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Colégio Estadual Coronel José Francisco de Azevedo

Professora: Cássia Porto Data: 17/05/2023

Estudante:______________________ Turma: 23.01

CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS


Existem três tipos de fonemas:

 Vogais: ‘a’, ‘e’, ‘i’, ‘o’, ‘u’ e suas variações. As vogais são pronunciadas sem que haja obstrução do ar.
 Consoantes: são fonemas que só são emitidos com algumas interferências na boca (lábios, dentes ou
língua).
 Semivogais: são fonemas que possuem ambas características, isto é, não são totalmente livres, mas também
não são totalmente obstruídos.
Exemplo: “aceitou”. Perceba que na sílaba ‘cei’, o ‘i’ é pronunciado com menos força que o ‘e’. O mesmo
acontece com o ‘u’ em relação ao ‘o’ na sílaba ‘tou’.

DÍGRAFOS
Quando estudamos fonemas, um conceito muito importante é o de dígrafo. Ele acontece quando duas letras
representam um único fonema.
Exemplos: em “chuva”, ‘ch’ = /x/, em “queijo” ‘qu’ = /k/.
Podemos separar os dígrafos em duas classificações;

 Dígrafos vocálicos: acontecem com as letras ‘m’ e ‘n’ estão juntas a vogais e indicam nasalidade. Neste
caso, ambas constituem apenas um som.
Exemplo: “comprar” = sete letras e seis fonemas.

 Dígrafos consonantais: são combinações que consoantes formam apenas um som.


Exemplo: “carro” = cinco letras e quatro fonemas.
Atenção: não confunda dígrafo com encontro consonantal. Se o primeiro ocorre à formação de um único
fonema, no segundo as duas consoantes são pronunciadas claramente.
Exemplo: em “preço” temos claramente os fonemas /p/ e /r/.

EXERCÍCIOS SOBRE FONÉTICA E FONOLOGIA

1- Nas palavras enquanto, queimar, folhas, hábil e grossa, constatamos a seguinte sequência de letras
e fonemas:
a) 8 – 7, 7 – 6, 6 – 5, 5 – 4, 6 – 5
b) 7 – 6, 6 – 5, 5 – 5, 5 – 5, 5 – 5
c) 8 – 6, 7 – 5, 6 – 4, 5 – 4, 5 – 4
d) 8 – 6, 7 – 6, 6 – 5, 5 – 4, 6 – 5
e) 8 – 5, 7 – 6, 6 – 5, 5 – 5, 5 – 5
2- A questão a seguir é relacionada a uma passagem bíblica e a um trecho da canção “Cálice”,
realizada em 1973, por Chico Buarque (1944-) e Gilberto Gil (1942-).
Texto Bíblico
Pai, se queres, afasta de mim este cálice! Contudo, não a minha vontade, mas a tua seja feita! (Lucas, 22)
(in: Bíblia de Jerusalém. 7ª impressão. São Paulo: Paulus, 1995)

Trecho de Canção

Pai, afasta de mim esse cálice! Pai, afasta de mim esse cálice

Pai, afasta de mim esse cálice! De vinho tinto de sangue.


Como beber dessa bebida amarga, De que me vale ser filho da santa,

Tragar a dor, engolir a labuta, Melhor seria ser filho da outra,

Mesmo calada a boca, resta o peito, Outra realidade menos morta,

Silêncio na cidade não se escuta. Tanta mentira, tanta força bruta

(in: www.uol.com.br/chicobuarque/)

Na língua portuguesa escrita, quando duas letras são empregadas para representar um único fonema
(ou som, na fala), tem-se um dígrafo. O dígrafo só está presente em todos os vocábulos de:
a) Pai, minha, tua, esse, tragar.
b) afasta, vinho, dessa, dor, seria.
c) queres, vinho, sangue, dessa, filho.
d) esse, amarga, Silêncio, escuta, filho.
e) queres, feita, tinto, Melhor, bruta.
3- A questão a seguir é relacionada a uma passagem bíblica e a um trecho da canção “Cálice”,
realizada em 1973, por Chico Buarque (1944-) e Gilberto Gil (1942-). [textos da questão anterior]
Entendendo-se por rima a identidade ou semelhança de sons em lugares determinados dos versos,
nota-se, nas linhas pares da segunda estrofe de “Cálice”, que o único verso que frustra a expectativa
de rima é:
a) Como beber dessa bebida amarga.
b) Silêncio na cidade não se escuta.
c) De que me vale ser filho da santa.
d) Melhor seria ser filho da outra.
e) Tanta mentira, tanta força bruta.
4- Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque
geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam
que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala
musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito
mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri,
porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de
Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um
the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el –
carnavau, Raqueu… Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente,
de Raquer. Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 9 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de
pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se:
a) na fonologia.
b) no uso do léxico.
c) no grau de formalidade.
d) na organização sintática.
e) na estruturação morfológica.
5- Assinale a(s) alternativa(s) em que, na língua culta, há em todas as palavras o mesmo número de
fonemas.
(01) chaves, quero, hábil, aguar.
(02) carro, quilo, água, desça.
(04) canhotos, tóxico, extrair, prosseguir.
(08) horrível, velhaco, crescer, excessos.
(16) classes, anexa, horrores, esquina.
6 - A única alternativa que apresenta palavra com encontro consonantal e dígrafo é:
a) graciosa d) cadeirinha
b) prognosticava e) trabalhava
c) carrinhos
7- Nos últimos 500 anos temos falado e escrito a língua portuguesa no Brasil. Nos primeiros séculos, apenas
30% dos habitantes falavam a língua de Portugal, e nem todos a escreviam. Os outros 70% ……………
aloglotas, ameríndios e africanos. Foi necessário esperar até o século XVIII para que a língua portuguesa
efetivamente se tornasse a língua majoritária do país.
Que língua é essa que falamos e que escrevemos (tão pouco)? Continua a ser o português europeu?
Ou já falamos o “brasileiro”? Tem-se notado que desde o século XIX ………….. a aparecer no português do
Brasil alguns elementos fonéticos e gramaticais divergentes do uso europeu. Vejamos alguns poucos
exemplos:
Pronunciamos todas as vogais que precedem a vogal tônica, como em telefone, enquanto os
portugueses passaram a apagá-las, dizendo tulfón. Às vezes deixamos cair as vogais iniciais, como em tá,
por está, mantidas pelos portugueses em seu modo característico de atender ao telefone: está? está lá?
Também alteramos bastante a gramática. Para ficar só num caso: no quadro dos pronomes pessoais,
mantivemos eu e ele para a primeira e a terceira pessoas, mas estamos substituindo progressivamente tu por
você e nós por a gente. Vós desapareceu.
Significaria então que já nasceu a língua brasileira? Algumas dificuldades impedem uma resposta
positiva, pois muitos dos fenômenos diferenciadores …………… já no português medieval. Indo por aqui, o
português do Brasil seria considerado mais conservador que o português europeu, e a pergunta então não é
se temos uma nova língua por aqui, e sim por que “eles” mudaram a língua por lá… Muito provavelmente, o
português do Brasil está combinando características conservadoras e inovadoras, seguindo, nisso, uma
direção distinta daquela do português europeu.
Adaptado de: CASTILHO, Ataliba T. de. Seria a língua falada mais pobre que a língua escrita?
Impulso, Revista de Ciência Sociais e Humanas, São Paulo, UNIMEP, v. 12, n. 27, p. 85-104, 2000.

No terceiro e no quarto parágrafos do texto, o autor faz referência a uma oposição entre dois níveis de
análise de uma língua: o fonético e o gramatical. Verifique a que nível se referem as características do
português falado em Portugal a seguir descritas, identificando-as com o número 1 (fonético) ou com o
número 2 (gramatical).

( ) Construções com infinitivo, como estou a fazer, em lugar de formas com gerúndio, como estou
fazendo.
( ) Emprego frequente da vogal tônica com timbre aberto em palavras como académico e antónimo.
( ) Uso frequente de consoante com som de k final da sílaba, como em contacto e facto.
( ) Certos empregos do pretérito imperfeito para designar futuro do pretérito, como em Eu gostava de
ir até lá por Eu gostaria de ir até lá.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) 2 – 1 – 1 – 2.
b) 2 – 1 – 2 – 1.
c) 1 – 2 – 1 – 2.
d) 1 – 1 – 2 – 2.
e) 1 – 2 – 2 – 1.

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