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RESUMO
ABSTRACT
Mining tailings are materials originating from mineral beneficiation processes and are
often environmentally disposed through containment structures (mining tailings dams).
Recent episodes of failures in this type of dam have alerted to the need of study and
understanding about mechanical properties and behavior of these materials. Most of
mining tailings have a predominantly silty grain size, with low or null plasticity. In
addition, these materials are characterized by having intermediate permeability
between sands and clays, a fact that can influence the correct definition of design
parameters. The present work aims to evaluate the variation of the shear strength
parameters of a Brazilian gold mining tailings, through direct shear tests. As it is a test
where there is no control of poropressures, possible drainage effects were evaluated
by varying the loading speed, in same density specimens and submitted to 3 different
levels of vertical load. Failure envelopes have been defined for 5 different loading
speeds, and a possible influence of the generation of poropressures during shear
loading were observed for loading speeds greater than 1 mm/s. This fact demonstrates
that the evaluated tailings may present a resistance lower than that determined in
standardized tests, in cases of fast shearing load.
1. INTRODUÇÃO
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2. MATERIAL E MÉTODOS
Bedin (2010) efetuou um estudo neste mesmo rejeito e definiu o índice de vazios do
material no interior dos depósitos como sendo igual a 1.2. Já a permeabilidade do
rejeito de mineração de ouro foi estudada por Nierwinski et al. (2019), considerando
diferentes condições de carregamento, que simulavam diferentes alturas de
alteamento das barragens. Neste estudo os autores verificaram que a permeabilidade
do rejeito de mineração de ouro é variável em função do índice de vazios, atingindo
valores médios de 2.5 x10-6 m/s para a condição do rejeito in situ (e≈1.2) e valores
médios de 5x10-7 m/s para condições próximas ao índice de vazios mínimo do material
(e≈0.9). De acordo com Manassero (1994) estes valores de permeabilidade
encontram-se dentro da faixa considerada intermediária, sendo que as argilas
apresentam valores de k inferiores e 10-9 m/s e as areias valores de k superiores a 10-6
m/s.
2.2. Metodologia
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(a) (b)
Figura 1 – Moldagem dos corpos de prova (a) anel de moldagem (b) caixa de cisalhamento
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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igual a 150 kPa (tomado como exemplo). Neste carregamento vertical, assim como
para os demais, observa-se que o comportamento de variação da tensão em função
da deformação é similar para todas as velocidades, sendo as maiores diferenças
observadas nos valores máximos de tensão obtidos para cada uma das condições. A
fim de facilitar a visualização e análise, os valores de tensão cisalhante máxima
obtidos para cada velocidade de carregamento e cargas verticais são apresentados no
Quadro 2.
Em análise aos resultados das tensões máximas obtidas, pode-se observar que para
todas as velocidades avaliadas, os valores obtidos para cada tensão vertical
apresentaram a mesma ordem de grandeza, ou seja, atingindo valores médios em
torno de 30 kPa para a tensão vertical de 50 kPa, valores médios em torno de 65 kPa
para a tensão vertical de 100 kPa e valores médios em torno de 100 kPa para a
tensão vertical de 150 kPa. Avaliando-se apenas os valores de tensão cisalhante
máxima definidos através dos ensaios, poderia-se concluir que a variação na
velocidade de cisalhamento não afeta a resistência ao cisalhamento do rejeito de
mineração. Comportamentos similares foram observados em estudos realizados em
solos residuais brasileiros, cuja granulometria também é predominantemente siltosa,
como por exemplo: Bressani (1997), Pinheiro et al. (1997) e Sandroni e Maccarini
(1981).
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através das análises realizadas verificou-se que não ocorrem mudanças significativas
nos valores das tensões máximas obtidas por meio de velocidades distintas de
carregamento. Já os valores de ' do material sofrem mudanças. Inicialmente os
valores aumentam com o aumento da velocidade de cisalhamento, apresentando um
comportamento similar a estudos prévios apresentados pela literatura em solos
naturais. Já para velocidades superiores a 1 mm/min verificou-se a redução dos
valores de ' pela possível geração de poropressões no interior do corpo de prova.
Este fato alerta para a necessidade de estudos mais detalhados dos rejeitos de
mineração, com a adoção de parâmetros de projeto relacionados à velocidade do
carregamento imposto.
REFERÊNCIAS
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