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Resoluções das atividades GRAMÁTICA

M
Ó 1 Língua, linguagem e variedades linguísticas; Fonética e Fonologia » 1
D 2 Ortografia; Estrutura e processo de formação das palavras » 2
U 3 Artigo e substantivo » 4
L Atividades discursivas » 6
O
S

MÓDULO 1 Língua, linguagem e variedades ele não ignora os elementos do gênero anúncio, pois
deixa assinado seu nome e confere a ele um título (ainda
linguísticas; Fonética e Fonologia
que o texto fique restrito a esse título).
ATIVIDADES
PARA SALA
01 C
ATIVIDADES
PROPOSTAS
Vê-se na tirinha uma linguagem informal: o verbo ter (“Pensei
que você tinha consertado!”), na linguagem formal, deveria 01 A
ser substituído por haver (“Pensei que você havia conser-
O efeito expressivo de humor do texto é provocado pela que-
tado!”).
bra de expectativa na interlocução de um encontro amoroso.
02 D Ao contrário de escolhas lexicais denotadoras de afetividade,
observam-se expressões inadequadas ao contexto român-
O texto registra a variedade linguística representativa da tradi-
tico, como pô, só e chocante e o tratamento de tio dado ao
ção cultural do povo carioca, como atestam as palavras caraca
namorado mais velho.
e vacilão e a expressão “ele é um querido”, por exemplo.

03 A 02 D
No poema de José Paulo Paes, encontram-se palavras de A gravação original de “Asa branca”, ao empregar uma
emprego corrente no português do Brasil e as de sentido variante linguística tipicamente popular, produz um efeito de
equivalente no português de Portugal. Pode-se, pois, infe- aproximação com o universo social dos retirantes nordestinos,
rir que o eu lírico é um falante do português brasileiro que que se deparam constantemente com o problema da seca.
sente estranheza diante do falar lusitano, o que é constatado Assim, a versão “original” da letra é mais coerente com o
no último verso, no qual o eu lírico estabelece uma relação tema da canção.
intertextual com a “Canção do exílio”, de ­Gonçalves Dias.
03 B
04 A
Como se trata de uma cidade localizada em região de fron-
Nas palavras até, pavor, vovó e vocês, das alternativas B, C, D
teira, é comum o convívio entre falantes de diferentes línguas.
e E, respectivamente, não ocorre o fenômeno de redução da
No caso de Foz do Iguaçu, sede de uma das maiores usinas
vogal, pois os fonemas que correspondem a e e o são tônicos.
hidrelétricas do mundo e com diversos atrativos turísticos,
A única alternativa em que a redução acontece é na A: “ver-
ainda se tem o convívio com povos migrantes (em busca de
melho” e “displicentemente”.
trabalho, por exemplo) e com muitos turistas, o que obriga os
05 E estabelecimentos a se adequarem para atender a todos da
melhor forma possível.
Branquela apresenta 7 fonemas; disparada, 9. Sessão e
sangue possuem o mesmo número de letras, mas a pri- 04 E
meira palavra apresenta 5 fonemas, e a segunda, 4. Hor-
O texto não verbal procura sinalizar o pensamento de uma
roroso e garotinha possuem o mesmo número de letras,
motorista, demonstrando que, no trânsito, deve-se ter
mas a primeira palavra apresenta 7 fonemas, e a segunda,
muita atenção à sinalização e aos outros agentes que ali
8. Em desmoralizações, todos os fonemas são represen-
convivem, não apenas para não ser punido, mas pelo res-
tados por letras, mas em escandalizar, o fonema da vogal
peito e cuidado com a vida do próximo.
nasal /ã/ é representado por duas letras. Em história e
habituais, a letra h não representa nenhum fonema.
05 B
06 C A norma-padrão é utilizada em qualquer situação de for-
O menino, de fato, transcreve as palavras da forma como malidade, que exija, por exemplo, respeito a uma hierar-
comumente se fala, trocando principalmente as vogais. Ele quia, ou mesmo em situações em que os falantes estejam
também não adéqua o texto à concordância da norma-pa- representando algo ou alguém. No caso do Hino Nacio-
drão por não colocar “real” no plural. Ao escrever “rocha”, nal, o gênero protocolar (da comunicação oficial de órgãos
ele se refere à cor roxa, mas ignora que a mudança de sig- públicos) exige o uso da norma-padrão como forma de
nificado implica a escrita de uma letra diferente. Por fim, garantir uniformidade em todos os documentos.

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06 E d) (F) Em “cego dos óio”, verifica-se a substituição de um


fonema consonantal representante do dígrafo lh por
A passagem em que se constata uma marca de variedade um fonema vocálico e a supressão da marca de plural;
linguística pouco prestigiada socialmente, por ter sido pro- em frô, a troca do fonema /l/ por /r/ (rotacismo) e a
nunciada, no excerto, por grupos sociais sem acesso à esco- supressão do fonema final.
laridade, encontra-se na alternativa E, no registro popular de e) (F) Na pronúncia da palavra ignorança, verifica-se a elimi-
“estambo”, que infringe a norma-padrão. nação do ditongo na sílaba final e, em avuá, o acrés-
cimo de sílaba inicial, troca do fonema /o/ por /u/ e
07 A supressão da marca de infinitivo.
Como (do verbo comer) e como (conjunção) são homônimas
perfeitas, pois se escrevem e se pronunciam exatamente da 12 D
mesma forma. Molho (substantivo, com “o” fechado) e molho a) (F) Preto e gaiola têm o mesmo número de letras e de
(verbo, com “o” aberto) são homógrafas, pois se escrevem da correspondência entre o fonemas, mas assum tem
mesma maneira, mas são pronunciadas de forma diferente. mais letras que fonemas /as /.
Já eminente (importante) e iminente (prestes a acontecer) são b) (F) Em céu e cego, o fonema /s/ está representado
palavras parônimas. pela letra c; em sina, pela letra s.
c) (F) Em mil, mas e uma, a letra m representa o fonema
08 A consonantal /m/; em assum e assim, essa letra repre-
senta apenas uma marca de nasalização da vogal
Na alternativa A, as palavras então, entrar e grande apre- anterior.
sentam os fonemas vocálicos nasais / e / e /ã/. Em B, a d) (V) Na preposição em, ocorre a pronúncia de um fonema
letra c representa o fonema /k/ nas palavras corte, calorias semivocálico não representado graficamente / /.
e coisa, mas, na leitura da própria letra, no último qua- e) (F) No verso “Desde que o céu, ai, pudesse oiá”, há
drinho, representa o fonema /s/. Em C, na palavra calo- mais letras que fonemas: que (3 letras, 2 fonemas) e
ria, a letra i representa um fonema vocálico; em coisa, um pudesse (7 letras, 6 fonemas).
fonema semivocálico. Em D, as palavras destacadas apre-
sentam o mesmo número de letras, mas entrar e grande
possuem cinco fonemas, e regime, seis. Em E, a letra r, MÓDULO 2 Ortografia; Estrutura e processo de
nas palavras regime e calorias, representa graficamente
os fonemas /R/ e /r/, respectivamente. formação das palavras

PARA SALA
09 E ATIVIDADES
No texto, o menino evidencia que o “jerimum” de seu sítio é
grafado com g, porque é assim que as pessoas da sua região
o fazem. De acordo com a norma, a grafia deveria ser com j, 01 C
mas ocorre que ele valoriza a sua própria identidade antes de A palavra saudável é acentuada por ser paroxítona terminada
se adequar à maneira prescrita. em -l, assim como risível, agradável, projétil e vulnerável.
A palavra petrolífera é acentuada porque é proparoxítona,
10 A assim como gráfico, numérico e atômicas. Família e régua
são palavras paroxítonas terminadas em ditongo, e álbum é
O homem se refere à mala de dinheiro, mas como a expres- uma paroxítona terminada em -um.
são “a mala” tem, na fala, a mesma sonoridade de “amá-la”,
a mulher entendeu que o homem se referia a sua pessoa,
enquanto ele queria o objeto. 02 A
Na alternativa A, as letras xc e ss são pronunciadas como
11 B o fonema /s/, caracterizando-se como dígrafos. Em B, ape-
nas na palavra fixas a letra x representa os fonemas /k/ e /s/.
a) (F) As pronúncias das palavras vorta e veve apresen- Em C, somente na palavra executivo a letra x representa o
tam a substituição de fonema consonantal e vocá- fonema /z/; em sintaxe, a letra x corresponde ao fonema
lico, respectivamente. /s/. Em D, nas palavras brinquedinho (12 letras, 9 fonemas)
b) (V) Os termos tarvez e sorto, característicos da lingua- e indispensável (13 letras, 11 fonemas), há mais letras que
gem coloquial em algumas regiões rurais do Brasil, fonemas. Na alternativa E, em higiênico e hábitos, a letra h
sofreram o mesmo fenômeno linguístico de troca não representa nenhum fonema; em chamada, as letras ch
do /l/ pelo /r/ ou vice-versa, processo chamado de representam o fonema / ∫ /, caracterizando um dígrafo.
rotacismo, em relação às formas cultas equivalentes
talvez e solto.
c) (F) Em furaro, ocorreu a supressão da flexão de número, 03 B
que seria exigida pela sintaxe de concordância, em As palavras quando e agora remetem a uma noção tempo-
relação à norma culta; em cantá, houve supressão da ral e não são empregadas para convencer Haroldo. O tigre
desinência de infinitivo. conclui que as transformações na língua são negativas, pois

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levariam ao “impedimento total à compreensão”, o que invia- por ser uma paroxítona terminada em ditongo oral. Em C,
bilizará sua função comunicativa. Para Calvin, a possibilidade o vocábulo até é oxítono (a-té). Em D, nas palavras apre-
de criação de palavras a partir de elementos preexistentes, sentadas, a sílaba tônica é a penúltima, por isso são pala-
como o verbo acessar, derivado do substantivo acesso, con- vras paroxítonas. Na alternativa E, deixou e atingir são
fere dinamismo à língua. palavras oxítonas não acentuadas graficamente.

04 B
02 A
Calvin faz referência à criação de verbos a partir de substan- Na afirmativa I, duas palavras do trecho destacado têm encon-
tivos, mas não menciona o processo inverso, a criação de tros vocálicos: “bacia” e “demasiado”. Na afirmativa II, vê-se
nomes a partir de verbos, o que invalida o termo vice-versa. que os dígrafos ch, rr, qu conferem às palavras um número de
A partir dos nomes substantivo e adjetivo, formam-se os letras maior que o de fonemas; no entanto, em “enquanto”, o
verbos substantivar e adjetivar. Os exemplos apresentados u é pronunciado, e o número de fonemas e letras é igual.
por Calvin revelam um raciocínio lógico-gramatical: o acrés- Em III, há ditongos nasais em “enquanto” (/˜ej/), “formaram”
cimo de uma desinência verbal característica de infinitivo (-r). (/ãw/) e “também” (/˜ej/). Em IV, “quisesse”, por sua vez, é uma
O núcleo do predicado, em “Verbar esquisita o idioma”, é o palavra paroxítona, com acento tônico na penúltima sílaba.
verbo esquisita; é, pois, um predicado verbal.

05 C 03 E
Em conseguiremos, têm-se: A única alternativa que não apresenta erros é E. Em A, tem-
-se a falta de acentuação em “tem” (por estar no plural) e o
Radical = consegu; vogal temática = i; tema = consegui;
erro em “imprecindível”, que deve ser escrito com sc. Em B,
desinência modo-temporal = re; e desinência número-
“hombridade” é a grafia correta da palavra, além do acento
-pessoal = mos.
incorreto em “récorde”, que na forma aportuguesada não
06 C leva acento e é pronunciada como paroxítona. Em C, “exce-
ção” é a grafia correta. Em D, “rúbrica” não tem acento,
A palavra droga, no contexto da tirinha, decorre do processo devendo ser pronunciada como paroxítona.
de derivação imprópria, pois deixou de ser empregada como
substantivo e passou a ser empregada como interjeição. 04 B
a) (F) A omissão do dígrafo lh (milho) cria um hiato (mi-o).
07 E b) (V) Há a omissão do dígrafo lh (melhor) e, quando
Está correta a identificação das palavras UPA (Unidade separada, a palavra que se forma representa um
de Pronto Atendimento) e Funai (Fundação Nacional do hiato, ou seja: mi-ó.
Índio) como siglas, como também Sudene (Superinten- c) (F) Em teia, a omissão do dígrafo lh (telhado) cria um
dência de Desenvolvimento do Nordeste), CEP (Código hiato entre o ditongo decrescente e a vogal da
de Endereçamento Postal), SUS (Sistema Único de Saúde) última sílaba (tei-a).
e PIS (Programa de Integração Social). Kombi é uma marca; d) (F) A omissão de um dígrafo lh (telhado) cria um ditongo
shampoo, pendrive e fashion são estrangeirismos. decrescente na primeira sílaba da palavra, cuja sepa-
ração silábica seria: tei-a-do.
e) (F) O acento agudo de mió (verso 2) justifica-se por ser
08 E
uma palavra oxítona terminada em o, em oposição
O neologismo, ilustrado pela palavra facebookar, é a cria- a mio (verso 1), palavra não acentuada por se tratar
ção de uma palavra que não existe na língua. Já na palavra de paroxítona terminada em o.
desenvolvimento ocorre derivação sufixal, pois houve acrés-
cimo de sufixo ao radical da palavra primitiva (desenvolver). 05 C
No caso de “para”, o último acordo ortográfico determinou a
09 B exclusão do acento diferencial na forma verbal (terceira pes-
De acordo com o texto, a personagem Gato de Botas cria soa do singular do verbo parar) em oposição à preposição.
um pretexto, comportando-se como vítima, ou seja, como O que ocorre é que, no exemplo dado na alternativa, sem o
“coitadinho”, alguém que não merece ser castigado, para contexto, pode-se verificar ambiguidade, pois a nova lei pode
não ser culpado por algo que fez. “parar” o trânsito ou foi desenvolvida “com a finalidade” de
alterar o trânsito.

ATIVIDADES
PROPOSTAS 06 D
O autor do texto faz uma espécie de personificação das pala-
vras proparoxítonas para demonstrar a excepcionalidade
01 D
delas na língua. Nas regras de acentuação, principalmente,
Em A, nicotina e tabaco são paroxítonas, mas a palavra elas são as únicas que exigem acento em qualquer situação,
cérebro é proparoxítona. Em B, a palavra cérebro é acen- além disso, em geral, as proparoxítonas estão ligadas a um
tuada por ser proparoxítona; já dependência é acentuada falar erudito, o que sinaliza certa “prepotência”.

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07 C 14 D
“Chuvosa” é formada pelo substantivo “chuva” mais o sufixo Em antialérgico, tem-se o prefixo grego anti-, que acrescenta
-osa (que indica presença de algo), transformando-se em à palavra ”alérgico” o sentido de ”ação contrária”. Já em
adjetivo. “Amanhecer” é formada pelo substantivo “manhã” ”anteclássico”, tem-se o prefixo latino ”ante-” acrescendo
com o prefixo a- e o sufixo -ecer, formando um verbo. Já a ideia de anterioridade à palavra ”clássico”, de modo que
“rapidamente” é formada pelo adjetivo (não substantivo, anteclássico é algo anterior aos clássicos ou ao classicismo.
como se afirma) “rápido” mais o sufixo -mente, formando
um advérbio. 15 B
Enquanto a expressão ”em comum” significa ”conjunta-
08 B
mente”, o vocábulo ”incomum” significa ”algo que não é
O efeito pretendido pelo narrador ao utilizar, ironicamente,o comum” e constitui-se do adjetivo ”comum” com o pre-
sufixo -ório no termo sabidórios foi pejorativo e deprecia- fixo de sentido negativo ”in”.
tivo, noções que também se encontram no termo palavró-
rio. Em virtude da intenção irônica do narrador, confirmada 16 E
no fragmento “dois luminares, dois sabidórios que da vida Afirmativa I: “incontáveis” deriva do verbo “contar”, ao qual
nada sabem” e nas risadas que acompanham sua reflexão, o foram adicionados um prefixo (in-) e um sufixo (-áveis), for-
termo sabidórios não expressa enaltecimento da capacidade mando um adjetivo.
intelectual das personagens, o que invalida a substituição por Afirmativa II: “marinhos” é um adjetivo, derivado por sufi-
eruditos ou estudiosos. xação do substantivo “mar”.
Afirmativa III: “fundamentados” é um adjetivo, derivado
09 C por sufixação do verbo “fundamentar”.
O próprio autor cita no texto que a “proliferação” de verbos
terminados em (i)lizar se deve a “maus tradutores de livros 17 D
de marketing e administração”, ou seja, esses termos pro-
Nas palavras desvirtua, desfigura, desconhecido e inse-
vêm de influência estrangeira, e acabam sendo incorpo-
gurança, os prefixos des- e in- denotam a ideia de nega-
rados no falar corrente de algumas pessoas. O que estas
ção, oposição, falta ou privação. Em transforma, o prefixo
ignoram é que, muitas vezes, já existe em português uma
trans- denota mudança; as palavras medo, subverte e
palavra adequada à situação, mas a palavra aportuguesada
dilacera não sofreram acréscimo de prefixos na língua por-
acaba ganhando uso maior.
tuguesa; a palavra ameaça é derivada regressiva de amea-
çar; o vocábulo isolamento é derivado por sufixação.
10 A
Os prefixos são morfemas utilizados para a formação de 18 E
palavras derivadas. Os prefixos possuem definições pró- Os estrangeirismos são geralmente introduzidos na língua
prias, derivadas de sua etimologia, como é o caso dos pre- ao mesmo tempo que um conceito novo e podem perten-
fixos “trans” e “ultra”, que apresentam a mesma acepção: cer a outra cultura (como é o caso de cowboy ou rock). Se o
“para além de”, “adiante de”. uso for suficientemente frequente e duradouro, é comum
o aparecimento de um termo ou expressão equivalente ou
11 C a adaptação à escrita e à pronúncia do português, como
As palavras burrinhos, velhinha, pequenina, carvoeirinhos e aconteceu, entre muitos outros casos, com líder e futebol.
magrinhos, destacadas do poema, apresentam sufixo dimi-
nutivo -inho(a) e sua fonte erudita, -ino(a).
MÓDULO 3 Artigo e substantivo
12 D

PARA SALA
Na palavra miséria, a letra a representa uma vogal temática
nominal, já que não se indica gênero gramatical. Em leva, a ATIVIDADES
letra a é vogal temática verbal (levar); em “ingênua, remen-
dada e velhinha”, é desinência nominal de gênero. 01 A
a) (V) O artigo indefinido atribui ao substantivo morte um
13 C
sentido não específico, genérico.
A palavra “empescoçar” é um neologismo formado por b) (F) A repetição do artigo individualiza e destaca cada
parassíntese, acrescentando-se ao substantivo “pescoço”, um dos elementos enumerados. Logo, sua omissão
de forma simultânea, o prefixo em- e o sufixo -ar (formador alteraria a expressão.
de verbos). Um processo semelhante ocorre em “anoite- c) (F) Há treze artigos (“Uma trabalhadora”, “o trabalho
cer”, o qual deriva do substantivo “noite”, acrescentando às quatro e meia das manhãs de todas as semanas”,
um prefixo (a-) e um sufixo (-ecer). “o marido um ganho”, “no Morro da ­Congonha”,

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PROPOSTAS
“no porta-malas”, “um carro policial”, “à morte”,
ATIVIDADES
“pelo asfalto do Rio”). Nos trechos “a pretexto” e “a
céu aberto”, o vocábulo a é preposição, pois não há
concordância de gênero e número com os substanti-
vos pretexto e céu. 01 B
d) (F) O artigo atribui um sentido genérico ao substantivo, Peixe e palavra são substantivos simples e primitivos; graça,
indeterminando-o. susto e terror, abstratos. As palavras destacadas na alternativa
e) (F) O artigo indefinido chama a atenção para a ausência de
D são formadas por derivação imprópria. Muleta, peixe e mão
destaque de ocorrências criminosas como essa, anôni-
flexionam-se no plural com o acréscimo de -s, da mesma forma
mas, negligenciadas, acostumadas “a existir na sombra,
que sítios, mas terror faz o plural com o acréscimo de -es.
sem notoriedade”; logo, sua substituição pelo artigo
definido modificaria o significado do trecho.
02 E 02 B
a) (F) No parágrafo referenciado pela alternativa A, há doze No fragmento apresentado, o emprego dos artigos definidos
substantivos (versões, advogados, policiais, vozes, põe em destaque as ações das personagens, caracterizando
atenção, voz, versões, fato, porta-malas, real e som- seu comportamento maledicente, como se pode verificar em
bra), nos quais está incluído um estrangeirismo (script). “eram elas as esquadrinhadoras de todas as vidas, as espa-
b) (F) Porta-malas é substantivo de dois números, logo, lhadoras de todas as maledicências, as tecedeiras de todas
pode ser empregado tanto no singular quanto no plu- as intrigas”. A omissão dos artigos indefinidos, por sua vez,
ral, sem alteração de forma. atribui ao texto uma ideia de generalidade, posto que os ele-
c) (F) Todos os substantivos mencionados são simples, mentos enumerados como alvos de comentários das perso-
comuns e concretos, mas trabalhadora é substan-
nagens não são determinados, o que sugere que qualquer
tivo derivado.
coisa poderia ser criticada por elas.
d) (F) Ganho é substantivo derivado por regressão, classi-
ficado como deverbal.
e) (V) No primeiro caso, policial é adjetivo e exerce a fun- 03 E
ção de caracterizar o substantivo carro; no segundo, é
substantivo, denominando um ser. Em casa-grande, flexionam-se os dois elementos do termo
(substantivo e adjetivo), pois são variáveis; assim, tem-se
03 A o plural casas-grandes. Em flor-de-cuba, por tratar-se de
O plural da palavra “mamão” não é simplesmente formado um termo em que o segundo elemento especifica um tipo
pelo acréscimo de “s”, pois nesse caso o ditongo “ão” será do primeiro (flor), obtém-se o plural flores-de-cuba. A
transformado em “ões”. Nas demais alternativas, basta acres- palavra arco-íris tem um segundo elemento (íris) invariá-
centar um “s” para formar o plural. vel, e por isso sua marcação de plural é feita apenas com o
uso de um termo determinante. Na palavra beija-flor, por
04 D sua vez, flexiona-se apenas o segundo elemento (flor), pois
o primeiro (beija) é verbo.
O termo “jornaleco”, em geral, pode ser interpretado de
forma pejorativa, pois ao colocar o substantivo no grau dimi-
nutivo dessa forma, é muito provável que o falante esteja 04 E
menosprezando o jornal. No caso de “guardiãs”, a forma De acordo com o texto, o uso de uma palavra é, muitas vezes,
masculina plural do substantivo pode assumir a forma “guar- determinado pelo grupo social a que pertence, indicando
diões” ou “guardiães”, portanto, a forma “capitães” segue a que a variação linguística, muito mais do que uma simples
mesma regra da segunda forma. diferença no uso da língua, também indica a visão de mundo
05 D de cada grupo, principalmente no que se refere aos subs-
tantivos.
Gotícula, caminhas, livrinhos e carrinho denotam a ideia
de diminuição de tamanho, característica do grau diminu-
tivo. Já o substantivo empreguinho apresenta valor depre- 05 C
ciativo, ideia reforçada por “sem graça e sem perspectivas”. No excerto “E isso necessariamente envolve a reflexão crí-
tica sobre os saberes e fazeres”, o termo saberes é ante-
06 B cedido pelo artigo definido os (subentendido em fazeres),
O substantivo águia, no feminino, significa a ave; no mascu- o que os caracteriza como substantivos.
lino, pessoa esperta. Rádio, no masculino, denota osso ou
aparelho transmissor; no feminino, a estação emissora. Perso-
06 C
nagem, jornalista, avestruz e sabiá podem ser empregados
tanto no masculino quanto no feminino. Champanhe é subs- O artigo definido é determinante de objetos ou seres perfei-
tantivo que só deve ser empregado no masculino, e vítimas, tamente circunscritos e identificáveis, ou seja, específicos. Na
apenas no feminino. sua ausência, o substantivo é mencionado de forma genérica.

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07 A ATIVIDADES
Lotação pode significar transporte coletivo – ônibus –, e,
assim, é um substantivo masculino. Se significar estado do
que está repleto, cheio, é um substantivo feminino.

08 A Módulo 1
Dos substantivos apresentados, são sobrecomuns (a) tes- 01 a) O
 recurso utilizado é a transgressão da ortografia ou, dito
temunha, (o) monstro, (a) criatura, (o) indivíduo, (a) vítima, de outra forma, o uso da grafia como transcrição da fala;
(o) ente e (o) gênio. Os demais substantivos são comuns ou seja, a tira apresenta uma forma de escrita que tenta
de dois gêneros, ou seja, a distinção de gênero é marcada reproduzir a fala das personagens. Esse recurso pode ser
por um determinante: (o/a) intérprete, (o/a) jurista, (o/a) exemplificado de três maneiras: pela troca da consoante
doente, (o/a) artista, (o/a) colega, (o/a) cliente, (o/a) imi- l por r (como em “prantando”); pela supressão da vogal
grante, (o/a) mártir. na proparoxítona (como em “árv[o]re”), processo muito
comum na fala; e pela troca da vogal e por i (como em “di”
09 B e “isperança”).
b) Não. Os fenômenos representados na tira encontram-se
O substantivo fedelhozinho significa criança que ainda fede a
também em regiões urbanas e não refletem, necessaria-
cueiro, criança muito nova, jovem de pouca idade; além disso,
mente, escolaridade ou classe social do falante. Por exem-
deriva do radical do verbo feder, seguido dos sufixos dimi- plo, a troca da consoante l por r é um processo bastante
nutivos -elho, com valor depreciativo, e -zinho, de valor afe- recorrente nas regiões urbanas. A supressão da vogal em
tivo, que se sobrepõe ao primeiro. Bestaloide recebe o sufixo palavras proparoxítonas (xícara, abóbora etc.) faz parte de
-oide, que denota “semelhante a”, “com aspecto de”. Hiper- um processo fonológico presente no português brasileiro
sensibilidade é substantivo cujo valor superlativo é expresso de forma geral. Finalmente, a elevação da vogal átona
por meio do acréscimo do prefixo hiper-. (e → i) é uma marca de diferenciação regional e não de
oposição rural/urbano.
10 E
O uso de diminutivos em expressões com grande carga afetiva 02 a) D
 eve-se identificar duas marcas da informalidade pre-
(“chegar de mansinho”, “o gostinho da viagem”, “Pequenino tendidas pelo texto jornalístico em questão, bem como
a princípio”) contrastam com os aumentativos que exaltam a expressar a que nível de análise estão relacionadas.
grandiosidade do espetáculo que aguarda o visitante (“do A maior parte das marcas é de natureza lexical, como
“galera”, “vovozada”, “quebrar”, “trampado”, “grana”,
casarão”, “imensidão”). Assim, a autora dirige-se ao leitor de
“botar”. Há marcas como “pra” e “tá”, que podem ser
forma a envolvê-lo na descrição da cidade e levá-lo a aceitar
tomadas como variantes de pronúncia representadas na
suas ideias, convidando-o a partilhar das belezas do local.
escrita.
b) Deve-se perceber que, quanto ao funcionamento social
11 B de algumas dessas marcas, há aquelas que são forte-
O termo mega-hipercorporações é formado pelos prefi- mente relacionadas a grupos específicos – como “galera”,
xos de origem grega mega- e hiper-, que expressam noção “grana” – e aquelas que são de uso geral, como “tá”,
“botar”, que funcionam no português brasileiro como
semântica de grande quantidade, enfatizando o tamanho e o
marcas de informalidade para todos os falantes.
poder das corporações econômicas atuais.
03 a) O
 efeito cômico existe quando se percebe a semelhança
12 D sonora entre “Kerr” e “Peck” e “quer” e “peque”. Isso
resulta na alteração de classe gramatical – de substan-
a) (F) A palavra amante apresenta uma forma para os
tivo (próprio) a verbo – e, consequentemente, de fun-
dois gêneros: o amante, a amante.
ção sintática.
b) (F) Rouxinol é substantivo epiceno, pois designa ani-
b) As palavras “peque” e “santinho” passam a integrar o
mal cuja distinção de sexo deve ser marcada com a
mesmo campo semântico, ao observarmos que há uma
posposição das palavras macho ou fêmea.
relação de contraste entre pecado e santidade.
c) (F) Homem é um substantivo heterônimo, porque a
falta da forma feminina é suprida por outra palavra:
mulher.
Módulo 2
d) (V) Amigo é o único substantivo que se flexiona em 01 a) O uso do verbo roubar, sempre pejorativo, sendo usado
gênero. de maneira conotativa a chamar a atenção de um acento
e) (F) Criança é substantivo sobrecomum, pois apresenta que não deveria ter saído da língua. O jornalista aponta
apenas um gênero para representar tanto seres do um problema ortográfico em que se contrasta o verbo
sexo masculino quanto do feminino. parar com a preposição para. Depois da nova reforma

Pré-Vestibular – Livro 1
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GRAM ÁTI CA

ortográfica, ambas aparecem sem nenhuma marca dife- público é um substantivo; quando é empregado para
rencial para evidenciar o uso de palavras homônimas, mas caracterizar ou qualificar, público é um adjetivo).
justapostas em duas classes gramaticais distintas. b) A expressão “de interesse público” diz respeito a fatos
b) Sim. São Paulo, para ver o Corinthians jogar, para. São que devem ser, de direito e dever, do conhecimento de
Paulo para a fim de ver o Corinthians jogar. toda a sociedade; já “interesse do público” diz respeito
a fatos sobre os quais as pessoas procuram se informar
02 Na língua portuguesa, o emprego de acento, em determi-
em função de interesses particulares, independente-
nados casos, serve para distinguir não apenas a posição mente de tais fatos afetarem ou não a sociedade como
da sílaba tônica nos vocábulos. Nessa situação de uso, o um todo.
poeta não poderia acentuar a palavra “fluido”, que é subs-
tantivo, porque se trataria de outra palavra de classe mor- 02 a) A
 imagem de um rosto feliz inserida em uma impres-
fológica distinta, “fluído”, que corresponde ao particípio são digital transmite a ideia da singularidade de pensa-
do verbo “fluir”. Além disso, essa acentuação ficaria ina- mento e personalidade de cada morador de São Paulo,
dequada porque comprometeria a regularidade métrica o qual, provavelmente, expressará as características
dos versos, pois a palavra “fluido” apresenta duas sílabas positivas da cidade ao ser inquirido sobre o assunto.
(flui-do), enquanto a palavra “fluído”, três (flu-í-do). b) Descubram quem são e o que pensam os moradores
de São Paulo.
03 a) O
 prefixo mono- (grego mónos, único), como elemento 03 A forma o caveiro é utilizada como distinção entre o femi-
de composição de palavras, exprime a noção de um,
nino e o masculino. Além disso, provoca-se um efeito
um só, unidade. O termo propelente, por sua vez, refe-
cômico no texto.
re-se ao combustível usado na propulsão de foguetes e
tecnologias afins. No contexto, na estrutura da palavra
monopropelente, o prefixo mono- indica que os satélites
mencionados funcionam com somente um combustível.
b) Sugestões de respostas: “Escreveu um poema apenas com
palavras monossilábicas.”; “Quanto custa este monóculo?”.

04 a) A
 palavra “descapotável” contém o prefixo “des-”, que
exprime negação ou falta, e o sufixo “-vel”, formador
de adjetivos e que significa “passível de”.
b) A partir dos afixos descritos em (a), infere-se que a
palavra “descapotável” significa “passível de ficar sem
capota”. O termo “conversível”, por sua vez, significa,
literalmente, “passível de ser convertido”. O termo
“descapotável” é semanticamente mais transparente
por se associar a uma parte do carro (a capota), ao passo
que “conversível” apresenta um sentido, em princípio,
mais amplo, que se poderia aplicar a qualquer objeto
que possa ser transformado; daí a consideração de que
o primeiro seria “mais claro” e “faria mais sentido” do
que o segundo.

Módulo 3
01 a) D
 eve-se apresentar uma passagem em que público é
um substantivo (como em “há notícias que são de inte-
resse do público”) e uma passagem em que público é
um adjetivo (como em “...têm óbvio interesse público”).
É necessário também explicitar o critério linguístico
empregado para distinguir um caso do outro. Esse
critério pode ser de base sintática ou morfossintática
(por exemplo, o emprego do artigo antes de público
em sua ocorrência como substantivo; a função sintática
assumida pelo termo – núcleo de um sintagma nomi-
nal quando substantivo e modificador/adjunto adno-
minal quando adjetivo; a concordância de público com
interesse quando o primeiro funciona como um adje-
tivo) ou, ainda, de base semântica (por exemplo, no
caso em que é empregado para designar ou nomear,

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