca to de doze), semestre (conjunto de seis) e centena (con-
e sergipano. junto de cem).

Exemplos de Locuções Adjetivas: de anjo (=angeli- ••Multiplicativos – é a forma dos números que indi-
cal), de mãe (=maternal) e de face (=facial). ca multiplicação. Exemplos: dobro, duplo e sêxtuplo.

PRONOMES VERBO
É a palavra que substitui ou acompanha o substan- É a palavra que exprime ação, estado, mudança de
tivo, indicando a relação das pessoas do discurso e va- estado, fenômeno da natureza e varia em pessoa (pri-
ria em gênero, número e pessoa. meira, segunda e terceira), número (singular e plural),
tempo (presente, passado e futuro), modo (indicativo,
Os pronomes classificam-se em: subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e refle-
xiva).
••Pessoais – Caso reto (quando são o sujeito da ora-
ção): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e Caso oblíquo
Podem-se classificar os verbos em:
(quando são complemento da oração): me, mim, comi-
go, te, ti, contigo, o, a, lhe, se, si, consigo, nos, conosco,
1. Verbos regulares: seguem um padrão de conju-
vos, convosco, os, as lhes, se, si, consigo.
gação, sem que se alterem seu radical ou suas termi-
nações.
••Tratamento – Alguns exemplos: Você, Senhor e
Vossa Excelência.
2. Verbos irregulares: sofrem variações no radical
••Possessivos – meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e ou nas terminações quando são conjugados, afastan-
respetivas flexões. do-se do padrão de conjugação.

••Demonstrativos – este, esse, aquele e respetivas 3. Verbos defectivos: verbos que não possuem a
flexões, isto, isso, aquilo. conjugação completa.

••Relativos – o qual, a qual, cujo, cuja, quanto e res- São exemplos de verbos defectivos: abolir, adequar,
petivas flexões, quem, que, onde. colorir, demolir, explodir, falir etc. O verbo adequar,
por exemplo, não possui a 1ª pessoa do singular (eu
••Indefinidos – algum, alguma, nenhum, nenhuma, “adéquo”) e, consequentemente, os tempos que dela
muito, muita, pouco, pouca, todo, toda, outro, outra, derivam). O verbo falir, por sua vez, no presente do
certo, certa, vário, vária, tanto, tanta, quanto, quanta, indicativo, possui somente as pessoas nós e vós (fali-
qualquer, qual, um, uma e respetivas flexões e quem, mos e falis).
alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.
4. Verbos abundantes: apresentam mais de uma
••Interrogativos – qual, quais, quanto, quanta, forma de alguma de suas flexões. Na maioria das ve-
quantas, quem, que. zes, o verbo abundante apresenta variação no particí-
pio. Exemplos:
NUMERAIS
Verbo Particípio regular P a r t i c í p i o
São as palavras que indicam a posição ou o número (-ADO/-IDO) irregular
de elementos. Aceitar Aceitado Aceito
Anexar Anexado Anexo
Os numerais classificam-se em: Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
••Cardinais – é a forma básica dos números, utiliza-
da na sua contagem. Exemplos: um, dois e vinte. Expulsar Expulsado Expulso
Imprimir Imprimido Impresso
••Ordinais – é a forma dos números que indica a
Matar Matado Morto
posição de um elemento numa série. Exemplos: segun-
do, quarto e trigésimo.
• Deve-se usar o particípio regular nas construções
••Fracionários – é a forma dos números que indica de voz ativa (verbos auxiliares: TER/HAVER): Quando
a divisão das proporções. Exemplos: meio, metade e fui conferir, ele já havia imprimido o documento.
um terço.
• Deve-se usar o particípio irregular nas constru-
••Coletivos – é a forma dos números que indica um ções de voz passiva (verbos auxiliares: SER/ESTAR):
conjunto de elementos. Exemplos: uma dúzia (conjun- Quando fui conferir, o documento já estava impresso.

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Existem três modos verbais: o Fizeram-se alterações importantes no cronogra-


ma.
• Modo indicativo: exprime uma declaração, um
fato certo. o Inaugurar-se-á um novo shopping na capital.
• Modo subjuntivo: exprime uma hipótese, uma
dúvida, uma possibilidade. Transposição da voz ativa para a voz passiva ana-
lítica:
• Modo imperativo: exprime um pedido, uma or-
dem, uma sugestão. Para fazer a adequada transposição da voz ativa
para a passiva analítica, devem-se seguir os seguintes
Existem, também, três formas nominais do verbo: passos:
• Infinitivo (AR/ER (OR)/IR): andar, varrer, sumir.
1. Converter o OBJETO DIRETO da oração na voz
• Gerúndio (NDO): andando, varrendo, sumindo. ativa em SUJEITO da oração na voz ativa;

• Particípios (ADO/IDO): andado, varrido, sumido. 2. Converter o SUJEITO da voz ativa (se houver)
em AGENTE DA PASSIVA;
Na conjugação verbal, todos os tempos derivam do
presente do indicativo, do pretérito perfeito do indica-
tivo e do infinitivo. 3. Passar o verbo da voz ativa para o PARTICÍPIO
(lembre-se de fazer os ajustes de concordância, caso
seja necessário);
Vozes Verbais:
As vozes verbais são: ativa, passiva e reflexiva. 4. Flexionar o verbo auxiliar (SER/ESTAR) no mes-
mo tempo e no mesmo em que estiver flexionado o
1. Voz ativa: verbo tem sujeito agente (que pratica a verbo da voz ativa (oração original), concordando com
ação expressa pelo verbo): o novo sujeito;

O candidato estudou apenas metade do conteúdo. 5. Outros termos, como adjunto adverbial e objeto
A maioria das pessoas compra coisas inúteis. indireto, não sofrem alteração.

2. Voz passiva: verbo tem sujeito paciente (que so-


Exemplos:
fre a ação expressa pelo verbo):

Apenas metade do conteúdo foi estudada pelo can- Voz ativa: Amanhã ela comprará tudo.
didato.
Sujeito: ela; objeto direto: tudo; tempo verbal de
Coisas inúteis são compradas pela maioria das pes- comprará: futuro do presente; modo verbal: indicati-
soas. vo; adjunto adverbial: amanhã (não sofre alteração).

Existem dois tipos de voz passiva: analítica e sin- Voz passiva: Amanhã tudo será comprado por ela.
tética.
Note que tudo se tornou sujeito paciente da oração;
• Voz passiva analítica: verbo auxiliar (quase sem- por ela é agente da passiva; o verbo será, auxiliar, está
pre SER/ESTAR) + particípio (concordando em gênero conjugado no futuro do presente do indicativo, como
e número com o sujeito paciente). o verbo comprará; comprado está no particípio, no
masculino e no singular para concordar com o novo
o Todos os anos, o café era colhido por aqueles sujeito, tudo.
quinze homens

o O desenvolvimento do Brasil é ameaçado por Voz ativa: A chuva causou prejuízos.


problemas antigos.
Sujeito: a chuva; tempo e modo verbais: pretérito
o No dia dos namorados, a praça será decorada. perfeito do indicativo; objeto direto: prejuízos.

Nos dois primeiros exemplos, o termo sublinhado Voz passiva: Prejuízos foram causados pela chuva.
é o agente da passiva, que representa quem pratica a
ação expressa pelo verbo na voz passiva. Trata-se de Prejuízos passou a ser sujeito paciente; pela chuva
um termo não obrigatório. Logo, como se pode notar tornou-se agente da passiva; o verbo auxiliar (foram)
pelo terceiro exemplo, nem sempre haverá agente da está conjugado no pretérito perfeito do indicativo,
passiva. como o verbo causou, mas está na 3ª pessoa do plural
para concordar com seu novo sujeito (prejuízos); o ver-
• Voz passiva sintética: verbo + SE (na função de bo principal, causados, também está na 3ª do plural e
partícula apassivadora). no masculino para concordar com prejuízos.

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Transposição da voz ativa para a voz passiva sin- ••Negação – Exemplos: não, jamais e tampouco.
tética:
••Afirmação – Exemplos: certamente, certo e sim.
Para construir a voz passiva sintética, usamos o
SE na função de partícula apassivadora (ou pronome
••Dúvida – acaso, quiçá e talvez.
apassivador).

Voz ativa: Os alunos estudaram todas as matérias. PREPOSIÇÕES


Ao se transpor essa frase para a voz passiva sin-
São palavras que ligam dois elementos da oração.
tética, não haverá agente da passiva. Nem sempre é
possível, na voz passiva sintética, determinar o agente. As preposições classificam-se em:
Voz passiva: Estudaram-se todas as matérias. ••Essenciais – têm somente função de preposição.
Para se fazer a transposição da voz ativa para a voz Exemplos: a, desde e para.
passiva sintética, basta inserir o SE (partícula apassi-
vadora) na oração e fazer os ajustes de concordância, ••Acidentais – não têm propriamente a função de
caso sejam necessários. preposição, mas podem funcionar como tal. Exemplos:
como, durante e exceto.
Voz ativa: Vendem casa. (sujeito indeterminado -
verbo na 3ª do plural) Há também as Locuções Prepositivas, que são o
conjunto de palavras que tem valor de preposição.
Voz passiva: Vende-se casa. (sujeito paciente [casa] Exemplos: apesar de, em vez de e junto de.
- verbo na 3ª do singular concordando com o sujeito).

ATENÇÃO: somente verbos transitivos diretos e CONJUNÇÕES


verbos transitivos diretos e indiretos (VTD e VTDI)
podem ser usados na voz passiva. Ligam duas orações. As conjunções classificam-se
em:
3. Voz reflexiva: o sujeito, simultaneamente, pratica
e sofre a ação expressa pelo verbo. A voz reflexiva é ••Coordenativas: Aditivas (e, nem), Adversativas
marcada pelo uso de sujeito e objeto (pronome oblí- (contudo, mas), Alternativas (ou…ou, seja…seja),
quo) de mesma pessoa e número. Conclusivas (logo, portanto) e Explicativas (assim,
porquanto).
• Eu olhei-me bem no espelho durante alguns mi-
nutos. ••Subordinativas: Integrantes (que, se), Causais
• Maria se cortou ao descascar a laranja. (porque, como), Comparativas (que, como), Concessi-
vas (embora, posto que), Condicionais (caso, salvo se),
A voz reflexiva pode, também, trazer a ideia de re- Conformativas (como, segundo), Consecutivas (que,
ciprocidade. Isso ocorre quando o sujeito é plural e, de maneira que), Temporais (antes que, logo que), Fi-
pelo significado da frase, pode-se entender que um nais (a fim de que, para que) e Proporcionais (ao passo
elemento praticou a ação sobre o outro. que, quanto mais).

• Os manifestantes se agrediram durante o evento. Há também as Locuções Conjuntivas, que são o


conjunto de palavras que tem valor de conjunção.
• As amigas, no momento da despedida, abraça- Exemplos: contanto que, logo que e visto que.
ram-se.

INTERJEIÇÕES
ADVÉRBIOS
São palavras que exprimem emoções e sentimen-
São palavras que modificam o verbo, o adjetivo ou tos.
outro advérbio, exprimindo circunstâncias de tempo,
modo, intensidade, entre outros. As interjeições podem ser classificadas em:
Os advérbios classificam-se em: •Advertência – Calma!, Devagar!, Sentido!

••Modo – Exemplos: assim, devagar e grande parte •Saudação – Alô!, Oi!, Tchau!
das palavras terminadas em “-mente”.
•Ajuda – Ei!, Ô!, Socorro!
••Intensidade – Exemplos: demais, menos e tão.
•Afugentamento – Fora!, Sai! Xô!
••Lugar – Exemplos: adiante, lá e fora. •Alegria – Eba!, Uhu! Viva!

••Tempo – Exemplos: ainda, já e sempre. •Tristeza – Oh!, Que pena!, Ui!

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•Medo – Credo!, Cruzes!, Jesus! ca, um vídeo e qualquer outro objeto de leitura, como
um quebra-cabeça que precisa ser montado em suas
•Alívio – Arre!, Uf!, Ufa! partes para se chegar à compreensão em sua totalida-
de. Interpretar, por outro lado, é explicar para o leitor
•Animação – Coragem!, Força!, Vamos!
de que modo cada quebra-cabeça pode ser montado”
•Aprovação – Bis!, Bravo!, Isso! (Leffa).

•Desaprovação – Chega!, Francamente! Livra!, Os textos nem sempre apresentam uma linguagem
literal. Deve haver, então, a capacidade de reconhecer
•Concordância –Certo!, Claro!, Ótimo! novos sentidos atribuídos às palavras dentro de uma
produção textual.
•Desejo – Oxalá!, Quisera!, Tomara!
Além disso, para a compreensão do que é conotati-
•Desculpa – Desculpa!, Opa!, Perdão!
vo e simbólico é preciso identificar não apenas a ideia,
•Dúvida – Hã?, Hum?, Ué! mas também ler as entrelinhas, o que exige do leitor
uma interação com o seu conhecimento de mundo. A
•Espanto – Caramba!, Oh!, Xi!, tarefa do leitor competente é, portanto, apreender o
sentido global do texto, utilizando recursos para a sua
•Contrariedade – Credo!, Droga!, Porcaria! compreensão, de forma autônoma.

Há também as Locuções Interjetivas, que são o É relevante ressaltar que, além de localizar informa-
conjunto de palavras que tem valor de conjunção. ções explícitas, inferir informações implícitas e identi-
Exemplos: Cai fora!, Muito obrigada!, Volta aqui! ficar o tema de um texto, nesse tópico, deve-se também
distinguir os fatos apresentados da opinião formulada
acerca desses fatos nos diversos gêneros de texto.

As informações implícitas no texto são aquelas que


16 COMPREENSÃO TEXTUAL não estão presentes claramente na base textual, mas
podem ser construídas pelo leitor por meio da reali-
Etimologicamente a palavra “interpretar” vem do zação de inferências que as marcas do texto permitem.
latim “interpes”, que se referia à pessoa que examina- Alem das informações explicitamente enunciadas, há
va as entranhas de um animal para prever o futuro. outras que podem ser pressupostas e, conseqüente-
Do ponto de vista da leitura, há um pressuposto in- mente, inferidas pelo leitor. Exemplo:
teressante aqui: o significado daquilo que é lido não
está na cabeça do interpres, do adivinho, mas contido
no objeto. CANGURU

O “interpres” não pode atribuir um significado, Todo mundo sabe (será?) que canguru vem de uma lín-
não pode tirar algo de dentro de si para depositar no gua nativa australiana e quer dizer “Eu Não Sei”. Segundo a
objeto; pode apenas extrair o significado que já está lenda, o Capitão Cook, explorador da Austrália, ao ver aquele
dentro do animal. estranho animal dando saltos de mais de dois metros de altu-
ra, perguntou a um nativo como se chamava o dito. O nativo
Uma atribuição de sentido seria não só uma impos- respondeu guugu yimidhirr, em língua local, Gan-guruu,
tura, mas seria também negar ao interpres a capaci- “Eu não sei”. Desconfiado que sou dessas divertidas origens,
dade de leitura; ele não inventa e nem cria, ele apenas pesquisei em alguns dicionários etimológicos. Em nenhum
reproduz o que supostamente preexiste na sua frente. dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa pequena Bíblia
Em suma, para o “interpres”, o significado emerge do – numa outra versão. dicionário se fala nisso. Só no Aurélio,
próprio objeto em direção ao leitor. nossa pequena Bíblia – numa outra versão. Definição preci-
sa encontrei, como quase sempre, em Partridge: Kangarroo;
Quem interpreta normalmente atua como se es- wallaby.
tivesse a desvendar os sentidos contidos no texto. A
crença de que o sentido é imanente ao objeto faz parte As palavras kanga e walla, significando saltar e pular,
do exercício de quase toda atividade de interpretação. são acompanhadas pelos sufixos rôo e by, dois sons aborígi-
nes da Austrália, significando quadrúpedes. Portanto qua-
Compreender e interpretar são dois conceitos que drúpedes puladores e quadrúpedes saltadores.
se aproximam em alguns aspectos e se distanciam em
outros. Enquanto alguns autores destacam a seme- Quando comuniquei a descoberta a Paulo Rónai, notável
lhança entre os dois, a ponto de muitas vezes confun- lingüista e grande amigo de Aurélio Buarque de Holanda,
dir um com o outro, sem perceber a diferença. Paulo gostou de saber da origem “real” do nome canguru.
Mas acrescentou: “Que pena. A outra versão é muito mais
Compreender é relacionar. Essas relações precisam bonitinha”. Também acho.
ser estabelecidas em várias direções, locais e globais,
dentro do objeto de leitura e fora dele, dentro do leitor (Millôr Fernandes, 26/02/1999, In http://www.gra-
e fora dele. Vê-se um texto, uma imagem, uma músi- vata.com/millor)

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Pode-se inferir do texto que: (D) a recordação de uma época de juventude.

(A) as descobertas científicas têm de ser comuni- (E) a revolta diante do espelho.
cadas aos lingüistas.
O leitor deve ser capaz de perceber a diferença en-
(B) os dicionários etimológicos guardam a ori- tre o que é fato narrado ou discutido e o que é opinião
gem das palavras. sobre ele. Essa diferença pode ser ou bem marcada no
texto ou exigir do leitor que ele perceba essa diferença
(C) os cangurus são quadrúpedes de dois tipos: integrando informações de diversas partes do texto e/
puladores e saltadores. ou inferindo-as, o que tornaria a tarefa mais difícil.

Exemplo:
(D) o dicionário Aurélio apresenta tendência re-
ligiosa.
SENHORA (FRAGMENTO)
(E) os nativos desconheciam o significado de
canguru. Aurélia passava agora as noites solitárias.

O tema é o eixo sobre o qual o texto se estrutura. Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma des-
A percepção do tema responde a uma questão essen- culpa qualquer para justificar sua ausência. A menina que
cial para a leitura: “O texto trata de quê?” Em muitos não pensava em interrogá-lo, também não contestava esses
textos, o tema não vem explicitamente marcado, mas fúteis inventos. Ao contrário buscava afastar da conversa o
deve ser percebido pelo leitor quando identifica a fun- tema desagradável.
ção dos recursos utilizados, como o uso de figuras de Conhecia a moça que Seixas retirava-lhe seu amor; mas a
linguagem, de exemplos, de uma determinada organi- altivez de coração não lhe consentia queixar-se. Além de que,
zação argumentativa, entre outros. ela tinha sobre o amor idéias singulares, talvez inspiradas
pela posição especial em que se achara ao fazer-se moça.
Exemplo:
Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser amada
por Seixas; e pois toda a afeição que lhe tivesse, muita ou
RETRATO pouca, era graça que dele recebia. Quando se lembrava que
esse amor a poupara à degradação de um casamento de con-
Eu não tinha este rosto de hoje, veniência, nome com que se decora o mercado matrimonial,
assim calmo, assim triste, assim magro, tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus e redentor.

nem estes olhos tão vazios, Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de heróica
dedicação, que entretanto assiste calma, quase impassível, ao
nem o lábio amargo. declínio do afeto com que lhe retribuía o homem amado, e se
deixa abandonar, sem proferir um queixume, nem fazer um
Eu não tinha estas mãos sem força, esforço para reter a ventura que foge.
tão paradas e frias e mortas; Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, de cuja
investigação nos abstemos; porque o coração, e ainda mais o
eu não tinha este coração
da mulher que é toda ela, representa o caos do mundo moral.
que nem se mostra. Ninguém sabe que maravilhas ou que monstros vão surgir
nesses limbos.
Eu não dei por esta mudança,
(ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: __. Senhora.
Tão simples, tão certa, tão fácil: São Paulo: FTD, 1993. p. 107-8)
— Em que espelho ficou perdida O narrador revela uma opinião no trecho:
a minha face? (A) “Aurélia passava agora as noites solitárias.”
(Cecília Meireles: poesia, por Darcy Damasceno. (B) “...buscava afastar da conversa o tema desa-
Rio de Janeiro: Agir, 1974. p. 19-20) gradável.”

(C) “...tinha impulsos de adorar a Seixas, como


O tema do texto é: seu Deus...”
(A) a consciência súbita sobre o envelhecimento. (D) “...e se deixa abandonar, sem proferir um
queixume,...”
(B) a decepção por encontrar-se já fragilizada.
(E) “Esse fenômeno devia ter uma razão psico-
(C) a falta de alternativa face ao envelhecimento. lógica,...”

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Reconhecimento de tipos e gêneros textuais: É preciso que o leitor compreenda o texto não
como um simples agrupamento de frases justapostas,
Ao longo de nossa vivência enquanto falantes, te- mas como um conjunto harmonioso em que há laços,
mos a oportunidade de convivermos com uma enorme interligações, relações entre suas partes.
diversidade de textos. Basta sairmos às ruas que tão
logo está confirmada esta ocorrência. São panfletos, A compreensão e a atribuição de sentidos relativos
outdoors, cartazes, dentre outros. a um texto dependem da adequada interpretação de
seus componentes. De acordo com o gênero textual,
Ao enfatizarmos sobre os tipos textuais, esta clas- o leitor tem uma apreensão geral do assunto do tex-
sificação relaciona-se com a natureza linguística ex- to. Em relação aos textos narrativos, o leitor necessita
pressa pelos mesmos. Classificando-se em narrativos, identificar os elementos que compõem o texto – narra-
descritivos e dissertativos. Conforme demonstra os dor, ponto de vista, personagens, enredo, tempo, es-
exemplos: paço – e quais são as relações entre eles na construção
da narrativa.
Um texto narrativo caracteriza-se pela sucessão de
fatos ligados a um determinado acontecimento, seja A compreensão e a atribuição de sentidos relativos
ele real ou fictício, o qual pressupõe-se de todos os a um texto dependem da adequada interpretação de
elementos referentes à modalidade em questão, como seus componentes, ou da coerência pela qual o texto
narrador, personagens, discurso, tempo e espaço. é marcado. De acordo com o gênero textual, o leitor
tem uma apreensão geral do tema, do assunto do texto
O descritivo pauta-se pela descrição minuciosa de e da sua tese. Essa apreensão leva a uma percepção
uma determinada pessoa, objeto, animal ou lugar, no da hierarquia entre as idéias: qual é a idéia principal?
qual as impressões são retratadas de maneira fiel. O Quais são as idéias secundárias? Quais são os argu-
dissertativo conceitua-se pela exposição de ideias, re- mentos que reforçam uma tese? Quais são os exemplos
forçadas em argumentos lógicos e convincentes acer- confirmatórios? Qual a conclusão?
ca de um determinado assunto. Já os gêneros textuais
estão diretamente ligados às situações cotidianas de Em relação aos textos narrativos, pode ser requeri-
comunicação, fortalecendo os relacionamentos inter- do do aluno que ele identifique os elementos compo-
pessoais por meio da troca de informações. nentes – narrador, ponto de vista, personagens, enre-
do, tempo, espaço – e quais são as relações entre eles
Tais situações referem-se à finalidade que possui na construção da narrativa.
cada texto, sendo estas, inúmeras. Como por exemplo:
SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE
A comunicação feita em meio eletrônico é um gêne-
CONECTORES E DE OUTROS ELEMENTOS DE
ro textual que aproxima pessoas de diferentes lugares,
SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL
permitindo uma verdadeira interação entre as mes-
mas. Existem gêneros textuais do cotidiano jornalísti- As habilidades que podem ser avaliadas relacio-
co, cuja finalidade é a informação. É o caso da notícia, nam-se ao reconhecimento da função dos elementos
da entrevista, do artigo de opinião, do editorial, dentre que dão coesão ao texto. Dessa forma, eles poderão
outros. Há também os chamados instrucionais, como, identificar quais palavras estão sendo substituídas e/
por exemplo, o manual de instrução, a bula de um re- ou repetidas para facilitar a continuidade do texto e a
médio, e outros. Outros que se classificam como cien- compreensão do sentido. Trata-se, portanto, do reco-
tíficos, os quais são oriundos de pesquisas e estudo de nhecimento das relações estabelecidas entre as partes
casos, como a monografia, tese de doutorado, ligados do texto.
à prática acadêmica.
Exemplo:

Domínio dos mecanismos de coesão textual:


A Ciência é Masculina?
Considerando que a coerência é a lógica entre as
ideias expostas no texto, para que exista coerência Attico Chassot
é necessário que a ideia apresentada se relacione ao
todo textual dentro de uma seqüência e progressão de O autor procura mostrar que a ciência não é feminina.
idéias. Para que as ideias estejam bem relacionadas, Um dos maiores exemplos que se pode dar dessa situação é o
também é preciso que estejam bem interligadas, bem prêmio Nobel, em que apenas 11 mulheres de ciências foram
“unidas” por meio de conectivos adequados, ou seja, laureadas em 202 anos de premiação.
com vocábulos que têm a finalidade de ligar palavras, O livro apresenta duas hipóteses, uma histórica e outra
locuções, orações e períodos. Dessa forma, as peças biológica, para a possível superação do machismo em frase
que interligam o texto, como pronomes, conjunções e como a de Hipócrates (460-400 a.C.) considerado o pai da
preposições, promovendo o sentido entre as idéias são medicina, que escreveu: “A língua é a última coisa que morre
chamadas coesão textual. Assim, definiríamos coesão em uma mulher”.
como a organização entre os elementos que articulam
as idéias de um texto. (Revista GALILEU, Fevereiro de 2004 )

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A expressão “dessa situação” refere-se ao fato de: sinônimas, mas passam a ser em um determinado
texto por causa do uso. Marcas e pegadas, por
(A) a ciência não ser feminina. exemplo, podem ser usadas como sinônimos em um
trecho como este: “Eram estranhas aquelas pegadas no
(B) a premiação possuir 202 anos. bosque. Nunca vira um animal que deixasse marcas
como aquelas.”.
(C) a língua ser a última coisa que morre em
uma mulher. A antonímia, por sua vez, existe quando duas pala-
vras têm sentidos opostos, como céu - inferno, quente
(D) o pai da medicina ser Hipócrates. - frio, bom - ruim etc. A antonímia também pode ser
contextual, e por isso cumpre ao leitor sempre verificar
(E) o Prêmio Nobel foi concedido a 11 mulheres. se, no texto, palavras que normalmente não se opõem
são assim utilizadas. Para os conceitos de homonímia
e paronímia, remetemos o leitor ao capítulo que trata
de ortografia.
17 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
As palavras podem ser utilizadas nos sentidos de-
notativo ou conotativo. 18 FIGURAS DE LINGUAGEM
• Sentido denotativo (literal): reflete o uso das pa- Trata-se de recursos empregados no uso da língua
lavras de acordo com o seu significado real. para tornar a mensagem mais interessante. As figuras
de linguagem são empregadas em textos em que se faz
o Veja como aquela árvore está verde.
presente a função poética da linguagem, ou seja, textos
o Pode me passar a faca de destrinchar frango? em que o emissor se preocupa em evidenciar a mensa-
gem, em torná-la mais interessante, mais bela.
• Sentido conotativo (figurado): reflete o uso das
palavras com um sentido novo, inesperado. Vejamos as principais figuras de linguagem:

o Cheguei em casa verde de fome. 1. Metáfora: frequentemente definida com “uma


comparação sem conector”, a metáfora corresponde à
o Ele vive jogando verde para ver se descobre al-
mudança do sentido literal de uma palavra ou expres-
guma coisa.
são. Essa mudança (ou desvio) acontece baseada em
o Vamos destrinchar bem este assunto. uma semelhança que existe entre o sentido literal e o
sentido conotativo.
Em casos assim, pode-se dizer que temos polis-
semia: uma só palavra ou expressão apresenta mais Quando dizemos, por exemplo, “seus olhos eram
de um significado. Isso ocorre também em situações estrelas brilhantes”, baseamo-nos em uma semelhança
como estas: existente entre os olhos da pessoa de quem se fala e as
estrelas (ambos são brilhantes, encantadores etc.). São
• Machuquei minha mão. (=parte do corpo) outros exemplos:

Em época de carnaval, algumas cidades brasileiras


• É difícil fazer isto sozinho. Pode me dar uma
são campos de guerra.
mão? (=ajuda)
“Entrará; enregelado, se meterá na cama; os lençóis
• A banana está ótima, bem doce. (=fruta) o receberão com um abraço frio”. (Moacyr Scliar)

• Aquele cara é um banana. (=bobo) “Viajar é trocar a roupa da alma.” (Mário Quintana)

• Fiz economia para viajar. (=guardou dinheiro) 2. Comparação: consiste na comparação, com o uso
de conectores, entre coisas, pessoas, fatos.
• Ela estuda economia em uma universidade re-
nomada. (=ciência, curso superior) Os filhotes da cadela eram como chumaços de al-
godão.
Em relação ao tema de significação das palavras,
cumpre destacar também os fenômenos de sinonímia 3. Metonímia: é a substituição de uma palavra ou
e antonímia. A sinonímia acontece quando dois ou expressão por outro termo relacionado. Substitui-se,
mais vocábulos têm significado igual ou semelhante. assim, a parte pelo todo, o autor pela obra, efeito pela
Palavras como céu e firmamento, por exemplo, po- causa, o autor pela obra, a marca pelo produto etc.
dem ser consideradas sinônimas. Às vezes, a noção
de sinonímia é contextual, ou seja, certas palavras, Costumava sempre ler Monteiro Lobato para as
tomadas isoladamente, não necessariamente seriam crianças. (=ler a obra, os livros de Lobato).

43
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O Brasil quer políticos melhores. (= o povo brasi- 10. Inversão ou hipérbato: trata-se do rompimento
leiro). da ordem normal dos termos de uma oração ou de um
período para, no geral, dar destaque ao que é colocado
4. Perífrase: é a substituição de um ser por um fato em primeiro lugar.
ou atributo que o caracteriza. A expressão escolhida
como substituta equivale à substituída. Português, nunca mais estudarei. Já tomei posse no
concurso dos meus sonhos, mesmo...
Milhares de pessoas visitam, todos os anos, a cida-
de maravilhosa. (= Rio de Janeiro). Observação: quando a inversão é de tal ordem que
chega a comprometer a compreensão do que se diz ou
O rei do futebol aposentou-se quando ainda estava escreve, pode receber o nome de sínquise. Exemplo:
no auge. (= Pelé).
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um
povo heroico o brado retumbante”.
5. Sinestesia: é uma mistura, uma fusão dos senti-
dos (audição, visão, paladar, tato e olfato). Ordem direta:
Exalava um perfume doce que se podia sentir a me- As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado
tros de distância. (olfato + paladar). retumbante de um povo heroico.
Parou diante da porta e pôde sentir a luz acesa no
11. Anacoluto: rompimento da sequência sintáti-
interior da sala. (tato + visão).
ca da oração, por causa de uma mudança brusca na
organização inicial da frase, que deixa um termo sem
6. Elipse: é a omissão de termos que podem ser su-
função sintática, “solto”.
bentendidos pelo contexto.
A maioria dos políticos de hoje não se pode confiar
Os pais estavam apreensivos; as crianças, ame- neles!
drontadas. (elipse de estavam).

O irmão mais velho viajava sempre durante as fé- 12. Silepse: trata-se da concordância ideológica, ou
rias de verão, ele durante as de inverno. (ele viajava seja, aquela que não se estabelece com um termo da
durante as férias de inverno). oração, mas com uma ideia que está na mente de quem
fala ou escreve.
7. Pleonasmo: emprego de palavras ou expressões De número: A gente vamos sair cedo. (gente é sin-
redundantes para enfatizar uma ideia. gular, mas transmite a ideia de plural. Por isso o verbo
é usado no plural: vamos).
Sim, ele tinha ouvido tudo, tudinho, com seus pró-
prios ouvidos! Pássaro não nasceu pra ficar em gaiola, pois lá fi-
cam logo tristes, mudos.
Cantava para os filhos uma canção de ninar com-
posta pelo seu avô. De pessoa: Dizer que todos os brasileiros não de-
sistimos nunca é uma generalização. (brasileiros é um
Atenção: o pleonasmo pode ser considerado uma
termo de 3ª pessoa do singular, mas desistimos está na
figura de linguagem, como nos casos acima, quando
1ª do plural. Em uma situação como essa, pode-se di-
se presta a, em textos literários, reforçar uma expres-
zer que o emissor realiza a silepse para se incluir entre
são, ou um vício de linguagem. Neste caso, eles devem
os “brasileiros”).
ser evitados na língua, especialmente nas redações de
concursos, vestibulares e provas afins. Exemplos de De gênero: Vossa Excelência será acompanhado até
pleonasmos viciosos: chorar lágrimas, subir para cima, a saída. (a autoridade a que o falante se refere é um
entrar para dentro, armamentos bélicos, água pluvial homem).
das chuvas etc.
Atenção: os casos de silepse, conforme a norma
8. Assíndeto: consiste na união de diversos termos culta, são considerados erros gramaticais. Somente os
coordenados entre si com a supressão do síndeto (con- casos de silepse de gênero e pessoa com pronomes de
tratamento são corretos (e obrigatórios). Lembre-se,
junção).
então, de, sempre que um sujeito for um pronome de
Corriam, brincavam, pulavam, riam sem parar. tratamento, fazer a concordância dos verbos e demais
pronomes da oração em 3ª pessoa (do singular ou do
9. Polissíndeto: é a repetição do conectivo para, no plural, conforme o caso). O gênero da pessoa de quem
geral, transmitir a ideia de ação, de continuidade. se fala, quando se utiliza um pronome de tratamento,
será indicado pelos termos que o acompanham (adjeti-
Corriam, e brincavam, e pulavam, e riam sem pa- vos e particípios, estes quando usados em construções
rar. na voz passiva). Veja um exemplo:

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Língua Portuguesa

Vossa Alteza parece (e não “pareceis”) muito can- 20. Gradação: exposição de uma sequência de
sado (indica que a pessoa com quem se fala é um ho- ideias em sentido ascendente ou descendente.
mem).
Sua atitude foi errada, feia, desprezível!
13. Onomatopeia: uso de palavras que imitem sons
da natureza ou as vozes dos seres. 21. Ironia: consiste em dizer o contrário do que se
pensa, em geral com intenção de ser sarcástico.
“Em cima do meu telhado,
As autoridades já começaram a assumir que pode
Pirulin lulin lulin “faltar uma coisa ou outra” para a Copa do Mundo.
Pelo visto, o evento será maravilhoso. (para dizer que
Um anjo, todo molhado,
será péssimo).
Solução no seu flautim.
22. Eufemismo: suavização de uma expressão que
(Mário Quintana) se evita na língua, normalmente por ser triste ou desa-
gradável.
14. Aliteração: repetição de sons consonantais, no
geral para tentar reproduzir, no texto, poema ou mú- Meu melhor amigo se foi. (= morreu)
sica, um som.
Devem-se adequar as calçadas aos portadores de
“...será que ela mexe o chocalho ou o chocalho é necessidades especiais. (=portadores de alguma defi-
que mexe com ela?” (Chico Buarque) ciência física).

Observação: os sons de x e ch imitam o barulho do 23. Personificação, prosopopeia ou animização:


chocalho. atribuição de características humanas a seres inanima-
dos.
15. Assonância: repetição de sons vocálicos.
O mar acariciava a praia enquanto a lua espiava o
“É um pássaro, é uma rosa, é um mar que me acor- casal de namorados.
da” (Eugênio de Andrade).

16. Paronomásia: aproximação de palavras com ANOTAÇÕES


sons parecidos, mas significados diferentes.

“Berro pelo aterro pelo desterro, berro por seu ber-


ro pelo seu erro...” (Caetano Veloso)

17. Antítese: aproximação de palavras ou expres-


sões de sentido oposto.

“Já estou cheio de me sentir vazio.” (Renato Russo)

18. Paradoxo ou oxímoro: construção de expres-


sões ou orações que se mostram um contrassenso, pois
associam ideias incompatíveis.

O silêncio barulhento da noite a incomodava.

“Feliz culpa, que nos valeu tão grande Redentor!”


(Santo Agostinho)

19. Hipérbole: exagero realizado para aumentar a


expressividade daquilo que se diz.

Não como há horas Estou morto de fome.

Notícias sobre crimes cometidos por adolescentes


inundam os jornais.

Já pedi mil vezes que não faças isso, mas não me


escutas!

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02 MATEMÁTICA

MATEMÁTICA
01 NÚMEROS REAIS
02 CONJUNTOS NUMÉRICOS
03 OPERAÇÕES
04 MÚLTIPLOS E DIVISORES DE NÚMEROS NATURAIS
05 MMC E MDC
06 EXPRESSÕES NUMÉRICAS
07 EQUAÇÕES DO 1° GRAU
08 PROBLEMAS RESOLVIDOS
09 FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
10 GRANDEZAS, RAZÕES E PROPORÇÕES
11 DIVISÕES PROPORCIONAIS
12 REGRA DE TRÊS
13 PORCENTAGEM
14 PROBLEMAS RESOLVIDOS
15 GEOMETRIA
16 MEDIDAS DE TEMPO
17 SISTEMA MÉTRICO DECIMAL
18 SÍMBOLOS MAIS UTILIZADOS NA MATEMÁTICA
RACIOCÍNIO LÓGICO
01 RACIOCÍNIO LÓGICO SEQUENCIAL
02 SITUAÇÕES LÓGICAS DIVERSAS
03 SEQUÊNCIAS LÓGICAS

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Matemática

R: Números Reais
01 NÚMEROS REAIS
N: Números Naturais

U: União
CONCEITO
Z: Números Inteiros
Conjunto de elementos, representado pela letra R,
constituído pelos: Q: Números Racionais

I: Números Irracionais
Números Naturais (N): N = {0, 1, 2, 3,...}

ü Curiosidade:
Números Inteiros (Z): Z= {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}
Os romanos desenvolveram um sistema de nu-
meração utilizando letras de seu próprio alfabeto.
Números Racionais (Q): Q = {...,1/2, 3/4, –5/4...}
Neste sistema, os números de 1 a 10 são repre-
sentados respectivamente pelas letras I, II, III, IV,
Números Irracionais (I): I = {...,√2, √3,√7, 3,141592....}
V, VI, VII, VIII, IX e X. Os outros números são assim
representados:
NÚMEROS INTEIROS

Os números inteiros são constituídos pelos núme- I 1


ros naturais {0, 1, 2, …} e pelos seus opostos {0, -1, -2,
…}. Dois números são opostos se, e somente se, sua V 5
soma é zero. Chamam-se a estes números inteiros re-
lativos. X 10

O conjunto de todos os inteiros é denominado por L 50


Z.
C 100
Os resultados das operações de soma, subtracção e
multiplicação entre dois inteiros são inteiros. Dois in- D 500
teiros admitem relações binárias como =, > e <.

A ordem de Z é dada por … < -2 < -1 < 0 < 1 < 2 < M 1.000
… e faz de Z uma ordenação total sem limite superior
ou inferior. Chama-se de inteiro positivoaos inteiros O sistema utilizado atualmente é chamado de indo
maiores que zero; o próprio zero não é considerado -arábico.
um positivo.

Tal como os números naturais, os números inteiros


formam um conjunto infinito contável.
02 CONJUNTOS NUMÉRICOS
Números Inteiros :
TIPOS DE CONJUNTO
Os números inteiros menores que zero são deno-
minados números inteiros negativos (como por exem- Finito: é um conjunto que possui um número de-
plo 1; -5; -15; -325). terminado de elementos.
Os números inteiros acima de zero são chamados
de números inteiros positivos (como 1; 5; 325). O zero é Infinito: conjunto que possui um número indeter-
um número inteiro, mas não é positivo nem negativo. minado de elementos.

Os números inteiros negativos, inteiros positivos e Unitário: é um conjunto que possui um único ele-
o zero formam o conjunto dos números inteiros relati- mento.
vos, designados por Z, isto é:

Para representar a união dos conjuntos, utiliza-se a Vazio: conjunto que não possui elementos.
expressão: Representado pelo símbolo Ø ou por { }.

R = N U Z U Q U I ou R = Q U I Existem também alguns símbolos comumente uti-


lizados na matemática no que diz respeito aos conjun-
Sendo que: tos.

3
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Cabe memorizá-los: Q = {...,1/2, 3/4, –5/4...}

Após montarmos esses três conjuntos podemos


SÍMBOLO SIGNIFICADO mostrá-los através do seguinte diagrama.

∈ Pertence

∉ Não pertence

⊂ Está contido

⊃ Contém

⊄ Não está contido

⊅ Não contém

No decorrer da história da matemática podemos Como podemos ver, os conjuntos foram “evoluin-
ver de que maneira o entendimento dos números se do” no decorrer do tempo. O que antes era apenas um
desenvolveu. Antigamente apenas a operação de soma conjunto de número positivos se transformou num
se fazia necessária. grupo muito mais completo.
Acima mostramos os símbolos de cada um dos con-
O conjunto dos números utilizados na época era
juntos. Agora apresentaremos alguns símbolos adicio-
o que conhecemos como conjunto dos naturais. Esse
nais que representam a exclusão de alguma parte do
conjunto pode ser representado pelo símbolo N e com-
conjunto:
preende os seguintes números:

N = {0, 1, 2, 3,...}

A medida que o tempo foi passando, fez-se neces-


sária o entendimento da subtração. Até certo ponto po-
deríamos utilizar a subtração dentro do conjunto dos
naturais. No entanto, haviam alguns casos em que as
pessoas não sabiam o resultado dessa operação. As notações acima também podem ser juntadas,
A partir desse caso os números negativos e, conse- como por exemplo , que significa o conjunto dos
quentemente, o conjunto dos inteiros surgiram. O con- racionais positivos excluindo o zero. Além disso, essas
junto dos inteiros pode ser representado pelo símbolo notações podem ser usadas para qualquer outro con-
Z e compreende os seguintes números: junto. Por exemplo, é o conjunto que contem os
seguintes números:
Z= {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}

Veja que o conjunto dos naturais está dentro (con-


tido) dos números inteiros. Isso mostra que os inteiros
Cabe aqui observar também a diferença entre nú-
são, de certa forma, uma atualização dos naturais.
meros cardinais e numeros ordinais. O número cardi-
Novamente, com o decorrer do tempo, surgiu a ne- nal sempre expressa quantidade, enquanto o número
cessidade de mais duas operações: a multiplicação e ordinal sempre expressa a ordem ou lugar em que o
a divisão. No primeiro caso, quando multiplicávamos número se encontra.
dois números inteiros, o resultado também se encon-
trava dentro do mesmo conjunto. A seguinte tabela tem como objetivo uma breve
memorização para fins didáticos:
Porém, quando dividíamos dois números inteiros,
haviam certos casos em que o resultado não se encai-
xava dentro do conjunto dos inteiros. Portanto, fez-se CARDINAL ORDINAL
necessário, novamente, o surgimento de um novo con-
junto: os racionais. Um Primeiro

Nesse novo grupo foi introduzido o que chama- Dois segundo


mos de frações, que nada mais são do que a divisão
de um número por outro. O símbolo que representa os Três Terceiro
racionais é . Esse conjunto engloba o conjunto dos
inteiros mais qualquer outro número que possa ser re- Quatro Quarto
presentado por uma fração:

4
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Matemática

ficar a soma de grandes quantias de termos semelhan-


Cinco Quinto tes. Seja a seguinte soma:

Seis Sexto

Sete Sétimo
Como podemos ver, estamos somando o núme-
Oito Oitavo ro 4 nove vezes. Logo, ao invés de realizarmos todas
essas operações de soma, podemos encontrar o mes-
Nove Nono mo resultado através de apenas uma única operação:
a multiplicação.Podemos representar essa operação
Dez Décimo através do sinal “x” ou “.”.No exemplo dado teremos
a seguinte multiplicação:

03 OPERAÇÕES
Lemos a operação acima de “9 vezes 4”. Podemos
Na matemática utilizamos algumas operações de chamar o resultado da multiplicação de produto e seus
forma a trabalharmos com os números que possuímos. membros que o compõem de coeficientes. Logo, os nú-
Dessa maneira, após todas as operações necessárias, meros 9 e 4 são coeficientes e o resultado, 36, é o pro-
chegamos num resultado. Nesse capítulo veremos as duto de 9 por 4.
operações de adição, subtração, multiplicação, divi- Além das propriedades de comutação e associação,
são, potenciação e radiciação. a multiplicação atenda algumas outras que veremos
logo abaixo:
Adição:
A adição nada mais é do que a soma de dois nú- Distributividade:
meros, de forma a combiná-los em um único núme-
ro. Representamos essa operação pelo símbolo “+” e Elemento neutro:
chamamos cada número somado de parcela, termos
ou somando. A adição atende algumas propriedades: Note que a multiplicação também possui o elemen-
to neutro, porém ele é deferente do utilizado na adição
Comutatividade: e subtração.

Associatividade: Divisão:

A divisão é uma operação inversa da multiplicação


Elemento neutro: d pode ser representada pelo símbolo “” ou pelo for-
mato de fração abaixo. Vejamos o exemplo abaixo:
Ainda, como falado anteriormente, a soma de dois
números racionais (naturais/inteiros) resulta em um
número também racional (natural/inteiro).

Sempre chamaremos x de dividendo e y de divisor


Subtração: e z de resultado.No entanto, nem sempre o resultado
A subtração, assim como a adição, é uma operação será um número inteiro. Nesse caso dizemos que a di-
que transforma dois ou mais números num único só. visão não é exata.
O símbolo utilizado é o sinal “-”. A subtração também No caso de divisão não exata devemos definir
atende às propriedades de comutação, associação e mais dois valores para a divisão: o quociente e o resto.
elemento neutro. A estrutura de uma subtração está Podemos representar qualquer divisão pela seguinte
apresentada abaixo: equação:

Chamamos x de minuendo, y de subtraendo e z de


diferença ou resto. Assim como no caso anterior, x é o dividendo e y o
divisor. Além disso, temos que q é o quociente e r o res-
to da divisão. Uma exigência é que o resto r seja sem-
Multiplicação: pre positivo e menor do que o divisor y. Ainda, quan-
A multiplicação surgiu como uma forma de simpli- do o resto for zero, dizemos que x é divisível por y.

5
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Estamos realizando algumas multiplicações de


Vejamos o exemplo da divisão . Tentaremos coeficientes iguais. Assim como fizemos para a soma
montar essa divisão de acordo com a equação apre- de diversos fatores iguais, criando a multiplicação,
sentada acima: faremos para a multiplicação de diversos coeficientes
iguais.

Nesse caso, a potenciação é a operação que repre-


Agora devemos encontrar os valores de q e r. Para sentará todas essas multiplicações como uma única
isso podemos utilizar a técnica apresentada abaixo. operação.

Ela consiste em chutar valores de q e r até satisfa- No exemplo acima multiplicamos o número 4 seis
zer a igualdade da equação. Parece uma técnica de- vezes. Isso é equivalente à expressão abaixo:
morada, mas em muitos caso nós já sabemos por onde
começar nossos chutes. Nesse exemplo, podemos ver
que se utilizarmos teremos a seguinte equação:
Na potenciação chamamos o número 4 de base e o
6 de expoente. Apresentaremos abaixo algumas pro-
priedades e resultados prontos da potenciação.

Portanto fica fácil perceber que satisfaz a


equação. Será que poderíamos utilizar q = 4 ou q = 6?
A resposta é não! Veja que para qualquer um dos dois
valores de q não teríamos um valor possível para r.

Caso q = 4, teremos r = 7, que é maior do que o divi-


sor y = 5. Por outro lado, se q = 6, teremos r = -3, que é
um número negativo e, portanto, inválido.
Vamos representar a divisão na maneira que apren-
demos no colégio:

Através dessas expressões acima podemos traba-


lhar com qualquer problema de potenciação apresen-
tado.

Veja que já utilizávamos essa técnica desde muito Uma definição que se faz a partir da potenciação
tempo. O que foi feito aqui foi apenas escrever a ima- é o de número quadrado perfeito. Quadrado perfeito
gem acima em forma de uma equação matemática: é um número inteiro não negativo que pode ser re-
presentado por outro número elevado a potência de
2 (elevado ao quadrado). Portanto, mostramos logo
abaixo a lista dos quadrados perfeitos de 1 até 100:

Assim como as operações anteriores, a divisão Saber de cabeça os quadrados perfeitos de 1 até 100
atende às propriedades de comutação, associação, é bastante útil e pode acelerar a resolução de alguns
elemento neutro (zero) e distribuição. Nas unidades exercícios.
posteriores estudaremos como operar com as frações
oriundas da divisão.
Radiciação:

Note que até agora todas as operações possuíam


Potenciação:
alguma outra complementar. Para a potenciação não
A operação de potenciação é definida de maneira será diferente. Estudaremos agora a radiciação, que
similar como foi definida a multiplicação. Veja abaixo: possui a seguinte forma:

6
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Matemática

O número x é chamado de radicando, y de índice, (+) * (+) = (+)


z de raiz e de radical. Como regra, o índice y não
pode ser negativo e nem zero. Quando y = 2 represen- (-) * (-) = (+)
tamos a equação acima por:
(+) * (-) = (-)

(-) * (+) = (-)

Nesse caso, z é a raiz quadrada de x. A solução des- (+) : (+) = (+)


sa operação é o número z tal que:
(-) : (-) = (+)

(+) : (-) = (-)

Como podemos ver, a radiciação realmente é o pro- (-) : (+) = (-)


cesso inverso da potenciação. Pode-se representar a ra-
diciação como uma potência. Veja na equação a seguir:
OPERAÇÕES COM CONJUNTOS

União:
Portanto, todas as propriedades vistas para poten-
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer, temos que
ciação também são válidas para a radiciação. Assim
a união entre tais conjuntos é formada pelo conjunto
como no tópico anterior, colocaremos algumas pro-
dos elementos de A somados aos elementos de B. O
priedades dessa operação.
símbolo de união é ∪, logo tal conjunto é representado
por A ∪ B.

Exemplo: A = {1,2,4} e B = {2,3,4,6}

A união seria A ∪ B = {1,2,3,4,6}

Intersecção:

Considere os mesmos conjuntos A e B do exemplo


anterior. O símbolo da intersecção é ∩, logo no exem-
plo citado seria A ∩ B. O conjunto caracterizado pela
intersecção é formado pelos elementos que integram
simultaneamente os dois conjuntos. Logo:

Exemplo: A = {1,2,4} e B = {2,3,4,6}

A ∩ B = {2,4}
Assim como na potenciação, procure sempre obser-
var essas propriedades na resolução dos problemas. Os conceitos de união e intersecção de conjuntos
Desse modo você ficará mais acostumado a trabalhar são muito utilizados no tópico de Estatística, sub-ramo
tanto com potenciação quanto radiciação. da Matemática.
Ainda vale a pena comentar sobre algo que nunca
deve ser feito quando trabalhamos com radiciação!
Diferença:

A diferença entre dois conjuntos é um conjunto


formado pelos elementos pertencentes a um conjunto
A soma das raízes não é a raiz das somas, portanto que não fazem parte do outro conjunto. É representa-
tenha a certeza de sempre estarem atentos para não da pelo símbolo -.
cometer esse erro.
Utilizando o mesmo exemplo, a diferença entre A e
B é formada pelos elementos de A que não estão pre-
LEMBRETES PARA MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO sentes em B:

Sinais iguais: resposta positiva. Exemplo: A = {1,2,4} e B = {2,3,4,6}

Sinais diferentes: resposta negativa. A – B = {1}

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Portanto, para descobrir se um número é múltiplo


MÚLTIPLOS E DIVISORES DE de outro, basta dividir o número pelo suposto múlti-
04
NÚMEROS NATURAIS plo.
Caso o resto da divisão seja nulo, o número é um
Nesse tópico veremos um pouco sobre o que é um múltiplo do outro. Por exemplo, será que 525 é múl-
múltiplo ou divisor de um número, assim como algu- tiplo de 3?
mas outras definições.
Basta fazermos a seguinte operação: .
Calculando, veremos que o resultado é 175, sendo o
Divisores:
resto nulo. Portanto, podemos afirmar que 525 é múl-
Assim como vimos na operação de divisão, um cer- tiplo de 3.
to número x é divisível por y quando, ao dividirmos x
por y, o resto da operação for 0.
DICAS PARA CONCURSOS
Portanto, podemos dizer que a divisão de x por y
resulta em um número inteiro. Nesse caso, y será um Para uma rápida resolução de questões, é necessá-
divisor de x. A fim de exemplo, colocaremos abaixo rio conhecer ‘macetes’ que podem ajudar o candidato
todos os números divisores de alguns números: no momento da prova. Existem certas regras que po-
dem ser aplicadas no que diz respeito à divisibilidade.
Vejamos:

Divisibilidade por 2:

Um número é divisível por 2 sempre que for par,


ou seja, quando seu último algarismo for 0,2,4,6 ou 8.
Através desses três exemplos podemos destacar al-
gumas observações: Exemplos: 100, 44, 68, 1286, 3576.

- O zero não é divisor de nenhum número;


Divisibilidade por 3:
- O menor divisor de um número sempre será o
número 1; Um número é divisível por 3 quando a soma do va-
lor isolado de seus algarismos resultar em um número
- O maior divisor de um número é o próprio nú-
divisível por 3.
mero;
Quando um número natural possui apenas o nú- Exemplos:
mero 1 e ele mesmo como divisores ele será chamado
312, pois 3+1+2=6, que é divisível por 3.
de número primo. Abaixo mostramos o conjunto de
todos os números primos de 1 a 100. 4317, pois 4+3+1+7=15, e este 15 é 1+5=6, que é divi-
sível por 3.

276417, pois 2+7+6+4+1+7=27, e este 27 é 2+7=9, que


Veja que o número 1 não é primo. Isso ocorre por- é divisível por 3.
que, para ser primo, deve-se ter, necessariamente, dois
divisores. Como ele possui apenas um divisor (núme-
ro 1) ele não pode ser classificado como um número Divisibilidade por 5:
primo.
Sempre que o algarismo das unidades (ou seja, o
último algarismo da direita) for 0 ou 5, este número
Múltiplos: será divisível por 5.
Chamamos de múltiplo de um número o resultado Exemplos:
da multiplicação entre esse número por um número
natural. Vejamos, como exemplo, os múltiplos de 4: 15, 40, 395, 8720.

Outras dicas:

Quando o número for divisível ao mesmo tempo


por 2 e por 3, este número será divisível por 6.

Exemplos: 12, 84, 126.

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Matemática

Quando os últimos algarimos do número forma-


rem um número divisível por 4, este número será divi-
sível por 4. Quando o número terminar em 00, também
será divisível por 4.
Novamente, o menor fator primo é o 2. Logo, va-
Exemplos: 528, 8340, 200, 37800.
mos fazer a nova operação com os números resultan-
tes: 2, 5 e 3.

05 MMC E MDC

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM (MMC)

Associado ao tópico de múltiplos podemos definir Note que chegamos no número 1 após dividir o 8
o mínimo múltiplo comum entre dois números.Dados 3 vezes pelo fator 2. Portanto, resta apenas decompor
dois números x e y, o MMC deles será o menor número os números 5 e 3. O menor fator primo dessa vez é o 3.
que é múltiplo tanto de x quanto de y, desde que esse
número não seja zero. Vamos calcular o MMC de 7 e 3.

Para isso, vejamos quais são os múltiplos de 3 e de


7:

Por fim, resta apenas dividir o número 5, e o fator


primo que faz isso é o próprio 5:

Em azul podemos ver os múltiplos comuns entre 3


e 7. Como o MMC é o menor entre eles, com exceção
do zero, podemos concluir que o MMC entre 3 e 7 é o
21.

Podemos calcular o MMC através do método da


decomposição conjunta. Mostraremos esse método
através de um exemplo. Agora que terminamos a decomposição em fatores
primos podemos calcular o MMC de 8, 5 e 6. Para isso
Desejamos calcular o MMC entre 8, 5 e 6. Para isso
basta multiplicarmos todos os fatores primos utiliza-
fazemos o seguinte esquema abaixo: dos durante a decomposição. Logo:

Feito essa primeira etapa começaremos a decom-


por os três números em fatores primos, ou seja dividi- Esse método parece complicado, mas após exercitá
remos cada um deles por números primos. Mas qual -lo algumas vezes tudo ficará mais rápido e simples.
número primo utilizar?
Além do apresentado anteriormente, existe um
Sempre o menor possível! Lembre-se aqui que o outro método para cálculo do MMC. Ele consiste em
número 1 não é um número primo, então sempre divi- obtermos todos os fatores primos de cada um dos nú-
diremos por {2,3,5,7,11,...}. meros. Façamos o mesmo exemplo com os números
8, 5 e 6.
À direita da barra colocaremos nosso fator primo.
Como podemos ver, o menor fator primo que divide
pelo menos um desses números é o 2. Ainda mais, ele
dividirá tanto o 8 quanto o 6. Veja como ficará nosso
esquema logo abaixo:

Após decompormos cada um dos números sepa-


Agora repetiremos o processo para os novos núme- radamente poderemos obter o MMC. Nesse caso, o
ros 4,5 e 3. Nesse caso, o menor fator primo continua MMC é dado pelo produto de cada um dos fatores pri-
sendo o 2. mos elevado ao maior expoente encontrado.

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Vamos analisar nosso exemplo para deixar isso 8 / 2 = 4 (com resto zero - divisão exata)
mais claro. Observemos o fator primo número 2.
Dentre as três decomposições, qual é a maior potência 3º) O divisor da divisão exata é 2. Então m.d.c.(18,10)
que aparece junto com o fator 2? = 2.
A resposta é 3. Basta olharmos para as decompo- Outra maneira de se calcular o MDC é utilizando a
sições na qual aparece o fator primo 2, ou seja, em 8 decomposição dos números em fatores primos.
e em 6. No primeiro caso, temos o fator 2 elevado a
uma potência de 3, enquanto no segundo caso temos Exemplo – MDC (18,10):
ele elevado a uma potência de 1. Logo, utilizaremos o
18 = 2 x 3 x 3
no cálculo do MMC.
10 = 2 x 5
Agora para o fator primo 3. Qual é a maior potên-
cia? Ora, o fator 3 só aparece na decomposição do 6 O fator primo comum aos dois números é 2. Logo,
com uma potência de 1. Logo, utilizaremos o no cál- o MDC (18,10) é 2.
culo.

Por fim, analisamos o fator primo 5. A maior potên-


NÚMEROS PRIMOS ENTRE SI
cia encontrada para ele também é o 1, logo será ela que
utilizaremos. Portanto, o MMC será: Dois números são primos entre si quando o MDC
desses números é 1.

Outro procedimento para obtenção do MDC é o se-


guinte:
Veja que os dois métodos convergiram para o mes-
mo resultado. O cálculo do MMC pode ser feito por Para obter, por exemplo, o MDC (30,36,72):
qualquer um dos dois métodos, escolha aquele que te
1. Coloca-se os números, 30, 36 e 72, e divide-se
deixa mais confortável e siga em frente.
todos os números que podem ser divididos pelo pri-
meiro primo 2. Na linha de baixo anotamos cada quo-
ciente obtido:
MÁXIMO DIVISOR COMUM (MDC)

Conceito: Dois números naturais sempre possuem


divisores comuns. O MDC é o máximo divisor comum
a dois números, como no exemplo a seguir: Os diviso-
res comuns de 6 e 9 são 1, 2 e 3; logo, o MDC de 6 e 9 é
3, indicado da seguinte forma: m.d.c.(6,9)=3.
2. O procedimento é repetido com o próximo primo
que divida os três quocientes e, assim, sucessivamente,
Outros exemplos: até que não hajam mais primos comuns:
m.d.c.(8,12)=4

m.d.c.(18,27)=9

m.d.c.(6,12,15)=3

Como calcular o MDC:


3. Agora, multiplica-se todos os fatores primos na
A maneira mais fácil de se calcular o MDC é através coluna da direita, obtendo o m.d.c. procurado: mdc30,
das divisões sucessivas. Neste processo, são efetuadas 36, 72=2∙3=6
várias divisões até se chegar a uma divisão exata.

Exemplo – MDC (18,10):

1º) dividimos o número maior pelo número menor: 06 EXPRESSÕES NUMÉRICAS


18 / 10 = 1 (com resto 8)
Agora que conhecemos os conjuntos e algumas
operações poderemos juntar tudo nesse tópico. O in-
2º) dividimos o divisor 10, que é divisor da divisão tuito aqui é mostrar algumas regras no cálculo de ex-
anterior, por 8, que é o resto da divisão anterior, e as- pressões, tal como prioridade de operação.
sim sucessivamente:
Até agora mostramos as operações isoladas umas
10 / 8 = 1 (com resto 2) das outras, porém isso não ocorre em exercícios de

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provas, portanto é importante vermos como as opera- operações dentro dos parênteses, depois colchetes e,
ções funcionam em conjunto. por fim, dentro das chaves. Lembre-se sempre de res-
peitar a ordem das operações apresentadas mais acima
Nas expressões existe uma certa prioridade entre as dentro de cada um dos sinais de associação. Vejamos
operações. Portanto, dependendo das operações pre- um exemplo logo abaixo:
sentes na expressão, deveremos resolver algumas an-
tes das outras. A ordem de prioridade é dada abaixo:

- Potenciação e radiciação;

- Multiplicação e divisão;

- Adição e subtração;

Assim, sempre que olharmos para uma expressão,


devemos identificar quais operadores estão presentes
e, em seguida, a ordem na qual realizaremos as contas.
Veja abaixo alguns exemplos com relação a ordem de
resolução:

Veja que temos todas as operações na expressão


acima. Primeiramente deveremos resolver as potên-
cias e radiciações. Sabemos que:

Resolveremos agora as multiplicações e divisões.


Perceba que o segundo fator da expressão possui uma
multiplicação junto com uma divisão. Nesse caso você Através desses dois exemplos conseguimos enten-
pode escolher qual resolver por primeiro. Aqui, farei der melhor como funcionam as prioridades dentro de
primeiramente a multiplicação e depois a divisão. uma expressão numérica.

07 EQUAÇÃO DO 1º GRAU
A equação é utilizada para calcular o valor de um
termo desconhecido, sempre representado por uma
letra, geralmente representada por x, y, e z. A equa-
ção sempre é montada com sinais operatórios como
adição, subtração, multiplicação, divisão, radiciação e
Por fim resolveremos as adições e subtrações, che-
igualdade.
gando ao seguinte resultado:
O sinal de igualdade divide a equação de dois
membros, compostos dos seguintes elementos:

Além da ordem das operações, podemos acrescen- Elemento de valor constante: representado por va-
tar sinais de associação que nos obrigam a realizar cer- lores numéricos.
tas operações por primeiro. Esse é o caso dos parênte-
ses, colchetes e chaves.
Elemento de valor variável: representado por nú-
Nesses casos, deve-se resolver, primeiramente, as meros e letras.

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Exemplo:

x+3=7
Logo, as raízes de cada um dos números ficam:
5x – 12 = 8

5x + 30 = 6x + 26

Em todos os exemplos, o valor de x é 4.

A equação de 1° Grau é aquela que pode ser repre-


sentada sob a forma ax + b = 0, na qual a e b são cons-
tantes reais e x é a variável.

Portanto a resposta correta é a letra e.


08 PROBLEMAS RESOLVIDOS
Questão 02 (FCC-2011):
Agora resolveremos algumas questões de concur- Sejam x e y números naturais, e e símbolos
sos envolvendo tudo que vimos até agora. com os seguintes significados:

-x y é igual ao maior número dentre x e y, com


Questão 01 (FCC-2012):
x y;
Para resolver um problema de Geometria, cuja
pergunta era a distância entre os pontos A e C, Paula -x y é igual ao menor número dentre x e y, com
calculou as medidas dos segmentos obtendo, res- x y;

pectivamente, cm e cm. Como o ponto B - Se x=y, então x y=x y=x=y.


pertencia ao segmento , para chegar à resposta,
Paula só precisou simplificar e somar as duas medidas De acordo com essas regras, o valor da expressão:
já calculadas, tendo obtido como resultado:

a) cm
a) 92.
b) cm
b) 78.

c) cm c) 64.

d) 43.
d) cm
e) 21.
e) cm

Solução:
Solução: Essa é uma questão de expressão número, assim
como anuncia o enunciado. No entanto, ao invés de
No enunciado diz que Paula, para obter o segmen- utilizar as operações estudadas nessa apostila, a ques-
to , somou as duas medidas dadas. Logo, a questão tão criou novas operações para definirmos o valor da
pede apenas que somemos os dois números e achemos expressão. Isso não será problema algum, pois, a prio-
o valor em uma das alternativas. Façamos isso: ridade criada pelos sinais de associação é mantida.
Portanto, devemos resolver primeiramente as expres-
sões dentro dos parênteses, depois colchetes e por fim,
chaves.

Para simplificar essa expressão podemos, primei- Vamos então resolver o que há dentro de cada pa-
ramente, decompor ambos os números em fatores pri- rênteses, sempre lembrando de como as operações da-
mos. Assim ficamos com: das pelo enunciado funcionam.

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O triângulo retorna o maior número, logo a primei- Quando multiplicamos um número ímpar por um
ra expressão resulta em 68. Já o quadrado retorna o número par, o resultado sempre será um número par.
menor entre eles, portanto, 21. A expressão fica:
Desse modo, sabemos que 2.y é par. A diferença
(ou soma) entre dois números pares sempre será par.
Logo, a alternativa II está incorreta.
Devemos resolver agora as expressões dentro dos Com isso, descartamos também as alternativas a e
colchetes, pois não há mais nenhum parênteses. d, restando apenas a alternativa c como resposta. No
entanto, vamos continuar nosa análise a fim de apren-
dizado.

Agora, quando multiplicamos dois números ímpa-


O resultado depois dessas novas operações fica: res, o resultado sempre será outro número ímpar.

Assim, a multiplicação 5.y resulta em um número


ímpar. O produto 3.x possui um fator ímpar (3) e um
par (x), resultando em um número par.
Agora podemos resolver a última operação dentro
das chaves, ficando com a seguinte expressão: Portanto, (3.x).(5.y) é o produto de um número par
com um ímpar. Podemos afirmar, então, que a III alter-
nativa está incorreta.

Portanto, o resultado da expressão final é igual a A resposta do exercício é a letra c.


64.

A resposta é a alternativa c. Questão 04 (FCC-2011):

Questão 03 (FCC-2001): O valor da expressão , para A=2 e B=-1, é


um número compreendido entre:
Se x e y são números inteiros tais que x é par e y é
impar, considere as seguintes afirmações: a) -2 e 1.

x+y é ímpar. b) 1 e 4.

x-2y é ímpar. c) 4 e 7.

(3x).(5y) é ímpar. d) 7 e 9.

e) 9 e 10.
É correto afirmar que:

a) I, II e III são verdadeiras.


Solução:
b) I, II e III são falsas.
Para calcular o valor da expressão dada basta trocar
c) Apenas I é verdadeira. todos os A’s por 2 e todos os B’s por -1:

d) Apenas I e II são verdadeiras.

e) Apenas II e III são verdadeiras.

Solução:

Essa é uma questão básica e muito comum de teo-


ria de números. Sabemos que o número x é inteiro e é
par. Temos também o número y, que também é inteiro,
porém ímpar.

É fato que a soma de um número par com o de um


número ímpar sempre será um número ímpar, portan-
to a alternativa I está correta.

Com essa conclusão já podemos descartar as alter- Como o número 3,333... está compreendido entre 1
nativas b e e. e 4, a resposta para esse exercício é a letra b.

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FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM


09 que seja diferente de zero. Logo, uma fração pode
FRAÇÕES ser multiplicada no numerador e denominador por
um mesmo número. Se escolhermos multiplicar por 8
Vamos dar continuidade ao nosso estudo de ma-
temática. Veremos agora a parte de frações, apresen-
tando como devemos trabalhar com elas no meio dos obteríamos a fração: .
exercícios.

A palavra fração vem do latim fractus e significa TERMOS DAS FRAÇÕES


“partido”. Ela consiste na divisão de um valor em cer-
to número de partes iguais. Sua simbologia já foi mos- No exemplo 1/8, 1 é chamado de numerador e 8 de
trada aqui de maneira indireta: denominador.

Na tabela a seguir, vemos alguns exemplos de


como se deve ler algumas frações de acordo com o seu
denominador:
Essa representação indica que o valor x será dividi-
do em y partes iguais. Ainda, o número x é chamado
de numerador enquanto y é o denominador. Sempre DENOMINADOR FALA-SE
que você encontrar uma fração tente pensar em algo
prático para entender o significado dessa fração. 2 Meio

Por exemplo, imagine que você comprou uma pi- 3 Terço


zza de 10 pedaços iguais e irá dividi-la entre 5 amigos.
Como todos querem ser justos, todos desejam comer a 4 Quarto
mesma quantia de pizza, logo, teremos que dividir os
10 pedaços de pizza em 5 partes iguais. 5 Quinto
Portanto, conclui-se que cada um ficará com 2 pe-
daços de pizza. 6 Sexto

Agora, se um outro amigo se juntasse a vocês para 7 Sétimo


comer a pizza, ficaríamos com 10 pedaços para serem
divididos com 6 amigos. Mais uma vez, desejamos que 8 Oitavo
cada um coma a mesma quantia de pizza. Você poderá
9 Nono
concluir rapidamente que cada um comerá peda-
ços de pizza, mas como fazer isso? Entenda, a divisão a 10 Décimo
ser feita aqui não é uma divisão exata. Portanto, o que
podemos fazer é dividir cada um dos 10 pedaços em 100 Centésimo
outros 6 pedaços iguais. Agora possuímos 60 pedaços
de mesmo tamanho e 6 amigos para comê-los. Logo, 1000 Milésimo
cada um ficará com 10 pedaços de pizza.

Ainda, podemos simplificar uma fração quando


ambos numerador e denominador são divisíveis por CLASSIFICAÇÃO DAS FRAÇÕES

um mesmo número. Por exemplo, seja a fração: . Frações próprias: quando o numerador for menor
Tanto o denominador quanto o numerador podem ser que o denominador. Exemplo: 4/5.
divididos por 2. Dessa maneira essa fração se torna,
Frações impróprias: quando o numerador for
após a simplificação, igual a . Uma fração na qual maior que o denominador. Exemplo: 5/4.
não há divisores comuns entre numerador e denomi-
nador é chamada de fração simplificada. Na maioria Frações aparentes: quando o numerador for múlti-
das vezes utilizamos as frações em suas formas sim- plo do denominador. Exemplo: 8/4.
plificada, porém em algumas operações é necessário
alterá-las de modo a calcularmos o resultado.
OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
Vale a pena lembrar também que, assim como po-
demos simplificar as frações, também podemos multi- Estudaremos agora como fazer as operações vistas
plicar em cima e em baixo pelo mesmo número, desde anteriormente com frações.

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Matemática

A soma entre duas frações é uma operação de certa Essa é a ideia utilizada sempre para somar as fra-
forma simples quando a pessoa estiver bem treinada. ções. Vamos explicar uma outra técnica para realizar o
Existem diversas maneiras ensinadas para calcular sua mesmo processor.
soma, por isso mostrarei aqui algumas para que você
possa escolher qual te deixa mais confortável. Nessa técnica devemos, primeiramente, chamar a
soma de frações por algum nome, por exemplo: x.
Primeiramente devemos sempre lembrar: para so-
mar duas frações, ambas devem possuir o mesmo de-
nominador!

Portanto, as diferentes técnicas ensinadas aqui con- Em seguida, multiplicamos os dois lados da equa-
sistem em maneiras de como fazer com que as frações ção pelo MMC dos três denominadores. Como já foi
obtenham o mesmo denominador, para enfim soma-las. calculado anteriormente, o MMC entre 4, 6 e 3 é 12,
resultando na equação abaixo:
Para apresentar os métodos de soma de fração da-
rei um exemplo aqui:

Após multiplicarmos os dois lados pelo MMC de-


vemos usar a distributiva no segundo membro:
O 1º método consiste na utilização do mínimo múl-
tiplo comum (MMC). Portanto, o primeiro passo é
calcular o MMC entre os denominadores, ou seja, os
números 4, 6 e 3. Utilizando o método apresentado nos
tópicos anteriores concluímos que o MMC entre esses Agora é só simplificar as novas frações do lado di-
números é o número 12. reito.
Após essa primeira etapa, devemos verificar por
quanto cada denominador deve ser multiplicado para
que ele se transforme no MMC.

Por exemplo, para o denominador igual a 4, deve-


mos multiplicar por 3 em cima e em baixo para que ele
vire igual a 12. Já no caso do denominador 6, devemos Por fim vamos dividir ambos os lados por 12:
multiplica-lo por 2. Portanto, essa soma de frações fi-
cará na seguinte forma:

Em seguida basta realizarmos as multiplicaçõese


veremos que agora todas as frações possuem o mesmo
denominador. Um último método que ensinaremos aqui serve
para os casos em que é difícil calcular o MMC dos de-
nominadores. Nesse caso multiplicaremos as frações,
em cima e em baixo, pelo produto dos denominadores.

Depois que conseguirmos deixar todas as frações No exemplo da fração devemos multiplicá
com o mesmo denominador podemos somar somente -la por .
os numeradores:

Após realizar o produto é só fazer as simplificações


possíveis e depois somar normalmente as frações.

Com esses três métodos você pode calcular a soma


Fim!Sua soma de frações está feita! Portanto lem-
de qualquer fração que aparecer em sua frente. A sub-
bre-se: sempre que houver soma de frações siga os
tração de frações pode ser feita de maneira semelhan-
dois passos abaixo:
te, porém você irá subtrair os numeradores ao invés
de somá-los.
1. Deixe todas as frações com o mesmo deno-
minador; A multiplicação já foi feita de maneira indireta den-
tro da explicação da soma de frações. O que devemos
2. Some apenas os numeradores, deixando o de- saber é que em multiplicação de frações devemos fa-
nominador do jeito que está; zer o produto dos numeradores e dos denominadores.

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Mas agora temos uma divisão de um número intei-


ro (3) por uma fração ( . Isso não mudará nada,
Portanto, a expressão . pois qualquer número inteiro pode ser representado
por uma fração utilizando o número 1 como deno-
Agora a divisão possui uma característica um pou-
co diferente. Vamos mostrar passo a passo como calcu-
lar a divisão de duas frações:
minador. Logo, a divisão ficará .
Voltando à expressão:

Note que queremos dividir por . Para isso você


deve fazer o produto entre a fração superior e o inver-

so da fração inferior, ou seja, . Abaixo podemos ver


o procedimento:

A resposta apresentada já é a fração na forma sim-


plificada. Portanto, sempre que encontrar uma divisão
de frações, multiplique a de cima pela inversa da de
O resultado já está em sua forma simplificada, pois
baixo.
93 é um número primo.
Vamos fazer um exemplo misturando um pouco os Agora que já conseguimos apresentar a base de
conceitos vistos até aqui. Desejamos calcular o valor operações com frações passaremos para o próximo tó-
da expressão abaixo: pico.

ü Lembrete:
Para resolução de expressões envolvendo frações
e números naturais, devemos lembrar da ordem
de resolução:
Perceba que, dentro do parênteses, existe um pro-
duto de frações. O problema é que o denominador de Passo 1: parênteses;
uma das frações está sendo representado pela diferen- Passo 2: colchetes;
ça entre frações. Logo, vamos calcular o resultado da
expressão desse denominador: Passo 3: chaves.
Lembre-se também da ordem das operações:
1. Potências ou raízes;
2. Multiplicações ou divisões;
3. Adições ou subtrações.

GRANDEZAS, RAZÕES E
10
PROPORÇÕES
Uma grandeza é qualquer coisa que pode ser me-
dida, contada, ou seja, enumerada. Portanto, seu peso
é considerado uma grandeza,assim como o número de
livros que você leu durante esse ano ou a velocidade
média do seu carro durante uma viagem.

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Matemática

A ideia é relacionarmos duas grandezas de forma Por exemplo, se 10 pessoas trabalham em uma obra
classifica-las como grandezas diretamente ou inversa- e terminam o serviço em 10 dias, então 20 pessoas ter-
mente proporcionais. Para isso vamos definir, primei- minariam o mesmo serviço em apenas 5 dias. Assim,
ramente, a razão e a proporção entre duas grandezas. quando dobramos a primeira grandeza (número de
trabalhadores), a segunda grandeza (tempo para con-
A razão entre duas grandezas é a divisão entre elas. cluir o serviço) caiu pela metade.
Portanto, se você queima 200 calorias a cada 500 me-
Logo, podemos afirmar que o número de pessoas
tros de corrida, a razão será de . Ainda mais, trabalhando é inversamente proporcional ao tempo de
quando possuímos duas razões iguais, dizemos que conclusão da obra.
há uma proporção entre elas.
Agora que já sabemos o que são grandezas, razões
Logo, se além da razão entre calorias queimada e dis- e proporções podemos passar para o tópico de divi-
tância percorrida dissermos que uma pessoa lê 6 livros a sões proporcionais.

cada 15 semanas, teremos uma proporção, pois .


A vantagem de se ter uma proporção é que ela per-
mite utilizar algumas propriedades interessantes. Veja 11 DIVISÕES PROPORCIONAIS
algumas delas a seguir:
A divisão proporcional nada mais é do que uma di-
visão que segue uma certa proporção pré-estipulada.
Vejamos um exemplo prático para consolidar a ideia.

Imagine que, ao final de um longo ano de trabalho,


sua empresa teve um lucro total de R$1.000.000,00.
Todo esse lucro será dividido entre seus três sócios em
proporções diferentes. Após algumas reuniões ficou
decidido que o sócio A terá uma parte do lucro direta-
mente proporcional a 5. Já os sócios B e C terão direito
a uma parte diretamente proporcional a 2.

Para realizar a divisão do lucro de modo propor-


cional ao estipulado na reunião devemos prosseguir
da seguinte maneira:
Agora que entendemos o que é razão e proporção
podemos partir para o estudo de grandezas direta-
mente e inversamente proporcionais.

Grandeza diretamente proporcional é aquela que,


quando alterada, acarreta numa alteração em outra
grandeza a uma mesma proporção, no mesmo sentido.
Através das equações acima podemos calcular
Ou seja, se falarmos que uma pessoa corre 5 metros a
quanto cada sócio levará do lucro. Vamos multiplicar
cada segundo, quer dizer que ela correrá 100 metros
as primeiras relações por 10, que é o MMC entre 5 e 2:
em 20 segundos. Portanto, ambas grandezas estão

“presas” a uma mesma proporção: .

Um outro exemplo é o utilizado em seu cotidiano.


Se o quilo do queijo custa R$30,00 e você pedir por 200
gramas, você pagará:

Portanto, o preço e o peso do queijo são grandezas Agora que conseguimos expressar A e B em função
diretamente proporcionais. de C podemos usá-las na segunda equação e calcular
quanto o sócio C ganhará:
Grandezas inversamente proporcionais é justa-
mente o oposto do visto anteriormente. Duas grande-
zas são inversamente proporcionais quando a mudan-
ça de uma delas acarreta uma mudança, em mesma
proporção e sentido contrário, na outra grandeza.

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Veja que o raciocínio sempre se repete. Se a grande-


za for diretamente proporcional a um número m, bas-
ta dividir pelo próprio número m. Se for inversamente
proporcional ao número m, basta dividir pelo inverso
dele. Assim, quando tivermos os dois casos ao mes-
mo tempo, basta colocar cada macaco no seu galho,
Portanto, tanto o sócio B quanto o sócio C ficarão ou melhor, cada número na sua fração: diretamente
proporcional, numerador; inversamente proporcio-
nal, denominador.
com o equivalente a reais
Agora começaremos um assunto que será muito
do lucro. O sócio A ficará com do que C pegou, logo: utilizado em questões de concursos e no nosso dia-a-
-dia: regra de três.

Assim, para dividir uma quantia X em duas partes


A e B diretamente proporcionais a m e n, respectiva- 12 REGRA DE TRÊS
mente, monte duas equações e resolva o sistema:
Na regra de três utilizaremos o resultado obtido
no tópico de proporções e razões. Nós utilizaremos
a regra de três quando tivermos um problema com 3
valores dados e que queira saber o valor de um quarto
número.
Caso você queira dividir em mais de duas partes, Ainda, esses valores terão uma relação para que
assim como no exemplo, basta acrescentar as outras possamos fazer as contas. No caso eles serão direta-
partes nessas duas equações acima. mente ou inversamente proporcionais. Cabe aqui re-
Assim como podemos dividir uma quantia em lembrar os conceitos de grandezas:
várias outras com valores diretamente proporcionais
a algum número dado, também podemos dividir em Grandezas diretamente proporcionais:
partes inversamente proporcionais a algum número.
Duas grandezas são diretamente proporcionais se
Nesse caso, se quisermos dividir a quantia X em o aumento de uma delas implica necessariamente no
duas partes A e B inversamente proporcionais a m e n, aumento da outra, ma mesma razão.
respectivamente, basta montarmos as seguintes equa-
ções e resolve-las:
Grandezas inversamente proporcionais:
Duas grandezas são inversamente proporcionais se
o aumento de uma delas implica necessariamente no
aumento da outra, na mesma razão.

Perceba que usamos as frações inversas de m e n.


Isso ocorre porque agora a relação é inversamente pro- Regra de três simples:
porcional, por isso devemos usar suas frações inversas. É aplicada quando o problema envolver duas gran-
dezas diretamente ou inversamente proporcionais.
Portanto, esse caso é semelhante ao visto ante-
riormente, porém com as proporções inversas. Assim
como no caso anterior, caso você queira dividir em Regra de três composta:
mais do que duas partes, basta acrescentar as partes
restantes nas equações acima, seguindo o mesmo ra- Aplicada quando o problema envolver mais de
ciocínio. duas grandezas variáveis.

Por fim, podemos querer dividir essa mesma quan- Vejamos o exemplo de uma loja que atende, em cer-
tia X em partes proporcionais a certo número e inver- to dia, 50 clientes. Nesse dia, a loja faturou R$500,00.
samente proporcionais a outro número. Assim, para Sabendo que só se vende um único produto nesse co-
dividir X em duas partes A e B diretamente propor- mércio, qual será o faturamento no dia em que somen-
cionais a m e n, mas inversamente proporcionais a p te 30 clientes compraram seu produto?
e q, temos: Primeiramente devemos verificar se a relação entre
faturamento e vendas é diretamente ou inversamen-
te proporcional. Ora, sabemos que quanto mais você
vende, mais você fatura, logo a relação entre essas
duas grandezas é diretamente proporcional. Portanto,

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Matemática

ao diminuirmos o número de clientes, esperamos que


o faturamento diminua na mesma proporção.

Agora que já sabemos qual é a relação entre nossas


grandezas montaremos o seguinte esquema.

Nesse novo exemplo temos um problema com


a grandeza tempo. O segundo valor dado é uma
fração, pois gastamos 3 horas e meia. Nesse caso
A expressão acima quer dizer o seguinte: Se com 50 podemos dizer que ele gasta 3,5 horas que é a mes-
clientes minha loja fatura 500 reais, quanto ela ganhará ma coisa que 3 horas e meia. Por outro lado, se qui-
(F) se apenas 30 clientes comprarem meu produto? séssemos que ele levasse 3 horas e 10 minutos para
viajar, deveríamos transformar a grandeza horas
Portanto, estamos interessados em calcular o valor na grandeza minutos. Para isso bastaria dizer que
de F. Quando você for montar a relação de propor- e que
cionalidade acima, lembre-se de colocar as mesmas
grandezas em lados iguais. Por exemplo, colocamos
, pois meia hora é equivalente a 30 minutos.
a grandeza “clientes” no lado esquerdo e a grandeza
“faturamento” no lado direito. Nossa nova tabela, usando a grandeza equivalente
minutos, fica:
Agora que temos nossa “tabela” podemos prosse-
guir na resolução do exemplo. Em muitos lugares fa-
larão para vocês simplesmente multiplicar os valores
da tabela em x, mas sem explicar o motivo disso. Pois
vamos comentar sobre isso.

Como já foi falado aqui, as duas grandezas aqui


relacionadas são diretamente proporcionais, ou seja,
A próxima etapa será diferente, pois dessa vez es-
elas seguem uma mesma proporção. Portanto, pode-
tamos trabalhando com grandezas inversamente pro-
mos calcular o valor de F a partir da seguinte equação:
porcionais. Antes, bastava dividir uma grandeza pela
outra devido a mesma proporção. Desse vezes devere-
mos igualar o inverso da grandeza da esquerda com a
grandeza da direita:

É por isso que podemos multiplicar os valores em


x para calcular F. Você sempre deve fazer essa razão
para resolver exercícios de regra de três cujas grande-
zas são diretamente proporcionais.

Portanto, a loja faturará 300 reais ao vender seu Como podemos ver, a velocidade é maior conforme
produto para 30 clientes. esperávamos.Perceba que sempre que encontramos as
palavras inversamente proporcional nós invertemos
Agora, se as grandezas forem inversamente pro- uma das frações para chegar ao resultado. Lembre-se
porcionais? Veremos esse caso no próximo exemplo. sempre disso que você nunca terá problemas em co-
Pense num carro que gasta 4 horas para viajar de uma meter erros por causa desses conceitos.
cidade a outra a uma velocidade de 100km/h. Qual é a
velocidade que o carro deve ter para gastar 3 horas e Até agora só relacionamos duas grandezas, po-
meia nessa mesma viagem? rém muitas vezes desejamos relacionar mais do que
duas. Nesses casos utilizaremos a regra de 3 composta.
Assim como no caso anterior, vamos primeiramen- Assim como fizermos anteriormente, vamos fazer um
te verificar qual é a relação entre a grandeza tempo e exemplo para mostrar esse caso.
velocidade. Ora, quando aumentamos a velocidade
durante a viagem esperamos gastar menos tempo para Considere que, em um hospital, 5 médicos atendem
chegar a outra cidade, logo as grandezas são inversa- 18 clientes em 1 hora. Quantos médicos serão necessá-
mente proporcionais. rios para atender 12 clientes em 20 minutos.

Agora que já sabemos a relação entre as duas gran- Faremos os mesmos passos da regra de três sim-
dezas devemos montar no esquema: ples. Quando aumentamos o número de médicos, es-

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peramos que o tempo para atender o mesmo número 7%. Se você possuía R$2500,00 investidos nessa com-
de clientes reduza. panhia no começo do ano, quanto você terá ao final
do ano?
Logo, o número de médicos é inversamente pro-
porcional ao tempo de atendimento. Depois, quanto No começo do ano nós tínhamos 2500 reais, que
mais médicos, mais clientes serão atendido dentro de depois de um ano valorizou 7%, ou seja, foi somado
um mesmo espaço de tempo, de modo que o número 7% de 2500 ao valor investido inicialmente. Para cal-
de médicos seja diretamente proporcional ao número cularmos 7% de 2500 poderemos usar uma regra de
de clientes. três simples:

Assim, nossa tabela ficará com a seguinte forma:

Como esses números são diretamente proporcio-


nais, temos:

Para calcularmos o número de médicos necessários


transformaremos cada coluna da tabela em fração, as-
sim como feito na regra de três simples.

No entanto, como a relação entre médicos e tempo


de atendimento é inversamente proporcional, devere-
mos inverter a fração de tempo.
Logo, ao final do ano, teremos uma quantia equi-
Após transformar a tabela em frações com as devi- valente a:
das inversões, multiplicamos todas as grandezas que
são conhecidas, ou seja, clientes e minutos. O resulta-
do é:
Podemos calcular lucros e prejuízos ou descon-
tos diretamente ao multiplicarmos o valor inicial por
um número decimal que representa a porcentagem.
Abaixo colocamos uma tabela de desconto e por quan-
to devemos multiplicar o valor inicial para obter o re-
sultado:

Desconto Multiplicação
Como você pode ver, problemas de regra de três
são simples desde que você se organize durante a so- 10% 0,9
lução. Sempre que encontrar um problema desse tipo 20% 0,8
faça a tabela de grandezas de maneira organizada, es-
tabeleça as relações de proporcionalidade e enfim faça 50% 0,5
as contas.
75% 0,25

Entenda que quando damos um desconto de 10%


13 PORCENTAGEM em uma roupa que vale 200 reais, sobram 90% para
você pagar. Logo, 90% de 200 reais é equivalente a
A porcentagem é utilizada como medida de com-
paração entre dois valores, apresentada na forma de . Agora a tabela
fração cujo denominador é igual a 100. A palavra por- abaixo mostra o fator de multiplicação no caso de lu-
centagem vem de “por cento”, ou seja, por cem. cro:
Então, quando dizemos que 40% dos es-
Lucro Multiplicação
tudantes de um curso são homens, quere-
mos mostrar que se pegarmos o número de ho- 10% 1,1
mens e dividir pelo de mulheres, essa razão será
50% 1,5
. 100% 2
Logo, existem 2 homens para cada 5 estudantes do 200% 3
curso.

Vejamos um exemplo mais prático. Digamos que Dessa vez estamos acrescentando ao valor inicial,
no último ano as ações da companhia C valorizaram portanto, se tivermos um lucro de 50%, quer dizer que

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temos, no final, 100% do valor inicial, mais 50% do lu- Ainda não terminamos, pois desejamos calcular
cro, totalizando 150%. quanto Miguel gasta com moradia, ou seja, 15% do sa-
lário total de 3600 reais.
Portanto, um lucro de 50% de 250 reais será:

.
Assim podemos concluir que a alternativa d é a cor-
Com esse último tópico chegamos ao final dessa reta.
apostila de matemática. Faremos agora alguns exercí-
cios que englobam os tópicos abordados nessa apos-
tila.
Questão 02 (FCC-2012):

Considere as seguintes afirmações:

I. Para todo número inteiro x, tem-se


14 PROBLEMAS RESOLVIDOS
.
Questão 01 (FCC-2012):

Do salário mensal de Miguel, 10% são gastos com II. .


impostos, 15% com moradia, 25% com transporte e ali-
mentação e 10% com seu plano de saúde. Daquilo que
III. Efetuando-se
resta, 3/8 são usados para pagar a mensalidade de sua
obtém-se um número maior que 5.
faculdade, sobrando ainda R$900,00 para o seu lazer e
outras despesas. O gasto mensal de Miguel com mora- Relativamente a essas afirmações, é certo que:
dia, em reais, é igual a:
a) I, II e III são verdadeiras.
a) 210,00.
b) Apenas I e II são verdadeiras.
b) 360,00.
c) Apenas II e III são verdadeiras.
c) 450,00.
d) 540,00. d) Apenas uma é verdadeira.

e) 720,00. e) I, II e III são falsas.

Solução: Solução:

Note que no enunciado foram dados quanto Vamos calcular a 1ª afirmação:


Miguel gasta com cada um de seus passivos e tam-
bém mostra quanto dinheiro ele tem em certa parte do
processo. Sempre que você se deparar com problemas
desse tipo tente se organizar com os valores dados. Do
salário integral, Miguel tem que gastar logo de início
10%+15%+25%+10%=60%. Portanto, ficamos com ape-
nas 40% do salário inicial após pagar essas contas ini-
ciais.

Depois o enunciado diz que outros 3/8 do restante,


ou seja, 3/8 dos 40% são gastos para a faculdade e que,
após isso, sobram 900 reais. Portanto, esses 900 reais Perceba que podemos dividir o numerador e deno-
equivalem a 5/8 dos 40% do salário inicial, que chama- minador da fração acima por , independentemente
remos de X: do valor de x.

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A expressão ficará:

Portanto, a afirmação II também está correta. Agora


Logo, a afirmação I está correta. Com esse resulta- podemos descartar a alternativa letra d.
do já podemos eliminar as alternativas c e e.
Vamos avaliar a última afirmação:
Na alternativa II temos a seguinte expressão:

O símbolo “:” é equivalente a operação de divisão.

Assim, é o numerador, enquanto

é o denominador. Porém, o numerador está es-


crito como a soma de dois números, vamos calculá-lo:

Agora surgiu um novo problema. O número Como o resultado é 2, a afirmação III está incorreta.
0,4444... é chamado de dízima periódica.Usamos o si- Logo, a resposta do exercício é a letra b.
nal de reticências pois não há como representar esse
numero de maneira decimal, indicando que o número
4 se repete indefinidamente. O número ou os números Questão 03 (FCC-2012):
que se repetem é chamado de período da dízima, por- Ao consultar um livro de registro de entrada e sa-
tanto o período de 0,4444... é igual a 4. ída de pessoas às dependências de uma empresa, um
Podemos obter a fração que gera a dízima ao divi-
dirmos o período pela quantia de 9 igual a quantia de funcionário observou que: do total das pessoas que
algarismos do período. Como no nosso caso o período lá estiveram ao longo de certa semana eram do sexo
possui apenas um algarismo, a fração geradora da dí-
zima é: masculino e que, destas, tinham menos de 35 anos
de idade. Com base nessas informações, pode-se con-
cluir corretamente que o total de pessoas que visitaram
tal empresa naquela semana não poderia ser igual a:

a) 56.
Caso a dízima fosse 0,343434... a fração geradora
b) 112.
seria . Vamos continuar com o exercício calculando
a soma do numerador: c) 144.

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d) 168. que seu lucro percentual foram iguais. Chamando o


lucro percentual de x, devemos calculá-lo para desco-
e) 280. brirmos que parte dos R$1.596,00 será de Saulo e qual
será de Marieta. Vamos calcular o lucro percentual:

Solução:

Essa é uma questão muito interessante que nos faz

pensar além dos números. dos visitantes são ho-

mens e dos visitantes possuem me- Logo, a poupança forneceu um lucro de 7% para os
nos de 35 anos de idade. Mas agora, o que fazemos dois durante esse período. Com esse dado calculado
com esses números? Perceba que o enunciado per- podemos obter qual foi o lucro de Saulo e de Mariete:
guntou qual das alternativas não pode ser o número
total de visitantes daquela semana. Nós sabemos que
não existem pessoas fracionadas, logo não podemos
afirmar que 17,3 pessoas visitaram a empresa nessa
semana.

Com esse raciocínio em mente concluímos que o


Assim, a diferença entre o rendimento de Saulo e
número de pessoas é um número natural, portanto
Marieta foi de:
o número de visitantes deve ser divisível tanto por 8
quanto por 28, que são os denominadores das duas
frações obtidas. Caso essas condições não sejam aten-
didas, certamente teremos algum resultado inviável
de que uma fração não exata de pessoas visitaram a
empresa. Logo, a alternativa letra b é a correta.

Após testarmos as duas condições em todas as


alternativas percebemos que a letra c não pode ser o
Questão 05 (FCC-2012):
número de visitantes, pois , que não é
um número natural. Portanto, a resposta da questão é Suponha que, pelo consumo de energia elétrica
a letra c. de uma máquina que, durante 30 dias funciona inin-
terruptamente 8 horas por dia, paga-se o total de
R$288,00. Se essa máquina passar a funcionar 5 horas
por dia, a despesa que ela acarretará em 6 dias de fun-
Questão 04 (FCC-2012): cionamento ininterrupto será de:

Certo dia, Saulo e Marieta abriram cada qual uma a) R$36,00.


caderneta de poupança em um mesmo banco. Se o de-
b) R$36,80.
pósito inicial de Saulo foi R$15.000,00, o de Marieta foi
R$7.800,00 e, ao final de um mesmo período, as duas c) R$40,00.
cadernetas juntas renderam R$1.596,00 então a dife-
rença entre o rendimento de Saulo e o de Marieta foi d) R$42,60.
de:
e) R$42,80.
a) R$498,00.

b) R$504,00. Solução:

c) R$538,00. Esse é um clássico exemplo de regra de três com-


posta. Desejamos calcular a despesa nesse novo fun-
d) R$574,00. cionamento da máquina. Para isso, devemos ver qual
é a relação entre a grandeza custo com as grandezas
e) R$608,00. horas e dia. Veja que se a máquina operar por mais
horas diariamente, o custo da conta naturalmente irá
aumentar. Assim, podemos afirmar que as grandezas
Solução: custo e horas são diretamente proporcionais.

Como tanto Saulo quanto Marieta investiram na Agora, se aumentarmos o número de dias de fun-
mesma poupança e mesmo banco, podemos concluir cionamento da máquina, o custo também deverá au-

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mentar, de modo que as grandezas custo e dia também Teorema: toda e qualquer proposição que necessita
são diretamente proporcionais. de um postulado para comprovar sua veracidade.

Como já sabemos a relação entre as três grandezas,


Reta: conjunto infinito de pontos alinhados, sendo
poderemos montar nossa tabela de cálculo:
unidimensional, possuindo apenas uma dimensão, a
do comprimento. A reta possui dois sentidos, sendo
infinita nestes dois sentidos de sua direção. Sendo as-
sim, na Geometria trabalha-se mais com segmentos de
reta, porque estes possuem começo, meio e fim. O co-
Montando as frações para o cálculo de x: meço e fim de cada segmento é determinado por pon-
tos.

Plano: pode ser conceituado como um conjunto


infinito de retas não coincidentes, paralelas e postas
lado a lado. É bidimensional, possuindo comprimento
e largura. Pode ter infinitas direções, e em cada delas,
dois sentidos. Sendo assim, trabalha-se com figuras
planas e não planos propriamente ditos. São exemplos
de figuras planas: triângulos, retângulos, quadrados,
Portanto, o custo durante esse período será de pentágonos, hexágonos, losangos, entre outros.
R$36,00, de modo que a letra a está correta.
Existem outros conceitos comumente utilizados na
Geometria Plana:

Semirreta é cada uma das partes em que a reta fica


15 GEOMETRIA dividida por qualquer dos pontos. Este ponto é a ori-
gem comum às 2 semirretas.

Segmento de reta é o conjunto dos infinitos pontos


INTRODUÇÃO
de uma reta compreendida entre dois pontos.
Para fins didáticos, a Geometria pode ser dividida
em Geometria Angular, com o estudo de ângulos de
triângulo e polígonos, e Geometria Métrica, com seme- ÂNGULOS
lhança, triângulo retângulo e cálculo de área.
Ângulo é a região do plano limitada por duas se-
mirretas de mesma origem. Estas semirretas são cha-
CONCEITOS BÁSICOS madas de lados e sua origem é denominada vértice do
ângulo.
São entes geométricos fundamentais: ponto, reta e
plano.
Medidas de ângulos: para medir ângulos no sis-
tema sexagesimal, divide-se a circunferência em 360
Ponto: é adimensional (não possui dimensão), ou graus, cada grau em 60 minutos e cada minuto em 60
seja, não pode ser medido. Em Geometria Plana no- segundos. Logo:
meia-se os pontos utilizando letras maiúsculas.
1 circunferência = 360°
Espaço: conjunto de todos os pontos.
1° = 60’ (1 grau = 60 minutos)
Figura geométrica: todo e qualquer conjunto de 1’ = 60” (1 minuto = 60 segundos)
pontos.
Ângulos opostos pelo vértice: os lados de um são
Postulado: toda e qualquer proposição já conheci- semirretas opostas aos lados do outros, sendo sempre
da e tida como verdadeira. congruentes.

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Bissetriz de um ângulo: semirreta de origem no Polígono convexo: caso os lados do polígono sejam
vértice do ângulo que o divide em dois ângulos adja- prolongados, nunca ficarão no interior da figura ori-
centes e congruentes. ginal.

Polígono não convexo (côncavo): quando ao se


analisar dois pontos do polígono, o segmento que pos-
suir estes pontos como extremidades contiver pontos
que estão fora do polígono.

Ângulo agudo: cuja medida é inferior a de um ân-


gulo reto.

Ângulo reto: ângulo cuja medida é igual a 90°.

Ângulo obtuso: cuja medida é maior que de um


ângulo reto e menor que a de um ângulo raso.
Sempre que não estiver especificado se o polígono é
Ângulo raso: ângulo equivalente a dois retos, ten- convexo ou côncavo, trata-se de um polígono convexo.
do assim 180°. É chamado também de meia volta.
Polígonos regulares: quando todos os seus lados e
ângulos são congruentes.

Polígonos inscritos: um polígono está inscrito em


uma circunferência quando todos os seus vértices per-
tencem à ela. Sendo assim, seus lados são cordas da
circunferência.

Elementos: vértices, lados, ângulos internos e ân-


gulos externos.

Alguns exemplos de nomenclatura de polígonos:

POLÍGONO NÚMERO DE LADOS

TRIÂNGULO 3

QUADRILÁTERO 4

PENTÁGONO 5
Ângulos complementares: quando a soma de seus
ângulos é igual a 90°.
HEXÁGONO 6

Ângulos suplementares: quando a some de suas HEPTÁGONO 7


medidas é igual a 180°.
OCTÓGONO 8
Ângulos replementares: quando a soma de suas
medidas é igual a 360°. ENEÁGONO 9

DECÁGONO 10
POLÍGONOS
UNDECÁGONO 11
Polígono: figura plana formada por 3 ou mais seg-
mentos de reta, que são denominados lados. Os pon- DODECÁGONO 12
tos de intersecção, como visto, são chamados de vér-
tice. Pode também ser conceituado como ‘uma linha TRIDECÁGONO 13
poligonal fechada’.

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TETRADECÁGONO 14

PENTADECÁGONO 15

ICOSÁGONO 20

TRIACONTÁGONO 30

PENTACONTÁGONO 50

ENEACONTÁGONO 90

HECTÁGONO 100

Há também um sistema para ‘construir’ a nomen-


clatura de polígonos com mais de 20 e menos de 100
lados. Para isso, usa-se a seguinte tabela para combi-
nar prefixos e sufixos:
Elementos principais de um triângulo:
e UNIDADES SUFIXO
DEZENAS Bissetriz: segmento de reta que a partir do vértice
1 hena- divide o ângulo ao meio e cujos extremos são o vértice
e a intersecção da bissetriz com o lado oposto ao ângu-
lo em questão.
20 icosa- 2 -di-
Podem ser internas ou externas.
30 triaconta- 3 -tri-

40 tetraconta- 4 -tetra-

50 pentaconta- -kai- 5 -penta- -gono

60 hexaconta- 6 -hexa-

70 heptaconta- 7 -hepta-

80 octaconta- 8 -octa-

90 eneaconta- 9 -enea-

Mediatriz: toda reta perpendicular ao ponto médio


TRIÂNGULOS de um dos lados do triângulo.
Polígono convexo composto de 3 lados e 3 ângulos.
Podem ser:

NOME LADOS ÂNGULOS

EQUILÁTERO 3 CONGRUENTES 3 CONGRUENTES

ISÓSCELES 2 CONGRUENTES 2 CONGRUENTES

ESCALENO 3 DIFERENTES 3 DIFERENTES

ACUTÂNGULO - 3 AGUDOS

OBTUSÂNGULO - 1 OBTUSO

RETÂNGULO - 1 RETO Mediana: segmento de reta que liga o vértice ao


ponto médio do lado oposto.

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Alturas: medida do segmento de reta sobre a per-


pendicular traçada do vértice até o lado oposto. Retângulo: figura cujos lados opostos são paralelos
e iguais e todos os ângulos medem 90°.

Para calcular a área do retângulo, deve-se multipli-


car seu comprimento pela largura:

A=c x l (área igual ao


comprimento vezes a
largura)

QUADRILÁTEROS

Polígonos com 4 lados. Em qualquer quadrilátero,


a soma dos ângulos internos vale 360°.

Conceitos comuns a todos os quadriláteros:

Triângulo: figura geométrica formada por 3 lados e


a) os lados opostos são congruentes;
3 ângulos, que sempre somam 180°.

b) os ângulos opostos são congruentes; Para calcular a área do triângulo, deve-se multipli-
car a base pela altura e dividir por 2 (equivalente a me-
tade da área do retângulo):
c) as diagonais cortam-se mutuamente ao meio;

A=b x h/2 (área igual a base


d) cada diagonal o divide em 2 triângulos con-
gruentes. vezes a altura divididos por 2)

Podem ser paralelogramos, losangos, quadrados e


trapézios.

CÁLCULO DE ÁREAS E PERÍMETROS

Para calcular o perímetro de um polígono, basta


somar todos seus lados. Já para calcular a área, cada
polígono possui sua própria fórmula.

Quadrado: Figura geométrica em que todos os seus


lados e ângulos são iguais, medindo sempre 90° cada. Trapézio: figura com um par de lados paralelos e
Para calcular a área de um quadrado, basta multiplicar um par de lados concorrentes.
dois de seus lados entre si:
Para calcular a área do trapézio, basta somar a base
maior com a base menor, multiplicar este resultado
A=l2 (área igual ao lado do quadrado) pela altura e dividir o resultado por 2:

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Diâmetro: corda que passa pelo centro da circunfe-


A= (base maior + base menor) x
rência, sendo sua maior corda. A medida do diâmetro
altura / 2, ou também
é o dobro da medida do raio:
A=(c+a) x altura/2 (área igual à soma da base
maior com a base menor, multiplicada pela al- D = 2r
tura e dividido por 2)

Arco: qualquer das partes em que a circunferência


é dividida por dois de seus pontos.

VOLUME

O volume de um corpo é determinado pela quanti-


dade de espaço que ele ocupa. Para calcular o volume,
é necessário multiplicar as três dimensões do sólido,
sendo elas comprimento, largura e altura:

V = T x L x A (O Volume é igual ao Comprimento


vezes a Largura vezes a Altura)

A partir desta fórmula, tem-se que no Cubo, que é


um sólido geométrico com seis faces quadradas, com
CÍRCULO
comprimento, largura e altura iguais, a formula é a se-
guinte: Conjunto de todos os pontos que pertencem à re-
gião interior delimitada pela circunferência.

V = a x a x a, ou ainda V = a3 (sendo ‘a’ a


medida de comprimento, largura e altura) Área de um círculo: calculada pela seguinte fórmu-
la:

Já no cilindro, a fórmula pode parecer mais com-


plexa. Cilindro é um sólido geométrico compreendido S = π . R2
como um círculo prolongado até uma altura ‘h’, pos-
suindo duas faces circulares iguais. Como sua base é Ou seja, a área de um círculo é igual a π(pi) multi-
um círculo, sua área é igual a π(pi) x r2. Seu volume plicado pelo resultado do raio ao quadrado.
é determinado pelo produto da área de sua base pela
sua altura:
LINHAS POLIGONAIS
V=πxr xh 2
Conjunto de segmentos consecutivos. São tipos de
A unidade mais utilizada para volume é o metro linhas poligonais:
cúbico (m3).

Linha poligonal aberta:


CIRCUNFERÊNCIA

Lugar geométrico dos pontos de um plano equidis-


tantes de um ponto fixo deste plano. Este ponto fixo é
denominado centro, sendo a distância comum deno-
minada raio.

Corda: segmento cujos extremos são pontos da cir-


cunferência.

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Linha poligonal fechada: Tais conceitos são óbvios. Mas o que é comumente
cobrado em provas de concursos é a conversão entre
unidades de medida de tempo. Para visualizar melhor,
utilize a tabela abaixo:

SENDO PARA PARA MULTIPLIQUE


CONVERTER POR
DE

1 h = 1/24 d Horas Dias 1/24

1 min = 1/60 h Minutos Horas 1/60

1 s = 1/60 min Segundos Minutos 1/60

Linha poligonal não simples aberta: 1 min = 60 s Minutos Segundos 60

1 h = 60 min Horas Minutos 60

1 d = 24 h dias hora 24

Exemplo: Converta 18 minutos em segundos.


Utilizando a tabela acima, percebe que “Para conver-
ter de minutos para segundos”, deve-se multiplicar o
valor por 60. Logo, a conta a ser feita é 18 x 60. Assim,
obtem-se o resultado de 1080 segundos.

Linha poligonal não simples fechada: 17 SISTEMA MÉTRICO DECIMAL


O Sistema Métrico Decimal é parte integrante do
Sistema de Medidas (conjunto de medidas usado em
quase todo o mundo), sendo adotado no Brasil. Tem
como unidade fundamental de medida o metro. Os
nomes dos pré-fixos de seus múltiplos e submúltiplos
são: quilo, hecto, deca, centi e mili.

MEDIDAS DE COMPRIMENTO

No sistema métrico decimal, a unidade a ser utili-


zada como base para todas as demais é o metro (abre-
16 UNIDADES DE MEDIDAS DE TEMPO viação: m). Utilizam-se assim os múltiplos e os sub-
múltiplos do metro, como descritos nas tabelas abaixo:

DIA, HORA, MINUTOS E SEGUNDOS


MÚLTIPLOS
METRO
Ao dividir o intervalo de tempo relativo a um dia
QUILÔMETRO HECTÔMETRO DECÂMETRO
em 24 partes iguais, cada uma destas frações corres-
ponderá a 1 hora; logo, conclui-se que 1 dia equivale km hm dam m
a 24 horas, ou ainda que 1/24 do dia equivale a uma
hora. 1.000 m 100 m 10 m 1m

Dividindo 1 hora em 60 partes iguais, tem-se o


tempo equivalente a 1 minuto; logo, 1 hora correspon- SUBMÚLTIPLOS
de a 60 minutos e 1/60 da hora equivale a um minuto. METRO
DECÍMETRO CENTÍMETRO MILÍMETRO
Já ao dividir 1 minuto em 60 partes iguais, obtem-
se a duração de 1 segundo; sendo assim, 1 minuto m dm cm mm
equivale a 60 segundos e  1/60  do minuto equivale a 1m 0,1 m 0,01 m 0,001 m
um segundo.

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Existem ainda outras unidades de medida que não Tal unidade é comumente utilizada para mensurar
fazem parte do sistema métrico decimal, como por áreas de chácaras, fazendas, sítios, entre outros. O hec-
exemplo: tare é a medida de superfície de um quadrado de 100
m de lado. 
1 polegada = 25 milímetros
1 hectare (ha) = 1 hm2 = 10 000 m2 
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros Em alguns estados do Brasil, utiliza-se também
1 pé = 30 centímetros uma unidade não legal chamada alqueire. 

1 alqueire mineiro é equivalente a 48 400 m2.


Para fins de concurso, entretanto, não se faz neces-
sário o conhecimento de tais valores. 1 alqueire paulista é equivalente a 24 200 m2.

Analisando a tabela das medidas de comprimento,


observa-se que cada unidade é 10 vezes maior que a MEDIDAS DE VOLUME
unidade imediatamente inferior.
Para mensurar volume, utiliza-se o metro cúbico,
Sendo assim, para converter uma unidade em um
cuja abreviatura é m3. O metro cúbico é o volume ocu-
submúltiplo, multiplica-se o número por 10n, onde n
pado por um cubo de 1m de aresta.
é o número de colunas à direita do número dentro da
tabela. Assim como nas medidas de comprimento e área,
aqui também utilizam-se múltiplos e submúltiplos:
Para converter em um múltiplo, basta dividir por
10n, onde n é o número à esquerda do número na ta-
bela.
MÚLTIPLOS METRO
Exemplo: 100 m = 100 x 10-3 km = 0,1 km CÚBICO

km3 hm3 dam3 m3


MEDIDAS DE SUPERFÍCIE
1.000.000.000 m3 1.000.000 m3 1.000 m3 1 m3
A unidade utilizada como base (também chamada
de unidade fundamental) é o metro quadrado, repre-
sentado por m2. As tabelas a seguir demonstram seus
múltiplos e submúltiplos: METRO SUBMÚLTIPLOS
CÚBICO

MÚLTIPLOS METRO m3 dm3 cm3 mm3


QUADRADO
1 m3 0,001 m3 0,000001 m3 0,000000001 m3
km2 hm2 dam2 m2
Para converter unidades da medida de volume em
1.000.000 m2 10.000 m2 100 m2 1 m2 seus múltiplos ou submúltiplos, devemos multiplicar
ou dividir por 103 e não 10, como no exemplo a seguir:

500 000 cm3 = 500 000 x 10-6 m3 = 0,5 m3


METRO SUBMÚLTIPLOS
QUADRADO
MEDIDAS DE CAPACIDADE
m2 dm2 cm2 mm2
A unidade utilizada como base (também chamada
1m 2
0,01 m 2
0,0001 m2
0,000001 m 2 de unidade fundamental) para se medir a capacidade
de um sólido é o litro, representado pela letra l.

Para converter uma unidade de medida de compri- De acordo com o Comitê Internacional de Pesos e
mento, deve-se multiplicar ou dividir por 102 e não 10, Medidas, o litro é, aproximadamente, o volume equi-
como no exemplo a seguir: valente a um decímetro cúbico:

5 m2 = 5 x 102 dm2 = 500 dm2 1 litro = 1,000027 dm3 

Porém, para as aplicações práticas, utiliza-se:


Já para medir grandes porções de terra, utiliza-se
uma unidade agrária: hectare (ha). 1 litro = 1 dm3

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Sendo assim, para converter metros cúbicos em li-


tros: < Menor

Exemplo: converta 30 m3 em litros. > Maior


Solução: 30 m3 = 30 000 dm3  =  30.000 litros ≥ Maior ou igual
Assim como as outras medidas, o litro também ≤ Menor ou igual
possui seus múltiplos e submúltiplos:
≡ É congruente a
MÚLTIPLOS ≅ Aproximadamente igual
LITRO
HECTOLITRO DECALITRO N Conjunto dos Números Naturais
hl dal l Z Conjunto dos Números Inteiros

100 l 10 l 1l Q Conjunto dos Números Racionais


I Conjunto dos Números Irracionais
SUBMÚLTIPLOS R Conjunto dos Números Reais
LITRO
DECILITRO CENTILITRO MILILITRO C Conjunto dos Números Complexos
l dl cl ml

1l 0,1 ml 0,01 l 0,001 ml ANOTAÇÕES


Cuidado aqui para não utilizar “quilolitro”. Tal
conceito não é aplicado às medidas de capacidade.

Assim como nas unidades de medida de compri-


mento, cada unidade é 10 vezes maior que a unidade
imediatamente inferior.

SÍMBOLOS MAIS UTILIZADOS NA


18
MATEMÁTICA

+ Adição
- Subtração
× ou Multiplicação
* ou

÷ ou Divisão
/
^ conjunção lógica
√ Radiciação
± Mais ou menos
log Logaritmação
= Sinal de igual

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As sentenças que não são proposições:


01 RACIOCÍNIO LÓGICO SEQUENCIAL
Há frases que não aceitam verdadeiro ou falso
como julgamento, não sendo, portanto, proposições
RACIOCÍNIO LÓGICO PROPOSICIONAL lógicas; ou porque não declaram algo, ou porque a
declaração não é específica, não garantindo certeza no
O Raciocínio Lógico Proposicional, como o próprio
julgamento.
nome indica, trata das proposições lógicas.

Exemplos:
Proposições Lógicas:
Proposições lógicas são sentenças declarativas, as
quais podem ser afirmativas ou negativas. Aqui usa- 1) Interrogativas:
mos o termo “afirmativas” no sentido do oposto à “Qual seu nome?”
“negação”. Mas, na prática, as proposições fazem afir-
mação do acontecimento ou não de algo. Quanto estas As sentenças interrogativas não são declarativas.
sentenças permitem enunciar julgamento como verda- Estas sentenças requerem uma resposta direta à per-
deiro (V) ou Falso (F), estas declarações são denomina- gunta e não verdadeiro ou falso.
das proposições lógicas.
Seria até estranho a pessoa fazer esta pergunta e re-
ceber como resposta verdadeiro ou falso. Desta forma,
Valorações Lógicas: frases interrogativas não são proposições lógicas.
No raciocínio lógico temos somente dois valores, o
verdadeiro (V) e o falso (F). 2) Exclamativas:
Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao “Viva!!!”; “Que Bom!”; “Legal!”; “Que jogador fe-
mesmo tempo (princípio da não-contradição). nomenal!”

Dizemos que algo é VERDADEIRO quando Frases exclamativas não são proposições lógicas,
ACONTECE, e dizemos que algo é FALSO quando pois não cabe, após o enunciado das mesmas, emitir
NÃO ACONTECE. julgamento verdadeiro ou falso.

Exemplo:
3) Ordens e Pedidos:
1) O idioma oficial do Brasil é o português.
“Faça seu trabalho bem feito”; “Eu quero este rela-
Verdadeiro. tório hoje”.

Por que verdadeiro? Porque acontece... é isso mes- As ordens ou pedidos não possibilitam julgamento
mo. verdadeiro ou falso. O máximo que possibilita é disser
“Sim, senhor”, “não senhor”.
2) A seleção brasileira ganhou a copa de 2014 no
Brasil. Desta forma, as ordens ou pedidos não são
proposições lógicas.
Falso.
Atenção: Cuidado com as ordens ou pedidos, pois mui-
Por quê? Porque não acontece ou não aconteceu. tas vezes pensamos que são proposições lógicas e não são.
Identificação das Proposições

As proposições lógicas podem ser simbolizadas 4) Frases efetivamente não existentes:


com letras do alfabeto como A, B, C, D ou P, Q, R, S ou
p, q, r, s, etc. “Esta frase é falsa”; “A frase nesta linha é verda-
deira”.

Exemplo: Por que pensamos ser estas inexistentes de fato?


Porque não existe efetivamente uma frase para emitir
A: João é mecânico. verdadeiro ou falso.
B: Maria é professora. Vejamos:
Com este recurso, não há necessidade de trabalhar “Esta frase é falsa”. Mas, que frase? “Esta frase”.
com frases longas, mas somente com letras, o que faci- Qual? “Esta”. Perceba que não há frase de fato.
lita o chamado “cálculo proposicional”, que nada mais
é do que a determinação de Verdades ou Falsidades Estas sentenças também podem recair em parado-
das sentenças lógicas – proposições lógicas. xo.

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Exemplo: * A expressão X + Y é positiva.

“Esta frase é falsa”. Se dissermos verdadeiro, então 4 +3= 7


* O valor de
é verdadeiro que é falsa? Afinal, é verdadeira ou falsa?
Se dissermos que é falsa; então é falsa que é falsa, logo * Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
é verdadeira. Afinal, é falsa ou verdadeira?
* O que é isto?
Desta forma, tais sentenças não são proposições ló-
gicas. Certo ( )

Errado ( )
5) Sentenças abertas:
2) (CESPE) Entre as frases apresentadas a seguir, iden-
“X é negativo”; “Y é um número ímpar”. tificadas por letras de A a E, apenas duas são propo-
sições.
Nestes casos nós temos incógnitas, ou seja, variá-
veis. Variável é toda letra que pode assumir um valor
A: Pedro é marceneiro e Francisco, pedreiro.
numérico. Assim, não podemos julgar como verdadei-
ro ou falso pelo simples fato de que não dispomos de B: Adriana, você vai para o exterior nessas fé-
determinação do valor de X ou de Y ou, pelo menos, rias?
seu período de extensão. Dependerá da definição do
valor de X e de Y para que seja possível emitir tais jul- C: Que jogador fenomenal!
gamentos.
D: Todos os presidentes foram homens honra-
Estas variáveis, nestas condições, são ditas livres, o dos.
que caracteriza uma Sentença Aberta. Assim, tal situa-
ção não se caracteriza como proposição lógica. E: Não deixe de resolver a prova com a devida
atenção.
Exemplo: X é par.
Certo ( )
Mas observe: Uma vez definida a variável, torna-se
possível emitir verdadeiro ou falso como julgamento. Errado ( )
Por exemplo: “X é negativo, se X < 0”. Podemos dizer
“verdadeiro”, pois para X menor que zero ele é nega-
3) (QUADRIX – 2012) Considere as afirmações a seguir
tivo. Se podemos emitir o julgamento “verdadeiro”, é
porque esta sentença é proposição lógica. Se puder-
mos emitir o julgamento “falso”, também trata-se de I. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos
proposição lógica. quadrados dos catetos.
II. Coma bem devagar.
Em suma, se não for possível julgar como
Verdadeiro ou Falso, não é proposição lógica. III.Se você comer devagar, então ficará mais sa-
tisfeito.
Exemplos:
IV. A soma dos ângulos internos de um triângu-
1) Uma bela árvore. lo é igual a 180°.

2) Não sei como julgar esta questão. V.Já!


Dentre as cinco afirmações, quantas delas são pro-
3) 4 + 9
posições?
4) Juntos outra vez.
a) 4
Observação: Igualdades ou desigualdades ma- b) 2
temáticas são proposições lógicas.
c) 1
2 + 7 < 3 (Falso)
d) 3
1 + 100 = 101 (Verdadeiro)
e) 5

EXERCÍCIOS
CONECTIVOS LÓGICOS
1) (CESPE) Na lista de frases apresentadas a seguir, há
Conectivos ou conectores lógicos são elementos
exatamente três proposições.
que conectam as proposições e causam um efeito de
* “A frase dentro destas aspas é uma mentira.” verdade ou falsidade nestas proposições.

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Estes efeitos chamamos de Regras de Conectivos.

A base de todo raciocínio lógico proposicional é


compreender, memorizar e aplicar as regras dos co-
nectivos.

Para facilitar o cálculo proposicional, os conectivos


lógicos possuirão símbolos.
Se, no diagrama, o conjunto “A” for o grupo das
pessoas que gostam de Abacate, fora dele teremos as
Exemplo:
pessoas que não gostam de Abacate.

A: João é mecânico

B: Maria é professora.

Estas proposições sem conectivos são ditas


SIMPLES. Quando unimos com conectivos, temos as
proposições COMPOSTAS, como segue:

Se João é mecânico, então Maria é professora.


Podemo simbolizar por A à B. Se, no diagrama, o conjunto “~C” for o grupo das
pessoas que não gostam de chocolate, fora dele tere-
Algumas bancas como, por exemplo, o CESPE, em mos as pessoas gostam.
algumas questões expressa “...considerando que P sig-
nifica a expressão ‘João não é mecânico’...”. Uma vez Assim, se dentro é sim, fora e não e, se dentro é
que a banca expressa “...considerando...”, vamos con- não, fora é sim. Desta forma, a negação é o AVESSO;
siderar. ou seja, a regra da negação é inverter o valor lógico
anteriormente dado.
Assim, quando virmos P, entenderemos “João não
é mecânico”. ~V=F e ainda ~F=V

Além disto, a mesma banca já indicou que pode-


mos simbolizar “João não é mecânico e Maria é profes- A dupla negação:
sora” como Q, por exemplo. Quando negamos uma proposição duas vezes con-
secutivas, obtemos a mesma proposição.
Desta forma, se em uma prova a banca indicar ou
perguntar se é possível indicar como P expressões com Assim, se dissermos que “não temos nenhum va-
“e” ou “ou”, entendamos que é possível. lor”, em raciocínio lógico indica que possuímos algum
valor, pois não temos “o nenhum”.

Conectivo Negação: O mesmo acontece com a expressão “Maria não


tem nenhuma gratidão”; é indicativo, em raciocínio
Percebemos a presença de tal conectivo quando, na lógico, que ela possui gratidão.
proposição, houver um elemento de negação.
Tal interpretação dá-se exclusivamente quando a
Assim ele aparece em frases como “João não é me- banca organizadora elabora uma questão fazendo a re-
cânico”, “Não chove”, “Nenhum homem é imortal”, lação entre a dupla negação e a interpretação segundo
“Ana e Pedro nunca foram ao restaurante”, “Não é o raciocínio lógico.
verdade que há ovnis”, “É falso que há ovnis”, “Nem
Ana, nem Pedro foram ao restaurante”. Demais situações onde aparecem tais expressões,
interpretaremos como o fazemos segundo o senso co-
Nesta última entendamos que há duas negações e o mum, onde a dupla negação é um reforço da própria
conectivo “e”, pois a enunciar “Nem Ana, nem Pedro negação.
foram ao restaurante”, entendemos que Ana não foi ao
restaurante e Pedro não foi a restaurante.
EXERCÍCIOS
Os símbolos utilizados para expressar este conecti-
4) (FCC - TRT) Em um trecho da letra da música Sam-
vo são “ ~ ” ou “⌐”.
pa, Caetano Veloso se refere à cidade de São Paulo
Assim, seja “A” a proposição “João é mecânico”; en- dizendo que ela é o avesso, do avesso, do avesso, do
tão ~A significa “João não é mecânico”. avesso. Admitindo que uma cidade represente algo
bom. e que o seu avesso represente algo ruim, do pon-
O diagrama lógico descritivo da negação será o se- to de vista lógico, o trecho da música de Caetano Velo-
guinte: so afirma que São Paulo é uma cidade

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a) equivalente a seu avesso. A metade de 8 é 4, então dividiremos A com 4 ver-


dadeiros e 4 valores falsos. Para a proposição B, pensa-
b) similar a seu avesso. mos na metade de 4 que é 2, logo dividiremos B com 2
verdadeiros e 2 falsos, na sequência. Com C, devemos
c) ruim e boa.
pensar na metade de 2. Se B foi dividido de 2 em 2, C o
d) ruim. será de 1 em 1. Então teremos a seguinte tabela:

e) boa. 
A B C
V V V
Tabela-verdade: V V F
Conceito: V F V
V F F
A tabela-verdade é um elemento utilizado ampla-
F V V
mente no raciocínio lógico proposicional, pois vem em
nosso auxílio quando temos alguma dúvida e ela nos F V F
mostra a VERDADE. Ela descreve todas as possibili- F F V
dades, ou seja, tudo o que pode acontecer.
F F F

O importante sempre é que a tabela-verdade esteja


Montando a tabela-verdade:
completa, é que existam todas as possibilidades, inde-
Suponha que A e B correspondem respectivamente pendentemente da ordem na qual foi montada.
às proposição simples “João é mecânico” e “Maria é
professora”, respectivamente. A tabela verdade deve Eu indico para “pensar nas metades” somente para
contemplar estas duas proposições. fazer mais rapidamente a tabela.

Primeiramente temos que determinar quantas li- Com a tabela verdade podemos comprovar que, ao
nhas teremos nesta tabela-verdade. O número de li- negar uma proposição duas vezes consecutivas, obte-
nhas corresponde ao número de possibilidades de remos a mesma proposição, ou seja, a dupla negação
acontecimentos. de uma proposição possui valores lógicos idênticos,
sendo dita como equivalente à própria proposição.
Para A teremos duas possibilidades, podendo ser
Verdadeiro ou Falso. Para B teremos igualmente duas Na tabela a seguir, tal condição é demonstrada pe-
possibilidades. Assim, para formar uma tabela-verda- las colunas com valores em negrito.
de para A e B, teremos 2 x 2 = 4 possibilidades, ou seja,
4 linhas na tabela-verdade.
A B ~A ~(~A)
Ainda, tais possibilidades, ou número de linhas da V V F V
tabela, podem ser expressar por 2n, onde “n” indica o V F F V
número de proposições.
F V V F
Veremos como descrever as 4 possibilidades. F F V F

A B Descrição dos valores lógicos


Conectivo Conjunção:
V V João é mecânico e Maria é professora
Este conectivo indica que elementos acontecem
V F João é mecânico e Maria não é professora juntos, aconteceram juntos, um acontece e outro tam-
bém acontece, etc. Ocorre em proposições compostas
F V João não é alto e Maria é professora unidas pela partícula “e” ou similar, indicando que
F F João não é alto e Maria não é professora ambos elementos acontecem.

Perceba que a tabela descreve todas as possibili-


Exemplos:
dades.

Uma tabela com três proposições lógicas A, B e C, 1) João é mecânico e Maria é professora;
como há duas possibilidades para cada uma destas
proposições simples, teremos 2 x 2 x 2 = 8 possibili- 2) João é mecânico, mas Maria é professora;
dades.
3) João é mecânico, porém Maria é professora;
Vamos ver como montar tal tabela-verdade de uma
forma rápida e prática. Para montar esta tabela “pense Podem ser utilizados outros termos como “entre-
nas metades”. tanto”, “contudo”, etc.

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O diagrama que representa tal situação indica a in- Conectivos Disjunções:


tersecção dos conjuntos.
Há dois tipos de disjunções: a inclusiva e a exclu-
siva. Uma inclui a possibilidade do acontecimento da
intersecção, a outra exclui tal possibilidade.

A disjunção inclusiva possui a partícula “...ou...”,


enquanto que a exclusiva é expressa pela partícula
“ou...ou...”.

Conectivo Disjunção Inclusiva:


Expressa pela partícula “...ou...”, inclui a possibili-
O símbolo lógico utilizado será “˄”, que é parecido dade da ocorrência de ambos elementos.
com o símbolo da intersecção matemática (∩). Assim,
para a proposição composta A e B, simboliza-se A ˄ B. Exemplo:
A regra deste conectivo, devido ser este a intersec- 1) Quem vai viajar para África ou Europa, deve ser
ção dos conjuntos, indica que a conjunção só acontece vacinado.
quando ambos acontecem.
Quem vai viajar somente para a África, deve ser va-
Quando dizemos que João gosta de abacate e bana- cinado. Quem vai viajar somente para Europa, deve
na, estamos expressando que ele gosta de ambos, ou ser vacinado. Quem vai viajar para ambos países, deve
seja, ambos são verdadeiros. ser vacinado. Logo, uma vez que se trata de eventos
independentes, este conectivo indica a união dos con-
Se um dos termos for falso, já não poderemos dizer juntos. Tanto é que seu símbolo (˅) é parecido com o da
que João gosta de abacate e banana. união de conjuntos matemáticos (U).
A tabela-verdade deste conectivo será a seguinte:

A B A˄B
V V V
V F F
F V F
F F F

Resumo: O “e” só será verdadeiro se ambos os ter- Em análise, para que o evento com a partícula “...
mos forem verdadeiros (V^V = V). Se houver um ter- ou...” aconteça, basta que um deles aconteça. Desta
mo falso, o “e” já será falso, independentemente do forma, se um dos termos forem verdadeiros, o “...ou...”
valor lógico do outro elemento (F ^ .... = F). já será verdadeiro. Só não acontecerá o “...ou...” quan-
do ambos forem falsos.
EXERCÍCIOS Assim, no exemplo, os únicos que não necessitam
ser vacinados são os que não viajarão para África, nem
5) (CESPE) Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para Europa.
para meu conselho.

A resposta branda acalma o coração irado.


O orgulho e a vaidade são as portas de entrada da ru- A tabela-verdade será a seguinte:
ína do homem.
A B A˅B
Se o filho é honesto então o pai é exemplo de inte-
gridade. V V V
V F V
Tendo como referência as quatro frases, julgue o
F V V
item seguinte.
F F F
A primeira frase é composta por duas proposições
lógicas simples unidas pelo conectivo de conjunção. Resumo: O “...ou...” será verdadeiro se houver pelo
menos um verdadeiro
Certo ( )
(V ˅... = V). Somente será falso se ambos forem fal-
Errado ( ) sos (F ˅ F = F).

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Conectivo Disjunção Exclusiva: O diagrama indica que ser alagoano, implica logi-
camente em ser brasileito. Ainda podemos entender
Expressa pela partícula “ou...ou...”, este exclui a
que ao sabermos que alguém é alagoano, podemos
possibilidade da ocorrência de ambos elementos.
CONCLUIR que é brasileiro.
Exemplo: Assim, a implicação pode ser vista como uma con-
clusão.
1) Ou bebo leite ou bebo suco.
Ser alagoano implica ser brasileiro, mas ser brasi-
O que isso quer dizer? Se bebo leite, não bebo suco. leiro, não implica obrigatoriamente em ser alagoano.
Se não bebo leite, bebo suco. A implicação é como uma via de mão única.
Não é possível que ambos aconteçam e também Na implicação lógica há duas condições, sendo
não é possível que ambos não aconteçam. uma “suficiente” e outra “necessária”.
Desta forma, só será verdadeiro se houver valores Supondo ainda nosso exemplo: quando uma pes-
distintos. soa diz que é alagoano, é suficiente para compreender
que é brasileiro. Mas, para que uma pessoa seja alago-
O símbolo para este conectivo será ∨. ana, é necessário ser brasileira.

A tabela-verdade será a seguinte: Desta forma, o primeiro termo da implicação é a


condição suficiente, enquanto que o segundo termo é
condição necessária; ou seja, o termo anterior ao sím-
L M L ∨M bolo à é condição suficiente, e o posterior é condição
necessária.
V V F
V F V Para facilitar, basta pensar na bússola, cuja agulha
aponta para o NORTE e tem como outro pólo o SUL
F V V
F F F

Resumo: O “ou...ou...” será verdadeiro somente


para valores contrários. Valores idênticos serão falsos.

Conectivo Implicação Lógica (Condicional):


Este conectivo é expresso por partículas que indi-
cam condição.
( S à N) (Suficiente à Necessária).
Considerando as proposições A e B como “Pedro
é alagoano” e “Pedro é brasileiro”, respectivamente, Com isto, a implicação do exemplo pode ainda ser
teremos este conectivo indicado como A à B que pode expressa como “Pedro é alagoano é condição suficien-
ser expresso por “Se Pedro é alagoano, então Pedro é te para ser brasileiro”, ou ainda, “Pedro ser brasileiro é
brasileiro”; “Se Pedro é alagoano, Pedro é brasileiro”; condição necessária para ser alagoano”
“Como Pedro é alagoano, Pedro é brasileiro”; “Quando Analisando a regra deste conectivo, a única si-
Pedro é dito alagoano, será brasileiro”; “Caso Pedro tuação cujo acontecimento é impossível, é que uma
for alagoano, será brasileiro”, entre outros. pessoa diga que Pedro é alagoano e não é brasileiro.
Ainda é possível que a banca organizadora inverta Isto é impossível, pois ser alagoano é suficiente para
os termos. Assim AàB pode estar expressa de forma concluir que se é brasileiro. Então teremos a seguinte
invertida quando diz-se “Pedro é brasileiro, se for ala- tabela-verdade:
goano”. Desta forma, a partícula “se” ou similar (caso,
quando, como,..) indicará o primeiro elemento da im- C P C→P
plicação.
V V V É possível a pessoa ser alagoana e
brasileira.
Diagrama
V F F É impossível a pessoa ser alagoana e
não ser brasileira.
F V V É possível a pessoa não ser alagoana e
ser brasileira.
F F V É possível a pessoa não ser alagoana e
não ser brasileira.

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Conclusões e Resumo: Assim, a tabela-verdade será a seguinte:

A única forma da implicação ser falsa é quando te-


C E C↔E
mos V à F = F. Assim, como conseqüência, se tivermos
Falso no primeiro termo, já teremos que a implicação V V V
será verdadeira, independentemente do valor lógico V F F
da condição necessária (F à ... = V).
F V F
Da mesma forma, quando o segundo termo for ver- F F V
dadeiro, a implicação também será verdadeira, inde-
pendentemente do valor lógico da condição suficiente Resumo: A dupla implicação só é verdadeira quan-
( ... à V = V). do se tem elementos com valores idênticos. Será falsa
nos demais.

Conectivo Dupla Implicação Lógica:


RESUMÃO DAS REGRAS
(Bi-condicional):
Este conectivo indica que os termos são idênticos, Conectivo Regra Conclusão
ou seja, o acontecimento do primeiro acarreta o acon- Negação ~V = F
tecimento do segundo e vice-versa. É uma via de mão (avesso) ~F = V
dupla. Conjunção V^V=V F^....=F
Considerando B e C como “Pedro visitou Brasília” D i s j u n ç ã o V˅...=V F˅F=F
e “Pedro visitou a capital do Brasil”, respectivamen- Inclusiva
te, então teremos como B ↔ C, significa “Pedro visitou D i s j u n ç ã o Valores distintos Valores iguais =F
Brasília se e somente se visitou a capital do Brasil”; Exclusiva =V
“Pedro visitou Brasília se e só se visitou a capital do
Implicação VàF=F F à...=V
Brasil”.
Lógica ... à V = V
Equivale a dizer que “Se Pedro visitou Brasília, en- D u p l a Valores iguais =V Valores distintos
tão visitou a capital do Brasil e se Pedro visitou a capi- Implicação =F
tal do Brasil, então visitou Brasília” Lógica

O diagrama de conjuntos para tal situação, visto


que os termos são idênticos, será um só diagrama para
EXEMPLOS
ambos os termos.
Com base na valoração das proposições simples.

Val ( p ) = V

Val ( q ) = F

Val ( r ) = V

Determine os valores das sentenças seguintes.


Desta forma, ambos elementos indicam duas con-
dições lógicas. Ambos são condições suficiente e ne- 1) ( p ∧ ~ q ) →~ ( r ∧ p )
cessária ao mesmo tempo.

Podemos ainda expressar tal conectivo sob a forma (V ∧ ~ F ) →~ (V ∧ V )


“Pedro visitar Brasília é condição suficiente e necessá-
ria para visitar a capital do Brasil” ou ainda “Pedro (V ∧ V ) →~ V
visitar a capital do Brasil é condição suficiente e neces-
sária para Pedro visitar Brasília”. V →~ V
Com isto, temos que este conectivo só será verda- V →F
deiro quando ambos os termos forem idênticos. É pos-
sível visitar Brasília e visitar a capital do Brasil e ainda F
é possível não visitar ambas. O que não pode é dizer
que foi a uma e não foi a outra.
2) ~ q ↔ (~ p ∧ r )
Ao perceber o conectivo dupla implicação, pode-
mos perguntar sobre os termos: São Idênticos? Se sim,
~ F ↔ (~ V ∧ V )
verdadeiro; se não, falso.

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c) III
V ↔ (F ∧ V )
d) II
V ↔F
e) I
F
11) (CESPE) A Constituição Federal de 1988 estabelece
que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o
EXERCÍCIOS réu, isto é, “se a lei penal retroagiu, então a lei penal
beneficiou o réu”. À luz dessa regra constitucional,
Com base na valoração das proposições simples. considerando as proposições P: “A lei penal beneficiou
o réu” e Q: “A lei penal retroagiu”, ambas verdadeiras,
Val ( p ) = V
e as definições associadas à lógica sentencial, julgue o
Val ( q ) = F item.

Val ( r ) = V A proposição “Embora a lei penal não tenha retroa-


gido, ela beneficiou o réu” tem valor lógico F.
Determine os valores das sentenças seguintes. Certo ( )

Errado ( )
6) (~ p ∨ ~ q ) ∧ (r → p )
12) (CESPE) Se A e B são proposições simples, então,
7) r → ( p → q)
completando a coluna em branco na tabela abaixo, se
necessário, conclui-se que a última coluna da direita
8) ~ (q ↔ r ) ↔ (q ∧ p) corresponde à tabela-verdade da proposição composta

9) Dadas as proposições compostas : A à (B à A)

Certo ( )
A que tem valor lógico FALSO é a
Errado ( )
a) I

b) II 13) Se todos os nossos atos têm causa, então não há


atos livres. Se não há atos livres, então todos os nossos
c) III atos têm causa. Logo,

d) V a) alguns atos não têm causa se não há atos li-


vres.
e) IV
b) todos os nossos atos têm causa se e somente
se há atos livres.
10) Dadas as proposições
c) todos os nossos atos têm causa se e somente
se não há atos livres.
d) todos os nossos atos não têm causa se e so-
mente se não há atos livres.
e) alguns atos são livres se e somente se todos os
nossos atos têm causa.

A que tem valor lógico FALSO é a 14) Para que valores de p,q,r,s e t, respectivamente, a
proposição a seguir é verdadeira?
a) IV

b) V ( p ∨ q) → (r ∧ s ) ↔ (~ t )

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a) V,V,V,V,V Leis de Morgan – negação da conjunção de disjun-


ção inclusiva:
b) V,F,V,F,F
A negação de (A ^ B) será ~(A ^B), que é equivalen-
c) F,F,V,F,F te, segundo Morgan, a (~A˅~B).
d) F,V,F,V,F Similarmente, a negação de (A˅B) tem como nega-
ção ~(A˅B) que é equivalente a (~A^~B).
e) F,F,V,V,V
Na prática, podemos entender através de um exem-
plo. Suponha que A seja “Pedro viajou para África” e B
PRIORIDADES DOS CONECTIVOS seja “Pedro viajou para Bahamas”.
Caso aparecer em alguma questão conectivos sem a Suponha ainda que João nunca tenha saído do
devida separação com parênteses, colchetes ou chaves; Brasil.
temos que lançar mão da seguinte prioridade:
Assim, se perguntar a João se ele já viajou para
Conectivos conjunção e disjunção são calculados África “ou” Bahamas, ele dirá NÃO, ou seja, ~(A˅B).
antes de implicação e dupla implicação. O que ele está dizendo?

Assim, se tivermos P → Q ∧ R , entenda-se Está dizendo que não viajou para África “e” não
viajou para Bahamas (~A^~B).
P → (Q ∧ R) . Vamos verificar pela tabela-verdade.

A B ~A ~B A˅B A^B
PROPRIEDADES DAS PROPOSIÇÕES
V V F F V V
Algumas propriedades serão importantes para fa- V F F V V F
cilitar nosso raciocínio em tópicos que veremos mais
adiante. F V V F V F
F F V V F F
Propriedade Comutativa – Para o mesmo conecti-
vo.
Continuando...

A ∧ ( B ∧ C ) = ( A ∧ B) ∧ C ~(A˅B) (~A^~B) ~(A^B) (~A˅~B)


F F F F
A ∨ ( B ∨ C ) = ( A ∨ B) ∨ C
F F V V
Propriedade Distributiva F F V V
V V V V
A ∧ ( B ∨ C ) = ( A ∧ B) ∨ ( A ∧ C )

A ∨ ( B ∧ C ) = ( A ∨ B) ∧ ( A ∨ C ) Exemplo:
Qual a negação da sentença: “Ana é alta ou Maria
não é loira”?
NEGAÇÕES E EQUIVALÊNCIAS DE
PROPOSIÇÕES COMPOSTAS Será Ana não é alta e Maria é loira.

Uma proposição é a negação de outra quando os Observe que, onde é “e” vira “ou”; onde é “sim” vira
valores de sua coluna da tabela-verdade são exata- “não”.
mente o avesso.

Uma proposição é equivalente quando possui os Negação da Disjunção Exclusiva:


mesmos valores lógicos.
Se uma pessoa disser que “ou bebe leite ou bebe
Quando a banca solicita o equivalente da nega- suco”, a negação seria “Se bebe leite, bebe suco e se
ção, trata-se da própria negação, pois esta palavra não bebe leite, não bebe suco” [(L→S)^(~L→~S) que
EQUIVALENTE quer dizer: “o mesmo que...”, “mes- nada mais é que “bebe leite se e somente se bebe suco”
mo valor lógico de...”, “pode ser expressa por...”. (L ↔S).
Além do entendimento do mesmo valor lógico, po- Facilmente entendemos pelo resumão que a disjun-
demos entender que a expressão “Como Pedro é ala- ção exclusiva é a negação da dupla-implicação. Logo,
goano, é brasileiro” é equivalente a “Se Pedro é alago- a negação da dupla-implicação será a disjunção exclu-
ano, então é brasileiro”, pois quer dizer a mesma coisa. siva.

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Negação da Implicação Lógica: Pedro visita Brasília se e somente se visita a capital

Consideremos o exemplo onde A e B são do Brasil. ( B ↔ C )


respectivamente “Pedro é alagoano” e “Pedro é bra-
É o mesmo que pensar:
sileiro”, onde a implicação será “Se Pedro é alagoano,
então é brasileiro”. Se Pedro visita Brasília, então visita a capital
do Brasil e se Pedro visita a capital do Brasil, visita
A única situação impossível, que não aconte-
Brasília. (B→C) ^ (C→B).
ce, é o fato de dizer que “Pedro é alagoano ‘e’ não é
brasileiro”. Perceba o conectivo desta última expres- Similarmente podemos pensar que, se Pedro visi-
são: será o “e”. ta Brasília, então visita a capital do Brasil e se Pedro
não visita Brasília, então não visita a capital do Brasil.
Assim, a negação de A à B será ~(A à B) que é equi-
(B→C) ^(~B→~C).
valente a A ^ ~B.

Importante salientar que “a negação de um co-


RESUMÃO
nectivo não recai nele mesmo”, sendo válido
também para a implicação lógica.
Negações e Equivalências:

Equivalências Lógicas: Conectivo Negação Equivalência

As equivalências que importam são as que se re- A∧ B ~ A∨ ~ B


ferem a implicação lógica ou dupla-implicação lógica. A →~ B
A implicação lógica possui duas equivalências. Por C∨D ~ C∧ ~ D ~C→D
exemplo: Se Pedro é alagoano, então é brasileiro. Neste
caso, dizer que Pedro é alagoano, concluímos que ele E↔F
E∨F
é brasileiro.

O equivalente mais comum é a forma


G→H G∧ ~ H ~ H →~ G
CONTRAPOSITIVA, onde “invertemos os termos e ~G∨H
negamos”.
I↔J I ∨J (I → J ) ∧ (J → I )
Neste teríamos que Se Pedro não é brasileiro, não
é alagoano. ( I → J ) ∧ (~ I →~ J )

Assim, se soubermos que Pedro não é brasileiro,


concluímos que ele não é alagoano. EXERCÍCIOS

Simbolicamente, teremos: Com base na valoração das proposições

A → B equivale a ~B → ~A
15) A negação de “ x < 1
0 ” é:
Além deste equivalente, é possível determinar ou-
tra equivalência pela dupla negação, pois quando ne- a) x ≥ −1
0
gamos uma proposição duas vezes consecutivas, obte-
mos uma proposição equivalente. b) x ≤ 1
0

Assim teremos: c) x < 1


0

A → B , com a primeira negação teremos d) x < −1


0

A ^~B , com a segunda negação, segundo Mor- e) x ≥ 1


0
gan, teremos
16) A negação de “Hoje é segunda-feira e amanhã não
~A v B. choverá” é:

a) Hoje não é segunda-feira e amanhã choverá.


Desta forma, teremos dois equivalentes:
b) Hoje não é segunda-feira ou amanhã choverá.
A → B equivale a ~B → ~A , também equivale c) Hoje não é segunda feira, então, amanhã cho-
a ~A v B. verá.
Pensando em equivalente da dupla-implicação, d) Hoje não é segunda-feira nem amanhã cho-
basta pensar de forma prática. verá.

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e) Hoje é segunda-feira ou amanhã não choverá.


d)
~ p →~ q
17) (CESPE) Considere que a proposição “O Ministé-
rio da Saúde cuida das políticas públicas de saúde do e)
~ q →~ p
Brasil e a educação fica a cargo do Ministério da Edu-
cação” seja escrita simbolicamente na forma P ∧ Q . 22) A negação de “Se A é par e B é ímpar, então A + B
Nesse caso, a negação da referida proposição é simbo- é ímpar” é:

lizada corretamente na forma ~ P ∧ ~ Q , ou seja: “O a) Se A é ímpar e B é par, então A + B é par.


Ministério da Saúde não cuida das políticas públicas
de saúde do Brasil nem a educação fica a cargo do Mi- b) Se A é par e B é ímpar, então A + B é par.
nistério da Educação”. c) Se A + B é par, então A é ímpar ou B é par.
Certo ( ) d) A é ímpar, B é par e A + B é par.
Errado ( ) e) A é par, B é ímpar e A + B é par.
18) Uma proposição logicamente equivalente à nega- 23) Uma sentença logicamente equivalente a “ Se Ana
ção da proposição “se o cão mia, então o gato não late” é bela, então Carina é feia” é:
é a proposição

a) o cão mia e o gato late. a) Se Ana não é bela, então Carina não é feia.

b) o cão mia ou o gato late. b) Ana é bela ou Carina não é feia.


c) o cão não mia ou o gato late.
c) Se Carina é feia, Ana é bela.
d) o cão não mia e o gato late.
e) o cão não mia ou o gato não late. d) Ana é bela ou Carina é feia.

19) A negação de: Milão é a capital da Itália ou Paris é e) Se Carina não é feia, então Ana não é bela.
a capital da Inglaterra é:
24) (CESPE) Proposições são sentenças que podem
a) Milão não é a capital da Itália. ser julgadas somente como verdadeiras ou falsas. A
esse respeito, considere que p represente a proposição
b) Milão não é a capital da Itália e Paris não é a simples “É dever do servidor promover o atendimen-
capital da Inglaterra. to cordial a clientes internos e externos”, que q repre-
c) Milão não é a capital da Itália ou Paris não é a sente a proposição simples “O servidor deverá instruir
capital da Inglaterra. procedimentos administrativos de suporte gerencial”
e que r represente a proposição simples “É tarefa do
d) Paris não é a capital da Inglaterra. servidor propor alternativas e promover ações para o
e) Milão é a capital da Itália e Paris não é a capi- alcance dos objetivos da organização”. Acerca dessas
tal da Inglaterra. proposições p, q e r e das regras inerentes ao raciocínio
lógico, assinale a opção correta.
20) A negação de “2 é par e 3 é ímpar” é:

a) 2 é par e 3 é par. a)
~ ( p ∨ q ∨ r) é equivalente a
~ p∧ ~ q∧ ~ r
b) 2 é par ou 3 é ímpar.

c) 2 é ímpar e 3 é par. b) p → q é equivalente a ~ p →~ q

d) 2 é ímpar e 3 é ímpar. c)
p ∧ (q ∨ r ) é equivalente a p ∧ q ∧ r .
e) 2 é ímpar ou 3 é par. ~ (~ (~ r ) ↔ r
d)
21) Duas proposições compostas são equivalentes se
e) A tabela-verdade completa das proposições
têm a mesma tabela de valores lógicos. É correto afir-
p → q é equivalente simples “p”, “q” e “r” tem 2 4 linhas.
mar que a proposição composta
à proposição
25) Um renomado economista afirma que “A inflação
a)
p∧q não baixa ou a taxa de juros aumenta”. Do ponto de
vista lógico, a afirmação do renomado economista
b)
p∨q equivale a dizer que:

p →~ q a) se a inflação baixa, então a taxa de juros não


c) aumenta.

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b) se a taxa de juros aumenta, então a inflação Exemplo:


baixa.
c) se a inflação não baixa, então a taxa de juros
Dada a proposição ( I → J ) ∨ ( I ∧ ~ J ) , temos
aumenta. uma tautologia, uma contradição ou contingência.
d) se a inflação baixa, então a taxa de juros au- Em último caso, utilizamos a tabela-verdade; mas
menta. perceba que há uma relação entre uma proposição e
e) se a inflação não baixa, então a taxa de juros outra. Uma é a negação da outra e estão unidas com
não aumenta. conectivo “ou”.

Então teremos P ou ~P
NOMENCLATURAS DAS PROPOSIÇÕES
Quando a proposição P for verdadeira, não P será
Dependendo da disposição dos valores verdadeiro falsa e vice-versa. Então, analisando em contexto geral,
ou falso das proposições, elas podem ser classificadas teremos
como:
V ou F = V

Tautologia – Quando uma proposição sempre é F ou V = V


verdadeira, o que acarreta que toda sua coluna
na tabela-verdade possui somente valores Ver- Em qualquer das possibilidades, a proposição com-
dadeiros. posta será verdadeira, então será tautologia.

Contradição – Oposto à anterior, diz-se de uma Vamos à tabela-verdade:


proposição que sempre é falsa, o que acarreta
que toda sua coluna na tabela-verdade possui I J ~J
somente valores Falsos. (I → J ) (I ∧ ~ J )
Contingência – Diz-se da proposição que possui V V F V F
valores mesclados na tabela verdade.
V F V F V
Como determinar se uma proposição é tautologia, F V F V F
contradição ou contingência, sem o uso da tabela-ver-
dade? Há duas formas: F F V V F

Através da relação entre as proposições que a com- Continuando...


põem, caso houver relação de negação ou equivalên-
cia, ou através de teste lógico.
(I → J ) ∨ (I ∧ ~ J )
No teste lógico, caso afirmar que uma proposição V
é tautologia, por exemplo, seja no enunciado ou em
V
alternativas, podemos tentar que seja falso. Se for pos-
sível ser falso, tautologia não será. V
V
Poderá até ser contradição ou contingência, mas tau-
tologia certamente não será. Se disser que a proposição Realmente se trata de tautologia.
é contradição, devemos testar se é possível ser verda-
deiro. Se puder ser verdadeiro, contradição não será. Uma análise integral dos termos, percebendo que
há uma relação de negação entre eles, torna a identifi-
Para determinar através da análise dos termos que cação mais rápida.
compõem a proposição, através de negações ou equi-
valências, deveremos analisar os termos compostos Consideremos uma proposição composta P e sua
como um todo, compreendendo que uma proposição, negação, também composta ~P.
mesmo composta, pode ser verdadeira ou falsa. Vide quadro a seguir.
Se tivermos uma proposição unida com sua nega-
ção através de algum conectivo, temos que entender P ~P Nomenclatura
que, quando uma proposição for verdadeira, sua ne-
gação será falsa e vice-versa. V ^ F F
CONTRADIÇÃO
F ^ V F
Se tivermos uma proposição unida com seu equi-
valente, temos que entender que, quando uma pro- V ˅ F V
posição for verdadeira, sua negação o será; quando a TAUTOLOGIA
proposição for falsa, seu equivalente também o será. F ˅ V V

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(A ^B) ^ (~A ˅ ~B)


V ∨ F V
F
TAUTOLOGIA
F V V F

F
V à F F F
CONTINGÊNCIA
F à V V
Outra forma de avaliar é quando uma questão afir-
V ↔ F F ma que uma proposição é, por exemplo, uma tauto-
CONTRADIÇÃO logia. Esta afirmação pode estar na própria questão,
F ↔ V F como se dá no caso que questões de Certo e Errado, ou
ainda estar nas alternativas.
Similarmente acontece quando unimos uma pro-
Uma vez que a banca afirma ser uma tautologia,
posição com seu equivalente, sendo que, neste caso,
podemos fazer o teste lógico tentando falsificar a pro-
quando uma proposição for verdadeira, seu equiva-
posição. Caso conseguirmos falsificar, tautologia não
lente também o será; quando a proposição for falsa,
será. Quando afirmar que é uma contradição, tentare-
seu equivalente também o será. Vide quadro a seguir.
mos o oposto, tornar verdadeiro. Pelo exemplo a se-
Imaginemos uma proposição composta como P e guir explicarei melhor a situação:
seu equivalente também P.
1) A → (A ˅ B). Vamos verificar se pode ser tautolo-
gia. Então tentaremos falsificar esta proposição.
P P Nomenclatura
Para que a implicação seja falsa, temos de ter o pri-
V ^ V V meiro termo verdadeiro e o segundo termo falso. Mas
CONTINGÊNCIA
F ^ F F perceba que, ao colocar o primeiro termo verdadeiro
V ˅ V V “A”, teremos um segundo termo com o “A” também
CONTINGÊNCIA verdadeiro. Assim teremos obrigatoriamente o termo
F ˅ F F
(A ˅ B) verdadeiro, independentemente do valor de
V V F B. Logo teremos V → V que será Verdadeiro. Desta
∨ forma, tentamos falsificar e não conseguimos. Uma
CONTRADIÇÃO
F F F vez que não foi possível falsificar a proposição, con-
∨ cluímos que sempre será verdadeira, ou seja, será
V à V V uma Tautologia. Em último caso, poderemos montar
TAUTOLOGIA a tabela-verdade, até porque esta serve para mostrar a
F à F V
verdade que não enxergamos.
V ↔ V V
TAUTOLOGIA
F ↔ F V
EXERCÍCIOS
Não se trata de decorar os quadros, mas estes so- 26) (CESPE) Se A e B são proposições, completando
mente servem para informar que é possível determi- a tabela abaixo, se necessário, conclui-se que a
nar tais nomenclaturas sem o uso de tabela-verdade.
proposição ¬( A ∨ B) → ¬A∧ ~ B é uma tautologia
Veja o exemplo a seguir:

1) (A ^B) ^ (~A ˅ ~B)

Uma vez que temos uma proposição unida com


sua negação pelo conectivo “e”, quando a proposição
for verdadeira, sua negação será falsa e vice-versa. Em
ambos os casos, o resultado será falso.

Assim, temos uma contradição. Certo ( )

Errado ( )
A B ~A ~B A˅B A^B (~A˅~B)
V V F F V V F 27) Chama-se tautologia à proposição composta que
V F F V V F V possui valor lógico verdadeiro, quaisquer que sejam os
valores lógicos das proposições que a compõem. Sejam
F V V F V F V
p e q proposições simples e ~p e ~q as suas respecti-
F F V V F F V vas negações. Em cada uma das alternativas abaixo,
há uma proposição composta, formada por p e q. Qual
Continua... corresponde a uma tautologia?

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a) p ^ q O conjunto CÃO estará contido no conjunto


ANIMAL e este último no conjunto VERDE. Assim,
b) p ^ ~q realmente teremos que todo cão é verde.
c) (p ^ q) à (~p ^ q) Considerando verdadeiras as premissas, entende-
mos que a conclusão sai como encadeamento das pre-
d) (p v q) à (p ^ q)
missas, sendo, portanto, um argumento válido.
e) (p ^ q) à (p ^ q)
Mas se considerarmos a realidade dos fatos, vemos
28) (CESPE – 2014 – TJSE) A proposição que a premissa 1 é verdadeira (todo cão realmente é
animal) e a premissa 2 é falsa (não é verdade que todo
[ P → (Q ∧ R)] ↔ {[(¬P) ∨ Q] ∧ [( ¬P ∨ R ]}    é animal é verde) e, por causa da premissa falsa, tere-
uma tautologia. mos uma conclusão falsa segundo a realidade dos fa-
tos, pois não é verdade que todo cão é verde. Mas, o
29) (CESPE – 2014 – TJSE) A proposição argumento é válido.

Assim, a realidade dos fatos das premissas ou con-


[( ¬P) ∨ Q] ↔ {¬[( P ∧ (~ Q)]}   clusão não determina validade ou não de argumentos.
 é uma tautologia. A determinação da validade ou não é avaliada somen-
te a partir do encadeamento lógico e, para isso, supo-
mos verdadeiras as premissas para avaliar tal encade-
30) A proposição [ P ∨ Q] → Q   é uma tautologia.
amento.

Os argumentos sempre possuem um ponto de par-


ARGUMENTOS LÓGICOS tida, sendo aquele ponto de onde poderemos valorar
com certeza alguma proposição simples e faremos o
Argumentos lógicos são encadeamentos lógicos de encadeamento das demais. Em último caso, podere-
proposições dadas como base, chamadas premissas, mos supor a conclusão falsa e avaliar se conseguimos,
juntamente com a conclusão das mesmas. As premis- a partir da falsidade da conclusão, as premissas ver-
sas são valoradas como verdadeiras somente para efei- dadeiras. Se conseguirmos, o argumento é inválido, se
to de raciocínio de encadeamento lógico. não conseguirmos, o argumento é válido. É um teste
Caso a conclusão, a partir desta determinação, lógico para argumentos.
for verdadeira, ou seja, a conclusão ser derivada com Quando temos uma premissa isolada, esta é o me-
certeza das premissas, o argumento é válido. Caso a lhor ponto de partida.
conclusão for falsa ou puder ser verdadeira ou falsa, o
argumento será dito inválido ou não-válido.
Exemplo:
Importa ressaltar que as premissas são dadas como
verdadeiras somente para efeito de raciocínio de enca- Caso ou compro uma bicicleta. Viajo ou não caso.
deamento lógico, não que sejam verdadeiras de fato. Vou morar em Pasárgada ou não compro uma bicicle-
ta. Ora, não vou morar em Pasárgada. Assim,
Por exemplo: a) não viajo e caso.

Premissa 1: Todo cão é animal b) viajo e caso.

Premissa 2: Todo animal é verde c) não vou morar em Pasárgada e não viajo.

d) compro uma bicicleta e não viajo.


Conclusão: Logo, todo cão é verde
e) compro uma bicicleta e viajo.
Se considerarmos as premissas 1 e 2 como verda-
deiras para determinar a validade ou não do argumen- Teremos:
to, veremos que...
Premissa 1: C ˅ B (V)

Premissa 2: V ˅~ C (V)

Premissa 3: P ˅ ~ B (V)

Premissa 4: ~ P (V)

Neste exemplo, o nosso ponto de partida será a P4.


Para que esta seja verdadeira, ~ P deve ser verdadeiro.
Assim, P será falso. Com P falso, pela P3 concluiremos

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que ~B deve ser verdadeiro para que esta premissa seja Veremos agora um exemplo onde faremos o teste
verdadeira. Com ~ B, teremos que B é falso. Assim, na lógico.
P1 teremos que C deve ser verdadeiro, já que B é falso.
Sendo C verdadeiro, ~C será falso. Então, na P2 tere- A partir das proposições “Se um policial não tem
mos obrigatoriamente V verdadeiro. informações precisas ao tomar decisões, então o poli-
cial toma decisões ruins” e “Se o policial teve treina-
Todos os valores estão determinados: mento adequado e se dedicou nos estudos, então o
policial tem informações precisas ao tomar decisões”,
Caso? (V) sim. é correto inferir que “O policial que tenha tido treina-
mento adequado e tenha se dedicado nos estudos não
Compro uma bicicleta? (F) não.
toma decisões ruins” é uma proposição verdadeira.
Viajo? (V) sim.
Como os termos “o policial teve treinamento ade-
Vou morar em Pasárgada? (F) não. quado” e “ se dedicou nos estudos” sempre aparecem
juntos, simbolizarei esta proposição que seria A ^ B
Com estes valores determinados, a alternativa cor- apenas por P.
reta será aquela que conduz a um argumento válido,
ou seja, a conclusão seja verdadeira a partir das pre- Assim teremos:
missas dadas. Das alternativas, somente a “b)” será Premissa 1: ~I à R (V)
verdadeira.
Premissa 2: P à I (V)
Vamos ver outro exemplo com outro ponto de par-
tida. Conclusão: P à ~ R
Se estudo, obtenho boas notas. Se me alimento Este argumento será válido? Vamos ver se a conclu-
bem, me sinto disposto. Ontem estudei e não me senti são pode ser falsa. Se puder, não será válido. Assim,
disposto, logo podemos concluir que... para P à ~ R falsa, teremos P verdadeiro que deverá
acarretar ~ R falsa. Vamos ver se é possível termos P
a) Se estudei, então me senti disposto.
verdadeiro e ~R falsa, mesmo com as premissas ver-
b) Senti-me disposto e me alimentei bem dadeiras.

c) Estudei se e somente se não obtive boas notas. Com P verdadeira, na P2 teremos I verdadeiro.
Assim ~I é falso. Então pela P1, poderemos ter qual-
d) Não obtive boas notas ou me alimentei bem quer valor para R que já deixa a P1 verdadeira. Assim,
R pode ser verdadeira ou falsa. Desta forma, ~R pode
e) Senti-me disposto ou estudei. ser falsa ou verdadeira. Assim, o argumento é inváli-
Teremos do, pois pode ter conclusão falsa.

Premissa 1: E à B (V)

Premissa 2: A à D (V) EXERCÍCIOS

Premissa 3: E ^ ~ D (V) 31) (VUNESP – 2014 – PCSP) Considere as premissas


I, II e III.
O ponto de partida será na P3, onde temos o conec-
tivo “e”. Neste, ambos os termos devem ser verdadei- I. Se Carlos é legista, então ele é médico.
ros. Assim E será verdadeiro e ~D será verdadeiro, o
que acarreta que D será falso. II. Se Ana é perita criminal, então ela é policial civil. 

Com E verdadeiro, na P1 concluímos que B será III. Ana é policial civil e Carlos é legista. 
verdadeiro. Com D falso, na P2 concluímos que A será Uma conclusão que pode ser indicada para que,
falso. juntamente com essas três premissas, se tenha um ar-
Todos os valores estão determinados: gumento válido é

Estudo? (V) sim.  a) Carlos não é médico.


 b) Carlos é médico e Ana é perita criminal.
Obtenho boas notas? (V) sim.
 c) Carlos é médico se, e somente se, Ana é perita
Alimentei-me bem? (F) não. criminal.
Senti-me disposto? (F) não.  d) Carlos é médico ou Ana não é perita crimi-
nal.
Com estes valores, teremos que somente a alterna-
tiva “e) ” será verdadeira, ou seja, será uma conclusão  e) Ana é perita criminal.
que conduz a um argumento válido. 32) (FCC – 2014 – TRT SP) Considere as três afirmações

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a seguir, todas verdadeiras, feitas em janeiro de 2013. 3) ou o fiesta é azul ou o corsa é azul

I. Se o projeto X for aprovado até maio de 2013, 4) ou o corsa é preto ou o fiesta é preto. Portanto,
então um químico e um biólogo serão contrata- as cores do gol, do corsa e do fiesta são, respec-
dos em junho do mesmo ano.  tivamente,
II. Se um biólogo for contratado, então um novo a) branco, preto, azul
congelador será adquirido. 
b) preto, azul, branco
III. Se for adquirido um novo congelador ou
uma nova geladeira, então o chefe comprará c) azul, branco, preto
sorvete para todos. 
d) preto, branco, azul
Até julho de 2013, nenhum biólogo havia sido con-
tratado. Apenas com estas informações, pode-se con- e) branco, azul, preto
cluir que, necessariamente, que
36) Ricardo, Rogério e Renato são irmãos. Um deles é
 a) não foi adquirida uma nova geladeira.  médico, outro é professor, e o outro é músico. Sabe-se
 b) o chefe não comprou sorvete para todos. que:

 c) o projeto X não foi aprovado até maio de 2013.  1) ou Ricardo é médico, ou Renato é médico,

 d) nenhum químico foi contratado. 2) ou Ricardo é professor, ou Rogério é músico;

 e) não foi adquirido um novo congelador. 3) ou Renato é músico, ou Rogério é músico,

4) ou Rogério é professor, ou Renato é professor.


33) (ESAF) Determine a alternativa correta a partir das
premissas. Portanto, as profissões de Ricardo, Rogério e
Renato são, respectivamente,
Sou amiga de Abel ou sou amiga de Oscar.
a) professor, médico, músico.
Sou amiga de Nara ou não sou amiga de Abel.
b) médico, professor, músico.
Sou amiga de Clara ou não sou amiga de Oscar.
c) professor, músico, médico.
Ora, não sou amiga de Clara. Assim,
d) músico, médico, professor.
a) não sou amiga de Nara e sou amiga de Abel.
e) médico, músico, professor.
b) não sou amiga de Clara e não sou amiga de Nara.

c) sou amiga de Nara e amiga de Abel. 37) (FCC) Considere como verdadeiras as seguintes
premissas: - Se Alfeu não arquivar os processos, então
d) sou amiga de Oscar e amiga de Nara. Benito fará a expedição de documentos.

e) sou amiga de Oscar e não sou amiga de Clara. - Se Alfeu arquivar os processos, então Carmi-
nha não atenderá o público.

34) (ESAF) Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo - Carminha atenderá o público.
ou não estudo. Ora, não velejo. Assim,
Logo, é correto concluir que
a) estudo e fumo.
a) Alfeu arquivará os processos.
b) não fumo e surfo.
b) Alfeu arquivará os processos ou Carminha
c) não velejo e não fumo. não atenderá o público.
c) Benito fará a expedição de documentos.
d) estudo e não fumo.
d) Alfeu arquivará os processos e Carminha
e) fumo e surfo. atenderá o público.
e) Alfeu não arquivará os processos e Benito não
35) Maria tem três carros: um gol, um corsa e um fies- fará a expedição de documentos.
ta. Um dos carros é branco, o outro é preto e o outro é
azul. Sabe-se que:
38) Se Lucas foi de carro, Eliana não foi de ônibus. Se
Eliana não foi de ônibus, Antônio foi de moto. Se Antô-
1) ou o gol é branco ou o fiesta é branco
nio foi de moto, Rafaela não foi de táxi. Como Rafaela
2) ou o gol é preto ou o corsa é azul foi de táxi, podemos concluir que

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Matemática

a) Lucas foi de carro e Eliana foi de ônibus. Universal Negativo


b) Antônio não foi de moto e Lucas foi de carro.
Nenhum A é B
c) Eliana não foi de ônibus e Antônio não foi de
moto. ∃ ( x), [ A( x) ∧ B( x)]
¬
d) Lucas não foi de carro e Eliana não foi de ôni-
bus.
e) Antônio não foi de moto e Eliana foi de ôni-
bus.

39) (CESPE – 2009 – SECONT) Suponha que as pro-


posições «Edu tem um laptop ou ele tem um celular»
e «Edu ter um celular é condição necessária para Edu Particular Afirmativo
ter um laptop» sejam verdadeiras. Nesse caso, consi-
derando essas proposições como premissas e a pro- Algum A é B
posição «Edu tem um laptop» como conclusão de um
argumento, então esse argumento é válido.
∃( x), [ A( x) ∧ B( x)]
40) (CESPE) A partir das proposições “Se não tem in-
formações precisas ao tomar decisões, então o policial
toma decisões ruins” e “Se o policial teve treinamento
adequado e se dedicou nos estudos, então o policial
tem informações precisas ao tomar decisões”, é corre-
to inferir que “O policial que tenha tido treinamento
adequado e tenha se dedicado nos estudos não toma
Particular Negativo
decisões ruins” é uma proposição verdadeira.
Algum A não é B
QUANTIFICADORES LÓGICOS
∃( x), [ A( x) ∧ ¬B( x)]
Temos por quantificadores lógicos o UNIVERSAL
e o PARTICULAR.

O universal é percebido quando temos a partícula


TODO, cujo símbolo é ∀ , enquanto que o particular é
percebido quando temos termos como “algum”, “al-
guns”, “existe”, “existe algum”, “existe pelo menos
um”, etc; cujo símbolo é ∃ . O segredo das questões com quantificadores lógi-
cos é expressar via diagramas o que a questão indica
Quando temos argumentos lógicos contendo quan- no texto, percebendo todas as possibilidades e não ga-
tificadores, devemos resolvê-los preferencialmente por rantindo situações além das garantidas no texto.
diagramas de conjuntos.

Simbolizamos da seguinte forma: Exemplo:


1) Um casal tem vários filhos, dentre eles algumas
crianças gostam de legumes e também de verduras,
Universal Afirmativo sendo que nenhum dos que gostam de doce gostam de
verdura. Portanto, dentre essas crianças, é verdade que:
Todo A é B
a) Alguém que gosta de legumes, gosta de doce.
∀( x), A( x) → B( x) b)Alguém que gosta de legumes, não gosta de doce.

c)Alguém que gosta de doce não gosta de legumes.

d)Ninguém que gosta de doce, gosta de legumes.

Temos que desenvolver diagramas, de tal forma,


que contemple todas as possibilidades e, ao mesmo
tempo, não afirme nada mais do que já está afirmado
no texto.

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A partir da afirmação “Algumas crianças gostam de e) Algum gordo sabe nadar


legumes e também de verduras”, teremos o seguinte
diagrama: 44) Se todo cachorro alemão gosta de salsicha mas nem
todo cachorro que gosta de salsicha é alemão, então:

a) Se o cachorro gosta de salsicha, então é ale-


mão;
b) Se o cachorro não gosta de salsicha, então
pode não ser alemão;
c) Se o cachorro gosta de salsicha, então não
Agora, considerando a próxima afirmação “...ne- pode ser alemão;
nhum dos que gostam de doce gostam de verdura...”,
teremos várias possibilidades para o diagrama de d) Se o cachorro gosta de salsicha, então não é
doce. O que importa é que este não possui conexão com alemão
verdura. Mas todas as posições abaixo descritas não e) Se o cachorro não gosta de salsicha, então não
podem ser garantidas. Pode ser qualquer uma delas. é alemão.

45) Em uma cidade, todo pai de pai de famí-


lia é cantor. Todo filósofo, se não for marcenei-
ro, ou é pai de família ou é arquiteto. Ora, não
há marceneiro e não há arquiteto que não seja
cantor. Portanto, tem-se que, necessariamente:
a) todo cantor é filósofo.

b) todo filósofo é cantor.

c) todo cantor é marceneiro ou arquiteto.


A única coisa que podemos afirmar é que há pes-
d) algum marceneiro é arquiteto.
soas que gostam de legumes que não gostam de doce.
Quais? Aquelas pessoas que gostam também de ver- e) algum pai de família é marceneiro.
duras.
(CESPE) Argumento I:
EXERCÍCIOS
P1: Toda pessoa saudável pratica esportes.
41) (CESPE – 2004 – PF AGENTE) É válido o seguinte P2: Alberto não é uma pessoa saudável.
argumento: Todo cachorro é verde, e tudo que é verde
é vegetal, logo todo cachorro é vegetal. Concl: Alberto não pratica Esportes

42) (VUNESP – 2013 – PCSP) Todo biólogo é estudio- Argumento II:


so. Existem esportistas que são estudiosos. Ana é bió-
P1: Toda pessoa saudável pratica esportes.
loga e Júlia é estudiosa. Pode-se, então, concluir que
P2: Alberto pratica esportes.
a) Ana é estudiosa e Júlia é esportista.
b) Ana é estudiosa e Júlia pode não ser bióloga Concl: Alberto é saudável.
nem esportista. Considerando os argumentos I e II acima, julgue os
c) Ana é esportista e Júlia é bióloga. próximos itens.
d) Ana é também esportista e Júlia pode não ser 46) O argumento I não é válido porque, mesmo que as
bióloga nem esportista. premissas P1 e P2 sejam verdadeiras, isto não acarreta
e) Ana pode ser também esportista e Júlia é bi- que a conclusão seja verdadeira.
óloga. 47) O argumento II é válido porque toda vez que as
premissas P1 e P2 forem verdadeiras, então a conclu-
43) (VUNESP – SEFAZ/SP) Todos os diplomatas são são também será verdadeira.
gordos. Nenhum gordo sabe nadar. Segue-se que:
48) (UFPR – TCPR) Sabe-se que alguns músicos são
a) Algum diplomata não é gordo loucos e que todos os músicos são artistas. Além disso,
é sabido que todos os matemáticos são loucos e que
b) Algum diplomata sabe nadar
alguns artistas são matemáticos. Com base nessas afir-
c) Nenhum diplomata sabe nadar mações, considere as seguintes afirmativas:

d) Nenhum diplomata é gordo 1. Alguns matemáticos são músicos.

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Matemática

2. Se um artista é matemático, então ele é louco. Importa não esquecer que a negação da negação
torna-se o próprio elemento.
3. Se um músico é louco, então ele é matemático.
4. Se um artista não é louco, então ele não é ma- Por exemplo: “Não existe homem que não seja
temático. mortal”. Está dizendo que todo homem é mortal, pois
o “não existe” recai em “todo não”; o não mortal per-
Assinale a alternativa correta. manece. Assim teremos que “todo homem não não é
mortal”, resultando em “todo homem é mortal”.
a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. 51) (CESPE – PF ). Se A for a proposição “Todos os


policiais são honestos”, então a proposição ¬A estará
c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. enunciada corretamente por “Nenhum policial é ho-
d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. nesto“.

e) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. 52) (CESPE) A negação da proposição “Todos os vere-
adores do partido D foram reeleitos” é “Nenhum vere-
49) (ESAF) Em uma cidade as seguintes premissas são ador do partido D foi reeleito”.
verdadeiras: Nenhum professor é rico. Alguns políti-
cos são ricos. Então, pode-se afirmar que: 53) A negação de “todos os números inteiros são po-
sitivos” é:
a) Nenhum professor é político.
a) nenhum número inteiro é positivo.
b) Alguns professores são políticos.
b) nenhum número inteiro é negativo.
c) Alguns políticos são professores.
c) todos os números inteiros são negativos.
d) Alguns políticos não são professores.
d) alguns números positivos não são inteiros.
e) Nenhum político é professor.
e) alguns números inteiros não são positivos.
50) (FCC – 2014 – TRF 3ª Região)
54) A negação da sentença “Todas as mulheres são ele-
Diante, apenas, das premissas “Nenhum piloto é gantes” está na alternativa:
médico”, “Nenhum poeta é médico” e “Todos os as-
tronautas são pilotos”, então é correto afirmar que a) Nenhuma mulher é elegante.
 a) algum astronauta é médico. b) Todas as mulheres são deselegantes.
 b) todo poeta é astronauta. c) Algumas mulheres são deselegantes.
 c) nenhum astronauta é médico.
d) Nenhuma mulher é deselegante.
 d) algum poeta não é astronauta.
e) Algumas mulheres são elegantes.
 e) algum poeta é astronauta e algum piloto não
é médico.
55) (FCC – 2011 – BB) Um jornal publicou a seguinte
manchete: “Toda Agência do Banco do Brasil tem dé-
NEGAÇÕES DE QUANTIFICADORES LÓGICOS ficit de funcionários.“ Diante de tal inverdade, o jornal
se viu obrigado a retratarse, publicando uma negação
Quando afirmamos que algo não total, é porque é de tal manchete. Das sentenças seguintes, aquela que
parcial. Quando afirmamos que algo não é parcial, é expressaria de maneira correta a negação da manchete
porque é total. Assim a negação do todo recai no existe publicada é:
algum e vice-versa. É o contraditório. a) Qualquer Agência do Banco do Brasil não
A regra básica é mudar o quantificador, mudando têm déficit de funcionários.
a posição da negação. Além disso, é entender que o b) Nenhuma Agência do Banco do Brasil tem
SUJEITO da sentença não muda, mudando somente o déficit de funcionários.
PREDICADO.
c) Alguma Agência do Banco do Brasil não tem
Por exemplo: Se alguém diz que “todo homem é ca- déficit de funcionários.
reca”. Uma pessoa pode não concordar e negar dizen- d) Existem Agências com deficit de funcionários
do “Nem todo homem é careca”. O que ela está dizen- que não pertencem ao Banco do Brasil.
do? Está dizendo que existe algum ou alguns homens
que não são carecas. Assim, basta trocar a posição da e) O quadro de funcionários do Banco do Brasil
negação e mudar o quantificador lógico. está completo.

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GABARITO RACIOCÍNIO LÓGICO um mentiu, colocamos a mentira no primeiro persona-


PROPOSICIONAL gem e vemos se o sistema todo fica com sentido. Se não
tiver sentido, escorregamos a única mentira ou verda-
1) Errado 21) E 41) Certo de para o segundo, e assim por diante, até o sistema
ficar perfeito.
2) Certo 22) E 42) B
3) D 23) E 43) C Vamos ver um exemplo:
4) E 24) A 44) E Um crime foi cometido por uma e apenas uma pes-
5) Errado 25) D 45) B soa de um grupo de cinco suspeitos: Armando, Celso,
Edu, Juarez e Tarso. Perguntados sobre quem era o
6) V 26) Certo 46) Certo
culpado, cada um deles respondeu:
7) F 27) E 47) Errado
Armando: “Sou inocente”
8) F 28) Certo 48) E
9) E 29) Certo 49) D Celso: “Edu é o culpado”
10) B 30) Errado 50) C Edu: “Tarso é o culpado”
11) Certo 31) D 51) Errado
Juarez: “Armando disse a verdade”
12) Errado 32) C 52) Errado
13) C 33) C 53) E Tarso: “Celso mentiu”

14) C 34) E 54) C Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e


15) E 35) E 55) C que todos os outros disseram a verdade, pode-se con-
clui que o culpado é:
16) B 36) E
17) Errado 37) C a) Armando

18) A 38) E b) Celso


19) B 39) Errado c) Edu
20) E 40) Errado
d) Juarez

e) Tarso
02 SITUAÇÕES LÓGICAS DIVERSAS Primeiro passo) “Pular” o que os personagens fa-
lam e ver os outros detalhes:
SITUAÇÕES-PROBLEMA
* Há somente UM criminoso
* Há somente UM mentiroso, ou seja, que fala o
Verdades e Mentiras: que é falso.
Várias questões de concursos pautam-se nas situa- Segundo passo) Colocar as frases de forma orde-
ções de verdades e mentiras. Para cada tipo de ques- nada:
tão há uma forma mais rápida de resolução. É o que
veremos. Armando: “Sou inocente”
Celso: “Edu é o culpado”
Descobrindo o responsável pela ação: Edu: “Tarso é o culpado”

Algumas questões indicam uma ação, tendo vários Juarez: “Armando disse a verdade”
indivíduos como personagens, mas não se sabe quem Tarso: “Celso mentiu”
executou a ação.
Observação: Há somente uma falsidade, então
A primeira dica é a seguinte: quando os persona-
haverá 4 verdades. Geralmente é fácil visualizar
gens ‘falam’, não devemos analisar, em primeiro mo-
2 indivíduos que NÃO podem falar a verdade
mento, estas afirmações dos personagens, mas analisa-
ao mesmo tempo. Neste caso Celso e Edu, pois
mos os outros detalhes antes. Depois vamos ver o que
se ambos falassem a verdade haveria 2 culpados
os personagens falaram.
– Edu e Tarso.
Quando a questão indicar que somente um falou a Com isto, já entendemos que um deles (Celso ou
verdade ou somente um mentiu, podemos ver passo Edu) tem de estar mentindo.
-a-passo as possibilidades, fazendo o que chamo de
“escorregamento da falsidade” ou “escorregamento Supondo que Celso mente, então Edu fala a verda-
da verdade”. O que vem a ser isto? Se diz que somente de, então seria Tarso.

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Matemática

Se Celso mente, Armando fala a verdade, é inocen- b) domingo.


te; Juarez fala a verdade, então Armando diz a verdade
e, por fim, Tarso fala a verdade, então Celso mentiu. c) segunda-feira.
Como realmente Celso mentiu, fechou corretamente
d) terça-feira.
o sistema. Assim, Celso está mentindo e o culpado é
Tarso. e) quarta-feira.
Terceiro passo) Caso não perceber que há dois indi- 2) (FUNIVERSA – 2010) Três amigas Ana, Bia e Cida
víduos que não podem ter o mesmo valor lógico, como trabalham como secretária costureira e professora, não
visto anteriormente. necessariamente nessa ordem Elas afirmaram:
Vamos fazer pelo método do “escorregamento da Bia é secretária, disse Cida;
falsidade” já que somente um indivíduo mentiu.
Ana é costureira, disse Bia;
(F) Armando: “Sou inocente”
Eu sou a secretária, afirma Ana.
(V) Celso: “Edu é o culpado”
Como somente a professora disse a verdade, é cor-
(V) Edu: “Tarso é o culpado” reto concluir que
(V) Juarez: “Armando disse a verdade” a) Ana é secretária.
(V) Tarso: “Celso mentiu” b) Ana é professora.
Supondo que o primeiro falou o que é falso. Veja c) Bia é costureira.
que, neste caso, Armando é culpado, Edu e Tarso tam-
bém, o que não pode. d) Bia é professora.

Assim, o Falso não pode estar no primeiro. Então e) Cida é costureira.


“escorregamos” para o segundo.
3) (FGV – 2013 – TJ AM) Em uma garagem há três car-
(V) Armando: “Sou inocente” ros: um Palio, um Gol e um Celta formando uma fila.
O primeiro da fila é verde, o segundo é branco e o ter-
(F) Celso: “Edu é o culpado” ceiro é prata. Entre as três afirmações a seguir, somente
uma é verdadeira.
(V) Edu: “Tarso é o culpado”
I. O Gol não é verde.
(V) Juarez: “Armando disse a verdade”
II. O Celta não é prata.
(V) Tarso: “Celso mentiu”
III. O Palio é verde.
Neste sistema, Armando é inocente, Edu também,
pois Celso mente, Tarso é o culpado, Armando diz a É correto concluir que
verdade (sistema correto), e Celso mentiu (sistema cor-
reto). a) o primeiro da fila é o Celta.

Assim, a sequência é esta mesma, o que acarreta b) o segundo da fila é o Palio.


que Tarso é culpado.
c) o terceiro da fila é o Gol.

d) o Celta é branco.
EXERCÍCIOS
e) o Palio é verde.
1) (FGV – 2010 – BADESC) Certo dia, três amigos fize-
ram, cada um deles, uma afirmação: Olhando quem fala a Verdade:
Aluísio: – Hoje não é terça-feira. Algumas questões indicam personagens onde um
deles fala a verdade, outro às vezes e outro nunca.
Benedito: – Ontem foi domingo.
A dica aqui é fixar o raciocínio somente em quem
Camilo: – Amanhã será quarta-feira. fala a VERDADE e este indivíduo dará a solução do
Sabe-se que um deles mentiu e que os outros dois problema.
falaram a verdade. Assinale a alternativa que indique
corretamente o dia em que eles fizeram essas afirma- Exemplo:
ções.
Três irmãs – Ana, Maria e Cláudia – foram a uma
a) sábado. festa com vestidos de cores diferentes.

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Uma vestiu azul, a outra branco e a terceira pre- esposa é Sandra.”


to. Chegando à festa, o anfitrião perguntou quem era
Sabendo-se que o marido de Sandra mentiu e
cada uma delas. A de azul respondeu: “Ana é a que
que o marido de Teresa falou a verdade, segue-
está de branco”. A de branco falou: “Eu sou Maria”.
-se que as esposas de Luís, Marcos e Nestor são,
E a de preto disse: “Cláudia é quem está de branco”.
respectivamente:
Como o anfitrião sabia que Ana sempre diz a verdade;
que Maria às vezes diz a verdade e que Cláudia nunca a) Sandra, Teresa, Regina
diz a verdade, ele foi capaz de identificar corretamente
quem era cada pessoa. As cores dos vestidos de Ana, b) Sandra, Regina, Teresa
Maria e Cláudia eram, respectivamente: c) Regina, Sandra, Teresa
a) preto, branco e azul d) Teresa, Regina, Sandra
b) azul, preto e branco e) Teresa, Sandra, Regina
c) preto, azul e branco
5) (COPEVE – 2011) Três amigos, Leonardo, Marcos
d) azul, branco e preto e Pedro, estão sentados lado a lado em um Campo de
Futebol. Leonardo sempre fala a verdade; Marcos às
e) branco, azul e preto
vezes fala a verdade; Pedro nunca fala a verdade. O
Quem fala a verdade? Ana. Esta mostrará o cami- que está sentado a esquerda diz: “Leonardo é quem
nho. está sentado no meio.” O que está sentada no meio diz:
“Eu sou Marcos.” Finalmente, o que está sentado a di-
Agora veja qual frase que Ana pode falar e dizer a reita diz: “Pedro é quem está sentado no meio.” Então,
verdade ao mesmo tempo. o que está sentado à esquerda, o que está sentado no
meio e o que está sentado à direita são, respectivamen-
A de azul respondeu: “Ana é a que está de branco”. te,
Esta não pode ser Ana, pois se ela está de azul, ela não a) Marcos, Leonardo e Pedro.
pode dizer que Ana está de branco, pois estaria mentindo.
Assim Ana não está de azul. b) Pedro, Marcos e Leonardo.

A de branco falou: “Eu sou Maria”. c) Pedro, Leonardo e Marcos.

Esta também não pode ser Ana, pois dizendo “Eu sou d) Leonardo, Pedro e Marcos.
Maria”, estaria mentindo. Assim, Ana não está de Branco.
e) Marcos, Pedro e Leonardo.
Logo, só resta estar de preto.

E a de preto disse: “Cláudia é quem está de bran- Outras questões de Verdades e Mentiras:
co”.

Já sabemos que esta é Ana, pois como não está de azul EXERCÍCIOS
nem de branco, tem que estar de preto. 6) Cinco moças, Ana, Beatriz, Carolina, Denise e Edu-
Tudo que Ana fala é verdade, logo Cláudia realmente está arda, estão vestindo blusas vermelhas ou amarelas.
de branco. Então resta para Maria estar de azul. Sabe-se que as moças que vestem blusas vermelhas
sempre contam a verdade e as que vestem blusas
Assim, as cores dos vestidos de Ana, Maria e amarelas sempre mentem. Ana diz que Beatriz veste
Cláudia eram, respectivamente: blusa vermelha. Beatriz diz que Carolina veste blusa
amarela. Carolina, por sua vez, diz que Denise veste
Preto, azul e branco. Alternativa C. blusa amarela. Por fim, Denise diz que Beatriz e Edu-
arda vestem blusas de cores diferentes. Por fim, Edu-
arda diz que Ana veste blusa vermelha. Desse modo,
EXERCÍCIOS as cores das blusas de Ana, Beatriz, Carolina, Denise e
Eduarda são, respectivamente:
4) Três amigos – Luís, Marcos e Nestor – são casados
com Teresa, Regina e Sandra (não necessariamente a) amarela, amarela, vermelha, vermelha e ama-
nesta ordem). Perguntados sobre os nomes das respec- rela.
tivas esposas, os três fizeram as seguintes declarações:
b) vermelha, vermelha, vermelha, amarela e
Nestor: “ Marcos é casado com Teresa” amarela.
Luís: “ Nestor está mentindo, pois a esposa de c) vermelha, amarela, amarela, amarela e ama-
Marcos é Regina”. rela.
Marcos: “Nestor e Luís mentiram, pois a minha d) vermelha, amarela, vermelha, amarela e ama-

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Matemática

rela. a) segunda-feira.
e) amarela, amarela, vermelha, amarela e ama- b) sábado.
rela.
c) quinta-feira.
Dica: “Chute” um valor para a primeira moça,
por exemplo, que ela está vestindo blusa verme- d) sexta-feira.
lho, ou seja, falando a verdade. Faça o encadea-
mento. Se o sistema todo não der certo, mude o e) quarta-feira.
valor da primeira e refaça o encadeamento.
10) (CESPE – 2013 – SEFAZ ES) Em uma reunião, os
7) Cinco amigas, Ana, Bia, Cati, Dida e Elisa, são tias amigos Arnaldo, Beatriz, Carlos, Danilo e Elaine fize-
ou irmãs de Zilda. As tias de Zilda sempre contam a ram as seguintes afirmações:
verdade e as irmãs de Zilda sempre mentem. Ana diz
que Bia é tia de Zilda. Bia diz que Cati é irmã de Zilda. Arnaldo: - Meu nome é Danilo ou Arnaldo.
Cati diz que Dida é irmã de Zilda. Dida diz que Bia
Beatriz: - Arnaldo acaba de mentir.
e Elisa têm diferentes graus de parentesco com Zilda,
isto é: se uma é tia a outra é irmã. Elisa diz que Ana é Carlos: - Beatriz acaba de mentir.
tia de Zilda. Assim, o número de irmãs de Zilda neste
conjunto de cinco amigas é dado por: Danilo: - Carlos acaba de mentir.

a) 1 Elaine: - Danilo acaba de mentir.

b) 2 A quantidade de pessoas que mentiu nessa situa-


ção foi igual a
c) 3
a) 5
d) 4
b) 1
e) 5
c) 2
8) Chapeuzinho Vermelho ao entrar na floresta, per-
deu a noção dos dias da semana. d) 3

A Raposa e o Lobo Mau eram duas estranhas criaturas e) 4


que freqüentavam a floresta A Raposa mentia às se-
11) (FGV – 2013 – TJ AM) Hugo brinca com seu pai di-
gundas, terças e quartas-feiras , e falava a verdade nos zendo mentiras para qualquer coisa que ele pergunte
outros dias da semana. O Lobo Mau mentia às quintas, todas as segundas, quartas e sextas feiras e dizendo a
sextas e sábado, mas falava a verdade nos outros dias verdade nos outros dias da semana. Certo dia ocorreu
da semana. o seguinte diálogo:
Um dia, Chapeuzinho Vermelho encontrou a Raposa Pai: - Que dia é hoje?
e o Lobo Mau descansando à sombra de uma árvore.
Eles disseram: Hugo: - Quarta-feira.
Raposa: “Ontem foi um dos meus dias de mentir” Pai: - Que dia será amanhã?
Lobo Mau: “Ontem foi um dos meus dias de mentir”. Hugo: - Sábado.
A partir dessas afirmações, Chapeuzinho Vermelho O dia da semana em que esse diálogo ocorreu foi
descobriu qual era o dia da semana. Qual era?
a) domingo.
a) segunda-feira
b) segunda-feira.
b) terça-feira
c) quarta-feira.
c) quinta-feira
d) quinta-feira.
d) sábado
e) sexta-feira.
e) domingo

9) (FGV – 2007) Paulo e Márcia formam um estranho 12) (VUNESP – 2013 – PC SP) Em uma ilha, as pessoas
casal. Paulo mente às quartas, sextas e sábados, dizen- são divididas em dois clãs. O clã dos cavaleiros que
do a verdade nos outros dias. Márcia mente às segun- só falam a verdade e o clã dos cafajestes que só falam
das, quintas e sábados, dizendo a verdade nos outros mentiras (enunciados falsos). Nessas condições, assi-
dias. Certo dia ambos declaram: “Amanhã é dia de nale a alternativa que apresenta corretamente o enun-
mentir.” O dia em que foi feita essa declaração foi: ciado que nenhum habitante da ilha pode proferir.

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a) A lua é feita de queijo suíço. c) Reginaldo pediu suco de laranja.

b) Está nevando e não está nevando. d) Ferdinando pediu suco de acerola.

c) Eu sou cafajeste. e) Alcides pediu o hambúrguer.

d) Dois mais dois é igual a quatro. Fazendo uma lista:

e) Os cavaleiros só falam falsidades.


pre lar
Alc mis uva
13) (FCC – 2009 – TCE GO) Serena está muito preocu- ham ace
pada com sua amiga Corina, pois descobriu que todas
as quartas, quintas e sextasfeiras ela só fala mentiras e
nos demais dias da semana ela fala apenas a verdade. pre lar
Certo dia em que foram almoçar juntas, Corina disse Ferd mis uva
a Serena:
ham ace
- “Ontem foi meu dia de mentir, mas só voltarei a
fazê-lo daqui a três dias.” pre lar
Com base na afirmação de Corina, tal almoço só Reg mis uva
pode ter ocorrido em ham ace

a) uma segunda-feira.
Agora, analisam-se as dicas:
b) uma quarta-feira.
− Reginaldo pediu um misto quente;
c) uma sexta-feira.
Se ele pediu um misto, não pediu outro sanduíche. Se ele
d) um sábado. pediu misto, os outros não pediram misto. Então colocamos
isto na tabela
e) um domingo.
pre lar
Alc mis uva
Relações entre elementos:
ham ace
Há situações-problema que se pautam na relação
entre pessoas com lugares, objetos, etc. Para estes ca-
sos, pode-se fazer uso de tabela ou ainda pode-se elen- pre lar
car as possibilidades para cada um em uma lista. Ferd mis uva
ham ace
Exemplo:
pre lar
Alcides, Ferdinando e Reginaldo foram a uma lan-
Reg mis uva
chonete e pediram lanches distintos entre si, cada qual
constituído de um sanduíche e uma bebida. Sabe-se ham ace
também que:
* um deles pediu um hambúrguer e um suco de la-
− os tipos de sanduíches pedidos eram de pre- ranja
sunto, misto quente e hambúrguer;
Como Reginaldo não pediu hambúrguer, não tomou suco
− Reginaldo pediu um misto quente; de laranja.
− um deles pediu um hambúrguer e um suco de
laranja; * Alcides pediu um suco de uva

− Alcides pediu um suco de uva; Como Alcides pediu uva, não toma outro suco e os outros
não tomam suco de uva.
− um deles pediu suco de acerola.
Como Alcides não pediu laranja, não come hambúrguer,
Nessas condições, é correto afirmar que
então comerá presunto.
a) Alcides pediu o sanduíche de presunto.
Assim, sobrou Ferdinando para tomar suco de laranja
b) Ferdinando pediu o sanduíche de presunto. com hambúrguer.

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pre lar Nem o vestido nem o sapato de Júlia são brancos, e


Márcia está com os sapatos azuis. Desse modo:
Alc mis uva
ham ace a) o vestido de Júlia é azul e o de Ana é preto.
b) o vestido de Júlia é branco e seus sapatos são
pre lar pretos.

Ferd mis uva c) os sapatos de Júlia são pretos e os de Ana são


brancos.
ham ace
d) os sapatos de Ana são pretos e o vestido de
Marisa é branco.
pre lar
Reg mis uva e) o vestido de Ana é preto e os sapatos de Ma-
risa são azuis.
ham ace
15) Os irmãos Ciro, Plínio e Vítor têm alturas e pesos
diferentes.  Considere que
EXERCÍCIOS
• o mais alto é o mais gordo, mas o mais baixo
Em um tribunal, tramitam três diferentes proces- não é o mais magro. 
sos, respectivamente, em nome de Clóvis, Sílvia e
Laerte. Em dias distintos da semana, cada uma dessas • Vítor é mais baixo que Ciro e mais magro que
pessoas procurou, no tribunal, informações acerca do Plínio.
andamento do processo que lhe diz respeito. Na tabela •  Plínio é o mais alto ou Ciro é o mais baixo. 
a seguir estão marcadas com V células cujas informa- Diante do exposto, é correto afirmar que 
ções da linha e da coluna correspondentes e referentes
a esses três processos sejam verdadeiras. a) a ordem crescente dos pesos desses irmãos é:
Plínio, Vítor e Ciro.
 b) Ciro é o mais magro e Plínio é o mais alto.
 c) Plínio é o mais alto e Vítor é o mais gordo.
  d) a ordem decrescente das alturas desses
irmãos é: Ciro, Plínio e Vítor.

16) Cosme, Emiliano e Damião frequentam uma fa-


mosa padaria da cidade. Cada um fez seu pedido, um
delicioso doce e uma saborosa bebida. Entretanto, o
distraído atendente Gomes não anotou corretamente
os lanches. Não obstante, Gomes conhece bem os três
Por exemplo, Sílvia foi procurar informação a res- amigos e facilmente deduziu o que cada um pediu.
peito do processo de sua licença, e a informação sobre Gomes sabe que: 
o processo de demissão foi solicitada na quinta-feira.
• Quem come pudim bebe café. 
Uma célula é marcada com F quando a informa-
ção da linha e da coluna correspondente é falsa, isto é, • Damião sempre pede alfajor. 
quando o fato correspondente não ocorreu.
• Cosme não pediu suco. 
Com base nessas instruções e nas células já preen-
chidas, é possível preencher logicamente toda a tabela. • Aquele que come brigadeiro não bebe capuc-
cino. 
Após esse procedimento, julgue o item a seguir.
Logo: 
13) O processo em nome de Laerte refere-se a demis- a)  Cosme  pediu pudim e café,  Damião  pediu
são e ele foi ao tribunal na quinta-feira. alfajor e capuccino,  Emiliano  pediu brigadeiro
e suco.
Certo ( )
 b) Cosme pediu pudim e
Errado ( )
capuccino, Damião pediu alfajor e café, Emilia-
no pediu brigadeiro e suco.
14) Três amigas encontram-se em uma festa. O vestido
de uma delas é azul, o de outra é preto e o da outra é  c) Damião pediu pudim e café, Emiliano pediu
branco. Elas calçam sapatos dessas mesmas cores, mas alfajor e capuccino, Cosme pediu suco e briga-
somente Ana está com vestido e sapatos da mesma cor. deiro.

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 d) Emiliano pediu pudim e suco, Damião pediu 21) (CESGRANRIO – 2010 - PETROBRÁS) Em um gru-


alfajor e capuccino,  Cosme  pediu brigadeiro e po de 48 pessoas, 9 não têm filhos. Dentre as pessoas
café. que têm filhos, 32 têm menos de 4 filhos e 12, mais de
2 filhos. Nesse grupo, quantas pessoas têm 3 filhos?
e)  Cosme  pediu alfajor e café,  Damião  pediu
pudim e suco, Emiliano pediu brigadeiro e ca- a) 4
puccino.
b) 5
17) (CESGRANRIO – 2009) Maria é mãe de Júlio e irmã c) 6
de Márcia que, por sua vez, é mãe de Jorge. Conclui-
-se que d) 7

a) Jorge é irmão de Júlio. e) 8

b) Júlio é primo de Jorge.


22) (FGV – 2010 – BADESC) Assinale a alternativa que
c) Márcia é irmã de Júlio. destoa das demais quanto à relação existente entre as
duas palavras apresentadas.
d) Maria é prima de Jorge.
a) avião - céu
e) Maria é irmã de Jorge.
b) barco - rio
18) (CESGRANRIO – 2007 – TCE RO) Aldo, Bruno e c) carro - estrada
Célio são amigos. Sabe-se que Aldo não é o mais velho
e que Bruno é o mais novo. É correto afirmar que: d) trem - trilho

a) Aldo não é o mais velho e nem o mais novo. e) ônibus – rodoviária

b) Aldo é o mais novo.


23) (FUNCAB – 2013 – PC ES) Sabendo que Lúcia
c) Bruno é o mais velho. come mais que Maria e menos que Lívia, que Lívia
come menos que Bruna, que come mais que Joana, que
d) Célio é o mais novo.
come mais que Lúcia, determine das cinco mulheres a
e) Célio não é o mais velho e nem o mais novo. que come menos.

a) Lúcia.
19) (CESGRANRIO – 2009) Dulce é mãe de Paulo e
Dirce é filha única e é mãe de Pedro. Pedro é filho de b) Lívia.
José e primo de Paulo. João é pai de Paulo e é filho
c) Maria.
único. Conclui-se que
d) Bruna.
a) Dulce é irmã de José.
e) Joana.
b) Dirce é irmã de José.

c) José é primo de Paulo.


24) Um torneio de tênis é disputado em um clube por
d) Paulo não tem irmãos. quatro jogadores. Cinco torcedores são entrevistados
para darem seus palpites sobre os dois prováveis fi-
e) Pedro é filho de Dulce. nalistas:

Torcedor Palpite
Outras situações-problema: Raciocínio-crítico: 1º Carlos e Davi

20) Eu sou homem. O filho de Cláudio é pai do meu 2º Carlos e Antônio


filho. Nesse caso, o que sou de Cláudio?
3º Antônio e Davi
a) Pai.
4º Beto e Antônio
b) Avô.
5º Davi e Beto
c) Neto.
No final do torneio, verificou-se que um dos torce-
d) Filho. dores acertou os dois finalistas e cada um dos demais
acertou somente um dos finalistas. Então, o torcedor
e) Bisavô. que acertou os dois finalistas foi o

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a) 1º Para que isso ocorra, as placas que devem ser movi-


das são as marcadas com as letras:
b) 2º
a)A,G,J
c) 3º

d) 4º b)A,H,I

e) 5º c)A,B,C

25) (FCC – 2009 – TCE GO) No próximo domingo, d)B,C,E


Dona Marieta completará 100 anos de idade e sua bis-
neta Julieta resolveu presenteá-la construindo a árvo- e)E,G,J
re genealógica de seus descendentes. Para tal, Julieta
usou as seguintes informações: 27) Suponha que para disputar um torneio de tênis
inscreveram- se 2.435 pessoas. Considerando que nes-
- Dona Marieta teve 10 filhos, três dos quais não se jogo não há empates, o perdedor é eliminado do tor-
lhe deram netos e cada um dos demais lhe deu neio e o vencedor segue disputando, então, se todos
3 netos; os inscritos participarem desse torneio, o número de
- apenas quatro dos netos de Dona Marieta não partidas que deverão ser disputadas até que uma úni-
tiveram filhos, enquanto que cada um dos de- ca pessoa se sagre campeã é
mais lhe deu 5 bisnetos;
- dos bisnetos de Dona Marieta, apenas nove a) menor que 1 500
não tiveram filhos e cada um dos outros teve 2
filhos; b) 1 545
- os tataranetos de Dona Marieta ainda não têm c) 1724
filhos.
Nessas condições, é correto afirmar que o total d) 1947
de descendentes de Dona Marieta é
e) 2 434
a) 226

b) 264 28) Considere o diagrama a seguir, em que U é o con-


junto de todos os professores universitários que só le-
c) 268 cionam em faculdades da cidade X, A é o conjunto de
todos os professores que lecionam na faculdade A, B
d)272
é o conjunto de todos os professores que lecionam na
e) 277 faculdade B e M é o conjunto de todos os médicos que
trabalham na cidade X.
26) Dez placas quadradas, cada qual tendo ambas as
faces marcadas com uma mesma letra, foram dispos-
tas na forma triangular, conforme é mostrado na figu-
ra abaixo.

Em todas as regiões do diagrama, é correto repre-


Movendo apenas três dessas placas, a forma trian- sentar pelo menos um habitante da cidade X. A respei-
gular que elas apresentam pode ter sua posição inver- to do diagrama, foram feitas quatro afirmações:
tida:
I. Todos os médicos que trabalham na cidade X
e são professores universitários lecionam na fa-
culdade A.

II. Todo professor que leciona na faculdade A e


não leciona na faculdade B é médico.

III. Nenhum professor universitário que só le-


cione em faculdades da cidade X, mas não le-

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cione nem na faculdade A e nem na faculdade


B, é médico.

IV. Algum professor universitário que trabalha


na cidade X leciona, simultaneamente, nas fa-
culdades A e B, mas não é médico.
Está correto o que se afirma APENAS em

a)I

b)I e III Sabe-se que:

c) I, III e IV. - Pedro não se sentará à frente de Bruno.


- Bruno ficará à esquerda de André e à direita
d)II e IV.
de Sérgio.
e) IV. - Luís irá se sentar à frente de Sérgio.
Nessas condições, é correto afirmar que
29) O esquema de diagramas mostra situação socioe-
a) Pedro ficará sentado à esquerda de Luís.
conômica de cinco homens em um levantamento feito
na comunidade em que vivem. As situações levanta- b) Luís se sentará entre André e Marcos.
das foram: estar ou não empregado; estar ou não en-
dividado; possuir ou não um veículo próprio; possuir c) Bruno ficará à frente de Luís.
ou não casa própria. Situar-se dentro de determinado
diagrama significa apresentar a situação indicada. d) Pedro estará sentado à frente de Marcos.

e) Marcos se sentará entre Pedro e Sérgio.

GABARITO RACIOCÍNIO LÓGICO

SITUAÇÕES-PROBLEMA

1) C 21) B
2) D 22) E
3) D 23) C
4) D 24) C

Analisando o diagrama, é correto afirmar que 5) E 25) C


6) E 26) A
a) A possui casa própria, está empregado e en-
dividado, mas não possui veículo próprio. 7) D 27) E
b) B possui veículo próprio, está empregado, 8) C 28) E
mas não possui casa própria nem está endivi- 9) E 29) E
dado.
10) C 30) B
c) C está endividado e empregado, não possui
casa própria nem veículo próprio. 11) B

d) D possui casa própria, está endividado e em- 12) C


pregado, mas não possui veículo próprio. 13) Certo
e) E não está empregado nem endividado, pos- 14) C
sui veículo próprio, mas não possui casa pró-
15) B
pria.
16) A
30) Seis pessoas, entre elas Marcos, irão se sentar ao re- 17) B
dor de uma mesa circular, nas posições indicadas pe-
18) A
las letras do esquema abaixo. Nesse esquema, dizemos
que a posição A está à frente da posição D, a posição B 19) A
está entre as posições A e C e a posição E está à esquer-
20) D
da da posição F.

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2) Para enfeitar os 14,76 metros de parede de um dos


03 SEQUÊNCIAS LÓGICAS corredores de um colégio, foram pintados quadrados
As sequências lógicas apresentam-se de diversas coloridos nas cores: azul (AZ), amarela (AM), verde
formas: sequência matemática, sequência indutiva uti- (VD), laranja (L) e vermelha (VM), colados um ao lado
lizando números, letras ou figuras. do outro, sempre nessa mesma sequência de cores,
conforme mostra a figura.
Sequências Matemáticas:

Nas sequências matemáticas há uma repetição e


existe uma quantidade fixa de termos que se repetem.

Para efetuar os cálculos, basta dividir o termo que


se quer pelo número de termos que se repetem e veri-
ficar o RESTO. Sabendo que cada quadrado tem 18 cm de lado e
que a sequência foi iniciada com a cor azul, então a cor
Exemplo: do último quadrado será

Hoje é terça-feira. Contando a partir de amanhã, (A) amarela.


qual será o 137º dia?
(B) verde.
A sequência, a partir de quarta-feira, será
(C) laranja.
Q Q S S D S T / Q Q S S D S T/ ... (D) azul.
Veja que cada bloco é constituído de 7 dias. (E) vermelha.
Assim, efetuando a divisão 137/7 = 19 e resto 4.

Assim, teremos 19 blocos inteiros da sequência Q


Q S S D S T e será o quarto dia, que será SÁBADO.

3)
EXERCÍCIOS
Qual é o 70º termo da seqüência de números (an) defi-
1) Uma empresa cercou a lateral do seu terreno com nida acima?
uma grade de ferro, formada por barras paralelas e
pintou cada barra de uma cor, usando as cores amare- a) 2
la (A), rosa (R), branca (B), laranja (L) e vermelha (V),
obedecendo a seguinte ordem: b) 1

A A A A A V V V B B B R R L L L L L..., conforme c) - 1
ilustra a figura. d) - 2

e) – 3

4) (CESGRANRIO – 2010 – PETROBRÁS)

Mantendo-se sempre essa mesma sequência de


cores e suas respectivas quantidades e sabendo que a
grade toda possui 403 barras, a última barra será da De acordo com a sequência numérica apresentada aci-
cor ma, o décimo termo da sequência será igual a

(A) rosa. a) - 3

(B) laranja. b) - 2

(C) vermelha. c) 6

(D) branca. d) 8

(E) amarela. e) 12

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5) (CESGRANRIO – 2010 – PETROBRÁS) Na sequên- 4+3=7


cia numérica 3, 4, 5, 6, 7, 3, 4, 5, 6, 7, 3, 4, 5, 6, 7, 3, 4, 5,
6, 7, o 1001º termo é o número 7 + 4 = 11

a) 3 Veja que o número somado está em ordem crescen-


te, então o próximo será
b) 4
11 + 5 = 16.
c) 5
Dados 5 elementos, já teremos segurança que este
d) 6
é o fator gerador da sequência, desde que o descubra-
e) 7 mos, claro.

Quando a sequência é longa, seja com números ou


6) (FGV – 2007 – FNDE) Na seqüência de algarismos letras, é porque está demorando para dar tal seguran-
1, 2, 3, 4, 5, 4, 3, 2, 1, 2, 3, 4, 5, 4, 3, 2, 1, 2, 3, ....., o 2007º ça. Em caso de números, provavelmente haverá opera-
algarismo é: ções matemáticas variáveis (soma e multiplicação con-
juntas, por exemplo). Poderá também haver sequência
a) 1.
pulando um elemento, ou seja, analisando de 2 em 2
b) 2. posições salteadas.

c) 4. Mas quando esgotam-se as tentativas e não desco-


brimos qualquer operação matemática, há termos que
d) 5. podem estar compondo tais sequências, são eles:
e) 3. * Números primos (2;3;5;7;11;13;17;...)
* Quadrados perfeitos (1;4;9;16;25;...)
Sequências Indutivas: * Números cuja escrita começa com a mesma le-
tra. Por exemplo: 2, 10, 12, 16, ... O próximo seria
Há sequências que apresentam elementos iniciais
17 porque todos começam com “D”.
e devemos descobrir o que gera tais sequências, deter-
minando os termos solicitados. * Posição do número na sequência. Exemplo: 2,
4, 4, 6, 5, .... Esta sequência é formada por UM
Estas sequências podem ser formadas por núme- (2 letras), DOIS (4 letras), TRÊS ( 4 letras), QUA-
ros, letras, figuras ou até mesmo formadas com a jun- TRO (6 letras) CINCO (5 letras); então a próxi-
ção destes elementos. ma será SEIS (4 letras). Assim, o próximo núme-
ro será 4.
Veremos alguns casos mais comuns.

EXERCÍCIOS
Sequências de números:

As sequências de números geralmente estão pau- 7) Em uma sequência de números inteiros, o 1º termo
tadas em operações matemáticas de soma/subtração e vale 6, o 2º termo vale 1 e, a partir do 3º, cada termo
multiplicação/divisão. corresponde àquele que o antecede em duas posições
subtraído daquele que o antecede em uma posição.
Geralmente começamos nossa análise pela soma.
Se não encontrarmos uma periodicidade na soma, O 7º termo desta sequência será 
pensamos em multiplicação.
 a) 22.
A lógica de qualquer sequência é dar uma seguran-
 b) 7.
ça, ou seja, uma vez descoberto o que gera tal sequên-
cia, haverá um número de elementos tais que nos dará  c) 2.
segurança que é aquele fator gerador.
 d) –2.

Exemplo: 8) Verificando a sequência 8, 10 , 11, 14, 14, 18, 17, 22,


..., o valor do próximo termo é:
1,2,4,7,11,....
a) 18
O que gera tal sequência?
b) 19
1+1=2
c) 16
2+2=4 d) 21

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e) 20 13) Considere que os termos da sequência seguinte fo-


ram obtidos segundo determinado critério:
9) Verificando a sequência 3, 2, 3, 8, 3, 48, 3 ,384, 3, ..., o
valor do próximo termo é:

a) 1536

b) 3072
Se x/y é o nono termo dessa sequência, obtido de acor-
c) 3840 do com esse critério, então a soma x + y é um
d) 768 Número
e) 1920 a) menor que 400.

b) múltiplo de 7.
10) Considere que os termos da sequência seguinte
foram sucessivamente obtidos segundo determinado c) ímpar.
padrão: (3, 7, 15, 31, 63, 127, 255, ...). O décimo termo
dessa sequência é d) quadrado perfeito.

a) 1537. e) maior que 500

b) 1929. 14) Efetuando as multiplicações 2 × 2 , 4 × 4 , 6 × 6 , 8 ×


8 , ... , temos uma sequência de números representada
c) 1945.
a seguir pelos seus quatro primeiros elementos:
d) 2047.
(4 , 16 , 36 , 64 , ... ).
e) 2319.
Seguindo a mesma lógica, o 1000° elemento des-
11) Considere que os números que compõem a se- sa sequência será 4.000.000 e o 1001° elemento será
quência seguinte obedecem a uma lei de formação. 4.008.004. Dessa forma, o 1002° elemento será

a) 4.016.008.
(120; 120; 113; 113; 105; 105; 96; 96; 86; 86; . . .)
b) 4.008.036.
A soma do décimo quarto e décimo quinto termos
c) 4.016.036.
a)ímpar.
d) 4.008.016.
b)menor do que 100
e) 4.016.016.
c) divisível por 3

d) maior do que 130 15) Na sequência (1; A; 2; 3; B; 4; 5; 6; C; 7; 8; 9; 10; D; 11;


. . .) o terceiro termo que aparece após o aparecimento
e) múltiplo de 5 da letra J é:

a) 69.
12) Considere que os termos da seqüência seguinte fo-
b) 52.
ram obtidos segundo determinado padrão:
c) K.

d) 58.

e) 63.
Se, de acordo com o padrão estabelecido, y/x é o déci-
mo primeiro termo dessa seqüência, então x + y é um 16) Na sequência (4; 11; 32; 95; . . .) a diferença entre o
número compreendido entre 6º e o 4º termo é, nessa ordem, igual a
a) 100 e 150 a) 280.
b) 150 e 200 b) 637.
c) 200 e 250 c) 756.
d) 250 e 300 d) 189.
e) 350 e 400 e) 567.

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17) O próximo número da sequência 17, 25, 57, 185,


697,... é

a) 1.058.

b) 1.432.

c) 1.977.

d) 2.745.

e) 2.836.
Continuando a criar fileiras dessa maneira é possível
concluir, corretamente, que a soma entre o 3o termo
18) Com frequência, operações que observam certos da 7a fileira, o 8o termo da 9a fileira e o 1o termo da 5a
padrões conduzem a resultados curiosos: fileira é igual a:

a) 7

b) 4

c) 8

d) 12

e) 9

Calculando 111111111 × 111111111 obtém-se um nú- Sequências de Letras:


mero cuja soma dos algarismos está compreendida
entre As sequências de letras geralmente estão relacio-
nadas com a sequência do nosso alfabeto de 26 letras,
a) 115 e 130. sejam em ordem crescente ou decrescente.

b) 100 e 115 Quando não há relação com alfabeto, pode ainda


haver as seguintes situações:
c) 85 e 100.
* Dias da semana: S T Q Q S S D
d) 70 e 85.
* Meses do ano: J F M A M J J A S O N D
e) 55 e 70.
* Pode haver alguma relação das letras com al-
gum número que haja entre as letras, no caso de
19) Observando os resultados das multiplicações indi- letras e números.
cadas a seguir, pode-se identificar um padrão.

EXERCÍCIOS

21) Uma propriedade comum caracteriza o conjunto


de palavras seguinte:
De acordo com esse padrão, o resultado da multiplica-
ção 1010101 × 1010101 é igual a MARCA - BARBUDO - CRUCIAL - ADIDO -
FRENTE - ?
a) 1234321.
De acordo com tal propriedade, a palavra que, em se-
b) 102343201.
quência, substituiria corretamente o ponto de interro-
c) 10023032001. gação é

d) 1020304030201. a) HULHA.

e) 1002003004003002001. b) ILIBADO.

c) FOFURA.

d) DESDITA.
20) Observe, abaixo, a sequência de dígitos em fileiras
que contêm sempre os mesmos algarismos. e) GIGANTE

64
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Matemática

22) Abaixo tem-se uma sucessão de grupos de três le-  a) T, U


tras, cada qual seguido de um número que o represen-
ta, entre parênteses.  b) J, E

 c) J, J
ABH(11) – DBX(30) – MAR(32) – KIT(40) –
CYN(42)  d) Q, I
Considerando que o número representante de cada  e) E, J
grupo de letras foi escolhido segundo determinado
critério e o alfabeto usado é o oficial, ou seja, tem 26 27) Considere a sequência: (P, 3, S, 4, W, 5, B, 4, F, 3,
letras, então, segundo o mesmo critério, o grupo PAZ ......)
deve ser representado pelo número
De acordo com a lógica observada nos primeiros ele-
a)31 mentos da sequência, o elemento, dentre os apresenta-
b)36 dos, que a completa corretamente é

c)40 a) C

d)43 b) G

e)46 c) I

d) 2
23) Avareza está para generosidade assim como:
e) 4
 a) Ira está para paciência.

 b) Gula está para humildade.  28) Considere que os dois primeiros pares de palavras
foram escritos segundo determinado critério.
 c) Vaidade está para inveja. 

 d) Inveja está para preguiça.

 e) Luxúria está para gula.

24) Na sequência (1; A; 2; 3; B; 4; 5; 6; C; 7; 8; 9; 10; D; 11;


. . .) o terceiro termo que aparece após o aparecimento
da letra J é: De acordo com esse mesmo critério, uma palavra que
a) 69. substituiria o ponto de interrogação é

b) 52. a)ramas

c) K. b)maras

d) 58. c)armas.

e) 63. d)samar

e)asmar.
25) No código secreto combinado entre Mônica e Ali-
ce, a frase QUERO SAIR HOJE é escrita RVFSP TBJS
IPKF. Mônica quer mandar uma mensagem para Alice 29) Cada célula do quadriculado abaixo deve ser pre-
dizendo VAMOS AO CINE? Ela deve então escrever: enchida de modo a formar uma palavra e, para tal, de-
vem ser usadas exatamente duas letras de cada uma
a) RAFGT BP DHMF? das palavras: RIJO, TREM, PUMA e LOAS.
b) XYNPR AF EIPG?

c) WBNPT BP DJOF?

d) WCNOT CR EJOG?
Considerando que cada célula deverá ser ocupada por
e) XBMPQ BO EJOF?
uma única letra, em posição diferente daquela onde
ela se encontra nas palavras dadas, qual das palavras
26) Na sequência a seguir, quais letras cor- seguintes poderá ser formada?
respondem às lacunas “ - ”, respectivamente: 
A L ! B K @ C - # D I $ - H % F  a) PURA.

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b) AMOR. EXERCÍCIOS

c) TOLA.
Do chamado “Jogo da Velha” participam duas pes-
d) ROMA. soas que, alternadamente, devem assinalar suas joga-
das em uma malha quadriculada 3 x 3: uma, usando
e) MOLA. apenas a letra X para marcar sua jogada e a outra,
apenas a letra O. Vence o jogo a pessoa que primeiro
30) Observe a sequência: A2, B4, C6, D8, .... O próximo conseguir colocar três de suas marcas em uma mesma
termo é: linha, ou em uma mesma coluna, ou em uma mesma
diagonal.
a) E9

b) E10 33)
c) F10

d) F12

e) G9

31) Continuando a seqüência de letras F, N, G, M, H, Para que, com certeza, a partida termine com uma vi-
..., ..., temos, respectivamente, tória de Eunice, então, ao fazer a sua terceira jogada,
em qual posição ela deverá assinalar a sua marca?
a) O, P.
(A) Somente em (2).
b) I, O.
(B) Somente em (3).
c) E,P.
(C) Em (3) ou em (5).
d) L, I.
(D) Em (1) ou em (2).
e) D, L.
(E) Em (2) ou em (4).

32) (FGV-2010) Observe a sequência de palavras


34) A figura abaixo mostra duas jogadas assinaladas
AMOR em uma grade do “Jogo da Velha”.
MORA

ORAM

A próxima palavra dessa sequência é:

a) ARMO

b) MOAR A alternativa em que as duas jogadas assinaladas NÃO


são equivalentes às que são mostradas na grade dada é
c) OMAR

d) ROMA

e) RAMO

Sequências com figuras:

As sequências com figuras podem ser formadas


percebendo uma relação entre a figura e sua posição
na sequência.

Isto acontece com figuras com números de pontos,


quadrados, etc.

Há também situações onde as figuras GIRAM NO


PLANO, seja no sentido horário ou anti-horário.

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Matemática

37) Observando o 1º , 2º e 3º quadrados abaixo, tem-se


2 quadradinhos brancos no 1° ; 6 quadradinhos bran-
cos no 2° e 12 quadradinhos brancos no 3º. Se conti-
nuarmos a formar quadrados até a 7ª posição então a
soma de todos os quadradinhos brancos até a 7ª posi-
ção será igual a:

35) Observe as figuras a seguir. 

a) 168

b) 126

c) 240

d) 112
A soma dos valores de X e Y é igual a

 a) 34
38) Observe a sequência:
 b) 38

 c) 42

 d) 45

 e) 49 O próximo desenho é:

36) Marque a alternativa que corresponde à figura


omitida em “?” na gravura apresentada: 

39) Cada figura da sequência a seguir é formada por


um pentágono e uma circunferência. Giros de 90 graus
no sentido horário formam o padrão de alteração do
pentágono. A circunferência sempre está localizada so-
bre um dos vértices do pentágono e muda de um vér-
tice para outro, sem pular nenhum vértice, e seguindo
orientação anti-horária, em relação ao pentágono.

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10) D 30) B
11) A 31) D
Dessa maneira, a 19.ª figura da sequência é: 12) D 32) E
13) D 33) C
14) E 34) B
15) D 35) D
16) C 36) B
17) D 37) A
18) D 38) E
19) D 39) A
20) E 40) D

ANOTAÇÕES

40) Considere que a regra de formação das figuras


seguintes permaneça a mesma.Pode-se afirmar que o
número de quadrados brancos da 10.ª figura será:

a) 100

b) 109.

c) 112

d) 121

e) 144

GABARITO SEQUÊNCIAS LÓGICAS

1) C 21) C
2) A 22) D
3) D 23) A
4) A 24) D
5) A 25) C
6) E 26) B
7) A 27) C
8) E 28) C
9) C 29) B

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03 HISTÓRIA

01 PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL


02 O NAZI-FASCISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
03 A GUERRA FRIA
04 GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS
05 A REVOLUÇÃO DE 1930 E A ERA VARGAS
06 AS CONSTITUIÇÕES REPUBLICANAS
07 A ESTRUTURA POLÍTICA E OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO PERÍODO
MILITAR
08 A ABERTURA POLÍTICA E A REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL

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História

O NAZI-FASCISMO E A SEGUNDA
HISTÓRIA GERAL 02
GUERRA MUNDIAL
Em uma atmosfera de grande depressão, causada
pelos efeitos da crise de 1929 sobre a economia alemã
- entre eles uma inflação descontrolada e o desempre-
01 PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL go em massa -, chegou ao poder em 1933, sob a lide-
rança de Adolf Hitler, o Partido Nacional Socialista da
Alemanha. Apoiado na ideologia anti-semita do nazis-
A Primeira Guerra Mundial iniciou o primeiro
mo, o programa de governo de Hitler visava à recu-
grande conflito internacional do século vinte. O assas-
peração econômica e militar do país e à revisão dos
sinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro
termos do Tratado de Versalhes, assinado por ocasião
do trono austro-húngaro, e de sua esposa, a arquidu-
da Conferência de Paz de Paris de 1919.
quesa Sofia, em Saraievo, no dia 28 de junho de 1914,
desencadeou as hostilidades que começaram em agos- França e Inglaterra, por seu lado, desejavam man-
to de 1914 e se prolongaram por várias frentes durante ter uma política não-intervencionista na Europa, para
os quatro anos seguintes. evitar qualquer novo confronto armado. Foi essa a po-
sição que adotaram diante da guerra civil espanhola,
Durante a Primeira Guerra Mundial, as Potências que teve início em 1936. E foi essa a reação que tiveram
Unidas – Grã-Bretanha, França, Sérvia e Rússia diante das reivindicações territoriais de Hitler, numa
Imperial (às quais se uniram posteriormente Grécia, política conhecida como appeasement. Além de permi-
Portugal, Romênia e Estados Unidos) – lutaram contra tir o envio de tropas alemãs à zona desmilitarizada do
as Potências Centrais - Alemanha e Império Austro- Reno e a incorporação da Áustria à Alemanha, França
Húngaro (às quais se uniram posteriormente o Império e Inglaterra endossaram a anexação pela Alemanha da
Turco Otomano e a Bulgária). região dos Sudetos, na Tchecoslováquia, através dos
Acordos de Munique de 1938. Essa decisão só contri-
Apesar das varias conquistas alemãs, que tiraram a buiu para legitimar a política externa expansionista de
Rússia bolchevique da Guerra no final de 1918 e cujas Berlim que, após a assinatura do pacto de não-agres-
tropas chegaram aos portões de Paris em meados do são com a União Soviética, ordenou a invasão da me-
ano seguinte, os exércitos dos Poderes Unidos conse- tade ocidental da Polônia, iniciada em 1° de setembro
guiram vencer o exército alemão no rio Marne. de 1939. Dois dias depois, cumprindo o compromisso
assumido com o governo polonês em março de 1939
A partir de então, eles avançaram persistentemente
de garantir a integridade territorial polonesa, França e
em direção às linhas alemãs na Frente Ocidental, de
Inglaterra declararam guerra à Alemanha. Começou aí
8 de agosto a 11 de novembro de 1918, operação que
a guerra na Europa.
ficou conhecida como “A Ofensiva dos Cem Dias”.
Não demorou muito para que outros países eu-
As Potências Centrais começaram a se render, ini- ropeus, alvo da política de ocupação alemã, se vis-
ciando-se pela Bulgária e pelo Império Otomano [atu- sem envolvidos no conflito. Foi o que aconteceu com
al Turquia e Oriente Médio], em setembro e outubro, Dinamarca, Noruega, Bélgica e Holanda. Por outro
respectivamente. Em 3 de novembro, as forças austro lado, o Japão, que buscava a constituição da Grande
-húngaras assinaram uma trégua próximo a Pádua, na Ásia, já se alinhara à Alemanha desde a assinatura do
Itália. Pacto Anti-Komintern, em janeiro de 1936. E a Itália,
sob o signo do fascismo implantado por Mussolini,
Às 11 horas do dia 11 de novembro (11/11) de 1918, igualmente decidira apoiar o governo de Hitler, com
os combates na Frente Ocidental cessaram. A “Grande base no Pacto Ítalo-Germânico, de março de 1936, for-
Guerra”, como seus contemporâneos a denominavam, mando o eixo Roma-Berlim.
havia terminado mas o enorme impacto do conflito
nas esferas internacionais, políticas, econômicas e so- A União Soviética, que até então vinha adotando
ciais ainda seria sentido por décadas. uma posição de quase aliança com a Alemanha, termi-
nou por declarar guerra a esse país após ter seu territó-
A Primeira Guerra Mundial foi uma das guerras rio atacado pelos alemães em junho de 1941. Foi tam-
mais destrutivas da história moderna. Quase dez mi- bém em 1941, em seguida ao ataque japonês a Pearl
lhões de soldados morreram como resultado das lutas, Harbor no mês de dezembro, que os Estados Unidos
um número que excedeu, em muito, as perdas mili- decidiram se unir militarmente às forças aliadas.
tares de todas as guerras dos cem anos anteriores em
conjunto. Até cerca de junho de 1942, a guerra se caracteri-
zou pela expansão vitoriosa das forças do Eixo, com
Embora seja difícil fazer uma estimativa precisa do a crescente ocupação de territórios. A partir de então,
número de baixas, calcula-se que aproximadamente 21 até fevereiro de 1943, foi a fase de contenção do Eixo e
milhões de homens foram feridos em combate. início da contra-ofensiva dos Aliados.

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Finalmente, a partir das vitórias contra os alemães ideias e facilita o comercio internacional; a crescente
no norte da África, foi-se consolidando a ofensiva alia- ampliação do fluxo de troca de mercadorias no am-
da, com a recuperação dos territórios ocupados pelos biente internacional; o crescimento e aperfeiçoamento
alemães, italianos e japoneses. dos sistemas de transportes multimodais; etc.

Os italianos renderam-se aos Aliados em setembro As políticas neoliberais perseguidas ao final dos
de 1943, com a assinatura de um acordo de paz em anos 70 e no começo dos 80 por parte dos governos
separado, embora tropas alemãs permanecessem em nacionais dos países centrais constituem precisamente
seu território. Em 7 de maio de 1945 o governo alemão uma tentativa de ‘remercadorização’ de suas econo-
capitulou, pondo fim à guerra na Europa. Finalmente, mias.
em 14 de agosto do mesmo ano, o Japão se rendeu
às forças aliadas, em seguida ao lançamento pelos
Estados Unidos de duas bombas atômicas sobre as ci-
dades de Hiroshima e Nagasaki.
HISTÓRIA DO BRASIL
Durante os seis anos de guerra, estima-se a perda
de 50 milhões de vidas, entre militares e civis. Destes,
mais de cinco milhões de judeus foram exterminados
em campos de concentração nazistas, como parte da A REVOLUÇÃO DE 1930 E A ERA
política anti-semita de Hitler. 05
VARGAS
Assim que assumiu o poder em 1930, no chama-
03 A GUERRA FRIA do “governo provisório”, Getúlio Vargas suspendeu a
Constituição em vigor, fechou o Congresso Nacional,
as assembléias estaduais e municipais e nomeou pes-
A Guerra Fria foi um período em que a guerra
soas de sua confiança para o Governo dos estados, os
era improvável, e a paz, impossível. Com essa frase,
chamados interventores, em geral tenentes.
o pensador Raymond Aron definiu o período em que
a opinião pública mundial acompanhou o conturba- Nesse período criou os Ministérios da Educação e
do relacionamento entre os Estados Unidos e a União Saúde Publica e o do Trabalho, Indústria e Comércio.
Soviética. Criou ainda dois novos ministérios: o da Educação e
Saúde Pública e o do Trabalho, Indústria e Comércio,
A divisão do mundo em dois blocos, logo após a
o que deu ao ser governo um viés social.
Segunda Guerra Mundial, transformou o planeta num
grande tabuleiro de xadrez, em que um jogador só Em 1932 uma Revolução Constitucionalista, pro-
podia dar um xeque-mate simbólico no outro. Com eminentemente paulista, tentou derrubar Vargas.
arsenais nucleares capazes de destruir a Terra em ins- Mesmo derrotada conseguiu com que o presidente
tantes, os jogadores, Estados Unidos e União Soviética, convocasse em 1933 uma Assembléia Constituinte.
não podiam cumprir suas ameaças, por uma simples
questão de sobrevivência.
GOVERNO CONSTITUCIONAL
A paz era impossível porque os interesses de ca-
pitalistas e de comunistas eram inconciliáveis por na- Alinhado com as tendências políticas emergen-
tureza. E a guerra era improvável porque o poder de tes na Europa, o Presidente tendia ao totalitarismo, a
destruição das superpotências era tão grande que um exemplo de Mussolini, na Itália, e Hitler, na Alemanha.
confronto generalizado seria, com certeza, o último. Tais regimes políticos de caráter ditatorial e militarista,
Hoje, podemos ver isso claramente. Mas, na época, a receberam o nome de nazi-fascismo.
situação se caracterizava como o equilíbrio do terror.
A Ação Integralista Brasileira, partindo de inspira-
ção fascista, apoiada por grandes proprietários, empre-
sários, elementos da classe média e oficiais das Forças
Armadas, surgiu em meio a esse contexto. Seus defen-
GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS
04 sores pregavam a criação, no Brasil, de um Estado inte-
NEOLIBERAIS gral, isto é, de uma ditadura nacionalista com um úni-
co partido no poder. Seu líder, Plínio Salgado, tinha
O termo globalização está relacionado ao proces- por lema “Deus, Pátria e Família” e representava os
so de difusão de valores, ideias, formas de produção radicais defensores da propriedade privada, pregando
e trocas comerciais que vão além das fronteiras físicas a luta contra o avanço comunista.
dos Estados nacionais.
Nesse período, opondo-se frontalmente aos inte-
Hoje, no processo de globalização podemos desta- gralistas, constituiu-se uma aliança de esquerda, a
car: a grande cobertura mundial das redes de comuni- Aliança Nacional Libertadora (ANL), liderada pelo
cação, o que permite alta velocidade na propagação de Partido Comunista Brasileiro (PCB).

4
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História

Além de comunistas, a ANL agregava também A Constituição, outorgada imediatamente após o


socialistas e liberais democratas, em geral membros golpe, havia sido elaborada por Francisco Campos e
da classe média, operários e elementos das Forças inspirada na Constituição fascista da Polônia, chama-
Armadas. da por isso de “Polaca”. Nela, o poder político con-
centrava-se completamente nas mãos do Presidente da
Pregavam a reforma agrária, o estabelecimento de um República, a “ autoridade suprema do Estado”, subor-
governo popular-democrático, a nacionalização de em- dinando o Legislativo e o Judiciário.
presas estrangeiras e o cancelamento da dívida externa.
A ditadura de Vargas apoiava-se, ainda, no controle
A ANL cresceu rapidamente em todo o País, frente sobre a imprensa. Para isso, criou-se o Departamento
ao avanço da economia urbano-industrial e à crescen- de Imprensa e Propaganda (DIP), encarregado da cen-
te ameaça ditatorial fascista. Apesar de sua populari- sura dos meios de comunicação, além da divulgação
dade, em julho de 1935, o governo de Getúlio Vargas de uma imagem positiva do Estado Novo, influencian-
declarou-se ilegal com base na Lei de Segurança do a opinião pública. Nesse período começou a ser
Nacional. transmitido, por rede de rádio, o programa “Hora do
Brasil”.
O fechamento das sedes aliancistas e a prisão de
alguns de seus membros motivaram um levante, lide- Para controlar o aparelho de Estado, foi criado o
rado pelos comunistas, em novembro de 1935. A cha- Departamento Administrativo do Serviço Público
mada Intentona Comunista, desencadeada em Natal, (DASP), o qual assumiu o comando sobre a administra-
Recife e Rio de Janeiro, foi rapidamente sufocada pelo ção e o serviço público. No nível estadual, Vargas im-
Governo Federal. punha os interventores e proibia a utilização de bandei-
ras, hinos e outros símbolos que não fossem nacionais.
A Intentona foi, porém, utilizada pelo Governo
como pretexto para a decretação do estado de sítio, Contra os opositores do regime, ampliou os pode-
mantido durante os anos de 1936 e 1937, o que garan- res das polícias estaduais, especialmente da polícia po-
tiu plenos poderes ao Presidente no combate às agita- lítica, comandada por Felinto Müller. Ocorreram mui-
ções políticas. tas prisões e maus-tratos, sendo as torturas constantes.

No plano trabalhista, Vargas estabeleceu um rí-


ESTADO NOVO (DITADURA VARGAS) gido controle sobre os sindicatos, submetendo-os ao
Ministério do Trabalho e impondo-lhes lideranças fi-
O mandato de Getúlio terminaria 1937, assim, éis ao regime. Manteve ainda sua política paternalista,
teve início a campanha eleitoral para a sucessão do concedendo novos benefícios trabalhistas, como salário
Presidente, para a qual se apresentaram três candida- mínimo e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
tos: Armando Sales Oliveira, pela ANL; José Américo
de Almeida, aparentemente apoiado pelo Presidente; e Com a extinção dos partidos políticos, os integra-
o líder integralista Plínio Salgado. listas romperam com Vargas, tentando um golpe de
Estado em 1938, atacando o Palácio do Catete, a sede
Getúlio, todavia, não pretendia deixar a Presidência governamental. Um golpe frustrado.
e, juntamente com dois chefes militares, generais
Eurico Gaspar Dutra e Góis Monteiro, arquitetou um Durante o Governo Vargas, a economia brasilei-
golpe de Estado. A intenção do Presidente era conse- ra modernizou-se e diversificou-se. Na agricultura, o
guir o apoio de setores sociais temerosos com o avanço Governo obteve êxito na aplicação da política de valo-
da esquerda. rização do café, com a queima dos excedentes e fixação
de taxas de exportação. Em outros setores da agricul-
Para isso, fez-se circular uma história segundo a tura, o incentivo governamental propiciou o aumento
qual os comunistas planejavam tomar o poder, assassi- da produção e a diversificação dos cultivos.
nar as principais lideranças políticas do País, incendiar
as Igre­jas, desrespeitar lares, etc. O plano, que vinha A indústria teve um impulso considerável, espe-
assinado por um desconhecido chamado Cohen, era, cialmente a partir de 1940. De um lado, o início da
na verdade, uma farsa: o Plano Cohen fora forjado por Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) dificultava as
alguns militares integralistas, desejosos da instalação importações, incentivando mais uma vez o processo
de um regime ditatorial de direita. de substituição dos produtos importados por nacio-
nais. Por outro, o intenso apoio governamental esti-
A suposta ameaça comunista garantiu a prorroga- mulava a implantação de novas fábricas, a ampliação
ção do estado de sítio. Muitos opositores foram presos das já existentes e a montagem da indústria de base,
e a imprensa sofreu violenta censura. O êxito do plano como a Companhia Siderúrgica Nacional.
de Vargas completou-se em novembro de 1937, quan-
do, usando a Polícia Militar, determinou o fechamento Visando a obtenção de matéria-prima para a in-
do Congresso Nacional, suspendeu a realização das dústria pesada, Vargas criou a Companhia Vale do Rio
eleições presidenciais, extinguiu os partidos políticos Doce. Surgiram, assim, grandes empresas estatais que
e outorgou uma nova Constituição. Inaugurava-se o garantiriam o suprimento de produtos indispensáveis
Estado Novo. ao desenvolvimento das demais indústrias.

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PM/SP - SOLDADO

Preocupado ainda com o fornecimento de ener- Neste período o país foi chamado de Estados
gia que movimentasse o parque industrial brasileiro, Unidos do Brasil e o regime era presidencialista.
o Governo criou o Conselho Nacional do Petróleo. O
órgão deveria controlar a exploração e o fornecimento
desse produto e seus derivados. CONSTITUIÇÃO DE 1934

Quando teve início a Segunda Guerra Mundial, Os primeiros anos da Era de Vargas caracterizaram-
em 1939, o governo brasileiro adotou uma posição de -se por um governo provisório (sem constituição). Só em
neutralidade. Não manifestou apoio nem aos Aliados 1933, após a derrota da Revolução Constitucionalista
(Inglaterra, Estados Unidos, França e União Soviética), de 1932, em São Paulo, é que foi eleita a Assembléia
nem aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Essa Constituinte que redigiu a nova constituição. O país
posição garantiu ao Brasil vantagens comerciais e a ob- continuou a ser chamado de Estados Unidos do Brasil
tenção de empréstimos junto aos países beligerantes. e foram introduzidas leis trabalhistas.

Obtendo maiores vantagens econômicas junto aos


aliados (EUA), pois com eles conseguiu o capital para CONSTITUIÇÃO DE 1937
a construção da Usina de Volta Redonda, Vargas viu-
-se pressionado a apoiar as potências aliadas e, em ja- Foi apelidada de Constituição Polaca. Como seu
neiro de 1942, rompeu relações com os países do Eixo. mandato terminaria em 1938, para permanecer no po-
A participação do Brasil na luta contra os regimes dita- der Vargas deu um golpe de estado tornando-se dita-
toriais europeus criou uma contradição interna, o que dor. O regime implantado, de clara inspiração fascista,
acabou por enfraquecer as bases do Estado Novo. ficou conhecido como Estado Novo.

O Brasil lutava contra as ditaduras nazi-fascistas,


pela liberdade, enquanto mantinha um regime ditato- CONSTITUIÇÃO DE 1946
rial. A oposição à ditadura de Vargas ganhou espaço,
sendo realizadas diversas manifestações pela redemo- Foi fruto do processo de redemocratização após a
cratização do País. queda de Getúlio Vargas. Ampliou a autonomia polí-
tico-administrativa dos Estados e Municípios e asse-
Sem saída, Vargas foi restabelecendo a democracia gurava direito de greve e de livre associação sindical.
no País. Marcou a realização de eleições gerais para 2
de dezembro de 1945. Permitiu abertura política, as- Constituição de 1967 Fruto do autoritarismo foi
sim surgiram novos partidos políticos para a disputa emendada em 1969, absorvendo instrumentos ditato-
eleitoral. riais como os do AI-5 (ato institucional nº 5) de 1968. O
país era denominado República Federativa do Brasil.
O fim da Segunda Guerra dividiu o movimento de
oposição ao Governo: enquanto alguns, especialmente
udenistas, desejavam a deposição imediata de Vargas, CONSTITUIÇÃO DE 1988
outros acreditavam que a transição para a democracia
A chamada “Constituição Cidadã”. O nome do
deveria ser gradual, tendo Vargas à frente.
país continuou República Federativa do Brasil.
Essa facção liderou um movimento popular que re-
Trata-se de uma Carta promulgada (feita legalmen-
cebeu o nome de Queremismo, pois, em suas manifes-
te). Em 1993, 5 anos após a promulgação da constitui-
tações, gritava-se: “queremos Getúlio”.
ção, o povo foi chamado a definir, através de plebisci-
A 29 de outubro de 1945, porém, as Forças Armadas to, alguns pontos sobre os quais os constituintes não
obrigaram Getúlio a renunciar à presidência. Em haviam chegado a acordo, forma e sistema de governo.
seu lugar assumiu o ministro do Supremo Tribunal O resultado foi a manutenção da república presiden-
Eleitoral José Linhares, que garantiu a realização das cialista.
eleições na data prevista, as quais foram vencidas por
Eurico Gaspar Dutra.

A ESTRUTURA POLÍTICA E OS
07 MOVIMENTOS SOCIAIS NO
03 AS CONSTITUIÇÕES REPUBLICANAS PERÍODO MILITAR
CONSTITUIÇÃO DE 1891 Em 31 de março, as tropas golpistas começam a se
deslocar de Minas Gerais para o Rio de Janeiro.
Logo após a proclamação da república predomina-
ram interesses ligados à oligarquia latifundiária, com Esboçou-se alguma resistência no meio sindical e
destaque para os cafeicultores. Essas elites influen- no movimento estudantil, entretanto, essa resistência
ciando o eleitorado ou fraudando as eleições (“voto de foi desorganizada e desestimulada pela própria atitu-
cabresto”) impuseram seu domínio sobre o país. de de João Goulart.

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História

Como muitos outros, Jango achava que seria um sistema político-partidário sobre o Estado, considera-
“golpe passageiro”, e dali a alguns anos, novas elei- do como um espaço de decisão política acima dos inte-
ções seriam convocadas. Afinal, fora assim em 1945 e resses sociais, pretensamente técnico e administrativo,
em 1954, por ocasião das intervenções militares para comandado pelos militares e pelos civis “tecnocratas”.
depois Getúlio Vargas.
Entretanto, o primeiro Ato Institucional já configu-
Desde o início a ditadura militar buscou ter um rava o novo regime como uma ditadura. Explicitamente
aparato legal, como forma de se institucionalizar e de afastava o princípio da soberania popular, ao declarar
se legitimar perante a opinião pública, sobretudo a li- que “a revolução vitoriosa como Poder Constituinte se
beral, que tinha apoiado a destituição de Jango. Nesse legitima por si mesma”. Dessa forma, concedeu am-
sentido, o golpe contou com apoio de setores ancora- plos poderes ao Executivo para decretar Estado de sí-
dos no Congresso Nacional e de juristas conservado- tio e suspender os direitos políticos dos cidadãos por
res. até dez anos; cassar mandatos políticos sem a necessá-
ria apreciação judicial; também suspendeu as garan-
Foi formalizado na madrugada do dia 2 de abril, no tias constitucionais ou legais de estabilidade no cargo,
Congresso Nacional, mas sem amparo na Constituição, ficando assim o governo livre para demitir, dispensar,
pois o cargo foi declarado vago enquanto o presidente reformar ou transferir servidores públicos.
continuava no território nacional e sem ter renunciado
nem sofrido impeachment. Somente numa dessas três Como consequência imediata houve uma onda de
circunstâncias, além da morte, isso poderia acontecer. cassações de mandatos de opositores, de demissão de
servidores militares e civis, e numerosas prisões. Nos
O presidente da Câmara, deputado Ranieri Mazilli, primeiros 90 dias, milhares de pessoas foram presas,
foi empossado como presidente interino. Os políticos ocorreram as primeiras torturas e assassinatos. Até
golpistas tentaram assumir o controle do movimento, junho tinham sido cassados os direitos políticos de
mas foram surpreendidos: os militares não devolve- 441 pessoas, entre elas os dos ex-presidentes Juscelino
ram o poder aos civis, sinalizaram que tinham chega- Kubitschek, Jânio Quadros, e João Goulart, de seis go-
do para ficar. Imediatamente criaram um Comando vernadores, 55 congressistas, diplomatas, militares,
Revolucionário formado pelo general Costa e Silva sindicalistas, intelectuais. Além disso, 2.985 funcioná-
(autonomeado ministro da Guerra), o almirante rios públicos civis e 2.757 militares foram demitidos
Rademaker, e o brigadeiro Correia de Melo. ou forçados à aposentadoria nesses dois primeiros me-
ses. Também foi elaborada uma lista de 5 mil “inimi-
Chamar a deposição de João Goulart de “golpe” ou gos” do regime.
de “revolução” revelava, e ainda revela, a linha ideoló-
gica da pessoa. Para a direita, sobretudo militar, o que O período militar de 1964 a 1985 abrigou grandes
estava em curso era uma revolução que iria moderni- contradições na sociedade brasileira, como a moder-
zar economicamente o país, dentro da ordem. nização da economia a custo do agravamento da desi-
gualdade social. Segundo dados do Instituto Brasileiro
Para a esquerda e para os setores democráticos em de Geografia e Estatística (IBGE), os 20% dos brasilei-
geral, não havia dúvidas: tratava-se de um golpe de ros mais pobres tinham 3,9% do total da renda nacio-
Estado, um movimento de uma elite, apoiada pelo nal em 1960. Vinte anos depois, em 1980, esse mesmo
Exército, contra um presidente eleito. A historiografia um quinto da população concentrava apenas 2,8% de
convencionou chamar o acontecimento de golpe, pelo toda a renda produzida no país.
caráter antirrevolucionário e antirreformista do movi-
mento civil-militar que derrubou Jango.

No dia 9 de abril de 1964, declarando que “a re- Em 1974, após o chamado “milagre econômico”, o
volução vitoriosa se investe no exercício do Poder salário mínimo tinha a metade do poder de compra
Constituinte”, esse comando baixou o primeiro Ato de 1960. Nos anos do milagre (1968 a 1973), a taxa de
Institucional, que convocou o Congresso a eleger um crescimento econômico ficou em torno de 10%, com pi-
novo presidente com poderes muito ampliados. No cos de 14%, e a indústria de transformação expandiu
mesmo dia, o Congresso, já amputado em 41 manda- quase 25%.
tos cassados, submeteu-se ao poder das armas, elegen-
do o general Humberto Castelo Branco à presidência.
Entre os deputados federais cassados nessa ocasião MOVIMENTOS SOCIAIS
estavam Leonel Brizola, Rubens Paiva, Plínio Arruda
Sampaio e Francisco Julião. Nas décadas de 1960 e 1970, o movimento estudan-
til brasileiro foi importante foco de resistência e mo-
O movimento militar dava, assim, seu primeiro bilização social à ditadura civil-militar. Organizados
passo. Um movimento que se impôs com a justifica- em diversas entidades representativas, como os DCEs
tiva de deixar o Brasil livre da “ameaça comunista” e (Diretórios Centrais Estudantis), as UEEs (Uniões
da corrupção, e que desde o início procurou se institu- Estaduais dos Estudantes) e a UNE (União Nacional
cionalizar. Dessa forma, pretendia criar uma nova “le- dos Estudantes), suas reivindicações, protestos e ma-
galidade”, que evitasse as pressões da sociedade e do nifestações influenciaram os rumos da política.

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Os estudantes protestavam por causas específicas Com o agravamento da crise econômica, inflação e
como a ampliação de vagas nas universidades públi- recessão, os partidos de oposição ao regime cresceram;
cas, por melhores condições de ensino, contra a priva- da mesma forma fortaleceram-se os sindicatos e as en-
tização e também em defesa das liberdades democráti- tidades de classe.
cas e por justiça social.
Em 1984, o País mobilizou-se na campanha pelas
Em relação ao movimento estudantil, destaca-se o “Diretas Já”. A partir do governo Ernesto Geisel, entre
movimento social chamado “Marcha dos 100 mil”, em 1974 e 1979, a crise econômica do país e as dificuldades
1968. Após esse momento,entre 1968 e 1978, sob o AI-5 do regime militar agravam-se. A alta do petróleo e das
e a Lei de Segurança Nacional de 1969, ocorreram os taxas de juros internacionais desequilibra o balanço
chamados Anos de Chumbo. Neste período, houve um brasileiro de pagamentos e eleva a inflação.
estado de exceção com controle sobre a mídia e a edu-
cação, censura sistemática, prisão, tortura, assassinato Além disso, compromete o modelo de crescimen-
e desaparecimento forçado de opositores do regime. to econômico, baseado em financiamentos externos.
Apesar do encarecimento dos empréstimos e do cres-
Em 1974 começaram a surgir os primeiros sinais da cimento acelerado da dívida externa, o governo não
recuperação do movimento estudantil. A nova gera- interrompe o ciclo de expansão econômica do começo
ção de estudantes, que militaram e lideraram as fren- dos anos 70 e mantém os programas oficiais e os incen-
tes universitárias da década de 1970, teve pela frente tivos aos projetos privados. Ainda assim, o desenvol-
o árduo trabalho de reconstruir as organizações estu- vimento industrial é afetado e o desemprego aumenta.
dantis.
Nesse quadro de dificuldades, o apoio da socie-
O Congresso de reconstrução da UNE aconteceu dade torna-se indispensável. Para consegui-lo, Geisel
Salvador, em 1979, reivindicando mais recursos para anuncia uma “distensão lenta, gradual e segura” do
a universidade, defesa do ensino público e gratuito, regime autoritário em direção à democracia.
assim como pedindo a libertação de estudantes presos
do Brasil. Entre 1980 e 1981, prisões de líderes sindicais da
região do ABC paulista, entre eles Luís Inácio Lula
O Movimento Feminino Pela Anistia e Liberdades da Silva presidente do recém-criado Partido dos
Democráticas, em 1975, foi outro marco dos movimen- Trabalhadores (PT), atentados terroristas na sede da
to sociais do período. Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e no centro de
convenções do Riocentro, no Rio de Janeiro, revelam
Por fim, merece grande destaque o “Diretas Já”, as grandes dificuldades da abertura.
que estudaremos no tópico seguinte.
Ao mesmo tempo, começa a se formar um movi-
mento suprapartidário em favor da aprovação da
emenda constitucional, proposta pelo deputado fede-
ral mato-grossense Dante de Oliveira, que restabele-
A ABERTURA POLÍTICA E A ce a eleição direta para a Presidência da República. A
08
REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL campanha das Diretas Já espalha-se em grandes comí-
cios, passeatas e manifestações por todo o país.
Na história do Brasil, dois processos ocorridos em
Em 25 de janeiro de 1984. O cenário é a Praça da Sé,
períodos distintos recebem essa designação: o primei-
centro da cidade de São Paulo. Marcado para o dia do
ro, culminado em 1945, com a deposição de Getúlio
aniversário da cidade de São Paulo, o primeiro grande
Vargas, dando fim a uma ditadura iniciada com o gol-
comício da campanha por eleições diretas para presi-
pe de 1937; no segundo, após o período ditatorial ini-
dente foi organizado por Franco Montoro, governador
ciado com o Golpe de 1964, o processo de redemocra-
paulista. Participaram também diversos partidos polí-
tização teve início no governo do generalJoão Baptista
ticos de oposição, além de lideranças sindicais, civis e
Figueiredo, com a anistia aos acusados ou condenados
estudantis. A expectativa era das mais tensas. O gover-
por crimes políticos, processo perturbado pela chama-
no militar tentava minar o impacto do evento. O dia
da linha dura.
estava chuvoso. Aos poucos, a praça foi lotando e, no
Em dezembro de 1979, o governo modificou a le- final, cerca de 300 mil pessoas gritavam por “Diretas
gislação partidária e eleitoral e restabeleceu o plu- já!” no centro da cidade.
ripartidarismo. A Arena transformou-se no Partido
Declarando apoio à emenda constitucional do
Democrático SocialPDS, e o MDB acrescentou a pa-
deputado federal Dante de Oliveira que permitia a
lavra partido à sigla, tornando-se o PMDB. Outras
eleição direta para a Presidência da República. Mas a
agremiações foram criadas, como o Partido dos
emenda foi derrotada na Câmara dos Deputados em
Trabalhadores PT e o Partido Democrático Trabalhista
votação realizada em 25 de abril: não alcançou número
PDT, de esquerda, o Partido Popular PP e o Partido
mínimo de votos para ser aprovada.
Trabalhista Brasileiro PTB, de centro-direita. Alguns
partidos, como o Partido Comunista do Brasil ainda Em 15 de janeiro de 1985, o governador de Minas
permaneciam proibidos. Gerais Tancredo Neves foi eleito Presidente da

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História

República pelo Colégio Eleitoral, com José Sarney


como vice-presidente, derrotando o candidato da si-
tuação, o deputado federal Paulo Maluf, por 480 a 180
votos e 26 abstenções. Tancredo, porém, foi internado
em Brasília, um dia antes da cerimônia de posse. Foi
submetido a várias cirurgias mas seu estado de saúde
só se agravou.

Até que Tancredo faleceu em 21 de abril de 1985


na Cidade de São Paulo. Sarney assumiu a Presidência
no dia 15 de março, dando fim a 21 anos de ditadura
militar no Brasil. Mas a redemocratização só foi com-
pleta com a promulgação da Constituição de 88, a
Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988.

ANOTAÇÕES

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04 GEOGRAFIA

01 A NOVA ORDEM MUNDIAL


02 OS PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS
03 A NATUREZA BRASILEIRA
04 A POPULAÇÃO
05 AS ATIVIDADES ECONÔMICAS
06 OS IMPACTOS AMBIENTAIS

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Geografia

A poluição do ar, das águas e do solo também po-


GEOGRAFIA GERAL dem ser considerados grandes problemas ambientais
mundiais. Nas grandes cidades a poluição sonora e
visual também podem ser destacadas.
Embora exista no edital a previsão da cobrança da Em relação a fauna e a flora, em específico, pode-
“Geografia Geral” e da “Geografia do Brasil”, obser- mos destacar os problemas relacionados ao desmata-
vamos que apenas alguns temos bem específicos serão mento e à extinção das espécies, o que causa grande
cobrados. Sobre esses temas trazemos agora um breve desequilíbrio no meio ambiente.
resumo.

GEOGRAFIA DO BRASIL
01 A NOVA ORDEM MUNDIAL

Os temas propostos estão relacionados entre si,


pois a nova ordem mundial nada mais é do que a ex- 03 A NATUREZA BRASILEIRA
pressão utilizada para descrever o plano geopolítico
internacional das correlações de poder e força entre os RELEVO
Estados após o fim da Guerra Fria.
As três formas de relevo predominantes no Brasil
Durante a Guerra Fria o mundo pode ser descrito são os planaltos, as planícies e as depressões.
como bipolar, com Estados Unidos e União Soviética
ocupando posições de destaque nas relações interna- Planaltos são terrenos elevados, com altitude su-
cionais. Hoje, especialmente n que diz respeito ao po- perior aos 300 metros. Planícies são terrenos com al-
deria militar, existe uma unipolaridade, com sobera- titudes menores, em regra abaixo dos 100 metros. As
nia dos Estados Unidos. depressões possuem altitudes menores do que as áreas
ao seu redor. São classificadas como “absolutas” quan-
do localizadas abaixo do nível do mar; e, como “relati-
Guerra Fria (EUA x URSS) vas”, quando estão acima do nível do mar.

Os principais planaltos brasileiros são: Planalto


Central; Planalto das Guianas; Planalto Brasileiro;

Planalto Meridional; Planalto Nordestino.

As principais planícies são: Planície Amazônica;


Planície do Pantanal; e, Planície Litorânea.

HIDROGRAFIA

A hidrografia brasileira é marcada pela riqueza de


rios e escassez de lagos. A maior parte dos rios brasi-
leiros é de planalto e a maior parte dos rios brasileiros
apresentam regime Tropical Austral, com cheias de ve-
Sob o ponto de vista econômico podemos falar em rão e vazante no inverno. Os rios Amazonas e Paraguai
multipolaridade, com destaque para Estados Unidos, são predominantemente de planície e largamente utili-
União Européia, Japão, China, etc. zados para a navegação.

Nesse contexto destaca-se a globalização, que in- As principais bacias hidrográficas brasileiras são:
fluencia na nova configuração do espaço geopolítico.
- Bacia Amazônica

- Bacia do Tocantins

- Bacia do São Francisco


OS PRINCIPAIS PROBLEMAS
02 - Bacia do Paraná
AMBIENTAIS
- Bacia do Uruguai
Entre os principais problemas ambientais no mun- - Bacia do Parnaíba
do podemos destacar as alterações climáticas, que tra-
zem problemas como o degelo nos pólos. - Bacia do Rio da Prata

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- amplitude térmica anual de até 7 graus;

- chuvas de 1.000 a 1.500 mm ao ano.

CLIMA TROPICAL DE ALTITUDE

Encontra-se nas áreas mais altas do relevo brasilei-


ro, principalmente nas acimas de 800 metros, notada-
mente nas Serras do Mar e da Mantiqueira e no pla-
nalto localizado ao norte de São Paulo, sul de Minas
Gerais e Mato Grosso do Sul.

Características:

- médias de temperaturas de 18°C e 22°C;

- amplitudes térmicas anuais de 7 a 9 graus;

- chuvas de 1.000 a 1.500 mm ao ano.


TEMPO E CLIMA Cabe ressaltar que os meses mais chuvosos são os
correspondentes às estações da primavera e do verão,
O clima brasileiro caracteriza-se por sua diversida- enquanto os meses de outono e inverno correspondem
de decorrente da enorme extensão territorial do país, à estiagem. O verão caracteriza-se também pelas chu-
bem como da diversidade de formas de relevo, altitude vas mais fortes e o inverno pelas temperaturas abaixo
e correntes e massas de ar. A seguir, enunciaremos os ti- de 0°C e incidência de geadas.
pos de clima existentes e suas principais características.

CLIMA TROPICAL ATLÂNTICO


CLIMA EQUATORIAL
Podendo ser chamado também de Tropical Úmido,
Predominante na chama Amazônia Legal, ou seja, está presente em toda a extensão atlântica situada entre o
Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, boa parte do sul do Rio Grande do Norte e o sul do Rio Grande do Sul.
Estado do Pará, noroeste do Maranhão e Mato Grosso
e ainda parte de Roraima. Possui temperaturas eleva-
das em boa parte do ano e sofre ação direta das massas Características:
de ar equatorial continental e equatorial atlântica.
- temperaturas médias de 18°C a 26°C;
Características: - amplitudes térmicas crescentes à medida em
que se aumenta a latitude da região;
- temperaturas médias entre 24°C e 26°C, sendo
seu período mais frio superior a 18°C; - chuvas superiores a 1.200 mm ao ano; mas com
uma distribuição desigual: no sul, concentram-
- amplitude térmica anual de até 3 graus;
-se no verão e no nordeste, concentram-se no
- chuvas abundantes e bem distribuídas (supe- inverno e outono.
riores a 2.500 mm ao ano);
CLIMA SEMI-ÁRIDO
- umidade atmosférica elevada (superior a 80%).
Tem como característica principal a escassez de chu-
CLIMA TROPICAL va. É encontrado principalmente no sertão nordestino
(com presença mais incisiva no chamado Polígono das
É o clima predominante no planalto brasileiro, ou Secas), com temperaturas elevadas a maior parte do ano.
seja, corresponde às áreas do planalto Central e regi-
ões Nordeste e Sudeste.
Características:
Características: - temperaturas médias elevadas, em torno de
27°C;
- temperaturas elevadas;
- amplitude térmica anual de 5 graus;
- possui duas estações bem delimitadas pelas
chuvas: inverno quente e seco e verão quente e - poucas chuvas, com distribuição irregular;
chuvoso;
- anormalmente, podem ocorrer extensos perí-
- temperaturas médias superiores a 20°C; odos de seca.

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Geografia

CLIMA SUBTROPICAL
04 A POPULAÇÃO
Encontrado na maior parte do Planalto Meridional,
localizando-se ao sul do Trópico de Capricórnio, com
exceção do Norte do Paraná. Corresponde à região Sul
TERRITÓRIO E POPULAÇÃO
dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul e ainda
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O Brasil é o maior país da América Latina. Ocupa
quase a metade (47,3%) do continente da América do
Características: Sul (área de 8.547.403,5 km2). É o quinto maior país do
mundo depois da Federação Russa, Canadá, China e
- temperaturas médias de 18°C a 20°C; Estados Unidos.

A extensão do Brasil no sentido Leste-Oeste (4.319,4


- amplitude térmica anual entre 9 e 13 graus;
km) é quase equivalente à sua maior distância no
sentido Norte-Sul (4.394,7 km). O Brasil faz fronteira
- em áreas elevadas, possui estações delimita-
com dez países: Guiana Francesa, Suriname, Guiana,
das, com verão suave e inverno rigoroso, com
Venezuela e Colômbia, ao Norte; Uruguai e Argentina,
incidência de geadas e possíveis nevascas;
ao Sul; e Paraguai, Bolívia e Peru, a Oeste.
- grande incidência de chuvas, entre 1.500 e 2.000 O Oceano Atlântico estende-se por toda a costa
mm ano e bem distribuídas, possuindo maior Leste do País, formando 7.367 km de orla marítima.
incidência nos meses de novembro à março;
O português é o idioma nacional. Muitos brasilei-
- sofre influência das massas de ar frias originá- ros falam alemão e italiano, especialmente nas cidades
rias da Antártida (principalmente no inverno). do Sul, por influência da colonização.

Já o IBGE possui uma classificação mais simples, de Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
acordo com o seguinte mapa: Estatística (IBGE) o país tem uma população de
193.946.886 habitantes (2012). O Estado mais populo-
so é São Paulo, com 41.901.219 habitantes - 21,6% da
população brasileira. Em segundo lugar vem Minas
Gerais, com 19.855.332 (10,2%). Já o Rio de Janeiro ,
com 16.231.365 (8,3%), está em terceiro lugar.

O Estado menos populoso do País é Roraima, com


469.524 habitantes (0,24%), seguido do Amapá, com
698,60 mil (0,36%), e Acre, com 758,78 mil (0,39%).

Entre as capitais, São Paulo é a cidade mais popu-


losa, com 11,37 milhões de habitantes, seguida por
Rio de Janeiro (6,39 milhões), Salvador (2,71 milhões),
Brasília (2,64 milhões) e Fortaleza (2,50 milhões).

05 AS ATIVIDADES ECONÔMICAS

O Brasil desenvolve em seu território atividades


dos setores primário, secundário e terciário. Esse últi-
VEGETAÇÃO mo é o destaque do país, responsável por mais da me-
tade do seu Produto Interno Bruto (PIB) e pela geração
A vegetação do Brasil envolve o conjunto de forma- de 75% de seus empregos.
ções vegetais distribuídas por todo o território brasi-
leiro. O Brasil possui diferentes tipos de vegetação. Os Um dos propulsores do desenvolvimento econô-
principais são: a Floresta Amazônica no norte, a Mata mico brasileiro dos últimos anos, o setor terciário,
dos Cocais no meio-norte, a Mata Atlântica desde o que corresponde à venda de produtos e aos serviços
nordeste até o sul, a Mata das Araucárias (Mata dos comerciais oferecidos à população, é ainda uma das
Pinhais) no sul, a Caatinga no nordeste, o Cerrado no razões do aumento da competitividade interna e ex-
centro, o Complexo do Pantanal no sudoeste, os cam- terna do Brasil, acelerando o seu progresso tecnológi-
pos no extremo sul com manchas esparsas em alguns co. Segundo a Central Brasileira do Setor de Serviços
estados do país e a vegetação litorânea desde o Amapá (CEBRASSE), das 500 maiores empresas no Brasil, 124
até Rio Grande do Sul. atuam nesse setor.

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Nessas empresas destacam-se, sucessivamente, as Estes produtos são exportados para um grande nú-
atividades de telecomunicações, serviços públicos, tec- mero de países, em especial os componentes da União
nologia e computação, além das comunicações. Para o Européia, como Alemanha, Itália e França, além dos
investidor estrangeiro são várias as opções de negócio Estados Unidos, Argentina, Japão e outros.
no país, como o comércio de veículos, objetos pessoais
e domésticos, combustíveis, alimentos, além das ati-
vidades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às RECURSOS NATURAIS E EXTRATIVISMO
empresas. MINERAL
A indústria, parte do setor secundário, é também Recursos naturais são elementos da natureza que
um setor de grande importância na formação da rique- podem ser utilizados pelo homem para desenvolver
za nacional. Com destaque na produção de bens de ca- diversas atividades vitais para sua manutenção, ou
pital, ela tem na região Sudeste, em especial a Região seja, são recursos úteis. Estão intimamente ligados
Metropolitana de São Paulo, a maior concentração do à economia, sendo que só podem ser considerados
país. Por categoria de uso, essa atividade divide-se como recursos na medida em que podem ser econo-
em indústrias de bens de capital, bens intermediários, micamente explorados. São classificados em recursos
bens de consumo duráveis, semiduráveis e não durá- renováveis e recursos não renováveis. São exemplos a
veis. luz, água, solo, minérios, animais e vegetais.
A indústria de capital (produtora de bens que serão Os recursos renováveis, como o próprio nome diz,
utilizados no processo produtivo, como máquinas e são aqueles que depois de retirados do ambiente, po-
equipamentos) é um dos destaques entre as categorias dem se renovar ou ser renovados pelo homem; em
no Brasil, tanto em termos de produção física, quanto contrapartida, os recursos não renováveis são aqueles
em termos de faturamento. Os produtos mais vendi- que uma vez retirados do ambiente, não podem ser re-
dos da indústria brasileira são o óleo diesel, minério alocados pelo homem. Tem-se como exemplos dos não
de ferro beneficiado, automóveis com cilindradas, ga- renováveis o petróleo, minerais, entre outros. Já como
solina automotiva (exceto para aviação), óleos brutos renováveis podem ser citados a água e os vegetais.
de petróleo, álcool combustível, telefones celulares,
açúcar cristal e cervejas ou chope. O Brasil possui uma fonte quase inesgotável de
recursos que podem ser utilizados pelo homem.
Já o setor primário no Brasil, dividido em ativi- Destacam-se os alimentos, como carne, ovo e leite.
dades de agricultura, pecuária, extrativismo vegetal, Também podem ser citados recursos como couro e
caça, pesca e mineração, tem como destaque a agrope- pele para fabricação de bolsas, sapatos e roupas.
cuária. Essa atividade, que faz uso do solo para o culti-
vo de plantas e a criação de animais, é responsável por Cita-se também o destaque dos rebanhos bovinos
cerca de 27% do PIB do Brasil, aproximadamente 42% no país, seguidos pelos suínos e ovinos.
de suas exportações totais em 2009 e mais de 17 mi-
Existem basicamente as seguintes atividades extra-
lhões de empregos. Além disso, o Brasil é o responsá-
tivistas:
vel pelo fornecimento de 25% do mercado mundial de
alimentos. Líder mundial em vários setores, o país tem
no café, açúcar, álcool (a partir da cana-de-açúcar) e Atividade extrativista vegetal: ato de retirar da na-
suco de laranja algumas de suas principais produções tureza elementos vegetais com a finalidade de comer-
e exportações. Também importante, em primeiro lugar cializar. São exemplos a castanha do Pará e o açaí.
nas vendas externas, são o complexo de soja(farelo,
óleo e grão), a carne bovina e a carne de frango. Atividade extrativista animal: retiram-se elemen-
tos da fauna brasileira para comercializar, principal-
mente resultantes da caça e da pesca.
COMÉRCIO
Atividade extrativista mineral: nesta, retiram-se
O comércio do Brasil, durante muito tempo, era minérios da natureza brasileira, como por exemplo as
composto principalmente pelo cultivo do café e sua pedras preciosas.
exportação. Depois deste produto, aparecerem ainda
outros na balança comercial, como cacau, algodão,
fumo, açúcar, madeiras, carnes e minérios. FONTES DE ENERGIA

Atualmente, outros produtos estão inseridos nas Fontes de energia são essenciais para o desenvol-
estatísticas, como calçados, laranja, tecidos, combus- vimento de um país, bem como são indicativos de seu
tíveis, bebidas, veículos, aviões e peças de reposição. nível de evolução. À medida em que um país evolui,
sua energia e suas novas formas são descobertas e de-
Os produtos industrializados e semimanufatura- senvolvidas.
dos, que antes correspondiam a apenas uma pequena
parcela das exportações, hoje respondem pela maior No Brasil, tem-se diversas formas de energia, sendo
fatia deste setor. as principais:

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Geografia

- energia hidroelétrica; Por fim, cita-se a energia eólica, gerada a partir do


vento, sendo uma fonte limpa e inesgotável, mas pou-
- petróleo; co utilizada pelo seu custo benefício.
- carvão mineral;
- biocombustíveis;
AGRICULTURA
- gás natural;
- energia nuclear. Destacam-se:

O petróleo é a principal fonte de energia brasileira, Café: durante longos períodos de tempo, o cultivo
pois é utilizado para abastecimento de veículos mo- de café concentrava-se no interior de São Paulo, e pos-
tores, com a produção de gasolina e óleo diesel, bem teriormente nas regiões do norte do Paraná e sul de
como é amplamente usado para abastecer usinas ter- Minas. Atualmente, tem-se além de São Paulo, os esta-
moelétricas. Cabe ressaltar que décadas atrás o país dos de Minas Gerais e Rondônia como seus principais
importava a maior parte do petróleo utilizado; nos úl- produtores. Além destes estados, aparecem no novo
timos anos, entretanto, essa importação foi reduzida cenário Bahia e Rondônia, estimulados principalmen-
amplamente, de modo que a maior parte do petróleo te pela migração de produtores do Paraná em busca de
utilizado atualmente é decorrente da produção nacio- novas terras. O Brasil é hoje um dos maiores produto-
nal. Importante lembrar também que foram descober- res de café do mundo.
tas reservas de petróleo na camada de pré-sal no litoral
de Santos e do Espírito Santo.
Cacau: produto originário do Brasil, tendo sido
As principais bacias petrolíferas são: Bacia de cultivado na Amazônia e posteriormente no interior
Campos (sendo esta a maior do Brasil); Bacia de Santos, da Bahia, sendo este estado seu maior produtor atual-
Bacia do Espírito Santo e Bacia do Recôncavo Baiano. mente. O Brasil é um dos maiores produtores de cacau
do mundo.
Já a energia hidroelétrica é a principal fonte de ener-
gia usada para abastecer o sistema elétrico do Brasil, Soja: cultura que obteve uma significativa expan-
em função da grande quantidade de rios e águas no são na década de 70, principalmente nos estados do
país. Quase a totalidade da energia elétrica consumida Paraná e Rio Grande do Sul. Possui boa aplicação no
aqui é produzida em usinas brasileiras. mercado de exportação, e atualmente está presente em
Importante citar também a produção de carvão outros estados como Mato Grosso, Mato Grosso do
mineral, destinada principalmente para gerar energia Sul, Minas Gerais, Goiás e Bahia.
termelétrica, bem como matéria prima principal da
indústria siderúrgica. Mas apesar de ter diversas re- Cana de açúcar: teve sua produção catapultada
servas de carvão, o país importa a maior parte de seu com a criação do Proalcool na década de 70. A maior
consumo, pois o carvão mineral brasileiro não é de boa parte de sua produção concentra-se atualmente no
qualidade. estado de São Paulo, mas está também presente no
Paraná, Rio de Janeiro, Goiás e em alguns estados da
Em relação aos biocombustíveis, lembre-se que são região Nordeste.
fontes de uso recente no país, bem como são originá-
rias de produtos vegetais como a cana-de-açúcar e a Laranja: colheita que possui como objetivo abas-
mamona. Tem como vantagem serem mais ‘limpas’, tecer o mercado de sucos. Seu principal produtor é o
pois agridem menos o meio ambiente. Por outro lado, estado de São Paulo, embora Minas Gerais e Paraná
para seu cultivo muitas áreas naturais acabam sendo ocupem cada vez mais importante lugar neste setor.
devastadas. Tem grande importância no mercado de exportação.
Quanto ao gás natural, cite-se que este geralmen-
te é produzido conjuntamente ao petróleo, tendo seu Arroz: o maior produtor neste setor é o estado do
uso predominante na produção de gás de cozinha e no Rio Grande do Sul, com estados com Santa Catarina,
abastecimento de indústrias. Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso aumentando
sua participação.
Ainda, há a energia nuclear, que através do
Programa Nuclear Brasileiro, tinha objetivos de ser
Milho: presente em diversos estados brasileiros,
uma grande fonte de energia no país, mas que devido
tem no estado do Paraná seu maior produtor, junta-
a uma série de problemas encontra-se atualmente qua-
mente com Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São
se desativada.
Paulo.
Existe ainda a energia solar, pouco explorada de-
vido ao alto custo de sua implantação. Tem como van- Trigo: um dos produtos mais exportados pelo
tagem ser uma fonte limpa de energia, não gerando Brasil, tem como maiores produtores Paraná e Rio
poluição ou impactos ambientais. Grande do Sul.

7
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06 OS IMPACTOS AMBIENTAIS

Os principais problemas ambientais que acometem


o mundo estão presentes no Brasil.

A poluição dos rios, do solo, do mar, do ar, etc.


O acúmulo de lixo, a falta de educação ambiental. O
crescimento desordenado das cidades e muitos outros
pontos críticos são observados no contexto dos impac-
tos ambientais no território nacional.

ANOTAÇÕES

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NOÇÕES BÁSICAS DE
06
INFORMÁTICA

01 CONCEITOS BÁSICOS
02 COMPONENTES DE HARDWARE E SOFTWARE DE COMPUTADORES
03 SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS - NOÇÕES BÁSICAS
04 EDITORES DE TEXTO, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES
05 INTERNET E INTRANET
06 NAVEGADORES
07 CORREIO ELETRÔNICO
08 SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA INTERNET
09 CONFIGURAÇÃO DE IMPRESSORAS

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Noções Básicas de Informática

01 CONCEITOS BÁSICOS COMPONENTES DE HARDWARE E


02
SOFTWARE DE COMPUTADORES
Hardware:
Conjunto de partes físicas que compõem o compu- HARDWARE
tador, conectados entre si que fazem com que o com-
putador funcione adequadamente. Entende-se como a Como visto, é a parte física de um computador, ou
própria ‘estação de trabalho’ e seus periféricos e dis- seja, tudo que pode ser tocado. Exemplos são o moni-
positivos, como impressora, monitor, mouse, teclado, tor, o mouse, o teclado, etc.
scanner, entre outros.
Componentes do hardware:
Software:
Trata-se da parte lógica e abstrata do computador. Placa-mãe:
São exemplos os programas como Word, Excel, antiví- Principal placa de circuitos em que são conectados
rus, entre outros. diversos componentes vitais para o funcionamento do
computador, como a memória, o processador, placas
Servidor: de som e vídeo, entre outros.

Computador utilizado em rede e que distribui ser-


viços, como autenticação, impressão, armazenamento CPU:
de dados e arquivos, entre outros. Se destaca pela alta Unidade de Processamento Central (em inglês:
capacidade de processamento e armazenamento. Central Processor Unit), funciona como o cérebro do
computador. Aqui são processadas todas as informa-
Notebook: ções, fato pelo qual se denomina também processador
ou microprocessador. Pode possuir tecnologia de 32
Equipamento portátil com boa capacidade de pro- ou 64 bits.
cessamento e armazenamento. Acaba por substituir o
desktop. Importante saber alguns conceitos acerca do CPU:

Core: núcleo do processamento, onde está a


ULA (Unidade Lógico-Aritmética) que executa
as operações aritmetícas e lógicas. O micropro-
cessador pode possuir 1,2,3,4,6 ou 8 núcleos.
Quando se fala em dual core (termo comumen-
te utilizado em computadores pessoais), diz-se
que o CPU possui 2 núcleos de processamento.

Memória cache: dispositivo que funciona como


um auxiliar de alta velocidade ao micropro-
cessador em sua tarefas repetidas, tornando-as
mais rápidas. Com isso, o processador não pre-
Tablet:
cisa solicitar à memória RAM, fazendo com que
Computadores de uso pessoal, com grande cresci- seu tempo de espera seja menor.
mento no mercado. Tem como característica marcante
o touch screen (sensível ao toque), tendo como marcas Memória RAM:
principais Apple, Motorola e Samsung.
Sigla para Random Access Memory, ou em portu-
Para melhor estudo visando o concurso em ques- guês memória de acesso aleatório ou randômico. É a
tão, cabe ressaltar os principais pontos dos conceitos principal memória do computador, caracterizando-se
de Hardware e Software, devido à sua frequente exi- por ser volátil, ou seja, seu conteúdo é perdido assim
gência em concursos. que o computador é desligado, ou seja, só funciona en-
quanto o computador estiver ligado. Pode também ser
chamada de memória de trabalho, pois todos os pro-
gramas (exceto os que estiverem na memória ROM)
que forem executados deverão ser carregados nela.
Existe aqui a ideia de memória virtual, a qual funciona
como uma memória auxiliar à memória RAM, quando
esta estiver cheia e não comportar mais dados, preci-
sando assim de mais espaço de armazenamento.

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O processador transfere o conteúdo da memória


RAM para um arquivo de disco rígido, chamado de
arquivo de troca.

Memória ROM:
Silga para Read Only Memory (em português: me-
mória somente de leitura), tem como característica ser
o oposto da memória RAM, ou seja, seu conteúdo não
é perdido quando o computador é desligado, pois os
programas são gravados de forma permanente. Sendo
assim, não é possível alterá-los, funcionando somente
como leitura. Existem ainda dispositivos que são chamados de
uso misto ou híbridos, por funcionarem tanto como
dispositivos de entrada e de saída, como impressoras
Memória de massa: multifuncionais (que possuem a função de impressão
Tem grande capacidade de armazenamento, o que e de scanner em uma só, por exemplo), e o monitor
a difere da memória RAM. Trabalha como uma me- touch screen (que funciona como saída, ao reprodu-
zir o vídeo do computador, e como entrada ao receber
mória auxiliar, retendo uma quantidade significativa
os toques do usuário que assim insere informações no
de informações.
computador).
Todos os progamas, aplicativos e arquivos ficam
nela instalados. Pode ser dividida em HD (Hard Drive
Impressoras:
ou Disco Rígido), Flash Memory (ou pen drive) e SSD
(Solid State Drive ou memória em estado sólido). Matricial: modelo de impressora de menor re-
solução, é composta por um cabeçote de várias
agulhas enfileiradas. São mais lentas e baru-
BIOS: lhentas, mas por outro lado tem seu custo de
Sigla para BASIC INPUT / OUTPU SYSTEM, ou impressão mais barato. Utilizadas para impres-
seja, sistema básico de controle de entrada e saídas do são de formulários contínuos e carbonados.
computador. Cabe ressaltar alguns conceitos dentro
Jato de tinta: possui uma qualidade de impres-
da ideia de BIOS: são maior e uma boa rapidez em seu funciona-
mento em comparação às impressoras matri-
Setup: programa que permite a configuração ciais. Possuem como características serem mais
dos componentes instalados no computador, silenciosas e a possibilidade de impressões colo-
como data, hora, sequencia de inicialização ridas. São abastecidas com cartuchos de tintas.
(boot), senha de acesso, etc.
De laser: Mais complexas, pois ‘montam’ a pá-
POST: autoteste de inicialização, onde é verifi- gina antes de imprimí-la, utilizando uma espé-
cado o funcionamento de vários componentes cie de laser para desenhar figuras e caracteres.
do computador. Possuem um cilindro, o qual libera pequenos
pontos de tinta, e onde o papel é queimado para
fixar a tinta. Sua qualidade é maior, sendo tam-
Dispositivos de entrada e saída: bém silenciosas e rápidas. Entretanto, seu custo
Frequentemente associados à expressão E/S (en- é maior.
trada e saída) ou I/O (Input/Output). São exemplos
de dispositivos de entrada o mouse, teclado, monitor, Scanners:
webcam.
Dispositivo de entrada de dados. É através dele
que são digitalizadas fotos e documentos. Como visto,
existem impressoras multifuncionais, que fazem tanto
a impressão como a digitalização.

Outros conceitos importantes acerca dos hardwa-


res:

Estabilizador:
Já exemplo de dispositivos de saída são o monitor, Utilizado para proteger o computador e seus pe-
impressora, caixas de som, entre outros. riféricos contra danos causados por picos de energia.

4
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Noções Básicas de Informática

No-Break:
SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS
Mais eficaz do que o estabilizador, funciona com 03
um transferidor de energia, ou seja, impede que o com-
- NOÇÕES BÁSICAS
putador seja desligado quando haja queda de energia,
ou seja, é automaticamente ligado quando a energia
SISTEMA OPERACIONAL
acaba e permanece transferindo energia ao computa-
dor enquanto possuir autonomia. Trata-se de uma coleção de programas que inicia-
liza e gerencia as funções e tarefas do computador. O
Esta autonomia depende do no-break, de acordo
sistema operacional possui os comandos básicos para
com seu tipo, marca, preço, etc.
o funcionamento dos aplicativos.

USB:
WINDOWS
Sigla para Universal Serial Bus, é uma interface de
Sistema Operacional criado pela Microsoft, sendo
comunicação entre a placa principal e os periféricos.
atualmente o mais utilizado no mundo em computa-
É uma conexão PnP - Plug and Play, ou seja, ‘ligar e
dores pessoais. Sua versão mais recente é o Windows
usar’, podendo ser conectado e desconectado sem a
10. Entretanto, dados apontam que a versão mais utili-
necessidade de desligar o computador. Vale a pena co-
zada ainda é o Windows 7.
nhecer o símbolo que representa o USB, para fins de
concurso:
ÁREA DE TRABALHO

É a área exibida na tela quando o computador é li-


gado. Serve como uma espécie de ‘superfície’ para o
trabalho. Nela, é possível colocar e organizar ícones e
atalhos de arquivos, programas e pastas.

Slots:

São conectores que a placa-mãe possui para que


outras placas possam a ela ser integradas. O slot AGP
(Acelerated Graphics Port), desenvolvido pela Intel
para uma maior taxa de transferência entre a placa-
-mãe e as placas de vídeo, é utilizado somente para
vídeo.

Já o slot PCI (Periferical Component Interconnect)


pode ser conectado com qualquer tipo de placa de ex-
pansão, podendo trabalhar a 32 ou 64 bits.

O PCI Express acaba por substituir o PCI e AGP por


possuir uma maior taxa de transferência, e tem como
característica marcante ser um hot plug, ou seja, é pos- A barra de tarefas fica na parte inferior da tela.
sível instalar e remover as placas PCI Express mesmo Aqui é possível ver os programas abertos e em exe-
com o computador ligado. Existe também o slot ISA, cução, possibilitando que o usuário alterne entre eles.
mas trata-se de tecnologia em desuso. É possível também personalizar esta barra, colocando
ícones de acordo com o interesse do usuário. Também
contém o botão Iniciar , usado para acessar progra-
Gabinete: mas, configurações e pastas. Este ícone será abordado
Cabe aqui ressaltar que CPU e gabinete são con- posteriormente. A barra lateral pode conter pequenos
ceitos diferentes, embora muitas pessoas as utilizem programas (gadgets), também personalizáveis pelo
como sinônimos. usuário.

Gabinete é a caixa onde estão diversos componen-


Ícones:
tes do computador, como suas placas e peças, enquan-
to o CPU é o conjunto do gabinete com o micropro- Representação gráfica de um programa, pasta ou
cessador. arquivo. Os ícones constituem a área de trabalho, e

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podem ser incluídos ou excluídos de acordo com a É possível usar o menu Iniciar para fazer as seguin-
vontade do usuário. Alguns ícones, entretanto, fazem tes atividades:
parte do sistema Windows, tais como Lixeira, Painel
de Controle, Computador, Rede e Pasta do Usuário. - Iniciar programas
O usuário pode adicionar ícones que levam a ou- - Abrir pastas usadas frquentemente
tros programas ou pastas, os chamados ‘atalhos’. Na
maior parte das versões do Windows, tais atalhos são - Pesquisar programas e arquivos
sinalizados por uma pequena seta no canto inferior es-
querdo da imagem. - Acessar o Painel de Controle e as configura-
ções do computador

- Obter ajuda
A Lixeira:
- Desligar o computador
Quando você exclui um arquivo ou pasta, eles
não são excluídos imediatamente, mas sim vão para a - Fazer logoff do Windows ou alterar para outro
Lixeira. Caso o usuário precise de um arquivo excluí- usuário
do, poderá obtê-lo de volta. Basta acessar a lixeira, cli-
car duas vezes sobre o arquivo e clicar em ‘restaurar’. Para abrir o menu Iniciar, clique no botão Iniciar
O arquivo voltará ao local de onde foi excluído. no canto inferior esquerdo da tela. Ou pressione a tecla
de logotipo doWindows no teclado.

O menu Iniciar tem três partes básicas:

O painel esquerdo mostra uma lista de programas


A Lixeira vazia (à esquerda) e cheia (à direita) frequentemente usados no computador, assim como
os últimos acessados.
Caso o usuário não precise mais dos arquivos ex-
cluídos, poderá esvaziar a Lixeira. Ao fazer isso, ex-
cluirá permanentemente os itens e recuperará o espaço Na parte inferior do painel esquerdo está a caixa de
em disco por eles ocupados. pesquisa, através da qual é possível procurar progra-
mas e arquivos no computador.

MENU INICIAR O painel direito dá acesso a pastas, arquivos, con-


figurações e outros recursos. Aqui também é possível
É o primeiro passo para o usuário acessar aplica- desligar o computador ou efetuar logoff do Windows.
tivos, arquivos, pastas e configurações do computa-
dor. Através dele pode-se acessar os últimos progra-
mas utilizados, ou ainda acessar o Painel de Controle, BARRA DE TAREFAS
Dispositivos e Impressoras, entre outros.
A barra de tarefas localiza-se na parte inferior da
tela. Ao contrário da área de trabalho, esta fica visível
quase o tempo todo. Possui quatro seções principais:

- O botão Iniciar , que abre o menu Iniciar. Hoje,


na versão do Windows 8, não se abre mais uma
janela de menu Iniciar. A interface é dedicada
totalmente a ele no Windows 8. Antes todos os
programas eram acessados através do botão
Iniciar. Nesta nova versão, são dispostos nesta
nova interface gráfica que inclui aplicativos, do-
cumentos e a barra de pesquisa.

- A barra de ferramentas Início Rápido, que per-


mite iniciar programas com um clique, e pode
ser personalizada pelo usuário.

- A seção intermediária, na qual são demonstra-


dos os programas e documentos que estão aber-
tos e permite que o usuário alterne rapidamente
entre eles.

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Noções Básicas de Informática

- A área de notificação, que inclui um relógio e


ícones (pequenas imagens) que comunicam o
status de determinados programas e das confi-
gurações do computador.

PARTES BÁSICAS DE UMA JANELA

Embora seu conteúdo seja diferente, todas as jane-


las possuem uma organização comum:

É possível alternar entre os aplicativos através do


atalho ALT+TAB (permitindo a escolha da janela),
ALT+ESC (alternando sequencialmente entre as jane-
las) e WINDOWS+TAB (alternando visualmente).

MINIMIZAR E RESTAURAR JANELAS Barra de título: Exibe o nome do documento e do


programa.
Quando um programa está sendo utilizado, uma
janela fica ativa. Com o clique no botão corresponden- Botões Minimizar, Maximizar e Fechar: Permitem
te, minimiza-se a janela. Com isso, esta janela desapa- ocultar a janela, alargá-la para preencher a tela inteira
rece da área de trabalho. e fechá-la, respectivamente.

Minimizar uma janela não a fecha nem exclui seu Barra de menus: Contém itens nos quais você pode
conteúdo, mas apenas a remove da área de trabalho clicar para fazer escolhas em um programa.
temporariamente.
Barra de rolagem: Permite rolar o conteúdo da ja-
Na figura abaixo, a Calculadora foi minimizada, nela para ver informações que estão fora de visão no
mas continua em execução. É possível saber que ela momento.
ainda está em execução porque seu botão na barra de
tarefas. Bordas e cantos: É possível arrastá-los com o pon-
teiro do mouse para alterar o tamanho da janela.

COMBINAÇÕES DE TECLAS DO WINDOWS

F1: Ajuda

CTRL+ESC: Abre o menu Iniciar

ALT+TAB: Alterna entre programas abertos

ALT+F4: Encerra o programa

SHIFT+DELETE: Exclui o item permanentemente


Também é possível minimizar uma janela clicando
Logotipo Windows+L: Bloqueia o computador (sem usar
no botão Minimizar, no canto superior direito da ja-
CTRL+ALT+DELETE)
nela:

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Combinações de teclas do programa Windows:


ALT+ESPAÇO: Exibe a janela principal do menu
Sistema (do menu Sistema é possível restaurar, mover,
CTRL+C: Copiar redimensionar, minimizar, maximizar ou fechar a janela).

CTRL+X: Recortar ALT+- (ALT+hífen): Exibe o menu Sistema da janela


filho da interface MDI (no menu Sistema da janela filho
CTRL+V: Colar da MDI, é possível restarurar, mover, redimensionar,
minimizar, maximizar ou fechar a janela filho)
CTRL+Z: Desfazer
CTRL+TAB: Alterna para a próxima janela filho de um
CTRL+B: Negrito
programa de interface MDI.
CTRL+U: Sublinhado
ALT+letra sublinhada no menu: Abre o menu
CTRL+I: Itálico
ALT+F4: Fecha a janela atual

CTRL+F4: Fecha a janela atual da interface MDI


Combinações de modificadores de clique de mou-
se/teclado para objetos: ALT+F6: Alterna entre várias janelas no mesmo programa
(por exemplo, quando a caixa de diálogo Localizar do
Bloco de Notas é exibida, o ALT+F6 alterna entre a caixa
SHIFT+clique com o botão direito: Exibe um menu de de diálogo Localizar e a janela principal do Bloco de
atalho contendo comandos alternativos Notas)
SHIFT+clique duplo: Executa o comando padrão
alternativo (o segundo item no menu) Atalhos de objetos e de pasta geral/Windows Ex-
plorer em um objeto selecionado:
ALT+clique duplo: Exibe as propriedades

SHIFT+DELETE: Exclui um item imediatamente sem F2: Renomeia o objeto


colocá-lo na Lixeira
F3: Localiza todos os arquivos

CTRL+X: Recortar
Comandos gerais somente de teclado:
CTRL+C: Copiar
F1: Inicia a Ajuda do Windows
CTRL+V: Colar
F10: Ativa as opções da barra de menu
SHIFT+DELETE: Exclui a seleção imediatamente, sem
SHIFT+F10 Abre um menu de atalho para o item mover o item para a Lixeira
selecionado (isso é o mesmo que clicar em um objeto
ALT+ENTER: Abre as propriedades do objeto selecionado
com o botão direito do mouse)

CTRL+ESC: Abra o menu de Iniciar (use as teclas de


direção para selecionar um item) Para copiar um arquivo:
Pressione e mantenha pressionada a tecla CTRL en-
CTRL+ESC ou ESC: Seleciona o botão Iniciar (pressione
quanto arrasta o arquivo para outra pasta.
TAB para selecionar a barra de tarefas ou pressione
SHIFT+F10 para obter um menu de contexto)
Para criar um atalho:
CTRL+SHIFT+ESC: Abre o Gerenciador de Tarefas do
Windows Pressione e mantenha pressionadas as teclas
CTRL+SHIFT enquanto arrasta um arquivo para a
ALT+SETA PARA BAIXO: Abre uma caixa de listagem área de trabalho ou uma pasta.
suspensa

ALT+TAB: Alterna para outro programa aberto (segure a Controle geral de pasta/atalho:
tecla ALT e pressione a tecla TAB para ver a janela de
troca de tarefas) F4: Marca a caixa de seleção Ir para outra pasta e move
para baixo as entradas na caixa (se a barra de ferramentas
SHIFT: Pressione e mantenha pressionada a tecla SHIFT estiver ativa no Windows Explorer)
enquanto insere um CD-ROM para ignorar o recurso de
execução automática F5: Atualiza a janela atual.

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Noções Básicas de Informática

criticado por diversas falhas de segurança, bem como


F6: Move entre painéis no Windows Explorer por erros existentes na integração do sistema operacio-
nal com aplicativos com Internet Explorer e Windows
CTRL+G: Abre a ferramenta Ir Para a Pasta (somente no
Media Player.
Windows Explorer do Windows 95)

CTRL+Z: Desfaz o último comando Windows Vista:


CTRL+A: Seleciona todos os itens na janela atual O Windows Vista foi o sucessor do Windows XP,
sendo um sistema operacional desenvolvido pela
BACKSPACE: Alterna para a pasta pai
Microsoft para uso em computadores pessoais e de
SHIFT+clique+botão Fechar: Em pastas, fecha a pasta escritórios. Teve como principal objetivo melhorar a
atual e todas as pastas pai segurança do sistema operacional, campo em que em
muitas vezes não obteve sucesso.

Importante saber as versões do Windows Vista:


Conceitos interessantes sobre o Windows:
- Windows Vista Starter Edition: versão dispo-
Windows Aero: tecnologia utilizada para gerar nível apenas em 32-bit;
efeitos visuais, como sombras e transparências
dentro do sistema operacional. - Windows Vista Home Basic: destinada ao
usuário doméstico;
Microsoft Silverlight: permite aplicações que
utilizem flash, bem como outras que utilizem - Windows Vista Home Premium: voltada para
esta programação como modelo. o entretenimento doméstico, como TVs e outros
aparelhos;
Windows Media Player: tocador de media (áu-
dio e vídeo), na sua versão 11 e 12 traz uma for- - Windows Vista Business: versão mais profis-
ma de busca avançada. É integrado ao sistema sional;
operacional Windows.
- Windows Vista Enterprise: voltada para em-
Windows Media Center: é a central de mídia do presas de grande porte;
Windows. No XP era chamado de Windows XP
Media Center Edition, tendo o seu nome abre- - Windows Vista Ultimate: edição mais comple-
viado no Windows Vista. É um aplicativo que ta do Sistema operacional.
reúne diversos tipos de mídia executáveis, tra-
zendo opções como assistir filmes de um DVD,
TV em tempo real (com requisitos específicos), Windows 8:
ouvir músicas no formato MP3, WMA e outros,
bem como arquivos de vídeo em AVI, DivX, ou Última versão lançada do Windows, tem como ca-
assistir slideshows e acessar mídias na Internet. racterística ser um sistema operacional mais estável,
com visual simples e um desempenho melhor em rela-
ção às suas versões anteriores.
Windows XP:
Tem como grande diferencial a interação com o usu-
O Windows XP foi uma versão do Windows produ- ário através do sistema Touch Screen, ou seja, é através
zida pela Microsoft para uso em computadores pesso- de toques na tela que o usuário irá acessar seu siste-
ais, incluindo residenciais e de escritórios. O Nome XP ma operacional e suas funcionalidades. Entretanto, o
deriva de ‘eXPerience’. Windows mantém a possibilidade de uso do teclado e
do mouse para aqueles usuários já familiarizados com
Importante saber duas versões do Windows XP: as versões anteriores.

- Windows XP Home Edition: destinado a usu- Possui também o novo menu Iniciar com o estilo
ários domésticos; chamado Metro, ou seja, ao mover o cursor do mouse
para o canto inferior esquerdo (local padrão do Menu
- Windows XP Professional Edition: oferece re- Iniciar), é possível acessar os arquivos e programas de
cursos adicionais, como o domínio de servidor maneira clássica, assim como acessar os aplicativos di-
do Windows, destinado a usuários avançados e retamente da Windows Store.
empresas.
Outro ponto interessante está na barra de tarefas,
Apresentou como novo uma melhor interface gráfi- onde o usuário poderá visualizar todos os aplicati-
ca, possibilitando ao usuário uma maior interação com vos abertos no momento, tanto os da área de trabalho
seu sistema operacional. Trouxe também restrições (como nas versões anteriores) como os aplicativos da
contra a pirataria de softwares, mas foi duramente Windows Store.

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A tela inicial também pode ser personalizada de concorrente Windows. Cabe ressaltar também que o
acordo com o usuário, possuindo uma interface mais Windows possui o código fonte fechado, o que impos-
moderna e interativa, como visto na figura abaixo: sibilita sua alteração, e é necessária uma licença para
utilizá-lo, o que aumenta seu custo de operação.

EDITORES DE TEXTO, PLANILHAS E


04
APRESENTAÇÕES

Os dois programas mais utilizados e também co-


brados em concursos são o Broffice e o Microsoft
Word. Para fins didáticos, iremos apenas citar concei-
tos básicos do primeiro, aprofundando o estudo sobre
o Pacote Office, tema de cobrança pelo concurso em
questão.
Windows Store:
Acessível diretamente da Tela Inicial, a Windows Broffice é um conjunto de programas de escritório
Store possibilita ao usuário o download de diversos distribuído gratuitamente, composto pelos seguintes
aplicativos das mais variadas áreas, como fotos, espor- aplicativos:
tes, gastronomia, notícias, entre outros. Alguns aplica- Writer: processador de textos.
tivos são grátis, enquanto outros são pagos.
Calc: planilha de cálculos.
OneDrive: Impress: editor de apresentações.
Armazento online e gratuito disponibilizado pelo Draw: editor de desenhos vetoriais.
Microsoft e integrado ao Windows 8. É possível salvar
fotos, documentos e outros arquivos e acessá-los quan- Base: gerenciador de banco de dados.
do e de onde quiser.
Math: editor de fórmulas científicas e matemá-
Pode também ser utilizado para compartilhar ar- ticas.
quivos com outras pessoas e acessá-los de dispositivos
móveis, por exemplo. Inicialmente, vale observar que o BR Office possui a
tecnologia denominada WYSIWYG (“What You See Is
LINUX What You Get” = o que você vê terá ao final), de modo
que, tudo aquilo que aparece na tela do computador,
Linux é um sistema operacional, que como já visto você terá também na hora de imprimir. Ou seja, é a
é o programa responsável pelo funcionamento geral visualização do trabalho final diretamente no monitor.
do computador, funcionando como uma espécie de
ponte entre o hardware (monitor, teclado, mouse) e o Já o O Microsoft Office é uma suíte de aplicativos
software (aplicativos). para escritório que contém programas como processa-
dor de texto, planilha de cálculo, banco de dados, apre-
Esse sistema operacional utiliza o Núcleo Linux, sentação gráfica e gerenciador de tarefas, de e-mails e
desenvolvido pelo finlandês Linus Torvalds. O códi- contatos. Sua versão mais recente é o Microsoft Office
go fonte desse sistema está disponível gratuitamente, 2013. É hoje o mais utilizado nesta área. Para fins de es-
para que todos possam usá-lo, estuda-lo e até mesmo tudo, importante conhecer o Microsoft Word (textos) e
modifica-lo da maneira que bem entenderem. o Microsoft Excel (planilhas).
O Linux é muito utilizado em escritórios e micro
e pequenas empresas em geral. Por possuir o código Existem algumas diferenças básicas, tais como:
fonte aberto, vários programadores do mundo intei-
ro ajudaram a desenvolve-lo e atualiza-lo ao longo do O BrOffice possui o comando EXPORTAR COMO
tempo. PDF , que permite salvar o conteúdo do documento
diretamente em um arquivo PDF. Tal comando não
Esta é sua maior vantagem, pois cada um pode existe no Word;
modifica-lo de acordo com suas necessidades, e ele se
encontra em constante atualização, fazendo com que O Writer não traz correção gramatical como o Word.
suas correções e adaptações sejam mais ágeis do que No Writer o comando CORREÇÃO ORTOGRÁFICA
o Windows. faz apenas a correção ortográfica.

Por ser gratuito, sua utilização é cada vez maior em No Word existe o comando DESENHAR TABELAS,
ambientes empresariais, devido ao alto custo de seu inexistente no Writer.

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Noções Básicas de Informática

WORD
CTRL + T SELECIONAR
TUDO
TIPO DE MSOFFICE
ARQUIVO CTRL + U SUBSTITUIR
Arquivo texto Word - .doc CTRL + V COLAR
Planilha Excel - .xls
CTRL + W FECHAR JANELA
eletrônica
DO DOCUMENTO

CTRL + X RECORTAR
Alguns comandos do aplicativo:
CTRL + Y IR PARA

COMANDO ATALHO NO CTRL + Z DESFAZER


WORD COMANDO

CTRL + A ABRIR ( Abrir


Interessante discursarmos sobre alguns pontos re-
Arquivos )
levantes em relação ao Word.
CTRL + B SALVAR
Guia Arquivo:
CTRL + C COPIAR

CTRL + D FORMATAR/ Opções de salvar:


FONTE
Para guardar seu documento, basta escolher a op-
CTRL + E CENTRALIZAR ção salvar. Agora, caso a opção seja de salvar em for-
PARÁGRAFO mato diferente (como uma versão anterior do Word)
ou até em outra extensão, deve-se optar pela opção
CTRL + G ALINHAR Salvar Como, presente na guia Arquivo.
PARÁGRAFO À
DIREITA Existem diversas extensões de arquivo, entre elas:
CTRL + H RECUO PDF e XPS: formatos que necessitam de outros
DESLOCADO softares para leitura. Têm como característica
preservarem o layout do documento.
CTRL + I ITÁLICO
Páginas da web: exibidas em um navegador da
CTRL + J JUSTIFICAR
internet, não preservam o layout do documento.
PARÁGRAFO
Pode ser em formato HTML ou MHTML.
CTRL + K INSERIR
HYPERLINK
Abrir um novo documento:
CTRL + L LOCALIZAR
Basta clicar na guia Arquivo e escolher a opção
CTRL + M AUMENTAR Novo, e então clicar duas vezes em Documento em
RECUO Branco.

CTRL + N NEGRITO

CTRL + O ABRIR NOVO


DOCUMENTO

CTRL + P IMPRIMIR

CTRL + Q ALINHAR
PARÁGRAFO À
ESQUERDA

CTRL + R REFAZER
COMANDO

CTRL + S SUBLINHADO

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Iniciar um documento de um modelo: ü Reduzir (Ctrl+<);

Existem também diversos modelos disponíveis ü Negrito (Ctrl+N);


para se iniciar um documento novo. Na figura acima
vemos exemplos de Agendas, Cartões, entre outros. ü Itálico (Ctrl+I);

ü Sublinhado (Ctrl+S);
Informações:
ü Subscrito (Ctrl+=);
Aqui é possível visualizar propriedades, versões,
comandos como permissões, restrições, entre outros. ü Sobrescrito (Ctrl+Shift+=);

ü Tachado;
Salvar e Enviar:
ü Maiúscula;
É possível enviar seu documento por e-mail, sal-
var na web, para sharepoint, publicar como postagem ü Minúscula;
ou ainda alterar o tipo de arquivo e criar documentos
PDF e XPS, como já visto. ü Cor da fonte;

ü Cor do realce do texto;


Ajuda:
ü Limpar formatação.
Aqui é possível tirar suas dúvidas e encontrar au-
xílio na Guia Ajuda do Microsoft Office. Existem tam-
bém as opções Introdução, onde o usuário encontra as Parágrafo:
noções básicos para manuseamento do Word Office e o
Fale Conosco, canal de comunicação com a Microsoft.

Guia Página Inicial:

Comandos básicos para edição de seu texto. Aqui


encontram-se as ferramentas mais utilizadas, como
Fonte, Área de Transferência, Estilo, Parágrafo e
Edição. Aqui é possível:

ü Alinhar o texto à direita (Ctrl+q);


Área de Transferência:
ü Alinhar texto à direita (Ctrl+g);
Por esta opção é possível coletar textos e gráficos de
outros documentos e arquivos para colá-los no Word. ü Centralizar (Ctrl+e);
Pode-se, por exemplo, copiar parte de outro documen-
to, dados do Excel, etc. ü Justificar - que alinha o texto às margens es-
querda e direita - (Ctrl+j).

Fonte:
Há também as opções de:

ü Numeração (inicia uma lista numerada);

ü Marcadores (inicia uma lista com marcado-


res);

üLista de vários níveis;

É possível: ü Aumentar ou Diminuir o Recuo;

ü Escolher a fonte (Ctrl+Shift+F); ü Classificar o texto (colocando-o em ordem al-


fabética ou em dados numéricos);
ü Escolher tamanho da fonte (Ctrl+Shift+P);
ü Mostrar Tudo (mostra marcas de parágrafo e
ü Aumentar (Ctrl+>); outros símbolos de formatação).

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Recuo:
Distância entre o parágrafo e as margens esquerda
e/ou direita do texto. Difere da margem, pois enquanto
esta é distância entre a borda do papel e o início (ou
fim) do documento, aquele é a configuração do pará-
grafo dentro das margens propostas.

Espaçamento entre linhas:

Na caixa Formatar Parágrafo é possível configurar


o alinhamento, recuo, espaçamento de linhas, posições
e guias da tabulação, quebras de linhas, entre outros.
Para acioná-la, basta clicar na flecha circulada na figu- Determinado pelo espaço entre as linhas do texto
ra acima. de um parágrafo. É possível determinar o espaçamen-
to de cada parágrafo separadamente, ou do texto in-
teiro. Para isso, basta selecionar o texto todo (Ctrl+T).
Alinhamentos dos parágrafos:
Caso o usuário determine o espaçamento de ape-
À Esquerda: As palavras são alinhadas à esquer- nas um parágrafo, ao apertar ENTER para iniciar um
da, ficando a borda direita de forma irregular. É novo parágrafo o espaçamento é atribuído a este novo
o alinhamento padrão. parágrafo.

O espaçamento padrão é de 1,15 linhas e 10 pon-


Centro: O texto é centralizado, sendo alinhado
tos para cada parágrafo. Veja que na figura é possível
ao ponto médio das margens direita e esquerda
clicar em Opções de Espaçamento de Linha, na qual é
da caixa de texto.
possível determinar o recuo (como visto), assim como
as Quebras de Linha e Página.
À Direita: Assim como o alinhamento à esquer-
da, é irregular, ou seja, o texto é alinhado à di-
reita com a borda esquerda do texto posta irre- Quebras de Linha e Página:
gularmente.
Determina como as linhas são formatadas em caixa
Justificado: O primeiro e último caracteres de de texto vinculadas ou colunas.
cada linha são alinhados, com exceção da últi-
ma linha. Todas as linhas são preenchidas, com Controle de linhas órfãs/viúvas: Primeiramente,
exceção da última, que é alinhada à margem linhas órfãs e viúvas são linhas de texto isoladas
esquerda (quando a direção do texto for da es- que são impressas na parte superior ou inferior
querda para a direita). de uma caixa de texto ou coluna. A linha órfã é a
primeira linha que fica sozinha na página ante-
Distribuído: Igual ao jusitificado, com a diferen- rior, enquanto a linha viúva é a última linha que
ça de que as linhas são preenchidas adicionando fica sozinha na folha seguinte.
ou retirando uma mesma quantidade de carac-
teres. Manter com o próximo: mantém um ou mais
parágrafos selecionados em uma caixa de texto
Distribuir todas as linhas: Igual ao alinhamento ou coluna.
Distribuído, com a diferença de que a última li-
nha também é alinhada à margem esquerda e à Manter linhas juntas: mantém linhas de um pa-
margem direita simultaneamente. rágrafo juntas em uma caixa de texto ou coluna.

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Quebrar página antes: insere quebra de página Formatar colunas:


no parágrafo em questão.

Listas numeradas e com marcadores:

É possível adicionar marcadores ou números a li-


nhas digitadas. Para isso, basta selecionar o texto em
questão e clicar na opção Marcadores ou Numeração.

É possível também criar listas antes, ou seja, clica-


-se na opção e digita-se o texto. À medida que a te-
cla ENTER é apertada, o Word inicia nova linha com
o marcador ou com o número subsequente da lista,
como pode-se observar na lista a seguir:

Pode-se formatar o texto com uma, duas ou mais


colunas, bem como determinar a largura de cada colu-
na e a distância entre elas.

Layout da página:

Nesta aba, além da formatação das colunas, é pos-


sível determinar o tamanho do documento, margens,
Dentro de cada opção, é possível padronizar os orientação (retrato ou paisagem), entre outros.
marcadores ou número de acordo com a vontade do
usuário. Os marcadores podem ser substituídos por
símbolos, enquanto os números podem dar lugar a
algarismos romanos ou letras, como no exemplo a se-
guir:

É possível também selecionar a lista inteira e movê


-la para outra parte do documento. Basta selecioná-la
com o mouse e arrastá-la.

Como se observa na figura, existe uma certa quanti-


Estilos:
dade de margens pré-selecionadas para o documento,
Conjunto de caracterísitas de formatação, como dentre as quais o usuário pode escolher a que melhor
fonte, alinhamento, cor, tamanho e espaçamento, além se adapta ao documento em questão. Mas ao clicar em
de borda e sombreamento, de acordo com o estilo se- margens personalizadas, pode-se aumentar ou dimi-
lecionado. nuir o tamanho das margens.

Tal recurso é possível também na aba Tamanho, na


qual se tem tamanhos padronizados de papelo como
Carta, A4, A3, e ainda é possível determinar outros cli-
cando em Mais Tamanhos de Papel.

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Noções Básicas de Informática

Cabeçalhos e rodapés: exemplo. É possível também utilizar diferentes forma-


tações como Margens, orientação, bordas, alinhamen-
Para configurar cabeçalhos e rodapés, pode-se:
to, cabeçalhos, colunas, numeração, entre outros.
- Clicar duas vezes na área do cabeçalho e do
rodapé dentro do documento; Tabelas:

- Clicar com o botão direito na área do cabeça-


lho e do rodapé, clicando em seguida em Edi-
tar Cabeçalho ou Editar Rodapé para inserir um
destes estilos;

- Clicar na aba Inserir e em seguida nas opções


Cabeçalho, Rodapé ou Número de Página.
Na opção Número de Página, pode-se optar entre
várias opções, como formatos e localização dentro da
página, entre outros.

Quebras:
Podem ser de página, coluna, linha ou seção.

Teclas de atalho:

QUEBRA DE PÁGINA CTRL + ENTER


QUEBRA DE COLUNA CTRL + SHIFT + ENTER
QUEBRA DE LINHA SHIFT + ENTER

A figura a seguir é auto-explicativa, trazendo os


modos de quebra presentes no Microsoft Word:

Basta clicar na aba Inserir e depois em Tabela. O


Microsot Word já traz um número de tabelas pré-exis-
tentes (como 5x8 - 5 linhas por 8 colunas, - por exem-
plo), mas é possível padronizar estes números. Existe
também a possibilidade de Desenhar Tabela, onde o
usuário pode ‘desenhar’ a tabela com colunas e linhas
do jeito que quiser.

Há também as opções de inserir uma Planilha do


Excel ou ainda Tabelas Rápidas, onde pode-se optar
por tabelas prá-formatadas, como calendários, por
exemplo.

É possível excluir colunas, excluir linhas ou ain-


As quebras de seções são muito utilizadas para da excluir células. Nesta opção, aparecerá a figura
aplicar uma formatação diferente para cada parte de demonstrada acima. Pode-se descolar as células para
um documento. É possível, por exemplo, definir uma esquerda, para cima, excluir a linha inteira ou ainda
página com duas colunas e a próxima com três, por excluir a coluna inteira.

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Já para mesclar as células basta selecioná-las e ao pedaços do texto no documento. Em Substituir, pode-
clicar com o botão direito, aparecerá a opção Mesclar -se efetuar a substituição de palavras e fragmentos de
Células. texto. Já na opção Selecionar, pode-se selecionar todo
o texto do documento, somente objetos ou ainda todo
É possível também inserir um texto já digitado em o texto com formatação semelhante.
uma tabela. Para tal, basta selecionar o texto e ao clicar
na aba Inserir e na opção Tabela, clica-se em Converter Na localização avançada, pode-se buscar textos,
Texto em Tabela. fontes, tipos de parágrafo, quadros, entre outros:

Na aba Exibição, destacam-se os Modos de Exibi-


ção de Documento:

Layout de Impressão, Leitura em Tela Inteira, Verificação de Ortografia e Gramática:


Layout da Web, Estrutura de Tópicos e Rascunho. Durante a digitação, o Word efetua a correção auto-
Existem também outras opções nesta aba: mática sublinhando em vermellho palavras digitadas
erroneamente ou em verde para indicar possíveis er-
ros de ortografia e gramática.

Entretanto, é possível efetuar uma revisão ainda


maior do texto digitado ao escolher a opção Ortografia
e Gramática, na aba Revisão:

Régua: mostra ou oculta as réguas horizontal e


vertical.

Linhas de grade: ativa uma grade de linhas hori-


zontais e verticas utilizadas para alinhar objetos.

Painel de navegação: ativa ou desativa um pai-


nel mostrado ao lado esquerdo do documento Ao encontrar palavras que possam apresentar
que possibilita buscas e navegação dentro des- eventuais erros, as opções são as seguintes:
te.

Zoom de uma página: exibe apenas a página


atual do documento.

Zoom de duas páginas: exibe o documento de


duas em duas páginas.

Largura da página: ajusta a janela de visualiza-


ção de acordo com a largura da página do do-
cumento.

Localizar e Subsittuir:

Ignorar: Ao ignorar uma vez, o erro apontado


será ignorado somente uma vez, sendo mostra-
do outras vezes em que estiver presente no tex-
to. Ao ignorar todas, o erro será ignorado por
Na opção Localizar, pode-se buscar palavras ou todo o texto.

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Adicionar ao dicionário: a palavra tida como EXCEL


errada será adicionada ao dicionário do Word,
sendo considerada como certa daquele momen- Responsável pela criação e edição de planilhas..
to em diante. Tem utilidade em eventuais pala-
vras que o Word não reconhece como certas.
Criar uma nova pasta de trabalho:
Alterar: ao clicar em Alterar, o Word irá modi-
ficar a palavra (ou expressão) destacada pela Os documentos do Excel são chamados de pastas
opção mostrada na caixa abaixo. Caso o usuário de trabalho, as quais contém folhas chamadas de pla-
queira trocar por outra palavra, deve selecioná nilhas. É possível adicionar quantas planilhas desejar
-la dentre as opções demonstradas. Se o usuário a uma pasta de trabalho. Clique em Arquivo > Novo e
escolher a opção Alterar todas, o Word irá efetu- em Pasta de trabalho em branco.
ar a troca em todas as palavras (ou expressões)
iguais à palavra em questão.

Ao clicar em Autocorreção, o Word irá efetuar


uma correção automática de todas as palavras
iguais à demonstrada.

Impressão: basta clicar na Guia Arquivo e na op-


ção Imprimir. As propriedades da impressora padrão
aparecerão na primeira seção. Na segunda seção, será
visualizado seu documento. Para alterar as proprieda-
des, clique em Propriedades da Impressora.

ELEMENTOS BÁSICOS DE UMA PLANILHA


EXCEL

Linhas, Colunas e Células:

Célula é o espaço correspondente à intersecção de


uma Coluna e uma Linha, formando o que se chama
de Endereço. As Colunas são representadas pelas le-
tras (A, B, C e assim por diante) e as Linhas por núme-
ros (1, 2, 3, etc). Assim sendo, ao encontro da Coluna C
com a Linha 8, tem-se a Célula C8.

Pode-se inserir várias informações na célula. Para


isso, basta usar a tecla TAB (ou ENTER) ou o mouse
para ativar a célula e assim digitar o que se pretende
inserir nela.

A célula pode conter texto, números ou fórmulas,


de acordo com a informação que o usuário pretende
atribuir a ela. A célula pode ser configurada de acordo
com diversas categorias, como vemos a seguir:

É possível também alteras as configurações da im-


pressão, como escolher somente algumas páginas para
serem impressas, orientação retrato ou paisagem, ta-
manho do papel e suas margens, mais de 1 página por
folha e agrupá-las (quando forem impressas duas có-
pias ou mais).

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Neste exemplo, vê-se como a informação “15” pode Neste caso, foi selecionada a opção ‘todas as bor-
ser exposta de diversas formas de acordo com a cate- das’ para as células selecionadas.
goria que se insere na célula. Na mesma figura, perce-
be-se que o alinhamento escolhido foi o centralizado e É possível também definir as seguintes configura-
embaixo. As opções de alinhamento são: alinhar “em ções:
cima, “no meio” e “embaixo”, e alinhar “texto à es-
querda” “centralizar” e “texto à direita”. Linha: em Estilo, pode-se escolher o tamanho e
estilo da linha da borda da célula.
Ao MESCLAR a célula, pode-se combinar duas ou
mais células em uma única célula. A referência de cé-
lula neste caso será a da célula superior direita das cé- Predefinições: existem bordas já pré-definidas
lulas selecionadas. para serem usadas.

No exemplo em questão, mesclou-se as células C8, Cor: define-se a cor da célula selecionada.
C9, D8 e D9, com a célula C8 servindo como referên-
cia. Observe que agora o alinhamento foi “no meio” e
“centralizado”: Formatando as células:

Dentro da célula, é possível também selecionar a Usando a caixa Formatar Células é possível padro-
Direção do Texto para configurar a ordem de leitura e nizar o conteúdo destas.
seu alinhamento. Por padrão, este item está definido
na opção Contexto, mas é possível alterá-la para Da
Esquerda para a Direita ou Da Direita para a Esquerda.

Existem outras opções dentro da célula, como “que-


brar o texto automaticamente”, a qual quebra o texto
em várias linhas dentro de uma mesma célula; “redu-
zir para caber”, que reduz o tamanho dos caracteres
da fonte para que seus dados caibam dentro da coluna.

Pode-se também utilizar as opções de borda para


configurar a célula, como demonstra a figura a seguir:

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Preenchimento: Aqui escolhe-se as cores, padrões


e efeitos a serem aplicados no preenchimento das cé-
lulas. O plano de fundo determina a cor a ser utilizada
no fundo da célula. Os efeitos de preenchimento pos-
sibilitam ao usuário a aplicação de gradiente, textura e
outros preenchimentos.

Alguns comandos úteis no Excel:

PARA SELECIONAR

Uma célula Clique na célula ou uti-


lize as setas do teclado
para chegar até ela

Um intervalo de células Clique em uma célula e


arraste o cursor até as
Veja que existem diversas opções dentro da caixa
outras, ou mantenha
Formatar Células. A primeira opção determina os ti-
a tecla SHIFT pressio-
pos exemplificados na figura anterior. Os Outros são:
nada e utilize as setas
do teclado. É possível
Alinhamento: também, com a tecla
SHIFT apertada, clicar na
As opções de alinhamento são padronizadas do primeira e diretamente
Pacote Office, ou seja, iguais às utilizadas no Microsoft na última célula preten-
Word. Entretanto, não se esqueça que existem alguns dida.
alinhamentos característicos do Excel, como visto an-
teriormente. E há ainda outro, a Orientação, que per- Todas as células CTRL + T ou na opção
mite ao usuário ‘girar’ o texto dentro da célula, deter- selecionar tudo, dispo-
minando quantos graus seu conteúdo será inclinado. É nível no lado esquerdo
possível também configurar o Recuo do conteúdo das superior em relação à
células em relação às suas bordas, sendo no sentido tabela
Horizontal, sendo no sentido Vertical.
Células, linhas ou colu- Clique na primeira célu-
nas não adjacentes la, linha ou coluna pre-
Fonte:
tendida. Depois, pressio-
Aqui, é possível definir a fonte, seu estilo, tama- ne CTRL enquanto clica
nho e efeitos, como tachado, sobrescrito e subscrito. A nas outras pretendidas
fonte padrão do Excel é a Calibri. O Estilo padrão é
o Regular, mas pode-se optar por Itálico, Negrito ou
Negrito Itálico. Já o tamanho padrão é o 11. Fórmulas:

Outras opções disponível são Sublinhado e Cor da Para utilizar fórmulas no Excel, utilize os operado-
fonte. res +, -, * e /.

Borda: opção já discutida anteriormente. Cabe res- Operadores aritméticos:


saltar que existem diversos tipos de estilos de borda.
Operador Significado

+ Adição

- Subtração ou negação

* Multiplicação

/ Divisão

% Porcentagem

^ Exponenciação

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Operadores de comparação: Sua fórmula é =MULT(núm1;núm2) ou ainda


=E2*E3.
Operador Significado

= Igual a

> Maior que

< Menor que

>= Maior ou igual a

<= Menor ou igual a


Neste caso, o produto de =MULT(E2:E3) é 15.
<> Diferente de
Raiz: tem como resultado a raiz quadrada positiva
do número. É demonstrada pela fórmula =RAIZ(núm).
Operadores de referência:
Exemplo: =RAIZ(9) resultará no número 3.
Operador Significado
Potência: resulta em um número elevado à uma
: Intervalo. Considera a potência. Sua fórmula é =POTÊNCIA(núm;potência).
referência para as célu-
las presente entre duas Exemplo: =POTÊNCIA(5;2) resulta em 52, ou seja,
25.
referências

; União. Combina duas ou Arredondamento: esta função arredon-


mais referências. da um certo número de dígitos. Sua fórmula é
=ARRED(núm1;núm2), onde o ‘núm1’ é o valor a ser
(espaço) Intersecção. Produz arredondado (ou a célula que se pretende arredondar)
uma referência a células e o ‘núm2’ é o número de dígitos para o qual será arre-
comuns a mais de uma dondado o número. Exemplo:
referência.

Funções:
São fórmulas oferecidas pelo Excel, ou seja, já são
pré-definidas.

Principais funções presentes no Excel:


Média: traz como resultado a média arit-
Soma: Soma todos os números contidos na função. mética dos valores pretendidos. Sua fórmula é
Exemplo: =MÉDIA(núm1;núm2).

=SOMA(núm1;núm2) ou =SOMA(E2:E3): Existe uma infinidade de outras funções pré-defi-


nidas pelo Excel, sendo estas as de maior importância
para o candidato ao concurso em questão.

Referências em fórmulas:

Para montar uma fórmula, é importante que o


candidato saiba alguns conceitos utilizados nestas.
Observe a tabela a seguir:

REFERÊNCIA SIGNIFICADO
Neste caso, E2 tem como valor 3 e E3 como valor 5. A5 Célula na intersecção da Coluna A
Logo, sua soma seria 8. e da Linha 5
A5:A10 Intervalo de células da Coluna A,
Mult: multiplica todos os números contidos na
função. No mesmo exemplo, vemos o seguinte:
entre linhas 5 e 10

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chimento da área do gráfico, cores do texto, fontes, ta-


A5:B5 Intervalo de células da Linha 5, manho, entre diversas outras propriedades.
entre Colunas A e B
A5:B15 Intervalo de células nas colunas A Classificar texto e números:
e B e Linhas 5 e 15
É possível também classificar uma coluna de diver-
10:10 Todas as células da linha 10 sas formas. Pode-se classificar de A a Z ou de Z a A. Já
os números podem ser classificados do Menor para o
10:15 Todas as células da linha 10 à li-
Maior ou do Maior para o Menor.
nha 15
B:B Todas as células da Coluna B

Gráficos:
Ao clicar na aba Inserir, tem-se a opção Gráficos.

Classificar datas ou horas:

Caso a coluna ou células selecionadas sejam valo-


res de data ou hora, é possível classifica-las da Mais
Antiga para a Mais Nova ou da Mais Nova para a Mais
Antiga, seguindo o mesmo procedimento.

Para aplicar um gráfico a uma determinada quanti-


dade de células, selecione-as e depois clique na opção
Inserir Gráfico. Existem diversos modelos propostos
pelo Excel, como Coluna, Linha, Pizza, Barra, entre
outros.

Por fim, existe a Classificação Personalizada, na


qual é possível classificar as células de acordo com o
critério pretendido:

Impressão:

Neste exemplo, LEG1, LEG2 e LEG3 são as A impressão segue os procedimentos do Word,
Legendas do Gráfico. ANO1, ANO2 e ANO3 são os com uma opção interessante: a de Imprimir Títulos.
títulos de gráfico utilizados. Importante ressaltar que Tal recurso é utilizado nos casos em que o planilha
a qualquer momento o usuário pode modificar o tipo ocupar mais de uma página, sendo possível imprimir
de gráfico, migrando os valores para o formato pizza, rótulos ou títulos de linha e de coluna em cada página
barra, etc. É possível também alterar cores de preen- impressa.

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É possível também imprimir a planilha inteira ou Para adicionar formas, vá em Inserir e depois em
somente um intervalo de células, bastando para isso Formas. Selecione a forma desejada, clique em qual-
selecioná-las antes de clicar na opção Imprimir. quer parte do slide e arraste para desenhar a forma.

POWERPOINT
Aqui dispomos de um roteiro básico para fazer
uma apresentação no PowerPoint: Primeiro, deve-se
escolher um tema. O PowerPoint possui alguns temas
internos. Pode-se criar ou selecionar uma variação de
cor, e depois começar sua formatação.

Por fim, para adicionar imagens, tem-se mais de


uma opção. Para imagens salvas em sua unidade local
ou servidor interno, clique em Imagens em meu PC;
para inserir uma imagem oriunda da Internet, clique
em Imagens Online e utilize a caixa de pesquisa para
encontra-la.

E para iniciar sua apresentação, pode-se começar


pelo primeiro slide, no item Iniciar Apresentação de
Slides e Do Começo, ou do ponto em que se encontra,
na opção Slide Atual.

Para inserir um novo slide, deve-se ir até a guia Na guia Apresentação de Slides, siga um destes
Página Inicial, clicar em Novo Slide e selecionar um procedimentos: Para iniciar a apresentação no primei-
layout de slide. ro slide, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, cli-
que em Do Começo.

Alguns conceitos básicos sobre o Microsoft Po-


werpoint:

Para salvar a sua apresentação, pode-se clicar na Painel Slide: Aqui, é possível trabalhar com os sli-
guia Arquivo e opção Salvar ou utilizar o já mencio- des individualmente:
nado atalho Ctrl+S. Para adicionar um texto, vá em um
espaço reservado para texto e comece a digitar. Pode-
se formatar o texto, com efeitos de sombra, reflexo,
contorno, preenchimento, entre outros.

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Guia Slides: Exibe os slides em miniaturas en- Anotações:


quanto a edição é feita. Aqui é possível também edital,
adicionar ou excluir slides mais rapidamente.

Guia Tópicos: Aqui a apresentação é estruturada


de acordo com os tópicos, mostrando uma ideia geral
do documento.

Modos de exibição do Powerpoint:


ü Normal;

ü De classificação de slides;

ü De exibição de anotações;

ü Apresentação de slides;

ü Leitura;

ü Mestres:

- Slide;
Aqui é possível gravar anotações sobre os slides.
- Folheto; Ao selecionar o Modo de Exibição Anotações, é possí-
vel adicionar gráficos, imagens e tabelas a elas.
- Anotações.

Slide Mestre:
Inserir:
Considerado um slide principal, que serve de base
para os outros em uma apresentação, pois traz infor-
mações de tema, design, títulos e outros itens a serem
utiizados.

Cada apresentação deve ter ao menos um slide


mestre. Ao alterar um slide mestre, todos os slides a
ele vinculados são alterados.
Aqui, é possível adicionar imagens, tabelas, álbuns,
figuras Clip-Art ou ainda áudios ou vídeos para sua
apresentação. Layout de slides:

Na aba da Página Inicial, é possível escolher um


dos nove Temas do Office pré-definidos:
Design:

Nesta aba é possível escolher o design da apresen-


tação entre vários formatos já pré-definidos. Também
traz a possibilidade de Configurar a Página, como ex-
posto a seguir:

As abas Transições e Animações permitem per-


sonalizar a apresentação, com efeitos como Piscar,
Dissolver, Emaecer e animações como Surgir, Piscar,
etc.

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Animações: IMAP: Para acesso do email. Porta143


Existem basicamente quatro tipos de efeitos de ani- DNS: Resolução de nomes para IP. Porta 53
mação:
DHCP: Configuração dinâmica de IP. Porta 67
- de Entrada, quando um objeto surge no slide;
FTP: Transferência de arquivos. Porta 20 e 21
- de Saída, quando o objeto se separa ou desa- Telnet: Acesso remoto à distância. Porta 23
parece do slide;
SSH: Acesso remoto com segurança. Porta 22
- de Ênfase, para destacar o objeto, reduzindo
ou aumentando-o; IP: Endereço que indica o local de um host.
Cada computador possui um IP, o qual é único.
- de Animação, fazendo o objeto girar, ir para
O endereço de domínio é convertido em IP através
cima, para baixo, etc.
do DNS.

Transições entre slides: O IPv4 usa número de 32 bits, escrito com 04 octe-
tos. Já a versão 6 (IPv6) utiliza número de 128 bits.
São os efeitos colocados entre um slide e outro,
como já visto. Além dos efeitos, pode-se adicionar som
a estas transições. Conexão à Internet:
Normalmente, conecta-se à Internet através de um
provedor. A conexão pode ocorrer via Dial-Up, ADSL,
cabo, 3g e 4g (celulares), FTTH (fibra ótica) e rádio.
05 INTERNET E INTRANET
Www:
INTERNET
Sigla para World Wide Web, que em português sig-
Conjunto de redes de computadores conectados nifica Rede de Alcance Mundial. Uma página da web
pelo protocolo de comunicação TCP/IP, que permite nada mais é do que um documento que traz infor-
ampla variedade de recursos e serviços e possibilita mações na linguagem HTML, podendo trazer textos,
transferência de dados. Possui uma estrutura que pos- sons, vídeos e outras formas de arquivos.
sibilita a utilização de serviços como correio eletrôni-
co, sítios de busca e pesquisa, dentre outras.
Voip:

Conceitos básicos: Comunicação de voz via internet. O mais utilizado


atualmente é o Skype.
Host: máquina ou computador conectado a alguma
rede.
E-mail:
Roteador: equipamento que possibilita a comunica-
ção entre várias redes de computadores. Sigla para Eletronic Mail, que significa correio ele-
trônico. Serve para troca de mensagens e informações
Provedor de acesso: empresa que possibilita e ofe- entre usuários.
rece o serviço de acesso à Internet, podendo também
ofertar outros, como serviços de email, hospedagem
de sites, etc. URL:
Sigla para Universal Resource Locator, ou seja, lo-
Servidor: sistema que fornece serviços a redes de
calizador universal de recursos. É uma maneira eifcaz
computadores.
de localizar páginas, conteúdos, pastas, documentos
(como áudio e vídeo, por exemplo), entre outras. Pode
Protocolos TCP/IP: ser digitada em navegadores para acesso via inter-
net ou para recuperação de materiais e documentos
HTTP: Transferência de páginas de web. Porta dentro de um computador. Utilizam frequentemente
80 “http”, “ftp”, etc.

HTTPS: Transferência de páginas de Web Segu-


HTTP:
ro. Porta 443
Sigla para Hypertext Transfer Protocol. Forma pa-
SMTP: Para envio de email. Porta 587 drão para acesso de sites. Possui a seguinte estrutura:

POP3: Para recepção de email. Porta 110 “esquema ://servidor: porta /caminho “

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Noções Básicas de Informática

Esquema: onde é digitado ‘http’, ou seja, indica o


protocolo a ser utilizado; servidor: local que hospeda
a página ou documento acessado; porta: forma como o
UNIVERSIDADES
navegador acessará o servidor; caminho: indica espe-
cificamente o documento ou página acessada. EDU.BR Instituições de ensino superior

Firewall:
Sistema para proteger a rede de computadores con-
tra acesso indesejável. PROFISSIONAIS LIBERAIS

SOMENTE PARA PESSOAS FÍSICAS


Site:
ADM.BR Administradores
Pasta ou diretório onde estão localizados todos os
arquivos das páginas. Home-page é a primeira página ADV.BR Advogados
de um site.
ARQ.BR Arquitetos

Domínio: ATO.BR Atores


Nome que identifica conjuntos de computadores.
BIO.BR Biólogos

com.br BMD.BR Biomédicos


Domínios Genéricos
net.br
CIM.BR Corretores
Domínios Institucio- edu.br
nais gov.br CNG.BR Cenógrafos
ar (Argentina) CNT.BR Contadores
Domínios Geográficos
br (Brasil)
ECN.BR Economistas

TIPOS DE DOMÍNIO ENG.BR Engenheiros


Os domínios podem ser especificados de acordo ETI.BR Especialista em Tecnologia da Informação
com categorias, que envolvem pessoas físicas ou jurí-
dicas, ramos de atividade, tipos de páginas, entre ou- FND.BR Fonoaudiólogos
tros. A seguir disponibilizamos um resumo dos princi-
pais domínios existentes no Brasil. FOT.BR Fotógrafos

FST.BR Fisioterapeutas
GENÉRICOS
GGF.BR Geógrafos
PARA PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS
JOR.BR Jornalistas
COM.BR Atividades comerciais
LEL.BR Leiloeiros
ECO.BR Atividades com foco eco-ambiental
MAT.BR Matemáticos e Estatísticos
EMP.BR Pequenas e micro-empresas
MED.BR Médicos
NET.BR Atividades comerciais
MUS.BR Músicos

NOT.BR Notários
PESSOAS FÍSICAS
NTR.BR Nutricionistas
BLOG.BR Web logs
ODO.BR Dentistas
FLOG.BR Foto logs
PPG.BR Publicitários e profissionais da área de
NOM.BR Pessoas Físicas propaganda e marketing

VLOG.BR Vídeo logs PRO.BR Professores

WIKI.BR Páginas do tipo ‘wiki’ PSC.BR Psicólogos

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QSL.BR Rádio amadores GOV.BR Instituições do governo federal

SLG.BR Sociólogos MIL.BR Forças Armadas Brasileiras

TAXI.BR Taxistas ORG.BR Instituições não governamentais sem fins


lucrativos
TEO.BR Teólogos
PSI.BR Provedores de serviço Internet
TRD.BR Tradutores
DNSSEC OBRIGATÓRIO
VET.BR Veterinários
B.BR Bancos
ZLG.BR Zoólogos
JUS.BR Instituições do Poder Judiciário

LEG.BR Instituições do Poder Legislativo

PESSOAS JURÍDICAS MP.BR Instituições do Ministério Público

SEM RESTRIÇÃO

AGR.BR Empresas agrícolas, fazendas CONTROLES ACTIVE X

ART.BR Artes: música, pintura, folclore São pequenos programas de extensão OCX, tam-
bém denominados complementos, utilizados na inter-
ESP.BR Esporte em geral net para melhorar a navegação.

ETC.BR Empresas que não se enquadram nas Permitem coleta de dados dos usuários, reprodu-
outras categorias ção de vídeos ou animações e auxiliam em tarefas,
possibilitando a instalação de atualizações de seguran-
FAR.BR Farmácias e drogarias ça, sendo necessária sua instalação para visualização
de alguns sites. São muitas vezes incorporados em si-
IMB.BR Imobiliárias tes para trazer recursos extras ao navegador utilizado.
IND.BR Indústrias Os controles Active X são particulares do Internet
Explorer, mas podem ser utilizados em outros nave-
INF.BR Meios de informação (rádios, jornais,
gadores através da instalação de plug-ins específicos.
bibliotecas, etc..)

RADIO.BR Empresas que queiram enviar áudio pela


CONFIGURAÇÃO DE PROXY
rede

REC.BR Atividades de entretenimento, diversão, Servidor destinado exclusivamente para o aumento


jogos, etc... de velocidade em sua navegação utilizado por deter-
minados provedores. O proxy trabalha armazenado
SRV.BR Empresas prestadoras de serviços dados de páginas acessadas pelos usuários localmen-
te, ou seja, em um computador dentro do próprio ser-
TMP.BR Eventos temporários, como feiras e vidor, que carrega estes dados quando a página aces-
exposições sada.

TUR.BR Empresas da área de turismo Isto impede que os dados tenham que ser carrega-
dos via internet a cada acesso, o que aumenta a veloci-
TV.BR Empresas de radiodifusão de sons e dade da página.
imagens
Existem alguns programas para utilização de pro-
COM RESTRIÇÃO xy, mas também há formas de configurá-lo manual-
mente.
AM.BR Empresas de radiodifusão sonora
Firefox: Clicar em “Opções”, “Opções” novamen-
COOP.BR Cooperativas
te e em “Avançado”. Após isso, clicar em “Configurar
FM.BR Empresas de radiodifusão sonora Conexão”.

G12.BR Instituições de ensino de primeiro e Uma nova janela será aberta, na qual deve-se es-
segundo grau colher a “configuração manual de proxy”. No campo
“http” insere-se o número do IP do proxy a ser confi-

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gurado, e no campo “porta” a identificação da porta a Explorer”, devido à integração com a linha Windows
ser utilizada. Caso queira, é possível escolher a opção Live.
“usar este proxy para todos os protocolos”, para esta
opção ficar configurada permanentemente. Atualmente, seus maiores concorrentes são o
Mozilla Firefox, o Google Chrome, o Opera e o Safari.

Internet Explorer e Google Chrome: Ambos O Internet Explorer foi, durante um longo perío-
utilizam a mesma nomenclatura. Clica-se no bo- do de tempo, o navegador mais utilizado em todo o
tão ‘Ferramentas’ e escolhe-se “Opções da Internet”. mundo, chegando a estar presente em 99% dos com-
Escolha opção “Conexões” e “Configurações da LAN”. putadores com acesso à internet. Contudo, foi perden-
Em seguida, marque a opção “usar um servidor proxy do espaço para concorrentes como Google Chrome e
para a rede local” e no campo “http” insira o número Mozilla Firefox.
do proxy a ser configurado.
Um dos motivos preponderantes para isso ocorrer
foi o fato do Internet Explorer ter sido sempre aponta-
INTRANET do como um software com inúmeras falhas de segu-
rança.
Rede que utiliza a mesma tecnologia, protocolos,
serviços e aplicativos usados na Internet, mas voltada Softwares como vírus, worms e trojans aproveita-
ao acesso corporativo. Tem como característica ser res- vam-se da vulnerabilidade do navegador para roubar
trito a um grupo de pessoas (funcionários), com con- informações pessoais dos usuários, bem como para
trole através de login e senha. controlar ou direcionar sua navegação.

Já a Microsoft utilizou como argumento o fato de


Extranet: acesso à Internet fora da empresa ou liga- que tais vulnerabilidades decorriam da alta quantida-
ção entre Intranets de duas ou mais empresas. de de usuários de seu navegador.

E isso pode ser observado quando seu concorrentes


como Chrome e Firefox ganharam espaço, pois estes
também apresentaram diversas falhas de segurança.
06 NAVEGADORES
Abaixo, estão expostas as Guias do Internet
Os navegadores são utilizados para se ter acesso a Explorer 9 e suas funções:
todo o conteúdo da Internet.

INTERNET EXPLORER

O Windows Internet Explorer 9 (abreviado IE9) é a


nona versão do navegador Internet Explorer, criado e
fabricado pela Microsoft. Ele é o sucessor do Internet
Explorer 8.

Também conhecido pelas abreviações IE, MSIE,


WinIE ou Internet Explorer, é um componente integra-
do desde o Microsoft Windows 98, e está disponível
como um produto gratuito separado para as versões
mais antigas do sistema operacional.

Desde sua versão 7, seu nome oficial passou de


“Microsoft Internet Explorer” para “Windows Internet

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PRINCIPAIS ATALHOS

Para Pressione

Mostrar a Ajuda F1

Alternar entre os modos F11


de exibição tela inteira
e normal da janela do
navegador

Hoje em dia, está disponível o Internet Explorer 11, Avançar pelos itens de uma Tab
cuja interface é demonstrada na figura a seguir: página da Web, a barra
de endereços ou a barra
Favoritos

Mover-se para frente entre Shift+Tab


os itens de uma página da
Web, a barra de endereços
e a barra Favoritos

Iniciar a Navegação por F7


Cursor

Ir para a home page Alt+Home

Ir para a próxima página Alt+Seta para a Direita


Existe a opção de guias e janelas, já presente em di-
Ir para a página anterior Alt+Seta para a esquerda
versos navegadores. Com elas, é possível ter diversos
ou Backspace
sites abertos em uma só janela do navegador, possibi-
litando abrir, fechar e alternar entre sites. Exibir o menu de atalho de Shift+F10
um link
A barra de guias mostra todas as guias ou janelas
que estão abertas na sessão atual. Mover-se para frente Ctrl+Tab ou F6
entre quadros e elementos
Para adicionar um site a seus favoritos: do navegador (funciona
apenas se a navegação com
É possível manter uma lista com seus sites favori- guias estiver desativada)
tos, afim de facilitar o seu acesso sem precisar sempre
digitar o endereço deles. Para isso, basta ir até o site Mover-se para trás entre Ctrl+Shift+Tab
que deseja adicionar, clicando para exibir os comandos quadros (funciona apenas
de aplicativos. Em seguida clique no botão Favoritos se a navegação com guias
estiver desativada)
e em Adicionar a favoritos e, em seguida, to-
que ou clique em Adicionar. Voltar ao início de um Seta para Cima
documento
Para fixar um site na tela inicial: Ir para o final de um Seta para Baixo
Os sites fixados serão exibidos em bloco na tela ini- documento
cial. Para isso, ao estar acessando o site clique no botão
Voltar ao início de Page Up
favoritos e depois clique no botão Fixar site e, em um documento em
seguida, toque ou clique em Fixar na Tela Inicial. incrementos maiores

Ir para o fim de Page Down


Modo de exibição de leitura: um documento em
incrementos maiores
Quando estiver em sites para leitura, utilize o ícone
Modo de exibição de leitura na barra de endere- Mover-se para o início de Home
ços. Ele elimina itens desnecessários (como anúncios, um documento
por exemplo) fazendo com que as matérias sejam des-
tacadas. Para isso, basta clicar no ícone para ativá-lo. Mover-se para o fim de um End
Para retornar à navegação, basta clicá-lo novamente. documento

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MOZILLA FIREFOX
Localizar nesta página Ctrl+F

Atualizar a página da Web F5


atual

Atualizar a página da Web Ctrl+F5


atual, mesmo que os
carimbos de data/hora da
versão da Web e da versão
armazenada localmente
sejam iguais.

Parar o download de uma Esc


página

Abrir um novo site ou Ctrl+O


página Trata-se de um navegador livre e multi-plataforma,
desenvolvido pela Mozilla Foundation. Tem como di-
Abrir uma nova janela Ctrl+N ferencial o recurso Firefox Sync, que permite a sincroni-
zação dos favoritos, históricos, senhas e complementos.
Excluir histórico de Ctrl+Shift+Delete
navegação
Acessibilidade:
Duplicar Guia (abrir a guia Ctrl+K
atual em uma nova guia) A interface do Firefox tem como objetivo ser o mais
simples possível. Aqui, as opções menos utilizadas
Reabrir a última guia Ctrl+Shift+T ficam geralmente ocultas. O Firefox também possui
fechada como característica marcante a presença de abas para
separar os sites da sessão atual em uma única janela
Fechar a janela atual (se Ctrl+W
do navegador.
apenas uma guia estiver
aberta) O navegador possui diversas opções de busca por
informações e sites, como a função denominada ‘loca-
Salvar a página atual Ctrl+S
lizar ao digitar’. Com a função habilitada, ao iniciar a
Imprimir a página atual ou Ctrl+P digitação da palavra o Firefox destaca o primeiro re-
a moldura ativa sultado que encontra.

Ativar um link selecionado Inserir Está disponível também um campo de pesquisa


embutido, com sites de busca incluídos como Google,
Abrir os favoritos Ctrl+I Yahoo e outros.

Abrir o histórico Ctrl+H


Segurança e Personalização:
Abrir o Gerenciador de Ctrl+J
Download O Firefox tem como característica a instalação de
extensões, o que supostamente o torna seguro. O usu-
Abrir o menu Página (se a Alt+P ário escolhe as extensões que quer instalar (chama-
Barra de comandos estiver dos plug-ins), podendo entrar também no Modo de
visível) Segurança, no qual todas as extensões instaladas são
desativadas.
Abrir o menu Ferramentas Alt+T
(se a Barra de comandos Mas cabe ressaltar que tais extensões, quando ins-
estiver visível) taladas sem cuidado pelo usuário, podem resultar em
vulnerabilidades que afetem o funcionamento do na-
Abrir o menu Ajuda (se a Alt+H
vegador.
Barra de comandos estiver
visível) O próprio Firefox possui falhas de segurança em
seu código, assim como todos os navegadores dispo-
Aumentar o zoom (+ 10%) Ctrl+Sinal de adição níveis hoje.
Diminuir o zoom (- 10%) Ctrl+Sinal de subtração As extensões podem trazer novas funções, como
personalizar o funcionamento do mouse, bloqueio de
Ajustar nível de zoom em Ctrl+0
publicidade, imagens, temas de aparência do navega-
100%
dor, botões, menus, barra de ferramentas, etc.

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A versão atual disponível para download é o


Firefox 31, de julho de 2014. Página inicial Alt+Home

Abrir arquivo Ctrl+O

Atualizar a F5
página Ctrl+R

Página atual:

Comando Atalho

Ir para o final da pági-


End
na
Nas figuras a seguir estão expostas as Guias do
Mozilla Firefox e suas funções, de importante conhe- Ir para o início da pá-
cimento para resolução de questões no concurso em Home
gina
questão:
Ir para o próximo fra-
F6
me

Ir para o frame ante-


Shift+F6
rior

Imprimir Ctrl+P

Salvar página como Ctrl+S

Mais zoom Ctrl++

Menos zoom Ctrl+-

Zoom normal Ctrl+0

Editando:

Comando Atalho

Copiar Ctrl+C

Recortar Ctrl+X

Apagar Delete

Colar Ctrl+V

Refazer Ctrl+Y

Selecionar
Ctrl+A
tudo

Desfazer Ctrl+Z
Principais atalhos:
Busca:
Navegação:
Comando Atalho
Comando Atalho
Localizar Ctrl+F
Alt+← F3
Voltar Localizar próximo
Backspace Ctrl+G
Alt+→ Shift+F3
Avançar Localizar anterior
Shift+Backspace Ctrl+Shift+G

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Abas e plug-ins: executados em processos separa-


Localizar link enquanto digita ‘ dos.
Localizar texto enquanto
/ Tradução automática: quando ativado, permite a
digita
tradução sempre que um site em idioma diferente é
Ctrl+K acessado.
Campo de busca
Ctrl+E
Simplicidade: a janela do Google Chrome é otimi-
zada, limpa e simples.
Janelas & Abas:
Login: ao efetuar login em sua conta Google, seus
favoritos, histórico e outras configurações pessoais são
Comando Atalho
importadas para todos os seus computadores, deixan-
Ctrl+W do o usuário conectado com todos os serviços ofereci-
Fechar aba dos pelo Google.
Ctrl+F4

Fechar Ctrl+Shift+W As opções de histórico, downloads, favoritos, ex-


janela Alt+F4 tensões e configurações se assemelham aos outros na-
vegadores, como visto na figura a seguir. Ela ilustra o
Nova aba Ctrl+T menu aberto ao se clicar no lado direito posterior do
painel principal do Google Chrome:
Nova
Ctrl+N
janela

Ctrl+Tab
Próxima
Ctrl+Page
aba
Down

GOOGLE CHROME

Navegador criado pelo Google, sendo hoje o mais


utilizado no mundo. O Chrome envia detalhes de seu
uso diretamente para o Google, recurso este que tem
sido muito criticado por alguns usuários. Entretanto,
vários dos mecanismos utilizados para tal podem ser
desativados pelos usuários.

Principais Atalhos:

Atalhos de guias e janelas:

Ctrl+N Abre uma nova janela.

Ctrl+T Abre uma nova guia.

Abre uma nova janela no


Possui alguns recursos interessantes, como: Ctrl+Shift+N modo de navegação anô-
nima.
Omnibox: a barra de endereços tem o recurso de
auto-completar. Abre um arquivo de seu
Pressionar Ctrl+O. computador no Google
Modo privativo/anônimo: através do coman- Chrome.
do Ctrl+Shift+N, é possível abrir uma nova janela no
Pressionar Ctrl e clicar em Abre o link em uma nova
modo anônimo, que impede a visualização do históri-
um link. guia em segundo plano.
co posteriormente.

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Abre o link em uma nova CAMPO DESCRIÇÃO


Pressionar Ctrl+Shift e cli-
guia e alterna para a guia
car em um link. PARA Destinatário(s) principal(is) da
recém-aberta.
(DESTINATÁRIO) mensagem
Pressionar Shift e clicar em Abre o link em uma nova
um link. janela. CC Destinatário(s) secundário(s) da
(CÓPIA CARBO- mensagem. Os destinatários inclu-
NO) ídos no campo PARA e CC sabem
que o outro também recebeu a
Atalhos de páginas da Web: mensagem.

CCO/BCC Os destinatários aqui coloca-


Ctrl+P Imprime sua página atual. (CÓPIA OCULTA) dos não sabem da existência
uns dos outros em relação ao
Ctrl+S Salva sua página atual. recebimento da mensagem.
F5 ou
Recarrega sua página atual.
Ctrl+R O acesso ao email pode se dar de duas formas:
através do WebMail, provedor de mensagens de cor-
Interrompe o carregamento de sua página
Esc reio através da Internet ou Intranet, ou programas de
atual.
e-mail, como Mozilla Thunderbird, Microsoft Office
Ctrl+F Abre a barra “Localizar”. Outlook, dentre outros.

Abre sua página no modo de tela cheia.


F11 Pressione F11 novamente para sair desse OUTLOOK
modo.
Microsoft Outlook é um “cliente de e-mail”, com-
ponente integrante do Microsoft Office. Ao contrário
do Outlook Express - usado basicamente para rece-
Atalhos de texto:
ber e enviar e-mail -, o Outlook é ainda um calendá-
rio completo, que possibilita ao usuário agendar seus
Copia o conteúdo realçado para compromissos diários, semanais e mensais.
Ctrl+C
a área de transferência.
Traz também um gerenciador de contatos, onde é
Ctrl+V ou Cola o conteúdo da área de possível cadastrar o nome e email de seus contatos,
Shift+Insert transferência. bem como outras informações relevantes, telefones,
Ramo de atividade, detalhes sobre emprego, apelido,
Cola o conteúdo da área de entre outras.
Ctrl+Shift+V
transferência sem formatação.
Possui também um Gerenciador de tarefas, que po-
Exclui o conteúdo realçado e o dem ser organizadas em forma de lista, com todos os
Ctrl+X ou
copia para a área de transferên- detalhes sobre determinada atividade a ser realizada.
Shift+Delete
cia. Por fim, conta ainda com um campo de anotações.

PARA PRESSIONE

07 CORREIO ELETRÔNICO Alternar para Email. CTRL+1

Alternar para Calendário. CTRL+2


Recurso utilizado para compor, enviar e receber
mensagens através da Internet. Alternar para Contatos. CTRL+3

O usuário possui uma caixa postal onde recebe Alternar para Tarefas. CTRL+4
suas mensagens, e seu endereço é sempre composto
no seguinte formato: Alternar para Anotações. CTRL+5

Alternar para Listas CTRL+6


Caixapostal@dominiodaempresa:
de Pastas no Painel de
Ex.: contato@editoraaprovare.com.br. Navegação.

Alternar para Atalhos. CTRL+7


O email é composto dos seguintes campos:

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Mover entre a janela TAB Salvar como (somente em F12


do Outlook, os painéis Email).
menores no Painel de
Navegação, o Painel de Desfazer. CTRL+Z ou ALT+BACKSPACE
Leitura e as seções na Barra
Excluir um item. CTRL+D
de Tarefas Pendentes.
Imprimir. CTRL + P
Mover-se entre a janela F6
do Outlook, os painéis Copiar item. CTRL+SHIFT+Y
menores do Painel de
Navegação, o Painel de Mover um item. CTRL+SHIFT+V
Leitura e as seções da Barra
de Tarefas Pendentes. Verificar nomes. CTRL+K

Mover-se entre linhas do CTRL+TAB Verificar ortografia. F7


título da mensagem no
Painel de Navegação. Sinalizar para CTRL+SHIFT+G
acompanhamento.
Mover-se dentro do Painel Teclas de seta
de Navegação. Encaminhar. CTRL+F

No Painel de Leitura, role a BARRA DE ESPAÇO Enviar ou postar ou ALT + S


página para baixo. convidar todos.

No Painel de Leitura, role a SHIFT+BARRA DE ESPAÇO Habilitar a edição em um F2


campo (exceto no modo
página para cima.
de exibição de ícones ou
de emails).
Localizar uma mensagem CTRL+E
ou outro item. Alinhar texto à esquerda. CTRL+L
Apagar os resultados da ESC Centralizar texto. CTRL+E
pesquisa.
Alinhar texto à direita. CTRL+R
Localizar texto dentro de F4
um item aberto. Email
Criar um compromisso. CTRL+SHIFT+A PARA PRESSIONE
Criar um contato. CTRL+SHIFT+C Alternar para Caixa de CTRL+SHIFT+I
Entrada.
Criar uma lista de CTRL+SHIFT+L
distribuição. Alternar para Caixa de CTRL+SHIFT+O
Saída.
Criar um fax. CTRL+SHIFT+X
Enviar. ALT + S
Criar uma pasta. CTRL+SHIFT+E
Encaminhar uma CTRL + F
Criar uma entrada de CTRL+SHIFT+J mensagem.
diário.
Criar uma mensagem CTRL+N
Criar uma solicitação de CTRL+SHIFT+Q (quando estiver no Email).
reunião.
Abrir uma mensagem CTRL + O
Criar uma mensagem. CTRL+SHIFT+M recebida.

Criar uma anotação. CTRL+SHIFT+N Localizar ou substituir. F4

Criar um novo documento CTRL+SHIFT+H Imprimir. CTRL+P


do Microsoft Office.
Encaminhar. CTRL+F
Salvar (exceto em Tarefas). CTRL+B ou SHIFT+F12
Criar um novo CTRL+N
Salvar e fechar (exceto em ALT+R compromisso (quando
Email). estiver em Calendário).

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Existem inúmeros sites de busca, como Yahoo e


Abrir um item. ENTER Bing. Entretanto, o sítio de maior uso, amplitude e
eficiência é o Google, razão pela qual será objeto de
Selecionar todos os itens. CTRL + A
maior estudo neste tópico. Para efetuar uma busca, um
Ir para o item no canto PAGE DOWN mecanismo efetua basicamente 4 passos:
inferior da tela.
1. Rastrear: aqui é feito uma varredura (também
Ir para o item no canto PAGE UP chamado de scan) por links e páginas;
superior da tela.
2. Indexar: todo o conteúdo varrido será indexa-
Estender ou reduzir os SHIFT+SETA PARA CIMA ou do, ou seja, será analisado e armazenado;
itens selecionados em um SHIFT+SETA PARA BAIXO,
3. Rankear: depois de buscado e indexado, o
item. respectivamente
link será ranqueado de acordo com sua impor-
Ir para o item anterior ou CTRL+SETA PARA CIMA ou tância e relevância para o mecanismo;
seguinte sem estender a CTRL+SETA PARA BAIXO,
4. Apresentar o resultado: aqui, temos o resulta-
seleção. respectivamente do de todo o processo anterior, disponibilizan-
do ao usu
Selecionar ou cancelar a CTRL+BARRA DE ESPAÇOS
seleção do item ativo. Existem diversas classificações de mecanismos de
busca. Para fins didáticos, aqui iremos utilizar duas:
Com um grupo
selecionado Globais: como Google, Yahoo e Bing, pesqui-
sam todas as páginas e documentos da Internet,
PARA PRESSIONE com seu resultado sendo aleatório e dependen-
do de diversos fatores.
Expandir um único grupo SETA PARA A DIREITA
selecionado. Verticais: efetuam buscas especializadas, de
acordo com seus objetivos. Podem ser utiliza-
Recolher um único grupo SETA PARA A ESQUERDA dos de forma comercial, como BuscaPé, Catho
selecionado. e outros.

Selecionar o grupo SETA PARA CIMA Locais: são essencialmente regionais, direcio-
anterior. nado a busca principalmente para empresas e
prestadores de serviços. Listão e GuiaMais são
Selecionar o próximo SETA PARA BAIXO exemplos deste tipo.
grupo.
De busca local: são de busca nacional, listan-
Selecionar o primeiro HOME do as empresas mais próximas do usuário de
grupo. acordo com dados advindos de coordenadas de
GPS.
Selecionar o último grupo. END
Diretórios de websites: são verdadeiros índices
Selecionar o primeiro SETA PARA A DIREITA de sites, organizando-os por categorias e subca-
item na tela em um grupo tegorias.
expandido ou o primeiro
item fora da tela à direita. Outra classificação é a seguinte:

- Mecanismos de Busca Crawler-based: como


o Google, que utiliza os passos expostos ante-
riormente;

SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA - Diretórios: tem os sites divididos por catego-


08
INTERNET rias. O Yahoo utiliza esse sistema para efetuar
buscas;

Devido à enorme quantidade de sites e informa- - Mecanismos pagos por performance (Pay-for
ções disponíveis na Internet, faz-se necessário que o -performance engines) ou com inclusão paga
usuário utilize-se de ferramentas de busca para que (Paid inclusion engines): neste caso, temos
possa, com rapidez e objetividade, alcançar o que pre- como melhores exemplos os links patrocinados
cisa na rede mundial. do Google.

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Noções Básicas de Informática

GOOGLE Para instalar um driver de impressora no Win-


dows XP:

- Clique em Iniciar e clique em Impressoras e


Aparelhos de Fax.

- Em Tarefas da Impressora, clique em Adicio-


nar uma impressora. O Assistente para Adicio-
nar Impressora será aberto.
O Google atualmente é uma das maiores empresas - Na página Impressora Local ou de Rede, sele-
no ramo da Informática e Internet no mundo. Seu me- cione Impressora local conectada ao computa-
canismo de busca é, de longe, o mais utilizado e o que
dor e desmarque Detectar e instalar automatica-
oferece melhores resultados aos usuários. Tal eficiên-
mente a impressora Plug and Play.
cia é obtida pela tecnologia utilizada na busca, a cha-
mada PageRank, um sistema que classifica as páginas - Na página Selecione uma Porta de Impressora,
da Internet de acordo com a sua importância. clique no controle suspenso e selecione um das
O Google também armazena muitas páginas em ca- portas TS número e clique em Avançar.
che, ou seja, seu conteúdo pode ser buscado e acessado
mesmo quando a página está offline (fora do ar). Se a - Na página Instalar Software de Impressora, se-
página buscada não estiver mais no ar, basta clicar na lecione Windows Update ou Com Disco e con-
opção “em cache”, um link ao lado do resultado da clua o assistente.
busca, e acessar o conteúdo da página buscada.
Para se ter melhor sucesso nas pesquisas na ANOTAÇÕES
Internet, faz-se necessário utilizar palavras-chave em
vez de termos genéricos.

Por exemplo, em vez de se buscar Apostila para


Concursos da Polícia Rodoviária Federal, melhor é
buscar Apostila Polícia Rodoviária Federal , ou ainda
Apostila PRF.

O Google ignora palavras e caracteres comuns, bem


como descarta termos como http e .com e letras e dí-
gitos isolados. Dica: utilizar o sinal “+” inclui palavras
descartáveis na busca. Letras maiúsculas e minúsculas
não interferem no mecanismo de busca.

Também é possível se buscar Imagens, Mapas,


Notícias, vídeos no YouTube, assim como refinar sua
busca de acordo com a data, idioma, local, entre outras
preferências. E ao clicar no botão “Estou com sorte”, o
Google leva o usuário para a primeira página obtida
com o resultado da pesquisa.

O botão ‘estou com sorte’ do Google faz com que o


usuário seja direcionado diretamente à primeira pági-
na resultante da pesquisa. Assim, nenhum outro resul-
tado é disponibilizado, diminuindo o tempo de busca.

09 CONFIGURAÇÃO DE IMPRESSORAS

Configurar impressoras para o Windows XP (Apli-


ca-se a: Windows 7):
Quando você usa o Windows XP como sistema
operacional convidado, precisa instalar manualmente
o driver de cada impressora que deseja usar. As se-
guintes etapas descrevem esse processo.

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NOÇÕES DE
07
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

01 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
02 CONSTITUIÇÃO ESTADUAL
03 ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DE SÃO PAULO
04 PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO ESTADUAL
05 LEI COMPLEMENTAR 893/01
06 LEI COMPLEMENTAR 1.080/08
07 ACESSO À INFORMAÇÃO: LEI 12.527/11
08 ACESSO À INFORMAÇÃO: DECRETO 58.052/12

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Noções de Administração Pública

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e


01 CONSTITUIÇÃO FEDERAL das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso,
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA por ordem judicial, nas hipóteses e na forma
DO BRASIL DE 1988 que a lei estabelecer para fins de investigação
criminal ou instrução processual penal;
TÍTULO II
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho,
Dos Direitos e Garantias Fundamentais ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer;
CAPÍTULO I XIV - é assegurado a todos o acesso à informa-
ção e resguardado o sigilo da fonte, quando ne-
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E cessário ao exercício profissional;
COLETIVOS
XV - é livre a locomoção no território nacional
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do di- dele sair com seus bens;
reito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
XVI - todos podem reunir-se pacificamente,
propriedade, nos termos seguintes:
sem armas, em locais abertos ao público, inde-
I - homens e mulheres são iguais em direitos e pendentemente de autorização, desde que não
obrigações, nos termos desta Constituição; frustrem outra reunião anteriormente convoca-
da para o mesmo local, sendo apenas exigido
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de prévio aviso à autoridade competente;
fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
XVII - é plena a liberdade de associação para
III - ninguém será submetido a tortura nem a fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
tratamento desumano ou degradante;
XVIII - a criação de associações e, na forma da
IV - é livre a manifestação do pensamento, sen- lei, a de cooperativas independem de autoriza-
do vedado o anonimato; ção, sendo vedada a interferência estatal em seu
funcionamento;
V - é assegurado o direito de resposta, propor-
cional ao agravo, além da indenização por dano XIX - as associações só poderão ser compul-
material, moral ou à imagem; soriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de primeiro caso, o trânsito em julgado;
crença, sendo assegurado o livre exercício dos
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
se ou a permanecer associado;
proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
XXI - as entidades associativas, quando expressa-
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação mente autorizadas, têm legitimidade para repre-
de assistência religiosa nas entidades civis e mi- sentar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
litares de internação coletiva;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
VIII - ninguém será privado de direitos por mo-
tivo de crença religiosa ou de convicção filosófi- XXIII - a propriedade atenderá a sua função so-
ca ou política, salvo se as invocar para eximir-se cial;
de obrigação legal a todos imposta e recusar-se XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para
a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa e
IX - é livre a expressão da atividade intelectual,
prévia indenização em dinheiro, ressalvados os
artística, científica e de comunicação, indepen-
casos previstos nesta Constituição;
dentemente de censura ou licença;
XXV - no caso de iminente perigo público, a au-
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, toridade competente poderá usar de proprieda-
a honra e a imagem das pessoas, assegurado o de particular, assegurada ao proprietário inde-
direito a indenização pelo dano material ou mo- nização ulterior, se houver dano;
ral decorrente de sua violação;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim de-
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, nin- finida em lei, desde que trabalhada pela família,
guém nela podendo penetrar sem consentimen- não será objeto de penhora para pagamento de
to do morador, salvo em caso de flagrante delito débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
ou desastre, ou para prestar socorro, ou, duran- dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
te o dia, por determinação judicial; desenvolvimento;

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PM/SP - SOLDADO

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo b) o sigilo das votações;


de utilização, publicação ou reprodução de suas
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo c) a soberania dos veredictos;
que a lei fixar; d) a competência para o julgamento dos cri-
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: mes dolosos contra a vida;

a) a proteção às participações individuais em XXXIX - não há crime sem lei anterior que o de-
obras coletivas e à reprodução da imagem e fina, nem pena sem prévia cominação legal;
voz humanas, inclusive nas atividades des-
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para bene-
portivas;
ficiar o réu;
b) o direito de fiscalização do aproveitamen-
to econômico das obras que criarem ou de XLI - a lei punirá qualquer discriminação aten-
que participarem aos criadores, aos intérpre- tatória dos direitos e liberdades fundamentais;
tes e às respectivas representações sindicais XLII - a prática do racismo constitui crime ina-
e associativas;
fiançável e imprescritível, sujeito à pena de re-
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos clusão, nos termos da lei;
industriais privilégio temporário para sua uti-
lização, bem como proteção às criações indus- XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e
triais, à propriedade das marcas, aos nomes de insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tor-
empresas e a outros signos distintivos, tendo em tura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
vista o interesse social e o desenvolvimento tec- afins, o terrorismo e os definidos como crimes
nológico e econômico do País; hediondos, por eles respondendo os mandan-
tes, os executores e os que, podendo evitá-los,
XXX - é garantido o direito de herança; se omitirem;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situa-
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescri-
dos no País será regulada pela lei brasileira em
tível a ação de grupos armados, civis ou mili-
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,
tares, contra a ordem constitucional e o Estado
sempre que não lhes seja mais favorável a lei
Democrático;
pessoal do “de cujus”;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a XLV - nenhuma pena passará da pessoa do con-
defesa do consumidor; denado, podendo a obrigação de reparar o dano
e a decretação do perdimento de bens ser, nos
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra
públicos informações de seu interesse particu- eles executadas, até o limite do valor do patri-
lar, ou de interesse coletivo ou geral, que serão mônio transferido;
prestadas no prazo da lei, sob pena de respon-
sabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja XLVI - a lei regulará a individualização da pena
imprescindível à segurança da sociedade e do e adotará, entre outras, as seguintes:
Estado;
a) privação ou restrição da liberdade;
XXXIV - são a todos assegurados, independen-
temente do pagamento de taxas: b) perda de bens;

a) o direito de petição aos Poderes Públicos c) multa;


em defesa de direitos ou contra ilegalidade
d) prestação social alternativa;
ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições e) suspensão ou interdição de direitos;
públicas, para defesa de direitos e esclareci- XLVII - não haverá penas:
mento de situações de interesse pessoal;
a) de morte, salvo em caso de guerra declara-
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Po-
da, nos termos do art. 84, XIX;
der Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquiri- b) de caráter perpétuo;
do, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; c) de trabalhos forçados;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exce-
d) de banimento;
ção;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, e) cruéis;
com a organização que lhe der a lei, assegura- XLVIII - a pena será cumprida em estabeleci-
dos:
mentos distintos, de acordo com a natureza do
a) a plenitude de defesa; delito, a idade e o sexo do apenado;

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Noções de Administração Pública

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à inte- LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
gridade física e moral; mantido, quando a lei admitir a liberdade pro-
visória, com ou sem fiança;
L - às presidiárias serão asseguradas condições
para que possam permanecer com seus filhos LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo
durante o período de amamentação; a do responsável pelo inadimplemento voluntá-
rio e inescusável de obrigação alimentícia e a do
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o
depositário infiel;
naturalizado, em caso de crime comum, prati-
cado antes da naturalização, ou de comprovado LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
e drogas afins, na forma da lei; sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LII - não será concedida extradição de estrangei-
ro por crime político ou de opinião; LXIX - conceder-se-á mandado de segurança
para proteger direito líquido e certo, não ampa-
LIII - ninguém será processado nem sentencia-
rado por habeas corpus ou habeas data, quando
do senão pela autoridade competente; o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de for autoridade pública ou agente de pessoa jurí-
seus bens sem o devido processo legal; dica no exercício de atribuições do Poder Público;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou ad- LXX - o mandado de segurança coletivo pode
ministrativo, e aos acusados em geral são asse- ser impetrado por:
gurados o contraditório e ampla defesa, com os
a) partido político com representação no
meios e recursos a ela inerentes; Congresso Nacional;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas
b) organização sindical, entidade de classe
obtidas por meios ilícitos;
ou associação legalmente constituída e em
LVII - ninguém será considerado culpado até o funcionamento há pelo menos um ano, em
trânsito em julgado de sentença penal condena- defesa dos interesses de seus membros ou
tória; associados;

LVIII - o civilmente identificado não será sub- LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sem-
metido a identificação criminal, salvo nas hipó- pre que a falta de norma regulamentadora tor-
teses previstas em lei; ne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à
LIX - será admitida ação privada nos crimes de nacionalidade, à soberania e à cidadania;
ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal; LXXII - conceder-se-á habeas data:

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos a) para assegurar o conhecimento de infor-


atos processuais quando a defesa da intimidade mações relativas à pessoa do impetrante,
ou o interesse social o exigirem; constantes de registros ou bancos de dados
de entidades governamentais ou de caráter
LXI - ninguém será preso senão em flagrante de- público;
lito ou por ordem escrita e fundamentada de au-
toridade judiciária competente, salvo nos casos b) para a retificação de dados, quando não se
de transgressão militar ou crime propriamente prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial
militar, definidos em lei; ou administrativo;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para
se encontre serão comunicados imediatamente propor ação popular que vise a anular ato lesivo
ao juiz competente e à família do preso ou à pes- ao patrimônio público ou de entidade de que o
soa por ele indicada; Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
LXIII - o preso será informado de seus direitos, cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-
entre os quais o de permanecer calado, sendo- fé, isento de custas judiciais e do ônus da su-
lhe assegurada a assistência da família e de ad- cumbência;
vogado;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica
LXIV - o preso tem direito à identificação dos integral e gratuita aos que comprovarem insu-
responsáveis por sua prisão ou por seu interro- ficiência de recursos;
gatório policial;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxa- erro judiciário, assim como o que ficar preso
da pela autoridade judiciária; além do tempo fixado na sentença;

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LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente o poder aquisitivo, sendo vedada sua vincula-
pobres, na forma da lei: ção para qualquer fim;
a) o registro civil de nascimento; V - piso salarial proporcional à extensão e à
complexidade do trabalho;
b) a certidão de óbito;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas cor- em convenção ou acordo coletivo;
pus e habeas data, e, na forma da lei, os atos ne-
cessários ao exercício da cidadania. VII - garantia de salário, nunca inferior ao míni-
mo, para os que percebem remuneração variá-
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e adminis- vel;
trativo, são assegurados a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade VIII - décimo terceiro salário com base na remu-
de sua tramitação. neração integral ou no valor da aposentadoria;

§ 1º As normas definidoras dos direitos e garan- IX – remuneração do trabalho noturno superior


tias fundamentais têm aplicação imediata. à do diurno;

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta X - proteção do salário na forma da lei, consti-


Constituição não excluem outros decorrentes tuindo crime sua retenção dolosa;
do regime e dos princípios por ela adotados, ou XI – participação nos lucros, ou resultados, des-
dos tratados internacionais em que a República vinculada da remuneração, e, excepcionalmen-
Federativa do Brasil seja parte. te, participação na gestão da empresa, conforme
§ 3º Os tratados e convenções internacionais definido em lei;
sobre direitos humanos que forem aprovados, XII - salário-família pago em razão do dependente
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
turnos, por três quintos dos votos dos respec-
tivos membros, serão equivalentes às emendas XIII - duração do trabalho normal não superior
constitucionais. a oito horas diárias e quarenta e quatro sema-
nais, facultada a compensação de horários e a
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal redução da jornada, mediante acordo ou con-
Penal Internacional a cuja criação tenha mani- venção coletiva de trabalho;
festado adesão.
XIV - jornada de seis horas para o trabalho rea-
lizado em turnos ininterruptos de revezamento,
CAPÍTULO II
salvo negociação coletiva;

DOS DIREITOS SOCIAIS XV - repouso semanal remunerado, preferen-


cialmente aos domingos;
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a ali-
XVI - remuneração do serviço extraordinário
mentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança,
superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à
a previdência social, a proteção à maternidade e à in-
do normal;
fância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição. XVII - gozo de férias anuais remuneradas com,
pelo menos, um terço a mais do que o salário
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
normal;
além de outros que visem à melhoria de sua condição
social: XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do em-
prego e do salário, com a duração de cento e
I - relação de emprego protegida contra despe-
vinte dias;
dida arbitrária ou sem justa causa, nos termos
de lei complementar, que preverá indenização XIX - licença-paternidade, nos termos fixados
compensatória, dentre outros direitos; em lei;
II - seguro-desemprego, em caso de desempre- XX - proteção do mercado de trabalho da mu-
go involuntário; lher, mediante incentivos específicos, nos ter-
mos da lei;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacional-
serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos ter-
mente unificado, capaz de atender a suas ne-
mos da lei;
cessidades vitais básicas e às de sua família com
moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho,
vestuário, higiene, transporte e previdência so- por meio de normas de saúde, higiene e segu-
cial, com reajustes periódicos que lhe preservem rança;

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Noções de Administração Pública

XXIII - adicional de remuneração para as ativi- gistro no órgão competente, vedadas ao Poder
dades penosas, insalubres ou perigosas, na for- Público a interferência e a intervenção na orga-
ma da lei; nização sindical;
XXIV - aposentadoria; II - é vedada a criação de mais de uma organiza-
ção sindical, em qualquer grau, representativa
XXV - assistência gratuita aos filhos e depen- de categoria profissional ou econômica, na mes-
dentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de ma base territorial, que será definida pelos tra-
idade em creches e pré-escolas; balhadores ou empregadores interessados, não
XXVI - reconhecimento das convenções e acor- podendo ser inferior à área de um Município;
dos coletivos de trabalho; III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e in-
XXVII - proteção em face da automação, na for- teresses coletivos ou individuais da categoria,
ma da lei; inclusive em questões judiciais ou administra-
tivas;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a
cargo do empregador, sem excluir a indeniza- IV - a assembléia geral fixará a contribuição
ção a que este está obrigado, quando incorrer que, em se tratando de categoria profissional,
em dolo ou culpa; será descontada em folha, para custeio do sis-
tema confederativo da representação sindical
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das respectiva, independentemente da contribuição
relações de trabalho, com prazo prescricional de prevista em lei;
cinco anos para os trabalhadores urbanos e ru-
rais, até o limite de dois anos após a extinção do V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a man-
contrato de trabalho; ter-se filiado a sindicato;

XXX - proibição de diferença de salários, de VI - é obrigatória a participação dos sindicatos


exercício de funções e de critério de admissão nas negociações coletivas de trabalho;
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; VII - o aposentado filiado tem direito a votar e
XXXI - proibição de qualquer discriminação no ser votado nas organizações sindicais;
tocante a salário e critérios de admissão do tra- VIII - é vedada a dispensa do empregado sin-
balhador portador de deficiência; dicalizado a partir do registro da candidatura
XXXII - proibição de distinção entre trabalho a cargo de direção ou representação sindical e,
manual, técnico e intelectual ou entre os profis- se eleito, ainda que suplente, até um ano após o
sionais respectivos; final do mandato, salvo se cometer falta grave
nos termos da lei.
XXXIII - proibição de trabalho noturno, peri-
goso ou insalubre a menores de dezoito e de Parágrafo único. As disposições deste artigo
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, aplicam-se à organização de sindicatos rurais e
salvo na condição de aprendiz, a partir de qua- de colônias de pescadores, atendidas as condi-
torze anos; ções que a lei estabelecer.

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalha- Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo
dor com vínculo empregatício permanente e o aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de
trabalhador avulso. exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio
dele defender.
Parágrafo único. São assegurados à categoria
dos trabalhadores domésticos os direitos pre- § 1º - A lei definirá os serviços ou atividades es-
vistos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, senciais e disporá sobre o atendimento das ne-
XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, cessidades inadiáveis da comunidade.
XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições
estabelecidas em lei e observada a simplifica- § 2º - Os abusos cometidos sujeitam os respon-
ção do cumprimento das obrigações tributárias, sáveis às penas da lei.
principais e acessórias, decorrentes da relação
de trabalho e suas peculiaridades, os previstos Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores
nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos
como a sua integração à previdência social. em que seus interesses profissionais ou previdenciá-
rios sejam objeto de discussão e deliberação.
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, ob-
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos emprega-
servado o seguinte:
dos, é assegurada a eleição de um representante destes
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado com a finalidade exclusiva de promover-lhes o enten-
para a fundação de sindicato, ressalvado o re- dimento direto com os empregadores.

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PM/SP - SOLDADO

TÍTULO III X - a remuneração dos servidores públicos e o


subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente
Da Organização do Estado poderão ser fixados ou alterados por lei espe-
cífica, observada a iniciativa privativa em cada
caso, assegurada revisão geral anual, sempre na
CAPÍTULO VII
mesma data e sem distinção de índices;

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA XI - a remuneração e o subsídio dos ocupan-


tes de cargos, funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e fundacio-
Seção I
nal, dos membros de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
DISPOSIÇÕES GERAIS Municípios, dos detentores de mandato eletivo
e dos demais agentes políticos e os proventos,
Art. 37. A administração pública direta e indireta de
pensões ou outra espécie remuneratória, per-
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Dis-
cebidos cumulativamente ou não, incluídas as
trito Federal e dos Municípios obedecerá aos princí-
vantagens pessoais ou de qualquer outra natu-
pios de legalidade, impessoalidade, moralidade, pu-
reza, não poderão exceder o subsídio mensal,
blicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
I - os cargos, empregos e funções públicas são Federal, aplicando-se como limite, nos Municí-
acessíveis aos brasileiros que preencham os re- pios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no
quisitos estabelecidos em lei, assim como aos Distrito Federal, o subsídio mensal do Governa-
estrangeiros, na forma da lei; dor no âmbito do Poder Executivo, o subsídio
dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito
II - a investidura em cargo ou emprego público
do Poder Legislativo e o subsidio dos Desem-
depende de aprovação prévia em concurso pú-
bargadores do Tribunal de Justiça, limitado a
blico de provas ou de provas e títulos, de acordo
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por
com a natureza e a complexidade do cargo ou
cento do subsídio mensal, em espécie, dos Mi-
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
nistros do Supremo Tribunal Federal, no âmbi-
as nomeações para cargo em comissão declara-
to do Poder Judiciário, aplicável este limite aos
do em lei de livre nomeação e exoneração;
membros do Ministério Público, aos Procurado-
III - o prazo de validade do concurso público res e aos Defensores Públicos;
será de até dois anos, prorrogável uma vez, por
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Le-
igual período;
gislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
IV - durante o prazo improrrogável previsto no superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
edital de convocação, aquele aprovado em con-
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de
curso público de provas ou de provas e títulos
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito
será convocado com prioridade sobre novos
de remuneração de pessoal do serviço público;
concursados para assumir cargo ou emprego,
na carreira; XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por
servidor público não serão computados nem
V - as funções de confiança, exercidas exclusiva-
acumulados para fins de concessão de acrésci-
mente por servidores ocupantes de cargo efeti-
mos ulteriores;
vo, e os cargos em comissão, a serem preenchi-
dos por servidores de carreira nos casos, con- XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes
dições e percentuais mínimos previstos em lei, de cargos e empregos públicos são irredutíveis,
destinam-se apenas às atribuições de direção, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste
chefia e assessoramento; artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153,
§ 2º, I;
VI - é garantido ao servidor público civil o direi-
to à livre associação sindical; XVI - é vedada a acumulação remunerada de
cargos públicos, exceto, quando houver compa-
VII - o direito de greve será exercido nos termos
tibilidade de horários, observado em qualquer
e nos limites definidos em lei específica;
caso o disposto no inciso XI:
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e em-
a) a de dois cargos de professor;
pregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admis- b) a de um cargo de professor com outro téc-
são; nico ou científico;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por c) a de dois cargos ou empregos privativos
tempo determinado para atender a necessidade de profissionais de saúde, com profissões re-
temporária de excepcional interesse público; gulamentadas;

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Noções de Administração Pública

XVII - a proibição de acumular estende-se a em- II - o acesso dos usuários a registros admi-
pregos e funções e abrange autarquias, funda- nistrativos e a informações sobre atos de go-
ções, empresas públicas, sociedades de econo- verno, observado o disposto no art. 5º, X e
mia mista, suas subsidiárias, e sociedades con- XXXIII;
troladas, direta ou indiretamente, pelo poder
III - a disciplina da representação contra o
público;
exercício negligente ou abusivo de cargo,
XVIII - a administração fazendária e seus ser- emprego ou função na administração públi-
vidores fiscais terão, dentro de suas áreas de ca.
competência e jurisdição, precedência sobre os
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa
demais setores administrativos, na forma da lei;
importarão a suspensão dos direitos políticos,
XIX – somente por lei específica poderá ser cria- a perda da função pública, a indisponibilidade
da autarquia e autorizada a instituição de em- dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
presa pública, de sociedade de economia mista e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação
de fundação, cabendo à lei complementar, neste penal cabível.
último caso, definir as áreas de sua atuação;
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição
XX - depende de autorização legislativa, em para ilícitos praticados por qualquer agente,
cada caso, a criação de subsidiárias das entida- servidor ou não, que causem prejuízos ao erá-
des mencionadas no inciso anterior, assim como rio, ressalvadas as respectivas ações de ressar-
a participação de qualquer delas em empresa cimento.
privada; § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as
XXI - ressalvados os casos especificados na le- de direito privado prestadoras de serviços pú-
gislação, as obras, serviços, compras e aliena- blicos responderão pelos danos que seus agen-
ções serão contratados mediante processo de tes, nessa qualidade, causarem a terceiros, asse-
licitação pública que assegure igualdade de gurado o direito de regresso contra o responsá-
condições a todos os concorrentes, com cláusu- vel nos casos de dolo ou culpa.
las que estabeleçam obrigações de pagamento,
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as res-
mantidas as condições efetivas da proposta,
trições ao ocupante de cargo ou emprego da
nos termos da lei, o qual somente permitirá as
administração direta e indireta que possibilite o
exigências de qualificação técnica e econômica
acesso a informações privilegiadas.
indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações. § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e fi-
XXII - as administrações tributárias da União, nanceira dos órgãos e entidades da adminis-
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- tração direta e indireta poderá ser ampliada
pios, atividades essenciais ao funcionamento do mediante contrato, a ser firmado entre seus ad-
Estado, exercidas por servidores de carreiras es- ministradores e o poder público, que tenha por
pecíficas, terão recursos prioritários para a rea- objeto a fixação de metas de desempenho para
lização de suas atividades e atuarão de forma o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
integrada, inclusive com o compartilhamento I - o prazo de duração do contrato;
de cadastros e de informações fiscais, na forma
da lei ou convênio. II - os controles e critérios de avaliação de
desempenho, direitos, obrigações e respon-
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras,
sabilidade dos dirigentes;
serviços e campanhas dos órgãos públicos deve-
rá ter caráter educativo, informativo ou de orien- III - a remuneração do pessoal.”
tação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empre-
pessoal de autoridades ou servidores públicos. sas públicas e às sociedades de economia mis-
ta, e suas subsidiárias, que receberem recursos
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II da União, dos Estados, do Distrito Federal ou
e III implicará a nulidade do ato e a punição da dos Municípios para pagamento de despesas de
autoridade responsável, nos termos da lei. pessoal ou de custeio em geral.
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação § 10. É vedada a percepção simultânea de pro-
do usuário na administração pública direta e in- ventos de aposentadoria decorrentes do art. 40
direta, regulando especialmente: ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de car-
I - as reclamações relativas à prestação dos go, emprego ou função pública, ressalvados os
serviços públicos em geral, asseguradas a cargos acumuláveis na forma desta Constitui-
manutenção de serviços de atendimento ao ção, os cargos eletivos e os cargos em comissão
usuário e a avaliação periódica, externa e in- declarados em lei de livre nomeação e exonera-
terna, da qualidade dos serviços; ção.

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§ 11. Não serão computadas, para efeito dos li- carreira;


mites remuneratórios de que trata o inciso XI do
II - os requisitos para a investidura;
caput deste artigo, as parcelas de caráter indeni-
zatório previstas em lei. III - as peculiaridades dos cargos.
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal
caput deste artigo, fica facultado aos Estados manterão escolas de governo para a formação
e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, me- e o aperfeiçoamento dos servidores públicos,
diante emenda às respectivas Constituições e constituindo-se a participação nos cursos um
Lei Orgânica, como limite único, o subsídio dos requisitos para a promoção na carreira, fa-
mensal dos Desembargadores do respectivo cultada, para isso, a celebração de convênios ou
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros contratos entre os entes federados.
e vinte e cinco centésimos por cento do subsí-
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo
dio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal
público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII,
Federal, não se aplicando o disposto neste pará-
grafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX,
Distritais e dos Vereadores. podendo a lei estabelecer requisitos diferencia-
dos de admissão quando a natureza do cargo o
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, exigir.
autárquica e fundacional, no exercício de mandato ele-
tivo, aplicam-se as seguintes disposições: § 4º O membro de Poder, o detentor de man-
dato eletivo, os Ministros de Estado e os Secre-
I - tratando-se de mandato eletivo federal, esta- tários Estaduais e Municipais serão remune-
dual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, rados exclusivamente por subsídio fixado em
emprego ou função; parcela única, vedado o acréscimo de qualquer
II - investido no mandato de Prefeito, será afas- gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
tado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe representação ou outra espécie remuneratória,
facultado optar pela sua remuneração; obedecido, em qualquer caso, o disposto no art.
37, X e XI.
III - investido no mandato de Vereador, haven-
do compatibilidade de horários, perceberá as § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Fe-
vantagens de seu cargo, emprego ou função, deral e dos Municípios poderá estabelecer a re-
sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, lação entre a maior e a menor remuneração dos
e, não havendo compatibilidade, será aplicada a servidores públicos, obedecido, em qualquer
norma do inciso anterior; caso, o disposto no art. 37, XI.
IV - em qualquer caso que exija o afastamento § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judi-
para o exercício de mandato eletivo, seu tempo ciário publicarão anualmente os valores do sub-
de serviço será contado para todos os efeitos le- sídio e da remuneração dos cargos e empregos
gais, exceto para promoção por merecimento; públicos.
V - para efeito de benefício previdenciário, no
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Fe-
caso de afastamento, os valores serão determi-
deral e dos Municípios disciplinará a aplica-
nados como se no exercício estivesse.
ção de recursos orçamentários provenientes
Seção II da economia com despesas correntes em cada
órgão, autarquia e fundação, para aplicação no
DOS SERVIDORES PÚBLICOS desenvolvimento de programas de qualidade e
produtividade, treinamento e desenvolvimento,
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
modernização, reaparelhamento e racionaliza-
Municípios instituirão, no âmbito de sua competên-
ção do serviço público, inclusive sob a forma de
cia, regime jurídico único e planos de carreira para os
servidores da administração pública direta, das autar- adicional ou prêmio de produtividade.
quias e das fundações públicas. § 8º A remuneração dos servidores públicos
organizados em carreira poderá ser fixada nos
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
termos do § 4º.
Municípios instituirão conselho de política de admi-
nistração e remuneração de pessoal, integrado por ser- Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da
vidores designados pelos respectivos Poderes. União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
cípios, incluídas suas autarquias e fundações, é asse-
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos gurado regime de previdência de caráter contributivo
demais componentes do sistema remuneratório e solidário, mediante contribuição do respectivo ente
observará: público, dos servidores ativos e inativos e dos pensio-
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a nistas, observados critérios que preservem o equilíbrio
complexidade dos cargos componentes de cada financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.

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§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de aposentadoria à conta do regime de previdência


previdência de que trata este artigo serão apo- previsto neste artigo.
sentados, calculados os seus proventos a partir
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício
dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17:
de pensão por morte, que será igual:
I - por invalidez permanente, sendo os proven-
I - ao valor da totalidade dos proventos do ser-
tos proporcionais ao tempo de contribuição, ex-
vidor falecido, até o limite máximo estabelecido
ceto se decorrente de acidente em serviço, mo-
para os benefícios do regime geral de previdên-
léstia profissional ou doença grave, contagiosa
cia social de que trata o art. 201, acrescido de
ou incurável, na forma da lei;
setenta por cento da parcela excedente a este li-
II - compulsoriamente, aos setenta anos de ida- mite, caso aposentado à data do óbito; ou
de, com proventos proporcionais ao tempo de
II - ao valor da totalidade da remuneração do
contribuição;
servidor no cargo efetivo em que se deu o faleci-
III - voluntariamente, desde que cumprido tem- mento, até o limite máximo estabelecido para os
po mínimo de dez anos de efetivo exercício no benefícios do regime geral de previdência social
serviço público e cinco anos no cargo efetivo em de que trata o art. 201, acrescido de setenta por
que se dará a aposentadoria, observadas as se- cento da parcela excedente a este limite, caso em
guintes condições: atividade na data do óbito.
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de con- § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios
tribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos para preservar-lhes, em caráter permanente, o va-
de idade e trinta de contribuição, se mulher; lor real, conforme critérios estabelecidos em lei.
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e § 9º - O tempo de contribuição federal, estadual
sessenta anos de idade, se mulher, com proven- ou municipal será contado para efeito de apo-
tos proporcionais ao tempo de contribuição. sentadoria e o tempo de serviço correspondente
§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pen- para efeito de disponibilidade.
sões, por ocasião de sua concessão, não poderão § 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma
exceder a remuneração do respectivo servidor, de contagem de tempo de contribuição fictício.
no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria
ou que serviu de referência para a concessão da § 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à
pensão. soma total dos proventos de inatividade, inclu-
sive quando decorrentes da acumulação de car-
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposenta- gos ou empregos públicos, bem como de outras
doria, por ocasião da sua concessão, serão consi- atividades sujeitas a contribuição para o regime
deradas as remunerações utilizadas como base geral de previdência social, e ao montante re-
para as contribuições do servidor aos regimes sultante da adição de proventos de inatividade
de previdência de que tratam este artigo e o art. com remuneração de cargo acumulável na for-
201, na forma da lei. ma desta Constituição, cargo em comissão de-
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios clarado em lei de livre nomeação e exoneração,
diferenciados para a concessão de aposentado- e de cargo eletivo.
ria aos abrangidos pelo regime de que trata este § 12 - Além do disposto neste artigo, o regime
artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis de previdência dos servidores públicos titulares
complementares, os casos de servidores: de cargo efetivo observará, no que couber, os re-
I portadores de deficiência; quisitos e critérios fixados para o regime geral
de previdência social.
II que exerçam atividades de risco;
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de
III cujas atividades sejam exercidas sob condi- cargo em comissão declarado em lei de livre no-
ções especiais que prejudiquem a saúde ou a meação e exoneração bem como de outro cargo
integridade física. temporário ou de emprego público, aplica-se o
§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de regime geral de previdência social.
contribuição serão reduzidos em cinco anos, § 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e
em relação ao disposto no § 1º, III, “a”, para o os Municípios, desde que instituam regime de
professor que comprove exclusivamente tempo
previdência complementar para os seus respec-
de efetivo exercício das funções de magistério
tivos servidores titulares de cargo efetivo, po-
na educação infantil e no ensino fundamental e
derão fixar, para o valor das aposentadorias e
médio.
pensões a serem concedidas pelo regime de que
§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes trata este artigo, o limite máximo estabelecido
dos cargos acumuláveis na forma desta Consti- para os benefícios do regime geral de previdên-
tuição, é vedada a percepção de mais de uma cia social de que trata o art. 201.

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§ 15. O regime de previdência complementar de dica de desempenho, na forma de lei comple-


que trata o § 14 será instituído por lei de inicia- mentar, assegurada ampla defesa.
tiva do respectivo Poder Executivo, observado
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demis-
o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que
são do servidor estável, será ele reintegrado, e o
couber, por intermédio de entidades fechadas
eventual ocupante da vaga, se estável, recondu-
de previdência complementar, de natureza pú-
zido ao cargo de origem, sem direito a indeni-
blica, que oferecerão aos respectivos participan-
zação, aproveitado em outro cargo ou posto em
tes planos de benefícios somente na modalidade
disponibilidade com remuneração proporcional
de contribuição definida.
ao tempo de serviço.
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desne-
opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser apli-
cessidade, o servidor estável ficará em dispo-
cado ao servidor que tiver ingressado no serviço
nibilidade, com remuneração proporcional ao
público até a data da publicação do ato de ins-
tempo de serviço, até seu adequado aproveita-
tituição do correspondente regime de previdên-
mento em outro cargo.
cia complementar.
§ 4º Como condição para a aquisição da esta-
§ 17. Todos os valores de remuneração conside-
bilidade, é obrigatória a avaliação especial de
rados para o cálculo do benefício previsto no § 3°
desempenho por comissão instituída para essa
serão devidamente atualizados, na forma da lei.
finalidade.
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de
aposentadorias e pensões concedidas pelo regi- Seção III
me de que trata este artigo que superem o limite
máximo estabelecido para os benefícios do regi- DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO
me geral de previdência social de que trata o art. FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
201, com percentual igual ao estabelecido para
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos
os servidores titulares de cargos efetivos.
de Bombeiros Militares, instituições organizadas com
§ 19. O servidor de que trata este artigo que te- base na hierarquia e disciplina, são militares dos Esta-
nha completado as exigências para aposentado- dos, do Distrito Federal e dos Territórios.
ria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do
opte por permanecer em atividade fará jus a um
Distrito Federal e dos Territórios, além do que
abono de permanência equivalente ao valor da
vier a ser fixado em lei, as disposições do art.
sua contribuição previdenciária até completar
14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º,
as exigências para aposentadoria compulsória
cabendo a lei estadual específica dispor sobre as
contidas no § 1º, II.
matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as pa-
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um re- tentes dos oficiais conferidas pelos respectivos
gime próprio de previdência social para os ser- governadores.
vidores titulares de cargos efetivos, e de mais de
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados,
uma unidade gestora do respectivo regime em
do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o
cada ente estatal, ressalvado o disposto no art.
que for fixado em lei específica do respectivo
142, § 3º, X.
ente estatal.
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo
incidirá apenas sobre as parcelas de proventos
de aposentadoria e de pensão que superem o
dobro do limite máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral de previdência social 02 CONSTITUIÇÃO ESTADUAL
de que trata o art. 201 desta Constituição, quan-
do o beneficiário, na forma da lei, for portador
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO
de doença incapacitante.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercí- TÍTULO I
cio os servidores nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público. Dos Fundamentos do Estado

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: Artigo 1º - O Estado de São Paulo, integrante da Repú-
blica Federativa do Brasil, exerce as competências que
I - em virtude de sentença judicial transitada em não lhe são vedadas pela Constituição Federal.
julgado;
Artigo 2º - A lei estabelecerá procedimentos judiciários
II - mediante processo administrativo em que
abreviados e de custos reduzidos para as ações cujo
lhe seja assegurada ampla defesa;
objeto principal seja a salvaguarda dos direitos e liber-
III - mediante procedimento de avaliação perió- dades fundamentais.

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Artigo 3º - O Estado prestará assistência jurídica inte- Artigo 39 - A eleição do Governador e do Vice-Gover-
gral e gratuita aos que declara insuficiência de recur- nador realizar-se-á no primeiro domingo de outubro,
sos. em primeiro turno, e no último domingo de outubro,
em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do
Artigo 4º - Nos procedimentos administrativos, qual- término do mandato de seus antecessores, e a posse
quer que seja o objeto, observar-se-ão, entre outros re- ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente,
quisitos de validade, a igualdade entre os administra- observado, quanto ao mais, o disposto no artigo 77 da
dos e o devido processo legal, especialmente quanto à Constituição Federal.
exigência da publicidade, do contraditório, da ampla
defesa e do despacho ou decisão motivados. Artigo 40 - Em caso de impedimento do Governador e
do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos car-
TÍTULO II gos, serão sucessivamente chamados ao exercício da
Governança o Presidente da Assembléia Legislativa e
o Presidente do Tribunal de Justiça.
Da Organização dos Poderes
Artigo 41 - Vagando os cargos de Governador e Vice-
CAPÍTULO I Governador, far-se-á eleição noventa dias depois de
aberta a última vaga.
Disposições Preliminares
§ 1º - Ocorrendo a vacância no último ano do
Artigo 5º - São Poderes do Estado, independentes e período governamental, aplica-se o disposto no
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Ju- artigo anterior.
diciário.
§ 2º - Em qualquer dos casos, os sucessores de-
§ 1º - É vedado a qualquer dos Poderes delegar verão completar o período de governo restante.
atribuições. Artigo 42 - Perderá o mandato o Governador que as-
§ 2º - O cidadão, investido na função de um dos sumir outro cargo ou função na administração pública
Poderes, não poderá exercer a de outro, salvo as direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de
exceções previstas nesta Constituição. concurso público e observado o disposto no art. 38, I,
IV e V, da Constituição Federal.
Artigo 6º - O Município de São Paulo é a Capital do
Estado. Artigo 43 - O Governador e o Vice-Governador toma-
rão posse perante a Assembléia Legislativa, prestando
Artigo 7º - São símbolos do Estado a bandeira, o brasão compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constitui-
de armas e o hino. ção Federal e a do Estado e de observar as leis.
Artigo 8º - Além dos indicados no art. 26 da Consti- Parágrafo único - Se, decorridos dez dias da data
tuição Federal, incluem-se entre os bens do Estado os fixada para a posse, o Governador ou o Vice-Go-
terrenos reservados às margens dos rios e lagos do seu
vernador, salvo motivo de força maior, não tiver
domínio.
assumido o cargo, este será declarado vago.
CAPÍTULO III Artigo 44 - o Governador e o Vice-Governador não po-
derão, sem licença da Assembléia Legislativa, ausen-
Do Poder Executivo tar-se do Estado, por período superior a quinze dias,
sob pena de perda do cargo.
SEÇÃO I
Parágrafo único - O pedido de licença, ampla-
Do Governador e Vice-Governador do Estado mente motivado, indicará, especialmente, as ra-
Artigo 37 - O Poder Executivo é exercido pelo Gover- zões da viagem, o roteiro e a previsão de gastos.
nador do Estado, eleito para um mandato de quatro Artigo 45 - o Governador deverá residir na Capital do
anos, podendo ser reeleito para um único período sub-
Estado.
seqüente, na forma estabelecida na Constituição Fede-
ral. Artigo 46 - O Governador e o Vice-Governador deve-
rão, no ato da posse e no término do mandato, fazer
Artigo 38 - Substituirá o Governador, no caso de im-
declaração pública de bens.
pedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Gover-
nador.
SEÇÃO II
Parágrafo único - O Vice-Governador, além de
outras atribuições que lhe forem conferidas por Das Atribuições do Governador
lei complementar, auxiliará o Governador, sem-
pre que por ele convocado para missões espe- Artigo 47 - Compete privativamente ao Governador,
ciais. além de outras atribuições previstas nesta Constituição:

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I - representar o Estado nas suas relações jurídi- XVII - enviar à Assembléia Legislativa projetos
cas, políticas e administrativas; de lei relativos ao plano plurianual, diretrizes
orçamentárias, orçamento anual, dívida pública
II - exercer, com o auxílio dos Secretários de Es- e operações de crédito;
tado, a direção superior da administração esta-
dual; XVIII - enviar à Assembléia Legislativa projeto
de lei sobre o regime de concessão ou permissão
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as de serviços públicos.
leis, bem como, no prazo nelas estabelecido, não
inferior a trinta nem superior a cento e oitenta XIX - dispor, mediante decreto, sobre:
dias, expedir decretos e regulamentos para sua
a) organização e funcionamento da administra-
fiel execução, ressalvados os casos em que, nes-
ção estadual, quando não implicar aumento de
se prazo, houver interposição de ação direta de
despesa, nem criação ou extinção de órgãos pú-
inconstitucionalidade contra a lei publicada;”
blicos;
IV - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quan-
V - prover os cargos públicos do Estado, com as do vagos.
restrições da Constituição Federal e desta Cons- Parágrafo único - A representação a que se re-
tituição, na forma pela qual a lei estabelecer; fere o inciso I poderá ser delegada por lei, de
VI - nomear e exonerar livremente os Secretá- iniciativa do Governador, a outra autoridade.
rios de Estado;
SEÇÃO III
VII - nomear e exonerar os dirigentes de autar-
quias, observadas as condições estabelecidas
Da Responsabilidade do Governador
nesta Constituição;
VIII - decretar e fazer executar intervenção nos Artigo 48 - São crimes de responsabilidade do Gover-
nador ou dos seus Secretários, quando por eles prati-
Municípios, na forma da Constituição Federal e
cados, os atos como tais definidos na lei federal espe-
desta Constituição;
cial, que atentem contra a Constituição Federal ou a do
IX - prestar contas da administração do Estado Estado, especialmente contra:”
à Assembléia Legislativa na forma desta Cons-
tituição; I - a existência da União;

X - apresentar à Assembléia Legislativa, na sua II - o livre exercício do Poder Legislativo, do


sessão inaugural, mensagem sobre a situação Poder Judiciário, do Ministério Público e dos
do Estado, solicitando medidas de interesse do poderes constitucionais das unidades da Fede-
Governo; ração;

XI - iniciar o processo legislativo, na forma e nos III - o exercício dos direitos políticos, indivi-
casos previstos nesta Constituição; duais e sociais;
XII - fixar ou alterar, por decreto, os quadros, IV - a segurança interna do País;
vencimentos e vantagens do pessoal das funda-
ções instituídas ou mantidas pelo Estado, nos V - a probidade na administração;
termos da lei;
VI - a lei orçamentária;
XIII - indicar diretores de sociedade de econo-
mia mista e empresas públicas; VII - o cumprimento das leis e das decisões ju-
diciais.
XIV - praticar os demais atos de administração,
nos limites da competência do Executivo; Parágrafo único - A definição desses crimes, as-
sim como o seu processo e julgamento, será es-
XV - subscrever ou adquirir ações, realizar ou tabelecida em lei especial.
aumentar capital, desde que haja recursos há-
beis, de sociedade de economia mista ou de Artigo 49 - Admitida a acusação contra o Governador,
empresa pública, bem como dispor, a qualquer por dois terços da Assembléia Legislativa, será ele sub-
título, no todo ou em parte, de ações ou capital metido a julgamento perante o Superior Tribunal de
que tenha subscrito, adquirido, realizado ou au- Justiça, nas infrações penais comuns, (**) ou, nos cri-
mentado, mediante autorização da Assembléia mes de responsabilidade, perante Tribunal Especial.
Legislativa;
§ 1º - O Tribunal Especial a que se refere este ar-
XVI - delegar, por decreto, a autoridade do Exe- tigo será constituído por sete Deputados e sete
cutivo, funções administrativas que não sejam Desembargadores, sorteados pelo Presidente do
de sua exclusiva competência; Tribunal de Justiça, que também o presidirá.

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Noções de Administração Pública

§ 2º - Compete, ainda privativamente, ao Tribu- 2 - nos crimes de responsabilidade, após instau-


nal Especial referido neste artigo processar e jul- ração do processo pela Assembléia Legislativa.
gar o Vice-Governador nos crimes de responsa-
§ 4º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta
bilidade, e os Secretários de Estado, nos crimes
dias, o julgamento não estiver concluído, cessa-
da mesma natureza conexos com aqueles, ou
rá o afastamento do Governador, sem prejuízo
com os praticados pelo Governador, bem como
do prosseguimento do processo.
o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador-
Geral do Estado. § 5º - Enquanto não sobrevier a sentença con-
denatória transitada em julgado, nas infrações
§ 3º - O Governador ficará suspenso de suas fun- penais comuns, o Governador não estará sujeito
ções: a prisão.
1 - nas infrações penais comuns, recebida a § 6º - O Governador, na vigência de seu manda-
denúncia ou queixa-crime pelo Superior Tri- to, não pode ser responsabilizado por atos estra-
bunal de Justiça; nhos ao exercício de suas funções.
2 - nos crimes de responsabilidade, após ins- Artigo 50 - Qualquer cidadão, partido político, asso-
tauração do processo pela Assembléia Legis- ciação ou entidade sindical poderá denunciar o Gover-
lativa. nador, o Vice-Governador e os Secretários de Estado,
§ 4º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta por crime de responsabilidade, perante a Assembléia
dias, o julgamento não estiver concluído, cessa- Legislativa.
rá o afastamento do Governador, sem prejuízo SEÇÃO IV
do prosseguimento do processo.
Dos Secretários de Estado
§ 5º - Enquanto não sobrevier a sentença con-
denatória transitada em julgado, nas infrações Artigo 51 - Os Secretários de Estado serão escolhidos
penais comuns, o Governador não estará sujeito entre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exer-
a prisão. cício dos direitos políticos.

§ 6º - O Governador, na vigência de seu manda- Artigo 52-A - Caberá a cada Secretário de Estado, se-
to, não pode ser responsabilizado por atos estra- mestralmente, comparecer perante a Comissão Perma-
nhos ao exercício de suas funções. nente da Assembléia Legislativa a que estejam afetas
as atribuições de sua Pasta, para prestação de contas
Artigo 50 - Qualquer cidadão, partido político, asso- do andamento da gestão, bem como demonstrar e ava-
ciação ou entidade sindical poderá denunciar o Gover- liar o desenvolvimento de ações, programas e metas
nador, o Vice-Governador e os Secretários de Estado, da Secretaria correspondente.
por crime de responsabilidade, perante a Assembléia
§ 1º - Aplica-se o disposto no ‘caput’ deste artigo
Legislativa.
aos Diretores de Agências Reguladoras.

Artigo 49 - Admitida a acusação contra o Governador, § 2º - Aplicam-se aos procedimentos previstos


por dois terços da Assembléia Legislativa, será ele sub- neste artigo, no que couber, aqueles já discipli-
metido a julgamento perante o Superior Tribunal de nados em Regimento Interno do Poder Legisla-
Justiça, nas infrações penais comuns, ou, nos crimes de tivo.
responsabilidade, perante Tribunal Especial. § 3º - O comparecimento do Secretário de Esta-
do, com a finalidade de apresentar, quadrimes-
§ 1º - O Tribunal Especial a que se refere este ar-
tralmente, perante Comissão Permanente do
tigo será constituído por sete Deputados e sete
Poder Legislativo, a demonstração e a avaliação
Desembargadores, sorteados pelo Presidente do
do cumprimento das metas fiscais por parte
Tribunal de Justiça, que também o presidirá.
do Poder Executivo suprirá a obrigatoriedade
§ 2º - Compete, ainda privativamente, ao Tribu- constante do ‘caput’ deste artigo.”
nal Especial referido neste artigo processar e jul-
§ 4º – No caso das Universidades Públicas Esta-
gar o Vice-Governador nos crimes de responsa-
duais e da Fundação de Amparo à Pesquisa do
bilidade, e os Secretários de Estado, nos crimes
Estado de São Paulo, incumbe, respectivamen-
da mesma natureza conexos com aqueles, ou
te, aos próprios Reitores e ao Presidente, efeti-
com os praticados pelo Governador, bem como
var, anualmente e no que couber, o disposto no
o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador-
‘caput’ deste artigo.
Geral do Estado.
Artigo 53 - Os Secretários farão declaração pública
§ 3º - O Governador ficará suspenso de suas funções:
de bens, no ato da posse e no término do exercício do
1 - nas infrações penais comuns, recebida a de- cargo, e terão os mesmos impedimentos estabelecidos
núncia ou queixa-crime pelo Superior Tribunal nesta Constituição para os Deputados, enquanto per-
de Justiça; manecerem em suas funções.

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TÍTULO III das as nomeações para cargo em comissões, de-


clarado em lei, de livre nomeação e exoneração;
Da Organização do Estado
III - o prazo de validade do concurso público
será de até dois anos, prorrogável uma vez, por
CAPÍTULO I igual período. A nomeação do candidato apro-
vado obedecerá à ordem de classificação;
Da Administração Pública
IV - durante o prazo improrrogável previsto no
edital de convocação, o aprovado em concurso
SEÇÃO I
público de provas ou de provas e títulos será
convocado com prioridade sobre novos concur-
Disposições Gerais sados para assumir cargo ou emprego, na car-
Artigo 111 – A administração pública direta, indireta reira;
ou fundacional, de qualquer dos Poderes do Estado,
V – as funções de confiança, exercidas exclu-
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalida-
sivamente por servidores ocupantes de cargo
de, moralidade, publicidade, razoabilidade, finalida-
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preen-
de, motivação, interesse público e eficiência.
chidos por servidores de carreira nos casos, con-
Artigo 111-A – É vedada a nomeação de pessoas que se dições e percentuais mínimos previstos em lei,
enquadram nas condições de inelegibilidade nos ter- destinam-se apenas às atribuições de direção,
mos da legislação federal para os cargos de Secretário chefia e assessoramento;
de Estado, Secretário-Adjunto, Procurador Geral de VI - é garantido ao servidor público civil o direi-
Justiça, Procurador Geral do Estado, Defensor Público to à livre associação sindical, obedecido o dis-
Geral, Superintendentes e Diretores de órgãos da ad- posto no art. 8º da Constituição Federal;
ministração pública indireta, fundacional, de agências
reguladoras e autarquias, Delegado Geral de Polícia, VII - o servidor e empregado público gozarão
Reitores das universidades públicas estaduais e ainda de estabilidade no cargo ou emprego desde
para todos os cargos de livre provimento dos poderes o registro de sua candidatura para o exercício
Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado. de cargo de representação sindical ou no caso
previsto no inciso XXIII deste artigo, até um ano
Artigo 112 - As leis e atos administrativos externos de- após o término do mandato, se eleito, salvo se
verão ser publicados no órgão oficial do Estado, para cometer falta grave definida em lei;
que produzam os seus efeitos regulares. A publicação VIII – o direito de greve será exercido nos ter-
dos atos não normativos poderá ser resumida. mos e nos limites definidos em lei específica;
Artigo 113 - A lei deverá fixar prazos para a prática dos IX - a lei reservará percentual dos cargos e em-
atos administrativos e estabelecer recursos adequados pregos públicos para os portadores de deficiên-
a sua revisão, indicando seus efeitos e forma de pro- cias, garantindo as adaptações necessárias para
cessamento. a sua participação nos concursos públicos e de-
finirá os critérios de sua admissão;
Artigo 114 - A administração é obrigada a fornecer a
qualquer cidadão, para a defesa de seus direitos e es- X - a lei estabelecerá os casos de contratação por
clarecimentos de situações de seu interesse pessoal, no tempo determinado, para atender a necessidade
prazo máximo de dez dias úteis, certidão de atos, con- temporária de excepcional interesse público;
tratos, decisões ou pareceres, sob pena de responsabi-
XVIII - é vedada a acumulação remunerada de
lidade da autoridade ou servidor que negar ou retar-
cargos públicos, exceto quando houver compa-
dar a sua expedição. No mesmo prazo deverá atender
tibilidade de horários:
às requisições judiciais, se outro não for fixado pela
autoridade judiciária. a) de dois cargos de professor;
Artigo 115 - Para a organização da administração pú- b) de um cargo de professor com outro técnico
blica direta e indireta, inclusive as fundações instituí- ou científico;
das ou mantidas por qualquer dos Poderes do Estado,
é obrigatório o cumprimento das seguintes normas: c) a de dois cargos ou empregos privativos de
profissionais de saúde, com profissões regula-
I – os cargos, empregos e funções públicas são mentadas;
acessíveis aos brasileiros que preenchem os re-
XIX - a proibição de acumular estende-se a em-
quisitos estabelecidos em lei, assim como aos
pregos e funções e abrange autarquias, funda-
estrangeiros, na forma da lei;
ções, empresas públicas, sociedades de econo-
II - a investidura em cargo ou emprego público mia mista, suas subsidiárias, e sociedades con-
depende de aprovação prévia, em concurso pú- troladas, direta ou indiretamente, pelo Poder
blico de provas ou de provas e títulos, ressalva- Público;

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XXIV - é obrigatória a declaração pública de 3 - voluntariamente, desde que cumprido tem-


bens, antes da posse e depois do desligamento, po mínimo de dez anos de efetivo exercício no
de todo o dirigente de empresa pública, socie- serviço público e cinco anos no cargo efetivo em
dade de economia mista, autarquia e fundação que se dará a aposentadoria, observadas as se-
instituída ou mantida pelo Poder Público; guintes condições:
XXVI - ao servidor público que tiver sua capa- a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de con-
cidade de trabalho reduzida em decorrência de tribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos
acidente de trabalho ou doença do trabalho será de idade e trinta de contribuição, se mulher;
garantida a transferência para locais ou ativida-
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e
des compatíveis com sua situação;
sessenta anos de idade, se mulher, com proven-
XXVII - é vedada a estipulação de limite de ida- tos proporcionais ao tempo de contribuição.
de para ingresso por concurso público na admi-
nistração direta, empresa pública, sociedade de § 2º - Os proventos de aposentadoria e as pen-
economia mista, autarquia e fundações instituí- sões, por ocasião de sua concessão, não poderão
das ou mantidas pelo Poder Público, respeitan- exceder a remuneração do respectivo servidor,
do-se apenas o limite constitucional para apo- no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria
sentadoria compulsória. ou que serviu de referência para a concessão da
pensão.
CAPÍTULO II § 3º - Para o cálculo dos proventos de aposenta-
doria, por ocasião da sua concessão, serão consi-
Dos Servidores Públicos do Estado deradas as remunerações utilizadas como base
para as contribuições do servidor aos regimes
SEÇÃO I de previdência de que tratam este artigo e o arti-
go 201 da Constituição Federal, na forma da lei.
Dos Servidores Públicos Civis
§ 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios
Artigo 124 - Os servidores da administração pública diferenciados para a concessão de aposentado-
direta, das autarquias e das fundações instituídas ou ria aos abrangidos pelo regime de que trata este
mantidas pelo Poder Público terão regime jurídico artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis
único e planos de carreira. complementares, os casos de servidores:

Artigo 125 - O exercício do mandato eletivo por ser- 1 - portadores de deficiência;


vidor público far-se-á com observância do art. 38 da 2 - que exerçam atividades de risco;
Constituição Federal.
3 - cujas atividades sejam exercidas sob condi-
§ 1º - Fica assegurado ao servidor público, eleito ções especiais que prejudiquem a saúde ou a
para ocupar cargo em sindicato de categoria, o integridade física.
direito de afastar-se de suas funções, durante o
§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de con-
tempo em que durar o mandato, recebendo seus
tribuição serão reduzidos em cinco anos, em re-
vencimentos e vantagens, nos termos da lei.
lação ao disposto no § 1º, 3, “a”, para o professor
Artigo 126 – Aos servidores titulares de cargos efeti- que comprove exclusivamente tempo de efetivo
vos do Estado, incluídas suas autarquias e fundações, exercício das funções de magistério na educação
é assegurado regime de previdência de caráter contri- infantil e no ensino fundamental e médio.
butivo e solidário, mediante contribuição do respecti- § 6º - Declarado inconstitucional, em controle
vo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste ar- § 6º-A - Ressalvadas as aposentadorias decor-
tigo. rentes dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de
§ 1º - Os servidores abrangidos pelo regime de uma aposentadoria à conta do regime de previ-
previdência de que trata este artigo serão apo- dência previsto neste artigo.
sentados:
§ 7º - Lei disporá sobre a concessão do benefício
1 - por invalidez permanente, sendo os proven- de pensão por morte, que será igual:
tos proporcionais ao tempo de contribuição, ex-
1 - ao valor da totalidade dos proventos do ser-
ceto se decorrente de acidente em serviço, mo-
vidor falecido, até o limite máximo estabelecido
léstia profissional ou doença grave, contagiosa
para os benefícios do regime geral de previdên-
ou incurável, na forma da lei;
cia social de que trata o artigo 201 da Constitui-
2 - compulsoriamente, aos setenta anos de ida- ção Federal, acrescido de setenta por cento da
de, com proventos proporcionais ao tempo de parcela excedente a este limite, caso aposentado
contribuição; à data do óbito; ou

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2 - ao valor da totalidade da remuneração do intermédio de entidades fechadas de previdên-


servidor no cargo efetivo em que se deu o faleci- cia complementar, de natureza pública, que
mento, até o limite máximo estabelecido para os oferecerão aos respectivos participantes planos
benefícios do regime geral de previdência social de benefícios somente na modalidade de contri-
de que trata o artigo 201 da Constituição Fede- buição definida.
ral, acrescido de setenta por cento da parcela ex-
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa
cedente a este limite, caso em atividade na data
opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser apli-
do óbito.
cado ao servidor que tiver ingressado no serviço
§ 8º - Declarado inconstitucional, em controle público até a data da publicação do ato de ins-
concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal. tituição do correspondente regime de previdên-
cia complementar.
§ 8º-A - É assegurado o reajustamento dos be-
nefícios para preservar-lhes, em caráter perma- § 17 - Todos os valores de remuneração conside-
nente, o valor real, conforme critérios estabele- rados para o cálculo do benefício previsto no §
cidos em lei. 3° serão devidamente atualizados, na forma da
lei.
§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual
ou municipal será contado para efeito de apo- § 18 - Incidirá contribuição sobre os proventos
sentadoria e o tempo de serviço correspondente de aposentadorias e pensões concedidas pelo
para efeito de disponibilidade. regime de que trata este artigo que superem o li-
mite máximo estabelecido para os benefícios do
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer for-
regime geral de previdência social de que trata
ma de contagem de tempo de contribuição fic-
o artigo 201 da Constituição Federal, com per-
tício.
centual igual ao estabelecido para os servidores
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no artigo 115, XII, titulares de cargos efetivos.
desta Constituição e do artigo 37, XI, da Cons-
§ 19 - O servidor de que trata este artigo que te-
tituição Federal à soma total dos proventos de
nha completado as exigências para aposentado-
inatividade, inclusive quando decorrentes da
ria voluntária estabelecidas no § 1º, 3, “a”, e que
acumulação de cargos ou empregos públicos,
opte por permanecer em atividade fará jus a um
bem como de outras atividades sujeitas a con-
abono de permanência equivalente ao valor da
tribuição para o regime geral de previdência
sua contribuição previdenciária até completar
social, e ao montante resultante da adição de
as exigências para aposentadoria compulsória
proventos de inatividade com remuneração de
contidas no § 1º, 2.
cargo acumulável na forma desta Constituição,
cargo em comissão declarado em lei de livre no- § 20 - Fica vedada a existência de mais de um
meação e exoneração, e de cargo eletivo. regime próprio de previdência social para os
servidores titulares de cargos efetivos, e de mais
§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime
de uma unidade gestora do respectivo regime
de previdência dos servidores públicos titulares
em cada ente estatal, ressalvado o disposto no
de cargo efetivo observará, no que couber, os re-
artigo 142, § 3º, X, da Constituição Federal.
quisitos e critérios fixados para o regime geral
de previdência social. § 21 - A contribuição prevista no § 18 deste arti-
go incidirá apenas sobre as parcelas de proven-
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de tos de aposentadoria e de pensão que superem
cargo em comissão declarado em lei de livre no- o dobro do limite máximo estabelecido para os
meação e exoneração bem como de outro cargo benefícios do regime geral de previdência social
temporário ou de emprego público, aplica-se o de que trata o artigo 201 da Constituição Fede-
regime geral de previdência social. ral, quando o beneficiário, na forma da lei, for
§ 14 - O Estado, desde que institua regime de portador de doença incapacitante.
previdência complementar para os seus res- § 22 - O servidor, após noventa dias decorridos
pectivos servidores titulares de cargo efetivo, da apresentação do pedido de aposentadoria
poderá fixar, para o valor das aposentadorias e voluntária, instruído com prova de ter cumpri-
pensões a serem concedidas pelo regime de que do os requisitos necessários à obtenção do direi-
trata este artigo, o limite máximo estabelecido to, poderá cessar o exercício da função pública,
para os benefícios do regime geral de previdên- independentemente de qualquer formalidade.
cia social de que trata o artigo 201 da Constitui-
ção Federal. Artigo 127 - Aplica-se aos servidores públicos esta-
duais, para efeito de estabilidade, o disposto no art. 41
§ 15 - O regime de previdência complementar da Constituição Federal.
de que trata o § 14 será instituído por lei de ini-
ciativa do respectivo Poder Executivo, observa- Artigo 128 - As vantagens de qualquer natureza só po-
do o disposto no artigo 202 e seus parágrafos, derão ser instituídas por lei e quando atendam efetiva-
da Constituição Federal, no que couber, por mente ao interesse público e às exigências do serviço.

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Noções de Administração Pública

Artigo 129 - Ao servidor público estadual é assegura- Artigo 137 - A lei assegurará à servidora gestante mu-
do o percebimento do adicional por tempo de serviço, dança de função, nos casos em que for recomendado,
concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua sem prejuízo de seus vencimentos ou salários e demais
limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos vantagens do cargo ou função-atividade.
integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercí-
cio, que se incorporarão aos vencimentos para todos SEÇÃO II
os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta
Constituição. Dos Servidores Públicos Militares

Artigo 130 - Ao servidor será assegurado o direito de Artigo 138 - São servidores públicos militares esta-
remoção para igual cargo ou função, no lugar de resi- duais os integrantes da Polícia Militar do Estado.
dência do cônjuge, se este também for servidor e hou-
§ 1º - Aplica-se, no que couber, aos servidores a
ver vaga, nos termos da lei.
que se refere este artigo, o disposto no art. 42 da
Constituição Federal.
Parágrafo único - O disposto neste artigo apli-
ca-se também ao servidor cônjuge de titular de § 2º - Naquilo que não colidir com a legislação
mandato eletivo estadual ou municipal. específica, aplica-se aos servidores menciona-
dos neste artigo o disposto na seção anterior.
Artigo 131 - O Estado responsabilizará os seus servi-
dores por alcance e outros danos causados à Adminis- § 3º - O servidor público militar demitido por
tração, ou por pagamentos efetuados em desacordo ato administrativo, se absolvido pela Justiça, na
com as normas legais, sujeitando-os ao seqüestro e ação referente ao ato que deu causa à demissão,
perdimento dos bens, nos termos da lei. será reintegrado à Corporação com todos os di-
reitos restabelecidos.
Artigo 132 – Os servidores titulares de cargos efetivos § 4º - O oficial da Polícia Militar só perderá o
do Estado, incluídas suas autarquias e fundações, des- posto e a patente se for julgado indigno do Ofi-
de que tenham completado cinco anos de efetivo exer-
cialato ou com ele incompatível, por decisão do
cício, terão computado, para efeito de aposentadoria,
Tribunal de Justiça Militar do Estado.
nos termos da lei, o tempo de contribuição ao regime
geral de previdência social decorrente de atividade de § 5º - O oficial condenado na Justiça comum ou
natureza privada, rural ou urbana, hipótese em que os militar à pena privativa de liberdade superior a
diversos sistemas de previdência social se compensa- dois anos, por sentença transitada em julgado,
rão financeiramente, segundo os critérios estabeleci- será submetido ao julgamento previsto no pará-
dos em lei. grafo anterior.
§ 6º - O direito do servidor militar de ser trans-
Artigo 133 - O servidor, com mais de cinco anos de
ferido para a reserva ou ser reformado será as-
efetivo exercício, que tenha exercido ou venha a exer-
segurado, ainda que respondendo a inquérito
cer cargo ou função que lhe proporcione remuneração
ou processo em qualquer jurisdição, nos casos
superior à do cargo de que seja titular, ou função para
previstos em lei específica.
a qual foi admitido, incorporará um décimo dessa di-
ferença, por ano, até o limite de dez.
CAPÍTULO III
- Este artigo teve sua redação alterada pelo Re-
curso Extraordinário nº 219934, provido pelo Da Segurança Pública
Supremo Tribunal Fedeal, declarou a inconsti-
tucionalidade de expressão:a qualquer título”. SEÇÃO I
Artigo 134 - O servidor, durante o exercício do manda-
to de vereador, será inamovível. Disposições Gerais
Artigo 139 - A Segurança Pública, dever do Estado,
Artigo 135 – Ao servidor público titular de cargo efe- direito e responsabilidade de todos, é exercida para
tivo do Estado será contado, como efetivo exercício, a preservação da ordem pública e incolumidade das
para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tem- pessoas e do patrimônio.
po de contribuição decorrente de serviço prestado em
cartório não oficializado, mediante certidão expedida § 1º - O Estado manterá a Segurança Pública por
pela Corregedoria-Geral da Justiça. meio de sua polícia, subordinada ao Governa-
dor do Estado.
Artigo 136 - O servidor público civil demitido por ato
§ 2º - A polícia do Estado será integrada pela Po-
administrativo, se absolvido pela Justiça, na ação re-
lícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
ferente ao ato que deu causa à demissão, será reinte-
grado ao serviço público, com todos os direitos adqui- § 3º - A Polícia Militar, integrada pelo Corpo de
ridos. Bombeiros, é força auxiliar, reserva do Exército.

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SEÇÃO III III - o fortalecimento da unidade nacional e da


solidariedade internacional;
Da Polícia Militar
IV - o desenvolvimento integral da personalida-
Artigo 141 - À Polícia Militar, órgão permanente, in- de humana e a sua participação na obra do bem
cumbem, além das atribuições definidas em lei, a polí- comum;
cia ostensiva e a preservação da ordem pública. V - o preparo do indivíduo e da sociedade para
o domínio dos conhecimentos científicos e tec-
§ 1º - O Comandante Geral da Polícia Militar
nológicos que lhes permitam utilizar as possi-
será nomeado pelo Governador do Estado den-
bilidades e vencer as dificuldades do meio, pre-
tre oficiais da ativa, ocupantes do último posto
servando-o;
do Quadro de Oficiais Policiais Militares, con-
forme dispuser a lei, devendo fazer declaração VI - a preservação, difusão e expansão do patri-
pública de bens no ato da posse e de sua exo- mônio cultural;
neração.
VII - a condenação a qualquer tratamento desi-
§ 2º - Lei Orgânica e Estatuto disciplinarão a or- gual por motivo de convicção filosófica, política
ganização, o funcionamento, direitos, deveres, ou religiosa, bem como a quaisquer preconcei-
vantagens e regime de trabalho da Polícia Mi- tos de classe, raça ou sexo;
litar e de seus integrantes, servidores militares
VIII - o desenvolvimento da capacidade de ela-
estaduais, respeitadas as leis federais concer-
boração e reflexão crítica da realidade.
nentes.
Artigo 238 - A lei organizará o Sistema de Ensino do
§ 3º - A criação e manutenção da Casa Militar e
Estado de São Paulo, levando em conta o princípio da
Assessorias Militares somente poderão ser efeti-
descentralização.
vadas nos termos em que a lei estabelecer.
Artigo 239 - O Poder Público organizará o Sistema Es-
§ 4º - O Chefe da Casa Militar será escolhido tadual de Ensino, abrangendo todos os níveis e mo-
pelo Governador do Estado entre oficiais da dalidades, incluindo a especial, estabelecendo normas
ativa, ocupantes do último posto do Quadro de gerais de funcionamento para as escolas públicas es-
Oficiais Policiais Militares. taduais e municipais, bem como para as particulares.
Artigo 142 - Ao Corpo de Bombeiros, além das atri- § 1º - Os Municípios organizarão, igualmente,
buições definidas em lei, incumbe a execução de ati- seus sistemas de ensino.
vidades de defesa civil, tendo seu quadro próprio e
funcionamento definidos na legislação prevista no § 2º § 2º - O Poder Público oferecerá atendimento es-
do artigo anterior. pecializado aos portadores de deficiências, pre-
ferencialmente na rede regular de ensino.
TÍTULO VII § 3º - As escolas particulares estarão sujeitas à
fiscalização, controle e avaliação, na forma da lei
Da Ordem Social
§ 4° – O Poder Público adequará as escolas e to-
mará as medidas necessárias quando da constru-
CAPÍTULO III
ção de novos prédios, visando promover a aces-
sibilidade das pessoas com deficiência ou com
Da Educação, da Cultura e dos Esportes e Lazer mobilidade reduzida, mediante a supressão de
barreiras e obstáculos nos espaços e mobiliários.
SEÇÃO I
Artigo 240 - Os Municípios responsabilizar-se-ão prio-
Da Educação ritariamente pelo ensino fundamental, inclusive para
os que a ele não tiveram acesso na idade própria, e pré
Artigo 237 - A educação, ministrada com base nos -escolar, só podendo atuar nos níveis mais elevados
princípios estabelecidos no artigo 205 e seguintes da quando a demanda naqueles níveis estiver plena e sa-
Constituição Federal e inspirada nos princípios de li- tisfatoriamente atendida, do ponto de vista qualitativo
berdade e solidariedade humana, tem por fim: e quantitativo.

I - a compreensão dos direitos e deveres da pes- Artigo 241 - O Plano Estadual de Educação, estabele-
soa humana, do cidadão, do Estado, da família cido em lei, é de responsabilidade do Poder Público
e dos demais grupos que compõem a comuni- Estadual, tendo sua elaboração coordenada pelo Exe-
dade; cutivo, consultados os órgãos descentralizados do Sis-
tema Estadual de Ensino, a comunidade educacional,
II - o respeito à dignidade e às liberdades funda- e considerados os diagnósticos e necessidades aponta-
mentais da pessoa humana; dos nos Planos Municipais de Educação.

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Noções de Administração Pública

Artigo 242 - O Conselho Estadual de Educação é ór- § 3º - O ensino fundamental público e gratui-
gão normativo, consultivo e deliberativo do sistema de to será também garantido aos jovens e adultos
ensino do Estado de São Paulo, com suas atribuições, que, na idade própria, a ele não tiveram acesso,
organização e composição definidas em lei. e terá organização adequada às características
dos alunos.
Artigo 243 - Os critérios para criação de Conselhos Re-
gionais e Municipais de Educação, sua composição e § 4º - Caberá ao Poder Público prover o ensino
atribuições, bem como as normas para seu funciona- fundamental diurno e noturno, regular e suple-
mento, serão estabelecidos e regulamentados por lei. tivo, adequado às condições de vida do edu-
cando que já tenha ingressado no mercado de
Artigo 244 - O ensino religioso, de matrícula faculta- trabalho.
tiva, constituirá disciplina dos horários normais das
§ 5º - É permitida a matrícula no ensino funda-
escolas públicas de ensino fundamental.
mental, a partir dos seis anos de idade, desde
Artigo 245 - Nos três níveis de ensino será estimula- que plenamente atendida a demanda das crian-
da a prática de esportes individuais e coletivos, como ças de sete anos de idade.
complemento à formação integral do indivíduo. Artigo 251 - A lei assegurará a valorização dos pro-
fissionais de ensino, mediante a fixação de planos de
Parágrafo Único - A prática referida no “caput”, carreira para o Magistério Público, com piso salarial
sempre que possível, será levada em conta em profissional, carga horária compatível com o exercício
face das necessidades dos portadores de defi- das funções e ingresso exclusivamente por concurso
ciências. público de provas e títulos.
Artigo 246 - É vedada a cessão de uso de próprios pú-
Artigo 252 - O Estado manterá seu próprio sistema de
blicos estaduais, para o funcionamento de estabeleci-
ensino superior, articulado com os demais níveis.
mentos de ensino privado de qualquer natureza.
Parágrafo único - O sistema de ensino superior
Artigo 247 - A educação da criança de zero a seis anos,
do Estado de São Paulo incluirá universidades e
integrada ao sistema de ensino, respeitará as caracte-
outros estabelecimentos.
rísticas próprias dessa faixa etária.
Artigo 253 - A organização do sistema de ensino su-
Artigo 248 - O órgão próprio de educação do Estado perior do Estado será orientada para a ampliação do
será responsável pela definição de normas, autoriza- número de vagas oferecidas no ensino público diurno
ção de funcionamento, supervisão e fiscalização das e noturno, respeitadas as condições para a manuten-
creches e pré-escolas públicas e privadas no Estado. ção da qualidade de ensino e do desenvolvimento da
pesquisa.
Parágrafo único - Aos Municípios, cujos siste-
mas de ensino estejam organizados, será delega- Parágrafo único - As universidades públicas es-
da competência para autorizar o funcionamento taduais deverão manter cursos noturnos que,
e supervisionar as instituições de educação das no conjunto de suas unidades, correspondam a
crianças de zero a seis anos de idade. um terço pelo menos do total das vagas por elas
Artigo 249 - O ensino fundamental, com oito anos de oferecidas.
duração, é obrigatório para todas as crianças, a partir Artigo 254 - A autonomia da universidade será exer-
dos sete anos de idade, visando a propiciar formação cida respeitando, nos termos do seu estatuto, a neces-
básica e comum indispensável a todos. sária democratização do ensino e a responsabilidade
pública da instituição, observados os seguintes prin-
§ 1º - É dever do Poder Público o provimento, cípios:
em todo o território paulista, de vagas em nú-
mero suficiente para atender à demanda do en- I - utilização dos recursos de forma a ampliar o
sino fundamental obrigatório e gratuito. atendimento à demanda social, tanto mediante
§ 2º - A atuação da administração pública esta- cursos regulares quanto atividades de extensão;
dual no ensino público fundamental dar-se-á II - representação e participação de todos os seg-
por meio de rede própria ou em cooperação mentos da comunidade interna nos órgãos de-
técnica e financeira com os Municípios, nos ter- cisórios e na escolha de dirigentes, na forma de
mos do artigo 30, VI, da Constituição Federal, seus estatutos.
assegurando a existência de escolas com corpo
técnico qualificado e elevado padrão de quali- § 1º - A lei criará formas de participação da so-
dade, devendo ser definidas com os Municípios ciedade, por meio de instâncias públicas exter-
formas de colaboração, de modo a assegurar a nas à universidade, na avaliação do desempe-
universalização do ensino obrigatório. nho da gestão dos recursos.

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§ 2º - É facultado às universidades admitir pro- 1 - Garantia à criança e ao adolescente de conhe-


fessores, técnicos e cientistas estrangeiros, na cimento formal do ato infracional que lhe seja
forma da lei. atribuído, de igualdade na relação processual,
representação legal, acompanhamento psicoló-
§ 3º - O disposto neste artigo aplica-se às ins- gico e social e defesa técnica por profissionais
tituições de pesquisa científica e tecnológica. ” habilitados;
Artigo 255 - O Estado aplicará, anualmente, na ma- 2 - obrigação de empresas e instituições, que
nutenção e no desenvolvimento do ensino público, recebam do Estado recursos financeiros para a
no mínimo, trinta por cento da receita resultante de realização de programas, projetos e atividades
impostos, incluindo recursos provenientes de transfe- culturais, educacionais, de lazer e outros afins,
rências. de preverem o acesso e a participação de porta-
dores de deficiências.
Parágrafo único - A lei definirá as despesas que
se caracterizem como manutenção e desenvolvi-
mento do ensino. Artigo 278 - O Poder Público promoverá programas
especiais, admitindo a participação de entidades não
Artigo 256 - O Estado e os Municípios publicarão, até governamentais e tendo como propósito:
trinta dias após o encerramento de cada trimestre,
informações completas sobre receitas arrecadadas e I - assistência social e material às famílias de bai-
transferências de recursos destinados à educação nes- xa renda dos egressos de hospitais psiquiátricos
se período e discriminadas por nível de ensino. do Estado, até sua reintegração na sociedade;
Artigo 257 - A distribuição dos recursos públicos as- II - concessão de incentivo às empresas para
segurará prioridade ao atendimento das necessidades adequação de seus equipamentos, instalações e
do ensino fundamental. rotinas de trabalho aos portadores de deficiên-
cias;
Parágrafo único - Parcela dos recursos públicos
destinados à educação deverá ser utilizada em III - garantia às pessoas idosas de condições de
programas integrados de aperfeiçoamento e vida apropriadas, freqüência e participação em
atualização para os educadores em exercício no todos os equipamentos, serviços e programas
ensino público. culturais, educacionais, esportivos, recreativos
e de lazer, defendendo sua dignidade e visando
Artigo 258 - O Poder Público poderá, mediante convê- à sua integração à sociedade;
nio, destinar parcela dos recursos de que trata o artigo
255 a instituições filantrópicas, definidas em lei, para IV - integração social de portadores de deficiên-
a manutenção e o desenvolvimento de atendimento cias, mediante treinamento para o trabalho, con-
educacional, especializado e gratuito a educandos por- vivência e facilitação do acesso aos bens e servi-
tadores de necessidades especiais. ços coletivos;

V - criação e manutenção de serviços de preven-


CAPÍTULO VII ção, orientação, recebimento e encaminhamento
de denúncias referentes à violência;
Da Proteção Especial
VI - instalação e manutenção de núcleos de
SEÇÃO I atendimento especial e casas destinadas ao aco-
lhimento provisório de crianças, adolescentes,
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem, idosos, portadores de deficiências e vítimas de
do Idoso e dos Portadores de Deficiências violência, incluindo a criação de serviços jurí-
dicos de apoio às vítimas, integrados a atendi-
Artigo 277 – Cabe ao Poder Público, bem como à famí- mento psicológico e social;
lia, assegurar à criança, ao adolescente, ao jovem, ao
idoso e aos portadores de deficiências, com absoluta VII - nos internamentos de crianças com até
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, doze anos nos hospitais vinculados aos órgãos
à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, da administração direta ou indireta, é assegu-
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência rada a permanência da mãe, também nas enfer-
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de marias, na forma da lei.
toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e agressão. VIII - prestação de orientação e informação so-
bre a sexualidade humana e conceitos básicos
Parágrafo único - O direito à proteção especial, da instituição da família, sempre que possível,
conforme a lei, abrangerá, entre outros, os se- de forma integrada aos conteúdos curriculares
guintes aspectos: do ensino fundamental e médio;

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IX - criação e manutenção de serviços e progra- Artigo 286 - Fica assegurada a criação de creches nos
mas de prevenção e orientação contra entorpe- presídios femininos e, às mães presidiárias, a adequa-
centes, álcool e drogas afins, bem como de en- da assistência aos seus filhos durante o período de
caminhamento de denúncias e atendimento es- amamentação.
pecializado, referentes à criança, ao adolescente,
Artigo 287 - A lei disporá sobre a instituição de indeni-
ao adulto e ao idoso dependentes.
zação compensatória a ser paga, em caso de exonera-
Artigo 279 - Os Poderes Públicos estadual e municipal ção ou dispensa, aos servidores públicos ocupantes de
assegurarão condições de prevenção de deficiências, cargos e funções de confiança ou cargo em comissão,
com prioridade para a assistência pré-natal e à infân- bem como aos que a lei declarar de livre exoneração.
cia, bem como integração social de portadores de defi- Parágrafo único – A indenização referida no
ciências, mediante treinamento para o trabalho e para “caput” não se aplica aos servidores públicos
a convivência, mediante: que, exonerados ou dispensados do cargo ou
função de confiança ou de livre exoneração, re-
I - criação de centros profissionalizantes para
tornem à sua função-atividade ou ao seu cargo
treinamento, habilitação e reabilitação profis-
efetivo.
sional de portadores de deficiências, oferecendo
os meios adequados para esse fim aos que não Artigo 288 - É assegurada a participação dos servidores
tenham condições de freqüentar a rede regular públicos nos colegiados e diretorias dos órgãos públi-
de ensino; cos em que seus interesses profissionais, de assistência
médica e previdenciários sejam objeto de discussão e
II - implantação de sistema “Braille” em estabe- deliberação, na forma da lei.
lecimentos da rede oficial de ensino, em cidade
pólo regional, de forma a atender às necessida- Artigo 289 - O Estado criará crédito educativo, por
des educacionais e sociais dos portadores de de- meio de suas entidades financeiras, para favorecer os
ficiências. estudantes de baixa renda, na forma que dispuser a lei.
Artigo 290 - Toda e qualquer pensão paga pelo Estado,
Parágrafo único - As empresas que adaptarem
a qualquer título, não poderá ser de valor inferior ao
seus equipamentos para o trabalho de portado-
res de deficiências poderão receber incentivos, do salário mínimo vigente no País.
na forma da lei. Artigo 291 - Todos terão o direito de, em caso de con-
denação criminal, obter das repartições policiais e ju-
Artigo 280 - É assegurado, na forma da lei, aos por- diciais competentes, após reabilitação, bem como no
tadores de deficiências e aos idosos, acesso adequado caso de inquéritos policiais arquivados, certidões e
aos logradouros e edifícios de uso público, bem como
informações de folha corrida, sem menção aos antece-
aos veículos de transporte coletivo urbano.
dentes, salvo em caso de requisição judicial, do Minis-
tério Público, ou para fins de concurso público.
Artigo 281 - O Estado propiciará, por meio de financia-
mentos, aos portadores de deficiências, a aquisição dos Parágrafo único - Observar-se-á o disposto neste
equipamentos que se destinam a uso pessoal e que per- artigo quando o interesse for de terceiros.
mitam a correção, diminuição e superação de suas limi-
tações, segundo condições a serem estabelecidas em lei.

TÍTULO VIII
ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS
03
Disposições Constitucionais Gerais PÚBLICOS CIVIS DE SÃO PAULO
Artigo 284 - O Estado comemorará, anualmente, no LEI Nº 10.261, DE 28 DE OUTUBRO DE 1968
período de 3 a 9 de julho, a Revolução Constituciona-
Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públi-
lista de 1932.
cos Civis do Estado
Artigo 285 - Fica assegurado a todos livre e amplo
TÍTULO I
acesso às praias do litoral paulista.
Disposições Preliminares
§ 1º - Sempre que, de qualquer forma, for im-
pedido ou dificultado esse acesso, o Ministério Artigo 1º - Esta lei institui o regime jurídico dos funcio-
Público tomará imediata providência para a ga- nários públicos civis do Estado.
rantia desse direito.
Parágrafo único - As suas disposições, exceto no
§ 2º - O Estado poderá utilizar-se da desapro- que colidirem com a legislação especial, apli-
priação para abertura de acesso a que se refere cam-se aos funcionários dos 3 Poderes do Esta-
o “caput”. do e aos do Tribunal de Contas do Estado.

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Artigo 2º - As disposições desta lei não se aplicam aos VI - aproveitamento; e


empregados das autarquias, entidades paraestatais e
serviços públicos de natureza industrial, ressalvada VII - readmissão.
a situação daqueles que, por lei anterior, já tenham a
Artigo 12 - Não havendo candidato habilitado em
qualidade de funcionário público.
concurso, os cargos vagos, isolados ou de carreira, só
poderão ser ocupados no regime da legislação traba-
Parágrafo único - Os direitos, vantagens e re-
galias dos funcionários públicos só poderão ser lhista, até o prazo máximo de 2 (dois) anos, conside-
estendidos aos empregados das entidades a que rando-se findo o contrato após esse período, vedada a
se refere este artigo na forma e condições que a recondução.
lei estabelecer.
CAPÍTULO II
Artigo 3º - Funcionário público, para os fins deste Esta-
tuto, é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Das Nomeações
Artigo 4º - Cargo público é o conjunto de atribuições e
responsabilidades cometidas a um funcionário. SEÇÃO I
Artigo 5º - Os cargos públicos são isolados ou de car-
reira. Das Formas de Nomeação

Artigo 6º - Aos cargos públicos serão atribuídos valo- Artigo 13 - As nomeações serão feitas:
res determinados por referências numéricas, seguidas I - em caráter vitalício, nos casos expressamente
de letras em ordem alfabética, indicadoras de graus. previstos na Constituição do Brasil;
Parágrafo único - O conjunto de referência e II - em comissão, quando se tratar de cargo que
grau constitui o padrão do cargo. em virtude de lei assim deva ser provido; e

Artigo 7º - Classe é o conjunto de cargos da mesma III - em caráter efetivo, quando se tratar de car-
denominação. go de provimento dessa natureza.

Artigo 8º - Carreira é o conjunto de classes da mesma SEÇÃO II


natureza de trabalho, escalonadas segundo o nível de
complexidade e o grau de responsabilidade.
Da Seleção de Pessoal
Artigo 9º - Quadro é o conjunto de carreiras e de car-
gos isolados. SUBSEÇÃO I

Artigo 10 - É vedado atribuir ao funcionário serviços


Do Concurso
diversos dos inerentes ao seu cargo, exceto as funções
de chefia e direção e as comissões legais. Artigo 14 - A nomeação para cargo público de provi-
mento efetivo será precedida de concurso público de
TÍTULO II provas ou de provas e títulos.

DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO E DA Parágrafo único - As provas serão avaliadas na


VACÂNCIA DOS CARGOS PÚBLICOS escala de 0 (zero) a 100 (cem) pontos e aos títu-
los serão atribuídos, no máximo, 50 (cinqüenta)
pontos.
CAPÍTULO I
Artigo 15 - A realização dos concursos será centraliza-
Do Provimento da num só órgão.

Artigo 11 - Os cargos públicos serão providos por: Artigo 16 - As normas gerais para a realização dos con-
cursos e para a convocação e indicação dos candidatos
I - nomeação; para o provimento dos cargos serão estabelecidas em
regulamento.
II - transferência;
Artigo 17 - Os concursos serão regidos por instruções
III - reintegração;
especiais, expedidas pelo órgão competente.
IV - acesso;
Artigo 18 - As instruções especiais determinarão, em
V - reversão; função da natureza do cargo:

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I - se o concurso será: rentes ao cargo do substituído e mais as vanta-


gens pessoais a que fizer jus.
1 - de provas ou de provas e títulos; e
§ 3º - O substituto perderá, durante o tempo da
2 - por especializações ou por modalidades pro-
substituição, o vencimento ou a remuneração e
fissionais, quando couber;
demais vantagens pecuniárias inerentes ao seu
II - as condições para provimento do cargo re- cargo, se pelo mesmo não optar.
ferentes a:
Artigo 25 - Exclusivamente para atender à necessidade
1 - diplomas ou experiência de trabalho; de serviço, os tesoureiros, caixas e outros funcionários
2 - capacidade física; e que tenham valores sob sua guarda, em caso de im-
pedimento, serão substituídos por funcionários de sua
3 - conduta; confiança, que indicarem, respondendo a sua fiança
III - o tipo e conteúdo das provas e as categorias pela gestão do substituto.
de títulos; Parágrafo único - Feita a indicação, por escrito,
IV - a forma de julgamento das provas e dos tí- ao chefe da repartição ou do serviço, este propo-
tulos; rá a expedição do ato de designação, aplicando-
se ao substituto a partir da data em que assumir
V - os critérios de habilitação e de classificação; e as funções do cargo, o disposto nos §§ 1º e 2º do
VI - o prazo de validade do concurso. art. 24.
Artigo 19 - As instruções especiais poderão determinar CAPÍTULO IV
que a execução do concurso, bem como a classificação
dos habilitados, seja feita por regiões. Da Transferência
Artigo 20 - A nomeação obedecerá à ordem de classifi- Artigo 26 - O funcionário poderá ser transferido de um
cação no concurso. para outro cargo de provimento efetivo.

SUBSEÇÃO II Artigo 27 - As transferências serão feitas a pedido do


funcionário ou “ex-officio”, atendidos sempre a conve-
Das Provas de Habilitação niência do serviço e os requisitos necessários ao provi-
mento do cargo.
Artigo 21 - As provas de habilitação serão realizadas
pelo órgão encarregado dos concursos, para fins de Artigo 28 - A transferência será feita para cargo do mes-
transferência e de outras formas de provimento que mo padrão de vencimento ou de igual remuneração,
não impliquem em critério competitivo. ressalvados os casos de transferência a pedido, em que
o vencimento ou a remuneração poderá ser inferior.
Artigo 22 - As normas gerais para realização das pro-
vas de habilitação serão estabelecidas em regulamen- Artigo 29 - A transferência por permuta se processará
to, obedecendo, no que couber, ao estabelecido para os a requerimento de ambos os interessados e de acordo
concursos. com o prescrito neste capítulo.

CAPÍTULO III CAPÍTULO V

Das Substituições Da Reintegração


Artigo 30 - A reintegração é o reingresso no serviço
Artigo 23 - Haverá substituição no impedimento legal
público, decorrente da decisão judicial passada em jul-
e temporário do ocupante de cargo de chefia ou de di-
gado, com ressarcimento de prejuízos resultantes do
reção.
afastamento.
Parágrafo único - Ocorrendo a vacância, o subs-
Artigo 31 - A reintegração será feita no cargo anterior-
tituto passará a responder pelo expediente da
mente ocupado e, se este houver sido transformado,
unidade ou órgão correspondente até o provi-
no cargo resultante.
mento do cargo.
Artigo 24 - A substituição, que recairá sempre em fun- § 1º - Se o cargo estiver preenchido, o seu ocu-
cionário público, quando não for automática, depen- pante será exonerado, ou, se ocupava outro car-
derá da expedição de ato de autoridade competente. go, a este será reconduzido, sem direito a inde-
nização.
§ 1º - O substituto exercerá o cargo enquanto
§ 2º - Se o cargo houver sido extinto, a reintegra-
durar o impedimento do respectivo ocupante.
ção se fará em cargo equivalente, respeitada a
§ 2º - O substituto, durante todo o tempo em que habilitação profissional, ou, não sendo possível,
exercer a substituição terá direito a perceber o ficará o reintegrado em disponibilidade no car-
valor do padrão e as vantagens pecuniárias ine- go que exercia.

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Artigo 32 - Transitada em julgado a sentença, será ex- § 2º - A reversão a pedido, que será feita a cri-
pedido o decreto de reintegração no prazo máximo de tério da Administração, dependerá também da
30 (trinta) dias. existência de cargo vago, que deva ser provido
mediante promoção por merecimento.
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VIII
Do Acesso
Do Aproveitamento
Artigo 33 - Acesso é a elevação do funcionário, dentro
Artigo 37 - Aproveitamento é o reingresso no serviço
do respectivo quadro a cargo da mesma natureza de
público do funcionário em disponibilidade.
trabalho, de maior grau de responsabilidade e maior
complexidade de atribuições, obedecido o interstício Artigo 38 - O obrigatório aproveitamento do funcio-
na classe e as exigências a serem instituídas em regu- nário em disponibilidade ocorrerá em vagas existentes
lamento. ou que se verificarem nos quadros do funcionalismo.
§ 1º - Serão reservados para acesso os cargos § 1º - O aproveitamento dar-se-á, tanto quanto
cujas atribuições exijam experiência prévia do possível, em cargo de natureza e padrão de ven-
exercício de outro cargo. cimentos correspondentes ao que ocupava, não
§ 2º - O acesso será feito mediante aferição do podendo ser feito em cargo de padrão superior.
mérito dentre titulares de cargos cujo exercício § 2º - Se o aproveitamento se der em cargo de
proporcione a experiência necessária ao desem- padrão inferior ao provento da disponibilidade,
penho das atribuições dos cargos referidos no terá o funcionário direito à diferença.
parágrafo anterior.
§ 3º - Em nenhum caso poderá efetuar -se o
Artigo 34 - Será de 3 (três) anos de efetivo exercício o aproveitamento sem que, mediante inspeção
interstício para concorrer ao acesso. médica, fique provada a capacidade para o exer-
cício do cargo.
CAPÍTULO VII § 4º - Se o laudo médico não for favorável, pode-
rá ser procedida nova inspeção de saúde, para o
Da Reversão mesmo fim, decorridos no mínimo 90 (noventa)
Artigo 35 - Reversão é o ato pelo qual o aposentado dias.
reingressa no serviço público a pedido ou ex-officio. § 5º - Será tornado sem efeito o aproveitamento
§ 1º - A reversão ex-officio será feita quando in- e cassada a disponibilidade do funcionário que,
aproveitado, não tomar posse e não entrar em
subsistentes as razões que determinaram a apo-
exercício dentro do prazo legal.
sentadoria por invalidez.
§ 6º - Será aposentado no cargo anteriormente
§ 2º - Não poderá reverter à atividade o aposen-
ocupado, o funcionário em disponibilidade que
tado que contar mais de 58 (cinqüenta e oito)
for julgado incapaz para o serviço público, em
anos de idade.
inspeção médica.
§ 3º - No caso de reversão ex-officio, será per-
§ 7º - Se o aproveitamento se der em cargo de
mitido o reingresso além do limite previsto no
provimento em comissão, terá o aproveitado
parágrafo anterior.
assegurado, no novo cargo, a condição de efe-
§ 4º - A reversão só poderá efetivar-se quando, tividade que tinha no cargo anteriormente ocu-
em inspeção médica, ficar comprovada a capaci- pado.
dade para o exercício do cargo.
CAPÍTULO IX
§ 5º - Se o laudo médico não for favorável, pode-
rá ser procedida nova inspeção de saúde, para o
Da Readmissão
mesmo fim, decorridos pelo menos 90 (noventa)
dias. Artigo 39 - Readmissão é o ato pelo qual o ex-funcio-
nário, demitido ou exonerado, reingressa no serviço
§ 6º - Será tornada sem efeito a reversão ex-of-
público, sem direito a ressarcimento de prejuízos, as-
ficio e cassada a aposentadoria do funcionário
segurada, apenas, a contagem de tempo de serviço em
que reverter e não tomar posse ou não entrar em
cargos anteriores, para efeito de aposentadoria e dis-
exercício dentro do prazo legal.
ponibilidade.
Artigo 36 - A reversão far-se-á no mesmo cargo.
§ 1º - A readmissão do ex-funcionário demitido
§ 1º - Em casos especiais, a juízo do Governo, será obrigatoriamente precedida de reexame
poderá o aposentado reverter em outro cargo, do respectivo processo administrativo, em que
de igual padrão de vencimentos, respeitada a fique demonstrado não haver inconveniente,
habilitação profissional. para o serviço público, na decretação da medida.

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§ 2º - Observado o disposto no parágrafo ante- IV - estar no gozo dos direitos políticos;


rior, se a demissão tiver sido a bem do serviço
V - ter boa conduta;
público, a readmissão não poderá ser decretada
antes de decorridos 5 (cinco) anos do ato demis- VI - gozar de boa saúde, comprovada em ins-
sório. peção realizada por órgão médico oficial do
Estado, para provimento de cargo efetivo, ou
Artigo 40 - A readmissão será feita no cargo anterior-
mediante apresentação de Atestado de Saúde
mente exercido pelo ex-funcionário ou, se transforma-
Ocupacional, expedido por médico registrado
do, no cargo resultante da transformação.
no Conselho Regional correspondente, para
provimento de cargo em comissão;
CAPÍTULO X
VII - possuir aptidão para o exercício do cargo; e
Da Readaptação VIII - ter atendido às condições especiais pres-
Artigo 41 - Readaptação é a investidura em cargo mais critas para o cargo.
compatível com a capacidade do funcionário e depen- Parágrafo único - A deficiência da capacidade
derá sempre de inspeção médica. física, comprovadamente estacionária, não será
Artigo 42 - A readaptação não acarretará diminuição, considerada impedimento para a caracterização
nem aumento de vencimento ou remuneração e será da capacidade psíquica e somática a que se re-
feita mediante transferência. fere o item VI deste artigo, desde que tal defi-
ciência não impeça o desempenho normal das
funções inerentes ao cargo de cujo provimento
CAPÍTULO XI
se trata.
Da Remoção Artigo 48 - São competentes para dar posse:
Artigo 43 - A remoção, que se processará a pedido do I - Os Secretários de Estado, aos diretores gerais,
funcionário ou ex-officio, só poderá ser feita: aos diretores ou chefes das repartições e aos
funcionários que lhes são diretamente subordi-
I - de uma para outra repartição, da mesma Se- nados; e
cretaria; e
II - Os diretores gerais e os diretores ou chefes
II - de um para outro órgão da mesma reparti- de repartição ou serviço, nos demais casos, de
ção. acordo com o que dispuser o regulamento.
Parágrafo único - A remoção só poderá ser feita Artigo 49 - A posse verificar-se-á mediante a assina-
respeitada a lotação de cada repartição. tura de termo em que o funcionário prometa cumprir
Artigo 44 - A remoção por permuta será processada a fielmente os deveres do cargo.
requerimento de ambos os interessados, com anuên-
Parágrafo único - O termo será lavrado em li-
cia dos respectivos chefes e de acordo com o prescrito
vro próprio e assinado pela autoridade que der
neste Capítulo.
posse.
Artigo 45 - O funcionário não poderá ser removido ou Artigo 50 - A posse poderá ser tomada por procuração
transferido ex-officio para cargo que deva exercer fora quando se tratar de funcionário ausente do Estado, em
da localidade de sua residência, no período de 6 (seis) comissão do Governo ou, em casos especiais, a critério
meses antes e até 3 (três) meses após a data das elei- da autoridade competente.
ções.
Artigo 51 - A autoridade que der posse deverá verifi-
Parágrafo único - Essa proibição vigorará no car, sob pena de responsabilidade, se foram satisfei-
caso de eleições federais, estaduais ou munici- tas as condições estabelecidas, em lei ou regulamento,
pais, isolada ou simultaneamente realizadas. para a investidura no cargo.
CAPÍTULO XII Artigo 52 - A posse deverá verificar-se no prazo de 30
(trinta) dias, contados da data da publicação do ato de
Da Posse provimento do cargo, no órgão oficial.
Artigo 46 - Posse é o ato que investe o cidadão em car- § 1º - O prazo fixado neste artigo poderá ser
go público. prorrogado por mais 30 (trinta) dias, a requeri-
Artigo 47 - São requisitos para a posse em cargo pú- mento do interessado.
blico: § 2º - O prazo inicial para a posse do funcionário
em férias ou licença, será contado da data em
I - ser brasileiro;
que voltar ao serviço.
II - ter completado 18 (dezoito) anos de idade;
§ 3º - Se a posse não se der dentro do prazo, será
III - estar em dia com as obrigações militares; tornado sem efeito o ato de provimento.

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Artigo 53 - A contagem do prazo a que se refere o ar- Estado, a autoridade a que o mesmo estiver di-
tigo anterior poderá ser suspensa nas seguintes hipó- retamente subordinado.
teses:
Artigo 60 - O exercício do cargo terá início dentro do
I - por até 120 (cento e vinte) dias, a critério do prazo de 30 (trinta) dias, contados:
órgão médico oficial, a partir da data de apre-
I - da data da posse; e
sentação do candidato junto ao referido órgão
para perícia de sanidade e capacidade física, II - da data da publicação oficial do ato, no caso
para fins de ingresso, sempre que a inspeção de remoção.
médica exigir essa providência; § 1º - Os prazos previstos neste artigo poderão
II - por 30 (trinta) dias, mediante a interposição ser prorrogados por 30 (trinta) dias, a requeri-
de recurso pelo candidato contra a decisão do mento do interessado e a juízo da autoridade
órgão médico oficial . competente.
§ 1º - o prazo a que se refere o inciso I deste arti- § 2º - No caso de remoção, o prazo para exercí-
go recomeçará a correr sempre que o candidato, cio de funcionário em férias ou em licença, será
sem motivo justificado, deixe de submeter-se contado da data em que voltar ao serviço.
aos exames médicos julgados necessários. § 3º - No interesse do serviço público, os pra-
§ 2º - a interposição de recurso a que se refere o zos previstos neste artigo poderão ser reduzidos
inciso II deste artigo dar-se-á no prazo máximo para determinados cargos.
de 5 (cinco) dias, a contar da data de decisão do § 4º - O funcionário que não entrar em exercício
órgão médico oficial. dentro do prazo será exonerado.
Artigo 54 - O prazo a que se refere o art. 52 para aquele
que, antes de tomar posse, for incorporado às Forças Artigo 61 - Em caso de mudança de sede, será concedi-
Armadas, será contado a partir da data da desincor- do um período de trânsito, até 8 (oito) dias, a contar do
poração. desligamento do funcionário.

Artigo 55 - o funcionário efetivo, nomeado para car- Artigo 62 - O funcionário deverá apresentar ao órgão
go em comissão, fica dispensado, no ato da posse, da competente, logo após ter tomado posse e assumido o
apresentação do atestado de que trata o inciso VI do exercício, os elementos necessários à abertura do as-
artigo 47 desta lei. sentamento individual.

Artigo 63 - Salvo os casos previstos nesta lei, o funcio-


CAPÍTULO XIII nário que interromper o exercício por mais de 30 (trin-
ta) dias consecutivos, ficará sujeito à pena de demissão
Da Fiança por abandono de cargo.
Artigo 56 - Revogado. Artigo 64 - O funcionário deverá ter exercício na repar-
tição em cuja lotação houver claro.
CAPÍTULO XIV
Artigo 65 - Nenhum funcionário poderá ter exercício
Do Exercício em serviço ou repartição diferente daquela em que
estiver lotado, salvo nos casos previstos nesta lei, ou
Artigo 57 - O exercício é o ato pelo qual o funcionário
mediante autorização do Governador.
assume as atribuições e responsabilidades do cargo.
Artigo 66 - Na hipótese de autorização do Governador,
§ 1º - O início, a interrupção e o reinicio do exer-
o afastamento só será permitido, com ou sem prejuízo
cício serão registrados no assentamento indivi-
de vencimentos, para fim determinado e prazo certo.
dual do funcionário.
§ 2º - O início do exercício e as alterações que Parágrafo único - O afastamento sem prejuízo
ocorrerem serão comunicados ao órgão com- de vencimentos poderá ser condicionado ao
petente, pelo chefe da repartição ou serviço em reembolso das despesas efetuadas pelo órgão
que estiver lotado o funcionário. de origem, na forma a ser estabelecida em re-
gulamento.
Artigo 58 - Entende-se por lotação, o número de fun-
cionários de carreira e de cargos isolados que devam Artigo 67 - O afastamento do funcionário para ter exer-
ter exercício em cada repartição ou serviço. cício em entidades com as quais o Estado mantenha
convênios, reger-se-á pelas normas nestes estabeleci-
Artigo 59 - O chefe da repartição ou de serviço em que das.
for lotado o funcionário é a autoridade competente
para dar-lhe exercício. Artigo 68 - O funcionário poderá ausentar-se do Esta-
do ou deslocar-se da respectiva sede de exercício, para
Parágrafo único - É competente para dar exer- missão ou estudo de interesse do serviço público, me-
cício ao funcionário, com sede no Interior do diante autorização expressa do Governador.

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Artigo 69 - Os afastamentos de funcionários para par- precedido de requisição justificada do órgão


ticipação em congressos e outros certames culturais, competente.
técnicos ou científicos, poderão ser autorizados pelo
§ 2º - O funcionário será afastado por prazo cer-
Governador, na forma estabelecida em regulamento.
to, nas seguintes condições:
Artigo 70 - O servidor preso em flagrante, preventiva I - sem prejuízo do vencimento ou remuneração,
ou temporariamente ou pronunciado será considerado quando representar o Brasil, ou o Estado, em
afastado do exercício do cargo, com prejuízo da remu- competições desportivas oficiais; e
neração, até a condenação ou absolvição transitada em
julgado. II - com prejuízo do vencimento ou remunera-
ção, em quaisquer outros casos.
§ 1º - Estando o servidor licenciado, sem prejuí-
zo de sua remuneração, será considerada cessa- CAPÍTULO XV
da a licença na data em que o servidor for reco-
lhido à prisão. Da Contagem de Tempo de Serviço
§ 2º - Se o servidor for, ao final do processo judi- - Suspensa a aplicabilidade pela Administração
cial, condenado, o afastamento sem remunera- com base no pronunciamento do Secretário de
ção perdurará até o cumprimento total da pena, Estado - Chefe da Casa Civil de 04/08/1971, pu-
em regime fechado ou semi-aberto, salvo na hi- blicado no DOE de 06/08/1971, pág. 3.
pótese em que a decisão condenatória determi- Artigo 76 - O tempo de serviço público, assim conside-
nar a perda do cargo público. rado o exclusivamente prestado ao Estado e suas Au-
Artigo 71 - As autoridades competentes determinarão tarquias, será contado singelamente para todos os fins.
o afastamento imediato do trabalho, do funcionário
Parágrafo único - O tempo de serviço público
que apresente indícios de lesões orgânicas ou funcio-
prestado à União, outros Estados e Municípios,
nais causadas por raios X ou substâncias radioativas,
e suas autarquias, anteriormente ao ingresso do
podendo atribuir-lhe conforme o caso, tarefas sem ris-
funcionário no serviço público estadual, será
co de radiação ou conceder-lhe licença “ex-officio” na
contado integralmente para os efeitos de apo-
forma do art. 194 e seguintes.
sentadoria e disponibilidade.
Artigo 72 - O funcionário, quando no desempenho do Artigo 77 - A apuração do tempo de serviço será feita
mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado de em dias.
seu cargo, com prejuízo do vencimento ou remunera-
ção. § 1º - Serão computados os dias de efetivo exer-
cício, do registro de freqüência ou da folha de
Artigo 73 - O exercício do mandato de Prefeito, ou o de pagamento.
Vereador, quando remunerado, determinará o afasta-
mento do funcionário, com a faculdade de opção entre § 2º - O número de dias será convertido em anos,
os subsídios do mandato e os vencimentos ou a remu- considerados sempre estes como de 365 (trezen-
neração do cargo, inclusive vantagens pecuniárias, tos e sessenta e cinco) dias.
ainda que não incorporadas. § 3º - Feita a conversão de que trata o parágrafo
anterior, os dias restantes, até 182 (cento e oiten-
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-
ta e dois), não serão computados, arredondan-
se igualmente à hipótese de nomeação de Pre-
do-se para 1 (um) ano, na aposentadoria com-
feito.
pulsória ou por invalidez, quando excederem
Artigo 74 - Quando não remunerada a vereança, o esse número.
afastamento somente ocorrerá nos dias de sessão e
Artigo 78 - Serão considerados de efetivo exercício,
desde que o horário das sessões da Câmara coincida
para todos os efeitos legais, os dias em que o funcioná-
com o horário normal de trabalho a que estiver sujeito
rio estiver afastado do serviço em virtude de:
o funcionário.
I - férias;
§ 1º - Na hipótese prevista neste artigo, o afastamento
se dará sem prejuízo de vencimentos e vantagens, ain- II - casamento, até 8 (oito) dias;
da que não incorporadas, do respectivo cargo.
III - falecimento do cônjuge, filhos, pais e ir-
§ 2º - É vedada a remoção ou transferência do mãos, até 8 (oito) dias;
funcionário durante o exercício do mandato. IV - falecimento dos avós, netos, sogros, do pa-
Artigo 75 - O funcionário, devidamente autorizado drasto ou madrasta, até 2 (dois) dias;
pelo Governador, poderá afastar-se do cargo para par- V - serviços obrigatórios por lei;
ticipar de provas de competições desportivas, dentro
ou fora do Estado. VI - licença quando acidentado no exercício de
suas atribuições ou atacado de doença profissio-
§ 1º - O afastamento de que trata este artigo, será nal;

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VII - licença à funcionária gestante; Artigo 82 - O tempo de mandato federal e estadual,


bem como o municipal, quando remunerado, será
VIII - licenciamento compulsório, nos termos do
contado para fins de aposentadoria e de promoção por
art. 206;
antiguidade.
IX - licença-prêmio;
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-
X - faltas abonadas nos termos do parágrafo 1º se à hipótese de nomeação de Prefeito.
do art. 110, observados os limites ali fixados;
Artigo 83 - Para efeito de aposentadoria será contado
XI - missão ou estudo dentro do Estado, em ou- o tempo em que o funcionário esteve em disponibili-
tros pontos do território nacional ou no estran- dade.
geiro, nos termos do art. 68;
Artigo 84 - É vedada a acumulação de tempo de servi-
XII - nos casos previstos no art. 122;
ço concorrente ou simultaneamente prestado, em dois
XIII - afastamento por processo administrativo, ou mais cargos ou funções, à União, Estados, Municí-
se o funcionário for declarado inocente ou se pios ou Autarquias em geral.
a pena imposta for de repreensão ou multa; e,
ainda, os dias que excederem o total da pena de Parágrafo único - Em regime de acumulação é
suspensão efetivamente aplicada; vedado contar tempo de um dos cargos para re-
conhecimento de direito ou vantagens no outro.
XIV - trânsito, em decorrência de mudança de
sede de exercício, desde que não exceda o prazo Artigo 85 - Não será computado, para nenhum efeito,
de 8 (oito) dias; e o tempo de serviço gratuito.

XV - provas de competições desportivas, nos


CAPÍTULO XVI
termos do item I, do § 2º, do art. 75.
XVI - licença-paternidade, por 5 (cinco) dias; Da Vacância
Artigo 86 - A vacância do cargo decorrerá de:
Artigo 79 - Os dias em que o funcionário deixar de
comparecer ao serviço em virtude de mandato legisla- I - exoneração;
tivo municipal serão considerados de efetivo exercício
II - demissão;
para todos os eleitos legais.
III - transferência;
Parágrafo único — No caso de vereança remu-
nerada, os dias de afastamento não serão com- IV - acesso;
putados para fins de vencimento ou remunera- V - aposentadoria; e
ção, salvo se por eles tiver optado o funcionário.
VI - falecimento.
Artigo 80 - Será contado para todos os efeitos, salvo § 1º - Dar-se-á a exoneração:
para a percepção de vencimento ou remuneração:
1 - a pedido do funcionário;
I - o afastamento para provas de competições
desportivas nos termos do item II do § 2º do art. 2 - a critério do Governo, quando se tratar de
75; e ocupante de cargo em comissão; e

II - as licenças previstas nos arts. 200 e 201. 3 - quando o funcionário não entrar em exercício
dentro do prazo legal.
Artigo 81 - Os tempos adiante enunciados serão con- § 2º - A demissão será aplicada como penalida-
tados: de nos casos previstos nesta lei.
I - para efeito de concessão de adicional por TÍTULO III
tempo de serviço, sexta-parte, aposentadoria e
disponibilidade: DA PROMOÇÃO
a) o de afastamento nos termos dos artigos 65
e 66 junto a outros poderes do Estado, a funda- CAPÍTULO ÚNICO
ções instituídas pelo Estado ou empresas em
que o Estado tenha participação majoritária pela Da Promoção
sua Administração Centralizada ou Descentrali- Artigo 87 - Promoção é a passagem do funcionário de
zada, bem como junto a órgãos da Administra- um grau a outro da mesma classe e se processará obe-
ção Direta da União, de outros Estados e Muni- decidos, alternadamente, os critérios de merecimento
cípios, e de suas autarquias; e de antigüidade na forma que dispuser o regulamen-
b) o de afastamento nos termos do artigo 67; to.

II - para efeito de disponibilidade e aposentado- Artigo 88 - O merecimento do funcionário será apura-


ria, o de licença para tratamento de saúde. do em pontos positivos e negativos.

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§ 1º - Os pontos positivos se referem a condições Artigo 96 - O funcionário em exercício de mandato


de eficiência no cargo e ao aperfeiçoamento fun- eletivo federal ou estadual ou de mandato de prefeito,
cional resultante do aprimoramento dos seus somente poderá ser promovido por antigüidade.
conhecimentos.
Artigo 97 - Não serão promovidos por merecimento,
§ 2º - Os pontos negativos resultam da falta de
ainda que classificados dentro dos limites estabeleci-
assiduidade e da indisciplina.
dos no regulamento, os funcionários que tiverem so-
Artigo 89 - Da apuração do merecimento será dada frido qualquer penalidade nos dois anos anteriores à
ciência ao funcionário. data de vigência da promoção.
Artigo 90 - A antigüidade será determinada pelo tem-
po de efetivo exercício no cargo e no serviço público, Artigo 98 - O funcionário submetido a processo admi-
apurado em dias. nistrativo poderá ser promovido, ficando, porém, sem
efeito a promoção por merecimento no caso de o pro-
Artigo 91 - As promoções serão feitas em junho e de- cesso resultar em penalidade.
zembro de cada ano, dentro de limites percentuais a
serem estabelecidos em regulamento e corresponde- Artigo 99 - Para promoção por merecimento é indis-
rão às condições existentes até o último dia do semes- pensável que o funcionário obtenha número de pontos
tre imediatamente anterior. não inferior à metade do máximo atribuível.
Artigo 92 - Os direitos e vantagens que decorrerem da Artigo 100 - O merecimento do funcionário é adquiri-
promoção serão contados a partir da publicação do
do na classe.
ato, salvo quando publicado fora do prazo legal, caso
em que vigorará a contar do último dia do semestre a Artigo 101 - Revogado.
que corresponder.

Parágrafo único - Ao funcionário que não esti- Artigo 102 - O tempo no cargo será o efetivo exercício,
ver em efetivo exercício, só se abonarão as van- contado na seguinte conformidade:
tagens a partir da data da reassunção. I - a partir da data em que o funcionário assumir
Artigo 93 - Será declarada sem efeito a promoção inde- o exercício do cargo, nos casos de nomeação,
vida, não ficando o funcionário, nesse caso, obrigado transferência a pedido, reversão e aproveita-
a restituições, salvo na hipótese de declaração falsa ou mento;
omissão intencional.
II - como se o funcionário estivesse em exercício,
Artigo 94 - Só poderão ser promovidos os servidores no caso de reintegração;
que tiverem o interstício de efetivo exercício no grau.
III - a partir da data em que o funcionário assu-
Parágrafo único - O interstício a que se refere mir o exercício do cargo do qual foi transferido,
este artigo será estabelecido em regulamento. no caso de transferência ex-officio; e

Artigo 95 - Dentro de cada quadro, haverá para cada IV - a partir da data em que o funcionário assu-
classe, nos respectivos graus, uma lista de classifica- mir o exercício do cargo reclassificado ou trans-
ção, para os critérios de merecimento e antigüidade. formado.
Parágrafo único - Ocorrendo empate terão pre- Artigo 103 - Será contado como tempo no cargo o efe-
ferência, sucessivamente: tivo exercício que o funcionário houver prestado no
mesmo cargo, sem solução de continuidade, desde que
1 - na classificação por merecimento:
por prazo superior a 6 (seis) meses:
a) os títulos e os comprovantes de conclusão de
cursos, relacionados com a função exercida; I - como substituto; e

b) a assiduidade; II - no desempenho de função gratificada, em


período anterior à criação do respectivo cargo.
c) a antigüidade no cargo;
Artigo 104 - As promoções obedecerão à ordem de
d) os encargos de família; e classificação.
e) a idade;
Artigo 105 - Haverá em cada Secretaria de Estado uma
2 - na classificação por antigüidade: Comissão de Promoção que terá as seguintes atribui-
a) o tempo no cargo; ções:

b) o tempo de serviço prestado ao Estado; I - eleger o respectivo presidente;


c) o tempo de serviço público; II - decidir as reclamações contra a avaliação do
mérito, podendo alterar, fundamentalmente,
d) os encargos de família; e
os pontos atribuídos ao reclamante ou a outros
e) a idade. funcionários;

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III - avaliar o mérito do funcionário quando CAPÍTULO I


houver divergência igual ou superior a 20 (vin-
te) pontos entre os totais atribuídos pelas auto- Do Vencimento e da Remuneração
ridades avaliadoras; SEÇÃO I
IV - propor à autoridade competente a penali-
Disposições Gerais
dade que couber ao responsável pelo atraso na
expedição e remessa do Boletim de Promoção, Artigo 108 - Vencimento é a retribuição paga ao funcio-
pela falta de qualquer informação ou de ele- nário pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao
valor do respectivo padrão fixado em lei, mais as van-
mentos solicitados, pelos fatos de que decorram
tagens a ele incorporadas para todos os efeitos legais.
irregularidade ou parcialidade no processa-
mento das promoções; Artigo 109 - Remuneração é a retribuição paga ao fun-
V - Avaliar os títulos e os certificados de cursos cionário pelo efetivo exercício do cargo, corresponden-
apresentados pelos funcionários; e te a 2/3 (dois terços) do respectivo padrão, mais as quo-
tas ou porcentagens que, por lei, lhe tenham sido atri-
VI - dar conhecimento aos interessados median- buídas e as vantagens pecuniárias a ela incorporadas.
te afixação na repartição:
Artigo 110 - O funcionário perderá:
1 - das alterações de pontos feitos nos Boletins
de Promoção; e I - o vencimento ou remuneração do dia. quan-
do não comparecer ao serviço, salvo no caso
2 - dos pontos atribuídos pelos títulos e certifi- previsto no § 1º deste artigo; e
cados de cursos.
II - 1/3 (um terço) do vencimento ou remunera-
Artigo 106 - No processamento das promoções cabem ção diária, quando comparecer ao serviço den-
as seguintes reclamações: tro da hora seguinte à marcada para o início do
expediente ou quando dele retirar-se dentro da
I - da avaliação do mérito; e última hora.
II - da classificação final. § 1º - As faltas ao serviço, até o máximo de 6
(seis) por ano, não excedendo a uma por mês,
§ 1º - Da avaliação do mérito podem ser inter- em razão de moléstia ou outro motivo relevan-
postos pedidos de reconsideração e recurso, e, te, poderão ser abonadas pelo superior imedia-
da classificação final, apenas recurso. to, a requerimento do funcionário, no primeiro
§ 2º - Terão efeito suspensivo as reclamações re- dia útil subseqüente ao da falta.
lativas à avaliação do mérito. § 2º - No caso de faltas sucessivas, justificadas ou
§ 3º - Serão estabelecidos em regulamento as injustificadas, os dias intercalados — domingos,
feriados e aqueles em que não haja expediente
normas e os prazos para o processamento das
— serão computados exclusivamente para efei-
reclamações de que trata este artigo.
to de desconto do vencimento ou remuneração.
Artigo 107 - A orientação das promoções do funciona-
Artigo 111 - As reposições devidas pelo funcionário
lismo público civil será centralizada, cabendo ao órgão e as indenizações por prejuízos que causar à Fazenda
a que for deferida tal competência: Pública Estadual, serão descontadas em parcelas men-
sais não excedentes da décima parte do vencimento ou
I - expedir normas relativas ao processamento
remuneração ressalvados os casos especiais previstos
das promoções e elaborar as respectivas escalas
neste Estatuto.
de avaliação, com a aprovação do Governador;
II - orientar as autoridades competentes quanto Artigo 112 - Só será admitida procuração para efeito
de recebimento de quaisquer importâncias dos cofres
à avaliação das condições de promoção;
estaduais, decorrentes do exercício do cargo, quando o
III - realizar estudos e pesquisas no sentido de funcionário se encontrar fora da sede ou comprovada-
averiguar a eficiência do sistema em vigor, pro- mente impossibilitado de locomover-se.
pondo medidas tendentes ao seu aperfeiçoa-
mento; e Artigo 113 - O vencimento, remuneração ou qualquer
vantagem pecuniária atribuídos ao funcionário, não
IV - opinar em processos sobre assuntos de pro- poderão ser objeto de arresto, seqüestro ou penhora,
moção, sempre que solicitado. salvo:

TÍTULO IV I - quando se tratar de prestação de alimentos,


na forma da lei civil; e
DOS DIREITOS E DAS VANTAGENS DE ORDEM II - nos casos previstos no Capítulo II do Título
PECUNIÁRIA VI deste Estatuto.

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Artigo 114 - É proibido, fora dos casos expressamen- CAPÍTULO II


te consignados neste Estatuto, ceder ou gravar venci-
mento, remuneração ou qualquer vantagem decorren- Das Vantagens de Ordem Pecuniária
te do exercício de cargo público.
SEÇÃO I
Artigo 115 - O vencimento ou remuneração do fun-
cionário não poderá sofrer outros descontos, exceto os Disposições Gerais
obrigatórios e os autorizados por lei. Artigo 124 - Além do valor do padrão do cargo, o fun-
cionário só poderá receber as seguintes vantagens pe-
Artigo 116 - As consignações em folha, para efeito de cuniárias:
desconto de vencimentos ou remuneração, serão disci-
plinadas em regulamento. I - adicionais por tempo de serviço;
II - gratificações;
SEÇÃO II
III - diárias;
Do Horário e do Ponto IV - ajudas de custo;
Artigo 117 - O horário de trabalho nas repartições será V - salário-família e salário-esposa;
fixado pelo Governo de acordo com a natureza e as
necessidades do serviço. VI - Revogado;
VII - quota-parte de multas e porcentagens fixa-
Artigo 118 - O período de trabalho, nos casos de com- das em lei;
provada necessidade, poderá ser antecipado ou pror-
rogado pelo chefe da repartição ou serviço. VIII - honorários, quando fora do período nor-
mal ou extraordinário de trabalho a que estiver
Parágrafo único - No caso de antecipação ou sujeito, for designado para realizar investiga-
prorrogação, será remunerado o trabalho ex- ções ou pesquisas científicas, bem como para
traordinário, na forma estabelecida no art. 136. exercer as funções de auxiliar ou membro de
bancas e comissões de concurso ou prova, ou de
Artigo 119 - Nos dias úteis, só por determinação do professor de cursos de seleção e aperfeiçoamen-
Governador poderão deixar de funcionar as reparti- to ou especialização de servidores, legalmente
ções públicas ou ser suspenso o expediente. instituídos, observadas as proibições atinentes
a regimes especiais de trabalho fixados em lei;
Artigo 120 - Ponto é o registro pelo qual se verificará,
diariamente, a entrada e saída do funcionário em ser- IX - honorários pela prestação de serviço pecu-
viço. liar à profissão que exercer e, em função dela,
à Justiça, desde que não a execute dentro do
§ 1º - Para registro do ponto serão usados, de período normal ou extraordinário de trabalho
preferência, meios mecânicos. a que estiver sujeito e sejam respeitadas as res-
§ 2º - É vedado dispensar o funcionário do re- trições estabelecidas em lei pela subordinação a
gistro do ponto, salvo os casos expressamente regimes especiais de trabalho; e
previstos em lei. X - outras vantagens ou concessões pecuniárias
§ 3º - A infração do disposto no parágrafo ante- previstas em leis especiais ou neste Estatuto.
rior determinará a responsabilidade da autori- § 1º - Excetuados os casos expressamente previs-
dade que tiver expedido a ordem, sem prejuízo tos neste artigo, o funcionário não poderá rece-
da ação disciplinar cabível. ber, a qualquer título, seja qual for o motivo ou
Artigo 121 - Para o funcionário estudante, conforme forma de pagamento, nenhuma outra vantagem
dispuser o regulamento, poderão ser estabelecidas pecuniária dos órgãos do serviço público, das
normas especiais quanto à freqüência ao serviço. entidades autárquicas ou paraestatais ou outras
organizações públicas, em razão de seu cargo
Artigo 122 - O funcionário que comprovar sua contri- ou função nos quais tenha sido mandado servir.
buição para banco de sangue mantido por órgão es-
§ 2º - O não cumprimento do que preceitua este
tatal ou paraestatal, ou entidade com a qual o Estado
artigo importará na demissão do funcionário,
mantenha convênio, fica dispensado de comparecer ao
por procedimento irregular, e na imediata repo-
serviço no dia da doação.
sição, pela autoridade ordenadora do pagamen-
Artigo 123 - Apurar-se-á a freqüência do seguinte to, da importância indevidamente paga.
modo: § 3º - Nenhuma importância relativa às vanta-
gens constantes deste artigo será paga ou devi-
I - pelo ponto; e
da ao funcionário, seja qual for o seu fundamen-
II - pela forma determinada, quanto aos funcio- to, se não houver crédito próprio, orçamentário
nários não sujeitos a ponto. ou adicional.

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Artigo 125 - As porcentagens ou quotas-partes, atribuí- do ou designação para função de confiança do


das em virtude de multas ou serviços de fiscalização Governador;
e inspeção, só serão creditadas ao funcionário após a
IV - quando designado para fazer parte de ór-
entrada da importância respectiva, a título definitivo,
gão legal de deliberação coletiva; e
para os cofres públicos.
V - outras que forem previstas em lei.
Artigo 126 - O funcionário não fará jus à percepção de
quaisquer vantagens pecuniárias, nos casos em que Artigo 136 - A gratificação pela prestação de serviço
deixar de perceber o vencimento ou remuneração, res- extraordinário será paga por hora de trabalho prorro-
salvado o disposto no parágrafo único do art. 160. gado ou antecipado, na mesma razão percebida pelo
funcionário em cada hora de período normal de traba-
lho a que estiver sujeito.
SEÇÃO Il
Parágrafo único - A prestação de serviço ex-
Dos Adicionais por Tempo de Serviço traordinário não poderá exceder a duas horas
Artigo 127 - O funcionário terá direito, após cada pe- diárias de trabalho.
ríodo de 5 (cinco) anos, contínuos, ou não, à percepção Artigo 137 - É vedado conceder gratificação por servi-
de adicional por tempo de serviço, calculado à razão ço extraordinário, com o objetivo de remunerar outros
de 5% (cinco por cento) sobre o vencimento ou remu- serviços ou encargos.
neração, a que se incorpora para todos os efeitos.
§ 1º - O funcionário que receber importância re-
Parágrafo único — O adicional por tempo de ser- lativa a serviço extraordinário que não prestou,
viço será concedido pela autoridade competente, será obrigado a restituí-la de uma só vez, fican-
na forma que fôr estabelecida em regulamento. do ainda sujeito à punição disciplinar.
Artigo 128 - A apuração do qüinqüênio será feita em § 2º - Será responsabilizada a autoridade que infringir
dias e o total convertido em anos, considerados estes o disposto no caput deste artigo.
sempre como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Artigo 138 - Será punido com pena de suspensão e, na
Artigo 130 - O funcionário que completar 25 (vinte e reincidência, com a de demissão, a bem do serviço pú-
cinco) anos de efetivo exercício perceberá mais a sex- blico, o funcionário:
ta-parte do vencimento ou remuneração, a estes incor-
porada para todos os efeitos. I - que atestar falsamente a prestação de serviço
extraordinário; e
Artigo 131 - O funcionário que exercer cumulativa-
mente cargos ou funções, terá direito aos adicionais de II - que se recusar, sem justo motivo, à prestação
que trata esta Seção, isoladamente, referentes a cada de serviço extraordinário.
cargo ou a função. Artigo 139 - O funcionário que exercer cargo de dire-
ção não poderá perceber gratificação por serviço ex-
Artigo 132 - O ocupante de cargo em comissão fará jus
traordinário.
aos adicionais previstos nesta Seção, calculados sobre
o vencimento que perceber no exercício desse cargo, § 1º - O disposto neste artigo não se aplica du-
enquanto nele permanecer. rante o período em que subordinado de titular
de cargo nele mencionado venha a perceber, em
Artigo 133 - Ao funcionário no exercício de cargo em
conseqüência do acréscimo da gratificação por
substituição aplica-se o disposto no artigo anterior.
serviço extraordinário, quantia que iguale ou
Artigo 134 - Para efeito dos adicionais a que se refere ultrapasse o valor do padrão do cargo de dire-
esta Seção, será computado o tempo de serviço, na for- ção.
ma estabelecida nos arts. 76 e 78. § 2º - Aos titulares de cargos de direção, para
efeito do parágrafo anterior, apenas será paga
SEÇÃO III gratificação por serviço extraordinário corres-
pondente à quantia a esse título percebida pelo
Das Gratificações subordinado de padrão mais elevado.
Artigo 135 - Poderá ser concedida gratificação ao fun- Artigo 140 - A gratificação pela elaboração ou execu-
cionário: ção de trabalho técnico ou científico, ou de utilidade
para o serviço, será arbitrada pelo Governador, após
I - pela prestação de serviço extraordinário; sua conclusão.
II - pela elaboração ou execução de trabalho téc-
Artigo 141 - A gratificação a título de representação,
nico ou científico ou de utilidade para o serviço
quando o funcionário for designado para serviço ou
público;
estudo fora do Estado, será arbitrada pelo Governa-
III - a título de representação, quando em fun- dor, ou por autoridade que a lei determinar, podendo
ção de gabinete, missão ou estudo fora do Esta- ser percebida cumulativamente com a diária.

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Noções de Administração Pública

Artigo 142 - A gratificação relativa ao exercício em ór- Artigo 150 - A ajuda de custo, desde que em territó-
gão legal de deliberação coletiva, será fixada pelo Go- rio do País, será arbitrada pelos Secretários de Estado,
vernador. não podendo exceder importância correspondente a 3
(três) vezes o valor do padrão do cargo.
Artigo 143 - A gratificação de representação de gabine-
te, fixada em regulamento, não poderá ser percebida Parágrafo único - O regulamento fixará o crité-
cumulativamente com a referida no inciso I do art. 135. rio para o arbitramento, tendo em vista o núme-
ro de pessoas que acompanham o funcionário,
SEÇÃO IV as condições de vida na nova sede, a distância a
ser percorrida, o tempo de viagem e os recursos
Das Diárias orçamentários disponíveis.
Artigo 144 - Ao funcionário que se deslocar tempora- Artigo 151 - Não será concedida ajuda de custo:
riamente da respectiva sede, no desempenho de suas
atribuições, ou em missão ou estudo, desde que rela- I - ao funcionário que se afastar da sede ou a ela
cionados com o cargo que exerce, poderá ser concedi- voltar, em virtude de mandato eletivo; e
da, além do transporte, uma diária a título de indeni- II - ao que for afastado junto a outras Adminis-
zação das despesas de alimentação e pousada. trações.
§ 1º - Não será concedida diária ao funcionário Parágrafo único - O funcionário que recebeu
removido ou transferido, durante o período de ajuda de custo, se for obrigado a mudar de sede
trânsito. dentro do período de 2 (dois) anos poderá rece-
ber, apenas, 2/3 (dois terços) do benefício que
§ 2º - Não caberá a concessão de diária quando o
lhe caberia.
deslocamento de funcionário constituir exigên-
cia permanente do cargo ou função. Artigo 152 - Quando o funcionário for incumbido de
serviço que o obrigue a permanecer fora da sede por
§ 3º - Entende-se por sede o município onde o
mais de 30 (trinta) dias, poderá receber ajuda de custo
funcionário tem exercício.
sem prejuízos das diárias que lhe couberem.
§ 4º - O disposto no “caput” deste artigo não se
aplica aos casos de missão ou estudo fora do Parágrafo único - A importância dessa ajuda de
País. custo será fixada na forma do art. 150, não po-
dendo exceder a quantia relativa a 1 (uma) vez o
§ 5º - As diárias relativas aos deslocamentos de valor do padrão do cargo.
funcionários para outros Estados e Distrito Fe-
deral, serão fixadas por decreto. Artigo 153 - Restituirá a ajuda de custo que tiver rece-
bido:
Artigo 145 - O valor das diárias será fixado em decreto.
I - o funcionário que não seguir para a nova
Artigo 146 - A tabela de diárias, bem como as autori- sede dentro dos prazos fixados, salvo motivo
dades que as concederem, deverão constar de decreto. independente de sua vontade, devidamente
Artigo 147 - O funcionário que indevidamente receber comprovado sem prejuízo da pena disciplinar
diária, será obrigado a restituí-la de uma só vez, fican- cabível;
do ainda sujeito à punição disciplinar. II - o funcionário que, antes de concluir o servi-
ço que lhe foi cometido, regressar da nova sede,
Artigo 148 - É vedado conceder diárias com o objetivo pedir exoneração ou abandonar o cargo.
de remunerar outros encargos ou serviços.
§ 1º - A restituição poderá ser feita parcelada-
Parágrafo único - Será responsabilizada a auto- mente, a juízo da autoridade que houver con-
ridade que infringir o disposto neste artigo. cedido a ajuda de custo, salvo no caso de rece-
bimento indevido, em que a importância por
SEÇÃO V devolver será descontada integralmente do ven-
cimento ou remuneração, sem prejuízo da pena
Das Ajudas de Custo disciplinar cabível.
Artigo 149 - A juízo da Administração, poderá ser con- § 2º - A responsabilidade pela restituição de que
cedida ajuda de custo ao funcionário que no interesse trata este artigo, atinge exclusivamente a pessoa
do serviço passar a ter exercício em nova sede. do funcionário.
§ 1º - A ajuda de custo destina-se a indenizar o § 3º - Se o regresso do funcionário for determina-
funcionário das despesas de viagem e de nova do pela autoridade competente ou por motivo
instalação . de força maior devidamente comprovado, não
ficará ele obrigado a restituir a ajuda de custo.
§ 2º - O transporte do funcionário e de sua famí-
lia compreende passagem e bagagem e correrá Artigo 154 - Caberá também ajuda de custo ao funcio-
por conta do Governo. nário designado para serviço ou estudo no estrangeiro.

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Parágrafo único - A ajuda de custo de que trata SEÇÃO VII


este artigo será arbitrada pelo Governador.
Outras Concessões Pecuniárias
SEÇÃO VI
Artigo 163 - O Estado assegurará ao funcionário o di-
reito de pleno ressarcimento de danos ou prejuízos,
Do Salário-Família e do Salário-Esposa
decorrentes de acidentes no trabalho, do exercício em
Artigo 155 - O salário-família será concedido ao fun- determinadas zonas ou locais e da execução de traba-
cionário ou ao inativo por: lho especial, com risco de vida ou saúde.
I - filho menor de 18 (dezoito) anos; e Artigo 164 - Ao funcionário licenciado, para tratamen-
II - filho inválido de qualquer idade. to de saúde poderá ser concedido transporte, se de-
corrente do tratamento, inclusive para pessoa de sua
Parágrafo único - Consideram-se dependen- família.
tes, desde que vivam total ou parcialmente às
expensas do funcionário, os filhos de qualquer Artigo 165 - Poderá ser concedido transporte à famí-
condição, os enteados e os adotivos, equiparan- lia do funcionário, quando este falecer fora da sede de
do-se a estes os tutelados sem meios próprios de exercício, no desempenho de serviço.
subsistência.
§ 1º - A mesma concessão poderá ser feita à fa-
Artigo 156 - A invalidez que caracteriza a dependência mília do funcionário falecido fora do Estado.
é a incapacidade total e permanente para o trabalho.
§ 2º - Só serão atendidos os pedidos de transporte
Artigo 157 - Quando o pai e a mãe tiverem ambos a formulados dentro do prazo de 1 (um) ano, a par-
condição de funcionário público ou de inativo e vive- tir da data em que houver falecido o funcionário.
rem em comum, o salário-família será concedido a um
deles. Artigo 167 - A concessão de que trata o artigo anterior
só poderá ser deferida ao funcionário que se encontre
Parágrafo único - Se não viverem em comum, no exercício do cargo e mantenha contato com o públi-
será concedido ao que tiver os dependentes sob co, pagando ou recebendo em moeda corrente.
sua guarda, ou a ambos, de acordo com a distri-
buição de dependentes. Artigo 168 - Ao cônjuge, ao companheiro ou compa-
nheira ou, na falta destes, à pessoa que provar ter fei-
Artigo 158 - Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto e to despesas em virtude do falecimento de funcionário
a madrasta e, na falta destes, os representantes legais ativo ou inativo será concedido auxílio-funeral, a títu-
dos incapazes. lo de benefício assistencial, de valor correspondente a
Artigo 158-A - Fica assegurada, nas mesmas bases e 1 (um) mês da respectiva remuneração.
condições, ao cônjuge supérstite ou ao responsável le-
§ 1º - o pagamento será efetuado pelo órgão
gal pelos filhos do casal, a percepção do salário-família
competente, mediante apresentação de atesta-
a que tinha direito o funcionário ou inativo falecidos.
do de óbito pelas pessoas indicadas no “caput”
Artigo 159 - A concessão e a supressão do salário-fa- deste artigo, ou procurador legalmente habilita-
mília serão processadas na forma estabelecida em lei. do, feita a prova de identidade.

Artigo 160 - Não será pago o salário-família nos casos § 2º - no caso de integrante da carreira de Agen-
em que o funcionário deixar de perceber o respectivo te de Segurança Penitenciária ou da classe de
vencimento ou remuneração. Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária,
se ficar comprovado, por meio de competente
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se apuração, que o óbito decorreu de lesões rece-
aplica aos casos disciplinares e penais, nem aos bidas no exercício de suas funções, o benefício
de licença por motivo de doença em pessoa da será acrescido do valor correspondente a mais
família. 1 (um) mês da respectiva remuneração, cujo pa-
Artigo 161 - É vedada a percepção de salário-família gamento será efetivado mediante apresentação
por dependente em relação ao qual já esteja sendo de alvará judicial.
pago este benefício por outra entidade pública federal, § 3º - o pagamento do benefício previsto neste
estadual ou municipal, ficando o infrator sujeito às pe- artigo, caso as despesas tenham sido custeadas
nalidades da lei. por terceiros, em virtude da contratação de pla-
Artigo 162 - O salário esposa será concedido ao funcio- nos funerários, somente será efetivado median-
nário que não perceba vencimento ou remuneração de te apresentação de alvará judicial.
importância superior a 2 (duas) vezes o valor do me-
Artigo 169 - O Governo do Estado poderá conceder
nor vencimento pago pelo Estado, desde que a mulher
prêmios em dinheiro, dentro das dotações orçamentá-
não exerça atividade remunerada.
rias próprias, aos funcionários autores dos melhores
Parágrafo único - A concessão do benefício a que trabalhos, classificados em concursos de monografias
se refere este artigo será objeto de regulamento. de interesse para o serviço público.

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CAPÍTULO III Parágrafo único - Qualquer cidadão poderá de-


nunciar a existência de acumulação ilegal.
Das Acumulações Remuneradas
TÍTULO V
Artigo 171 - É vedada a acumulação remunerada, ex-
ceto: DOS DIREITOS E VANTAGENS EM GERAL
I - a de um juiz e um cargo de professor;
CAPÍTULO I
II - a de dois cargos de professor;
Das Férias
III - a de um cargo de professor e outro técnico
ou científico; e Artigo 176 - O funcionário terá direito ao gozo de 30
(trinta) dias de férias anuais, observada a escala que
IV - a de dois cargos privativos de médico.
for aprovada.
§ 1º - Em qualquer dos casos, a acumulação so-
mente é permitida quando haja correlação de § 1º - É proibido levar à conta de férias qualquer
matérias e compatibilidade de horários. falta ao trabalho.

§ 2º - A proibição de acumular se estende a car- § 2º - É proibida a acumulação de férias, salvo


gos, funções ou empregos em autarquias, em- por absoluta necessidade de serviço e pelo má-
presas públicas e sociedades de economia mista. ximo de 2 (dois) anos consecutivos.

§ 3º - A proibição de acumular proventos não § 3º - O período de férias será reduzido para 20


se aplica aos aposentados, quanto ao exercício (vinte) dias, se o servidor, no exercício anterior,
de mandato eletivo, cargo em comissão ou ao tiver, considerados em conjunto, mais de 10 (dez)
contrato para prestação de serviços técnicos ou não comparecimentos correspondentes a faltas
especializados. abonadas, justificadas e injustificadas ou às li-
cenças previstas nos itens IV, VI e VII do art. 181.
Artigo 172 - O funcionário ocupante de cargo efetivo,
ou em disponibilidade, poderá ser nomeado para car- § 4º - Durante as férias, o funcionário terá direi-
go em comissão, perdendo, durante o exercício desse to a todas as vantagens, como se estivesse em
cargo, o vencimento ou remuneração do cargo efetivo exercício.
ou o provento, salvo se optar pelo mesmo. Artigo 177 - Atendido o interesse do serviço, o funcio-
nário poderá gozar férias de uma só vez ou em dois
Artigo 173 - Não se compreende na proibição de acu-
períodos iguais.
mular, desde que tenha correspondência com a função
principal, a percepção das vantagens enumeradas no Artigo 178 - Somente depois do primeiro ano de exer-
art. 124. cício no serviço público, adquirirá o funcionário direi-
to a férias.
Artigo 174 - Verificado, mediante processo adminis-
trativo, que o funcionário está acumulando, fora das Parágrafo único - Será contado para efeito des-
condições previstas neste Capítulo, será ele demitido te artigo o tempo de serviço prestado em outro
de todos os cargos e funções e obrigado a restituir o cargo público, desde que entre a cessação do
que indevidamente houver recebido. anterior e o início do subseqüente exercício não
haja interrupção superior a 10 (dez) dias.
§ 1º - Provada a boa-fé, o funcionário será man-
tido no cargo ou função que exercer há mais Artigo 179 - Caberá ao chefe da repartição ou do servi-
tempo. ço, organizar, no mês de dezembro, a escala de férias
§ 2º - Em caso contrário, o funcionário demitido para o ano seguinte, que poderá alterar de acordo com
ficará ainda inabilitado pelo prazo de 5 (cinco) a conveniência do serviço.
anos, para o exercício de função ou cargo públi-
Artigo 180 - O funcionário transferido ou removido,
co, inclusive em entidades que exerçam função
quando em gozo de férias, não será obrigado a apre-
delegada do poder público ou são por este man-
sentar-se antes de terminá-las.
tidas ou administradas.
Artigo 175 - As autoridades civis e os chefes de serviço,
CAPÍTULO II
bem como os diretores ou responsáveis pelas entida-
des referidas no parágrafo 2º do artigo anterior e os Das Licenças
fiscais ou representantes dos poderes públicos junto
às mesmas, que tiverem conhecimento de que qual-
SEÇÃO I
quer dos seus subordinados ou qualquer empregado
da empresa sujeita à fiscalização está no exercício de
Disposições Gerais
acumulação proibida, farão a devida comunicação ao
órgão competente, para os fins indicados no artigo an- Artigo 181 - O funcionário efetivo poderá ser licencia-
terior. do:

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I - para tratamento de saúde; quer atividade remunerada, sob pena de ser cassada a
licença e de ser demitido por abandono do cargo, caso
II - quando acidentado no exercício de suas atri-
não reassuma o seu exercício dentro do prazo de 30
buições ou acometido por doença profissional;
(trinta) dias.
III - no caso previsto no artigo 198;
Artigo 188 - Revogado.
IV - por motivo de doença em pessoa de sua fa-
mília; Artigo 189 - Revogado.
V - para cumprir obrigações concernentes ao
Artigo 190 - O funcionário que se recusar a submeter-
serviço militar;
se à inspeção médica, quando julgada necessária, será
VI - para tratar de interesses particulares; punido com pena de suspensão.
VII - no caso previsto no artigo 205; Parágrafo único - A suspensão cessará no dia
VIII - compulsoriamente, como medida profilá- em que se realizar a inspeção.
tica;
SEÇÃO II
IX - como prêmio de assiduidade.
§ 1º - Ao funcionário ocupante exclusivamente Da Licença para Tratamento de Saúde
de cargo em comissão serão concedidas as licen-
ças previstas neste artigo, salvo as referidas nos Artigo 191 - Ao funcionário que, por motivo de saúde,
incisos IV, VI e VII. estiver impossibilitado para o exercício do cargo, será
concedida licença até o máximo de 4 (quatro) anos,
§ 2º - As licenças previstas nos incisos I a III se-
com vencimento ou remuneração.
rão concedidas ao funcionário de que trata o § 1º
deste artigo mediante regras estabelecidas pelo § 1º - Findo o prazo, previsto neste artigo, o
regime geral de previdência social. funcionário será submetido à inspeção médica
e aposentado, desde que verificada a sua inva-
Artigo 182 - As licenças dependentes de inspeção mé-
lidez, permitindo-se o licenciamento além desse
dica serão concedidas pelo prazo indicado pelos ór-
prazo, quando não se justificar a aposentadoria.
gãos oficiais competentes.
§ 2º - Será obrigatória a reversão do aposentado,
Artigo 183 - Finda a licença, o funcionário deverá reas- desde que cessados os motivos determinantes
sumir, imediatamente, o exercício do cargo. da aposentadoria.

§ 1º - o disposto no “caput” deste artigo não se Artigo 192 - O funcionário ocupante de cargo em co-
aplica às licenças previstas nos incisos V e VII missão poderá ser aposentado, nas condições do artigo
do artigo 181, quando em prorrogação. anterior, desde que preencha os requisitos do art. 227.
§ 2º - a infração do disposto no “caput” deste
Artigo 193 - A licença para tratamento de saúde de-
artigo importará em perda total do vencimento
penderá de inspeção médica oficial e poderá ser con-
ou remuneração correspondente ao período de
cedida:
ausência e, se esta exceder a 30 (trinta) dias, fica-
rá o funcionário sujeito à pena de demissão por I - a pedido do funcionário;
abandono de cargo.
II - “ex officio”.
Artigo 184 - O funcionário licenciado nos termos dos
itens I a IV do art. 181, é obrigado a reassumir o exercí- § 1º - A inspeção médica de que trata o “caput”
cio, se for considerado apto em inspeção médica reali- deste artigo poderá ser dispensada, a critério do
zada ex-officio ou se não subsistir a doença na pessoa órgão oficial, quando a análise documental for
de sua família. suficiente para comprovar a incapacidade labo-
ral, observado o estabelecido em decreto.
Parágrafo único - O funcionário poderá desistir
§ 2º - A licença “ex officio” de que trata o inciso
da licença, desde que em inspeção médica fique
II deste artigo será concedida por decisão do ór-
comprovada a cessação dos motivos determi-
gão oficial:
nantes da licença.
1 - quando as condições de saúde do funcioná-
Artigo 185 - As licenças previstas nos incisos I, II e IV
rio assim o determinarem;
do artigo 181 não serão concedidas em prorrogação,
cabendo ao funcionário ou à autoridade competente 2 - a pedido do órgão de origem do funcionário.
ingressar, quando for o caso, com um novo pedido. § 3º - O funcionário poderá ser dispensado da
Artigo 186 - Revogado. inspeção médica de que trata o “caput” deste
artigo em caso de licença para tratamento de
Artigo 187 - O funcionário licenciado nos termos dos saúde de curta duração, conforme estabelecido
itens I e II do art. 181 não poderá dedicar-se a qual- em decreto. ;

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SEÇÃO III III - durante a licença, cometerá falta grave a


servidora que exercer qualquer atividade re-
Da Licença ao Funcionário Acidentado no Exercício munerada ou mantiver a criança em creche ou
de suas Atribuições ou Atacado de Doença organização similar;
Profissional
Parágrafo único - No caso de natimorto, será
Artigo 194 - O funcionário acidentado no exercício de concedida a licença para tratamento de saúde, a
suas atribuições ou que tenha adquirido doença pro- critério médico, na forma prevista no artigo 193.
fissional terá direito à licença com vencimento ou re-
muneração. SEÇÃO V

Parágrafo único - Considera-se também aciden- Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da
te: Família
1 - a agressão sofrida e não provocada pelo fun- Artigo 199 - O funcionário poderá obter licença, por
cionário, no exercício de suas funções; motivo de doença do cônjuge e de parentes até segun-
2 - a lesão sofrida pelo funcionário, quando em do grau.
trânsito, no percurso usual para o trabalho.
§ 1º - Provar-se-á a doença em inspeção médica
Artigo 195 - A licença prevista no artigo anterior não na forma prevista no artigo 193.
poderá exceder de 4 (quatro) anos.
§ 2º - A licença de que trata este artigo será con-
Parágrafo único - No caso de acidente, verifica- cedida com vencimentos ou remuneração até 1
da a incapacidade total para qualquer função (um) mês e com os seguintes descontos:
pública, será desde logo concedida aposentado- 1 - de 1/3 (um terço), quando exceder a 1 (um)
ria ao funcionário. mês até 3 (três);
Artigo 196 - A comprovação do acidente, indispensá- 2 - 2/3 (dois terços), quando exceder a 3 (três)
vel para a concessão da licença, será feita em procedi- até 6 (seis);
mento próprio, que deverá iniciar-se no prazo de 10
(dez) dias, contados da data do acidente. 3 - sem vencimento ou remuneração do sétimo
ao vigésimo mês.
§ 1º - O funcionário deverá requerer a concessão
§ 3º - Para os efeitos do § 2º deste artigo, serão
da licença de que trata o “caput” deste artigo
somadas as licenças concedidas durante o pe-
junto ao órgão de origem.
ríodo de 20 (vinte) meses, contado da primeira
§ 2º - Concluído o procedimento de que trata o concessão.
“caput” deste artigo caberá ao órgão médico ofi-
cial a decisão. SEÇÃO VI
§ 3º - O procedimento para a comprovação do Da Licença para Atender a Obrigações Concernentes
acidente de que trata este artigo deverá ser cum- ao Serviço Militar
prido pelo órgão de origem do funcionário, ain-
da que não venha a ser objeto de licença. Artigo 200 - Ao funcionário que for convocado para o
Artigo 197 - Para a conceituação do acidente da doen- serviço militar e outros encargos da segurança nacio-
ça profissional, serão adotados os critérios da legisla- nal, será concedida licença sem vencimento ou remu-
ção federal de acidentes do trabalho. neração.

§ 1º - A licença será concedida mediante comu-


SEÇÃO IV nicação do funcionário ao chefe da repartição
ou do serviço, acompanhada de documentação
Da Licença à Funcionária Gestante oficial que prove a incorporação.
Artigo 198 - À funcionária gestante será concedida li- § 2º - O funcionário desincorporado reassumirá
cença de 180 (cento e oitenta) dias com vencimento ou imediatamente o exercício, sob pena de demis-
remuneração, observado o seguinte: são por abandono do cargo, se a ausência exce-
der a 30 (trinta) dias.
I - a licença poderá ser concedida a partir da 32ª
(trigésima segunda) semana de gestação, me- § 3º - Quando a desincorporação se verificar em
diante documentação médica que comprove a lugar diverso do da sede, os prazos para apre-
gravidez e a respectiva idade gestacional; . sentação serão os previstos no art. 60.
II - ocorrido o parto, sem que tenha sido reque- Artigo 201 - Ao funcionário que houver feito curso
rida a licença, será esta concedida mediante a para ser admitido como oficial da reserva das Forças
apresentação da certidão de nascimento e vigo- Armadas, será também concedida licença sem venci-
rará a partir da data do evento, podendo retroa- mento ou remuneração, durante os estágios prescritos
gir até 15 (quinze) dias; pelos regulamentos militares.

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SEÇÃO VII Artigo 208 - Quando não positivada a moléstia, deve-


rá o funcionário retornar ao serviço, considerando -se
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares como de efetivo exercício para todos os efeitos legais,
o período de licença compulsória.
Artigo 202 - Depois de 5 (cinco) anos de exercício, o
funcionário poderá obter licença, sem vencimento ou SEÇÃO X
remuneração, para tratar de interesses particulares,
pelo prazo máximo de 2 (dois) anos. Da licença-prêmio
§ 1º - Poderá ser negada a licença quando o afas- Artigo 209 - O funcionário terá direito, como prêmio
tamento do funcionário for inconveniente ao in- de assiduidade, à licença de 90 (noventa) dias em cada
teresse do serviço. período de 5 (cinco) anos de exercício ininterrupto, em
que não haja sofrido qualquer penalidade administra-
§ 2º - O funcionário deverá aguardar em exercí-
tiva.
cio a concessão da licença.
§ 3º - A licença poderá ser gozada parcelada- Parágrafo único - O período da licença será con-
mente a juízo da Administração, desde que den- siderado de efetivo exercício para todos os efei-
tro do período de 3 (três) anos. tos legais, e não acarretará desconto algum no
vencimento ou remuneração.
§ 4º - O funcionário poderá desistir da licença,
a qualquer tempo, reassumindo o exercício em Artigo 210 - Para fins da licença prevista nesta Seção,
seguida. não se consideram interrupção de exercício:

Artigo 203 - Não será concedida licença para tratar de I - os afastamentos enumerados no art. 78, exce-
interesses particulares ao funcionário nomeado, remo- tuado o previsto no item X; e
vido ou transferido, antes de assumir o exercício do
II - as faltas abonadas, as justificadas e os dias
cargo.
de licença a que se referem os itens I e IV do art.
Artigo 204 - Só poderá ser concedida nova licença de- 181 desde que o total de todas essas ausências
pois de decorridos 5 (cinco) anos do término da ante- não exceda o limite máximo de 30 (trinta) dias,
rior. no período de 5 (cinco) anos.
Artigo 211 - Revogado.
SEÇÃO VIII
Artigo 212 - A licença-prêmio será concedida median-
te certidão de tempo de serviço, independente de re-
Da Licença à Funcionária Casada com Funcionário
querimento do funcionário, e será publicada no Diário
ou Militar
Oficial do Estado, nos termos da legislação em vigor.
Artigo 205 - A funcionária casada com funcionário es-
tadual ou com militar terá direito à licença, sem ven- Artigo 213 - O funcionário poderá requerer o gozo da
cimento ou remuneração, quando o marido for man- licença-prêmio:
dado servir, independentemente de solicitação, em I - por inteiro ou em parcelas não inferiores a 15
outro ponto do Estado ou do território nacional ou no (quinze) dias;
estrangeiro.
II - até o implemento das condições para a apo-
Parágrafo único - A licença será concedida me- sentadoria voluntária.
diante pedido devidamente instruído e vigorará
pelo tempo que durar a comissão ou a nova fun- § 1º - Caberá à autoridade competente:
ção do marido. 1 - adotar, após manifestação do chefe imediato,
sem prejuízo para o serviço, as medidas neces-
SEÇÃO IX sárias para que o funcionário possa gozar a li-
cença-prêmio a que tenha direito;
Da Licença Compulsória 2 - decidir, após manifestação do chefe imedia-
Artigo 206 - O funcionário, ao qual se possa atribuir a to, observada a opção do funcionário e respeita-
condição de fonte de infecção de doença transmissível, do o interesse do serviço, pelo gozo da licença
poderá ser licenciado, enquanto durar essa condição, a -prêmio por inteiro ou parceladamente.
juízo de autoridade sanitária competente, e na forma § 2º - A apresentação de pedido de passagem à
prevista no regulamento. inatividade, sem a prévia e oportuna apresenta-
ção do requerimento de gozo, implicará perda
Artigo 207 - Verificada a procedência da suspeita, o
do direito à licença-prêmio.
funcionário será licenciado para tratamento de saúde
na forma prevista no art. 191, considerando-se incluí- Artigo 214 - O funcionário deverá aguardar em exer-
dos no período da licença os dias de licenciamento cício a apreciação do requerimento de gozo da licen-
compulsório. ça-prêmio.

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Parágrafo único - O gozo da licença-prêmio Artigo 223 - A aposentadoria prevista no item I do arti-
dependerá de novo requerimento, caso não se go anterior, só será concedida, após a comprovação da
inicie em até 30 (trinta) dias contados da publi- invalidez do funcionário, mediante inspeção de saúde
cação do ato que o houver autorizado. realizada em órgão médico oficial.

Artigo 224 - A aposentadoria compulsória prevista no


CAPÍTULO III
item II do art. 222 é automática.
Da Estabilidade Parágrafo único - O funcionário se afastará no
Artigo 217 - É assegurada a estabilidade somente ao dia imediato àquele em que atingir a idade li-
funcionário que, nomeado por concurso, contar mais mite, independentemente da publicação do ato
de 2 (dois) anos de efetivo exercício. declaratório da aposentadoria.
Artigo 225 - O funcionário em disponibilidade poderá
Artigo 218 - O funcionário estável só poderá ser demi-
ser aposentado nos termos do art. 222.
tido em virtude de sentença judicial ou mediante pro-
cesso administrativo, assegurada ampla defesa.
Artigo 226 - O provento da aposentadoria será:
Parágrafo único - A estabilidade diz respeito ao
I - igual ao vencimento ou remuneração e de-
serviço público e não ao cargo, ressalvando-se à
mais vantagens pecuniárias incorporadas para
Administração o direito de aproveitar o funcio-
esse efeito:
nário em outro cargo de igual padrão, de acordo
com as suas aptidões. 1 - quando o funcionário, do sexo masculino,
contar 35 (trinta e cinco) anos de serviço e do
CAPÍTULO IV sexo feminino, 30 (trinta) anos; e
2 - quando ocorrer a invalidez.
Da Disponibilidade
II - proporcional ao tempo de serviço, nos de-
Artigo 219 - O funcionário poderá ser posto em dispo-
mais casos.
nibilidade remunerada:
Artigo 227 - As disposições dos itens I e II do art. 222
I - no caso previsto no § 2º do art. 31; e
aplicam-se ao funcionário ocupante de cargo em co-
II - quando, tendo adquirido estabilidade, o car- missão, que contar mais de 15 (quinze) anos de exercí-
go for extinto por lei. cio ininterrupto nesse cargo, seja ou não ocupante de
Parágrafo único - O funcionário ficará em dispo- cargo de provimento efetivo.
nibilidade até o seu obrigatório aproveitamento
Artigo 228 - A aposentadoria prevista no item III do
em cargo equivalente.
art. 222 produzirá efeito a partir da publicação do ato
Artigo 220 - O provento da disponibilidade não pode- no “Diário Oficial”.
rá ser superior ao vencimento ou remuneração e van-
tagens percebidos pelo funcionário. Artigo 229 - O pagamento dos proventos a que tiver
direito o aposentado deverá iniciar-se no mês seguinte
Artigo 221 - Qualquer alteração do vencimento ou re- ao em que cessar a percepção do vencimento ou remu-
muneração e vantagens percebidas pelo funcionário neração.
em virtude de medida geral, será extensiva ao proven-
to do disponível, na mesma proporção. Artigo 230 - O provento do aposentado só poderá so-
frer descontos autorizados em lei.
CAPÍTULO V
Artigo 231 - O provento da aposentadoria não poderá
Da Aposentadoria ser superior ao vencimento ou remuneração e demais
Artigo 222 - O funcionário será aposentado: vantagens percebidas pelo funcionário.

I - por invalidez; Artigo 232 - Qualquer alteração do vencimento ou re-


muneração e vantagens percebidas pelo funcionário
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos; e em virtude de medida geral, será extensiva ao proven-
III - voluntariamente, após 35 (trinta e cinco) to do aposentado, na mesma proporção.
anos de serviço.
§ 1º - No caso do item III, o prazo é reduzido a CAPÍTULO VI
30 (trinta) anos para as mulheres.
Da Assistência ao Funcionário
§ 2º - Os limites de idade e de tempo de servi-
ço para a aposentadoria poderão ser reduzidos, Artigo 233 - Nos trabalhos insalubres executados pelos
nos termos do parágrafo único do art. 94 da funcionários, o Estado é obrigado a fornecer-lhes gra-
Constituição do Estado de São Paulo. tuitamente equipamentos de proteção à saúde.

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Parágrafo único - Os equipamentos aprovados TÍTULO VI


por órgão competente, serão de uso obrigatório
dos funcionários, sob pena de suspensão. DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES E DAS
Artigo 234 - Ao funcionário é assegurado o direito de RESPONSABILIDADES
remoção para igual cargo no local de residência do
cônjuge, se este também for funcionário e houver vaga. CAPÍTULO I

Artigo 235 - Havendo vaga na sede do exercício de am-


Dos Deveres e das Proibições
bos os cônjuges, a remoção poderá ser feita para o local
indicado por qualquer deles, desde que não prejudi-
que o serviço. SEÇÃO I

Artigo 236 - Somente será concedida nova remoção Dos Deveres


por união de cônjuges ao funcionário que for remo-
vido a pedido para outro local, após transcorridos 5
(cinco) anos. Artigo 241 - São deveres do funcionário:

I - ser assíduo e pontual;


Artigo 237 - Considera-se local, para os fins dos arts.
234 a 236, o município onde o cônjuge tem sua resi- II - cumprir as ordens superiores, representan-
dência. do quando forem manifestamente ilegais;
III - desempenhar com zelo e presteza os traba-
Artigo 238 - O ato que remover ou transferir o fun-
lhos de que for incumbido;
cionário estudante de uma para outra cidade ficará
suspenso se, na nova sede, não existir estabelecimento IV - guardar sigilo sobre os assuntos da reparti-
congênere, oficial, reconhecido ou equiparado àquele ção e, especialmente, sobre despachos, decisões
em que o interessado esteja matriculado. ou providências;
V - representar aos superiores sobre todas as
§ 1º - Efetivar-se-á a transferência, se o funcio-
irregularidades de que tiver conhecimento no
nário concluir o curso, deixar de cursá-lo ou for
exercício de suas funções;
reprovado durante 2 (dois) anos.
VI - tratar com urbanidade as pessoas;
§ 2º - Anualmente, o interessado deverá fazer
prova, perante a repartição a que esteja subordi- VII - residir no local onde exerce o cargo ou,
nado, de que está freqüentando regularmente o onde autorizado;
curso em que estiver matriculado. VIII - providenciar para que esteja sempre em
ordem, no assentamento individual, a sua de-
claração de família;
CAPÍTULO VII
IX - zelar pela economia do material do Estado
Do Direito de Petição e pela conservação do que for confiado à sua
guarda ou utilização;
Artigo 239 - É assegurado a qualquer pessoa, física ou
X - apresentar -se convenientemente trajado em
jurídica, independentemente de pagamento, o direito
serviço ou com uniforme determinado, quando
de petição contra ilegalidade ou abuso de poder e para
for o caso;
defesa de direitos.
XI - atender prontamente, com preferência so-
§ 1º - Qualquer pessoa poderá reclamar sobre bre qualquer outro serviço, às requisições de pa-
abuso, erro, omissão ou conduta incompatível péis, documentos, informações ou providências
no serviço público. que lhe forem feitas pelas autoridades judiciá-
rias ou administrativas, para defesa do Estado,
§ 2º - Em nenhuma hipótese, a Administração em Juízo;
poderá recusar-se a protocolar, encaminhar ou
apreciar a petição, sob pena de responsabilida- XII - cooperar e manter espírito de solidarieda-
de do agente. de com os companheiros de trabalho,
XIII - estar em dia com as leis, regulamentos,
Artigo 240 - Ao servidor é assegurado o direito de re-
regimentos, instruções e ordens de serviço que
querer ou representar, bem como, nos termos desta
digam respeito às suas funções; e
lei complementar, pedir reconsideração e recorrer de
decisões, no prazo de 30 (trinta) dias, salvo previsão XIV - proceder na vida pública e privada na for-
legal específica. ma que dignifique a função pública.

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SEÇÃO II IX - constituir-se procurador de partes ou servir


de intermediário perante qualquer repartição
Das Proibições pública, exceto quando se tratar de interesse de
cônjuge ou parente até segundo grau;
Artigo 242 - Ao funcionário é proibido:
X - receber estipêndios de firmas fornecedoras
II - retirar, sem prévia permissão da autorida- ou de entidades fiscalizadas, no País, ou no es-
de competente, qualquer documento ou objeto trangeiro, mesmo quando estiver em missão re-
existente na repartição; ferente à compra de material ou fiscalização de
qualquer natureza;
III - entreter-se, durante as horas de trabalho,
em palestras, leituras ou outras atividades es- XI - valer-se de sua qualidade de funcionário
tranhas ao serviço; para desempenhar atividade estranha às fun-
ções ou para lograr, direta ou indiretamente,
IV - deixar de comparecer ao serviço sem causa
qualquer proveito; e
justificada;
XII - fundar sindicato de funcionários ou deles
V - tratar de interesses particulares na repartição; fazer parte.
VI - promover manifestações de apreço ou desa- Parágrafo único — Não está compreendida na
preço dentro da repartição, ou tornar-se solidá- proibição dos itens II e VI deste artigo, a parti-
rio com elas; cipação do funcionário em sociedades em que o
VII - exercer comércio entre os companheiros de Estado seja acionista, bem assim na direção ou
serviço, promover ou subscrever listas de dona- gerência de cooperativas e associações de classe,
tivos dentro da repartição; e ou como seu sócio.
Artigo 244 - É vedado ao funcionário trabalhar sob as
VIII - empregar material do serviço público em
ordens imediatas de parentes, até segundo grau, salvo
serviço particular.
quando se tratar de função de confiança e livre esco-
Artigo 243 - É proibido ainda, ao funcionário: lha, não podendo exceder a 2 (dois) o número de auxi-
liares nessas condições.
I - fazer contratos de natureza comercial e in-
dustrial com o Governo, por si, ou como repre- CAPÍTULO II
sentante de outrem;
Das Responsabilidades
II - participar da gerência ou administração de
empresas bancárias ou industriais, ou de socie- Artigo 245 - O funcionário é responsável por todos os
dades comerciais, que mantenham relações co- prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda Esta-
merciais ou administrativas com o Governo do dual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Estado, sejam por este subvencionadas ou este- Parágrafo único - Caracteriza-se especialmente
jam diretamente relacionadas com a finalidade a responsabilidade:
da repartição ou serviço em que esteja lotado;
I - pela sonegação de valores e objetos confiados
III - requerer ou promover a concessão de pri- à sua guarda ou responsabilidade, ou por não
vilégios, garantias de juros ou outros favores prestar contas, ou por não as tomar, na forma e
semelhantes, federais, estaduais ou municipais, no prazo estabelecidos nas leis, regulamentos,
exceto privilégio de invenção própria; regimentos, instruções e ordens de serviço;
IV - exercer, mesmo fora das horas de trabalho, II - pelas faltas, danos, avarias e quaisquer ou-
emprego ou função em empresas, estabeleci- tros prejuízos que sofrerem os bens e os mate-
mentos ou instituições que tenham relações com riais sob sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou
o Governo, em matéria que se relacione com a fiscalização;
finalidade da repartição ou serviço em que es- III - pela falta ou inexatidão das necessárias
teja lotado; averbações nas notas de despacho, guias e ou-
V - aceitar representação de Estado estrangeiro, tros documentos da receita, ou que tenham com
sem autorização do Presidente da República; eles relação; e

VI - comerciar ou ter parte em sociedades co- IV - por qualquer erro de cálculo ou redução
merciais nas condições mencionadas no item contra a Fazenda Estadual.
II deste artigo, podendo, em qualquer caso, ser Artigo 246 - O funcionário que adquirir materiais em
acionista, quotista ou comanditário; desacordo com disposições legais e regulamentares,
será responsabilizado pelo respectivo custo, sem pre-
VII - incitar greves ou a elas aderir, ou praticar
juízo das penalidades disciplinares cabíveis, podendo-
atos de sabotagem contra o serviço público;
se proceder ao desconto no seu vencimento ou remu-
VIII - praticar a usura; neração.

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Artigo 247 - Nos casos de indenização à Fazenda Es- VI - cassação de aposentadoria ou disponibili-
tadual, o funcionário será obrigado a repor, de uma dade
só vez, a importância do prejuízo causado em virtude
Artigo 252 - Na aplicação das penas disciplinares serão
de alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar
consideradas a natureza e a gravidade da infração e os
recolhimento ou entrada nos prazos legais.
danos que dela provierem para o serviço público.
Artigo 248 - Fora dos casos incluídos no artigo ante-
rior, a importância da indenização poderá ser descon- Artigo 253 - A pena de repreensão será aplicada por
tada do vencimento ou remuneração não excedendo o escrito, nos casos de indisciplina ou falta de cumpri-
desconto à 10ª (décima) parte do valor destes. mento dos deveres.

Parágrafo único - No caso do item IV do pará- Artigo 254 - A pena de suspensão, que não excederá de
grafo único do art. 245, não tendo havido má-fé, 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de falta grave
será aplicada a pena de repreensão e, na reinci- ou de reincidência.
dência, a de suspensão.
§ 1º - O funcionário suspenso perderá todas as
Artigo 249 - Será igualmente responsabilizado o fun- vantagens e direitos decorrentes do exercício do
cionário que, fora dos casos expressamente previstos cargo.
nas leis, regulamentos ou regimentos, cometer a pes-
§ 2º - A autoridade que aplicar a pena de sus-
soas estranhas às repartições, o desempenho de encar-
pensão poderá converter essa penalidade em
gos que lhe competirem ou aos seus subordinados.
multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por
Artigo 250 - A responsabilidade administrativa não dia de vencimento ou remuneração, sendo o
exime o funcionário da responsabilidade civil ou cri- funcionário, nesse caso, obrigado a permanecer
minal que no caso couber, nem o pagamento da inde- em serviço.
nização a que ficar obrigado, na forma dos arts. 247 e
Artigo 255 - A pena de multa será aplicada na forma
248, o exame da pena disciplinar em que incorrer.
e nos casos expressamente previstos em lei ou regula-
§ 1º - A responsabilidade administrativa é inde- mento.
pendente da civil e da criminal.
Artigo 256 - Será aplicada a pena de demissão nos ca-
§ 2º - Será reintegrado ao serviço público, no sos de:
cargo que ocupava e com todos os direitos e
vantagens devidas, o servidor absolvido pela I - abandono de cargo;
Justiça, mediante simples comprovação do trân- II - procedimento irregular, de natureza grave;
sito em julgado de decisão que negue a existên-
cia de sua autoria ou do fato que deu origem à III - ineficiência no serviço;
sua demissão. IV - aplicação indevida de dinheiros públicos, e
§ 3º - O processo administrativo só poderá ser V - ausência ao serviço, sem causa justificável,
sobrestado para aguardar decisão judicial por por mais de 45 (quarenta e cinco) dias, interpo-
despacho motivado da autoridade competente ladamente, durante 1 (um) ano.
para aplicar a pena.
§ 1º - Considerar-se-á abandono de cargo, o não
comparecimento do funcionário por mais de
TÍTULO VII
(30) dias consecutivos ex-vi do art. 63.

DAS PENALIDADES, DA EXTINÇÃO DA § 2º - A pena de demissão por ineficiência no


PUNIBILIDADE E DAS PROVIDÊNCIAS serviço, só será aplicada quando verificada a
PRELIMINARES impossibilidade de readaptação.

Artigo 257 - Será aplicada a pena de demissão a bem


CAPÍTULO I do serviço público ao funcionário que:

I - for convencido de incontinência pública e es-


Das Penalidades e de sua Aplicação candalosa e de vício de jogos proibidos;

Artigo 251 - São penas disciplinares: II - praticar ato definido como crime contra a ad-
ministração pública, a fé pública e a Fazenda Es-
I - repreensão; tadual, ou previsto nas leis relativas à segurança
e à defesa nacional;
II - suspensão;
III - revelar segredos de que tenha conhecimento
III - multa;
em razão do cargo, desde que o faça dolosamen-
IV - demissão; te e com prejuízo para o Estado ou particulares;
V - demissão a bem do serviço público; e IV - praticar insubordinação grave;

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V - praticar, em serviço, ofensas físicas contra e diversidade de sanções, a competência será da


funcionários ou particulares, salvo se em legíti- autoridade responsável pela imposição da pe-
ma defesa; nalidade mais grave.
VI - lesar o patrimônio ou os cofres públicos;
Artigo 261 - Extingue-se a punibilidade pela prescri-
VII - receber ou solicitar propinas, comissões, ção:
presentes ou vantagens de qualquer espécie, di-
retamente ou por intermédio de outrem, ainda I - da falta sujeita à pena de repreensão, suspen-
que fora de suas funções mas em razão delas; são ou multa, em 2 (dois) anos;
VIII - pedir, por empréstimo, dinheiro ou quais- II - da falta sujeita à pena de demissão, de de-
quer valores a pessoas que tratem de interesses missão a bem do serviço público e de cassação
ou o tenham na repartição, ou estejam sujeitos à da aposentadoria ou disponibilidade, em 5 (cin-
sua fiscalização; co) anos;
IX - exercer advocacia administrativa; e III - da falta prevista em lei como infração penal,
no prazo de prescrição em abstrato da pena cri-
X - apresentar com dolo declaração falsa em ma-
minal, se for superior a 5 (cinco) anos.
téria de salário-família, sem prejuízo da respon-
sabilidade civil e de procedimento criminal, que § 1º - A prescrição começa a correr:
no caso couber.
1 - do dia em que a falta for cometida;
XI - praticar ato definido como crime hediondo,
2 - do dia em que tenha cessado a continuação
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
ou a permanência, nas faltas continuadas ou
afins e terrorismo;
permanentes.
XII - praticar ato definido como crime contra o
§ 2º - Interrompem a prescrição a portaria que
Sistema Financeiro, ou de lavagem ou ocultação
de bens, direitos ou valores; instaura sindicância e a que instaura processo
administrativo.
XIII - praticar ato definido em lei como de im-
probidade. § 3º - O lapso prescricional corresponde:

Artigo 258 - O ato que demitir o funcionário mencio- 1 - na hipótese de desclassificação da infração,
nará sempre a disposição legal em que se fundamenta. ao da pena efetivamente aplicada;
2 - na hipótese de mitigação ou atenuação, ao da
Artigo 259 - Será aplicada a pena de cassação de apo-
pena em tese cabível.
sentadoria ou disponibilidade, se ficar provado que o
inativo: § 4º - A prescrição não corre:

I - praticou, quando em atividade, falta grave 1 - enquanto sobrestado o processo administra-


para a qual é cominada nesta lei a pena de de- tivo para aguardar decisão judicial, na forma do
missão ou de demissão a bem do serviço públi- § 3º do artigo 250;
co; 2 - enquanto insubsistente o vínculo funcional
II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública; que venha a ser restabelecido.
III - aceitou representação de Estado estrangeiro § 5º - Extinta a punibilidade pela prescrição, a
sem prévia autorização do Presidente da Repú- autoridade julgadora determinará o registro do
blica; e fato nos assentamentos individuais do servidor.
IV - praticou a usura em qualquer de suas for- § 6º - A decisão que reconhecer a existência de
mas. prescrição deverá desde logo determinar, quan-
do for o caso, as providências necessárias à apu-
Artigo 260 - Para aplicação das penalidades previstas
ração da responsabilidade pela sua ocorrência.
no artigo 251, são competentes:

I - o Governador; Artigo 262 - O funcionário que, sem justa causa, deixar


de atender a qualquer exigência para cujo cumprimen-
II - os Secretários de Estado, o Procurador Geral to seja marcado prazo certo, terá suspenso o pagamen-
do Estado e os Superintendentes de Autarquia; to de seu vencimento ou remuneração até que satisfaça
III - os Chefes de Gabinete, até a de suspensão; essa exigência.
IV - os Coordenadores, até a de suspensão limi- Parágrafo único - Aplica-se aos aposentados ou
tada a 60 (sessenta) dias; e em disponibilidade o disposto neste artigo.
V - os Diretores de Departamento e Divisão, até
Artigo 263 - Deverão constar do assentamento indivi-
a de suspensão limitada a 30 (trinta) dias.
dual do funcionário todas as penas que lhe forem im-
Parágrafo único - Havendo mais de um infrator postas.

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CAPÍTULO II TÍTULO VIII

Das Providências Preliminares DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR


Artigo 264 - A autoridade que, por qualquer meio, ti-
CAPÍTULO I
ver conhecimento de irregularidade praticada por ser-
vidor é obrigada a adotar providências visando à sua Das Disposições Gerais
imediata apuração, sem prejuízo das medidas urgen-
tes que o caso exigir. Artigo 268 - A apuração das infrações será feita me-
diante sindicância ou processo administrativo, assegu-
Artigo 265 - A autoridade realizará apuração prelimi- rados o contraditório e a ampla defesa.
nar, de natureza simplesmente investigativa, quando a
infração não estiver suficientemente caracterizada ou Artigo 269 - Será instaurada sindicância quando a falta
definida autoria. disciplinar, por sua natureza, possa determinar as pe-
nas de repreensão, suspensão ou multa.
§ 1º - A apuração preliminar deverá ser concluí-
da no prazo de 30 (trinta) dias. Artigo 270 - Será obrigatório o processo administrati-
§ 2º - Não concluída no prazo a apuração, a vo quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa
autoridade deverá imediatamente encaminhar determinar as penas de demissão, de demissão a bem
ao Chefe de Gabinete relatório das diligências do serviço público e de cassação de aposentadoria ou
realizadas e definir o tempo necessário para o disponibilidade.
término dos trabalhos. Artigo 271 - Os procedimentos disciplinares punitivos
§ 3º - Ao concluir a apuração preliminar, a auto- serão realizados pela Procuradoria Geral do Estado e
ridade deverá opinar fundamentadamente pelo presididos por Procurador do Estado confirmado na
arquivamento ou pela instauração de sindicân- carreira.
cia ou de processo administrativo.
CAPÍTULO II
Artigo 266 - Determinada a instauração de sindicância
ou processo administrativo, ou no seu curso, havendo
Da Sindicância
conveniência para a instrução ou para o serviço, pode-
rá o Chefe de Gabinete, por despacho fundamentado, Artigo 272 - São competentes para determinar a ins-
ordenar as seguintes providências: tauração de sindicância as autoridades enumeradas no
artigo 260.
I - afastamento preventivo do servidor, quando
o recomendar a moralidade administrativa ou Parágrafo único - Instaurada a sindicância, o
a apuração do fato, sem prejuízo de vencimen- Procurador do Estado que a presidir comunica-
tos ou vantagens, até 180 (cento e oitenta) dias, rá o fato ao órgão setorial de pessoal.
prorrogáveis uma única vez por igual período;
Artigo 273 - Aplicam-se à sindicância as regras previs-
II - designação do servidor acusado para o exer- tas nesta lei complementar para o processo adminis-
cício de atividades exclusivamente burocráticas trativo, com as seguintes modificações:
até decisão final do procedimento;
I - a autoridade sindicante e cada acusado pode-
III - recolhimento de carteira funcional, distinti- rão arrolar até 3 (três) testemunhas;
vo, armas e algemas;
II - a sindicância deverá estar concluída no pra-
IV - proibição do porte de armas; zo de 60 (sessenta) dias;
V - comparecimento obrigatório, em periodici- III - com o relatório, a sindicância será enviada à
dade a ser estabelecida, para tomar ciência dos autoridade competente para a decisão.
atos do procedimento.
§ 1º - A autoridade que determinar a instauração CAPÍTULO III
ou presidir sindicância ou processo administra-
tivo poderá representar ao Chefe de Gabinete Do Processo Administrativo
para propor a aplicação das medidas previstas
Artigo 274 - São competentes para determinar a ins-
neste artigo, bem como sua cessação ou altera-
tauração de processo administrativo as autoridades
ção.
enumeradas no artigo 260, até o inciso IV, inclusive.
§ 2º - O Chefe de Gabinete poderá, a qualquer mo-
mento, por despacho fundamentado, fazer ces- Artigo 275 - Não poderá ser encarregado da apuração,
sar ou alterar as medidas previstas neste artigo. nem atuar como secretário, amigo íntimo ou inimigo,
parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colate-
Artigo 267 - O período de afastamento preventivo com- ral, até o terceiro grau inclusive, cônjuge, companheiro
puta-se como de efetivo exercício, não sendo descon- ou qualquer integrante do núcleo familiar do denun-
tado da pena de suspensão eventualmente aplicada. ciante ou do acusado, bem assim o subordinado deste.

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Noções de Administração Pública

Artigo 276 - A autoridade ou o funcionário designado far-se-á por edital, publicado uma vez no Diário
deverão comunicar, desde logo, à autoridade compe- Oficial do Estado, no mínimo 10 (dez) dias antes
tente, o impedimento que houver. do interrogatório.
Artigo 279 - Havendo denunciante, este deverá prestar
Artigo 277 - O processo administrativo deverá ser
declarações, no interregno entre a data da citação e a
instaurado por portaria, no prazo improrrogável de 8
fixada para o interrogatório do acusado, sendo notifi-
(oito) dias do recebimento da determinação, e concluí-
cado para tal fim.
do no de 90 (noventa) dias da citação do acusado.
§ 1º - A oitiva do denunciante deverá ser acom-
§ 1º - Da portaria deverão constar o nome e a
panhada pelo advogado do acusado, próprio ou
identificação do acusado, a infração que lhe é
dativo.
atribuída, com descrição sucinta dos fatos, a in-
dicação das normas infringidas e a penalidade § 2º - O acusado não assistirá à inquirição do
mais elevada em tese cabível. denunciante; antes porém de ser interrogado,
poderá ter ciência das declarações que aquele
§ 2º - Vencido o prazo, caso não concluído o pro-
houver prestado.
cesso, o Procurador do Estado que o presidir de-
verá imediatamente encaminhar ao seu superior Artigo 280 - Não comparecendo o acusado, será, por
hierárquico relatório indicando as providências despacho, decretada sua revelia, prosseguindo-se nos
faltantes e o tempo necessário para término dos demais atos e termos do processo.
trabalhos.
Artigo 281 - Ao acusado revel será nomeado advogado
§ 3º - O superior hierárquico dará ciência dos dativo.
fatos a que se refere o parágrafo anterior e das
providências que houver adotado à autoridade Artigo 282 - O acusado poderá constituir advogado
que determinou a instauração do processo. que o representará em todos os atos e termos do pro-
cesso.
Artigo 278 - Autuada a portaria e demais peças
preexistentes, designará o presidente dia e hora para § 1º - É faculdade do acusado tomar ciência ou
audiência de interrogatório, determinando a citação assistir aos atos e termos do processo, não sendo
do acusado e a notificação do denunciante, se houver. obrigatória qualquer notificação.

§ 1º - O mandado de citação deverá conter: § 2º - O advogado será intimado por publicação


no Diário Oficial do Estado, de que conste seu
1 - cópia da portaria; nome e número de inscrição na Ordem dos Ad-
2 - data, hora e local do interrogatório, que po- vogados do Brasil, bem como os dados necessá-
derá ser acompanhado pelo advogado do acu- rios à identificação do procedimento.
sado; § 3º - Não tendo o acusado recursos financeiros
3 - data, hora e local da oitiva do denunciante, se ou negando-se a constituir advogado, o presi-
houver, que deverá ser acompanhada pelo ad- dente nomeará advogado dativo.
vogado do acusado; § 4º — O acusado poderá, a qualquer tempo,
4 - esclarecimento de que o acusado será defen- constituir advogado para prosseguir na sua de-
dido por advogado dativo, caso não constitua fesa.
advogado próprio; Artigo 283 - Comparecendo ou não o acusado ao inter-
5 - informação de que o acusado poderá arrolar rogatório, inicia-se o prazo de 3 (três) dias para reque-
testemunhas e requerer provas, no prazo de 3 rer a produção de provas, ou apresentá-las.
(três) dias após a data designada para seu inter- § 1º - O presidente e cada acusado poderão arro-
rogatório; lar até 5 (cinco) testemunhas.
6 - advertência de que o processo será extinto se § 2º - A prova de antecedentes do acusado será
o acusado pedir exoneração até o interrogatório, feita exclusivamente por documentos, até as ale-
quando se tratar exclusivamente de abandono gações finais.
de cargo ou função, bem como inassiduidade.
§ 3º - Até a data do interrogatório,será designa-
§ 2º - A citação do acusado será feita pessoal- da a audiência de instrução.
mente, no mínimo 2 (dois) dias antes do interro-
gatório, por intermédio do respectivo superior Artigo 284 - Na audiência de instrução, serão ouvidas,
hierárquico, ou diretamente, onde possa ser en- pela ordem, as testemunhas arroladas pelo presidente
contrado. e pelo acusado.

§ 3º - Não sendo encontrado em seu local de Parágrafo único - Tratando-se de servidor pú-
trabalho ou no endereço constante de seu as- blico, seu comparecimento poderá ser solicitado
sentamento individual, furtando-se o acusado à ao respectivo superior imediato com as indica-
citação ou ignorando-se seu paradeiro, a citação ções necessárias.

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Artigo 285 - A testemunha não poderá eximir-se de servância de vinculação hierárquica, mediante
depor, salvo se for ascendente, descendente, cônjuge, ofício, do qual cópia será juntada aos autos.
ainda que legalmente separado, companheiro, irmão,
§ 2º - Sendo necessário o concurso de técnicos
sogro e cunhado, pai, mãe ou filho adotivo do acusa-
ou peritos oficiais, o presidente os requisitará,
do, exceto quando não for possível, por outro modo,
observados os impedimentos do artigo 275.
obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas cir-
cunstâncias. Artigo 289 - Durante a instrução, os autos do proce-
dimento administrativo permanecerão na repartição
§ 1º - Se o parentesco das pessoas referidas for competente.
com o denunciante, ficam elas proibidas de de-
por, observada a exceção deste artigo. § 1º - Será concedida vista dos autos ao acusado,
mediante simples solicitação, sempre que não
§ 2º - Ao servidor que se recusar a depor, sem
prejudicar o curso do procedimento.
justa causa, será pela autoridade competente
adotada a providência a que se refere o artigo § 2º - A concessão de vista será obrigatória, no
262, mediante comunicação do presidente. prazo para manifestação do acusado ou para
apresentação de recursos, mediante publicação
§ 3º - O servidor que tiver de depor como teste-
no Diário Oficial do Estado.
munha fora da sede de seu exercício, terá direi-
to a transporte e diárias na forma da legislação § 3º - Não corre o prazo senão depois da pu-
em vigor, podendo ainda expedir-se precatória blicação a que se refere o parágrafo anterior e
para esse efeito à autoridade do domicílio do desde que os autos estejam efetivamente dispo-
depoente. níveis para vista.
§ 4º - São proibidas de depor as pessoas que, em § 4º - Ao advogado é assegurado o direito de
razão de função, ministério, ofício ou profissão, retirar os autos da repartição, mediante recibo,
devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas durante o prazo para manifestação de seu re-
pela parte interessada, quiserem dar o seu tes- presentado, salvo na hipótese de prazo comum,
temunho. de processo sob regime de segredo de justiça ou
quando existirem nos autos documentos origi-
Artigo 286 - A testemunha que morar em comarca di-
nais de difícil restauração ou ocorrer circunstân-
versa poderá ser inquirida pela autoridade do lugar
cia relevante que justifique a permanência dos
de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta
autos na repartição, reconhecida pela autorida-
precatória, com prazo razoável, intimada a defesa.
de em despacho motivado.
§ 1º - Deverá constar da precatória a síntese da
Artigo 290 - Somente poderão ser indeferidos pelo pre-
imputação e os esclarecimentos pretendidos,
sidente, mediante decisão fundamentada, os requeri-
bem como a advertência sobre a necessidade da
mentos de nenhum interesse para o esclarecimento do
presença de advogado.
fato, bem como as provas ilícitas, impertinentes, des-
§ 2º - A expedição da precatória não suspenderá necessárias ou protelatórias.
a instrução do procedimento.
Artigo 291 - Quando, no curso do procedimento, sur-
§ 3º - Findo o prazo marcado, o procedimento girem fatos novos imputáveis ao acusado, poderá ser
poderá prosseguir até final decisão; a todo tem- promovida a instauração de novo procedimento para
po, a precatória, uma vez devolvida, será junta- sua apuração, ou, caso conveniente, aditada a portaria,
da aos autos. reabrindo-se oportunidade de defesa.
Artigo 287 - As testemunhas arroladas pelo acusado
Artigo 292 - Encerrada a fase probatória, dar-se-á vista
comparecerão à audiência designada independente de
dos autos à defesa, que poderá apresentar alegações
notificação.
finais, no prazo de 7 (sete) dias.
§ 1º - Deverá ser notificada a testemunha cujo
Parágrafo único - Não apresentadas no prazo as
depoimento for relevante e que não comparecer
alegações finais, o presidente designará advoga-
espontaneamente.
do dativo, assinando-lhe novo prazo.
§ 2º - Se a testemunha não for localizada, a de-
fesa poderá substituí-la, se quiser, levando na Artigo 293 - O relatório deverá ser apresentado no
mesma data designada para a audiência outra prazo de 10 (dez) dias, contados da apresentação das
testemunha, independente de notificação. alegações finais.

Artigo 288 - Em qualquer fase do processo, poderá o § 1º - O relatório deverá descrever, em relação a
presidente, de ofício ou a requerimento da defesa, or- cada acusado, separadamente, as irregularida-
denar diligências que entenda convenientes. des imputadas, as provas colhidas e as razões
de defesa, propondo a absolvição ou punição e
§ 1º - As informações necessárias à instrução do indicando, nesse caso, a pena que entender ca-
processo serão solicitadas diretamente, sem ob- bível.

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Noções de Administração Pública

§ 2º - O relatório deverá conter, também, a su- Artigo 304 - Quando o ato atribuído ao funcionário for
gestão de quaisquer outras providências de in- considerado criminoso, serão remetidas à autoridade
teresse do serviço público. competente cópias autenticadas das peças essenciais
do processo.
Artigo 294 - Relatado, o processo será encaminhado à
autoridade que determinou sua instauração. Artigo 305 - Não será declarada a nulidade de nenhum
ato processual que não houver influído na apuração
Artigo 295 - Recebendo o processo relatado, a autori-
da verdade substancial ou diretamente na decisão do
dade que houver determinado sua instauração deverá,
processo ou sindicância.
no prazo de 20 (vinte) dias, proferir o julgamento ou
determinar a realização de diligência, sempre que ne- Artigo 306 - É defeso fornecer à imprensa ou a outros
cessária ao esclarecimento de fatos. meios de divulgação notas sobre os atos processuais,
salvo no interesse da Administração, a juízo do Secre-
Artigo 296 - Determinada a diligência, a autoridade
tário de Estado ou do Procurador Geral do Estado.
encarregada do processo administrativo terá prazo de
15 (quinze) dias para seu cumprimento, abrindo vista Artigo 307 - Decorridos 5 (cinco) anos de efetivo exer-
à defesa para manifestar-se em 5 (cinco) dias. cício, contados do cumprimento da sanção disciplinar,
sem cometimento de nova infração, não mais poderá
Artigo 297 - Quando escaparem à sua alçada as pena-
aquela ser considerada em prejuízo do infrator, inclu-
lidades e providências que lhe parecerem cabíveis, a
sive para efeito de reincidência.
autoridade que determinou a instauração do proces-
so administrativo deverá propô-las, justificadamente, Parágrafo único - A demissão e a demissão a
dentro do prazo para julgamento, à autoridade com- bem do serviço público acarretam a incompati-
petente. bilidade para nova investidura em cargo, fun-
Artigo 298 - A autoridade que proferir decisão deter- ção ou emprego público, pelo prazo de 5 (cinco)
minará os atos dela decorrentes e as providências ne- e 10 (dez) anos, respectivamente.
cessárias a sua execução.
CAPÍTULO IV
Artigo 299 - As decisões serão sempre publicadas no
Diário Oficial do Estado, dentro do prazo de 8 (oito) Do Processo por Abandono do Cargo ou Função e
dias, bem como averbadas no registro funcional do por Inassiduidade
servidor.
Artigo 308 - Verificada a ocorrência de faltas ao serviço
Artigo 300 - Terão forma processual resumida, quan- que caracterizem abandono de cargo ou função, bem
do possível, todos os termos lavrados pelo secretário, como inassiduidade, o superior imediato comunicará
quais sejam: autuação, juntada, conclusão, intimação, o fato à autoridade competente para determinar a ins-
data de recebimento, bem como certidões e compro- tauração de processo disciplinar, instruindo a repre-
missos. sentação com cópia da ficha funcional do servidor e
atestados de freqüência.
§ 1º - Toda e qualquer juntada aos autos se fará
na ordem cronológica da apresentação, rubri- Artigo 309 - Não será instaurado processo para apurar
cando o presidente as folhas acrescidas. abandono de cargo ou função, bem como inassiduida-
§ 2º - Todos os atos ou decisões, cujo original de, se o servidor tiver pedido exoneração.
não conste do processo, nele deverão figurar Artigo 310 - Extingue-se o processo instaurado exclu-
por cópia. sivamente para apurar abandono de cargo ou função,
Artigo 301 - Constará sempre dos autos da sindicância bem como inassiduidade, se o indiciado pedir exone-
ou do processo a folha de serviço do indiciado. ração até a data designada para o interrogatório, ou
por ocasião deste. .
Artigo 302 - Quando ao funcionário se imputar crime,
praticado na esfera administrativa, a autoridade que Artigo 311 - A defesa só poderá versar sobre força
determinou a instauração do processo administrativo maior, coação ilegal ou motivo legalmente justificável.
providenciará para que se instaure, simultaneamente,
o inquérito policial. CAPÍTULO V

Parágrafo único - Quando se tratar de crime


Dos Recursos
praticado fora da esfera administrativa, a au-
toridade policial dará ciência dele à autoridade Artigo 312 - Caberá recurso, por uma única vez, da de-
administrativa. cisão que aplicar penalidade.

Artigo 303 - As autoridades responsáveis pela condu- § 1º - O prazo para recorrer é de 30 (trinta) dias,
ção do processo administrativo e do inquérito policial contados da publicação da decisão impugnada
se auxiliarão para que os mesmos se concluam dentro no Diário Oficial do Estado ou da intimação
dos prazos respectivos. pessoal do servidor, quando for o caso.

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§ 2º - Do recurso deverá constar, além do nome Artigo 319 - Deferido o processamento da revisão, será
e qualificação do recorrente, a exposição das ra- este realizado por Procurador de Estado que não tenha
zões de inconformismo. funcionado no procedimento disciplinar de que resul-
tou a punição do requerente.
§ 3º - O recurso será apresentado à autoridade
que aplicou a pena, que terá o prazo de 10 (dez) Artigo 320 - Recebido o pedido, o presidente provi-
dias para, motivadamente, manter sua decisão denciará o apensamento dos autos originais e notifica-
ou reformá-la. rá o requerente para, no prazo de 8 (oito) dias, ofere-
§ 4º - Mantida a decisão, ou reformada par- cer rol de testemunhas, ou requerer outras provas que
cialmente, será imediatamente encaminhada a pretenda produzir.
reexame pelo superior hierárquico.
Parágrafo único - No processamento da revisão
§ 5º - O recurso será apreciado pela autoridade serão observadas as normas previstas nesta lei
competente ainda que incorretamente denomi- complementar para o processo administrativo.
nado ou endereçado.
Artigo 321 - A decisão que julgar procedente a revisão
Artigo 313 - Caberá pedido de reconsideração, que não poderá alterar a classificação da infração, absolver o
poderá ser renovado, de decisão tomada pelo Gover- punido, modificar a pena ou anular o processo, resta-
nador do Estado em única instância, no prazo de 30 belecendo os direitos atingidos pela decisão reforma-
(trinta) dias. da.

Artigo 314 - Os recursos de que trata esta lei comple- Disposições Finais
mentar não têm efeito suspensivo; os que forem provi-
Artigo 322 - O dia 28 de outubro será consagrado ao
dos darão lugar às retificações necessárias, retroagin-
“Funcionário Público Estadual”.
do seus efeitos à data do ato punitivo.
Artigo 323 - Os prazos previstos neste Estatuto serão
CAPÍTULO VI todos contados por dias corridos.

Parágrafo único - Não se computará no prazo


Da Revisão o dia inicial, prorrogando-se o vencimento, que
incidir em sábado, domingo, feriado ou faculta-
Artigo 315 - Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão
tivo, para o primeiro dia útil seguinte.
de punição disciplinar de que não caiba mais recurso,
se surgirem fatos ou circunstâncias ainda não aprecia- Artigo 324 - As disposições deste Estatuto se aplicam
dos, ou vícios insanáveis de procedimento, que pos- aos extranumerários, exceto no que colidirem com a
sam justificar redução ou anulação da pena aplicada. precariedade de sua situação no Serviço Público.

§ 1º - A simples alegação da injustiça da decisão


não constitui fundamento do pedido. Disposições Transitórias

§ 2º - Não será admitida reiteração de pedido Artigo 325 - Aplicam-se aos atuais funcionários interi-
pelo mesmo fundamento. nos as disposições deste Estatuto, salvo as que colidi-
rem com a natureza precária de sua investidura e, em
§ 3º - Os pedidos formulados em desacordo com especial, as relativas a acesso, promoção, afastamen-
este artigo serão indeferidos. tos, aposentadoria voluntária e às licenças previstas
§ 4º - O ônus da prova cabe ao requerente. nos itens VI, VII e IX do artigo 181.

Artigo 316 - A pena imposta não poderá ser agravada Artigo 326 - Serão obrigatoriamente exonerados os
pela revisão. ocupantes interinos de cargos para cujo provimento
for realizado concurso.
Artigo 317 - A instauração de processo revisional po-
Parágrafo único - As exonerações serão efetiva-
derá ser requerida fundamentadamente pelo interes-
das dentro de 30 (trinta) dias, após a homologa-
sado ou, se falecido ou incapaz, por seu curador, côn-
ção do concurso.
juge, companheiro, ascendente, descendente ou irmão,
sempre por intermédio de advogado. Artigo 327 - Revogado.

Parágrafo único - O pedido será instruído com Artigo 328 - Dentro de 120 (cento e vinte) dias proce-
as provas que o requerente possuir ou com indi- der-se-á ao levantamento geral das atuais funções gra-
cação daquelas que pretenda produzir. tificadas, para efeito de implantação de novo sistema
retribuitório dos encargos por elas atendidos.
Artigo 318 - A autoridade que aplicou a penalidade, ou
que a tiver confirmado em grau de recurso, será com- Parágrafo único - Até a implantação do sistema
petente para o exame da admissibilidade do pedido de que trata este artigo, continuarão em vigor
de revisão, bem como, caso deferido o processamento, as disposições legais referentes à função grati-
para a sua decisão final. . ficada.

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Noções de Administração Pública

Artigo 329 - Ficam expressamente revogadas: Artigo 6º - Somente a lei poderá:

I - as disposições de leis gerais ou especiais que I - criar condicionamentos aos direitos dos par-
estabeleçam contagem de tempo em divergên- ticulares ou impor-lhes deveres de qualquer es-
cia com o disposto no Capítulo XV do Título II, pécie; e
ressalvada, todavia, a contagem, nos termos da
II - prever infrações ou prescrever sanções.
legislação ora revogada, do tempo de serviço
prestado anteriormente ao presente Estatuto; TÍTULO III
II - a Lei nº 1.309, de 29 de novembro de 1951 e
as demais disposições atinentes aos extranume- Dos Atos Administrativos
rários; e
CAPÍTULO I
III - a Lei nº 2.576, de 14 de janeiro de 1954.
Artigo 330 - Vetado. Disposição Preliminar
Artigo 7º - A Administração não iniciará qualquer
Artigo 331 - Revogam-se as disposições em contrário. atuação material relacionada com a esfera jurídica dos
particulares sem a prévia expedição do ato adminis-
trativo que lhe sirva de fundamento, salvo na hipótese
de expressa previsão legal.

PROCESSO ADMINISTRATIVO NO CAPÍTULO II


04
ÂMBITO ESTADUAL Da Invalidade dos Atos
Artigo 8º - São inválidos os atos administrativos que
LEI Nº 10.177, de 30/12/1998 desatendam os pressupostos legais e regulamentares
de sua edição, ou os princípios da Administração, es-
Regula o processo administrativo no âmbito da
pecialmente nos casos de:
Administração Pública Estadual.
I - incompetência da pessoa jurídica, órgão ou
TÍTULO I agente de que emane;
II - omissão de formalidades ou procedimentos
Das Disposições Preliminares essenciais;
Artigo 1º - Esta lei regula os atos e procedimentos ad- III - impropriedade do objeto;
ministrativos da Administração Pública centralizada e
IV - inexistência ou impropriedade do motivo
descentralizada do Estado de São Paulo, que não te-
de fato ou de direito;
nham disciplina legal específica.
V - desvio de poder;
Parágrafo único - Considera-se integrante da
Administração descentralizada estadual toda VI - falta ou insuficiência de motivação.
pessoa jurídica controlada ou mantida, direta Parágrafo único - Nos atos discricionários, será
ou indiretamente, pelo Poder Público estadual, razão de invalidade a falta de correlação lógica
seja qual for seu regime jurídico. entre o motivo e o conteúdo do ato, tendo em
Artigo 2º - As normas desta lei aplicam-se subsidiaria- vista sua finalidade.
mente aos atos e procedimentos administrativos com Artigo 9º - A motivação indicará as razões que justifi-
disciplina legal específica. quem a edição do ato, especialmente a regra de com-
petência, os fundamentos de fato e de direito e a fina-
Artigo 3º - Os prazos fixados em normas legais especí-
lidade objetivada.
ficas prevalecem sobre os desta lei.
Parágrafo único - A motivação do ato no pro-
TÍTULO II cedimento administrativo poderá consistir na
remissão a pareceres ou manifestações nele pro-
feridos.
Dos Princípios da Administração Pública
Artigo 10 - A Administração anulará seus atos inváli-
Artigo 4º - A Administração Pública atuará em obe-
dos, de ofício ou por provocação de pessoa interessa-
diência aos princípios da legalidade, impessoalidade,
da, salvo quando:
moralidade, publicidade, razoabilidade, finalidade, in-
teresse público e motivação dos atos administrativos. I - ultrapassado o prazo de 10 (dez) anos conta-
do de sua produção;
Artigo 5º - A norma administrativa deve ser interpre-
tada e aplicada da forma que melhor garanta a realiza- II - da irregularidade não resultar qualquer pre-
ção do fim público a que se dirige. juízo;

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III - forem passíveis de convalidação. Artigo 15 - Os regulamentos serão editados por decre-
to, observadas as seguintes regras:
Artigo 11 - A Administração poderá convalidar seus
atos inválidos, quando a invalidade decorrer de vício I - nenhum regulamento poderá ser editado sem
de competência ou de ordem formal, desde que: base em lei, nem prever infrações, sanções, de-
veres ou condicionamentos de direitos nela não
I - na hipótese de vício de competência, a conva-
estabelecidos;
lidação seja feita pela autoridade titulada para
a prática do ato, e não se trate de competência II - os decretos serão referendados pelos Secre-
indelegável; tários de Estado em cuja área de atuação devam
incidir, ou pelo Procurador Geral do Estado,
II - na hipótese de vício formal, este possa ser
quando for o caso;
suprido de modo eficaz.
III - nenhum decreto regulamentar será editado
§ 1º - Não será admitida a convalidação quando
sem exposição de motivos que demonstre o fun-
dela resultar prejuízo à Administração ou a ter-
damento legal de sua edição, a finalidade das
ceiros ou quando se tratar de ato impugnado.
medidas adotadas e a extensão de seus efeitos;
§ 2º - A convalidação será sempre formalizada
IV - as minutas de regulamento serão obrigato-
por ato motivado.
riamente submetidas ao órgão jurídico compe-
tente, antes de sua apreciação pelo Governador
CAPÍTULO III
do Estado.
Da Formalização dos Atos
CAPÍTULO IV
Artigo 12 - São atos administrativos:
Da Publicidade dos Atos
I - de competência privativa:
a) do Governador do Estado, o Decreto; Artigo 16 - Os atos administrativos, inclusive os de ca-
ráter geral, entrarão em vigor na data de sua publica-
b) dos Secretários de Estado, do Procurador Ge- ção, salvo disposição expressa em contrário.
ral do Estado e dos Reitores das Universidades,
a Resolução; Artigo 17 - Salvo norma expressa em contrário, a pu-
blicidade dos atos administrativos consistirá em sua
c) dos órgãos colegiados, a Deliberação;
publicação no Diário Oficial do Estado, ou, quando for
II - de competência comum: o caso, na citação, notificação ou intimação do interes-
sado.
a) a todas as autoridades, até o nível de Diretor
de Serviço; às autoridades policiais; aos dirigen- Parágrafo único - A publicação dos atos sem
tes das entidades descentralizadas, bem como, conteúdo normativo poderá ser resumida.
quando estabelecido em norma legal específica,
a outras autoridades administrativas, a Portaria;
CAPÍTULO V
b) a todas as autoridades ou agentes da Admi-
nistração, os demais atos administrativos, tais Do Prazo para a Produção dos Atos
como Ofícios, Ordens de Serviço, Instruções e
outros. Artigo 18 - Será de 60 (sessenta) dias, se outra não for a
determinação legal, o prazo máximo para a prática de
§ 1º - Os atos administrativos, excetuados os de- atos administrativos isolados, que não exijam procedi-
cretos, aos quais se refere a Lei Complementar mento para sua prolação, ou para a adoção, pela au-
nº 60, de 10 de julho de 1972, e os referidos no toridade pública, de outras providências necessárias à
Artigo 14 desta lei, serão numerados em séries aplicação de lei ou decisão administrativa.
próprias, com renovação anual, identificando-se
pela sua denomi nação, seguida da sigla do ór- Parágrafo único - O prazo fluirá a partir do mo-
gão ou entidade que os tenha expedido. mento em que, à vista das circunstâncias, tor-
nar-se logicamente possível a produção do ato
§ 2º - Aplica-se na elaboração dos atos adminis- ou a adoção da medida, permitida prorrogação,
trativos, no que couber, o disposto na Lei Com- quando cabível, mediante proposta justificada.
plementar nº 60, de 10 de julho de 1972.
Artigo 13 - Os atos administrativos produzidos por CAPÍTULO VI
escrito indicarão a data e o local de sua edição, e con-
terão a identificação nominal, funcional e a assinatura Da Delegação e da Avocação
da autoridade responsável.
Artigo 19 - Salvo vedação legal, as autoridades supe-
Artigo 14 - Os atos de conteúdo normativo e os de ca- riores poderão delegar a seus subordinados a prática
ráter geral serão numerados em séries específicas, se- de atos de sua competência ou avocar os de competên-
guidamente, sem renovação anual. cia destes.

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Noções de Administração Pública

Artigo 20 - São indelegáveis, entre outras hipóteses de- Parágrafo único - As entidades associativas,
correntes de normas específicas: quando expressamente autorizadas por seus es-
tatutos ou por ato especial, e os sindicatos pode-
I - a competência para a edição de atos norma- rão exercer o direito de petição, em defesa dos
tivos que regulem direitos e deveres dos admi- direitos e interesses coletivos ou individuais de
nistrados; seus membros.
II - as atribuições inerentes ao caráter político da
Artigo 24 - Em nenhuma hipótese, a Administração
autoridade;
poderá recusar-se a protocolar a petição, sob pena de
III - as atribuições recebidas por delegação, sal- responsabilidade do agente.
vo autorização expressa e na forma por ela de-
terminada;
Seção III
IV - a totalidade da competência do órgão;
V - as competências essenciais do órgão, que Da Instrução
justifiquem sua existência. Artigo 25 - Os procedimentos serão impulsionados e
Parágrafo único - O órgão colegiado não pode instruídos de ofício, atendendo-se à celeridade, econo-
delegar suas funções, mas apenas a execução mia, simplicidade e utilidade dos trâmites.
material de suas deliberações.
Artigo 26 - O órgão ou entidade da Administração es-
TÍTULO IV tadual que necessitar de informações de outro, para
instrução de procedimento administrativo, poderá
requisitá-las diretamente, sem observância da vincu-
Dos Procedimentos Administrativos
lação hierárquica, mediante ofício, do qual uma cóp ia
será juntada aos autos.
CAPÍTULO I
Artigo 27 - Durante a instrução, os autos do proce-
Normas Gerais dimento administrativo permanecerão na repartição
competente.
Seção I
Artigo 28 - Quando a matéria do processo envolver as-
Dos Princípios sunto de interesse geral, o órgão competente poderá,
mediante despacho motivado, autorizar consulta pú-
Artigo 21 - Os atos da Administração serão precedidos blica para manifestação de terceiros, antes da decisão
do procedimento adequado à sua validade e à prote- do pedido, se não houver prejuízo para a part e inte-
ção dos direitos e interesses dos particulares. ressada.

Artigo 22 - Nos procedimentos administrativos obser- § 1º - A abertura da consulta pública será objeto
var-se-ão, entre outros requisitos de validade, a igual- de divulgação pelos meios oficiais, a fim de que
dade entre os administrados e o devido processo legal, os autos possam ser examinados pelos interes-
especialmente quanto à exigência de publicidade, do sados, fixando-se prazo para oferecimento de
contraditório, da ampla defesa e, quando for o caso, do alegações escritas.
despacho ou decisão motivados. § 2º - O comparecimento à consulta pública não
confere, por si, a condição de interessado no
§ 1º - Para atendimento dos princípios previstos
processo, mas constitui o direito de obter da Ad-
neste Artigo, serão assegurados às partes o di-
ministração resposta fundamentada.
reito de emitir manifestação, de oferecer provas
e acompanhar sua produção, de obter vista e de Artigo 29 - Antes da tomada de decisão, a juízo da au-
recorrer. toridade, diante da relevância da questão, poderá ser
§ 2º - Somente poderão ser recusadas, mediante realizada audiência pública para debates sobre a ma-
decisão fundamentada, as provas propostas pe- téria do processo.
los interessados quando sejam ilícitas, imperti-
nentes, desnecessárias ou protelatórias. Artigo 30 - Os órgãos e entidades administrativas, em
matéria relevante, poderão estabelecer outros meios
de participação dos administrados, diretamente ou
Seção II
por meio de organizações e associações legalmente re-
conhecidas.
Do Direito de Petição
Artigo 23 - É assegurado a qualquer pessoa, física ou Artigo 31 - Os resultados da consulta e audiência pú-
jurídica, independentemente de pagamento, o direito blica e de outros meios de participação dos adminis-
de petição contra ilegalidade ou abuso de poder e para trados deverão ser acompanhados da indicação do
a defesa de direitos. procedimento adotado.

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Seção IV Seção V

Dos Prazos Da Publicidade


Artigo 32 - Quando outros não estiverem previstos Artigo 34 - No curso de qualquer procedimento ad-
nesta lei ou em disposições especiais, serão obedeci- ministrativo, as citações, intimações e notificações,
dos os seguintes prazos máximos nos procedimentos quando feitas pessoalmente ou por carta com aviso de
administrativos: recebimento, observarão as seguintes regras:
I - para autuação, juntada aos autos de quais- I - constitui ônus do requerente informar seu
quer elementos, publicação e outras providên-
endereço para correspondência, bem como alte-
cias de mero expediente: 2 (dois) dias;
rações posteriores;
II - para expedição de notificação ou intimação
II - considera-se efetivada a intimação ou noti-
pessoal: 6 (seis) dias;
ficação por carta com sua entrega no endereço
III - para elaboração e apresentação de informes fornecido pelo interessado;
sem caráter técnico ou jurídico: 7 (sete) dias;
III - será obrigatoriamente pessoal a citação do
IV - para elaboração e apresentação de parece- acusado, em procedimento sancionatório, e a
res ou informes de caráter técnico ou jurídico: intimação do terceiro interessado, em procedi-
20 (vinte) dias, prorrogáveis por 10 (dez) dias mento de invalidação;
quando a diligência requerer o deslocamento
do agente para localidade diversa daquela onde IV - na citação, notificação ou intimação pessoal,
tem sua sede de exercí cio; caso o destinatário se recuse a assinar o compro-
vante de recebimento, o servidor encarregado
V - para decisões no curso do procedimento: 7
certificará a entrega e a recusa;
(sete) dias;
VI - para manifestações do particular ou provi- V - quando o particular estiver representado nos
dências a seu cargo: 7 (sete) dias; autos por procurador, a este serão dirigidas as
notificações e intimações, salvo disposição em
VII - para decisão final: 20 (vinte) dias; contrário.
VIII - para outras providências da Administra- Parágrafo único - Na hipótese do inciso III, não
ção: 5 (cinco) dias. encontrado o interessado, a citação ou a intima-
§ 1º - O prazo fluirá a partir do momento em ção serão feitas por edital publicado no Diário
que, à vista das circunstâncias, tornar-se logica- Oficial do Estado.
mente possível a produção do ato ou a adoção
Artigo 35 - Durante a instrução, será concedida vista
da providência.
dos autos ao interessado, mediante simples solicitação,
§ 2º - Os prazos previstos neste artigo poderão sempre que não prejudicar o curso do procedimento.
ser, caso a caso, prorrogados uma vez, por igual
período, pela autoridade superior, à vista de re- Parágrafo único - A concessão de vista será obri-
presentação fundamentada do agente responsá- gatória, no prazo para manifestação do interes-
vel por seu cumprimento. sado ou para apresentação de recursos, median-
te publicação no Diário Oficial do Estado.
Artigo 33 - O prazo máximo para decisão de requeri-
mentos de qualquer espécie apresentados à Adminis- Artigo 36 - Ao advogado é assegurado o direito de re-
tração será de 120 (cento e vinte) dias, se outro não for tirar os autos da repartição, mediante recibo, durante o
legalmente estabelecido. prazo para manifestação de seu constituinte, salvo na
hipótese de prazo comum.
§ 1º - Ultrapassado o prazo sem decisão, o inte-
ressado poderá considerar rejeitado o requeri-
mento na esfera administrativa, salvo previsão CAPÍTULO II
legal ou regulamentar em contrário.
Dos Recursos
§ 2º - Quando a complexidade da questão envol-
vida não permitir o atendimento do prazo pre-
visto neste artigo, a autoridade cientificará o in- Seção I
teressado das providências até então tomadas,
sem prejuízo do disposto no parágrafo anterior. Da Legitimidade para Recorrer

§ 3º - O disposto no § 1º deste Artigo não deso- Artigo 37 - Todo aquele que for afetado por decisão
nera a autoridade do dever de apreciar o reque- administrativa poderá dela recorrer, em defesa de in-
rimento. teresse ou direito.

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Noções de Administração Pública

Artigo 38 - À Procuradoria Geral do Estado compe- Artigo 44 - Salvo disposição legal em contrário, o pra-
te recorrer, de ofício, de decisões que contrariarem zo para apresentação de recurso ou pedido de reconsi-
Súmula Administrativa ou Despacho Normativo do deração será de 15 (quinze) dias contados da publica-
Governador do Estado, sem prejuízo da possibilidade ção ou notificação do ato.
de deflagrar, de ofício, o procedimento invalidatório
pertinente, nas hipóteses em que já tenha decorrido o Artigo 45 - Conhecer-se-á do recurso erroneamente
prazo recursal. designado, quando de seu conteúdo resultar induvi-
dosa a impugnação do ato.

Seção II
Seção V
Da Competência para Conhecer do Recurso
Dos Efeitos dos Recursos
Artigo 39 - Quando norma legal não dispuser de outro
modo, será competente para conhecer do recurso a au- Artigo 46 - O recurso será recebido no efeito meramen-
toridade imediatamente superior àquela que praticou te devolutivo, salvo quando:
o ato.
I - houver previsão legal ou regulamentar em
Artigo 40 - Salvo disposição legal em contrário, a ins- contrário; e
tância máxima para o recurso administrativo será:
II - além de relevante seu fundamento, da exe-
I - na Administração centralizada, o Secretário cução do ato recorrido, se provido, puder resul-
de Estado ou autoridade a ele equiparada, exce- tar a ineficácia da decisão final.
tuados os casos em que o ato tenha sido por ele Parágrafo único - Na hipótese do inciso II, o re-
praticado originariamente; e corrente poderá requerer, fundamentadamente,
II - na Administração descentralizada, o diri- em petição anexa ao recurso, a concessão do
gente superior da pessoa jurídica. Parágrafo efeito suspensivo.
único - O disposto neste artigo não se aplica ao
recurso previsto no artigo 38. Seção VI

Seção III Da Tramitação dos Recursos


Artigo 47 - A tramitação dos recursos observará as se-
Das Situações Especiais
guintes regras:
Artigo 41 - São irrecorríveis, na esfera administrativa,
os atos de mero expediente ou preparatórios de deci- I - a petição será juntada aos autos em 2 (dois)
sões. dias, contados da data de seu protocolo;

Artigo 42 - Contra decisões tomadas originariamente II - quando os autos em que foi produzida a
pelo Governador do Estado ou pelo dirigente superior decisão recorrida tiverem de permanecer na re-
de pessoa jurídica da Administração descentralizada, partição de origem para quaisquer outras pro-
caberá pedido de reconsideração, que não poderá ser vidências cabíveis, o recurso será autuado em
renovado, observando-se, no que couber, o re gime do separado, trasladando-se cópias dos elementos
recurso hierárquico. necessários;

Parágrafo único - O pedido de reconsideração III - requerida a concessão de efeito suspensivo,


só será admitido se contiver novos argumentos, a autoridade recorrida apreciará o pedido nos 5
e será sempre dirigido à autoridade que houver (cinco) dias subseqüentes;
expedido o ato ou proferido a decisão. IV - havendo outros interessados representados
nos autos, serão estes intimados, com prazo co-
Seção IV mum de 15 (quinze) dias, para oferecimento de
contra-razões;
Dos Requisitos da Petição de Recurso
V - com ou sem contra-razões, os autos serão
Artigo 43 - A petição de recurso observará os seguintes
submetidos ao órgão jurídico, para elaboração
requisitos:
de parecer, no prazo máximo de 20 (vinte) dias,
I - será dirigida à autoridade recorrida e proto- salvo na hipótese do artigo 38;
colada no órgão a que esta pertencer; VI - a autoridade recorrida poderá reconsiderar
II - trará a indicação do nome, qualificação e en- seu ato, nos 7 (sete) dias subseqüentes;
dereço do recorrente;
VII - mantido o ato, os autos serão encaminha-
III - conterá exposição, clara e completa, das ra- dos à autoridade competente para conhecer do
zões da inconformidade. recurso, para decisão, em 30 (trinta) dias.

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§ 1º - As decisões previstas nos incisos III, VI e III - a providência pretendida;


VII serão encaminhadas, em 2 (dois) dias, à pu-
IV - as provas em poder da Administração que o
blicação no Diário Oficial do Estado.
requerente pretende ver juntadas aos autos.
§ 2º - Da decisão prevista no inciso III, não cabe-
rá recurso na esfera administrativa. Parágrafo único - O requerimento será desde
logo instruído com a prova documental de que
Artigo 48 - Os recursos dirigidos ao Governador do o interessado disponha.
Estado serão, previamente, submetidos à Procurado-
ria Geral do Estado ou ao órgão de consultoria jurídica Artigo 55 - A tramitação dos requerimentos de que tra-
da entidade descentralizada, para parecer, a ser apre- ta esta Seção observará as seguintes regras:
sentado no prazo máximo de 20 (vinte) dias.
I - protocolado o expediente, o órgão que o rece-
ber providenciará a autuação e seu encaminha-
Seção VII mento à repartição competente, no prazo de 2
(dois) dias;
Da Decisão e seus Efeitos
II - o requerimento será desde logo indeferido,
Artigo 49 - A decisão de recurso não poderá, no mes- se não atender aos requisitos dos incisos I a IV
mo procedimento, agravar a restrição produzida pelo do artigo anterior, notificando-se o requerente;
ato ao interesse do recorrente, salvo em casos de inva-
lidação. III - se o requerimento houver sido dirigido a
órgão incompetente, este providenciará seu en-
Artigo 50 - Ultrapassado, sem decisão, o prazo de 120 caminhamento à unidade adequada, notifican-
(cento e vinte) dias contado do protocolo do recurso do-se o requerente;
que tramite sem efeito suspensivo, o recorrente poderá
considerá-lo rejeitado na esfera administrativa. IV - a autoridade determinará as providências
adequadas à instrução dos autos, ouvindo, em
§ 1º - No caso do pedido de reconsideração pre- caso de dúvida quanto à matéria jurídica, o ór-
visto no artigo 42, o prazo para a decisão será de gão de consultoria jurídica;
90 (noventa) dias.
V - quando os elementos colhidos puderem
§ 2º - O disposto neste artigo não desonera a au- conduzir ao indeferimento, o requerente será
toridade do dever de apreciar o recurso. intimado, com prazo de 7 (sete) dias, para ma-
nifestação final;
Artigo 51 - Esgotados os recursos, a decisão final toma-
da em procedimento administrativo formalmente re- VI - terminada a instrução, a autoridade decidi-
gular não poderá ser modificada pela Administração, rá, em despacho motivado, nos 20 (vinte) dias
salvo por anulação ou revisão, ou quando o ato, por subseqüentes;
sua natureza, for revogável.
VII - da decisão caberá recurso hierárquico.

CAPÍTULO III Artigo 56 - Quando duas ou mais pessoas pretende-


rem da Administração o reconhecimento ou atribuição
Dos Procedimentos em Espécie de direitos que se excluam mutuamente, será instaura-
do procedimento administrativo para a decisão, com
observância das normas do artigo anterior, e das dita-
Seção I
das pelos princípios da igualdade e do contraditório.

Do Procedimento de Outorga
Seção II
Artigo 52 - Regem-se pelo disposto nesta Seção os pe-
didos de reconhecimento, de atribuição ou de libera- Do Procedimento de Invalidação
ção do exercício do direito.
Artigo 57 - Rege-se pelo disposto nesta Seção o proce-
Artigo 53 - A competência para apreciação do requeri- dimento para invalidação de ato ou contrato adminis-
mento será do dirigente do órgão ou entidade encar- trativo e, no que couber, de outros ajustes.
regados da matéria versada, salvo previsão legal ou
Artigo 58 - O procedimento para invalidação provoca-
regulamentar em contrário.
da observará as seguintes regras:
Artigo 54 - O requerimento será dirigido à autoridade
competente para sua decisão, devendo indicar: I - o requerimento será dirigido à autoridade
que praticou o ato ou firmou o contrato, atendi-
I - o nome, a qualificação e o endereço do reque- dos os requisitos do artigo 54;
rente;
II - recebido o requerimento, será ele submetido
II - os fundamentos de fato e de direito do pe- ao órgão de consultoria jurídica para emissão de
dido; parecer, em 20 (vinte) dias;

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III - o órgão jurídico opinará sobre a procedência II - o ato de instauração, expedido pela autori-
ou não do pedido, sugerindo, quando for o caso, dade competente, indicará os fatos em que se
providências para a instrução dos autos e esclare- baseia e as normas pertinentes à infração e à
cendo se a eventual invalidação atingirá terceiros; sanção aplicável;
IV - quando o parecer apontar a existência de III - o acusado será citado ou intimado, com có-
terceiros interessados, a autoridade determina- pia do ato de instauração, para, em 15 (quinze)
rá sua intimação, para, em 15 (quinze) dias, ma- dias, oferecer sua defesa e indicar as provas que
nifestar-se a respeito; pretende produzir;
V - concluída a instrução, serão intimadas as IV - caso haja requerimento para produção de
partes para, em 7 (sete) dias, apresentarem suas provas, a autoridade apreciará sua pertinência,
razões finais; em despacho motivado;
VI - a autoridade, ouvindo o órgão jurídico, de- V - o acusado será intimado para:
cidirá em 20 (vinte) dias, por despacho motiva-
a) manifestar-se, em 7 (sete) dias, sobre os do-
do, do qual serão intimadas as partes;
cumentos juntados aos autos pela autoridade,
VII - da decisão, caberá recurso hierárquico. se maior prazo não lhe for assinado em face da
complexidade da prova;
Artigo 59 - O procedimento para invalidação de ofício
observará as seguintes regras: b) acompanhar a produção das provas orais,
com antecedência mínima de 2 (dois) dias;
I - quando se tratar da invalidade de ato ou con-
trato, a autoridade que o praticou, ou seu supe- c) formular quesitos e indicar assistente técni-
rior hierárquico, submeterá o assunto ao órgão co, quando necessária prova pericial, em 7 (sete)
de consultoria jurídica; dias;
II - o órgão jurídico opinará sobre a validade do d) concluída a instrução, apresentar, em 7 (sete)
ato ou contrato, sugerindo, quando for o caso, dias, suas alegações finais;
providências para instrução dos autos, e indi- VI - antes da decisão, será ouvido o órgão de
cará a necessidade ou não da instauração de consultoria jurídica;
contraditório, hipótese em que serão aplicadas
as disposições dos in cisos IV a VII do artigo an- VII - a decisão, devidamente motivada, será
terior. proferida no prazo máximo de 20 (vinte) dias,
notificando-se o interessado por publicação no
Artigo 60 - No curso de procedimento de invalidação, Diário Oficial do Estado;
a autoridade poderá, de ofício ou em face de requeri-
mento, suspender a execução do ato ou contrato, para VIII - da decisão caberá recurso.
evitar prejuízos de reparação onerosa ou impossível.
Artigo 64 - O procedimento sancionatório será sigiloso
Artigo 61 - Invalidado o ato ou contrato, a Administra- até decisão final, salvo em relação ao acusado, seu pro-
ção tomará as providências necessárias para desfazer curador ou terceiro que demonstre legítimo interesse.
os efeitos produzidos, salvo quanto a terceiros de boa
fé, determinando a apuração de eventuais responsabi- Parágrafo único - Incidirá em infração discipli-
lidades. nar grave o servidor que, por qualquer forma,
divulgar irregularmente informações relativas à
Seção III acusação, ao acusado ou ao procedimento.

Do Procedimento Sancionatório Seção IV


Artigo 62 - Nenhuma sanção administrativa será apli-
cada a pessoa física ou jurídica pela Administração Do Procedimento de Reparação de Danos
Pública, sem que lhe seja assegurada ampla defesa, em
procedimento sancionatório. Artigo 65 - Aquele que pretender, da Fazenda Pública,
ressarcimento por danos causados por agente público,
Parágrafo único - No curso do procedimento agindo nessa qualidade, poderá requerê-lo adminis-
ou, em caso de extrema urgência, antes dele, a trativamente, observadas as seguintes regras:
Administração poderá adotar as medidas cau-
telares estritamente indispensáveis à eficácia do I - o requerimento será protocolado na Procu-
ato final. radoria Geral do Estado, até 5 (cinco) anos con-
tados do ato ou fato que houver dado causa ao
Artigo 63 - O procedimento sancionatório observará, dano;
salvo legislação específica, as seguintes regras:
II - o protocolo do requerimento suspende, nos
I - verificada a ocorrência de infração adminis- termos da legislação pertinente, a prescrição da
trativa, será instaurado o respectivo procedi- ação de responsabilidade contra o Estado, pelo
mento para sua apuração; período que durar sua tramitação;

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III - o requerimento conterá os requisitos do Artigo 68 - Recebida a comunicação, o Procurador Ge-


artigo 54, devendo trazer indicação precisa do ral do Estado, no prazo de 10 (dez) dias, determinará
montante atualizado da indenização pretendi- a instauração de procedimento, cuja tramitação obede-
da, e declaração de que o interessado concorda cerá o disposto na Seção III para apuração de eventual
com as condições contidas neste artigo e no sub- responsabilidade civil de agente público, por culpa ou
seqüente; dolo.
IV - o procedimento, dirigido por Procurador Parágrafo único - O Procurador Geral do Es-
do Estado, observará as regras do artigo 55; tado, de ofício, determinará a instauração do
V - a decisão do requerimento caberá ao Procu- procedimento previsto neste artigo, quando na
rador Geral do Estado ou ao dirigente da enti- forma do artigo 65, a Fazenda houver ressarcido
dade descentralizada, que recorrerão de ofício extrajudicialmente o particular.
ao Governador, nas hipóteses previstas em re-
Artigo 69 - Concluindo-se pela responsabilidade civil
gulamento;
do agente, será ele intimado para, em 30 (trinta) dias,
VI - acolhido em definitivo o pedido, total ou recolher aos cofres públicos o valor do prejuízo supor-
parcialmente, será feita, em 15 (quinze) dias, a tado pela Fazenda, atualizado monetariamente.
inscrição, em registro cronológico, do valor atua-
lizado do débito, intimando-se o interessado; Artigo 70 - Vencido, sem o pagamento, o prazo estipu-
lado no artigo anterior, será proposta, de imediato, a
VII - a ausência de manifestação expressa do
respectiva ação judicial para cobrança do débito.
interessado, em 10 (dez) dias, contados da inti-
mação, implicará em concordância com o valor
Artigo 71 - Aplica-se o disposto nesta Seção às entida-
inscrito; caso não concorde com esse valor, o in-
des descentralizadas, observada a respectiva estrutura
teressado poderá, no mesmo prazo, apresentar
administrativa.
desistência, cancelando- se a inscrição e arqui-
vando-se os autos;
Seção V
VIII - os débitos inscritos até 1º de julho serão
pagos até o último dia útil do exercício seguinte,
Do Procedimento para Obtenção de Certidão
à conta de dotação orçamentária específica;
IX - o depósito, em conta aberta em favor do Artigo 72 - É assegurada, nos termos do artigo 5º ,
interessado, do valor inscrito, atualizado mone- XXXIV, “b”, da Constituição Federal, a expedição de
tariamente até o mês do pagamento, importará certidão sobre atos, contratos, decisões ou pareceres
em quitação do débito; constantes de registros ou autos de procedimentos em
poder da Administração Pública, ressalvado o dispos-
X - o interessado, mediante prévia notificação to no artigo 75.
à Administração, poderá considerar indeferido
seu requerimento caso o pagamento não se rea- Parágrafo único - As certidões serão expedidas
lize na forma e no prazo previstos nos incisos sob a forma de relato ou mediante cópia repro-
VIII e IX. gráfica dos elementos pretendidos.
§ 1º - Quando o interessado utilizar-se da facul-
Artigo 73 - Para o exercício do direito previsto no ar-
dade prevista nos incisos VII, parte final, e X,
tigo anterior, o interessado deverá protocolar reque-
perderá qualquer efeito o ato que tiver acolhido
rimento no órgão competente, independentemente de
o pedido, não se podendo invocá-lo como reco-
qualquer pagamento, especificando os elementos que
nhecimento da responsabilidade administrati-
pretende ver certificados.
va.
§ 2º - Devidamente autorizado pelo Governa- Artigo 74 - O requerimento será apreciado, em 5 (cin-
dor, o Procurador Geral do Estado poderá dele- co) dias úteis, pela autoridade competente, que deter-
gar, no âmbito da Administração centralizada, minará a expedição da certidão requerida em prazo
a competência prevista no inciso V, hipótese em não superior a 5 (cinco) dias úteis.
que o delegante tornar-se-á a instância máxima
de recurso. Artigo 75 - O requerimento será indeferido, em despa-
cho motivado, se a divulgação da informação solicita-
Artigo 66 - Nas indenizações pagas nos termos do ar-
da colocar em comprovado risco a segurança da socie-
tigo anterior, não incidirão juros, honorários advocatí-
dade ou do Estado, violar a intimidade de terceiros ou
cios ou qualquer outro acréscimo.
não se enquadrar na hipótese constitucional.
Artigo 67 - Na hipótese de condenação definitiva do
Estado ao ressarcimento de danos, deverá o fato ser § 1º - Na hipótese deste artigo, a autoridade
comunicado ao Procurador Geral do Estado, no prazo competente, antes de sua decisão, ouvirá o ór-
de 15 (quinze) dias, pelo órgão encarregado de oficiar gão de consultoria jurídica, que se manifestará
no feito, sob pena de responsabilidade. em 3 (três) dias úteis.

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§ 2º - Do indeferimento do pedido de certidão II - as conseqüências de qualquer incorreção nas


caberá recurso. respostas;
Artigo 76 - A expedição da certidão independerá de III - os órgãos aos quais se destinam as informa-
qualquer pagamento quando o requerente demonstrar ções; e
sua necessidade para a defesa de direitos ou esclareci-
IV - a existência do direito de acesso e de retifi-
mento de situações de interesse pessoal.
cação das informações.
Parágrafo único - Nas demais hipóteses, o inte- Parágrafo único - Quando as informações forem
ressado deverá recolher o valor correspondente, colhidas mediante questionários impressos, de-
conforme legislação específica. vem eles conter os esclarecimentos de que trata
este artigo.
Seção VI
Artigo 81 - É proibida a inserção ou conservação em
Do Procedimento para Obtenção de Informações fichário ou registro de dados nominais relativos a opi-
Pessoais niões políticas, filosóficas ou religiosas, origem racial,
orientação sexual e filiação sindical ou partidária.
Artigo 77 - Toda pessoa terá direito de acesso aos re-
gistros nominais que a seu respeito constem em qual- Artigo 82 - É vedada a utilização, sem autorização pré-
quer espécie de fichário ou registro, informatizado ou via do interessado, de dados pessoais para outros fins
não, dos órgãos ou entidades da Administração, inclu- que não aqueles para os quais foram prestados.
sive policiais.

Artigo 78 - O requerimento para obtenção de informa- Seção VII


ções observará as seguintes regras:
Do Procedimento para Retificação de Informações
I - o interessado apresentará, ao órgão ou enti- Pessoais
dade do qual pretende as informações, requeri-
mento escrito manifestando o desejo de conhe- Artigo 83 - Qualquer pessoa tem o direito de exigir, da
cer tudo o que a seu respeito conste das fichas Administração:
ou registros existentes;
I - a eliminação completa de registros de dados
II - as informações serão fornecidas no prazo falsos a seu respeito, os quais tenham sido obti-
máximo de 10 (dez) dias úteis, contados do pro- dos por meios ilícitos, ou se refiram às hipóteses
tocolo do requerimento; vedadas pelo artigo 81;
III - as informações serão transmitidas em lin- II - a retificação, complementação, esclareci-
guagem clara e indicarão, conforme for requeri- mento ou atualização de dados incorretos, in-
do pelo interessado: completos, dúbios ou desatualizados.
a) o conteúdo integral do que existir registrado; Parágrafo único - Aplicam-se ao procedimento
de retificação as regras contidas nos artigos 54
b) a fonte das informações e dos registros;
e 55.
c) o prazo até o qual os registros serão mantidos;
Artigo 84 - O fichário ou o registro nominal devem ser
d) as categorias de pessoas que, por suas fun- completados ou corrigidos, de ofício, assim que a enti-
ções ou por necessidade do serviço, têm, direta- dade ou órgão por eles responsável tome conhecimen-
mente, acesso aos registros; to da incorreção, desatualização ou caráter incompleto
de informações neles contidas.
e) as categorias de destinatários habilitados a re-
ceber comunicação desses registros; e Artigo 85 - No caso de informação já fornecida a ter-
f) se tais registros são transmitidos a outros ór- ceiros, sua alteração será comunicada a estes, desde
gãos estaduais, e quais são esses órgãos. que requerida pelo interessado, a quem dará cópia da
retificação.
Artigo 79 - Os dados existentes, cujo conhecimento
houver sido ocultado ao interessado, quando de sua Seção VIII
solicitação de informações, não poderão, em hipótese
alguma, ser utilizados em quaisquer procedimentos Do Procedimento de Denúncia
que vierem a ser contra o mesmo instaurados.
Artigo 86 - Qualquer pessoa que tiver conhecimento
Artigo 80 - Os órgãos ou entidades da Administração, de violação da ordem jurídica, praticada por agentes
ao coletar informações, devem esclarecer aos interes- administrativos, poderá denunciá-la à Administração.
sados:
Artigo 87 - A denúncia conterá a identificação do seu
I - o caráter obrigatório ou facultativo das res- autor, devendo indicar o fato e suas circunstâncias, e,
postas; se possível, seus responsáveis ou beneficiários.

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Parágrafo único - Quando a denúncia for apre-


sentada verbalmente, a autoridade lavrará ter- 05 LEI COMPLEMENTAR 893/01
mo, assinado pelo denunciante. Institui o Regulamento Disciplinar da Polícia
Artigo 88 - Instaurado o procedimento administrativo, Militar.
a autoridade responsável determinará as providências
necessárias à sua instrução, observando-se os prazos CAPÍTULO I
legais e as seguintes regras:
Das Disposições Gerais
I - é obrigatória a manifestação do órgão de con-
Artigo 1º - A hierarquia e a disciplina são as bases da
sultoria jurídica;
organização da Polícia Militar.
II - o denunciante não é parte no procedimento,
podendo, entretanto, ser convocado para depor; Artigo 2º - Estão sujeitos ao Regulamento Disciplinar
da Polícia Militar os militares do Estado do serviço ati-
III - o resultado da denúncia será comunicado vo, da reserva remunerada, os reformados e os agrega-
ao autor, se este assim o solicitar. dos, nos termos da legislação vigente.
Artigo 89 - Incidirá em infração disciplinar grave a au-
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se
toridade que não der andamento imediato, rápido e aplica:
eficiente ao procedimento regulado nesta Seção.
1 - aos militares do Estado, ocupantes de cargos
públicos ou eletivos;
TÍTULO V
2 - aos Magistrados da Justiça Militar.
Disposições Finais Artigo 3º - Hierarquia policial-militar é a ordenação
progressiva da autoridade, em graus diferentes, da
Artigo 90 - O descumprimento injustificado, pela Ad-
qual decorre a obediência, dentro da estrutura da Po-
ministração, dos prazos previstos nesta lei gera res-
lícia Militar, culminando no Governador do Estado,
ponsabilidade disciplinar, imputável aos agentes pú-
Chefe Supremo da Polícia Militar.
blicos encarregados do assunto, não implicando, ne-
cessariamente, em nulidade do procedimento. § 1º - A ordenação da autoridade se faz por
postos e graduações, de acordo com o escalona-
§ 1º - Respondem também os superiores hierár-
mento hierárquico, a antigüidade e a precedên-
quicos que se omitirem na fiscalização dos ser-
cia funcional.
viços de seus subordinados, ou que de algum
modo concorram para a infração. § 2º - Posto é o grau hierárquico dos oficiais,
conferido por ato do Governador do Estado e
§ 2º - Os prazos concedidos aos particulares po-
confirmado em Carta Patente ou Folha de Apos-
derão ser devolvidos, mediante requerimento
tila.
do interessado, quando óbices injustificados,
causados pela Administração, resultarem na im- § 3º - Graduação é o grau hierárquico das pra-
possibilidade de atendimento do prazo fixado. ças, conferida pelo Comandante Geral da Polí-
cia Militar.
Artigo 91 - Os prazos previstos nesta lei são contínuos,
salvo disposição expressa em contrário, não se inter- Artigo 4º - A antigüidade entre os militares do Estado,
rompendo aos domingos ou feriados. em igualdade de posto ou graduação, será definida
pela:
Artigo 92 - Quando norma não dispuser de forma di- I - data da última promoção;
versa, os prazos serão computados excluindo-se o dia
do começo e incluindo-se o do vencimento. II - prevalência sucessiva dos graus hierárquicos
anteriores;
§ 1º - Só se iniciam e vencem os prazos em dia de
III - classificação no curso de formação ou ha-
expediente no órgão ou entidade.
bilitação;
§ 2º - Considera-se prorrogado o prazo até o
IV - data de nomeação ou admissão;
primeiro dia útil subseqüente se, no dia do ven-
cimento, o expediente for encerrado antes do V - maior idade.
horário normal.
Parágrafo único - Nos casos de promoção a as-
Artigo 93 - Esta lei entrará em vigor em 120 (cento e pirante-a-oficial, a aluno-oficial, a 3º sargento,
vinte) dias contados da data de sua publicação. a cabo ou nos casos de nomeação de oficiais,
alunos-oficiais ou admissão de soldados preva-
Artigo 94 - Revogam-se as disposições em contrário, lecerá, para efeito de antigüidade, a ordem de
especialmente o Decreto-lei nº 104, de 20 de junho de classificação obtida nos respectivos cursos ou
1969 e a Lei nº 5702, de 5 de junho de 1987. concursos.

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Artigo 5º - A precedência funcional ocorrerá quando, SEÇÃO III


em igualdade de posto ou graduação, o oficial ou a
praça: Dos Deveres Policiais-Militares

I - ocupar cargo ou função que lhe atribua su- Artigo 8º - Os deveres éticos, emanados dos valores
policiais-militares e que conduzem a atividade profis-
perioridade funcional sobre os integrantes do
sional sob o signo da retidão moral, são os seguintes:
órgão ou serviço que dirige, comanda ou chefia;
II - estiver no serviço ativo, em relação aos ina- I - cultuar os símbolos e as tradições da Pátria,
tivos. do Estado de São Paulo e da Polícia Militar e ze-
lar por sua inviolabilidade;
CAPÍTULO II II - cumprir os deveres de cidadão;

Da Deontologia Policial-Militar III - preservar a natureza e o meio ambiente;


IV - servir à comunidade, procurando, no exer-
SEÇÃO I cício da suprema missão de preservar a ordem
pública, promover, sempre, o bem estar comum,
Disposições Preliminares dentro da estrita observância das normas jurídi-
Artigo 6º - A deontologia policial-militar é constituída cas e das disposições deste Regulamento;
pelos valores e deveres éticos, traduzidos em normas V - atuar com devotamento ao interesse público,
de conduta, que se impõem para que o exercício da colocando-o acima dos anseios particulares;
profissão policial-militar atinja plenamente os ideais
VI - atuar de forma disciplinada e disciplina-
de realização do bem comum, mediante a preservação
dora, com respeito mútuo de superiores e su-
da ordem pública.
bordinados, e preocupação com a integridade
§ 1º - Aplicada aos componentes da Polícia Mi- física, moral e psíquica de todos os militares do
litar, independentemente de posto ou gradua- Estado, inclusive dos agregados, envidando es-
ção, a deontologia policial-militar reúne valores forços para bem encaminhar a solução dos pro-
úteis e lógicos a valores espirituais superiores, blemas apresentados;
destinados a elevar a profissão policial-militar à VII - ser justo na apreciação de atos e méritos
condição de missão. dos subordinados;
§ 2º - O militar do Estado prestará compromisso VIII - cumprir e fazer cumprir, dentro de suas
de honra, em caráter solene, afirmando a cons- atribuições legalmente definidas, a Constitui-
ciente aceitação dos valores e deveres policiais- ção, as leis e as ordens legais das autoridades
militares e a firme disposição de bem cumpri competentes, exercendo suas atividades com
-los. responsabilidade, incutindo-a em seus subordi-
nados;
SEÇÃO II IX - dedicar-se integralmente ao serviço policial-
militar, buscando, com todas as energias, o êxito
Dos Valores Policiais-Militares
e o aprimoramento técnico-profissional e moral;
Artigo 7º - Os valores fundamentais, determinantes da X - estar sempre preparado para as missões que
moral policial-militar, são os seguintes: desempenhe;
I - o patriotismo; XI - exercer as funções com integridade e equi-
II - o civismo; líbrio, segundo os princípios que regem a admi-
nistração pública, não sujeitando o cumprimen-
III - a hierarquia; to do dever a influências indevidas;
IV - a disciplina; XII - procurar manter boas relações com outras
categorias profissionais, conhecendo e respei-
V - o profissionalismo;
tando-lhes os limites de competência, mas ele-
VI - a lealdade; vando o conceito e os padrões da própria profis-
são, zelando por sua competência e autoridade;
VII - a constância;
XIII - ser fiel na vida policial-militar, cumprindo
VIII - a verdade real;
os compromissos relacionados às suas atribui-
IX - a honra; ções de agente público;
X - a dignidade humana; XIV - manter ânimo forte e fé na missão poli-
cial-militar, mesmo diante das dificuldades, de-
XI - a honestidade;
monstrando persistência no trabalho para solu-
XII - a coragem. cioná-las;

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XV - zelar pelo bom nome da Instituição Poli- luto respeito pelo ser humano, não usando sua
cial-Militar e de seus componentes, aceitando condição de autoridade pública para a prática
seus valores e cumprindo seus deveres éticos e de arbitrariedade;
legais;
XXX - exercer a função pública com honestida-
XVI - manter ambiente de harmonia e camara- de, não aceitando vantagem indevida, de qual-
dagem na vida profissional, solidarizando-se quer espécie;
nas dificuldades que esteja ao seu alcance mini-
mizar e evitando comentários desairosos sobre XXXI - não usar meio ilícito na produção de tra-
os componentes das Instituições Policiais; balho intelectual ou em avaliação profissional,
inclusive no âmbito do ensino;
XVII - não pleitear para si, por meio de terceiros,
cargo ou função que esteja sendo exercido por XXXII - não abusar dos meios do Estado postos
outro militar do Estado; à sua disposição, nem distribuí-los a quem quer
XVIII - proceder de maneira ilibada na vida pú- que seja, em detrimento dos fins da administra-
blica e particular; ção pública, coibindo ainda a transferência, para
fins particulares, de tecnologia própria das fun-
XIX - conduzir-se de modo não subserviente ções policiais;
sem ferir os princípios de respeito e decoro;
XXXIII - atuar com eficiência e probidade, zelan-
XX - abster-se do uso do posto, graduação ou do pela economia e conservação dos bens públi-
cargo para obter facilidades pessoais de qual- cos, cuja utilização lhe for confiada;
quer natureza ou para encaminhar negócios
particulares ou de terceiros; XXXIV - proteger as pessoas, o patrimônio e o
meio ambiente com abnegação e desprendimen-
XXI - abster-se, ainda que na inatividade, do uso
to pessoal;
das designações hierárquicas em:

a) atividade político-partidária, salvo quando XXXV - atuar onde estiver, mesmo não estando
candidato a cargo eletivo; em serviço, para preservar a ordem pública ou
prestar socorro, desde que não exista, naquele
b) atividade comercial ou industrial; momento, força de serviço suficiente.

c) pronunciamento público a respeito de assun- § 1º - Ao militar do Estado em serviço ativo é ve-


to policial, salvo os de natureza técnica; dado exercer atividade de segurança particular,
comércio ou tomar parte da administração ou
d) exercício de cargo ou função de natureza ci-
gerência de sociedade comercial ou dela ser só-
vil;
cio ou participar, exceto como acionista, cotista
XXII - prestar assistência moral e material ao lar, ou comanditário.
conduzindo-o como bom chefe de família;
§ 2º - Compete aos Comandantes de Unidade
XXIII - considerar a verdade, a legalidade e a e de Subunidade destacada fiscalizar os subor-
responsabilidade como fundamentos de digni- dinados que apresentarem sinais exteriores de
dade pessoal; riqueza, incompatíveis com a remuneração do
respectivo cargo, fazendo-os comprovar a ori-
XXIV - exercer a profissão sem discriminações
gem de seus bens, mediante instauração de pro-
ou restrições de ordem religiosa, política, racial
cedimento administrativo, observada a legisla-
ou de condição social;
ção específica.
XXV - atuar com prudência nas ocorrências po-
liciais, evitando exacerbá-las; § 3º - Aos militares do Estado da ativa são proi-
bidas manifestações coletivas sobre atos de su-
XXVI - respeitar a integridade física, moral e periores, de caráter reivindicatório e de cunho
psíquica da pessoa do preso ou de quem seja político-partidário, sujeitando-se as manifesta-
objeto de incriminação; ções de caráter individual aos preceitos deste
Regulamento.
XXVII - observar as normas de boa educação e
ser discreto nas atitudes, maneiras e na lingua- § 4º - É assegurado ao militar do Estado inativo
gem escrita ou falada; o direito de opinar sobre assunto político e ex-
XXVIII - não solicitar ou provocar publicidade ternar pensamento e conceito ideológico, filosó-
visando a própria promoção pessoal; fico ou relativo a matéria pertinente ao interesse
público, devendo observar os preceitos da ética
XXIX - observar os direitos e garantias funda- policial-militar e preservar os valores policiais-
mentais, agindo com isenção, eqüidade e abso- militares em suas manifestações essenciais.

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CAPÍTULO III § 1º - O militar do Estado é responsável pelas


decisões ou atos que praticar, inclusive nas mis-
Da Disciplina Policial-Militar sões expressamente determinadas, bem como
Artigo 9º - A disciplina policial-militar é o exato cum- pela não-observância ou falta de exação no
primento dos deveres, traduzindo-se na rigorosa ob- cumprimento de seus deveres.
servância e acatamento integral das leis, regulamen- § 2º - O superior hierárquico responderá solida-
tos, normas e ordens, por parte de todos e de cada in- riamente, na esfera administrativa disciplinar,
tegrante da Polícia Militar. incorrendo nas mesmas sanções da transgressão
praticada por seu subordinado quando:
§ 1º - São manifestações essenciais da disciplina:
1 - presenciar o cometimento da transgressão
1 - a observância rigorosa das prescrições legais
deixando de atuar para fazê-la cessar imediata-
e regulamentares;
mente;
2 - a obediência às ordens legais dos superiores;
2 - concorrer diretamente, por ação ou omissão,
3 - o emprego de todas as energias em benefício para o cometimento da transgressão, mesmo
do serviço; não estando presente no local do ato.
4 - a correção de atitudes; § 3º - A violação da disciplina policial-militar
será tão mais grave quanto mais elevado for o
5 - as manifestações espontâneas de acatamento
grau hierárquico de quem a cometer.
dos valores e deveres éticos;
6 - a colaboração espontânea na disciplina cole- SEÇÃO II
tiva e na eficiência da Instituição.
Da Transgressão Disciplinar
§ 2º - A disciplina e o respeito à hierarquia de-
vem ser mantidos, permanentemente, pelos mi- Artigo 12 - Transgressão disciplinar é a infração ad-
litares do Estado, tanto no serviço ativo, quanto ministrativa caracterizada pela violação dos deveres
na inatividade. policiais-militares, cominando ao infrator as sanções
§ 3º - A camaradagem é indispensável à forma- previstas neste Regulamento.
ção e ao convívio na Polícia Militar, incumbindo
§ 1º - As transgressões disciplinares compreen-
aos comandantes incentivar e manter a harmo-
dem:
nia e a solidariedade entre os seus comandados,
promovendo estímulos de aproximação e cor- 1 - todas as ações ou omissões contrárias à disci-
dialidade. plina policial-militar, especificadas no artigo 13
§ 4º - A civilidade é parte integrante da educação deste Regulamento;
policial-militar, cabendo a superiores e subordi- 2 - todas as ações ou omissões não especificadas
nados atitudes de respeito e deferência mútuos. no artigo 13 deste Regulamento, mas que tam-
Artigo 10 - As ordens legais devem ser prontamente bém violem os valores e deveres policiais-mili-
executadas, cabendo inteira responsabilidade à autori- tares.
dade que as determinar. § 2º - As transgressões disciplinares previstas
§ 1º - Quando a ordem parecer obscura, com- nos itens 1 e 2 do § 1º, deste artigo, serão clas-
pete ao subordinado, ao recebê-la, solicitar os sificadas como graves, desde que venham a ser:
esclarecimentos necessários ao seu total enten- 1 - atentatórias às instituições ou ao Estado;
dimento.
2 - atentatórias aos direitos humanos funda-
§ 2º - Cabe ao executante que exorbitar no cum- mentais;
primento da ordem recebida a responsabilidade
pelo abuso ou excesso que cometer. 3 - de natureza desonrosa.

CAPÍTULO IV § 3º - As transgressões previstas no item 2 do §


1º e não enquadráveis em algum dos itens do §
Da Violação dos Valores, dos Deveres e da 2º, deste artigo, serão classificadas pela autori-
Disciplina dade competente como médias ou leves, consi-
deradas as circunstâncias do fato.
SEÇÃO I § 4º - Ao militar do Estado, aluno de curso da
Polícia Militar, aplica-se, no que concerne à dis-
Disposições Preliminares
ciplina, além do previsto neste Regulamento,
Artigo 11 - A ofensa aos valores e aos deveres vulnera a subsidiariamente, o disposto nos regulamentos
disciplina policial-militar, constituindo infração admi- próprios dos estabelecimentos de ensino onde
nistrativa, penal ou civil, isolada ou cumulativamente. estiver matriculado.

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§ 5º - A aplicação das penas disciplinares previs- 16 - entender-se com o preso, de forma velada,
tas neste Regulamento independe do resultado ou deixar que alguém o faça, sem autorização
de eventual ação penal. de autoridade competente (M);
Artigo 13 - As transgressões disciplinares são classi- 17 - receber vantagem de pessoa interessada no
ficadas de acordo com sua gravidade em graves (G), caso de furto, roubo, objeto achado ou qualquer
médias (M) e leves (L). outro tipo de ocorrência ou procurá-la para soli-
citar vantagem (G);
Parágrafo único - As transgressões disciplinares
são: 18 - receber ou permitir que seu subordinado
receba, em razão da função pública, qualquer
1 - desconsiderar os direitos constitucionais da objeto ou valor, mesmo quando oferecido pelo
pessoa no ato da prisão (G); proprietário ou responsável (G);
2 - usar de força desnecessária no atendimento 19 - apropriar-se de bens pertencentes ao patri-
de ocorrência ou no ato de efetuar prisão (G); mônio público ou particular (G);
3 - deixar de providenciar para que seja garanti-
20 - empregar subordinado ou servidor civil, ou
da a integridade física das pessoas que prender
desviar qualquer meio material ou financeiro
ou detiver (G);
sob sua responsabilidade ou não, para a exe-
4 - agredir física, moral ou psicologicamente cução de atividades diversas daquelas para as
preso sob sua guarda ou permitir que outros o quais foram destinadas, em proveito próprio ou
façam (G); de outrem (G);

5 - permitir que o preso, sob sua guarda, conser- 21 - provocar desfalques ou deixar de adotar
ve em seu poder instrumentos ou outros objetos providências, na esfera de suas atribuições, para
proibidos, com que possa ferir a si próprio ou a evitá-los (G);
outrem (G);
22 - utilizar-se da condição de militar do Estado
6 - reter o preso, a vítima, as testemunhas ou para obter facilidades pessoais de qualquer na-
partes não definidas por mais tempo que o ne- tureza ou para encaminhar negócios particula-
cessário para a solução do procedimento poli- res ou de terceiros (G);
cial, administrativo ou penal (M);
23 - dar, receber ou pedir gratificação ou presen-
7 - faltar com a verdade (G); te com finalidade de retardar, apressar ou obter
solução favorável em qualquer ato de serviço
8 - ameaçar, induzir ou instigar alguém para (G);
que não declare a verdade em procedimento
administrativo, civil ou penal (G); 24 - contrair dívida ou assumir compromisso
superior às suas possibilidades, desde que ve-
9 - utilizar-se do anonimato para fins ilícitos (G); nha a expor o nome da Polícia Militar (M);
10 - envolver, indevidamente, o nome de ou-
25 - fazer, diretamente ou por intermédio de
trem para esquivar-se de responsabilidade (G);
outrem, agiotagem ou transação pecuniária en-
11 - publicar, divulgar ou contribuir para a di- volvendo assunto de serviço, bens da adminis-
vulgação irrestrita de fatos, documentos ou as- tração pública ou material cuja comercialização
suntos administrativos ou técnicos de natureza seja proibida (G);
policial, militar ou judiciária, que possam con-
26 - exercer ou administrar, o militar do Estado
correr para o desprestígio da Polícia Militar, fe-
em serviço ativo, a função de segurança particu-
rir a hierarquia ou a disciplina, comprometer a
lar ou qualquer atividade estranha à Instituição
segurança da sociedade e do Estado ou violar a
Policial-Militar com prejuízo do serviço ou com
honra e a imagem de pessoa (G);
emprego de meios do Estado (G);
12 - espalhar boatos ou notícias tendenciosas em
27 - exercer, o militar do Estado em serviço ati-
prejuízo da boa ordem civil ou policial-militar
vo, o comércio ou tomar parte na administração
ou do bom nome da Polícia Militar (M);
ou gerência de sociedade comercial com fins lu-
13 - provocar ou fazer-se, voluntariamente, cau- crativos ou dela ser sócio, exceto como acionis-
sa ou origem de alarmes injustificados (M); ta, cotista ou comanditário (G);
14 - concorrer para a discórdia, desarmonia ou 28 - deixar de fiscalizar o subordinado que apre-
cultivar inimizade entre companheiros (M); sentar sinais exteriores de riqueza incompatí-
veis com a remuneração do cargo (G);
15 - liberar preso ou detido ou dispensar parte
de ocorrência sem competência legal para tanto 29 - não cumprir, sem justo motivo, a execução
(G); de qualquer ordem legal recebida (G);

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30 - retardar, sem justo motivo, a execução de 47 - evadir-se ou tentar evadir-se de escolta, bem
qualquer ordem legal recebida (M); como resistir a ela (G);
31 - dar, por escrito ou verbalmente, ordem ma- 48 - retirar-se da presença do superior hierár-
nifestamente ilegal que possa acarretar respon- quico sem obediência às normas regulamenta-
sabilidade ao subordinado, ainda que não che- res (L);
gue a ser cumprida (G);
49 - deixar, tão logo seus afazeres o permitam,
32 - deixar de assumir a responsabilidade de de apresentar-se ao seu superior funcional, con-
seus atos ou pelos praticados por subordinados forme prescrições regulamentares (L);
que agirem em cumprimento de sua ordem (G);
50 - deixar, nas solenidades, de apresentar-se
33 - aconselhar ou concorrer para não ser cum- ao superior hierárquico de posto ou graduação
prida qualquer ordem legal de autoridade com- mais elevada e de saudar os demais, de acordo
petente, ou serviço, ou para que seja retardada, com as normas regulamentares (L);
prejudicada ou embaraçada a sua execução (G);
51 - deixar de fazer a devida comunicação dis-
34 - interferir na administração de serviço ou na ciplinar (M);
execução de ordem ou missão sem ter a devida
52 - tendo conhecimento de transgressão disci-
competência para tal (M);
plinar, deixar de apurá-la (G);
35 - deixar de comunicar ao superior a execu-
53 - deixar de punir o transgressor da disciplina,
ção de ordem dele recebida, no mais curto prazo
salvo se houver causa de justificação (M);
possível (L);
54 - não levar fato ilegal ou irregularidade que
36 - dirigir-se, referir-se ou responder a superior
presenciar ou de que tiver ciência, e não lhe cou-
de modo desrespeitoso (G);
ber reprimir, ao conhecimento da autoridade
37 - recriminar ato legal de superior ou procurar para isso competente (M);
desconsiderá-lo (G); 55 - deixar de comunicar ao superior imediato
38 - ofender, provocar ou desafiar superior ou ou, na ausência deste, a qualquer autoridade su-
subordinado hierárquico (G); perior toda informação que tiver sobre iminente
perturbação da ordem pública ou grave altera-
39 - promover ou participar de luta corporal ção do serviço ou de sua marcha, logo que tenha
com superior, igual, ou subordinado hierárqui- conhecimento (G);
co (G);
56 - deixar de manifestar-se nos processos que
40 - procurar desacreditar seu superior ou su- lhe forem encaminhados, exceto nos casos de
bordinado hierárquico (M); suspeição ou impedimento, ou de absoluta falta
de elementos, hipótese em que essas circunstân-
41 - ofender a moral e os bons costumes por
cias serão fundamentadas (M);
atos, palavras ou gestos (G);
57 - deixar de encaminhar à autoridade compe-
42 - desconsiderar ou desrespeitar, em público
tente, no mais curto prazo e pela via hierárqui-
ou pela imprensa, os atos ou decisões das auto-
ca, documento ou processo que receber, se não
ridades civis ou dos órgãos dos Poderes Execu-
for de sua alçada a solução (M);
tivo, Legislativo, Judiciário ou de qualquer de
seus representantes (G); 58 - omitir, em boletim de ocorrência, relatório
ou qualquer documento, dados indispensáveis
43 - desrespeitar, desconsiderar ou ofender pes-
ao esclarecimento dos fatos (G);
soa por palavras, atos ou gestos, no atendimen-
to de ocorrência policial ou em outras situações 59 - subtrair, extraviar, danificar ou inutilizar
de serviço (G); documentos de interesse da administração pú-
blica ou de terceiros (G);
44 - deixar de prestar a superior hierárquico
continência ou outros sinais de honra e respeito 60 - trabalhar mal, intencionalmente ou por de-
previstos em regulamento (M); sídia, em qualquer serviço, instrução ou missão
(M);
45 - deixar de corresponder a cumprimento de
seu subordinado (M); 61 - deixar de assumir, orientar ou auxiliar o
atendimento de ocorrência, quando esta, por
46 - deixar de exibir, estando ou não uniformi-
sua natureza ou amplitude, assim o exigir (G);
zado, documento de identidade funcional ou re-
cusar-se a declarar seus dados de identificação 62 - retardar ou prejudicar o serviço de polícia
quando lhe for exigido por autoridade compe- judiciária militar que deva promover ou em que
tente (M); esteja investido (M);

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63 - desrespeitar medidas gerais de ordem poli- quer ato ou serviço de que deva participar ou a
cial, judiciária ou administrativa, ou embaraçar que deva assistir (L);
sua execução (M);
81 - permutar serviço sem permissão da autori-
64 - não ter, pelo preparo próprio ou de seus su- dade competente (M);
bordinados ou instruendos, a dedicação impos-
ta pelo sentimento do dever (M); 82 - simular doença para esquivar-se ao cumpri-
mento do dever (M);
65 - causar ou contribuir para a ocorrência de
acidente de serviço ou instrução (M); 83 - deixar de se apresentar às autoridades com-
petentes nos casos de movimentação ou quando
66 - consentir, o responsável pelo posto de ser- designado para comissão ou serviço extraordi-
viço ou a sentinela, na formação de grupo ou nário (M);
permanência de pessoas junto ao seu posto (L);
84 - não se apresentar ao seu superior imediato
67 - içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou in- ao término de qualquer afastamento do serviço
sígnia de autoridade (L); ou, ainda, logo que souber que o mesmo tenha
sido interrompido ou suspenso (M);
68 - dar toques ou fazer sinais, previstos nos re-
gulamentos, sem ordem de autoridade compe- 85 - dormir em serviço de policiamento, vigilân-
tente (L); cia ou segurança de pessoas ou instalações (G);
69 - conversar ou fazer ruídos em ocasiões ou 86 - dormir em serviço, salvo quando autoriza-
lugares impróprios (L); do (M);
70 - deixar de comunicar a alteração de dados 87 - permanecer, alojado ou não, deitado em
de qualificação pessoal ou mudança de endere- horário de expediente no interior da OPM, sem
ço residencial (L); autorização de quem de direito (L);
71 - apresentar comunicação disciplinar ou re- 88 - fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem
presentação sem fundamento ou interpor recur- ao uso de substância proibida, entorpecente ou
so disciplinar sem observar as prescrições regu- que determine dependência física ou psíquica,
lamentares (M); ou introduzi-las em local sob administração po-
72 - dificultar ao subordinado o oferecimento de licial-militar (G);
representação ou o exercício do direito de peti- 89 - embriagar-se quando em serviço ou apre-
ção (M); sentar-se embriagado para prestá-lo (G);
73 - passar a ausente (G); 90 - ingerir bebida alcoólica quando em serviço
74 - abandonar serviço para o qual tenha sido ou apresentar-se alcoolizado para prestá-lo (M);
designado ou recusar-se a executá-lo na forma 91 - introduzir bebidas alcoólicas em local sob
determinada (G); administração policial-militar, salvo se devida-
75 - faltar ao expediente ou ao serviço para o mente autorizado (M);
qual esteja nominalmente escalado (G); 92 - fumar em local não permitido (L);
76 - faltar a qualquer ato em que deva tomar par- 93 - tomar parte em jogos proibidos ou jogar a
te ou assistir, ou ainda, retirar-se antes de seu dinheiro os permitidos, em local sob adminis-
encerramento sem a devida autorização (M); tração policial-militar, ou em qualquer outro,
77 - afastar-se, quando em atividade policial-mi- quando uniformizado (L);
litar com veículo automotor, aeronave, embar- 94 - portar ou possuir arma em desacordo com
cação ou a pé, da área em que deveria perma- as normas vigentes (G);
necer ou não cumprir roteiro de patrulhamento
predeterminado (G); 95 - andar ostensivamente armado, em trajes ci-
vis, não se achando de serviço (G);
78 - afastar-se de qualquer lugar em que deva
estar por força de dispositivo ou ordem legal 96 - disparar arma por imprudência, negligên-
(M); cia, imperícia, ou desnecessariamente (G);
79 - chegar atrasado ao expediente, ao serviço 97 - não obedecer às regras básicas de segurança
para o qual esteja nominalmente escalado ou a ou não ter cautela na guarda de arma própria ou
qualquer ato em que deva tomar parte ou assis- sob sua responsabilidade (G);
tir (L);
98 - ter em seu poder, introduzir, ou distribuir
80 - deixar de comunicar a tempo, à autoridade em local sob administração policial-militar,
competente, a impossibilidade de comparecer à substância ou material inflamável ou explosivo
Organização Policial Militar (OPM) ou a qual- sem permissão da autoridade competente (M);

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99 - dirigir viatura policial com imprudência, encontre, bem como qualquer outro lugar cuja
imperícia, negligência, ou sem habilitação legal entrada lhe seja vedada (M);
(G);
113 - abrir ou tentar abrir qualquer dependência
100 - desrespeitar regras de trânsito, de tráfego da OPM, desde que não seja a autoridade com-
aéreo ou de navegação marítima, lacustre ou petente ou sem sua ordem, salvo em situações
fluvial (M); de emergência (M);
101 - autorizar, promover ou executar manobras 114 - permanecer em dependência de outra
perigosas com viaturas, aeronaves, embarcações OPM ou local de serviço sem consentimento ou
ou animais (M); ordem da autoridade competente (L);
102 - conduzir veículo, pilotar aeronave ou 115 - permanecer em dependência da própria
embarcação oficial, sem autorização do órgão OPM ou local de serviço, desde que a ele estra-
competente da Polícia Militar, mesmo estando nho, sem consentimento ou ordem da autorida-
habilitado (L); de competente (L);
103 - transportar na viatura, aeronave ou embar- 116 - entrar ou sair, de qualquer OPM, por luga-
cação que esteja sob seu comando ou responsa- res que não sejam para isso designados (L);
bilidade, pessoal ou material, sem autorização
da autoridade competente (L); 117 - deixar de exibir a superior hierárquico,
quando por ele solicitado, objeto ou volume, ao
104 - andar a cavalo, a trote ou galope, sem ne- entrar ou sair de qualquer OPM (M);
cessidade, pelas ruas da cidade ou castigar inu-
tilmente a montada (L); 118 - ter em seu poder, introduzir ou distribuir,
em local sob administração policial-militar, pu-
105 - não ter o devido zelo, danificar, extraviar blicações, estampas ou jornais que atentem con-
ou inutilizar, por ação ou omissão, bens ou ani- tra a disciplina, a moral ou as instituições (L);
mais pertencentes ao patrimônio público ou
particular, que estejam ou não sob sua respon- 119 - apresentar-se, em qualquer situação, mal
sabilidade (M); uniformizado, com o uniforme alterado ou dife-
rente do previsto, contrariando o Regulamento
106 - negar-se a utilizar ou a receber do Estado de Uniformes da Polícia Militar ou norma a res-
fardamento, armamento, equipamento ou bens peito (M);
que lhe sejam destinados ou devam ficar em seu
poder ou sob sua responsabilidade (M); 120 - usar no uniforme, insígnia, medalha, con-
decoração ou distintivo, não regulamentares ou
107 - retirar ou tentar retirar de local sob admi- de forma indevida (M);
nistração policial-militar material, viatura, aero-
nave, embarcação ou animal, ou mesmo deles 121 - usar vestuário incompatível com a função
servir-se, sem ordem do responsável ou pro- ou descurar do asseio próprio ou prejudicar o
prietário (G); de outrem (L);

108 - entrar, sair ou tentar fazê-lo, de OPM, com 122 - estar em desacordo com as normas regula-
tropa, sem prévio conhecimento da autoridade mentares de apresentação pessoal (L);
competente, salvo para fins de instrução autori-
123 - recusar ou devolver insígnia, salvo quando
zada pelo comando (G);
a regulamentação o permitir (L);
109 - deixar o responsável pela segurança da
124 - comparecer, uniformizado, a manifesta-
OPM de cumprir as prescrições regulamentares
ções ou reuniões de caráter político-partidário,
com respeito a entrada, saída e permanência de
salvo por motivo de serviço (M);
pessoa estranha (M);
125 - freqüentar ou fazer parte de sindicatos, as-
110 - permitir que pessoa não autorizada aden-
sociações profissionais com caráter de sindicato,
tre prédio ou local interditado (M);
ou de associações cujos estatutos não estejam de
111 - deixar, ao entrar ou sair de OPM onde não conformidade com a lei (G);
sirva, de dar ciência da sua presença ao Oficial-
126 - autorizar, promover ou participar de pe-
de-Dia ou de serviço e, em seguida, se oficial,
tições ou manifestações de caráter reivindica-
de procurar o comandante ou o oficial de posto
tório, de cunho político-partidário, religioso,
mais elevado ou seu substituto legal para expor
de crítica ou de apoio a ato de superior, para
a razão de sua presença, salvo as exceções regu-
tratar de assuntos de natureza policial-militar,
lamentares previstas (M);
ressalvados os de natureza técnica ou científica
112 - adentrar, sem permissão ou ordem, apo- havidos em razão do exercício da função poli-
sentos destinados a superior ou onde este se cial (M);

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127 - aceitar qualquer manifestação coletiva de ser feita particular ou ostensivamente, sem constar de
subordinados, com exceção das demonstrações publicação ou dos assentamentos individuais.
de boa e sã camaradagem e com prévio conheci-
mento do homenageado (L); Parágrafo único - A sanção de que trata o
“caput” aplica-se exclusivamente às faltas de
128 - discutir ou provocar discussão, por qual- natureza leve.
quer veículo de comunicação, sobre assuntos
políticos, militares ou policiais, excetuando-se SEÇÃO III
os de natureza exclusivamente técnica, quando
devidamente autorizado (L); Da Repreensão
129 - freqüentar lugares incompatíveis com o Artigo 16 - A repreensão é a sanção feita por escrito ao
decoro social ou policial-militar, salvo por moti- transgressor, publicada de forma reservada ou osten-
vo de serviço (M); siva, devendo sempre ser averbada nos assentamentos
individuais.
130 - recorrer a outros órgãos, pessoas ou insti-
tuições, exceto ao Poder Judiciário, para resol- Parágrafo único - A sanção de que trata o “caput”
ver assunto de interesse pessoal relacionados aplica-se às faltas de natureza leve e média.
com a Polícia Militar (M);

131 - assumir compromisso em nome da Polícia SEÇÃO IV


Militar, ou representá-la em qualquer ato, sem
estar devidamente autorizado (M); Da Permanência Disciplinar

132 - deixar de cumprir ou fazer cumprir as nor- Artigo 17 - A permanência disciplinar é a sanção em
mas legais ou regulamentares, na esfera de suas que o transgressor ficará na OPM, sem estar circuns-
atribuições (M). crito a determinado compartimento.

Parágrafo único - O militar do Estado nesta si-


CAPÍTULO V tuação comparecerá a todos os atos de instrução
e serviço, internos e externos.
Das Sanções Administrativas Disciplinares
Artigo 18 - A pedido do transgressor, o cumprimento
SEÇÃO I da sanção de permanência disciplinar poderá, a juízo
devidamente motivado, da autoridade que aplicou a
punição, ser convertido em prestação de serviço ex-
Disposições Gerais
traordinário, desde que não implique prejuízo para a
Artigo 14 - As sanções disciplinares aplicáveis aos mi- manutenção da hierarquia e da disciplina.
litares do Estado, independentemente do posto, gra-
duação ou função que ocupem, são: § 1º - Na hipótese da conversão, a classificação
do comportamento do militar do Estado será
I - advertência; feita com base na sanção de permanência dis-
II - repreensão; ciplinar.

III - permanência disciplinar; § 2º - Considerar-se-á 1 (um) dia de prestação de


serviço extraordinário equivalente ao cumpri-
IV - detenção; mento de 1 (um) dia de permanência.
V - reforma administrativa disciplinar;
§ 3º - O prazo para o encaminhamento do pedi-
VI - demissão; do de conversão será de 3 (três) dias, contados
VII - expulsão; da data da publicação da sanção de permanên-
cia.
VIII - proibição do uso do uniforme.
§ 4º - O pedido de conversão elide o pedido de
Parágrafo único - Todo fato que constituir trans-
reconsideração de ato.
gressão deverá ser levado ao conhecimento da
autoridade competente para as providências Artigo 19 - A prestação do serviço extraordinário, nos
disciplinares. termos do “caput” do artigo anterior, consiste na reali-
zação de atividades, internas ou externas, por período
SEÇÃO II nunca inferior a 6 (seis) ou superior a 8 (oito) horas,
nos dias em que o militar do Estado estaria de folga.
Da Advertência
§ 1º - O limite máximo de conversão da perma-
Artigo 15 - A advertência, forma mais branda de san- nência disciplinar em serviço extraordinário é
ção, é aplicada verbalmente ao transgressor, podendo de 5 (cinco) dias.

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§ 2º - O militar do Estado, punido com período SEÇÃO VII


superior a 5 (cinco) dias de permanência disci-
plinar, somente poderá pleitear a conversão até Da Demissão
o limite previsto no parágrafo anterior, a qual, Artigo 23 - A demissão será aplicada ao militar do Es-
se concedida, será sempre cumprida na fase fi- tado na seguinte forma:
nal do período de punição.
I - ao oficial quando:
§ 3º - A prestação do serviço extraordinário não
poderá ser executada imediatamente após o tér- a) for condenado a pena restritiva de liberdade
mino de um serviço ordinário. superior a 2 (dois) anos, por sentença passada
em julgado;
SEÇÃO V b) for condenado a pena de perda da função pú-
blica, por sentença passada em julgado;
Da Detenção
c) for considerado moral ou profissionalmente
Artigo 20 - A detenção consiste na retenção do militar inidôneo para a promoção ou revelar incompa-
do Estado no âmbito de sua OPM, sem participar de tibilidade para o exercício da função policial-
qualquer serviço, instrução ou atividade. militar, por sentença passada em julgado no
tribunal competente;
§ 1º - Nos dias em que o militar do Estado per-
manecer detido perderá todas as vantagens e di- II - à praça quando:
reitos decorrentes do exercício do posto ou gra-
a) for condenada, por sentença passada em jul-
duação, tempo esse não computado para efeito gado, a pena restritiva de liberdade por tempo
algum, nos termos da legislação vigente. superior a 2 (dois) anos;
§ 2º - A detenção somente poderá ser aplica- b) for condenada, por sentença passada em jul-
da quando da reincidência no cometimento de gado, a pena de perda da função pública;
transgressão disciplinar de natureza grave.
c) praticar ato ou atos que revelem incompatibi-
Artigo 21 - A detenção será aplicada pelo Secretário lidade com a função policial-militar, comprova-
da Segurança Pública, pelo Comandante Geral e pelos do mediante processo regular;
demais oficiais ocupantes de funções próprias do pos-
d) cometer transgressão disciplinar grave, es-
to de coronel.
tando há mais de 2 (dois) anos consecutivos ou 4
§ 1º - A autoridade que entender necessária a (quatro) anos alternados no mau comportamen-
aplicação desta sanção disciplinar providencia- to, apurado mediante processo regular;
rá para que a documentação alusiva à respectiva e) houver cumprido a pena conseqüente do cri-
transgressão seja remetida à autoridade compe- me de deserção;
tente.
f) considerada desertora e capturada ou apre-
§ 2º - Ao Governador do Estado compete conhe- sentada, tendo sido submetida a exame de saú-
cer desta sanção disciplinar em grau de recurso, de, for julgada incapaz definitivamente para o
quando tiver sido aplicada pelo Secretário da serviço policial-militar.
Segurança Pública.
Parágrafo único - O oficial demitido perderá o
SEÇÃO VI posto e a patente, e a praça, a graduação.

SEÇÃO VIII
Da Reforma Administrativa Disciplinar
Artigo 22 - A reforma administrativa disciplinar pode- Da Expulsão
rá ser aplicada, mediante processo regular: Artigo 24 - A expulsão será aplicada, mediante proces-
I - ao oficial julgado incompatível ou indigno so regular, à praça que atentar contra a segurança das
profissionalmente para com o oficialato, após instituições nacionais ou praticar atos desonrosos ou
sentença passada em julgado no tribunal com- ofensivos ao decoro profissional.
petente, ressalvado o caso de demissão;
SEÇÃO IX
II - à praça que se tornar incompatível com a
função policial-militar, ou nociva à disciplina, e Da Proibição do Uso de Uniformes
tenha sido julgada passível de reforma.
Artigo 25 - A proibição do uso de uniformes policiais-
Parágrafo único - O militar do Estado que so- militares será aplicada, nos termos deste Regulamen-
frer reforma administrativa disciplinar receberá to, temporariamente, ao inativo que atentar contra o
remuneração proporcional ao tempo de serviço decoro ou a dignidade policial-militar, até o limite de
policial-militar. 1 (um) ano.

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CAPÍTULO VI escrito, manifeste-se preliminarmente sobre os


fatos, no prazo de 3 (três) dias.
Do Recolhimento Disciplinar
§ 3º - Conhecendo a manifestação preliminar e
Artigo 26 - O recolhimento de qualquer transgressor considerando praticada a transgressão, a auto-
à prisão, sem nota de punição publicada em boletim, ridade competente elaborará termo acusatório
poderá ocorrer quando: motivado, com as razões de fato e de direito,
para que o militar do Estado possa exercitar, por
I - houver indício de autoria de infração penal e escrito, o seu direito a ampla defesa e ao contra-
for necessário ao bom andamento das investiga- ditório, no prazo de 5 (cinco) dias.
ções para sua apuração;
§ 4º - Estando a autoridade convencida do co-
II - for necessário para a preservação da ordem e metimento da transgressão, providenciará o
da disciplina policial-militar, especialmente se o enquadramento disciplinar, mediante nota de
militar do Estado mostrar-se agressivo, embria- culpa ou, se determinar outra solução, deverá
gado ou sob ação de substância entorpecente. fundamentá-la por despacho nos autos.
§ 1º - São autoridades competentes para deter- § 5º - Poderá ser dispensada a manifestação pre-
minar o recolhimento disciplinar aquelas elen- liminar quando a autoridade competente tiver
cadas no artigo 31 deste Regulamento. elementos de convicção suficientes para a ela-
§ 2º - A condução do militar do Estado à auto- boração do termo acusatório, devendo esta cir-
ridade competente para determinar o recolhi- cunstância constar do respectivo termo.
mento somente poderá ser efetuada por supe- Artigo 29 - A solução do procedimento disciplinar é da
rior hierárquico. inteira responsabilidade da autoridade competente,
§ 3º - As decisões de aplicação do recolhimento que deverá aplicar sanção ou justificar o fato, de acor-
disciplinar serão sempre fundamentadas e co- do com este Regulamento.
municadas ao Juiz Corregedor da polícia judi-
§ 1º - A solução será dada no prazo de 30 (trinta)
ciária militar.
dias, contados a partir do recebimento da defesa
§ 4º - O militar do Estado preso nos termos des- do acusado, prorrogável no máximo por mais
te artigo poderá permanecer nessa situação pelo 15 (quinze) dias, mediante declaração de moti-
prazo máximo de 5 (cinco) dias. vos no próprio enquadramento.
§ 2º - No caso de afastamento regulamentar do
CAPÍTULO VII transgressor, os prazos supracitados serão inter-
rompidos, reiniciada a contagem a partir da sua
Do Procedimento Disciplinar reapresentação.
§ 3º - Em qualquer circunstância, o signatário da
SEÇÃO I
comunicação deverá ser notificado da respecti-
va solução, no prazo máximo de 90 (noventa)
Da Comunicação Disciplinar dias da data da comunicação.
Artigo 27 - A comunicação disciplinar dirigida à auto- § 4º - No caso de não cumprimento do prazo do
ridade policial-militar competente destina-se a relatar parágrafo anterior, poderá o signatário da co-
uma transgressão disciplinar cometida por subordina- municação solicitar, obedecida a via hierárqui-
do hierárquico. ca, providências a respeito da solução.
Artigo 28 - A comunicação disciplinar deve ser clara, SEÇÃO II
concisa e precisa, contendo os dados capazes de iden-
tificar as pessoas ou coisas envolvidas, o local, a data Da Representação
e a hora do fato, além de caracterizar as circunstâncias Artigo 30 - Representação é toda comunicação que se
que o envolveram, bem como as alegações do faltoso, referir a ato praticado ou aprovado por superior hie-
quando presente e ao ser interpelado pelo signatário rárquico ou funcional, que se repute irregular, ofensi-
das razões da transgressão, sem tecer comentários ou vo, injusto ou ilegal.
opiniões pessoais.
§ 1º - A representação será dirigida à autoridade
§ 1º - A comunicação disciplinar deverá ser apre- funcional imediatamente superior àquela con-
sentada no prazo de 5 (cinco) dias, contados da tra a qual é atribuída a prática do ato irregular,
constatação ou conhecimento do fato, ressal- ofensivo, injusto ou ilegal.
vadas as disposições relativas ao recolhimento
§ 2º - A representação contra ato disciplinar será
disciplinar, que deverá ser feita imediatamente.
feita somente após solucionados os recursos dis-
§ 2º - A comunicação disciplinar deve ser a ex- ciplinares previstos neste Regulamento e desde
pressão da verdade, cabendo à autoridade com- que a matéria recorrida verse sobre a legalidade
petente encaminhá-la ao acusado para que, por do ato praticado.

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§ 3º - A representação nos termos do parágrafo III - aos oficiais do posto de coronel: as sanções
anterior será exercida no prazo estabelecido no disciplinares de advertência, repreensão, per-
§ 1º, do artigo 62. manência disciplinar de até 20 (vinte) dias e de-
tenção de até 15 (quinze) dias;
§ 4º - O prazo para o encaminhamento de repre-
sentação será de 5 (cinco) dias contados da data IV - aos oficiais do posto de tenente-coronel: as
do ato ou fato que o motivar. sanções disciplinares de advertência, repreen-
são e permanência disciplinar de até 20 (vinte)
CAPÍTULO VIII dias;

Da Competência, do Julgamento, da Aplicação e do V - aos oficiais do posto de major: as sanções


Cumprimento das Sanções Disciplinares disciplinares de advertência, repreensão e per-
manência disciplinar de até 15 (quinze) dias;
SEÇÃO I VI - aos oficiais do posto de capitão: as sanções
disciplinares de advertência, repreensão e per-
Da Competência manência disciplinar de até 10 (dez) dias.
Artigo 31 - A competência disciplinar é inerente ao car-
go, função ou posto, sendo autoridades competentes SEÇÃO III
para aplicar sanção disciplinar:
Do Julgamento
I - o Governador do Estado: a todos os militares
do Estado sujeitos a este Regulamento; Artigo 33 - Na aplicação das sanções disciplinares se-
rão sempre considerados a natureza, a gravidade, os
II - o Secretário da Segurança Pública e o Co- motivos determinantes, os danos causados, a persona-
mandante Geral: a todos os militares do Estado lidade e os antecedentes do agente, a intensidade do
sujeitos a este Regulamento, exceto ao Chefe da dolo ou o grau da culpa.
Casa Militar;
Artigo 34 - Não haverá aplicação de sanção disciplinar
III - o Subcomandante da Polícia Militar: a todos quando for reconhecida qualquer das seguintes causas
os integrantes de seu comando e das unidades de justificação:
subordinadas e às praças inativas;
I - motivo de força maior ou caso fortuito, plena-
IV - os oficiais da ativa da Polícia Militar do pos- mente comprovados;
to de coronel a capitão: aos militares do Estado
que estiverem sob seu comando ou integrantes II - benefício do serviço, da preservação da or-
das OPM subordinadas. dem pública ou do interesse público;
§ 1º - Ao Secretário da Segurança Pública e ao III - legítima defesa própria ou de outrem;
Comandante Geral da Polícia Militar compete
IV - obediência a ordem superior, desde que a
conhecer das sanções disciplinares aplicadas
ordem recebida não seja manifestamente ilegal;
aos inativos, em grau de recurso, respectiva-
mente, se oficial ou praça. V - uso de força para compelir o subordinado a
§ 2º - Aos oficiais, quando no exercício interino cumprir rigorosamente o seu dever, no caso de
das funções de posto igual ou superior ao de ca- perigo, necessidade urgente, calamidade públi-
pitão, ficará atribuída a competência prevista no ca ou manutenção da ordem e da disciplina.
inciso IV deste artigo. Artigo 35 - São circunstâncias atenuantes:
SEÇÃO II I - estar, no mínimo, no bom comportamento;
Dos Limites de Competência das Autoridades II - ter prestado serviços relevantes;
Artigo 32 - O Governador do Estado é competente
III - ter admitido a transgressão de autoria igno-
para aplicar todas as sanções disciplinares previstas
rada ou, se conhecida, imputada a outrem;
neste Regulamento, cabendo às demais autoridades as
seguintes competências: IV - ter praticado a falta para evitar mal maior;

I - ao Secretário da Segurança Pública e ao Co- V - ter praticado a falta em defesa de seus pró-
mandante Geral: todas as sanções disciplinares prios direitos ou dos de outrem;
exceto a demissão de oficiais; VI - ter praticado a falta por motivo de relevante
II - ao Subcomandante da Polícia Militar: as san- valor social;
ções disciplinares de advertência, repreensão,
VII - não possuir prática no serviço;
permanência disciplinar, detenção e proibição
do uso de uniformes de até os limites máximos VIII - colaborar na apuração da transgressão
previstos; disciplinar.

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Artigo 36 - São circunstâncias agravantes: d) outros dados que a autoridade competente


julgar necessários;
I - mau comportamento;
VIII - assinatura da autoridade.
II - prática simultânea ou conexão de duas ou
mais transgressões; Artigo 39 - A publicação é a divulgação oficial do ato
III - reincidência específica; administrativo referente à aplicação da sanção disci-
plinar ou à sua justificação, e dá início a seus efeitos.
IV - conluio de duas ou mais pessoas;
Parágrafo único - A advertência não deverá
V - ter sido a falta praticada durante a execução constar de publicação em boletim, figurando,
do serviço; entretanto, no registro de informações de puni-
VI - ter sido a falta praticada em presença de su- ções para os oficiais, ou na nota de corretivo das
bordinado, de tropa ou de civil; praças.
VII - ter sido a falta praticada com abuso de au-
Artigo 40 - As sanções de oficiais, aspirantes-a-oficial,
toridade hierárquica ou funcional.
alunos-oficiais, subtenentes e sargentos serão publica-
§ 1º - Não se aplica a circunstância agravante das somente para conhecimento dos integrantes dos
prevista no inciso V quando, pela sua natureza, seus respectivos círculos e superiores hierárquicos,
a transgressão seja inerente à execução do ser- podendo ser dadas ao conhecimento geral se as cir-
viço. cunstâncias ou a natureza da transgressão e o bem da
disciplina assim o recomendarem.
§ 2º - Considera-se reincidência específica o en-
quadramento da falta praticada num mesmo
Artigo 41 - Na aplicação das sanções disciplinares pre-
item dos previstos no artigo 13 ou no item II do
vistas neste Regulamento, serão rigorosamente obser-
§ 1º do artigo 12.
vados os seguintes limites:
SEÇÃO IV I - quando as circunstâncias atenuantes prepon-
derarem, a sanção não será aplicada em seu li-
Da Aplicação mite máximo;

Artigo 37 - A aplicação da sanção disciplinar abrange II - quando as circunstâncias agravantes pre-


a análise do fato, nos termos do artigo 33 deste Regu- ponderarem, poderá ser aplicada a sanção até o
lamento, a análise das circunstâncias que determina- seu limite máximo;
ram a transgressão, o enquadramento e a decorrente III - pela mesma transgressão não será aplicada
publicação. mais de uma sanção disciplinar.

Artigo 38 - O enquadramento disciplinar é a descrição Artigo 42 - A sanção disciplinar será proporcional à


da transgressão cometida, dele devendo constar, resu- gravidade e natureza da infração, observados os se-
midamente, o seguinte: guintes limites:
I - indicação da ação ou omissão que originou a I - as faltas leves são puníveis com advertência
transgressão; ou repreensão e, na reincidência específica, com
II - tipificação da transgressão disciplinar; permanência disciplinar de até 5 (cinco) dias;

III - discriminação, em incisos e artigos, das II - as faltas médias são puníveis com perma-
causas de justificação ou das circunstâncias ate- nência disciplinar de até 8 (oito) dias e, na rein-
nuantes e ou agravantes; cidência específica, com permanência discipli-
nar de até 15 (quinze) dias;
IV - decisão da autoridade impondo, ou não, a
sanção; III - as faltas graves são puníveis com perma-
nência de até 10 (dez) dias ou detenção de até
V - classificação do comportamento policial-mi- 8 (oito) dias e, na reincidência específica, com
litar em que o punido permaneça ou ingresse; permanência de até 20 (vinte) dias ou detenção
VI - alegações de defesa do transgressor; de até 15 (quinze) dias, desde que não caiba de-
missão ou expulsão.
VII - observações, tais como:
a) data do início do cumprimento da sanção dis- Artigo 43 - O início do cumprimento da sanção dis-
ciplinar; ciplinar dependerá de aprovação do ato pelo Co-
mandante da Unidade ou pela autoridade funcional
b) local do cumprimento da sanção, se for o caso;
imediatamente superior, quando a sanção for por ele
c) determinação para posterior cumprimento, se aplicada, e prévia publicação em boletim, salvo a ne-
o transgressor estiver baixado, afastado do ser- cessidade de recolhimento disciplinar previsto neste
viço ou à disposição de outra autoridade; Regulamento.

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Artigo 44 - A sanção disciplinar não exime o punido da após a sua apresentação na OPM, pronto para o servi-
responsabilidade civil e criminal emanadas do mesmo ço policial-militar, salvo nos casos de interesse da pre-
fato. servação da ordem e da disciplina.

Parágrafo único - A instauração de inquérito ou Parágrafo único - A interrupção de afastamento


ação criminal não impede a imposição, na esfera regulamentar, para cumprimento de sanção dis-
administrativa, de sanção pela prática de trans- ciplinar, somente ocorrerá quando determinada
gressão disciplinar sobre o mesmo fato. pelo Governador do Estado, Secretário da Segu-
rança Pública ou pelo Comandante Geral.
Artigo 45 - Na ocorrência de mais de uma transgres-
são, sem conexão entre elas, serão impostas as sanções
Artigo 52 - O início do cumprimento da sanção disci-
correspondentes isoladamente; em caso contrário,
plinar deverá ocorrer no prazo máximo de 5 (cinco)
quando forem praticadas de forma conexa, as de me-
dias após a ciência, pelo punido, da sua publicação.
nor gravidade serão consideradas como circunstâncias
agravantes da transgressão principal. § 1º - A contagem do tempo de cumprimento da
sanção começa no momento em que o militar do
Artigo 46 - Na ocorrência de transgressão disciplinar
Estado iniciá-lo, computando-se cada dia como
envolvendo militares do Estado de mais de uma Uni-
período de 24 (vinte e quatro) horas.
dade, caberá ao comandante do policiamento da área
territorial onde ocorreu o fato apurar ou determinar a § 2º - Não será computado, como cumprimento
apuração e, ao final, se necessário, remeter os autos à de sanção disciplinar, o tempo em que o mili-
autoridade funcional superior comum aos envolvidos. tar do Estado passar em gozo de afastamentos
regulamentares, interrompendo-se a contagem
Artigo 47 - Quando duas autoridades de níveis hierár- a partir do momento de seu afastamento até o
quicos diferentes, ambas com ação disciplinar sobre o seu retorno.
transgressor, conhecerem da transgressão disciplinar,
competirá à de maior hierarquia apurá-la ou determi- § 3º - O afastamento do militar do Estado do lo-
nar que a menos graduada o faça. cal de cumprimento da sanção e o seu retorno
a esse local, após o afastamento regularmente
Parágrafo único - Quando a apuração ficar sob previsto no § 2º, deverão ser objeto de publica-
a incumbência da autoridade menos graduada, ção.
a punição resultante será aplicada após a apro-
vação da autoridade superior, se esta assim de- CAPÍTULO IX
terminar.
Do Comportamento
Artigo 48 - A expulsão será aplicada, em regra, quan-
do a praça policial-militar, independentemente da gra- Artigo 53 - O comportamento da praça policial-militar
duação ou função que ocupe, for condenado judicial- demonstra o seu procedimento na vida profissional e
mente por crime que também constitua infração disci- particular, sob o ponto de vista disciplinar.
plinar grave e que denote incapacidade moral para a
continuidade do exercício de suas funções.
Artigo 54 - Para fins disciplinares e para outros efeitos,
o comportamento policial-militar classifica-se em:
SEÇÃO V
I - excelente - quando, no período de 10 (dez)
Do Cumprimento e da Contagem de Tempo anos, não lhe tenha sido aplicada qualquer san-
ção disciplinar;
Artigo 49 - A autoridade que tiver de aplicar sanção
a subordinado que esteja a serviço ou à disposição de II - ótimo - quando, no período de 5 (cinco) anos,
outra autoridade requisitará a apresentação do trans- lhe tenham sido aplicadas até 2 repreensões;
gressor.
III - bom - quando, no período de 2 (dois) anos,
Parágrafo único - Quando o local determinado lhe tenham sido aplicadas até 2 (duas) perma-
para o cumprimento da sanção não for a respec- nências disciplinares;
tiva OPM, a autoridade indicará o local designa- IV - regular - quando, no período de 1 (um) ano,
do para a apresentação do policial. lhe tenham sido aplicadas até 2 (duas) perma-
Artigo 50 - Nenhum militar do Estado será interroga- nências disciplinares ou 1 (uma) detenção;
do ou ser-lhe-á aplicada sanção se estiver em estado de V - mau - quando, no período de 1 (um) ano,
embriaguez, ou sob a ação de substância entorpecente lhe tenham sido aplicadas mais de 2 (duas) per-
ou que determine dependência física ou psíquica, de- manências disciplinares ou mais de 1 (uma) de-
vendo se necessário, desde logo, recolhido disciplinar- tenção.
mente.
§ 1º - A contagem de tempo para melhora do
Artigo 51 - O cumprimento da sanção disciplinar, por comportamento se fará automaticamente, de
militar do Estado afastado do serviço, deverá ocorrer acordo com os prazos estabelecidos neste artigo.

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§ 2º - Bastará uma única sanção disciplinar aci- comentários ou insinuações, podendo ser acom-
ma dos limites estabelecidos neste artigo para panhado de documentos comprobatórios.
alterar a categoria do comportamento.
§ 6º - Não será conhecido o pedido de reconside-
§ 3º - Para a classificação do comportamento fica ração intempestivo, procrastinador ou que não
estabelecido que duas repreensões equivalerão apresente fatos novos que modifiquem a deci-
a uma permanência disciplinar. são anteriormente tomada, devendo este ato ser
publicado, obedecido o prazo do § 3º deste ar-
§ 4º - Para efeito de classificação, reclassificação
tigo.
ou melhoria do comportamento, ter-se-ão como
base as datas em que as sanções foram publica-
das. Artigo 58 - O recurso hierárquico, interposto por uma
única vez, terá efeito suspensivo e será redigido sob
Artigo 55 - Ao ser admitida na Polícia Militar, a praça poli-
a forma de parte ou ofício e endereçado diretamente
cial-militar será classificada no comportamento “bom”.
à autoridade imediatamente superior àquela que não
reconsiderou o ato tido por irregular, ofensivo, injusto
CAPÍTULO X
ou ilegal.
Dos Recursos Disciplinares § 1º - A interposição do recurso de que trata este
artigo, a qual deverá ser precedida de pedido de
Artigo 56 - O militar do Estado, que considere a si pró- reconsideração do ato, somente poderá ocorrer
prio, a subordinado seu ou a serviço sob sua respon- depois de conhecido o resultado deste pelo re-
sabilidade prejudicado, ofendido ou injustiçado por querente, exceto na hipótese prevista pelo § 4º
ato de superior hierárquico, poderá interpor recursos do artigo anterior.
disciplinares.
§ 2º - A autoridade que receber o recurso hie-
Parágrafo único - São recursos disciplinares: rárquico deverá comunicar tal fato, por escrito,
1 - pedido de reconsideração de ato; àquela contra a qual está sendo interposto.

2 - recurso hierárquico. § 3º - Os prazos referentes ao recurso hierárqui-


co são:
Artigo 57 - O pedido de reconsideração de ato é recur- 1 - para interposição: 5 (cinco) dias, a contar do
so interposto, mediante parte ou ofício, à autoridade conhecimento da solução do pedido de reconsi-
que praticou, ou aprovou, o ato disciplinar que se re- deração pelo interessado ou do vencimento do
puta irregular, ofensivo, injusto ou ilegal, para que o prazo do § 4º do artigo anterior;
reexamine.
2 - para comunicação: 3 (três) dias, a contar do
§ 1º - O pedido de reconsideração de ato deve
protocolo da OPM da autoridade destinatária;
ser encaminhado, diretamente, à autoridade re-
corrida e por uma única vez. 3 - para solução: 10 (dez) dias, a contar do rece-
bimento da interposição do recurso no protoco-
§ 2º - O pedido de reconsideração de ato, que
lo da OPM da autoridade destinatária.
tem efeito suspensivo, deve ser apresentado no
prazo máximo de 5 (cinco) dias, a contar da data § 4º - O recurso hierárquico, em termos respei-
em que o militar do Estado tomar ciência do ato tosos, precisará o objeto que o fundamenta de
que o motivou. modo a esclarecer o ato ou fato, podendo ser
§ 3º - A autoridade a quem for dirigido o pedido acompanhado de documentos comprobatórios.
de reconsideração de ato deverá, saneando se § 5º - O recurso hierárquico não poderá tratar de
possível o ato praticado, dar solução ao recurso, assunto estranho ao ato ou fato que o tenha mo-
no prazo máximo de 10 (dez) dias, a contar da tivado, nem versar sobre matéria impertinente
data de recebimento do documento, dando co- ou fútil.
nhecimento ao interessado, mediante despacho
fundamentado que deverá ser publicado. § 6º - Não será conhecido o recurso hierárquico
intempestivo, procrastinador ou que não apre-
§ 4º - O subordinado que não tiver oficialmente sente fatos novos que modifiquem a decisão
conhecimento da solução do pedido de reconsi- anteriormente tomada, devendo ser cientificado
deração, após 30 (trinta) dias contados da data o interessado, e publicado o ato em boletim, no
de sua solicitação, poderá interpor recurso hie-
prazo de 10 (dez) dias.
rárquico no prazo previsto no item 1 do § 3º, do
artigo 58.
Artigo 59 - Solucionado o recurso hierárquico, encerra-
§ 5º - O pedido de reconsideração de ato deve se para o recorrente a possibilidade administrativa de
ser redigido de forma respeitosa, precisando o revisão do ato disciplinar sofrido, exceto nos casos de
objetivo e as razões que o fundamentam, sem representação previstos nos §§ 3º e 4º do artigo 30.

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Artigo 60 - Solucionados os recursos disciplinares e CAPÍTULO XII


havendo sanção disciplinar a ser cumprida, o militar
do Estado iniciará o seu cumprimento dentro do prazo Das Recompensas Policiais-Militares
de 3 (três) dias: Artigo 67 - As recompensas policiais-militares cons-
I - desde que não interposto recurso hierárqui- tituem reconhecimento dos bons serviços prestados
co, no caso de solução do pedido de reconside- pelo militar do Estado e consubstanciam-se em prê-
ração; mios concedidos por atos meritórios e serviços rele-
vantes.
II - após solucionado o recurso hierárquico.
Artigo 68 - São recompensas policiais-militares:
Artigo 61 - Os prazos para a interposição dos recursos
de que trata este Regulamento são decadenciais. I - elogio;
II - cancelamento de sanções.
CAPÍTULO XI
Parágrafo único - O elogio individual, ato ad-
Da Revisão dos Atos Disciplinares ministrativo que coloca em relevo as qualidades
morais e profissionais do militar, poderá ser for-
Artigo 62 - As autoridades competentes para aplicar
mulado independentemente da classificação de
sanção disciplinar, exceto as ocupantes do posto de
seu comportamento e será registrado nos assen-
major e capitão, quando tiverem conhecimento, por
tamentos.
via recursal ou de ofício, da possível existência de ir-
regularidade ou ilegalidade na aplicação da sanção Artigo 69 - A dispensa do serviço não é uma recom-
imposta por elas ou pelas autoridades subordinadas, pensa policial-militar e somente poderá ser concedida
podem praticar um dos seguintes atos: quando houver, a juízo do Comandante da Unidade,
motivo de força maior.
I - retificação;
II - atenuação; Parágrafo único - A concessão de dispensas do
serviço, observado o disposto neste artigo, fica
III - agravação; limitada ao máximo de 6 (seis) dias por ano,
IV - anulação. sendo sempre publicada em boletim.

§ 1º - A anulação de sanção administrativa dis- Artigo 70 - O cancelamento de sanções disciplinares


ciplinar somente poderá ser feita no prazo de 5 consiste na retirada dos registros realizados nos assen-
(cinco) anos, a contar da data da publicação do tamentos individuais do militar do Estado, relativos às
ato que se pretende invalidar. penas disciplinares que lhe foram aplicadas.

§ 2º - Os atos previstos neste artigo deverão ser § 1º - O cancelamento de sanções é ato do Co-
motivados e publicados. mandante Geral, praticado a pedido do interes-
sado, e o seu deferimento deverá atender aos
Artigo 63 - A retificação consiste na correção de irregu- bons serviços por ele prestados, comprovados
laridade formal sanável, contida na sanção disciplinar em seus assentamentos, e depois de decorridos
aplicada pela própria autoridade ou por autoridade 10 (dez) anos de efetivo serviço, sem qualquer
subordinada. outra sanção, a contar da data da última pena
Artigo 64 - Atenuação é a redução da sanção proposta imposta.
ou aplicada, para outra menos rigorosa ou, ainda, a § 2º - O cancelamento de sanções não terá efei-
redução do número de dias da sanção, nos limites do to retroativo e não motivará o direito de revisão
artigo 42, se assim o exigir o interesse da disciplina e a de outros atos administrativos decorrentes das
ação educativa sobre o militar do Estado. sanções canceladas.
Artigo 65 - Agravação é a ampliação do número dos
dias propostos para uma sanção disciplinar ou a apli- CAPÍTULO XIII
cação de sanção mais rigorosa, nos limites do artigo
Do Processo Regular
42, se assim o exigir o interesse da disciplina e a ação
educativa sobre o militar do Estado.
SEÇÃO I
Parágrafo único - Não caberá agravamento da
sanção em razão da interposição de recurso dis- Disposições Gerais
ciplinar. Artigo 71 - O processo regular a que se refere este Re-
Artigo 66 - Anulação é a declaração de invalidade da gulamento, para os militares do Estado, será:
sanção disciplinar aplicada pela própria autoridade
I - para oficiais: o Conselho de Justificação;
ou por autoridade subordinada, quando, na aprecia-
ção do recurso, verificar a ocorrência de ilegalidade, II - para praças com 10 (dez) ou mais anos de ser-
devendo retroagir à data do ato. viço policial-militar: o Conselho de Disciplina;

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III - para praças com menos de 10 (dez) anos de insuficiente a acusação e, em conseqüência, deixar de
serviço policial-militar: o Processo Administra- instaurar o Conselho de Disciplina, sem prejuízo de
tivo Disciplinar. novas diligências.
Artigo 72 - O militar do Estado submetido a processo Artigo 78 - O Conselho será composto por 3 (três) ofi-
regular deverá, quando houver possibilidade de pre- ciais da ativa.
juízo para a hierarquia, disciplina ou para a apuração
do fato, ser designado para o exercício de outras fun- § 1º - O mais antigo do Conselho, no mínimo
ções, enquanto perdurar o processo, podendo ainda a um capitão, é o presidente, e o que lhe seguir
autoridade instauradora proibir-lhe o uso do unifor- em antigüidade ou precedência funcional é o
me, como medida cautelar. interrogante, sendo o relator e escrivão o mais
moderno.
SEÇÃO II
§ 2º - Entendendo necessário, o presidente po-
derá nomear um subtenente ou sargento para
Do Conselho de Justificação
funcionar como escrivão no processo, o qual
Artigo 73 - O Conselho de Justificação destina-se a não integrará o Conselho.
apurar, na forma da legislação específica, a incapaci-
dade do oficial para permanecer no serviço ativo da Artigo 79 - O Conselho poderá ser instaurado, inde-
Polícia Militar. pendentemente da existência ou da instauração de
inquérito policial comum ou militar, de processo cri-
Parágrafo único - O Conselho de Justificação minal ou de sentença criminal transitada em julgado.
aplica-se também ao oficial inativo presumivel-
mente incapaz de permanecer na situação de Parágrafo único - Se no curso dos trabalhos do
inatividade. Conselho surgirem indícios de crime comum
ou militar, o presidente deverá extrair cópia
Artigo 74 - O oficial submetido a Conselho de Justi- dos autos, remetendo-os por ofício à autoridade
ficação e considerado culpado, por decisão unânime, competente para início do respectivo inquérito
poderá ser agregado disciplinarmente mediante ato policial ou da ação penal cabível.
do Comandante Geral, até decisão final do tribunal
competente, ficando: Artigo 80 - Será instaurado apenas um processo quan-
do o ato ou atos motivadores tenham sido praticados
I - afastado das suas funções e adido à Unidade
em concurso de agentes.
que lhe for designada;
§ 1º - Havendo dois ou mais acusados perten-
II - proibido de usar uniforme;
centes a OPM diversas, o processo será instau-
III - percebendo 1/3 (um terço) da remuneração; rado pela autoridade imediatamente superior,
comum aos respectivos comandantes das OPM
IV - mantido no respectivo Quadro, sem núme-
dos acusados.
ro, não concorrendo à promoção.
§ 2º - Existindo concurso ou continuidade infra-
Artigo 75 - Ao Conselho de Justificação aplica-se o pre-
cional, deverão todos os atos censuráveis cons-
visto na legislação específica, complementarmente ao
disposto neste Regulamento. tituir o libelo acusatório da portaria.

§ 3º - Surgindo, após a elaboração da portaria,


SEÇÃO III elementos de autoria e materialidade de infra-
ção disciplinar conexa, em continuidade ou em
Do Conselho de Disciplina concurso, esta poderá ser aditada, abrindo-se
Artigo 76 - O Conselho de Disciplina destina-se a de- novos prazos para a defesa.
clarar a incapacidade moral da praça para permanecer
no serviço ativo da Polícia Militar e será instaurado: Artigo 81 - A decisão da autoridade instauradora, de-
vidamente fundamentada, será aposta nos autos, após
I - por portaria do Comandante da Unidade a a apreciação do Conselho e de toda a prova produzi-
que pertencer o acusado; da, das razões de defesa e do relatório, no prazo de 15
(quinze) dias a contar do seu recebimento.
II - por ato de autoridade superior à menciona-
da no inciso anterior. Artigo 82 - A autoridade instauradora, na sua decisão,
Parágrafo único - A instauração do Conselho de considerará a acusação procedente, procedente em
Disciplina poderá ser feita durante o cumpri- parte ou improcedente, devendo propor ao Coman-
mento de sanção disciplinar. dante Geral, conforme o caso, a aplicação das sanções
administrativas cabíveis.
Artigo 77 - As autoridades referidas no artigo anterior
podem, com base na natureza da falta ou na inconsis- Parágrafo único - A decisão da autoridade ins-
tência dos fatos apontados, considerar, desde logo, tauradora será publicada em boletim.

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Artigo 83 - Recebidos os autos, o Comandante Geral, CAPÍTULO I


dentro do prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, funda-
mentando seu despacho, emitirá a decisão final sobre Disposição Preliminar
o Conselho, que será publicada em boletim e transcrita
Artigo 1º - Fica instituído, na forma desta lei comple-
nos assentamentos da praça.
mentar, Plano Geral de Cargos, Vencimentos e Salários
aplicável aos servidores das Secretarias de Estado, da
SEÇÃO IV Procuradoria Geral do Estado e das Autarquias, titu-
lares de cargos e ocupantes de funções-atividades ex-
Do Processo Administrativo Disciplinar pressamente indicados nos Anexos I e II.
Artigo 84 - O Processo Administrativo Disciplinar se-
guirá rito próprio ao qual se aplica o disposto nos inci- CAPÍTULO II
sos I, II e parágrafo único do artigo 76 e os artigos 79,
Do Plano Geral de Cargos, Vencimentos e Salários
80 e 82 deste Regulamento.

Parágrafo único - Recebido o Processo, o Co- SEÇÃO I


mandante Geral emitirá a decisão final.
Disposições Gerais
CAPÍTULO XIV Artigo 2º - O Plano Geral de Cargos, Vencimentos e Sa-
lários, de que trata esta lei complementar, organiza as
Disposições Finais classes que o integram, tendo em vista a complexidade
Artigo 85 - A ação disciplinar da Administração pres- das atribuições, os graus diferenciados de formação,
creverá em 5 (cinco) anos, contados da data do cometi- de responsabilidade e de experiência profissional re-
mento da transgressão disciplinar. queridos, bem como as demais condições e requisitos
específicos exigíveis para seu exercício, compreenden-
§ 1º - A punibilidade da transgressão disciplinar do:
também prevista como crime prescreve nos pra-
zos estabelecidos para o tipo previsto na legis- I - a identificação, agregação e alteração de no-
lação penal, salvo se esta prescrição ocorrer em menclatura de cargos e funções-atividades e
prazo inferior a 5 (cinco) anos. suas respectivas atribuições, na forma indicada
nos Anexos I a III;
§ 2º - A interposição de recurso disciplinar inter-
rompe a prescrição da punibilidade até a solu- II - o estabelecimento de um sistema retribuitó-
ção final do recurso. rio que estrutura os vencimentos e salários de
Artigo 86 - Para os efeitos deste Regulamento, consi- acordo com o nível de escolaridade e o grau de
dera-se Comandante de Unidade o oficial que estiver complexidade das atribuições dos cargos e fun-
exercendo funções privativas dos postos de coronel e ções-atividades, por intermédio de 5 (cinco) es-
de tenente-coronel. calas de vencimentos, compostas de referências
e graus ou de referências, na forma indicada nos
Parágrafo único - As expressões diretor, corre- Anexos V a XII;
gedor e chefe têm o mesmo significado de Co-
III - a instituição de perspectivas de mobilidade
mandante de Unidade.
funcional, mediante progressão e promoção.
Artigo 87 - Aplicam-se, supletivamente, ao Conselho
Artigo 3º - Para fins de aplicação deste Plano Geral de
de Disciplina as disposições do Código de Processo
Cargos, Vencimentos e Salários, considera-se:
Penal Militar.
I - classe: o conjunto de cargos e funções-ativi-
Artigo 88 - O Comandante Geral baixará instruções
dades de mesma natureza e igual denominação;
complementares, necessárias à interpretação, orienta-
ção e fiel aplicação do disposto neste Regulamento. II - referência: o símbolo indicativo do venci-
mento do cargo ou do salário da função-ativi-
Artigo 89 - Esta lei complementar entra em vigor na dade;
data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário. III - grau: valor do vencimento ou salário dentro
da referência;
IV - padrão: conjunto de referência e grau;
V - vencimento: retribuição pecuniária, fixada
em lei, paga mensalmente ao servidor pelo efe-
06 LEI COMPLEMENTAR 1.080/08 tivo exercício do cargo;
Institui Plano Geral de Cargos, Vencimentos e VI - salário: retribuição pecuniária, fixada em
Salários para os servidores das classes que especifica e lei, paga mensalmente ao servidor pelo efetivo
dá providências correlatas. exercício da função-atividade;

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VII - remuneração: o valor correspondente ao III - capacidade de iniciativa;


vencimento ou salário, acrescido das vantagens
IV - produtividade;
pecuniárias a que o servidor faça jus, previstas
em lei. V - responsabilidade.

SEÇAO II 1º - O período de estágio probatório será acom-


panhado por Comissão Especial de Avaliação de
Desempenho constituída para este fim, em con-
Do Ingresso
junto com o órgão setorial de recursos humanos
Artigo 4º - O ingresso nos cargos e funções-atividades e as chefias imediata e mediata, que deverão:
constantes dos Subanexos 2 e 3 dos Anexos I e II desta
1 - propiciar condições para a adaptação do ser-
lei complementar far-se-á no padrão inicial da respec-
vidor ao ambiente de trabalho;
tiva classe, mediante concurso público de provas ou
de provas e títulos, obedecidos os seguintes requisitos 2 - orientar o servidor no desempenho de suas
mínimos: atribuições;
I - para as classes de nível intermediário: certi- 3 - verificar o grau de adaptação ao cargo e a
ficado de conclusão do ensino médio ou equi- necessidade de submeter o servidor a programa
valente; de treinamento.
II - para as classes de nível universitário: diplo- 2º - A avaliação será promovida semestralmente
ma de graduação em curso de nível superior. pelo órgão setorial de recursos humanos, com
1º - Os editais fixarão os requisitos específicos, base em critérios estabelecidos pela Comissão
de acordo com a área de atuação, para cada con- Especial de Avaliação de Desempenho.
curso público. Artigo 8º - Decorridos 30 (trinta) meses do período de
2º - As atribuições básicas das classes de que tra- estágio probatório, o responsável pelo órgão setorial de
ta este artigo são as fixadas no Anexo III desta recursos humanos encaminhará à Comissão Especial
lei complementar. de Avaliação de Desempenho, no prazo de 30 (trinta)
dias, relatório circunstanciado sobre a conduta e o de-
Artigo 5º - Os cargos em comissão e as funções-ativi- sempenho profissional do servidor, com proposta fun-
dades em confiança obedecerão aos requisitos míni- damentada de confirmação no cargo ou exoneração.
mos de escolaridade e experiência profissional fixados
no Anexo IV desta lei complementar. 1º - A Comissão Especial de Avaliação de De-
sempenho poderá solicitar informações com-
Artigo 6º - Os cargos e as funções-atividades de super-
plementares para referendar a proposta de que
visão, chefia e encarregatura indicados no Subanexo 4
trata o “caput” deste artigo.
dos Anexos I e II serão providos ou preenchidas, priva-
tivamente, por servidores públicos estaduais titulares 2º - No caso de ter sido proposta a exonera-
de cargos efetivos ou ocupantes de funções-atividades ção, a Comissão Especial de Avaliação de De-
de natureza permanente. sempenho abrirá prazo de 10 (dez) dias para o
exercício do direito de defesa do interessado, e
Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no
decidirá pelo voto da maioria absoluta de seus
“caput” deste artigo, os cargos de Chefe de Ce-
membros.
rimonial e Chefe de Gabinete identificados no
Subanexo 4 do Anexo I e os cargos e funções-a- 3º - A Comissão Especial de Avaliação de De-
tividades de Chefe de Gabinete de Autarquia sempenho encaminhará ao Titular do órgão ou
identificados no Subanexo 4 do Anexo II desta entidade, para decisão final, proposta de confir-
lei complementar. mação no cargo ou de exoneração do servidor.
4º - Os atos de confirmação no cargo ou de exo-
Do Estágio Probatório neração deverão ser publicados pela autoridade
competente até o penúltimo dia do estágio pro-
Artigo 7º - Nos 3 (três) primeiros anos de efetivo exer-
batório.
cício nos cargos das classes a que se refere o artigo 4º
desta lei complementar, que se caracteriza como está- Artigo 9º - Durante o período de estágio probatório, o
gio probatório, o servidor será submetido à avaliação servidor não poderá ser afastado ou licenciado do seu
especial de desempenho, verificando-se a sua aptidão cargo, exceto nas hipóteses previstas nos artigos 69,72,
e capacidade para o exercício das atribuições ineren- 75 e 181, incisos I a V, VII e VIII, da Lei nº 10.261, de 28
tes ao cargo que ocupa, por intermédio dos seguintes de outubro de 1968, para participação em curso espe-
critérios: cífico de formação e quando nomeado ou designado
para o exercício de cargo em comissão ou função em
I - assiduidade;
confiança, no âmbito do órgão ou entidade em que es-
II - disciplina; tiver lotado, na forma a ser regulamentada em decreto.

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Artigo 10 - O servidor confirmado no cargo de pro- I - adicional por tempo de serviço de que tra-
vimento efetivo fará jus à progressão automática do ta o artigo 129 da Constituição do Estado, que
grau A para o grau B da respectiva referência da classe será calculado na base de 5% (cinco por cento)
a que pertença, independentemente do limite estabele- sobre o valor do vencimento ou salário, por qüi-
cido no artigo 23 desta lei complementar. nqüênio de prestação de serviço, observado o
disposto no inciso XVI do artigo 115 da mesma
SEÇAO IV Constituição;
II - sexta-parte;
Da Jornada de Trabalho, dos Vencimentos e das
III - gratificação “pro labore” a que se referem os
Vantagens Pecuniárias
artigos 16 a 19 desta lei complementar;
Artigo 11 - Os cargos e as funções-atividades abran- IV - décimo-terceiro salário;
gidos por esta lei complementar serão exercidos em
Jornada Completa de Trabalho, caracterizada pela exi- V - acréscimo de 1/3 (um terço) das férias;
gência da prestação de 40 (quarenta) horas semanais VI - ajuda de custo;
de trabalho.
VII - diárias;
Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no
VIII - gratificações e outras vantagens pecuniá-
“caput” deste artigo, os cargos e as funções-ati-
rias previstas em lei.
vidades cujos ocupantes estejam sujeitos a Jor-
nada Comum de Trabalho, caracterizada pela
exigência da prestação de 30 (trinta) horas se- SEÇAO VII
manais de trabalho.
Da Progressão
Artigo 12 - Os vencimentos ou salários dos servidores
abrangidos pelo Plano Geral de Cargos, Vencimentos Artigo 22 - Progressão é a passagem do servidor de
e Salários, de que trata esta lei complementar, ficam um grau para outro imediatamente superior dentro de
fixados de acordo com as Escalas de Vencimentos a se- uma mesma referência da respectiva classe.
guir mencionadas: Artigo 23 - A progressão será realizada anualmente,
I - Escala de Vencimentos - Nível Elementar, mediante processo de avaliação de desempenho, obe-
constituída de 1 (uma) referência e 10 (dez) decido o limite de até 20% (vinte por cento) do total de
graus; servidores titulares de cargos ou ocupantes de funções
-atividades integrantes de cada classe de nível elemen-
II - Escala de Vencimentos - Nível Intermediá- tar, nível intermediário e nível universitário prevista
rio, constituída de 2 (duas) referências e 10 (dez) nesta lei complementar, no âmbito de cada órgão ou
graus; entidade.
III - Escala de Vencimentos - Nível Universitá-
Artigo 24 - Poderão participar do processo de progres-
rio, composta de 2 (duas) Estruturas de Ven-
são, os servidores que tenham:
cimentos, sendo a Estrutura I constituída de 2
(duas) referências e 10 (dez) graus, e a Estrutura I - cumprido o interstício mínimo de 2 (dois)
II constituída de 2 (duas) referências e 10 (dez) anos de efetivo exercício, no padrão da classe
graus; em que seu cargo ou função-atividade estiver
IV - Escala de Vencimentos - Comissão, consti- enquadrado;
tuída de 18 (dezoito) referências II - o desempenho avaliado anualmente, por
Artigo 13 - As Escalas de Vencimentos a que se refere meio de procedimentos e critérios estabelecidos
o artigo 12 desta lei complementar são constituídas de em decreto.
tabelas, aplicáveis aos cargos e funções-atividades, de Parágrafo único - O cômputo do interstício a
acordo com a jornada de trabalho a que estejam sujei- que se refere o inciso I deste artigo terá início a
tos os seus ocupantes, na seguinte conformidade: partir do cumprimento do estágio probatório de
I - Tabela I, para os sujeitos à Jornada Completa 3 (três) anos de efetivo exercício.
de Trabalho; Artigo 25 - Observado o limite estabelecido no artigo
II - Tabela II, para os sujeitos à Jornada Comum 23 desta lei complementar, somente poderão ser bene-
de Trabalho. ficiados com a progressão os servidores que tiverem
obtido resultados finais positivos no processo anual de
Artigo 14 - A remuneração dos servidores abrangidos avaliação de desempenho.
pelo Plano Geral de Cargos, Vencimentos e Salários,
de que trata esta lei complementar, compreende, além Artigo 26 - Interromper-se-á o interstício quando o ser-
dos vencimentos e salários de que trata o artigo 12, as vidor estiver afastado de seu cargo ou função-ativida-
seguintes vantagens pecuniárias: de, exceto se:

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I - nomeado para cargo em comissão ou desig- c) Oficial Sociocultural;


nado, nos termos da legislação trabalhista, para
II - de nível universitário:
exercício de função-atividade em confiança;
a) Analista Administrativo;
II - designado para função retribuída mediante
gratificação “pro labore”, a que se referem os ar- b) Analista de Tecnologia;
tigos 16 a 18 desta lei complementar;
c) Analista Sociocultural;
III - designado para função de serviço público
d) Executivo Público.
retribuída mediante “pro labore”, nos termos
do artigo 28 da Lei nº 10.168, de 10 de julho de Artigo 30 - São requisitos para fins de promoção:
1968;
I - contar, no mínimo, 5 (cinco) anos de efetivo
IV - designado como substituto ou para respon- exercício em um mesmo cargo ou função-ativi-
der por cargo vago de comando; dade pertencente às classes identificadas no ar-
V - afastado nos termos dos artigos 65 e 66 da tigo 29 desta lei complementar;
Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, sem pre- II - ser aprovado em avaliação teórica ou prática
juízo de vencimentos, junto a órgãos da Admi- para aferir a aquisição de competências neces-
nistração Direta ou Autárquica do Estado; sárias ao exercício de suas funções na referência
VI - afastado nos termos dos artigos 67, 78, 79 superior;
e 80 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, III - possuir diploma de:
ou nos termos do inciso I do artigo 15 e dos ar-
tigos 16 e 17 da Lei nº 500, de 13 de novembro a) graduação em curso de nível superior, para
de 1974; os integrantes das classes referidas no inciso I
do artigo 29 desta lei complementar;
VII - afastado, sem prejuízo dos vencimentos ou
salários, para participação em cursos, congres- b) pós-graduação “stricto” ou “lato sensu”, para
sos ou demais certames afetos à respectiva área os integrantes das classes referidas no inciso II
de atuação, pelo prazo máximo de 90 (noventa) do artigo 29 desta lei complementar.
dias; Artigo 31 - Os cursos a que se referem as alíneas a e
VIII - afastado nos termos do 1º do artigo 125 da b do inciso III do artigo 30 desta lei complementar e
Constituição do Estado de São Paulo; os demais critérios relativos ao processo de promoção
serão estabelecidos em decreto.
IX - afastado nos termos da Lei Complementar
nº 367, de 14 de dezembro de 1984, alterada pela
Lei Complementar nº 1.054, de 7 de julho de SEÇAO IX
2008.
Da Substituição
Artigo 27 - Os demais critérios relativos à progressão
serão estabelecidos em decreto. Artigo 32 - Para os servidores abrangidos por esta lei
complementar poderá haver a substituição de que tra-
SEÇAO VIII tam os artigos 80 a 83 da Lei Complementar nº 180, de
12 de maio de 1978, para os cargos de coordenação,
Da Promoção direção, chefia, supervisão e encarregatura, constantes
da Escala de Vencimentos - Comissão
Artigo 28 - Promoção é a passagem do servidor da re-
ferência 1 para a referência 2 de sua respectiva classe, 1º - Se o período de substituição for igual ou su-
devido à aquisição de competências adicionais às exi- perior a 15 (quinze) dias, o servidor fará jus à
gidas para ingresso no cargo de que é titular ou função diferença entre o valor do padrão ou da referên-
-atividade de que é ocupante. cia em que estiver enquadrado o cargo de que é
titular ou a função-atividade de que é ocupante,
Parágrafo único - Quando o valor do vencimen-
to ou salário do grau A da referência final for acrescido da Gratificação Executiva, de que tra-
inferior àquele anteriormente percebido, o en- ta o inciso I do artigo 38 desta lei complementar,
quadramento far-se-á no grau com valor ime- dos adicionais por tempo de serviço e da sexta
diatamente superior. -parte, se for o caso, e do valor da referência do
cargo em comissão acrescido das mesmas van-
Artigo 29 - A promoção permitirá a passagem da refe- tagens, proporcional aos dias substituídos.
rência 1 para a referência 2 dos servidores integrantes
das seguintes classes: 2º - O disposto neste artigo aplica-se, também,
às hipóteses de designação para funções de ser-
I - de nível intermediário: viço público retribuídas mediante “pro labore”
de que trata o artigo 28da Lei nº 10.168, de 10 de
a) Oficial Administrativo;
julho de 1968, e para as funções previstas nos
b) Oficial Operacional; artigos 16 e17 desta lei complementar.

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3º - Na hipótese de substituição em funções-a- Artigo 39 - O Subanexo 3 do Anexo a que se referem


tividades em confiança, no âmbito das Autar- os artigos 1º e 2º da Lei Complementar nº 804, de 21
quias, aplica-se, no que couber, o disposto neste de dezembro de 1995, alterado pelo artigo 4º da Lei
artigo. Complementar nº 831, de 1º de outubro de 1997 e pelo
artigo 2º da Lei Complementar nº 1.027, de 27 de de-
4º - Os servidores integrantes de classes perten-
zembro de 2007, fica substituído pelo Anexo XVIII que
centes a outros sistemas retribuitórios que ve-
integra esta lei complementar.
nham a exercer a substituição em cargos abran-
gidos por este Plano, receberão o pagamento Artigo 40 - Os Anexos I e II a que se refere o artigo 1º
dessa substituição de acordo com critérios de da Lei Complementar nº 907, de 21 de dezembro de
cálculo a serem estabelecidos em decreto. 2001, alterado pelo artigo 6º da Lei Complementar nº
1.028, de 27 de dezembro de 2007, ficam substituídos
CAPÍTULO IV pelo Anexo XIX que integra esta lei complementar.

Disposições Finais Artigo 41 - A Gratificação por Atividade de Defesa


Agropecuária instituída pelo artigo27 da Lei Com-
Artigo 35 - Os cargos de Assessor Técnico da Adminis-
plementar nº 919, de 23 de maio de 2002, passa a ser
tração Superior e de Assistente Técnico da Adminis-
calculada mediante a aplicação de coeficientes sobre a
tração Superior são privativos da Assessoria Técnica
Unidade Básica de Valor - UBV, na forma do Anexo XX
do Governo, da Casa Civil.
que integra esta lei complementar.
Artigo 36 - O vencimento mensal dos cargos adiante
mencionados fica fixado na seguinte conformidade: Artigo 42 - O Subanexo 1 do Anexo II a que se referem
os artigos 31 e 32 da Lei Complementar nº 919, de 23
I - R$ 9.761, 00 (nove mil, setecentos e sessenta de maio de 2002, fica substituído pelo Anexo XXI que
e um reais), para os cargos de Assessor Especial integra esta lei complementar.
do Governador, Secretário Adjunto, Superin-
tendente, Diretor Executivo, Diretor Superin- Artigo 43 - Os dispositivos adiante mencionados pas-
tendente e Presidente da Corregedoria Geral da sam a vigorar com a redação que se segue:
Administração;
I - o “caput” do artigo 2º do Decreto-lei nº 162,
II - R$ 8.168,00 (oito mil, cento e sessenta e oito de 18 de novembro de 1969, alterado pelo inciso
reais), para os cargos de Secretário Particular e I do artigo 14 da Lei Complementar nº 975, de 6
de Assistente Especial do Governador. de outubro de 2005:
Artigo 37 - Aos servidores designados para a função de
“Artigo 2º - A gratificação devida aos inte-
Corregedor, da Corregedoria Geral da Administração,
grantes dos órgãos abrangidos pelo artigo 1º,
fica assegurada a remuneração percebida no órgão de
por sessão a que comparecerem, será calcu-
origem, inclusive prêmios de incentivo e produtivida-
lada mediante a aplicação dos coeficientes a
de, no valor equivalente ao do mês antecedente ao da
seguir mencionados sobre a Unidade Básica
publicação do ato de designação.
de Valor - UBV:
Artigo 38 - A Gratificação Executiva instituída pela Lei
I - 0,70 (setenta centésimos), para o Grupo
Complementar nº 797, de 7 de novembro de 1995, pas-
Especial;
sa a ser calculada mediante a aplicação de coeficientes
sobre a Unidade Básica de Valor - UBV, nos seguintes II - 0,55 (cinqüenta e cinco centésimos), para
termos: o Grupo A;
I - para os servidores regidos por esta lei com- III - 0,45 (quarenta e cinco centésimos), para
plementar: o Grupo B;
a) na forma do Anexo XIII, a partir de 1º de ou- IV - 0,30 (trinta centésimos), para o Grupo C;
tubro de 2008;
V - 0,20 (vinte centésimos), para o Grupo D.”
b) na forma do Anexo XVII, a partir de 1º de ou- (NR);
tubro de 2009;
II - o artigo 2º da Lei Complementar nº 315, de
II - para os servidores regidos pela Lei Comple-
17 de fevereiro de 1983, alterado pelo inciso III
mentar nº 674, de 8 de abril de 1992, na forma
do artigo 14 da Lei Complementar nº 975, de 6
do Anexo XIV;
de outubro de 2005:
III - para os servidores regidos pela Lei Comple-
“Artigo 2º - O Adicional de Periculosida-
mentar nº 700, de 15 de dezembro de 1992, na
de será calculado mediante a aplicação do
forma do Anexo XV;
coeficiente 1,79 (um inteiro e setenta e nove
IV - para os servidores regidos pela Lei nº 4.569, centésimos) sobre a Unidade Básica de Valor
de 16 de maio de 1985, na forma do Anexo XVI. - UBV.” (NR);

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III - O 1º do artigo 1º da Lei nº 8.482, de 21 de de- II - 7,79 (sete inteiros e setenta e nove cen-
zembro de 1993, alterado pelo inciso X do artigo tésimos) para as atividades a que se refere
2º da Lei Complementar nº 808, de 28 de março o inciso I do artigo 6º desta lei complemen-
de 1996: tar.”(NR);
“Artigo 1º- ............................................... VIII - o artigo 33 da Lei Complementar nº 919,
de 23 de maio de 2002 alterado pela alínea b do
1º - A Gratificação de Função será calculada
inciso XXIII do artigo 14 da Lei Complementar
mediante a aplicação de percentuais sobre 2
nº 975, de 6 de outubro de 2005:
(duas) vezes o valor da referência 1, Nível I,
da Escala Salarial 2, de que trata o inciso II “Artigo 33 - O Prêmio será calculado median-
do artigo 20 da Lei nº 4.569, de 16 de maio de te a aplicação de coeficientes sobre a Unida-
1985, na seguinte conformidade: de Básica de Valor - UBV, na seguinte con-
formidade:
IV - o artigo 2º da Lei Complementar nº 784, de
26 de dezembro de 1994, alterado pelo artigo 1º I - Grupo I: até 1,73 (um inteiro e setenta e
da Lei Complementar nº 997, de 26 de maio de três centésimos);
2006:
II - Grupo II: até 2,35 (dois inteiros e trinta e
“Artigo 2º - A Gratificação de Atividade Ro- cinco centésimos);
doviária - GAR corresponderá à importância
resultante da aplicação do coeficiente 1,71 III - Grupo III: até 5,06 (cinco inteiros e seis
(um inteiro e setenta e um centésimos) sobre centésimos);
a Unidade Básica de Valor - UBV, observada IV - Grupo IV: até 6,29 (seis inteiros e vinte e
a jornada de trabalho a que estiver sujeito o nove centésimos);
servidor.” (NR);
V - Grupo V: até 6,53 (seis inteiros e cinqüen-
V - 1º do artigo 3º da Lei Complementar nº 788,
ta e três centésimos).” (NR)
de 27 de dezembro de 1994, alterado pelo inciso
XIV do artigo 14 da Lei Complementar nº 975, Artigo 44 - Não mais se aplicam aos servidores abran-
de 6 de outubro de 2005: gidos por esta lei complementar, por estarem absor-
vidas nos valores fixados nas escalas de vencimentos
“Artigo 3º - ...........................................
instituídas pelo artigo 12 desta lei complementar:
1º - O valor da Gratificação Extra de que tra-
ta este artigo corresponderá à importância I - a Gratificação Extra, instituída pelo artigo 3º
resultante da aplicação do coeficiente 0,255 da Lei Complementar nº 788, de 27 de dezembro
(duzentos e cinqüenta e cinco milésimos) de 1994;
sobre a Unidade Básica de Valor - UBV, ob- II - a Gratificação Fixa, instituída pelo artigo 10
servada a jornada de trabalho a que estiver da Lei Complementar nº 741, de 21 de dezembro
sujeito o servidor.” (NR); de 1993.
VI - o “caput” do artigo 9º da Lei Complementar Artigo 45 - Não mais se aplicam aos servidores abran-
nº 826, de 20 de junho de 1997: gidos por esta lei complementar:
“Artigo 9º - Fica instituída a Gratificação por
Atividade de Ouvidoria - GAO, a ser conce- I - a gratificação nas travessias por ferryboat, de
dida ao ocupante do cargo de Ouvidor de que trata o Decreto nº 45.695, de 15 de dezembro
Polícia, correspondente à importância resul- de 1965;
tante da aplicação do coeficiente 10,25 (dez II - a Gratificação por Travessia, instituída pela
inteiros e vinte e cinco centésimos) sobre a Lei Complementar nº 380, de 21 de dezembro
Unidade Básica de Valor - UBV.” (NR); de 1984;
VII - o artigo 12 da Lei Complementar nº 847, III - a Gratificação de Informática, instituída nos
de 16 de julho de 1998, alterado pelo artigo 1º, termos do artigo 20 da Lei nº 7.578, de 3 de de-
inciso VII, da Lei Complementar nº 1.046, de 2 zembro de 1991;
de junho de 2008:
IV - a Gratificação Especial de Atividade - GEA,
“Artigo 12 - A Gratificação pelo Desempenho
a Gratificação Especial por Atividade Hospitalar
de Atividades no POUPATEMPO - GDAP,
- GEAH, a Gratificação Especial por Atividade
será calculada mediante a aplicação dos coe-
Prioritária e Estratégica - GEAPE e Gratificação
ficientes adiante mencionados sobre a Uni-
Especial por Atividade no Instituto de Infecto-
dade Básica de Valor - UBV:
logia “Emílio Ribas” e Centro de Referência e
I - 9,20 (nove inteiros e vinte centésimos) Treinamento - AIDS - GEER, instituídas pelo
para as atividades a que se refere o artigo 5º artigo19 da Lei Complementar nº 674, de 8 de
desta lei complementar; abril de 1992;

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V - a Gratificação de Pedágio, instituída pelo I - a partir de 1º de outubro de 2008, na forma


artigo 21 da Lei Complementar nº 677, de 3 de do:
julho de 1992;
a) Anexo V, Escala de Vencimentos - Nível Ele-
VI - a Gratificação por Atividade Administrativa mentar;
Educacional, instituída pela Lei Complementar
b) Anexo VI, Escala de Vencimentos - Nível In-
nº 716, de 11 de junho de 1993;
termediário;
VII - a Gratificação de Apoio Escolar, instituída
c) Anexo VII, Escala de Vencimentos - Nível
pela Lei Complementar nº 717, de 11 de junho
Universitário;
de 1993;
d) Anexo VIII, Escala de Vencimentos - Comis-
VIII - a Gratificação de Função, instituída pela
são;
Lei nº 8.482, de 21 de dezembro de 1993;
II - a partir de 1º de outubro de 2009, na forma
IX - a Gratificação por Atividade de Apoio à
do:
Agricultura - GAAG, instituída nos termos do
inciso I do artigo 1º, da Lei Complementar nº a) Anexo IX, Escala de Vencimentos - Nível Ele-
759, de 25 de julho de 1994; mentar;
X - a Gratificação Especial de Mediação Traba- b) Anexo X, Escala de Vencimentos - Nível In-
lhista - GEMT, instituída pelo artigo 2ºda Lei termediário;
Complementar nº 778, de 23 de dezembro de
1994; c) Anexo XI, Escala de Vencimentos - Nível Uni-
versitário;
XI - a Gratificação de Atividade Rodoviária
GAR, instituída pela Lei Complementar nº784, d) Anexo XII, Escala de Vencimentos - Comis-
de 26 de dezembro de 1994; são.

XII - o Prêmio de Valorização, instituído pela Lei Artigo 47 - Aos servidores abrangidos por esta lei com-
Complementar nº 809, de 18 de abril de 1996; plementar aplicam-se as disposições legais e regula-
mentares referentes:
XIII - a Gratificação Área Educação, instituída
pela Lei Complementar nº 834, de 4 de novem- I - ao Prêmio de Incentivo, instituído pela Lei nº
bro de 1997; 8.975, de 25 de novembro de 1994, e suas altera-
ções posteriores;
XIV - a Gratificação de Assistência e Suporte a
Saúde - GASS, instituída pela Lei Complemen- II - ao Prêmio de Incentivo à Qualidade - PIQ,
tar nº 871, de 19 de junho de 2000; instituído pela Lei Complementar nº804, de 21
de dezembro de 1995, e suas alterações poste-
XV - a Gratificação de Suporte às Atividades Es- riores, na forma do Anexo XVIII desta lei com-
colares - GSAE, instituída pela Lei Complemen- plementar;
tar nº 872, de 27 de junho de 2000;
III - ao Abono por Satisfação do Usuário - ASU,
XVI - a Gratificação por Atividade de Supor- instituído pelo artigo 4º da Lei Complementar
te Administrativo - GASA, instituída pela Lei nº 887, de 19 de dezembro de 2000, e suas altera-
Complementar nº 876, de 4 de julho de 2000; ções posteriores;
XVII - a Gratificação Geral, de que trata o 1º do IV - ao Prêmio de Incentivo à Produtividade e
artigo 1º da Lei Complementar nº 901, de 12 de Qualidade - PIPQ, instituído pela Lei Comple-
setembro de 2001; mentar nº 907, de 21 de dezembro de 2001, e
suas alterações posteriores, na forma do Anexo
XVIII - a Gratificação por Atividade de Defesa
XIX desta lei complementar.
Agropecuária, instituída pelo artigo 27da Lei
Complementar nº 919, de 23 de maio de 2002; V - ao Prêmio de Incentivo à Produtividade
- PIP, instituído pelo artigo 31 da Lei Comple-
XIX - a Gratificação Suplementar - G.S., instituí-
mentar nº 919, de 23 de maio de 2002.
da nos termos do 1º do artigo 1º da Lei Comple-
mentar nº 957, de 13 de setembro de 2004; Artigo 48 - O valor da gratificação “pro labore” a que
se refere o artigo 11 da Lei Complementar nº 662, de
XX - a Gratificação Especial de Atividade Téc-
11 de julho de 1991, passa a ser calculado com base
nico-Desportiva - GEATD, instituída pela Lei
na Escala de Vencimentos - Comissão, instituída pelo
Complementar nº 993, de 12 de abril de 2006.
inciso IV do artigo 12 desta lei complementar, e corres-
Artigo 46 - Em decorrência do disposto nos artigos 44 ponderá à quantia resultante da diferença entre o valor
e 45 desta lei complementar, os valores das escalas de fixado para a classe do servidor e o valor da referência
vencimentos instituídas pelo artigo 12 desta lei com- equivalente à função para a qual for designado, na se-
plementar ficam fixados nos seguintes termos: guinte conformidade:

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Parágrafo único - Para os fins do disposto no e das Autarquias, regidos por esta lei complementar,
“caput” deste artigo: que se encontrem em efetivo exercício nas unidades
desses órgãos e entidades.
1 - o valor fixado para a classe do servidor será
acrescido dos adicionais por tempo de serviço 1º - Os 60 (sessenta) dias de licença-prêmio res-
e da sexta-parte, se for o caso; da Gratificação tantes, do período aquisitivo considerado, so-
de Apoio à Pesquisa Científica e Agropecuária mente poderão ser usufruídos em ano diverso
- GAPCA, instituída pela Lei nº 8.491, de 27 de daquele em que o beneficiário recebeu a inde-
dezembro de 1993; da Gratificação Extra, ins- nização, observado o disposto no artigo 213 da
tituída pelo artigo 3º da Lei Complementar nº Lei nº10.261, de 28 de outubro de 1968, com a
788, de 27 de dezembro de 1994; e da Gratifi- redação dada pela Lei Complementar nº1048,
cação Suplementar, instituída pela Lei Comple- de 10 de junho de 2008. 2º - O disposto neste
mentar nº 957, de 13 de setembro de 2004; artigo não se aplica aos servidores dos Quadros
2 - o valor da referência equivalente à função das Secretarias de Economia e Planejamento e
para a qual for designado será acrescido da Gra- da Fazenda regidos por esta lei complementar.
tificação Executiva de que trata o inciso I do ar- Artigo 55 - O pagamento da indenização de que trata
tigo 38 desta lei complementar e dos adicionais o artigo 54 restringir-se-á às licenças-prêmio cujos pe-
por tempo de serviço e da sexta-parte, se for o ríodos aquisitivos se completem a partir da data da vi-
caso, observada a jornada de trabalho a que esti- gência desta lei complementar e observará o seguinte:
ver sujeito o servidor.
I - será efetivado no 5º dia útil do mês de aniver-
Artigo 49 - Esta lei complementar e suas Disposições sário do requerente;
Transitórias aplicam-se, no que couber, aos inativos e
aos pensionistas. II - corresponderá ao valor da remuneração do
servidor no mês-referência de que trata o inciso
Artigo 50 - Os títulos dos servidores abrangidos por anterior.
esta lei complementar serão apostilados pelas autori- Artigo 56 - O servidor de que trata o artigo 54 desta lei
dades competentes. complementar que optar pela conversão em pecúnia,
de 30 (trinta) dias de licença-prêmio, deverá apresen-
Artigo 51 - Ficam extintos, dos Quadros das Secreta- tar requerimento no prazo de 3 (três) meses antes do
rias de Estado, da Procuradoria Geral do Estado e das mês do seu aniversário.
Autarquias, os cargos e as funções-atividades de Au-
xiliar de Serviços Gerais e de Oficial Sociocultural, na 1º - O órgão setorial ou subsetorial de recursos
seguinte conformidade: humanos competente deverá instruir o requeri-
mento com:
I - os vagos, na data da publicação desta lei com-
plementar; 1 - informações relativas à publicação do ato de
concessão da licença-prêmio e ao período aqui-
II - os demais, por ocasião das respectivas va- sitivo;
câncias.
2 - declaração de não-fruição de parcela de li-
Artigo 52 - Ficam extintos, dos Quadros das Secre- cença-prêmio no ano considerado, relativa ao
tarias de Estado e da Procuradoria Geral do Estado, mesmo período aquisitivo.
as funções-atividades de Executivo Público e aquelas
com denominação idêntica à dos cargos em comissão 2º - Caberá à autoridade competente decidir so-
constantes do Subanexo 4 do Anexo I, na seguinte con- bre o deferimento do pedido, com observância:
formidade: 1 - da necessidade do serviço;
I - as vagas, na data da publicação desta lei com- 2 - da assiduidade e da ausência de penas disci-
plementar; plinares, no período de 1 (um) ano imediatamen-
te anterior à data do requerimento do servidor.
II - as demais, por ocasião das respectivas va-
câncias. Artigo 57 - A Secretaria de Gestão Pública, se necessá-
rio, poderá editar normas complementares à aplicação
Artigo 53 - Os órgãos setoriais de recursos humanos
do disposto nos artigos 54 a 56 desta lei complementar.
publicarão as relações dos cargos e das funções-ativi-
dades de que tratam os artigos 51 e 52 desta lei com- Artigo 58 - As despesas decorrentes da aplicação desta
plementar, as quais deverão conter a respectiva deno-
lei complementar correrão à conta das dotações pró-
minação, nome do último ocupante, motivo e data da
prias consignadas no orçamento vigente, ficando o Po-
vacância.
der Executivo autorizado a abrir créditos suplementa-
Artigo 54 - Poderá ser convertida em pecúnia, me- res, para o corrente exercício, até o limite de R$(cento
diante requerimento, uma parcela de 30 (trinta) dias e cinqüenta e um milhões de reais), mediante a utili-
de licença-prêmio aos integrantes dos Quadros das Se- zação de recursos nos termos do 1º do artigo 43 da Lei
cretarias de Estado, da Procuradoria Geral do Estado Federal nº 4.320, de 27 de março de 1964.

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Artigo 59 - Esta lei complementar e suas Disposições


Transitórias entram em vigor na data de sua publica- ACESSO À INFORMAÇÃO: LEI
07
ção, produzindo efeitos a partir de 1º de outubro de 12.527/11
2008, ficando revogados:
LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011.
I - o Decreto nº 45.695, de 15 de dezembro de
1965; Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII
do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art.
II - o artigo 12-B da Lei Complementar nº 125, 216 da Constituição Federal; altera a Lei no8.112, de 11
de 18 de novembro de 1975, acrescentado pelo de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de
artigo 3º da Lei Complementar nº 821, de 16 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de
dezembro de 1996; janeiro de 1991; e dá outras providências.

III - a Lei Complementar nº 380, de 21 de dezem-


CAPÍTULO I
bro de 1984;

IV - o artigo 20 da Lei nº 7.578, de 3 de dezembro DISPOSIÇÕES GERAIS


de 1991; Art. 1o  Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a se-
rem observados pela União, Estados, Distrito Federal
V - o artigo 21 da Lei Complementar nº 677, de
e Municípios, com o fim de garantir o acesso a infor-
3 de julho de 1992;
mações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso
VI - a Lei Complementar nº 712, de 12 de abril II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição
de 1993, ressalvados os 2º e 3º do artigo 4º de Federal. 
suas Disposições Transitórias, nos termos do
Parágrafo único.  Subordinam-se ao regime des-
artigo 4º das Disposições Transitórias desta lei
ta Lei: 
complementar;
I - os órgãos públicos integrantes da administra-
VII - a Lei Complementar nº 716, de 11 de junho ção direta dos Poderes Executivo, Legislativo,
de 1993; incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do
Ministério Público; 
VIII - a Lei Complementar nº 717, de 11 de junho
de 1993; II - as autarquias, as fundações públicas, as
empresas públicas, as sociedades de economia
IX - o item 1 do 1º do artigo 10 da Lei Comple- mista e demais entidades controladas direta ou
mentar nº 741, de 21 de dezembro de 1993; indiretamente pela União, Estados, Distrito Fe-
deral e Municípios. 
X - o inciso I do artigo 1º da Lei Complementar
nº 759, de 25 de julho de 1994; Art. 2o  Aplicam-se as disposições desta Lei, no que
couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que
XI - o artigo 2º da Lei Complementar nº 778, de recebam, para realização de ações de interesse público,
23 de dezembro de 1994; recursos públicos diretamente do orçamento ou me-
diante subvenções sociais, contrato de gestão, termo
XII - o inciso VIII do artigo 3º da Lei Comple- de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros ins-
mentar nº 788, de 27 de dezembro de 1994; trumentos congêneres. 
XIII - a Lei Complementar nº 809, de 18 de abril Parágrafo único.  A publicidade a que estão sub-
de 1996; metidas as entidades citadas no caput refere-se
XIV - a Lei Complementar nº 834, de 4 de no- à parcela dos recursos públicos recebidos e à
vembro de 1997; sua destinação, sem prejuízo das prestações de
contas a que estejam legalmente obrigadas. 
XV - a Lei Complementar nº 872, de 27 de junho Art. 3o  Os procedimentos previstos nesta Lei desti-
de 2000; nam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à
XVI - o 1º do artigo 1º da Lei Complementar nº informação e devem ser executados em conformidade
com os princípios básicos da administração pública e
901, de 12 de setembro de 2001;
com as seguintes diretrizes: 
XVII - o 1º do artigo 1º da Lei Complementar nº
I - observância da publicidade como preceito
957, de 13 de setembro de 2004;
geral e do sigilo como exceção; 
XVIII - o artigo 23 da Lei Complementar nº 975, II - divulgação de informações de interesse pú-
de 6 de outubro de 2005; blico, independentemente de solicitações; 
XIX - a Lei Complementar nº 993, de 12 de abril III - utilização de meios de comunicação viabili-
de 2006. zados pela tecnologia da informação; 

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IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de mação pessoal, observada a sua disponibilida-


transparência na administração pública;  de, autenticidade, integridade e eventual restri-
ção de acesso. 
V - desenvolvimento do controle social da ad-
ministração pública.  Art. 7o  O acesso à informação de que trata esta Lei
compreende, entre outros, os direitos de obter: 
Art. 4o  Para os efeitos desta Lei, considera-se: 
I - orientação sobre os procedimentos para a
I - informação: dados, processados ou não, que consecução de acesso, bem como sobre o local
podem ser utilizados para produção e trans- onde poderá ser encontrada ou obtida a infor-
missão de conhecimento, contidos em qualquer mação almejada; 
meio, suporte ou formato; 
II - informação contida em registros ou docu-
II - documento: unidade de registro de informa- mentos, produzidos ou acumulados por seus
ções, qualquer que seja o suporte ou formato;  órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arqui-
III - informação sigilosa: aquela submetida tem- vos públicos; 
porariamente à restrição de acesso público em III - informação produzida ou custodiada por
razão de sua imprescindibilidade para a segu- pessoa física ou entidade privada decorrente de
rança da sociedade e do Estado;  qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades,
IV - informação pessoal: aquela relacionada à mesmo que esse vínculo já tenha cessado; 
pessoa natural identificada ou identificável;  IV - informação primária, íntegra, autêntica e
V - tratamento da informação: conjunto de ações atualizada; 
referentes à produção, recepção, classifica- V - informação sobre atividades exercidas pelos
ção, utilização, acesso, reprodução, transporte, órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua
transmissão, distribuição, arquivamento, arma- política, organização e serviços; 
zenamento, eliminação, avaliação, destinação
ou controle da informação;  VI - informação pertinente à administração do
patrimônio público, utilização de recursos pú-
VI - disponibilidade: qualidade da informação blicos, licitação, contratos administrativos; e 
que pode ser conhecida e utilizada por indiví-
duos, equipamentos ou sistemas autorizados;  VII - informação relativa: 

VII - autenticidade: qualidade da informação a) à implementação, acompanhamento e resul-


que tenha sido produzida, expedida, recebi- tados dos programas, projetos e ações dos ór-
da ou modificada por determinado indivíduo, gãos e entidades públicas, bem como metas e
equipamento ou sistema;  indicadores propostos; 

VIII - integridade: qualidade da informação não b) ao resultado de inspeções, auditorias, pres-


modificada, inclusive quanto à origem, trânsito tações e tomadas de contas realizadas pelos
e destino;  órgãos de controle interno e externo, incluindo
prestações de contas relativas a exercícios ante-
IX - primariedade: qualidade da informação co- riores. 
letada na fonte, com o máximo de detalhamento
possível, sem modificações.  § 1o  O acesso à informação previsto no caput não
compreende as informações referentes a projetos
Art. 5o  É dever do Estado garantir o direito de acesso de pesquisa e desenvolvimento científicos ou
à informação, que será franqueada, mediante procedi- tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à
mentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara segurança da sociedade e do Estado. 
e em linguagem de fácil compreensão. 
§ 2o  Quando não for autorizado acesso integral
à informação por ser ela parcialmente sigilosa,
CAPÍTULO II é assegurado o acesso à parte não sigilosa por
meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação
DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA da parte sob sigilo. 
DIVULGAÇÃO 
§ 3o  O direito de acesso aos documentos ou
Art. 6o  Cabe aos órgãos e entidades do poder públi- às informações neles contidas utilizados como
co, observadas as normas e procedimentos específicos fundamento da tomada de decisão e do ato
aplicáveis, assegurar a:  administrativo será assegurado com a edição do
ato decisório respectivo. 
I - gestão transparente da informação, propi-
ciando amplo acesso a ela e sua divulgação;  § 4o  A negativa de acesso às informações obje-
to de pedido formulado aos órgãos e entidades
II - proteção da informação, garantindo-se sua
referidas no art. 1o, quando não fundamentada,
disponibilidade, autenticidade e integridade; e 
sujeitará o responsável a medidas disciplinares,
III - proteção da informação sigilosa e da infor- nos termos do art. 32 desta Lei. 

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§ 5o  Informado do extravio da informação V - garantir a autenticidade e a integridade das


solicitada, poderá o interessado requerer à informações disponíveis para acesso; 
autoridade competente a imediata abertura de
VI - manter atualizadas as informações disponí-
sindicância para apurar o desaparecimento da
veis para acesso; 
respectiva documentação. 
VII - indicar local e instruções que permitam ao
§ 6o  Verificada a hipótese prevista no § 5o deste
interessado comunicar-se, por via eletrônica ou
artigo, o responsável pela guarda da informação
telefônica, com o órgão ou entidade detentora
extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) dias,
do sítio; e 
justificar o fato e indicar testemunhas que
comprovem sua alegação.  VIII - adotar as medidas necessárias para garan-
tir a acessibilidade de conteúdo para pessoas
Art. 8o  É dever dos órgãos e entidades públicas pro- com deficiência, nos termos do  art. 17 da Lei
mover, independentemente de requerimentos, a di- no 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art.
vulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas 9o da Convenção sobre os Direitos das Pessoas
competências, de informações de interesse coletivo ou com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legisla-
geral por eles produzidas ou custodiadas.  tivo no 186, de 9 de julho de 2008. 
§ 1o  Na divulgação das informações a que se § 4o  Os Municípios com população de até
refere o caput, deverão constar, no mínimo:  10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados
da divulgação obrigatória na internet a que se
I - registro das competências e estrutura organi-
refere o § 2o, mantida a obrigatoriedade de di-
zacional, endereços e telefones das respectivas
vulgação, em tempo real, de informações rela-
unidades e horários de atendimento ao público; 
tivas à execução orçamentária e financeira, nos
II - registros de quaisquer repasses ou transfe- critérios e prazos previstos no  art. 73-B da Lei
rências de recursos financeiros;  Complementar no 101, de 4 de maio de 2000 (Lei
de Responsabilidade Fiscal). 
III - registros das despesas; 
Art. 9o  O acesso a informações públicas será assegu-
IV - informações concernentes a procedimentos
rado mediante: 
licitatórios, inclusive os respectivos editais e re-
sultados, bem como a todos os contratos cele- I - criação de serviço de informações ao cidadão,
brados;  nos órgãos e entidades do poder público, em lo-
V - dados gerais para o acompanhamento de cal com condições apropriadas para: 
programas, ações, projetos e obras de órgãos e a) atender e orientar o público quanto ao acesso
entidades; e  a informações; 
VI - respostas a perguntas mais frequentes da b) informar sobre a tramitação de documentos
sociedade.  nas suas respectivas unidades; 
§ 2o  Para cumprimento do disposto no caput, c) protocolizar documentos e requerimentos de
os órgãos e entidades públicas deverão utilizar acesso a informações; e 
todos os meios e instrumentos legítimos de que
dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em II - realização de audiências ou consultas públi-
sítios oficiais da rede mundial de computadores cas, incentivo à participação popular ou a outras
(internet).  formas de divulgação. 

§ 3o  Os sítios de que trata o § 2o  deverão, na


CAPÍTULO III
forma de regulamento, atender, entre outros,
aos seguintes requisitos: 
DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À
I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo INFORMAÇÃO 
que permita o acesso à informação de forma
objetiva, transparente, clara e em linguagem de Seção I
fácil compreensão; 
II - possibilitar a gravação de relatórios em di- Do Pedido de Acesso 
versos formatos eletrônicos, inclusive abertos e Art. 10.  Qualquer interessado poderá apresentar pe-
não proprietários, tais como planilhas e texto, dido de acesso a informações aos órgãos e entidades
de modo a facilitar a análise das informações;  referidos no art. 1o desta Lei, por qualquer meio legíti-
III - possibilitar o acesso automatizado por siste- mo, devendo o pedido conter a identificação do reque-
mas externos em formatos abertos, estruturados rente e a especificação da informação requerida. 
e legíveis por máquina; 
§ 1o  Para o acesso a informações de interesse
IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados público, a identificação do requerente não pode
para estruturação da informação;  conter exigências que inviabilizem a solicitação. 

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§ 2o  Os órgãos e entidades do poder público Art. 12.  O serviço de busca e fornecimento da infor-
devem viabilizar alternativa de encaminhamento mação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução
de pedidos de acesso por meio de seus sítios de documentos pelo órgão ou entidade pública con-
oficiais na internet.  sultada, situação em que poderá ser cobrado exclusi-
vamente o valor necessário ao ressarcimento do custo
§ 3o  São vedadas quaisquer exigências relativas
dos serviços e dos materiais utilizados. 
aos motivos determinantes da solicitação de
informações de interesse público.  Parágrafo único.  Estará isento de ressarcir os
custos previstos no  caput  todo aquele cuja si-
Art. 11.  O órgão ou entidade pública deverá autorizar
tuação econômica não lhe permita fazê-lo sem
ou conceder o acesso imediato à informação disponí-
prejuízo do sustento próprio ou da família,
vel. 
declarada nos termos da Lei no 7.115, de 29 de
§ 1o  Não sendo possível conceder o acesso agosto de 1983. 
imediato, na forma disposta no  caput, o órgão
ou entidade que receber o pedido deverá, em Art. 13.  Quando se tratar de acesso à informação con-
prazo não superior a 20 (vinte) dias:  tida em documento cuja manipulação possa prejudi-
car sua integridade, deverá ser oferecida a consulta
I - comunicar a data, local e modo para se reali- de cópia, com certificação de que esta confere com o
zar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a original. 
certidão; 
Parágrafo único.  Na impossibilidade de ob-
II - indicar as razões de fato ou de direito da re- tenção de cópias, o interessado poderá solicitar
cusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou  que, a suas expensas e sob supervisão de servi-
III - comunicar que não possui a informação, in- dor público, a reprodução seja feita por outro
dicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou meio que não ponha em risco a conservação do
a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o documento original. 
requerimento a esse órgão ou entidade, cienti-
Art. 14.  É direito do requerente obter o inteiro teor de
ficando o interessado da remessa de seu pedido
decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia. 
de informação. 
§ 2o  O prazo referido no § 1o  poderá ser Seção II
prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante
justificativa expressa, da qual será cientificado
o requerente.  Dos Recursos 

§ 3o  Sem prejuízo da segurança e da proteção Art. 15.  No caso de indeferimento de acesso a infor-
das informações e do cumprimento da legislação mações ou às razões da negativa do acesso, poderá o
aplicável, o órgão ou entidade poderá oferecer interessado interpor recurso contra a decisão no prazo
meios para que o próprio requerente possa de 10 (dez) dias a contar da sua ciência. 
pesquisar a informação de que necessitar. 
Parágrafo único.  O recurso será dirigido à auto-
§ 4o  Quando não for autorizado o acesso por ridade hierarquicamente superior à que exarou
se tratar de informação total ou parcialmente a decisão impugnada, que deverá se manifestar
sigilosa, o requerente deverá ser informado no prazo de 5 (cinco) dias. 
sobre a possibilidade de recurso, prazos e
condições para sua interposição, devendo, Art. 16.  Negado o acesso a informação pelos órgãos ou
ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente entidades do Poder Executivo Federal, o requerente
para sua apreciação.  poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que
deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: 
§ 5o  A informação armazenada em formato
digital será fornecida nesse formato, caso haja I - o acesso à informação não classificada como
anuência do requerente.  sigilosa for negado; 
§ 6o  Caso a informação solicitada esteja II - a decisão de negativa de acesso à informação
disponível ao público em formato impresso, total ou parcialmente classificada como sigilosa
eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso não indicar a autoridade classificadora ou a hie-
universal, serão informados ao requerente, por rarquicamente superior a quem possa ser dirigi-
escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá do pedido de acesso ou desclassificação; 
consultar, obter ou reproduzir a referida
III - os procedimentos de classificação de infor-
informação, procedimento esse que desonerará
mação sigilosa estabelecidos nesta Lei não tive-
o órgão ou entidade pública da obrigação de
rem sido observados; e 
seu fornecimento direto, salvo se o requerente
declarar não dispor de meios para realizar por IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou
si mesmo tais procedimentos.  outros procedimentos previstos nesta Lei. 

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§ 1o  O recurso previsto neste artigo somente CAPÍTULO IV


poderá ser dirigido à Controladoria-Geral da
União depois de submetido à apreciação de DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO 
pelo menos uma autoridade hierarquicamente
superior àquela que exarou a decisão Seção I
impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco)
dias.  Disposições Gerais 
§ 2o  Verificada a procedência das razões Art. 21.  Não poderá ser negado acesso à informação
do recurso, a Controladoria-Geral da União necessária à tutela judicial ou administrativa de direi-
determinará ao órgão ou entidade que adote as tos fundamentais. 
providências necessárias para dar cumprimento
Parágrafo único.  As informações ou documen-
ao disposto nesta Lei. 
tos que versem sobre condutas que impliquem
§ 3o  Negado o acesso à informação pela Con- violação dos direitos humanos praticada por
troladoria-Geral da União, poderá ser interpos- agentes públicos ou a mando de autoridades
to recurso à Comissão Mista de Reavaliação de públicas não poderão ser objeto de restrição de
Informações, a que se refere o art. 35.  acesso. 
Art. 22.  O disposto nesta Lei não exclui as demais hi-
Art. 17.  No caso de indeferimento de pedido de des- póteses legais de sigilo e de segredo de justiça nem as
classificação de informação protocolado em órgão da hipóteses de segredo industrial decorrentes da explo-
administração pública federal, poderá o requerente ração direta de atividade econômica pelo Estado ou
recorrer ao Ministro de Estado da área, sem prejuízo por pessoa física ou entidade privada que tenha qual-
das competências da Comissão Mista de Reavaliação quer vínculo com o poder público. 
de Informações, previstas no art. 35, e do disposto no
art. 16. 
Seção II
§ 1o  O recurso previsto neste artigo somente
poderá ser dirigido às autoridades mencionadas Da Classificação da Informação quanto ao Grau e
depois de submetido à apreciação de pelo menos Prazos de Sigilo 
uma autoridade hierarquicamente superior à
autoridade que exarou a decisão impugnada Art. 23.  São consideradas imprescindíveis à seguran-
e, no caso das Forças Armadas, ao respectivo ça da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de
Comando.  classificação as informações cuja divulgação ou acesso
irrestrito possam: 
§ 2o  Indeferido o recurso previsto no caput que
tenha como objeto a desclassificação de infor- I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais
mação secreta ou ultrassecreta, caberá recurso à ou a integridade do território nacional; 
Comissão Mista de Reavaliação de Informações II - prejudicar ou pôr em risco a condução de
prevista no art. 35.  negociações ou as relações internacionais do
País, ou as que tenham sido fornecidas em ca-
Art. 18.  Os procedimentos de revisão de decisões de-
ráter sigiloso por outros Estados e organismos
negatórias proferidas no recurso previsto no art. 15 e
internacionais; 
de revisão de classificação de documentos sigilosos
serão objeto de regulamentação própria dos Poderes III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde
Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, em da população; 
seus respectivos âmbitos,  assegurado ao solicitante, IV - oferecer elevado risco à estabilidade finan-
em qualquer caso, o direito de ser informado sobre o ceira, econômica ou monetária do País; 
andamento de seu pedido. 
V - prejudicar ou causar risco a planos ou opera-
Art. 19.  (VETADO).  ções estratégicos das Forças Armadas; 
VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pes-
§ 1o  (VETADO). 
quisa e desenvolvimento científico ou tecnológi-
§ 2o  Os órgãos do Poder Judiciário e do co, assim como a sistemas, bens, instalações ou
Ministério Público informarão ao Conselho áreas de interesse estratégico nacional; 
Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do
VII - pôr em risco a segurança de instituições ou
Ministério Público, respectivamente, as decisões
de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e
que, em grau de recurso, negarem acesso a
seus familiares; ou 
informações de interesse público. 
VIII - comprometer atividades de inteligência,
Art. 20.  Aplica-se subsidiariamente, no que couber, bem como de investigação ou fiscalização em
a  Lei no  9.784, de 29 de janeiro de 1999, ao procedi- andamento, relacionadas com a prevenção ou
mento de que trata este Capítulo.  repressão de infrações. 

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Art. 24.  A informação em poder dos órgãos e entida- § 3o  Regulamento disporá sobre procedimentos
des públicas, observado o seu teor e em razão de sua e medidas a serem adotados para o tratamento
imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do de informação sigilosa, de modo a protegê-
Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, se- la contra perda, alteração indevida, acesso,
creta ou reservada.  transmissão e divulgação não autorizados. 
Art. 26.  As autoridades públicas adotarão as provi-
§ 1o  Os prazos máximos de restrição de acesso
dências necessárias para que o pessoal a elas subordi-
à informação, conforme a classificação prevista
nado hierarquicamente conheça as normas e observe
no  caput, vigoram a partir da data de sua
as medidas e procedimentos de segurança para trata-
produção e são os seguintes: 
mento de informações sigilosas. 
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; 
Parágrafo único.  A pessoa física ou entida-
II - secreta: 15 (quinze) anos; e  de privada que, em razão de qualquer vínculo
III - reservada: 5 (cinco) anos.  com o poder público, executar atividades de
tratamento de informações sigilosas adotará as
§ 2o  As informações que puderem colocar providências necessárias para que seus empre-
em risco a segurança do Presidente e Vice- gados, prepostos ou representantes observem
Presidente da República e respectivos cônjuges as medidas e procedimentos de segurança das
e filhos(as) serão classificadas como reservadas informações resultantes da aplicação desta Lei. 
e ficarão sob sigilo até o término do mandato
em exercício ou do último mandato, em caso de Seção IV
reeleição. 
§ 3o  Alternativamente aos prazos previstos no § Dos Procedimentos de Classificação, Reclassificação
1o, poderá ser estabelecida como termo final de e Desclassificação 
restrição de acesso a ocorrência de determinado Art. 27.  A classificação do sigilo de informações no
evento, desde que este ocorra antes do transcurso âmbito da administração pública federal é de compe-
do prazo máximo de classificação.  tência:
§ 4o  Transcorrido o prazo de classificação ou
I - no grau de ultrassecreto, das seguintes auto-
consumado o evento que defina o seu termo final,
ridades: 
a informação tornar-se-á, automaticamente, de
acesso público.  a) Presidente da República; 
§ 5o  Para a classificação da informação b) Vice-Presidente da República; 
em determinado grau de sigilo, deverá ser c) Ministros de Estado e autoridades com as
observado o interesse público da informação mesmas prerrogativas; 
e utilizado o critério menos restritivo possível,
considerados:  d) Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica; e 
I - a gravidade do risco ou dano à segurança da
sociedade e do Estado; e  e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares
permanentes no exterior; 
II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o
evento que defina seu termo final.  II - no grau de secreto, das autoridades referidas
no inciso I, dos titulares de autarquias, funda-
ções ou empresas públicas e sociedades de eco-
Seção III
nomia mista; e 
Da Proteção e do Controle de Informações Sigilosas  III - no grau de reservado, das autoridades refe-
ridas nos incisos I e II e das que exerçam funções
Art. 25.  É dever do Estado controlar o acesso e a divul- de direção, comando ou chefia, nível DAS 101.5,
gação de informações sigilosas produzidas por seus ou superior, do Grupo-Direção e Assessora-
órgãos e entidades, assegurando a sua proteção. mento Superiores, ou de hierarquia equivalen-
te, de acordo com regulamentação específica de
§ 1o  O acesso, a divulgação e o tratamento de
cada órgão ou entidade, observado o disposto
informação classificada como sigilosa ficarão
nesta Lei. 
restritos a pessoas que tenham necessidade
de conhecê-la e que sejam devidamente § 1o  A competência prevista nos incisos I e II, no
credenciadas na forma do regulamento, sem que se refere à classificação como ultrassecreta
prejuízo das atribuições dos agentes públicos e secreta, poderá ser delegada pela autoridade
autorizados por lei.  responsável a agente público, inclusive em
missão no exterior, vedada a subdelegação. 
§ 2o  O acesso à informação classificada como
sigilosa cria a obrigação para aquele que a § 2o  A classificação de informação no grau de
obteve de resguardar o sigilo.  sigilo ultrassecreto pelas autoridades previstas

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nas alíneas “d” e “e” do inciso I deverá ser e indeferidos, bem como informações genéricas
ratificada pelos respectivos Ministros de Estado, sobre os solicitantes. 
no prazo previsto em regulamento. 
§ 1o  Os órgãos e entidades deverão manter
§ 3o  A autoridade ou outro agente público que exemplar da publicação prevista no caput para
classificar informação como ultrassecreta deve- consulta pública em suas sedes. 
rá encaminhar a decisão de que trata o art. 28 à
§ 2o  Os órgãos e entidades manterão extrato
Comissão Mista de Reavaliação de Informações,
com a lista de informações classificadas,
a que se refere o art. 35, no prazo previsto em
acompanhadas da data, do grau de sigilo e dos
regulamento. 
fundamentos da classificação. 
Art. 28.  A classificação de informação em qualquer
grau de sigilo deverá ser formalizada em decisão que Seção V
conterá, no mínimo, os seguintes elementos: 

I - assunto sobre o qual versa a informação;  Das Informações Pessoais 

II - fundamento da classificação, observados os Art. 31.  O tratamento das informações pessoais deve
critérios estabelecidos no art. 24;  ser feito de forma transparente e com respeito à intimi-
dade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem
III - indicação do prazo de sigilo, contado em
como às liberdades e garantias individuais. 
anos, meses ou dias, ou do evento que defina o
seu termo final, conforme limites previstos no § 1o  As informações pessoais, a que se refere
art. 24; e  este artigo, relativas à intimidade, vida privada,
IV - identificação da autoridade que a classifi- honra e imagem: 
cou.  I - terão seu acesso restrito, independentemente
Parágrafo único.  A decisão referida de classificação de sigilo e pelo prazo máximo
no caput será mantida no mesmo grau de sigilo de 100 (cem) anos a contar da sua data de pro-
da informação classificada.  dução, a agentes públicos legalmente autoriza-
dos e à pessoa a que elas se referirem; e 
Art. 29.  A classificação das informações será reavalia-
da pela autoridade classificadora ou por autoridade II - poderão ter autorizada sua divulgação ou
hierarquicamente superior, mediante provocação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou
de ofício, nos termos e prazos previstos em regula- consentimento expresso da pessoa a que elas se
mento, com vistas à sua desclassificação ou à redução referirem. 
do prazo de sigilo, observado o disposto no art. 24.  § 2o  Aquele que obtiver acesso às informações
§ 1o O regulamento a que se refere o caput deverá de que trata este artigo será responsabilizado
considerar as peculiaridades das informações por seu uso indevido. 
produzidas no exterior por autoridades ou § 3o  O consentimento referido no inciso II do
agentes públicos.  § 1o  não será exigido quando as informações
§ 2o  Na reavaliação a que se refere o  caput, forem necessárias: 
deverão ser examinadas a permanência dos I - à prevenção e diagnóstico médico, quando
motivos do sigilo e a possibilidade de danos a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e
decorrentes do acesso ou da divulgação da para utilização única e exclusivamente para o
informação.  tratamento médico; 
§ 3o  Na hipótese de redução do prazo de II - à realização de estatísticas e pesquisas cientí-
sigilo da informação, o novo prazo de restrição ficas de evidente interesse público ou geral, pre-
manterá como termo inicial a data da sua vistos em lei, sendo vedada a identificação da
produção.  pessoa a que as informações se referirem; 
Art. 30.  A autoridade máxima de cada órgão ou enti- III - ao cumprimento de ordem judicial; 
dade publicará, anualmente, em sítio à disposição na
internet e destinado à veiculação de dados e informa- IV - à defesa de direitos humanos; ou 
ções administrativas, nos termos de regulamento:  V - à proteção do interesse público e geral pre-
ponderante. 
I - rol das informações que tenham sido desclas-
sificadas nos últimos 12 (doze) meses;  § 4o  A restrição de acesso à informação relativa
à vida privada, honra e imagem de pessoa não
II - rol de documentos classificados em cada
poderá ser invocada com o intuito de prejudicar
grau de sigilo, com identificação para referência
processo de apuração de irregularidades em que
futura; 
o titular das informações estiver envolvido, bem
III - relatório estatístico contendo a quantidade como em ações voltadas para a recuperação de
de pedidos de informação recebidos, atendidos fatos históricos de maior relevância. 

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§ 5o  Regulamento disporá sobre os I - advertência; 


procedimentos para tratamento de informação
II - multa; 
pessoal. 
III - rescisão do vínculo com o poder público; 
CAPÍTULO V
IV - suspensão temporária de participar em li-
DAS RESPONSABILIDADES 
citação e impedimento de contratar com a ad-
Art. 32.  Constituem condutas ilícitas que ensejam res- ministração pública por prazo não superior a 2
ponsabilidade do agente público ou militar:  (dois) anos; e 
I - recusar-se a fornecer informação requerida V - declaração de inidoneidade para licitar ou
nos termos desta Lei, retardar deliberadamente o contratar com a administração pública, até que
seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmen- seja promovida a reabilitação perante a própria
te de forma incorreta, incompleta ou imprecisa;  autoridade que aplicou a penalidade. 
II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, § 1o  As sanções previstas nos incisos I, III e
destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocul- IV poderão ser aplicadas juntamente com a
tar, total ou parcialmente, informação que se do inciso II, assegurado o direito de defesa do
encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso interessado, no respectivo processo, no prazo de
ou conhecimento em razão do exercício das atri- 10 (dez) dias. 
buições de cargo, emprego ou função pública; 
§ 2o  A reabilitação referida no inciso V será
III - agir com dolo ou má-fé na análise das soli- autorizada somente quando o interessado
citações de acesso à informação; 
efetivar o ressarcimento ao órgão ou entidade
IV - divulgar ou permitir a divulgação ou aces- dos prejuízos resultantes e após decorrido o
sar ou permitir acesso indevido à informação prazo da sanção aplicada com base no inciso IV. 
sigilosa ou informação pessoal; 
§ 3o  A aplicação da sanção prevista no inciso
V - impor sigilo à informação para obter provei- V é de competência exclusiva da autoridade
to pessoal ou de terceiro, ou para fins de oculta- máxima do órgão ou entidade pública, facultada
ção de ato ilegal cometido por si ou por outrem;  a defesa do interessado, no respectivo processo,
VI - ocultar da revisão de autoridade superior no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista. 
competente informação sigilosa para beneficiar Art. 34.  Os órgãos e entidades públicas respondem
a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros; e 
diretamente pelos danos causados em decorrência da
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, divulgação não autorizada ou utilização indevida de
documentos concernentes a possíveis violações informações sigilosas ou informações pessoais, caben-
de direitos humanos por parte de agentes do do a apuração de responsabilidade funcional nos casos
Estado.  de dolo ou culpa, assegurado o respectivo direito de
§ 1o  Atendido o princípio do contraditório, regresso. 
da ampla defesa e do devido processo legal, as
Parágrafo único.  O disposto neste artigo aplica-
condutas descritas no caput serão consideradas: 
se à pessoa física ou entidade privada que, em
I - para fins dos regulamentos disciplinares das virtude de vínculo de qualquer natureza com
Forças Armadas, transgressões militares médias órgãos ou entidades, tenha acesso a informação
ou graves, segundo os critérios neles estabeleci- sigilosa ou pessoal e a submeta a tratamento in-
dos, desde que não tipificadas em lei como cri- devido. 
me ou contravenção penal; ou 
II - para fins do disposto na Lei no 8.112, de 11 CAPÍTULO VI
de dezembro de 1990, e suas alterações, infra-
ções administrativas, que deverão ser apenadas, DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
no mínimo, com suspensão, segundo os crité- Art. 35.  (VETADO). 
rios nela estabelecidos. 
§ 2o  Pelas condutas descritas no caput, poderá § 1o  É instituída a Comissão Mista de
o militar ou agente público responder, também, Reavaliação de Informações, que decidirá, no
por improbidade administrativa, conforme o âmbito da administração pública federal, sobre
disposto nas  Leis nos  1.079, de 10 de abril de o tratamento e a classificação de informações
1950, e 8.429, de 2 de junho de 1992.  sigilosas e terá competência para: 

Art. 33.  A pessoa física ou entidade privada que de- I - requisitar da autoridade que classificar in-
tiver informações em virtude de vínculo de qualquer formação como ultrassecreta e secreta escla-
natureza com o poder público e deixar de observar o recimento ou conteúdo, parcial ou integral da
disposto nesta Lei estará sujeita às seguintes sanções:  informação; 

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II - rever a classificação de informações ultras- Art. 38.  Aplica-se, no que couber, a Lei no 9.507, de 12
secretas ou secretas, de ofício ou mediante pro- de novembro de 1997, em relação à informação de pes-
vocação de pessoa interessada, observado o dis- soa, física ou jurídica, constante de registro ou banco
posto no art. 7o e demais dispositivos desta Lei; de dados de entidades governamentais ou de caráter
e  público. 
III - prorrogar o prazo de sigilo de informação Art. 39.  Os órgãos e entidades públicas deverão proce-
classificada como ultrassecreta, sempre por der à reavaliação das informações classificadas como
prazo determinado, enquanto o seu acesso ou ultrassecretas e secretas no prazo máximo de 2 (dois)
divulgação puder ocasionar ameaça externa à anos, contado do termo inicial de vigência desta Lei. 
soberania nacional ou à integridade do territó-
rio nacional ou grave risco às relações interna- § 1o  A restrição de acesso a informações, em
cionais do País, observado o prazo previsto no razão da reavaliação prevista no caput, deverá
§ 1o do art. 24.  observar os prazos e condições previstos nesta
Lei. 
§ 2o  O prazo referido no inciso III é limitado a
uma única renovação.  § 2o No âmbito da administração pública federal,
a reavaliação prevista no  caput  poderá ser
§ 3o  A revisão de ofício a que se refere o inciso revista, a qualquer tempo, pela Comissão Mista
II do § 1o deverá ocorrer, no máximo, a cada 4 de Reavaliação de Informações, observados os
(quatro) anos, após a reavaliação prevista no art. termos desta Lei.
39, quando se tratar de documentos ultrassecre-
§ 3o  Enquanto não transcorrido o prazo de
tos ou secretos. 
reavaliação previsto no  caput, será mantida
§ 4o  A não deliberação sobre a revisão pela a classificação da informação nos termos da
Comissão Mista de Reavaliação de Informações legislação precedente. 
nos prazos previstos no § 3o  implicará a § 4o As informações classificadas como secretas e
desclassificação automática das informações.  ultrassecretas não reavaliadas no prazo previsto
no caput serão consideradas, automaticamente,
§ 5o  Regulamento disporá sobre a composição,
de acesso público. 
organização e funcionamento da Comissão
Mista de Reavaliação de Informações, observado
o mandato de 2 (dois) anos para seus integrantes Art. 40.  No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da
e demais disposições desta Lei. vigência desta Lei, o dirigente máximo de cada órgão
ou entidade da administração pública federal direta e
Art. 36.  O tratamento de informação sigilosa resultan- indireta designará autoridade que lhe seja diretamente
te de tratados, acordos ou atos internacionais atenderá subordinada para, no âmbito do respectivo órgão ou
às normas e recomendações constantes desses instru- entidade, exercer as seguintes atribuições: 
mentos. 
I - assegurar o cumprimento das normas relati-
vas ao acesso a informação, de forma eficiente e
Art. 37.  É instituído, no âmbito do Gabinete de Segu-
adequada aos objetivos desta Lei; 
rança Institucional da Presidência da República, o Nú-
cleo de Segurança e Credenciamento (NSC), que tem II - monitorar a implementação do disposto nes-
por objetivos:  ta Lei e apresentar relatórios periódicos sobre o
seu cumprimento; 
I - promover e propor a regulamentação do cre-
denciamento de segurança de pessoas físicas, III - recomendar as medidas indispensáveis à
empresas, órgãos e entidades para tratamento implementação e ao aperfeiçoamento das nor-
de informações sigilosas; e  mas e procedimentos necessários ao correto
cumprimento do disposto nesta Lei; e 
II - garantir a segurança de informações sigi-
losas, inclusive aquelas provenientes de países IV - orientar as respectivas unidades no que se
ou organizações internacionais com os quais a refere ao cumprimento do disposto nesta Lei e
República Federativa do Brasil tenha firmado seus regulamentos. 
tratado, acordo, contrato ou qualquer outro ato
internacional, sem prejuízo das atribuições do Art. 41.  O Poder Executivo Federal designará órgão
Ministério das Relações Exteriores e dos demais da administração pública federal responsável: 
órgãos competentes. 
I - pela promoção de campanha de abrangência
Parágrafo único.  Regulamento disporá sobre a nacional de fomento à cultura da transparência
composição, organização e funcionamento do na administração pública e conscientização do
NSC.  direito fundamental de acesso à informação; 

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II - pelo treinamento de agentes públicos no que


se refere ao desenvolvimento de práticas rela- ACESSO À INFORMAÇÃO: DECRETO
08
cionadas à transparência na administração pú- 58.052/12
blica; 
Decreto nº 58.052, de 16 de maio de 2012
III - pelo monitoramento da aplicação da lei no
âmbito da administração pública federal, con- Regulamenta a Lei federal n° 12.527, de 18 de no-
centrando e consolidando a publicação de infor- vembro de 2011, que regula o acesso a informações, e
mações estatísticas relacionadas no art. 30;  dá providências correlatas
IV - pelo encaminhamento ao Congresso Nacio- Considerando que é dever do Poder Público pro-
nal de relatório anual com informações atinen- mover a gestão dos documentos públicos para assegu-
tes à implementação desta Lei.  rar o acesso às informações neles contidas, de acordo
com o § 2º do artigo 216 da Constituição Federal e com
Art. 42.  O Poder Executivo regulamentará o disposto o artigo 1º da Lei federal nº 8.159, de 8 de janeiro de
nesta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar 1991;
da data de sua publicação. 
Considerando que cabe ao Estado definir, em legis-
lação própria, regras específicas para o cumprimento
Art. 43.  O inciso VI do art. 116 da Lei no 8.112, de 11 das determinações previstas na Lei federal nº 12.527,
de dezembro de 1990, passa a vigorar com a seguinte de 18 de novembro de 2011, que regula o acesso a in-
redação:  formações;

“Art. 116.  ................................................................ Considerando as disposições das Leis estaduais


... nº 10.177, de 30 de dezembro de 1998, que regula o
processo administrativo e nº 10.294, de 20 de abril de
VI -  levar as irregularidades de que tiver
1999, que dispõe sobre proteção e defesa do usuário de
ciência em razão do cargo ao conhecimento da serviços públicos, e dos Decretos estaduais nº 22.789,
autoridade superior ou, quando houver suspeita de 19 de outubro de 1984, que institui o Sistema de
de envolvimento desta, ao conhecimento de Arquivos do Estado de São Paulo - SAESP, nº 44.074,
outra autoridade competente para apuração; de 1º de julho de 1999, que regulamenta a composição
(NR)  e estabelece a competência das Ouvidorias, nº 54.276,
Art. 44.  O Capítulo IV do Título IV da Lei no 8.112, de de 27 de abril de 2009 , que reorganiza a Unidade do
1990, passa a vigorar acrescido do seguinte art. 126-A:  Arquivo Público do Estado, da Casa Civil, nº 55.479,
de 25 de fevereiro de 2010 , que institui na Casa Civil
“Art. 126-A.  Nenhum servidor poderá ser res- o Comitê Gestor do Sistema Informatizado Unificado
de Gestão Arquivística de Documentos e Informações
ponsabilizado civil, penal ou administrativa-
- SPdoc, alterado pelo de nº 56.260, de 6 de outubro
mente por dar ciência à autoridade superior ou,
de 2010 , nº 55.559, de 12 de março de 2010 , que ins-
quando houver suspeita de envolvimento desta,
titui o Portal do Governo Aberto SP e nº 57.500, de 8
a outra autoridade competente para apuração
de novembro de 2011 , que reorganiza a Corregedoria
de informação concernente à prática de crimes Geral da Administração e institui o Sistema Estadual
ou improbidade de que tenha conhecimento, de Controladoria; e
ainda que em decorrência do exercício de cargo,
emprego ou função pública.”  Considerando, finalmente, a proposta apresentada
pelo Grupo Técnico instituído pela Resolução CC-3, de
Art. 45.  Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos 9 de janeiro de 2012, junto ao Comitê de Qualidade da
Municípios, em legislação própria, obedecidas as nor- Gestão Pública,
mas gerais estabelecidas nesta Lei, definir regras espe-
Decreta:
cíficas, especialmente quanto ao disposto no art. 9o e
na Seção II do Capítulo III. 
CAPÍTULO I

Art. 46.  Revogam-se:  Disposições Gerais


I - a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005; e  Artigo 1º - Este decreto define procedimentos a serem
observados pelos órgãos e entidades da Administração
II - os arts. 22 a 24 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro Pública Estadual, e pelas entidades privadas sem fins
de 1991.  lucrativos que recebam recursos públicos estaduais
para a realização de atividades de interesse público, à
Art. 47.  Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) vista das normas gerais estabelecidas na Lei federal nº
dias após a data de sua publicação.   12.527, de 18 de novembro de 2011.

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Artigo 2º - O direito fundamental de acesso a docu- IX - documentos de arquivo: todos os registros


mentos, dados e informações será assegurado median- de informação, em qualquer suporte, inclusive o
te: magnético ou óptico, produzidos, recebidos ou
acumulados por órgãos e entidades da Admi-
I - observância da publicidade como preceito nistração Pública Estadual, no exercício de suas
geral e do sigilo como exceção; funções e atividades;
II - implementação da política estadual de ar-
X - disponibilidade: qualidade da informação
quivos e gestão de documentos;
que pode ser conhecida e utilizada por indiví-
III - divulgação de informações de interesse pú- duos, equipamentos ou sistemas autorizados;
blico, independentemente de solicitações;
XI - documento: unidade de registro de infor-
IV - utilização de meios de comunicação viabili- mações, qualquer que seja o suporte ou formato;
zados pela tecnologia da informação;
XII - gestão de documentos: conjunto de proce-
V - fomento ao desenvolvimento da cultura de dimentos e operações técnicas referentes à sua
transparência na administração pública; produção, classificação, avaliação, tramitação,
VI - desenvolvimento do controle social da ad- uso, arquivamento e reprodução, que assegura
ministração pública. a racionalização e a eficiência dos arquivos;
Artigo 3º - Para os efeitos deste decreto, consideram-se XIII - informação: dados, processados ou não,
as seguintes definições: que podem ser utilizados para produção e trans-
missão de conhecimento, contidos em qualquer
I - arquivos públicos: conjuntos de documentos
meio, suporte ou formato;
produzidos, recebidos e acumulados por órgãos
públicos, autarquias, fundações instituídas ou XIV - informação pessoal: aquela relacionada à
mantidas pelo Poder Público, empresas públi- pessoa natural identificada ou identificável;
cas, sociedades de economia mista, entidades
privadas encarregadas da gestão de serviços XV - informação sigilosa: aquela submetida
públicos e organizações sociais, no exercício de temporariamente à restrição de acesso público
suas funções e atividades; em razão de sua imprescindibilidade para a se-
gurança da sociedade e do Estado;
II - autenticidade: qualidade da informação que
tenha sido produzida, expedida, recebida ou XVI - integridade: qualidade da informação não
modificada por determinado indivíduo, equi- modificada, inclusive quanto à origem, trânsito
pamento ou sistema; e destino;
III - classificação de sigilo: atribuição, pela au- XVII - marcação: aposição de marca assinalando
toridade competente, de grau de sigilo a docu- o grau de sigilo de documentos, dados ou in-
mentos, dados e informações; formações, ou sua condição de acesso irrestrito,
IV - credencial de segurança: autorização por após sua desclassificação;
escrito concedida por autoridade competente, XVIII - metadados: são informações estruturadas
que habilita o agente público estadual no efetivo e codificadas que descrevem e permitem geren-
exercício de cargo, função, emprego ou ativida- ciar, compreender, preservar e acessar os docu-
de pública a ter acesso a documentos, dados e mentos digitais ao longo do tempo e referem-se a:
informações sigilosas;
a) identificação e contexto documental (iden-
V - criptografia: processo de escrita à base de tificador único, instituição produtora, nomes,
métodos lógicos e controlados por chaves, cifras
assunto, datas, local, código de classificação,
ou códigos, de forma que somente os usuários
tipologia documental, temporalidade, destina-
autorizados possam reestabelecer sua forma
ção, versão, documentos relacionados, idioma e
original;
indexação);
VI - custódia: responsabilidade pela guarda de
documentos, dados e informações; b) segurança (grau de sigilo, informações sobre
criptografia, assinatura digital e outras marcas
VII - dado público: sequência de símbolos ou va- digitais);
lores, representado em algum meio, produzido
ou sob a guarda governamental, em decorrência c) contexto tecnológico (formato de arquivo, ta-
de um processo natural ou artificial, que não te- manho de arquivo, dependências de hardware
nha seu acesso restrito por legislação específica; e software, tipos de mídias, algoritmos de com-
pressão) e localização física do documento;
VIII - desclassificação: supressão da classifica-
ção de sigilo por ato da autoridade competente XIX - primariedade: qualidade da informação
ou decurso de prazo, tornando irrestrito o aces- coletada na fonte, com o máximo de detalha-
so a documentos, dados e informações sigilosas; mento possível, sem modificações;

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XX - reclassificação: alteração, pela autoridade arquivos e gestão de documentos, a que se refere o ar-
competente, da classificação de sigilo de docu- tigo 2º, inciso II deste decreto, e deverá propor normas,
mentos, dados e informações; procedimentos e requisitos técnicos complementares,
visando o tratamento da informação.
XXI - rol de documentos, dados e informações
sigilosas e pessoais: relação anual, a ser publi- Parágrafo único - Integram a política estadual
cada pelas autoridades máximas de órgãos e de arquivos e gestão de documentos:
entidades, de documentos, dados e informações
classificadas, no período, como sigilosas ou pes- 1. os serviços de protocolo e arquivo dos órgãos
soais, com identificação para referência futura; e entidades;

XXII - serviço ou atendimento presencial: aque- 2. as Comissões de Avaliação de Documentos e


le prestado na presença física do cidadão, prin- Acesso - CADA, a que se refere o artigo 11 deste
cipal beneficiário ou interessado no serviço; decreto;

XXIII - serviço ou atendimento eletrônico: aque- 3. o Sistema Informatizado Unificado de Gestão


le prestado remotamente ou à distância, utili- Arquivística de Documentos e Informações -
zando meios eletrônicos de comunicação; SPdoc;

XXIV - tabela de documentos, dados e informa- 4. os Serviços de Informações ao Cidadão - SIC.


ções sigilosas e pessoais: relação exaustiva de do-
cumentos, dados e informações com quaisquer Artigo 6º - Para garantir efetividade à política de ar-
restrição de acesso, com a indicação do grau de quivos e gestão de documentos, os órgãos e entidades
sigilo, decorrente de estudos e pesquisas pro- da Administração Pública Estadual deverão:
movidos pelas Comissões de Avaliação de Do- I - providenciar a elaboração de planos de classi-
cumentos e Acesso - CADA, e publicada pelas ficação e tabelas de temporalidade de documen-
autoridades máximas dos órgãos e entidades; tos de suas atividades-fim, a que se referem,
XXV - tratamento da informação: conjunto de respectivamente, os artigos 10 a 18 e 19 a 23, do
ações referentes à produção, recepção, classi- Decreto nº 48.897, de 27 de agosto de 2004 ;
ficação, utilização, acesso, reprodução, trans- II - cadastrar todos os seus documentos no Sis-
porte, transmissão, distribuição, arquivamento, tema Informatizado Unificado de Gestão Arqui-
armazenamento, eliminação, avaliação, destina- vística de Documentos e Informações - SPdoc.
ção ou controle da informação.
Parágrafo único - As propostas de planos de
CAPÍTULO II classificação e de tabelas de temporalidade de
documentos deverão ser apreciadas pelos ór-
Do Acesso a Documentos, Dados e Informações gãos jurídicos dos órgãos e entidades e encami-
nhadas à Unidade do Arquivo Público do Esta-
SEÇÃO I do para aprovação, antes de sua oficialização.

Disposições Gerais Artigo 7º - Ficam criados, em todos os órgãos e entida-


des da Administração Pública Estadual, os Serviços de
Artigo 4º - É dever dos órgãos e entidades da Adminis- Informações ao Cidadão - SIC, a que se refere o artigo
tração Pública Estadual: 5º, inciso IV, deste decreto, diretamente subordinados
I - promover a gestão transparente de documen- aos seus titulares, em local com condições apropriadas,
tos, dados e informações, assegurando sua dis- infraestrutura tecnológica e equipe capacitada para:
ponibilidade, autenticidade e integridade, para I - realizar atendimento presencial e/ou eletrôni-
garantir o pleno direito de acesso; co na sede e nas unidades subordinadas, pres-
II - divulgar documentos, dados e informações tando orientação ao público sobre os direitos
de interesse coletivo ou geral, sob sua custódia, do requerente, o funcionamento do Serviço de
independentemente de solicitações; Informações ao Cidadão - SIC, a tramitação de
documentos, bem como sobre os serviços pres-
III - proteger os documentos, dados e informa- tados pelas respectivas unidades do órgão ou
ções sigilosas e pessoais, por meio de critérios entidade;
técnicos e objetivos, o menos restritivo possível.
II - protocolar documentos e requerimentos de
SEÇÃO II acesso a informações, bem como encaminhar os
pedidos de informação aos setores produtores ou
Da Gestão de Documentos, Dados e Informações detentores de documentos, dados e informações;
Artigo 5º - A Unidade do Arquivo Público do Estado, III - controlar o cumprimento de prazos por
na condição de órgão central do Sistema de Arquivos parte dos setores produtores ou detentores de
do Estado de São Paulo - SAESP, é a responsável pela documentos, dados e informações, previstos no
formulação e implementação da política estadual de artigo 15 deste decreto;

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IV - realizar o serviço de busca e fornecimento II - dado ou informação contida em registros ou


de documentos, dados e informações sob custó- documentos, produzidos ou acumulados por
dia do respectivo órgão ou entidade, ou forne- seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a
cer ao requerente orientação sobre o local onde arquivos públicos;
encontrá-los.
III - documento, dado ou informação produzida
§ 1º - As autoridades máximas dos órgãos e en- ou custodiada por pessoa física ou entidade pri-
tidades da Administração Pública Estadual de- vada decorrente de qualquer vínculo com seus
verão designar, no prazo de 30 (trinta) dias, os órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já
responsáveis pelos Serviços de Informações ao tenha cessado;
Cidadão - SIC.
IV - dado ou informação primária, íntegra, au-
§ 2º - Para o pleno desempenho de suas atribui- têntica e atualizada;
ções, os Serviços de Informações ao Cidadão -
V - documento, dado ou informação sobre ati-
SIC deverão:
vidades exercidas pelos órgãos e entidades, in-
1. manter intercâmbio permanente com os servi- clusive as relativas à sua política, organização e
ços de protocolo e arquivo; serviços;
2. buscar informações junto aos gestores de sis- VI - documento, dado ou informação pertinente
temas informatizados e bases de dados, inclusi- à administração do patrimônio público, utili-
ve de portais e sítios institucionais; zação de recursos públicos, licitação, contratos
administrativos;
3. atuar de forma integrada com as Ouvidorias,
instituídas pela Lei estadual nº 10.294, de 20 VII - documento, dado ou informação relativa:
de abril de 1999, e organizadas pelo Decreto nº
a) à implementação, acompanhamento e resul-
44.074, de 1º de julho de 1999.
tados dos programas, projetos e ações dos ór-
§ 3º - Os Serviços de Informações ao Cidadão - gãos e entidades públicas, bem como metas e
SIC, independentemente do meio utilizado, de- indicadores propostos;
verão ser identificados com ampla visibilidade.
b) ao resultado de inspeções, auditorias, presta-
Artigo 8º - A Casa Civil deverá providenciar a contra- ções e tomadas de contas realizadas pelos órgãos
tação de serviços para o desenvolvimento de “Siste- de controle interno e externo, incluindo presta-
ma Integrado de Informações ao Cidadão”, capaz de ções de contas relativas a exercícios anteriores.
interoperar com o SPdoc, a ser utilizado por todos os
§ 1º - O acesso aos documentos, dados e infor-
órgãos e entidades nos seus respectivos Serviços de In-
mações previsto no “caput” deste artigo não
formações ao Cidadão - SIC.
compreende as informações referentes a proje-
Artigo 9º - A Unidade do Arquivo Público do Estado, tos de pesquisa e desenvolvimento científicos
da Casa Civil, deverá adotar as providências neces- ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à
sárias para a organização dos serviços da Central de segurança da sociedade e do Estado.
Atendimento ao Cidadão - CAC, instituída pelo De- § 2º - Quando não for autorizado acesso integral
creto nº 54.276, de 27 de abril de 2009, com a finalidade ao documento, dado ou informação por ser ela
de: parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à
I - coordenar a integração sistêmica dos Servi- parte não sigilosa por meio de certidão, extrato
ços de Informações ao Cidadão - SIC, instituídos ou cópia com ocultação da parte sob sigilo.
nos órgãos e entidades; § 3º - O direito de acesso aos documentos, aos
II - realizar a consolidação e sistematização de dados ou às informações neles contidas utiliza-
dados a que se refere o artigo 26 deste decreto, dos como fundamento da tomada de decisão e
bem como a elaboração de estatísticas sobre as do ato administrativo será assegurado com a
demandas de consulta e os perfis de usuários, edição do ato decisório respectivo.
visando o aprimoramento dos serviços. § 4º - A negativa de acesso aos documentos, da-
Parágrafo único - Os Serviços de Informações ao dos e informações objeto de pedido formulado
Cidadão - SIC deverão fornecer, periodicamen- aos órgãos e entidades referidas no artigo 1º
te, à Central de Atendimento ao Cidadão - CAC, deste decreto, quando não fundamentada, sujei-
dados atualizados dos atendimentos prestados. tará o responsável a medidas disciplinares, nos
termos do artigo 32 da Lei federal nº 12.527, de
Artigo 10 - O acesso aos documentos, dados e infor- 18 de novembro de 2011.
mações compreende, entre outros, os direitos de obter:
§ 5º - Informado do extravio da informação so-
I - orientação sobre os procedimentos para a licitada, poderá o interessado requerer à auto-
consecução de acesso, bem como sobre o local ridade competente a imediata instauração de
onde poderá ser encontrado ou obtido o docu- apuração preliminar para investigar o desapa-
mento, dado ou informação almejada; recimento da respectiva documentação.

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§ 6º - Verificada a hipótese prevista no § 5º deste V - comunicar à Unidade do Arquivo Público


artigo, o responsável pela guarda da informação do Estado a publicação de tabela de documen-
extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) dias, tos, dados e informações sigilosas e pessoais, e
justificar o fato e indicar testemunhas que com- suas eventuais alterações, para consolidação de
provem sua alegação. dados, padronização de critérios e realização de
estudos técnicos na área;
SEÇÃO III VI - propor à autoridade máxima do órgão ou
entidade a renovação, alteração de prazos, re-
Das Comissões de Avaliação de Documentos e classificação ou desclassificação de documen-
Acesso tos, dados e informações sigilosas;

Artigo 11 - As Comissões de Avaliação de Documentos VII - manifestar-se sobre os prazos mínimos de


de Arquivo, a que se referem os Decretos nº 29.838, de restrição de acesso aos documentos, dados ou
18 de abril de 1989, e nº 48.897, de 27 de agosto de 2004, informações pessoais;
instituídas nos órgãos e entidades da Administração VIII - atuar como instância consultiva da auto-
Pública Estadual, passarão a ser denominadas Comis- ridade máxima do órgão ou entidade, sempre
sões de Avaliação de Documentos e Acesso - CADA. que provocada, sobre os recursos interpostos re-
lativos às solicitações de acesso a documentos,
§ 1º - As Comissões de Avaliação de Documen- dados e informações não atendidas ou indeferi-
tos e Acesso - CADA deverão ser vinculadas ao das, nos termos do parágrafo único do artigo 19
Gabinete da autoridade máxima do órgão ou deste decreto;
entidade.
IX - informar à autoridade máxima do órgão ou
§ 2º - As Comissões de Avaliação de Documen- entidade a previsão de necessidades orçamen-
tos e Acesso - CADA serão integradas por ser- tárias, bem como encaminhar relatórios periódi-
vidores de nível superior das áreas jurídica, de cos sobre o andamento dos trabalhos.
administração geral, de administração finan-
ceira, de arquivo e protocolo, de tecnologia da Parágrafo único - Para o perfeito cumprimento
informação e por representantes das áreas espe- de suas atribuições as Comissões de Avaliação
cíficas da documentação a ser analisada. de Documentos e Acesso - CADA poderão con-
vocar servidores que possam contribuir com
§ 3º - As Comissões de Avaliação de Documentos seus conhecimentos e experiências, bem como
e Acesso - CADA serão compostas por 5 (cinco), constituir subcomissões e grupos de trabalho.
7 (sete) ou 9 (nove) membros, designados pela
autoridade máxima do órgão ou entidade. Artigo 13 - À Unidade do Arquivo Público do Estado,
órgão central do Sistema de Arquivos do Estado de
Artigo 12 - São atribuições das Comissões de Avaliação São Paulo - SAESP, responsável por propor a política
de Documentos e Acesso - CADA, além daquelas pre- de acesso aos documentos públicos, nos termos do ar-
vistas para as Comissões de Avaliação de Documentos tigo 6º, inciso XII, do Decreto nº 22.789, de 19 de outu-
de Arquivo nos Decretos nº 29.838, de 18 de abril de bro de 1984, caberá o reexame, a qualquer tempo, das
1989, e nº 48.897, de 27 de agosto de 2004: tabelas de documentos, dados e informações sigilosas
I - orientar a gestão transparente dos documen- e pessoais dos órgãos e entidades da Administração
tos, dados e informações do órgão ou entidade, Pública Estadual.
visando assegurar o amplo acesso e divulgação;
SEÇÃO IV
II - realizar estudos, sob a orientação técnica
da Unidade do Arquivo Público do Estado, ór- Do Pedido
gão central do Sistema de Arquivos do Estado
Artigo 14 - O pedido de informações deverá ser apre-
de São Paulo - SAESP, visando à identificação
sentado ao Serviço de Informações ao Cidadão - SIC
e elaboração de tabela de documentos, dados e
do órgão ou entidade, por qualquer meio legítimo que
informações sigilosas e pessoais, de seu órgão
contenha a identificação do interessado (nome, núme-
ou entidade;
ro de documento e endereço) e a especificação da in-
III - encaminhar à autoridade máxima do ór- formação requerida.
gão ou entidade a tabela mencionada no inciso
II deste artigo, bem como as normas e proce- Artigo 15 - O Serviço de Informações ao Cidadão - SIC
dimentos visando à proteção de documentos, do órgão ou entidade responsável pelas informações
dados e informações sigilosas e pessoais, para solicitadas deverá conceder o acesso imediato àquelas
oitiva do órgão jurídico e posterior publicação; disponíveis.

IV - orientar o órgão ou entidade sobre a corre- § 1º - Na impossibilidade de conceder o acesso


ta aplicação dos critérios de restrição de acesso imediato, o Serviço de Informações ao Cidadão
constantes das tabelas de documentos, dados e - SIC do órgão ou entidade, em prazo não supe-
informações sigilosas e pessoais; rior a 20 (vinte) dias, deverá:

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Noções de Administração Pública

1. comunicar a data, local e modo para se reali- dicar sua integridade, deverá ser oferecida a consulta
zar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a de cópia, com certificação de que esta confere com o
certidão; original.
2. indicar as razões de fato ou de direito da recu- Parágrafo único - Na impossibilidade de ob-
sa, total ou parcial, do acesso pretendido; tenção de cópias, o interessado poderá solicitar
3. comunicar que não possui a informação, in- que, a suas expensas e sob Grupo Técnico su-
dicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou pervisão de servidor público, a reprodução seja
a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o feita por outro meio que não ponha em risco a
requerimento a esse órgão ou entidade, cienti- conservação do documento original.
ficando o interessado da remessa de seu pedido Artigo 18 - É direito do interessado obter o inteiro teor
de informação. de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia.
§ 2º - O prazo referido no § 1º deste artigo po-
derá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, me- SEÇÃO V
diante justificativa expressa, da qual será cienti-
ficado o interessado. Dos Recursos

§ 3º - Sem prejuízo da segurança e da proteção Artigo 19 - No caso de indeferimento de acesso aos do-
das informações e do cumprimento da legisla- cumentos, dados e informações ou às razões da negati-
ção aplicável, o Serviço de Informações ao Cida- va do acesso, bem como o não atendimento do pedido,
dão - SIC do órgão ou entidade poderá oferecer poderá o interessado interpor recurso contra a decisão
meios para que o próprio interessado possa pes- no prazo de 10 (dez) dias a contar de sua ciência.
quisar a informação de que necessitar.
Parágrafo único - O recurso será dirigido à
§ 4º - Quando não for autorizado o acesso por se apreciação de pelo menos uma autoridade hie-
tratar de informação total ou parcialmente sigi- rarquicamente superior à que exarou a decisão
losa, o interessado deverá ser informado sobre impugnada, que deverá se manifestar, após
a possibilidade de recurso, prazos e condições eventual consulta à Comissão de Avaliação de
para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe Documentos e Acesso - CADA, a que se referem
indicada a autoridade competente para sua os artigos 11 e 12 deste decreto, e ao órgão jurí-
apreciação. dico, no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 5º - A informação armazenada em formato “Artigo 20 – Negado o acesso ao documento,
digital será fornecida nesse formato, caso haja dado e informação pelos órgãos ou entidades
anuência do interessado. da Administração Pública Estadual, o interessa-
§ 6º - Caso a informação solicitada esteja dis- do poderá recorrer, no prazo de 10 (dez) dias,
ponível ao público em formato impresso, ele- à Ouvidoria Geral do Estado, da Secretaria de
trônico ou em qualquer outro meio de acesso Governo, que deliberará no prazo de 5 (cinco)
universal, serão informados ao interessado, por dias se:”; (NR)
escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá I - o acesso ao documento, dado ou informação
consultar, obter ou reproduzir a referida infor- não classificada como sigilosa for negado;
mação, procedimento esse que desonerará o
órgão ou entidade pública da obrigação de seu II - a decisão de negativa de acesso ao documen-
fornecimento direto, salvo se o interessado de- to, dado ou informação, total ou parcialmente
clarar não dispor de meios para realizar por si classificada como sigilosa, não indicar a autori-
mesmo tais procedimentos. dade classificadora ou a hierarquicamente su-
perior a quem possa ser dirigido o pedido de
Artigo 16 - O serviço de busca e fornecimento da infor- acesso ou desclassificação;
mação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução
de documentos pelo órgão ou entidade pública con- III - os procedimentos de classificação de sigilo
sultada, situação em que poderá ser cobrado exclusi- estabelecidos na Lei federal nº 12.527, de 18 de
vamente o valor necessário ao ressarcimento do custo novembro de 2011, não tiverem sido observados;
dos serviços e dos materiais utilizados, a ser fixado em IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou
ato normativo pelo Chefe do Executivo. outros procedimentos previstos na Lei federal
Parágrafo único - Estará isento de ressarcir os nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
custos previstos no “caput” deste artigo todo “§ 1º - O recurso previsto neste artigo somente
aquele cuja situação econômica não lhe permita poderá ser dirigido à Ouvidoria Geral do Esta-
fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da do depois de submetido à apreciação de pelo
família, declarada nos termos da Lei federal nº
menos uma autoridade hierarquicamente su-
7.115, de 29 de agosto de 1983.
perior àquela que exarou a decisão impugnada,
Artigo 17 - Quando se tratar de acesso à informação nos termos do parágrafo único do artigo 19 des-
contida em documento cuja manipulação possa preju- te decreto.”; (NR)

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“§ 2º - Verificada a procedência das razões do re- 1. conter ferramenta de pesquisa de conteúdo


curso, a Ouvidoria Geral do Estado determinará que permita o acesso à informação de forma
ao órgão ou entidade que adote as providências objetiva, transparente, clara e em linguagem de
necessárias para dar cumprimento ao disposto fácil compreensão;
na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de
2. possibilitar a gravação de relatórios em diver-
2011, e neste decreto.”; (NR)
sos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não
“Artigo 21 – Negado o acesso ao documento, proprietários, tais como planilhas e texto, de
dado ou informação pela Ouvidoria Geral do Es- modo a facilitar a análise das informações;
tado, o requerente poderá, no prazo de 10 (dez)
3. possibilitar o acesso automatizado por siste-
dias a contar da sua ciência, interpor recurso à
mas externos em formatos abertos, estruturados
Comissão Estadual de Acesso à Informação, de e legíveis por máquina;
que trata o artigo 76 deste decreto.”; (NR)
4. divulgar em detalhes os formatos utilizados
Artigo 22 - Aplica-se, no que couber, a Lei estadual nº para estruturação da informação;
10.177, de 30 de dezembro de 1998, ao procedimento
de que trata este Capítulo. 5. garantir a autenticidade e a integridade das
informações disponíveis para acesso;
CAPÍTULO III 6. manter atualizadas as informações disponí-
veis para acesso;
Da Divulgação de Documentos, Dados e
Informações 7. indicar local e instruções que permitam ao
interessado comunicar-se, por via eletrônica ou
Artigo 23 - É dever dos órgãos e entidades da Admi-
telefônica, com o órgão ou entidade detentora
nistração Pública Estadual promover, independen-
do sítio;
temente de requerimentos, a divulgação em local de
fácil acesso, no âmbito de suas competências, de docu- 8. adotar as medidas necessárias para garantir
mentos, dados e informações de interesse coletivo ou a acessibilidade de conteúdo para pessoas com
geral por eles produzidas ou custodiadas. deficiência, nos termos do artigo 17 da Lei fede-
ral nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, artigo
§ 1º - Na divulgação das informações a que se 9° da Convenção sobre os Direitos das Pessoas
refere o “caput” deste artigo, deverão constar, com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legisla-
no mínimo: tivo nº 186, de 9 de julho de 2008, e da Lei esta-
1. registro das competências e estrutura organi- dual n° 12.907, de 15 de abril de 2008.
zacional, endereços e telefones das respectivas Artigo 24 - Os documentos que contenham informa-
unidades e horários de atendimento ao público; ções que se enquadrem nos casos referidos no artigo
2. registros de quaisquer repasses ou transferên- anterior deverão estar cadastrados no Sistema Infor-
cias de recursos financeiros; matizado Unificado de Gestão Arquivística de Docu-
mentos e Informações - SPdoc.
3. registros de receitas e despesas;
4. informações concernentes a procedimentos Artigo 25 - A autoridade máxima de cada órgão ou
licitatórios, inclusive os respectivos editais e entidade estadual publicará, anualmente, em sítio
resultados, bem como a todos os contratos ce- próprio, bem como no Portal da Transparência e do
lebrados; Governo Aberto:

5. relatórios, estudos e pesquisas; I - rol de documentos, dados e informações que


6. dados gerais para o acompanhamento da exe- tenham sido desclassificadas nos últimos 12
cução orçamentária, de programas, ações, proje- (doze) meses;
tos e obras de órgãos e entidades;
II - rol de documentos classificados em cada
7. respostas a perguntas mais frequentes da so- grau de sigilo, com identificação para referência
ciedade. futura;
§ 2º - Para o cumprimento do disposto no III - relatório estatístico contendo a quantidade
“caput” deste artigo, os órgãos e entidades es- de pedidos de informação recebidos, atendidos
taduais deverão utilizar todos os meios e ins- e indeferidos, bem como informações genéricas
trumentos legítimos de que dispuserem, sendo sobre os solicitantes.
obrigatória a divulgação em sítios oficiais da
Parágrafo único - Os órgãos e entidades da Ad-
rede mundial de computadores (internet).
ministração Pública Estadual deverão manter
§ 3º - Os sítios de que trata o § 2º deste artigo exemplar da publicação prevista no “caput”
deverão atender, entre outros, aos seguintes re- deste artigo para consulta pública em suas se-
quisitos: des, bem como o extrato com o rol de documen-

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Noções de Administração Pública

tos, dados e informações classificadas, acompa- II - Pessoais: aqueles relacionados à pessoa na-
nhadas da data, do grau de sigilo e dos funda- tural identificada ou identificável, relativas à
mentos da classificação. intimidade, vida privada, honra e imagem das
pessoas, bem como às liberdades e garantias in-
Artigo 26 - Os órgãos e entidades da Administração
dividuais.
Pública Estadual deverão prestar no prazo de 60 (ses-
senta) dias, para compor o “Catálogo de Sistemas e Ba- Parágrafo único - Cabe aos órgãos e entidades
ses de Dados da Administração Pública do Estado de da Administração Pública Estadual, por meio
São Paulo - CSBD”, as seguintes informações: de suas respectivas Comissões de Avaliação de
Documentos e Acesso - CADA, a que se referem
I - tamanho e descrição do conteúdo das bases os artigos 11 e 12 deste decreto, promover os es-
de dados; tudos necessários à elaboração de tabela com a
II - metadados; identificação de documentos, dados e informa-
ções sigilosas e pessoais, visando assegurar a
III - dicionário de dados com detalhamento de sua proteção.
conteúdo;
Artigo 28 - Não poderá ser negado acesso à informa-
IV - arquitetura da base de dados; ção necessária à tutela judicial ou administrativa de
V - periodicidade de atualização; direitos fundamentais.

VI - software da base de dados; Parágrafo único - Os documentos, dados e infor-


mações que versem sobre condutas que impli-
VII - existência ou não de sistema de consulta à quem violação dos direitos humanos praticada
base de dados e sua linguagem de programação; por agentes públicos ou a mando de autorida-
VIII - formas de consulta, acesso e obtenção à des públicas não poderão ser objeto de restrição
base de dados. de acesso.

§ 1º - Os órgãos e entidades da Administração Artigo 29 - O disposto neste decreto não exclui as de-
Pública Estadual deverão indicar o setor res- mais hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça
ponsável pelo fornecimento e atualização per- nem as hipóteses de segredo industrial decorrentes da
manente de dados e informações que compõem exploração direta de atividade econômica pelo Esta-
o “Catálogo de Sistemas e Bases de Dados da do ou por pessoa física ou entidade privada que tenha
Administração Pública do Estado de São Paulo qualquer vínculo com o poder público.
- CSBD”.
“§ 3º - O “Catálogo de Sistemas e Bases de Da- SEÇÃO II
dos da Administração Pública do Estado de São
Paulo – CSBD”, bem como as bases de dados da Da Classificação, Reclassificação e Desclassificação
Administração Pública Estadual deverão estar de Documentos, Dados e Informações Sigilosas
disponíveis no Portal Governo Aberto SP e no Artigo 30 - São considerados imprescindíveis à segu-
Portal da Transparência Estadual, nos termos da rança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis
legislação pertinente, com todos os elementos de classificação de sigilo, os documentos, dados e in-
necessários para permitir sua utilização por ter- formações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:
ceiros, como a arquitetura da base e o dicionário
de dados.”; (NR) I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais
ou a integridade do território nacional;
CAPÍTULO IV II - prejudicar ou pôr em risco a condução de
negociações ou as relações internacionais do
Das Restrições de Acesso a Documentos, Dados e País, ou as que tenham sido fornecidas em ca-
Informações ráter sigiloso por outros Estados e organismos
internacionais;
SEÇÃO I III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde
da população;
Disposições Gerais
IV - oferecer elevado risco à estabilidade finan-
Artigo 27 - São consideradas passíveis de restrição de ceira, econômica ou monetária do País;
acesso, no âmbito da Administração Pública Estadual, V - prejudicar ou causar risco a planos ou opera-
duas categorias de documentos, dados e informações: ções estratégicos das Forças Armadas;
I - Sigilosos: aqueles submetidos temporaria- VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pes-
mente à restrição de acesso público em razão quisa e desenvolvimento científico ou tecnológi-
de sua imprescindibilidade para a segurança da co, assim como a sistemas, bens, instalações ou
sociedade e do Estado; áreas de interesse estratégico nacional;

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VII - pôr em risco a segurança de instituições ou I - publicação oficial, pela autoridade máxima
de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e do órgão ou entidade, de tabela de documentos,
seus familiares; dados e informações sigilosas e pessoais, que
em razão de seu teor e de sua imprescindibili-
VIII - comprometer atividades de inteligência,
dade à segurança da sociedade e do Estado ou
bem como de investigação ou fiscalização em
à proteção da intimidade, da vida privada, da
andamento, relacionadas com a prevenção ou
honra e imagem das pessoas, sejam passíveis de
repressão de infrações.
restrição de acesso, a partir do momento de sua
Artigo 31 - Os documentos, dados e informações sigi- produção,
losas em poder de órgãos e entidades da Administra- II - análise do caso concreto pela autoridade res-
ção Pública Estadual, observado o seu teor e em razão ponsável ou agente público competente, e for-
de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade malização da decisão de classificação, reclassi-
ou do Estado, poderão ser classificados nos seguintes ficação ou desclassificação de sigilo, bem como
graus: de restrição de acesso à informação pessoal, que
conterá, no mínimo, os seguintes elementos:
I - ultrassecreto;
a) assunto sobre o qual versa a informação;
II - secreto;
b) fundamento da classificação, reclassificação
III - reservado.
ou desclassificação de sigilo, observados os cri-
§ 1º - Os prazos máximos de restrição de acesso térios estabelecidos no artigo 31 deste decreto,
aos documentos, dados e informações, confor- bem como da restrição de acesso à informação
me a classificação prevista no “caput” e incisos pessoal;
deste artigo, vigoram a partir da data de sua
c) indicação do prazo de sigilo, contado em
produção e são os seguintes:
anos, meses ou dias, ou do evento que defina o
1. ultrassecreto: até 25 (vinte e cinco) anos; seu termo final, conforme limites previstos no
2. secreto: até 15 (quinze) anos; artigo 31 deste decreto, bem como a indicação
do prazo mínimo de restrição de acesso à infor-
3. reservado: até 5 (cinco) anos. mação pessoal;
§ 2º - Os documentos, dados e informações que d) identificação da autoridade que a classificou,
puderem colocar em risco a segurança do Go- reclassificou ou desclassificou.
vernador e Vice-Governador do Estado e res-
pectivos cônjuges e filhos (as) serão classifica- Parágrafo único - O prazo de restrição de acesso
dos como reservados e ficarão sob sigilo até o contar-se-á da data da produção do documento,
término do mandato em exercício ou do último dado ou informação.
mandato, em caso de reeleição.
Artigo 33 - A classificação de sigilo de documentos,
§ 3º - Alternativamente aos prazos previstos no dados e informações no âmbito da Administração Pú-
§ 1º deste artigo, poderá ser estabelecida como blica Estadual, a que se refere o inciso II do artigo 32
termo final de restrição de acesso a ocorrência deste decreto, é de competência:
de determinado evento, desde que este ocorra
antes do transcurso do prazo máximo de clas- I - no grau de ultrassecreto, das seguintes auto-
sificação. ridades:
§ 4º - Transcorrido o prazo de classificação ou a) Governador do Estado;
consumado o evento que defina o seu termo fi-
b) Vice-Governador do Estado;
nal, o documento, dado ou informação tornar-
se-á, automaticamente, de acesso público. c) Secretários de Estado e Procurador Geral do
Estado;
§ 5º - Para a classificação do documento, dado
ou informação em determinado grau de sigilo, d) Delegado Geral de Polícia e Comandante Ge-
deverá ser observado o interesse público da in- ral da Polícia Militar;
formação, e utilizado o critério menos restritivo
II - no grau de secreto, das autoridades referidas
possível, considerados:
no inciso I deste artigo, das autoridades máxi-
1. a gravidade do risco ou dano à segurança da mas de autarquias, fundações ou empresas pú-
sociedade e do Estado; blicas e sociedades de economia mista;
2. o prazo máximo de restrição de acesso ou o III - no grau de reservado, das autoridades re-
evento que defina seu termo final. feridas nos incisos I e II deste artigo e das que
exerçam funções de direção, comando ou chefia,
Artigo 32 - A classificação de sigilo de documentos, ou de hierarquia equivalente, de acordo com re-
dados e informações no âmbito da Administração Pú- gulamentação específica de cada órgão ou enti-
blica Estadual deverá ser realizada mediante: dade, observado o disposto neste decreto.

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Noções de Administração Pública

§ 1º - A competência prevista nos incisos I e consentimento expresso da pessoa a que elas se


II deste artigo, no que se refere à classificação referirem.
como ultrassecreta e secreta, poderá ser delega-
§ 2º - Aquele que obtiver acesso às informações
da pela autoridade responsável a agente públi-
de que trata este artigo será responsabilizado
co, vedada a subdelegação.
por seu uso indevido.
§ 2º - A classificação de documentos, dados e in-
§ 3º - O consentimento referido no item 2 do §
formações no grau de sigilo ultrassecreto pelas
1º deste artigo não será exigido quando as infor-
autoridades previstas na alínea “d” do inciso I
mações forem necessárias:
deste artigo deverá ser ratificada pelo Secretário
da Segurança Pública, no prazo de 10 (dez) dias. 1. à prevenção e diagnóstico médico, quando a
pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e
§ 3º - A autoridade ou outro agente público que
para utilização única e exclusivamente para o
classificar documento, dado e informação como
tratamento médico;
ultrassecreto deverá encaminhar a decisão de
que trata o inciso II do artigo 32 deste decreto, 2. à realização de estatísticas e pesquisas cientí-
à Comissão Estadual de Acesso à Informação, a ficas de evidente interesse público ou geral, pre-
que se refere o artigo 76 deste diploma legal, no vistos em lei, sendo vedada a identificação da
prazo previsto em regulamento. pessoa a que as informações se referirem;
Artigo 34 - A classificação de documentos, dados e 3. ao cumprimento de ordem judicial;
informações será reavaliada pela autoridade classifi-
4. à defesa de direitos humanos;
cadora ou por autoridade hierarquicamente superior,
mediante provocação ou de ofício, nos termos e prazos 5. à proteção do interesse público e geral pre-
previstos em regulamento, com vistas à sua desclassi- ponderante.
ficação ou à redução do prazo de sigilo, observado o § 4º - A restrição de acesso aos documentos,
disposto no artigo 31 deste decreto. dados e informações relativos à vida privada,
§ 1º - O regulamento a que se refere o “caput” honra e imagem de pessoa não poderá ser in-
deste artigo deverá considerar as peculiaridades vocada com o intuito de prejudicar processo de
das informações produzidas no exterior por au- apuração de irregularidades em que o titular
toridades ou agentes públicos. das informações estiver envolvido, bem como
em ações voltadas para a recuperação de fatos
§ 2º - Na reavaliação a que se refere o “caput” históricos de maior relevância.
deste artigo deverão ser examinadas a perma-
nência dos motivos do sigilo e a possibilidade § 5º - Os documentos, dados e informações iden-
de danos decorrentes do acesso ou da divulga- tificados como pessoais somente poderão ser
ção da informação. fornecidos pessoalmente, com a identificação
do interessado.
§ 3º - Na hipótese de redução do prazo de sigilo
da informação, o novo prazo de restrição man- SEÇÃO IV
terá como termo inicial a data da sua produção.
Da Proteção e do Controle de Documentos, Dados e
SEÇÃO III Informações Sigilosos

Da Proteção de Documentos, Dados e Informações Artigo 36 - É dever da Administração Pública Estadual


Pessoais controlar o acesso e a divulgação de documentos, da-
dos e informações sigilosos sob a custódia de seus ór-
Artigo 35 - O tratamento de documentos, dados e in-
gãos e entidades, assegurando a sua proteção contra
formações pessoais deve ser feito de forma transparen-
perda, alteração indevida, acesso, transmissão e divul-
te e com respeito à intimidade, vida privada, honra e
gação não autorizados.
imagem das pessoas, bem como às liberdades e garan-
tias individuais. § 1º - O acesso, a divulgação e o tratamento de
documentos, dados e informações classificados
§ 1º - Os documentos, dados e informações pes-
como sigilosos ficarão restritos a pessoas que
soais, a que se refere este artigo, relativas à inti-
tenham necessidade de conhecê-la e que sejam
midade, vida privada, honra e imagem:
devidamente credenciadas na forma dos artigos
1. terão seu acesso restrito, independentemente 62 a 65 deste decreto, sem prejuízo das atribui-
de classificação de sigilo e pelo prazo máximo ções dos agentes públicos autorizados por lei.
de 100 (cem) anos a contar da sua data de pro-
§ 2º - O acesso aos documentos, dados e infor-
dução, a agentes públicos legalmente autoriza-
mações classificados como sigilosos ou iden-
dos e à pessoa a que elas se referirem;
tificados como pessoais, cria a obrigação para
2. poderão ter autorizada sua divulgação ou aquele que as obteve de resguardar restrição de
acesso por terceiros diante de previsão legal ou acesso.

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Artigo 37 - As autoridades públicas adotarão as provi- só será permitida excepcionalmente e em casos


dências necessárias para que o pessoal a elas subordi- extremos, que requeiram tramitação e solução
nado hierarquicamente conheça as normas e observe imediatas, em atendimento ao princípio da
as medidas e procedimentos de segurança para trata- oportunidade e considerados os interesses da
mento de documentos, dados e informações sigilosos segurança da sociedade e do Estado, utilizando-
e pessoais. se o adequado meio de criptografia.

Parágrafo único - A pessoa física ou entidade Artigo 42 - A expedição de documento reservado po-
privada que, em razão de qualquer vínculo com derá ser feita mediante serviço postal, com opção de
o poder público executar atividades de trata- registro, mensageiro oficialmente designado, sistema
mento de documentos, dados e informações de encomendas ou, quando for o caso, mala diplomá-
sigilosos e pessoais adotará as providências ne- tica.
cessárias para que seus empregados, prepostos
Parágrafo único - A comunicação dos documen-
ou representantes observem as medidas e pro-
tos de que trata este artigo poderá ser feita por
cedimentos de segurança das informações re-
outros meios, desde que sejam usados recursos
sultantes da aplicação deste decreto.
de criptografia compatíveis com o grau de sigilo
Artigo 38 - O acesso a documentos, dados e informa- do documento, conforme previsto nos artigos 51
ções sigilosos, originários de outros órgãos ou institui- a 56 deste decreto.
ções privadas, custodiados para fins de instrução de
Artigo 43 - Cabe aos agentes públicos credenciados res-
procedimento, processo administrativo ou judicial,
ponsáveis pelo recebimento de documentos sigilosos:
somente poderá ser realizado para outra finalidade se
autorizado pelo agente credenciado do respectivo ór- I - verificar a integridade na correspondência
gão, entidade ou instituição de origem. recebida e registrar indícios de violação ou de
qualquer irregularidade, dando ciência do fato
SUBSEÇÃO I ao seu superior hierárquico e ao destinatário, o
qual informará imediatamente ao remetente;
Da Produção, do Registro, Expedição, Tramitação e
II - proceder ao registro do documento e ao con-
Guarda
trole de sua tramitação.
Artigo 39 - A produção, manuseio, consulta, transmis- Artigo 44 - O envelope interno só será aberto pelo des-
são, manutenção e guarda de documentos, dados e in- tinatário, seu representante autorizado ou autoridade
formações sigilosos observarão medidas especiais de competente hierarquicamente superior, observados os
segurança. requisitos do artigo 62 deste decreto.
Artigo 40 - Os documentos sigilosos em sua expedição Artigo 45 - O destinatário de documento sigiloso co-
e tramitação obedecerão às seguintes prescrições: municará imediatamente ao remetente qualquer indí-
I - deverão ser registrados no momento de sua cio de violação ou adulteração do documento.
produção, prioritariamente em sistema infor- Artigo 46 - Os documentos, dados e informações sigi-
matizado de gestão arquivística de documentos; losos serão mantidos em condições especiais de segu-
II - serão acondicionados em envelopes duplos; rança, na forma do regulamento interno de cada órgão
ou entidade.
III - no envelope externo não constará qualquer
indicação do grau de sigilo ou do teor do docu- Parágrafo único - Para a guarda de documen-
mento; tos secretos e ultrassecretos deverá ser utilizado
IV - o envelope interno será fechado, lacrado cofre forte ou estrutura que ofereça segurança
e expedido mediante relação de remessa, que equivalente ou superior.
indicará, necessariamente, remetente, destina- Artigo 47 - Os agentes públicos responsáveis pela guar-
tário, número de registro e o grau de sigilo do da ou custódia de documentos sigilosos os transmiti-
documento; rão a seus substitutos, devidamente conferidos, quan-
V - para os documentos sigilosos digitais deve- do da passagem ou transferência de responsabilidade.
rão ser observadas as prescrições referentes à
criptografia. SUBSEÇÃO II

Artigo 41 - A expedição, tramitação e entrega de do- Da Marcação


cumento ultrassecreto e secreto, deverá ser efetuadas
pessoalmente, por agente público credenciado, sendo Artigo 48 - O grau de sigilo será indicado em todas
vedada a sua postagem. as páginas do documento, nas capas e nas cópias, se
houver, pelo produtor do documento, dado ou infor-
Parágrafo único - A comunicação de informação mação, após classificação, ou pelo agente classificador
de natureza ultrassecreta e secreta, de outra for- que juntar a ele documento ou informação com algu-
ma que não a prescrita no “caput” deste artigo, ma restrição de acesso.

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Noções de Administração Pública

§ 1º - Os documentos, dados ou informações Artigo 53 - A aquisição e uso de aplicativos de cripto-


cujas partes contenham diferentes níveis de res- grafia no âmbito da Administração Pública Estadual
trição de acesso devem receber diferentes mar- sujeitar-se-ão às normas gerais baixadas pelo Comitê
cações, mas no seu todo, será tratado nos termos de Qualidade da Gestão Pública - CQGP.
de seu grau de sigilo mais elevado.
Parágrafo único - Os programas, aplicativos, sis-
§ 2º - A marcação será feita em local que não temas e equipamentos de criptografia são consi-
comprometa a leitura e compreensão do conteú- derados sigilosos e deverão, antecipadamente,
do do documento e em local que possibilite sua ser submetidos à certificação de conformidade.
reprodução em eventuais cópias.
Artigo 54 - Aplicam-se aos programas, aplicativos, sis-
§ 3º - As páginas serão numeradas seguidamen- temas e equipamentos de criptografia todas as medi-
te, devendo a juntada ser precedida de termo das de segurança previstas neste decreto para os do-
próprio consignando o número total de folhas cumentos, dados e informações sigilosos e também os
acrescidas ao documento. seguintes procedimentos:
§ 4º - A marcação deverá ser necessariamente I - realização de vistorias periódicas, com a fina-
datada. lidade de assegurar uma perfeita execução das
operações criptográficas;
Artigo 49 - A marcação em extratos de documentos, es-
boços, desenhos, fotografias, imagens digitais, multi- II - elaboração de inventários completos e atua-
mídia, negativos, diapositivos, mapas, cartas e fotocar- lizados do material de criptografia existente;
tas obedecerá ao prescrito no artigo 48 deste decreto. III - escolha de sistemas criptográficos adequa-
§ 1º - Em fotografias e reproduções de negativos dos a cada destinatário, quando necessário;
sem legenda, a indicação do grau de sigilo será IV - comunicação, ao superior hierárquico ou à
no verso e nas respectivas embalagens. autoridade competente, de qualquer anormali-
§ 2º - Em filmes cinematográficos, negativos em dade relativa ao sigilo, à inviolabilidade, à in-
rolos contínuos e microfilmes, a categoria e o tegridade, à autenticidade, à legitimidade e à
grau de sigilo serão indicados nas imagens de disponibilidade de documentos, dados e infor-
abertura e de encerramento de cada rolo, cuja mações sigilosos criptografados;
embalagem será tecnicamente segura e exibirá a V - identificação e registro de indícios de viola-
classificação do conteúdo. ção ou interceptação ou de irregularidades na
§ 3º - Os esboços, desenhos, fotografias, ima- transmissão ou recebimento de documentos,
gens digitais, multimídia, negativos, diapositi- dados e informações criptografados.
vos, mapas, cartas e fotocartas de que trata esta § 1º - A autoridade máxima do órgão ou enti-
seção, que não apresentem condições para a in- dade da Administração Pública Estadual res-
dicação do grau de sigilo, serão guardados em ponsável pela custódia de documentos, dados
embalagens que exibam a classificação corres- e informações sigilosos e detentor de material
pondente à classificação do conteúdo. criptográfico designará um agente público res-
ponsável pela segurança criptográfica, devida-
Artigo 50 - A marcação da reclassificação e da des- mente credenciado, que deverá observar os pro-
classificação de documentos, dados ou informações cedimentos previstos no “caput” deste artigo.
sigilosos obedecerá às mesmas regras da marcação da
classificação. § 2º - O agente público referido no § 1º deste
artigo deverá providenciar as condições de se-
Parágrafo único - Havendo mais de uma marca- gurança necessárias ao resguardo do sigilo de
ção, prevalecerá a mais recente. documentos, dados e informações durante sua
produção, tramitação e guarda, em suporte
SUBSEÇÃO III magnético ou óptico, bem como a segurança dos
equipamentos e sistemas utilizados.
Da Criptografia § 3º - As cópias de segurança de documentos,
dados e informações sigilosos deverão ser crip-
Artigo 51 - Fica autorizado o uso de código, cifra ou
tografados, observadas as disposições dos §§ 1º
sistema de criptografia no âmbito da Administração
e 2º deste artigo.
Pública Estadual e das instituições de caráter público
para assegurar o sigilo de documentos, dados e infor- Artigo 55 - Os equipamentos e sistemas utilizados
mações. para a produção e guarda de documentos, dados e in-
formações sigilosos poderão estar ligados a redes de
Artigo 52 - Para circularem fora de área ou instalação comunicação de dados desde que possuam sistemas
sigilosa, os documentos, dados e informações sigilo- de proteção e segurança adequados, nos termos das
sos, produzidos em suporte magnético ou óptico, de- normas gerais baixadas pelo Comitê de Qualidade da
verão necessariamente estar criptografados. Gestão Pública - CQGP.

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Artigo 56 - Cabe ao órgão responsável pela criptografia § 2º - A publicação de atos administrativos que
de documentos, dados e informações sigilosos provi- trate de documentos, dados e informações sigi-
denciar a sua descriptação após a sua desclassificação. losos para sua divulgação ou execução depen-
derá de autorização da autoridade classificado-
SUBSEÇÃO IV ra ou autoridade competente hierarquicamente
superior.
Da Preservação e Eliminação
Artigo 57 - Aplicam-se aos documentos, dados e in- SUBSEÇÃO VI
formações sigilosos os prazos de guarda estabelecidos
na Tabela de Temporalidade de Documentos das Ati- Da Credencial de Segurança
vidades-Meio, oficializada pelo Decreto nº 48.898, de
Artigo 62 - O credenciamento e a necessidade de co-
27 de agosto de 2004 , e nas Tabelas de Temporalidade
nhecer são condições indispensáveis para que o agente
de Documentos das Atividades-Fim, oficializadas pe-
público estadual no efetivo exercício de cargo, função,
los órgãos e entidades da Administração Pública Esta-
emprego ou atividade tenha acesso a documentos, da-
dual, ressalvado o disposto no artigo 59 deste decreto.
dos e informações sigilosos equivalentes ou inferiores
Artigo 58 - Os documentos, dados e informações si- ao de sua credencial de segurança.
gilosos considerados de guarda permanente, nos ter-
mos dos Decretos nº 48.897 e nº 48.898, ambos de 27 Artigo 63 - As credenciais de segurança referentes aos
de agosto de 2004 , somente poderão ser recolhidos graus de sigilo previstos no artigo 31 deste decreto, se-
à Unidade do Arquivo Público do Estado após a sua rão classificadas nos graus de sigilo ultrassecreta, se-
desclassificação. creta ou reservada.

Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no “caput” Artigo 64 - A credencial de segurança referente à in-
deste artigo, os documentos de guarda permanente de formação pessoal, prevista no artigo 35 deste decreto,
órgãos ou entidades extintos ou que cessaram suas ati- será identificada como personalíssima.
vidades, em conformidade com o artigo 7, § 2º, da Lei
federal nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e com o artigo Artigo 65 - A emissão da credencial de segurança com-
1º, § 2º, do Decreto nº 48.897, de 27 de agosto de 2004. pete às autoridades máximas de órgãos e entidades da
Administração Pública Estadual, podendo ser objeto
Artigo 59 - Decorridos os prazos previstos nas tabelas de delegação.
de temporalidade de documentos, os documentos, da-
dos e informações sigilosos de guarda temporária so- § 1º - A credencial de segurança será concedi-
mente poderão ser eliminados após 1 (um) ano, a con- da mediante termo de compromisso de preser-
tar da data de sua desclassificação, a fim de garantir o vação de sigilo, pelo qual os agentes públicos
pleno acesso às informações neles contidas. responsabilizam-se por não revelarem ou divul-
garem documentos, dados ou informações sigi-
Artigo 60 - A eliminação de documentos dados ou losos dos quais tiverem conhecimento direta ou
informações sigilosos em suporte magnético ou ótico indiretamente no exercício de cargo, função ou
que não possuam valor permanente deve ser feita, por emprego público.
método que sobrescreva as informações armazenadas,
§ 2º - Para a concessão de credencial de segu-
após sua desclassificação.
rança serão avaliados, por meio de investigação,
Parágrafo único - Se não estiver ao alcance do os requisitos profissionais, funcionais e pessoais
órgão a eliminação que se refere o “caput” deste dos propostos.
artigo, deverá ser providenciada a destruição fí- § 3º - A validade da credencial de segurança po-
sica dos dispositivos de armazenamento. derá ser limitada no tempo e no espaço.
§ 4º - O compromisso referido no “caput” deste
SUBSEÇÃO V
artigo persistirá enquanto durar o sigilo dos do-
cumentos a que tiveram acesso.
Da Publicidade de Atos Administrativos
Artigo 61 - A publicação de atos administrativos re- SUBSEÇÃO VII
ferentes a documentos, dados e informações sigilosos
poderá ser efetuada mediante extratos, com autoriza- Da Reprodução e Autenticação
ção da autoridade classificadora ou hierarquicamente
superior. Artigo 66 - Os Serviços de Informações ao Cidadão -
SIC dos órgãos e entidades da Administração Pública
§ 1º - Os extratos referidos no “caput” deste Estadual fornecerão, desde que haja autorização ex-
artigo limitar-se-ão ao seu respectivo núme- pressa das autoridades classificadoras ou das autori-
ro, ao ano de edição e à sua ementa, redigidos dades hierarquicamente superiores, reprodução total
por agente público credenciado, de modo a não ou parcial de documentos, dados e informações sigi-
comprometer o sigilo. losos.

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§ 1º - A reprodução do todo ou de parte de do- CAPÍTULO V


cumentos, dados e informações sigilosos terá o
mesmo grau de sigilo dos documentos, dados e Das Responsabilidades
informações originais. Artigo 71 - Constituem condutas ilícitas que ensejam
§ 2º - A reprodução e autenticação de cópias de responsabilidade do agente público:
documentos, dados e informações sigilosos se- I - recusar-se a fornecer documentos, dados e in-
rão realizadas por agentes públicos credencia- formações requeridas nos termos deste decreto,
dos. retardar deliberadamente o seu fornecimento
§ 3º - Serão fornecidas certidões de documentos ou fornecê-la intencionalmente de forma incor-
sigilosos que não puderem ser reproduzidos in- reta, incompleta ou imprecisa;
tegralmente, em razão das restrições legais ou II - utilizar indevidamente, bem como subtrair,
do seu estado de conservação. destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocul-
§ 4º - A reprodução de documentos, dados e in- tar, total ou parcialmente, documento, dado ou
formações pessoais que possam comprometer a informação que se encontre sob sua guarda ou a
intimidade, a vida privada, a honra ou a ima- que tenha acesso ou conhecimento em razão do
gem de terceiros poderá ocorrer desde que haja exercício das atribuições de cargo, emprego ou
autorização nos termos item 2 do § 1º do artigo função pública;
35 deste decreto. III - agir com dolo ou má-fé na análise das so-
Artigo 67 - O responsável pela preparação ou reprodu- licitações de acesso a documento, dado e infor-
ção de documentos sigilosos deverá providenciar a eli- mação;
minação de provas ou qualquer outro recurso, que pos- IV - divulgar ou permitir a divulgação ou aces-
sam dar origem à cópia não autorizada do todo ou parte. sar ou permitir acesso indevido ao documento,
Artigo 68 - Sempre que a preparação, impressão ou, dado e informação sigilosos ou pessoal;
se for o caso, reprodução de documentos, dados e in- V - impor sigilo a documento, dado e informa-
formações sigilosos forem efetuadas em tipografias, ção para obter proveito pessoal ou de terceiro,
impressoras, oficinas gráficas, ou similares, essa ope- ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido
ração deverá ser acompanhada por agente público cre- por si ou por outrem;
denciado, que será responsável pela garantia do sigilo
durante a confecção do documento. VI - ocultar da revisão de autoridade superior
competente documento, dado ou informação si-
gilosos para beneficiar a si ou a outrem, ou em
SUBSEÇÃO VIII
prejuízo de terceiros;
Da Gestão de Contratos VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio,
Artigo 69 - O contrato cuja execução implique o acesso documentos concernentes a possíveis violações
por parte da contratada a documentos, dados ou infor- de direitos humanos por parte de agentes do
mações sigilosos, obedecerá aos seguintes requisitos: Estado.
I - assinatura de termo de compromisso de ma- § 1º - Atendido o princípio do contraditório,
nutenção de sigilo; da ampla defesa e do devido processo legal, as
condutas descritas no “caput” deste artigo serão
II - o contrato conterá cláusulas prevendo:
apuradas e punidas na forma da legislação em
a) obrigação de o contratado manter o sigilo vigor.
relativo ao objeto contratado, bem como à sua
§ 2º - Pelas condutas descritas no “caput” deste
execução;
artigo, poderá o agente público responder, tam-
b) obrigação de o contratado adotar as medidas bém, por improbidade administrativa, confor-
de segurança adequadas, no âmbito de suas me o disposto na Lei federal nº 8.429, de 2 de
atividades, para a manutenção do sigilo de do- junho de 1992.
cumentos, dados e informações aos quais teve
Artigo 72 - O agente público que tiver acesso a docu-
acesso;
mentos, dados ou informações sigilosos, nos termos
c) identificação, para fins de concessão de cre- deste decreto, é responsável pela preservação de seu
dencial de segurança, das pessoas que, em sigilo, ficando sujeito às sanções administrativas, civis
nome da contratada, terão acesso a documentos, e penais previstas na legislação, em caso de eventual
dados e informações sigilosos. divulgação não autorizada.
Artigo 70 - Os órgãos contratantes da Administração Artigo 73 - Os agentes responsáveis pela custódia de
Pública Estadual fiscalizarão o cumprimento das me- documentos e informações sigilosos sujeitam-se às
didas necessárias à proteção dos documentos, dados e normas referentes ao sigilo profissional, em razão do
informações de natureza sigilosa transferidos aos con- ofício, e ao seu código de ética específico, sem prejuízo
tratados ou decorrentes da execução do contrato. das sanções legais.

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Artigo 74 - A pessoa física ou entidade privada que de- Artigo 77 - Aplica-se, no que couber, a Lei federal nº
tiver documentos, dados e informações em virtude de 9.507, de 12 de novembro de 1997, em relação à infor-
vínculo de qualquer natureza com o poder público e mação de pessoa, física ou jurídica, constante de regis-
deixar de observar o disposto na Lei federal nº 12.527, tro ou banco de dados de entidades governamentais
de 18 de novembro de 2011, e neste decreto estará su- ou de caráter público.
jeita às seguintes sanções:
“Artigo 78 – Cabe à Secretaria de Governo:”;
I - advertência; (NR)
II - multa; I - realizar campanha de abrangência estadual
III - rescisão do vínculo com o poder público; de fomento à cultura da transparência na Ad-
ministração Pública Estadual e conscientização
IV - suspensão temporária de participar em lici- do direito fundamental de acesso à informação;
tação e impedimento de contratar com a Admi-
nistração Pública Estadual por prazo não supe- II - promover treinamento de agentes públicos
rior a 2 (dois) anos; no que se refere ao desenvolvimento de práticas
relacionadas à transparência na Administração
V - declaração de inidoneidade para licitar ou Pública Estadual;
contratar com a Administração Pública Estadual,
até que seja promovida a reabilitação perante a III - formular e implementar política de segu-
própria autoridade que aplicou a penalidade. rança da informação, em consonância com as
diretrizes da política estadual de arquivos e ges-
§ 1º - As sanções previstas nos incisos I, III e IV tão de documentos;
deste artigo poderão ser aplicadas juntamente
com a do inciso II, assegurado o direito de de- IV - propor e promover a regulamentação do
fesa do interessado, no respectivo processo, no credenciamento de segurança de pessoas físicas,
prazo de 10 (dez) dias. empresas, órgãos e entidades da Administração
Pública Estadual para tratamento de informa-
§ 2º - A reabilitação referida no inciso V deste ções sigilosas e pessoais.
artigo será autorizada somente quando o inte-
ressado efetivar o ressarcimento ao órgão ou “Artigo 79 – A Ouvidoria Geral do Estado,
entidade dos prejuízos resultantes e decorrido o será responsável pela fiscalização da aplicação
prazo da sanção aplicada com base no inciso IV. da Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de
2011, e deste decreto no âmbito da Administra-
§ 3º - A aplicação da sanção prevista no inciso V ção Pública Estadual, sem prejuízo da atuação
deste artigo é de competência exclusiva da au- dos órgãos de controle interno.”. (NR)
toridade máxima do órgão ou entidade pública,
facultada a defesa do interessado, no respectivo Artigo 80 - Este decreto e suas disposições transitórias
processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura entram em vigor na data de sua publicação.
de vista.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Artigo 75 - Os órgãos e entidades estaduais respon-
dem diretamente pelos danos causados em decorrên- Artigo 1º - Fica instituído Grupo Técnico, junto ao Co-
cia da divulgação não autorizada ou utilização inde- mitê de Qualidade da Gestão Pública - CQGP, visando
vida de documentos, dados e informações sigilosos a promover os estudos necessários à criação, composi-
ou pessoais, cabendo a apuração de responsabilidade ção, organização e funcionamento da Comissão Esta-
funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurado o dual de Acesso à Informação.
respectivo direito de regresso.
Parágrafo único - O Presidente do Comitê de
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica- Qualidade da Gestão Pública designará, no pra-
se à pessoa física ou entidade privada que, em zo de 30 (trinta) dias, os membros integrantes
virtude de vínculo de qualquer natureza com do Grupo Técnico.
órgãos ou entidades estaduais, tenha acesso a
documento, dado ou informação sigilosos ou Artigo 2º - Os órgãos e entidades da Administração
pessoal e a submeta a tratamento indevido. Pública Estadual deverão proceder à reavaliação dos
documentos, dados e informações classificados como
ultrassecretos e secretos no prazo máximo de 2 (dois)
CAPÍTULO VI anos, contado do termo inicial de vigência da Lei fede-
ral nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
Disposições Finais
§ 1º - A restrição de acesso a documentos, dados
Artigo 76 - O tratamento de documento, dado ou in- e informações, em razão da reavaliação previs-
formação sigilosos resultante de tratados, acordos ou ta no “caput” deste artigo, deverá observar os
atos internacionais atenderá às normas e recomenda- prazos e condições previstos na Lei federal nº
ções constantes desses instrumentos. 12.527, de 18 de novembro de 2011.

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§ 2º - No âmbito da administração pública esta-


dual, a reavaliação prevista no “caput” deste ar-
tigo poderá ser revista, a qualquer tempo, pela
Comissão Estadual de Acesso à Informação, ob-
servados os termos da Lei federal nº 12.527, de
18 de novembro de 2011, e deste decreto.
§ 3º - Enquanto não transcorrido o prazo de rea-
valiação previsto no “caput” deste artigo, será
mantida a classificação dos documentos, dados e
informações nos termos da legislação precedente.
§ 4º - Os documentos, dados e informações
classificados como secretos e ultrassecretos não
reavaliados no prazo previsto no “caput” deste
artigo serão considerados, automaticamente, de
acesso público.
Artigo 3º - No prazo de 30 (trinta) dias, a contar da
vigência deste decreto, a autoridade máxima de cada
órgão ou entidade da Administração Pública Estadual
designará subordinado para, no âmbito do respectivo
órgão ou entidade, exercer as seguintes atribuições:
I - planejar e propor, no prazo de 90 (noventa)
dias, os recursos organizacionais, materiais e
humanos, bem como as demais providências
necessárias à instalação e funcionamento dos
Serviços de Informações ao Cidadão - SIC, a que
se refere o artigo 7º deste decreto;
II - assegurar o cumprimento das normas relati-
vas ao acesso a documentos, dados ou informa-
ções, de forma eficiente e adequada aos objeti-
vos da Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro
de 2011, e deste decreto;
III - orientar e monitorar a implementação do
disposto na Lei federal nº 12.527, de 18 de no-
vembro de 2011, e neste decreto, e apresentar
relatórios periódicos sobre o seu cumprimento;
IV - recomendar as medidas indispensáveis à
implementação e ao aperfeiçoamento das nor-
mas e procedimentos necessários ao correto
cumprimento do disposto neste decreto;
V - promover a capacitação, o aperfeiçoamento
e a atualização de pessoal que desempenhe ati-
vidades inerentes à salvaguarda de documen-
tos, dados e informações sigilosos e pessoais.
Artigo 4º - As Comissões de Avaliação de Documen-
tos e Acesso - CADA deverão apresentar à autoridade
máxima do órgão ou entidade, plano e cronograma de
trabalho, no prazo de 30 (trinta) dias, para o cumpri-
mento das atribuições previstas no artigo 6º, incisos I e
II, e artigo 32, inciso I, deste decreto.

ANOTAÇÕES

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