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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA A EDUCAÇÃO


LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

ELAINE SOARES DE SOUSA

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL


NO ENSINO DE GEOGRAFIA

VITORINO FREIRE – MA
2023
ELAINE SOARES DE SOUSA

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL


NO ENSINO DE GEOGRAFIA

Monografia apresentada ao curso de


Licenciatura em Geografia da
Universidade Estadual do Maranhão, para
a obtenção do grau de Licenciatura em
Geografia.

Orientador: Ma. Izani Gonçalves dos


Santos Pereira

Vitorino Freire – MA
2023
Catalogação
ELAINE SOARES DE SOUSA

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL


NO ENSINO DE GEOGRAFIA NO BRASIL (2012-2023)

Monografia apresentada ao curso de


Geografia da Universidade Estadual do
Maranhão, para a obtenção do grau de
Licenciatura em Geografia.

Aprovada em: / / .

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________
Orientadora
Ma. Izani Gonçalves dos Santos Pereira

___________________________________________
Examinador 1

___________________________________________
Examinador 2
Dedico este trabalho primeiramente a Deus que me
presenteia todos os dias com a energia da vida, e
aos meus pais pela fé e confiança demostrada e a
minha filha por ser meu maior incentivo de força e
coragem para atingir meus objetivos.
AGRADECIMENTOS

A Deus em primeiro lugar, que sempre me conduziu com as devidas lições de


amor, fraternidade e compaixão hoje e sempre.
Aos meus pais, Gelsonita Soares e Leudivan Alves de Sousa, que sempre
estiveram ao meu lado nas horas mais difíceis e felizes da minha vida.
A minha filha, Maria Cecília, que é minha maior inspiração, e ao meu esposo
Evanildo, pelo incentivo e companheirismo.
Aos meus amigos, especialmente, a minha amiga Alane, por não me deixar
desistir diante das dificuldades.
Aos amigos da universidade e professores, que estiveram sempre comigo
nessa longa jornada.
Agradeço também a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), pela
oportunidade de fazer esse curso.
A minha prezada e querida orientadora Profª Ma. Izani Gonçalves dos Santos
Pereira, pela dedicação, compreensão e amizade.
7

“Os que confiam no senhor são como o monte de


Sião, que não se pode abalar, mas permanece para
sempre”
8

(Salmo 125:1)
RESUMO

A educação ambiental é um processo de desenvolvimento e mudança que permite


trabalhar com conhecimentos e habilidades, usar o conhecimento sobre o mundo,
comunicar-se com outras pessoas e criar seus próprios caminhos. São muitos os
temas que nos permitem abordar a educação ambiental, entre outros: mudanças
climáticas, diversidade biológica, aquecimento climático, higiene básica. Podemos
fazer os seguintes questionamentos: o que é necessário para que haja essa
formação continuada? Quais contribuições a formação continuada de professores na
rede municipal em educação ambiental e desenvolvimento sustentável nos traz? O
objetivo geral desta pesquisa é: analisar o processo de formação continuada em
Educação Ambiental para a atuação dos professores de Geografia No Brasil. Nesse
sentido, cabe enfocar qual seria o foco pedagógico da educação ambiental no
contexto escolar, pois os pontos de partida do meio ambiente se limitam não apenas
ao conteúdo do ensino, mas à formação individual e coletiva dos alguém. uma
pessoa temas de uma perspectiva abrangente. Eles também fornecem a textura das
relações sociais, que são os fatores principais para alcançar uma sociedade
baseada nos princípios do conhecimento, solidariedade, justiça, responsabilidade e
gerações futuras. O trabalho foi produzido através de levantamento bibliográfico, a
pesquisa bibliográfica, consequentemente, tem a finalidade de explorar problemas a
partir de pressupostos teóricos sobre a abordagem ao tema em pesquisas
científicas. Com base nos resultados, nesse sentido, a universidade é responsável
por formar educadores ambientais para formar futuros cidadãos, e a educação
moderna se depara com a necessidade de formar professores comprometidos com o
processo de ensino, ativos, reflexivos e questionadores, que saibam liderar o
estudante aprender.

Palavras-chave: Formação Continuada. Professores. Educação Ambiental.


Geografia.
10
ABSTRACT

Environmental education is a process of development and change that allows you to


work with knowledge and skills, use knowledge about the world, communicate with
others and create your own paths. There are many themes that allow us to address
environmental education, among others: climate change, biological diversity, climate
warming, basic hygiene. We can ask the following questions: what is necessary for
this continuing education to take place? What contributions does the continuing
education of teachers in the municipal network in environmental education and
sustainable development bring us? The general objective of this research is: to
analyze the process of continuing education in Environmental Education for the
performance of Geography teachers. In this sense, it is worth focusing on what would
be the pedagogical focus of environmental education in the school context, since the
starting points of the environment are limited not only to the teaching content, but to
the individual and collective formation of someone. a person issues from a
comprehensive perspective. They also provide the texture of social relationships,
which are key factors in achieving a society based on the principles of knowledge,
solidarity, justice, responsibility and future generations. The work was produced
through a bibliographical survey, the bibliographical research, consequently, has the
purpose of exploring problems from theoretical assumptions about the approach to
the subject in scientific research. Based on the results, in this sense, the university is
responsible for training environmental educators to train future citizens, and modern
education is faced with the need to train teachers committed to the teaching process,
active, reflective and questioning, who know how to lead the student learn.

Keywords: Continuing Training. Teachers. Environmental education. Geography.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Fluxograma da revisão da literatura realizada.........................................39


Quadro 1 – A Educação Ambiental No Contexto Escolar.........................................40
Quadro 2 – A importância da disciplina Educação Ambiental para a formação dos
professores do curso de Licenciatura Geografia.......................................................42
Quadro 3 – Professor crítico e reflexivo para a educação ambiental.......................44
Quadro 4 – Caráter permanente da educação ambiental no ensino da Geografia..46
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

Art. Artigo
BNCC Base Nacional Comum Curricular
CEE Comunidade Económica Europeia
CGEA Coordenação Geral de Estatística e Atuária
CONAE Conferência Nacional de Educação
DCNEA Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental
EA Educação Ambiental
GO Goiás
MEC Ministério da Educação e Cultura
PNEA Política Nacional de Educação Ambiental
PCN Parâmetros Curriculares Nacionais
PNE Pessoa com necessidades especiais
PNMA Política Nacional do Meio Ambiente
SEAB Secretaria da Agricultura e do Abastecimento
SEMA Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais
SESA Secretaria da Saúde do Espírito Santo
SETI Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
2º Segundo
I 1
II 2
III 3
IV 4
V 5
X 10
XX 20
XXI 21
14

Sumário
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................13

1.1 Metodologia.........................................................................................................15

1.1.1 Tipos de pesquisa..............................................................................................15

2 CONCEITO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL.......................................17

2.1 Breve Histórico e as Legislações da Educação Ambiental............................18

2.2 A Educação Ambiental no Contexto Escolar...................................................22

3 A GEOGRAFIA E A CONSTRUÇÃO AMBIENTAL...............................................25

3.1 Educação Ambiental e Geografia......................................................................27

3.2 O Ensino da Geografia e a Educação Ambiental.............................................28

4 CURSO DE GEOGRAFIA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DO

PROFESSOR COMO EDUCADOR AMBIENTAL.....................................................32

4.1 Formação Continuada........................................................................................33

4.2 Professor Crítico e Reflexivo para a Educação Ambiental............................34

4.3 Desafios e Reflexões no Ato de Ensinar Educação Ambiental no Contexto

da Disciplina de Geografia.......................................................................................35

4.4 Ferramentas Essenciais para Trabalhar a Educação Ambiental nas Aulas de

Geografia....................................................................................................................37

6 RESULTADO E DISCUSSÃO.................................................................................40

7 CONCLUSÃO..........................................................................................................48

REFERÊNCIAS...........................................................................................................51
15

1 INTRODUÇÃO

Para se tornar um bom professor de Geografia e educador ambiental, é


fundamental que adquira conhecimento dos conceitos ambientais e que também
goste da profissão, criatividade, habilidade, aprofundamento e desenvolvimento de
conteúdo simultaneamente com as mudanças na sociedade mundial, ou seja, estar
sempre atualizado com as informações.
Jacobi (2013), acrescenta que o maior desafio é evitar cair na visão simplista
de que a educação ambiental pode superar as relações discordantes entre os
indivíduos e o meio ambiente por meio de práticas locais e específicas, muitas vezes
distantes da realidade social de cada aluno.
A educação ambiental é um processo de desenvolvimento e mudança que
permite trabalhar com conhecimentos e habilidades, usar o conhecimento sobre o
mundo, comunicar-se com outras pessoas e criar seus próprios caminhos. É
justamente dessa educação ambiental que a sociedade precisa, pois de acordo com
o modelo capitalista proposto pela revolução industrial, é perceptível que muitas
mudanças estão ocorrendo hoje no meio ambiente, nos aspectos naturais, físicos,
sociais e econômicos são irreversíveis para o mundo se não forem controlados no
tempo.
São muitos os temas que nos permitem abordar a educação ambiental, entre
outros: mudanças climáticas, diversidade biológica, aquecimento climático, higiene
básica. A escolha da higiene elementar resultou de uma relação que permite a
inclusão do ambiente escolar, questões socioambientais e sanitárias para fortalecer
a discussão sobre educação ambiental (TELLES, 2020).
Neste trabalho objetivou-se mostrar a importância da formação continuada de
professores da rede municipal em educação ambiental, questão está, abordada
frequentemente em nosso cotidiano e também geralmente divulgada na mídia.
Tendo em vista tudo isso, podemos fazer os seguintes questionamentos: o que é
necessário para que haja essa formação continuada? Quais contribuições a
formação continuada de professores na rede municipal brasileira em educação
ambiental e desenvolvimento sustentável nos traz?
Levando em consideração os aspectos observados, percebe-se que essa
formação continuada em Educação Ambiental é de suma importância para os
16

educadores, uma vez que os mesmos atuam como agente formador de cidadãos
mais conscientes e os torna aptos a atuar na realidade socioambiental que os cerca.
O professor, mais do que conceitos e informações, deve trabalhar com
atitudes e ações práticas, de modo que ensine aos alunos a praticar ações
direcionadas à preservação e conservação ambiental. No espaço escolar, o aluno
complementa sua socialização, portanto, deve vivenciar diariamente a prática de
bons hábitos sociais e ambientais.
O objetivo geral desta pesquisa é: analisar o processo de formação
continuada em Educação Ambiental para a atuação dos professores de Geografia.
Os objetivos específicos são: compreender a percepção ambiental dos
professores de Geografia em relação ao espaço escolar e seu entorno, desenvolver
uma perspectiva de ação integral, relacionando o homem à natureza e entender a
promover ações de melhoria e manutenção da qualidade ambiental.
O trabalho foi produzido através de levantamento bibliográfico, a pesquisa
bibliográfica, consequentemente, tem a finalidade de explorar problemas a partir de
pressupostos teóricos sobre a abordagem ao tema em pesquisas científicas, através
de síntese, análise, estudos, metodologia, revisão, sistemática, revisão da literatura,
dados, evidências, avaliação, qualidade, pesquisa, análise crítica, síntese de dados,
revisão metódica, revisão rigorosa, estudos incluídos, estudos excluídos, resultados
conclusivos, recomendações.
Segundo Brandão (2015), a educação ambiental inserida no ensino da
geografia deve ser compreendida como uma aprendizagem contínua e longa
baseada num estado de espírito em que a escola, a família e a sociedade devem
estar envolvidas e que deve ser mais do que uma simples forma de transmitir
conhecimentos e informações sobre os recursos naturais e possíveis formas de
conservação e proteção.
A formação continuada de professores da rede municipal em educação
ambiental, pode ser entendida como uma forma de fortalecer as unidades
educacionais na perspectiva de uma escola sustentável, onde é utilizada uma
metodologia em que cada pessoa pode assumir e adquirir o papel de membro
principal do processo de ensino/aprendizagem.
Os problemas ambientais ocorrem pelo danoso modo de vida que a
humanidade adotou, na qual a ‘sobrevivência’ do mesmo promove uma exagerada
17

utilização de recursos naturais levando assim a uma situação de crise bem visível
nos dias de hoje.

1.1 Metodologia

A presente pesquisa tem como objetivo analisar o processo de formação


continuada em Educação Ambiental para a atuação dos professores de Geografia
no Brasil, entre os anos de 2012 a 2023. Para isto foi utilizado a revisão bibliográfica
e sistemática em abordagem qualitativa. Dos quais, foi realizada, a fim de
compreender o que se tem feito atualmente em escala nacional, no que tange a
parte formativa dos profissionais que estão entrando no mercado de trabalho ou
aqueles que estão inseridos e desejam se capacitar como educadores ambientais.
A partir do material analisado, foram construídas análises qualitativas, que
servirão como ferramenta útil na capacitação de professores que almejam uma
mudança socioambiental através de sua prática docente, atuando de forma
contundente na emancipação de seus alunos.

1.1.1 Caracterizando os tipos de pesquisa

Quanto à pesquisa bibliográfica, foi feita por meio de livros, teses e artigos
relacionados ao assunto. Santos et al. (2021), a pesquisa bibliográfica consiste no
levantamento de informações e dados referentes a documentos impressos, artigos,
dissertações, livros publicados, textos e informações.
Dessa forma, é possível afirmar que a pesquisa bibliográfica é essencial para
o embasamento do trabalho. Além disso, no referencial teórico foram trabalhados
autores, como: PIMENTA (2020); ROSA (2013); SATO (2022); SAUVÉ (2014);
SILVA (2020); SOFFIATI (2018); SOUZA (2017); TELLES (2020). Além disso, foram
destacados autores relevantes na área da Geografia, entre outros autores relevantes
Para Denzin e Lincoln (2020, p. 17-19), os cientistas veem o mundo e as
atividades nele qualitativamente. É uma abordagem naturalista, pois os fenômenos
são estudados em seu contexto natural e sua interpretação é baseada nos
significados atribuídos pelos próprios atores. Segundo os autores, a pesquisa
qualitativa geralmente consiste em "práticas materiais e interpretativas que dão
visibilidade ao mundo".
18

É por isso que concordo com Schwandt (2016), quando afirma que a pesquisa
qualitativa deve ser entendida como uma base que protege diferentes
pesquisadores, como uma arena onde competem diferentes epistemologias, mas
nesse espaço há “fidelidade aos fenômenos, respeito à vida experiência e atenção
às sutilezas da vida cotidiana” (SCHWANDT, 2016, p. 194).
Para Minayo (2021), este estudo trata de motivos, crenças, valores e ações
que formam um espaço mais profundo para relacionamentos, e processos e
fenômenos que não devem ser reduzidos à instrumentalização de variáveis.
Os artigos selecionados são lidos como um todo por meio de uma técnica
adicional de análise de conteúdo temática por meio da leitura e releitura dos
resultados da pesquisa para identificar os principais temas das produções. A
pesquisa é realizada em sites de busca eletrônica como Google Acadêmico, Scielo e
Revistas Eletrônicas.
As informações obtidas foram compiladas em uma revisão bibliométrica, onde
os artigos utilizados foram selecionados de acordo com os anos de publicação.
Os critérios de inclusão dos estudos incluíram publicação de resultados de
pesquisas usando filtros de controle, todas as publicações disponíveis, bases de
dados nacionais e internacionais, publicações portuguesas feitas entre 2012 e 2023
os critérios de exclusão foram: publicação com tema duplicado, ano de revisão
anterior a 2012 e revisões desviando do tema da pesquisa, e excluindo publicações
cujos textos não estejam disponíveis, materiais que não tratem do assunto ou
estejam fora do período de publicação.
Quanto aos aspectos éticos, por se tratar de uma revisão de literatura, não é
necessária a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, mas
o autor se comprometeu a citar os autores que publicaram os artigos científicos.
19

2 CONCEITO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Para Brugger (2019), a relação com a natureza estava originalmente ligada à


questão da sobrevivência, que não precisa mais de outro motivo. Era um
relacionamento sobre como viver em um mundo cuja natureza era externa e mais
poderosa que as pessoas, afetando-as mais do que a si mesmas.
Segundo Carvalho (2014, p. 123):

O conceito de educação ambiental sempre se limitou à proteção dos


ambientes naturais (seus problemas ecológicos, econômicos e valores
estéticos), sem considerar as necessidades e direitos da população ligada a
esses ambientes como parte importante dos ecossistemas. Com a
urbanização e o desenvolvimento da civilização humana, a percepção do
meio ambiente mudou drasticamente e passou a ser conhecido como
administrado e explorado. Assim, a relação do homem com a natureza, que
começou com mínima intervenção nos ecossistemas, culminou em intensa
pressão sobre os recursos naturais. Tais informações devem estar
disponíveis aos alunos e a disciplina de geografia deve ser efetiva nesse
sentido (CARVALHO, 2014, p. 123).

Para o efeito, importa aliar conhecimentos e valores que reflitam a atitude e


as ações das pessoas perante a natureza e procurar alterar hábitos e
comportamentos ambientais e equilibrá-los. Telles, por outro lado (2020, p. 67) diz
que:

Compreender o meio ambiente como um sistema em que a natureza e a


sociedade interagem, ou seja, um espaço socialmente construído nas
relações cotidianas, atravessado pela atividade econômica, social e política,
sugere a superação de um ponto de vista antropocêntrico e fragmentado
para chegar a um ponto de vista holístico e sistêmico, interdisciplinar; uma
prática que trata o meio ambiente como parte do cotidiano e que se dirige
desde as primeiras representações até as mais complexas relações de
conservação da natureza e descoberta científica, considerando o
envolvimento da família como parte importante do aprendizado.
Constatamos que a educação ambiental é definida como uma dimensão
dada ao conteúdo e prática da educação, que é orientada para a resolução
de problemas ambientais específicos com abordagens interdisciplinares.

Segundo Fazenda (2015), a tarefa da multidisciplinaridade é difícil porque


exige equilibrar diferentes conceitos, diferentes experiências, inúmeras visões
políticas e, sobretudo, infinitas formas de comportamento individual.
Segundo Oliveira (2020, p. 89):
20

Com efeito, a educação ambiental deve ser vista como um processo que
visa avaliar as questões ambientais a partir de suas perspectivas histórica,
antropológica, econômica, social, cultural e ecológica, enfim, como
educação política, tanto quanto todas as decisões políticas que existem.
nível leva a atividades que afetam o meio ambiente. Assim, a educação
ambiental é um processo educacional criado ao longo de muitos anos por
meio da pesquisa de milhares de especialistas, como líderes políticos,
cientistas, educadores e população em geral, que adquiriram uma visão
global das necessidades do homem e da natureza, que se confundem com
o comum meta que visa preservar a qualidade de vida de todos os seres do
planeta.

Uma vez que os problemas ambientais ocorrem em quase todas as regiões


do planeta, é importante desenvolver e implementar programas de educação
ambiental no ensino de geografia, de forma crítica, por meio de projetos
interdisciplinares que são mais importantes para reverter ou minimizar os danos
ambientais.
Para Berna (2021, p. 21):

A educação ambiental caracteriza-se por conter dimensões


socioeconômicas, políticas, culturais e históricas, não podendo se basear
em diretrizes rígidas de aplicação universal, devendo levar em consideração
as condições e etapas de cada país, região e comunidade com base na
história perspectiva. A educação ambiental deve, portanto, possibilitar a
compreensão da complexidade do meio ambiente e conceituar a
interdependência dos diversos elementos do meio ambiente, de modo que
os recursos do meio ambiente possam ser utilizados de forma sensata para
a satisfação material e espiritual da sociedade tanto no presente quanto no
futuro o ambiente futuro (BERNA, 2021, p. 21).

Portanto, a educação ambiental requer representações diferenciadas, levando


em consideração a realidade em que cada indivíduo vive. Assim, para obter os
recursos essenciais, é preciso respeitar a relação que cada indivíduo estabelece
com a natureza, desde que seja um consumo consciente, sustentável e baseado no
respeito à vida.

2.1 Breve Histórico e as Legislações da Educação Ambiental

Uma série de conferências, encontros, seminários internacionais e nacionais


voltados para as questões ambientais marcam o processo histórico de
institucionalização da educação ambiental no Brasil. Os documentos produzidos
nessas conferências influenciaram a institucionalização de políticas públicas de
educação ambiental em diversos países (MACHADO, 2014).
21

No Brasil, em 1981, em resposta às conferências ambientais internacionais e


para garantir os direitos dos cidadãos brasileiros, foi editada a Lei nº 6.938 - Política
Nacional do Meio Ambiente (PNMA), que tem em seu artigo 2º, inciso X, um de seus
princípios:

“Educação ambiental em todos os níveis de ensino, incluindo a educação


comunitária, com o objetivo de capacitá-la a participar ativamente na
proteção do meio ambiente”. A lei só foi adotada em 1990 pelo Decreto nº
99.274, de 6 de junho (BRASIL, 2020, p. 32).

No artigo 225 do Capítulo VI da Constituição da República Federativa do


Brasil de 1988, as instituições públicas têm o dever: "promover a educação
ambiental em todos os níveis de ensino e conscientização geral sobre o meio
ambiente" (BRASIL, 2018).
Em 1999, a Lei 9.795 (BRASILIA, 2019) instituiu a Política Nacional de
Educação Ambiental (PNEA), que reforça a necessidade de incluir a educação
ambiental como parte integrante da educação nacional e deve estar presente em
todos os níveis de ensino. e em todas as faixas etárias.
Além disso, define os papéis e responsabilidades do poder público, bem
como do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), dos órgãos públicos e
privados de ensino e das entidades envolvidas na gestão da educação e do meio
ambiente em sua área de atuação. instituições estaduais, distritais e municipais e
organizações não governamentais de educação ambiental (SORRENTINO et al.,
2015).
O Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente
(DEA/MMA) e a Coordenação-Geral do Ministério da Educação (CGEA/MEC)
formaram a diretoria da Política Nacional de Educação Ambiental (OG-PNEA) com a
publicação do Regulamento do PNEA 25 de junho de 2002, nº 4281 (BRASIL, 2022).
De acordo com o artigo 15.º do PNEA, compete ao OG-PNEA:

I - Definição de diretrizes de implementação em nível nacional;


II - Elaboração, coordenação e fiscalização de planos, programas e projetos
na área de educação ambiental em âmbito nacional;
III - Participação em negociações de financiamento de planos, programas e
projetos na área de educação ambiental (BRASIL, 2019, art. 15).
22

Em relação à política pública ambiental voltada para o sistema de ensino,


desde 2002, o CGEA/MEC elegeu a escola como área prioritária onde a política
inclui a EA (MACHADO, 2014).
A Coordenadoria Geral de Educação Ambiental do Ministério da Educação
(CGEA/MEC) criou o programa Cuidar do Brasil com as Escolas, que visa "fortalecer
a institucionalização da educação ambiental nos sistemas educacionais por meio de
um processo permanente que promova um bom círculo de informações “busca,
pesquisa e geração e transformação do conhecimento nas comunidades locais"
(BRASIL, 2017b).
Portanto, o PNEA organiza a educação ambiental em todos os níveis e
formas de educação, tanto formal quanto informal. O PEEA prevê que a educação
ambiental seja desenvolvida de forma contínua, integrada, integral e interdisciplinar
em um currículo que promova, divulgue e democratize saberes e práticas de
educação socioambiental em uma perspectiva inovadora, transformadora e
emancipadora.
Para coordenar o PEEA, foi constituído o Conselho de Política de Educação
Ambiental do Governo (GO-PEEA), composto por cinco secretarias:

(1) Educação (SEMO), (2) Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA), (3)
Saúde, (SESA), (4) Agricultura e Abastecimento (SEAB) e (5) Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior (SETI). Em 12 de novembro de 2013, o
Conselho Estadual de Educação aprovou a Deliberação CEE nº. 04/2013
(PARANÁ, 2013, p. 104).

Apresenta as normas nacionais de educação ambiental na rede de ensino do


estado do Paraná, que diz que a I. educação ambiental deve estar incluída na
educação básica no contexto da multidisciplinaridade e transversalidade dos
problemas ambientais e da sustentabilidade socioecológica; II. como conteúdo de
partes/disciplinas do currículo no nível da dimensão socioambiental; III. aumentar o
conteúdo relacionado à integração de políticas públicas nas áreas de educação,
meio ambiente, agricultura, saúde e cultura, entre outras; por meio de conteúdos
interdisciplinares e transdisciplinares pautados na escola como fonte de referência
para protagonismo socioecológico no espaço geográfico da bacia hidrográfica; V.
priorizar práticas de educação ambiental no campo da proteção ambiental, fortalecer
a abordagem para identificar efeitos sociais e ambientais no contexto da educação
contextual, conservação da biodiversidade e experiências naturais.
23

Para Rosa e Carniato (2015, p. 204), o texto da abordagem estadual


representa um avanço significativo em relação ao estabelecido pela DCNEA, haja
vista que:

A educação ambiental deve zelar pela manutenção e proteção das


comunidades vivas como sujeitos de direitos com o objetivo de: conciliar
educação ambiental formal e informal com base na legislação da política de
educação ambiental do país; territorialidade de uma bacia hidrográfica para
integrar iniciativas de políticas públicas; atividades de articulação entre a
educação básica e a educação superior; fortalecer o papel da escola;
participação e controle social no monitoramento dos resultados das políticas
públicas; criação de redes socioambientais para divulgação e socialização
das atividades (ROSA; CARNIATO, 2015, p. 347).

A educação ambiental como parte das políticas públicas apresenta o desafio


de criar um conjunto de atividades cívicas que cristalizem essa educação por meio
do que as políticas públicas oferecem para lutar por uma sociedade sustentável.
Atualmente, autores como Frizzo e Carvalho (2018) apontam as falhas da
atual política educacional no campo da educação ambiental, tanto nos documentos
da Conferência Nacional de Educação (CONAE) quanto no Plano Nacional de
Educação (PNE) e Currículo Comum Nacional (BNCC).
Observou-se que os documentos das duas últimas CONAEs utilizam cada vez
mais referências à sustentabilidade e à sustentabilidade socioambiental. A EA é
menos citada no último documento da CONAE e não é mencionada no PNE,
havendo, portanto, um descompasso entre as propostas desse fórum e o texto
aprovado (FRIZZO; CARVALHO, 2018, p. 120).
Conforme destacado por Portugali e Sorrentino (2018), temos o desafio de
integrar a educação ambiental ministrada pelo DCNEA aos componentes
curriculares da BNCC. Aos autores:

A educação ambiental, que não é disciplina, exige concretude no currículo


escolar, que vai muito além do compromisso com a sustentabilidade", mas
sim a formação de cidadãos críticos e libertos, que saibam como agir para
solucionar seus problemas socioambientais. comunidade (PORTUGAL;
SORRENTINO, 2018, p. 12).

Além dessas críticas ao PNE, especialmente à educação ambiental, a versão


final da Base Curricular Nacional Comum (BNCC) foi publicada após o processo de
revisão, onde a EA é apenas mencionada nos comentários sem indicar sua
existência. Em unidades de informação.
24

Da mesma forma, o trabalho sobre temas relacionados à educação


ambiental não é mencionado ou iniciado diretamente na base curricular
comum nacional, mas seu texto introdutório menciona que "a
responsabilidade dos sistemas e redes educacionais e das escolas,
autonomia e competência, para incluir temas atuais nos currículos e nas
propostas pedagógicas" (grifo nosso) (BRASIL, 2018, p. 19).

Torales-Campos (2015, p. 271) reconhece a importância da legislação,


afirmando que ela “não se torna política escolar, mas legitima e orienta o
desenvolvimento institucional de programas, o desenvolvimento curricular e as
iniciativas de formação de professores”.

2.2 A Educação Ambiental no Contexto Escolar

A sociedade atual caracteriza-se pela velocidade das mudanças, da


informação e da adoção de valores sociais e culturais, que levaram a esta crise
ambiental, que deu origem a um momento de busca de novos paradigmas. A
educação como ferramenta de mudança social está passando por uma mudança
estrutural, baseada, entre outras coisas, na reflexão sobre o papel da escola no
contexto atual (ROSA, 2013).
Para Oliveira apud Rosa (2013), o grande desafio da educação ambiental
hoje é ensinar a pensar. Por isso precisamos de uma escola pensante que envolva o
aluno no ensino e aprendizagem e o torne protagonista, para que ele possa formar
cidadãos críticos, capazes de se comunicar - mudar significativamente o ambiente
em que vive e, finalmente, exercer seu senso de cidadania.
É nessa interface, a sociedade escolar, que a educação ambiental moderna
escala e se propaga como um processo sobrenatural de viés naturalista, parte da
interseção de aspectos sociais, políticos, econômicos, culturais e históricos que são
importantes pontos de partida. na formação humanística dos sujeitos.
Nesse sentido, Oliveira (2021, p. 7) considera que:

Muitas vezes há uma falta de compreensão de que o meio ambiente não é


apenas fauna e flora, mas também que as pessoas fazem parte da
natureza. Muito do que hoje se diz ser educação ambiental equivale a uma
atitude afastada do contexto em que está inserida ou comunicada, baseada
em conceitos vazios, palavras vazias ou ativismo sem sentido. Tal
compreensão reducionista do termo “meio ambiente” também é
frequentemente observada no cotidiano pedagógico das instituições de
25

ensino, onde lidar com tais problemas se limita a uma mera compreensão
ecológico-naturalista, o que comprova a necessidade de desenvolver
estratégias didáticas que possam atingir os espaços que os formam e
redefinindo conhecimentos desta natureza.

Nesse sentido, cabe enfocar qual seria o foco pedagógico da educação


ambiental no contexto escolar, pois os pontos de partida do meio ambiente se
limitam não apenas ao conteúdo do ensino, mas à formação individual e coletiva dos
alguém. uma pessoa temas de uma perspectiva abrangente.
Eles também fornecem a textura das relações sociais, que são os fatores
principais para alcançar uma sociedade baseada nos princípios do conhecimento,
solidariedade, justiça, responsabilidade e gerações futuras.
Prevê-se também que seja um trabalho/didático multidisciplinar, que quebre o
paradigma da unilateralidade previsto na Política Nacional de Educação Ambiental
na Lei 9.795/99. É indiscutível a necessidade de considerar a educação ambiental
nos currículos escolares, desenvolvendo atividades didáticas multidisciplinares com
base nos princípios da integridade.
Seguindo essa linha de raciocínio, Silva (2020, p. 18) acrescenta que:

(...) A educação ambiental é um processo de ensino-aprendizagem, no


qual, analisando e compreendendo as relações sociais, políticas,
econômicas e culturais entre o meio ambiente e o sujeito, formam-se lições
de qualidade para os alunos, participantes da sociedade. e a natureza como
ferramenta de ação política da informação ambiental, com o objetivo de
formar um pensamento crítico pautado por princípios como: cooperação
ética, participação ativa, responsabilidade social e pensamento sustentável
(SILVA, 2020, p. 18).

Com esse sentido, podemos confirmar a necessidade de abordar a educação


ambiental no ambiente escolar a partir de uma atitude criticamente reflexiva, onde o
princípio norteador seja a compreensão integral do meio ambiente, Souza (2017, p.
73) enfatiza que:

Mesmo que a educação ambiental tenha se tornado uma exigência


constitucional garantida pelos governos federal, estaduais e municipais,
ainda está longe de ser uma atividade aceita e desenvolvida em nossa
sociedade, pois requer mudanças profundas. Aplicada em todos os níveis
escolares e por meio de métodos formais e interdisciplinares de
aprendizagem curricular, a educação ambiental pode ajudar a mudar
comportamentos, atitudes e valores pessoais dos cidadãos de forma a
proteger e preservar o meio ambiente para as gerações atuais e futuras.
26

Assim, foi determinado que a dimensão ambiental se configura em uma forma


integral de aprendizagem que é apresentada aos alunos por meio de um processo
pedagógico participativo e constante que visa proporcionar uma educação ativa-
crítica sobre o tema do meio ambiente, o que significa criticando, a capacidade de
compreender a origem e propagação dos problemas ambientais atuais.
Portanto, toda a comunidade escolar deve ser sensibilizada, e esse processo
de sensibilização ocorre quando todos os sujeitos se sentem simultaneamente parte
do ambiente.
Souza (2017, p. 81) ratifica que:

Para efetivamente integrar a educação ambiental na escola, ela deve ser


respeitada em sua dimensão precisa, ou seja, deve ser construída como
uma atividade humana, essencialmente interdisciplinar. Portanto, a
educação ambiental, por ser multidisciplinar, não permite que seja uma
disciplina independente no currículo escolar e, por lidar com a realidade,
pode adotar uma abordagem que considere todos os aspectos de interesse
do papel da escola. pode ser visto como um ambiente de trabalho cheio de
trabalhadores com pilhas de papel.

A escola deve assumir o seu papel de agente que otimiza a mudança,


melhora o ambiente geral e a qualidade, enfim, é o espaço onde decorre o processo
educativo formal de ser um cidadão informado. A partir dessa afirmação surge a
necessidade de aprender a educação ambiental a partir da realidade dos alunos,
levando em consideração seus conhecimentos prévios, tendo consciência da
precisão de ampliar esse conhecimento.
27

3. DISCUTINDO A REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 A GEOGRAFIA E A CONSTRUÇÃO AMBIENTAL

O objetivo da geografia aqui é oferecer uma reflexão sobre o que seria uma
metodologia escolar adequada para trabalhar no novo século. Para um mundo
integrado, é importante pensar na geografia.
Segundo Vesentin (2019, p. 161):

"Ensinar geografia deve ensinar o aluno a descobrir o mundo em que


vivemos e o ambiente local, a pensar sobre ele." Um mundo onde as
mudanças técnico-científicas e os problemas socioambientais decorrentes
dessa revolução penetrem no espaço. Desde o seu início, a geografia como
ciência propôs o estudo da relação entre o homem e o meio natural, que
inclui o natural e o social. Um objeto de pesquisa geográfica que teve um
caráter extremamente ecológico desde o início da ciência.

Foi definido como "o objeto da Geografia como a relação entre o homem e a
natureza desde a perspectiva da paisagem". Ela moldou o homem como um ser
ativo que é influenciado pelo meio, mas que se comporta de acordo com ele e o
modifica” (MORAES, 2017, p. 68).
Olhando para a história do desenvolvimento da ciência moderna, fica claro
que a Geografia foi uma ciência ambiental desde o início, hoje é um campo
cotidiano, contextual e interdisciplinar adequado para diferentes níveis de ensino.
Outros são mais específicos em abordar o tema acima mencionado. No entanto, isso
não significa que apenas a Geografia pode lidar com todos os problemas de
informação ambiental.
Nesse sentido, vários pensadores associados à geografia promoveram seu
desenvolvimento como ciência a partir de uma perspectiva interdisciplinar e
ambiental:
O desafio do ensino de geografia é aproximar o aluno de sua real e específica
realidade espacial por meio de sugestões metodológicas que lhe permitam
classificar as feições encontradas em seu espaço geográfico específico com base no
conhecimento científico.
“É necessário que o ensino de geografia também se baseie em informações
encontradas fora da escola como um fator adicional ou importante dos currículos e
28

propostas didáticas para aprender geografia e a natureza de sua aprendizagem:


espaço social” (LACHE, 2014, p. 116).
Para melhor compreender a geografia, o professor deve criar as situações
necessárias que permitam a criação de uma relação que veicule os elementos do
conhecimento historicamente formado.
Segundo La Blache (2014), o homem pode e deve mudar seu ambiente. Por
isso, é de extrema importância que o conhecimento científico seja conscientemente
determinado pelo modo como é necessário saber pensar o espaço para nele agir e
comunicar.
Segundo Sofiati (2018), a geografia e a educação ambiental seguem
caminhos que se complementam e promovem a prática escolar. As práticas tomadas
como cerne da convergência das dimensões que constroem a formação da
cidadania em desenvolvimento como sujeito de um ideal social e educacional que
emerge na operação da antinomia da sabedoria lógico-formal como única verdade.
Fazer isso, permite que o ensino-aprendizagem celebre com novas
oportunidades, introduza novas práticas que combinem saberes estudantis e
saberes científicos, saberes sociais e saberes ambientais, e uma nova compreensão
de consciência social e proteção ambiental (LEFF, 2019).
Com base nessas anotações, o objetivo da educação ambiental é formar
valores nos alunos sobre a conservação da natureza e proteção dos valores
culturais e ecológicos, enfim, respeito à natureza.
A compreensão dos alunos de que somos parte da natureza, não seu dono,
fornece educação em geografia que pode encorajar a formação de origem ativa.
Tem como objetivo desenvolver a transferência de conhecimento para além do
conteúdo do currículo. Ensino relacionado com a tendência e percepção da
realidade na perspectiva da sua espacialidade.
Segundo Cavalcanti (2020):

O objetivo do ensino da Geografia a crianças e jovens deve ser


precisamente o de os ajudar a desenvolver uma forma mais articulada e
profunda de pensar e compreender o espaço. Isso permite que os alunos
pratiquem o pensamento sobre fatos e eventos por meio de diferentes
explicações, dependendo da combinação de seus determinantes, inclusive
os espaciais (CAVALCANTI, 2020, p. 24).
29

A Geografia se dedica a compreender as características dos fenômenos e


elege o espaço geográfico como principal campo de análise. Portanto, dá aos alunos
a oportunidade de realizar pesquisas espaciais que lhes permitam praticar uma
cidadania ambiental de maior qualidade, permitindo que os alunos pensem de forma
mais ampla e crítica sobre seu espaço.
Em relação ao pensamento, Loureiro (2013) sugere que a tarefa educativa
baseada em atividades dialógicas e participativas visa à formação da consciência
humana. Nesse sentido, é muito importante a participação efetiva dos alunos na
compreensão dos problemas socioambientais do ponto de vista de sua condição e
experiência.

3.1 Educação Ambiental e Geografia

Vale considerar também que a educação ambiental tem o potencial de moldar


as atitudes disponíveis aos alunos. No entanto, a cooperação com mecanismos que
facilitem e enfatizem a importância da educação ambiental como meio eficaz de
valorizar o ensino da Geografia, facilitando o processo pedagógico, melhorando a
qualidade do ambiente e da vida, agregando problemas de educação ambiental à
aula de Geografia para que os alunos para entender sua importância nas práticas
cotidianas, considerar as possibilidades de aplicação de novos métodos aplicados
em sala de aula e buscar a sustentabilidade de um coletivo social por meio de
atitudes.
Reconhecendo a importância de se trabalhar com a Geografia voltada para a
educação socioambiental, que visa despertar o interesse pelo meio ambiente,
promovendo teorias que enfoquem atividades específicas dentro e fora do ambiente
escolar, provocando mudanças ambientais no pensamento e nas atitudes dos
alunos, “críticas”, reflexão sobre a importância de práticas importantes na escola,
especialmente no que diz respeito ao ensino da geografia, enfatizando esse valor
educativo científico.
Esta disciplina nos mostra que a geografia sempre esteve relacionada com as
mudanças do espaço geográfico e da sociedade, configurando-a no ambiente
escolar, inspirando o aluno a observar, analisar e compreender sua mudança ao
longo do tempo.
30

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Geografia,


a proposta da Geografia para o estudo dos problemas ambientais favorece
uma visão clara dos problemas locais, regionais e globais, ajuda-os a
compreender e explicar, fornece elementos para a tomada de decisões e
possibilita o necessário. intervenções" (BRASIL, 2018, p. 46).

A importância do estudo mostra que a educação ambiental tem estreita


ligação com a geografia, que visa a qualidade de vida e a sustentabilidade da
população por meio das atitudes práticas da sociedade a questão em aulas de
geografia, entrelaçadas com suas palavras de ensino, dá aos alunos a oportunidade
de serem ativos em suas vidas, lugares e paisagens em mudança.
Observa-se que todo conteúdo ambiental pode ser acessado sob uma
perspectiva geográfica e o assunto pode ser integrado ao cotidiano escolar.
Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA):

Mostra a importância de incluir a educação ambiental no cotidiano escolar,


destacando que ela não pode ser considerada uma disciplina curricular
científica, mas deve ser uma prática multidisciplinar. “A educação ambiental
é desenvolvida como uma prática pedagógica integrada, contínua e
sustentável em todos os níveis e formas de educação formal” (BRASIL,
2019, p. 4).

Perceber soluções e avaliar a sua eficácia na resolução de problemas do


quotidiano. São desenvolvidas medidas de intervenção para melhorar a qualidade
de vida individual, coletiva e socioambiental. Argumentar com base em informações,
evidências e conhecimentos confiáveis, negociar e defender ideias e perspectivas
que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si e ao outro, acolhendo
e valorizando a diversidade de indivíduos e grupos sociais sem fronteiras.

Essa integração fica evidente quando as três unidades temáticas


desenvolvem temas importantes como sustentabilidade socioecológica,
meio ambiente, saúde e tecnologia. Por exemplo, para que o aluno entenda
a saúde de forma holística, não apenas em relação ao seu corpo, é
necessário incentivá-lo a pensar sobre higiene básica, produção de energia,
efeitos ambientais, além do fato de que as drogas são sintéticas.
substâncias que afetam o funcionamento do organismo (BNCC, 2017, p.
329).

Promover o exercício da cidadania em busca de um meio ambiente


equilibrado, para expressar a igualdade de todas as pessoas pertencentes à ordem
31

social. A crítica obtida a partir da descoberta dos alunos sobre a realidade cotidiana
facilita a aquisição e consolidação do conhecimento.

3.2 O Ensino da Geografia e a Educação Ambiental

O ensino da geografia deve estar pautado na ampliação do conhecimento dos


alunos, partindo do pressuposto de que todas as pessoas desde os primeiros anos
de vida estão de alguma forma conectadas com o meio ambiente.
Capra (2016, p. 123) argumenta que:

Durante os séculos XX (segunda metade) e XXI, a ecologia - entendida


como o estudo das relações entre o meio natural e os seres vivos, levando
em consideração os aspectos físicos, químicos e biológicos do processo de
entendimento e relacionamento - ganhou um importante campo no mundo
acadêmico. discussões em diversos campos como economia, política,
educação e saúde.

À medida que crescem as preocupações com as atividades humanas no meio


ambiente, formas de minimizar os desequilíbrios ambientais e o risco de desastres
naturais têm sido discutidas, o que é de particular interesse para os profissionais de
saúde, reconhecendo a profunda interconexão. entre educação e meio ambiente,
especialmente no ensino de Geografia.
Observa-se que as questões ambientais devem estar inseridas no ensino de
Geografia, que deve agregar muito com seu conhecimento e vivência do local de
residência dos alunos, que é o foco. Essa pesquisa, conduz uma discussão que
forneça informações sobre como os alunos veem a educação geográfica quando ela
fornece uma visão profunda e crítica das questões ambientais nas salas de aula.
Tudo isso amparado pela legislação educacional.
Segundo Brasil (2018, p. 24):

Nas propostas pedagógicas, a geografia humana se distingue da geografia


natural de acordo com o que deve ser entendido como um conteúdo
especial: se a abordagem é de natureza social (e a natureza é um
acréscimo, um recurso natural) ou se trata apenas da aparência fenômenos.
forma, analisando suas regularidades, em detrimento do fato de que a
geografia tem uma oportunidade exclusiva de interpretar, compreender e
incluir os julgamentos do aluno na aprendizagem dos fenômenos em uma
abordagem socioecológica.
32

Desta forma, a educação geográfica deve relacionar-se com a formação de


uma pessoa, um ser social, um cidadão, suas experiências e a compreensão de que
essa formação é ao longo da vida, por isso é importante que tal educação crie
conexões positivas com a natureza.
Em seguida, a visão crítica de que o ensino de Geografia deve ser algo
transformador, onde o aluno possa interagir criticamente com o meio, não apenas
como transmissor de informações, mas na atividade do sujeito com o meio. quem
vive
Lessa (2016, p. 134) afirma que:

A ideia de passar a experiência de uma geração para a outra permite


associar o cuidar à enfermagem, um ato formal de cuidar, por isso entendo
que o cuidar só é possível numa relação, e o que está no meio, nessa
relação, é a capacidade de fazer você pensar. Se uma ação pretende
transmitir, o poder dessa ação está no pensamento, pensar sobre si mesmo
possibilita a experiência. Nessa relação há uma voz, uma história, um
provérbio, a autoridade de uma palavra, que significa o peso da tradição,
que significa uma relação com um pensamento mágico, imaginativo,
poderoso.

A necessidade de compreender a educação ambiental é observada nas aulas;


e também uma reflexão a partir do ensino de Geografia, que oferece uma visão
crítica do assunto. Para chegar a essa compreensão crítica, porém, é preciso
entender a história da educação ambiental, que deve ser levada em conta para
explicar mais criticamente seus caminhos por meio da literatura.
Ensinar educação ambiental é, portanto, um processo educacional nascido ao
longo de muitos anos, nascido da pesquisa de especialistas como líderes políticos,
pesquisadores, educadores e população em geral, que adquiriram uma visão global
das necessidades entrelaçadas do homem e da natureza, o objetivo é manter a
qualidade de vida de todos os seres do planeta.
De acordo com Boff (2019):

A educação deve promover a habilidade natural da mente para formular e


resolver problemas relevantes e encorajar o pleno uso da inteligência geral
de maneira correlata. Esse uso geral requer o livre exercício da curiosidade,
a faculdade crescente e mais viva da infância e adolescência, onde a
instrução muitas vezes se extingue e onde, ao contrário, é uma questão de
excitação ou despertar do sono (BOFF, 2019, p. 23).
33

Reigota (2014) aponta que a educação geográfica com foco na educação


ambiental deve ser entendida como educação política no sentido de que pressupõe
e prepara cidadãos para reivindicar justiça social, cidadania nacional e planetária,
autogoverno e ética nas relações e relações sociais.
Com base no exposto, a educação ambiental é definida como uma dimensão
dada ao conteúdo e prática da educação, que é orientada para a solução
interdisciplinar de problemas ambientais específicos.
Segundo Sato (2022), a tarefa da multidisciplinaridade é difícil porque exige
equilibrar diferentes conceitos, diferentes experiências, inúmeras visões políticas e,
sobretudo, infinitas formas de comportamento individual.
A interdisciplinaridade, que pode ser entendida como a relação entre duas ou
mais ciências, é essencial para o desenvolvimento da questão ambiental, pois
permite a interação de diferentes ciências e o melhor de cada uma no
desenvolvimento de soluções para problemas. do mundo (PERREIRA, 2019).
Assim, a educação geográfica deve aproximar o conhecimento técnico-
científico do espaço que o aluno vê e vive, promovendo a prática de ser cidadão. A
sociedade atual enfrenta um grande desafio que tem colocado no centro dos
debates atuais, que é a construção de uma sociedade sustentável. Neste contexto, a
educação é confiada em maior medida à difusão de conhecimentos teóricos e
práticos que visam atingir este objetivo.
34

4 CURSO DE GEOGRAFIA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DO


PROFESSOR COMO EDUCADOR AMBIENTAL

A formação de professores é constantemente discutida não só no meio


acadêmico, mas também nas mais diversas mídias. A educação ambiental é,
portanto, uma das disciplinas que deve fazer parte do referencial teórico desses
especialistas.
Nesse sentido, o ensino superior em geral e o curso de licenciatura em
Geografia em particular devem rever suas práticas, de modo que a autocrítica
comum de alunos e professores reflita a profissão exigida pela sociedade brasileira.
ambientes problemáticos que encontramos.
Dessa forma, o objetivo foi formar cidadãos conscientes em cooperação, que
sejam capazes de resolver a realidade socioambiental com dedicação e nela atuar,
para viver em uma sociedade de bem-estar para todos (ALFREDO JÚNIOR, 2013).
Saviani (2021, p. 14) descreve cinco dilemas apresentados na formação de
professores:

a) Diagnóstico relativamente adequado contra falha em fornecer soluções


satisfatórias; b) o texto das declarações é excessivo nos anexos e muito
limitado nos essenciais; c) a centralidade do conceito de “competências”
face à incapacidade de ultrapassar uma deficiência educativa; d) Formação
técnica de professores versus formação qualificada de professores; e)
Dicotomia de dois modelos básicos de formação de professores (modelo
cognitivo-cultural e modelo didático-pedagógico).

Pimenta (2020), destaca que os cursos de pedagogia possuem um currículo


formal constituído de conteúdos e práticas distantes da realidade escolar, o que
fragiliza a construção da identidade do professor. Pimenta enfatiza que "as
mudanças na prática docente só acontecem quando o professor amplia a
consciência de sua prática, da sala de aula e da escola como um todo".
Block (2014) revela em seu texto que Pimenta, Tardif e Freire também
compartilham a ideia de que um professor carrega consigo uma bagagem pessoal e
profissional que se torna o cerne de sua prática docente. Para esses escritores, o
ensino do conhecimento não vem apenas da educação básica e não termina aí, sua
forma de ver o mundo, de estar no mundo, também contribui para a formação de
seus saberes.
35

Confirmada por Nóvoa (2022), que a importância dos conhecimentos


adquiridos ao longo da vida também enfatiza que a formação não consiste no
número de cursos concluídos, mas na reflexão crítica das práticas e no
repensar/reconstrução da identidade pessoal.
Pimenta (2020, p. 6): “A identidade não é dada imutáveis. E não forasteiros
que podem ser adquiridos." Percebemos que a educação básica é um grande
desafio para os professores, porque é na prática, na sala de aula, que você aprende
teoricamente na educação básica. A identidade do professor é construída no
contexto em que ele se insere, e como observa

4.1 Formação Continuada

A única finalidade da formação continuada não é fortalecer saberes e técnicas


que não foram ensinados na educação básica, mas como observa Nóvoa (2022, p.
04), ela é “mais do que um meio para adquirir técnicas e saberes, a formação de
professores é chave um momento de socialização e desenvolvimento profissional".
Rosa e Schnetzler (2013, p. 75) apresentam três razões que justificam a
continuação da educação:

a) a melhoria do ensino-aprendizagem só ocorre se ela refletir a prática


pedagógica voltada para o seu aperfeiçoamento; b) utilizar a pesquisa
educacional e formulá-la em sala de aula significa tornar o professor um
pesquisador de suas próprias atividades; e finalmente c) a maioria dos
professores tem uma visão redutora do ensino como uma prática que
apenas ensina conteúdos e aplica estratégias pedagógicas específicas.

Segundo Nóvoa (2022), o desafio atual é avaliar paradigmas que promovam a


preparação de professores reflexivos que assumam a responsabilidade pelo seu
desenvolvimento profissional.
Em segundo lugar, procuramos aprimorar nossos conhecimentos, buscar
novas informações, trocar experiências, enriquecer conhecimentos e agregar novas
informações aos conhecimentos adquiridos na educação básica.
Pimenta (2020, p. 29) observa que quando um professor,

“contrapõe seu saber com sua prática, quando troca experiências, suas
práticas constituem seu saber como prática”. A partir deste contexto de
formação continuada de professores, vemos a sua importância e a grandeza
36

dos professores que procuram atualizar-se, enriquecer as suas práticas e


valorizar a sua identidade como professores ao longo da sua vida
profissional.

A formação continuada oferece uma reflexão sobre a prática pedagógica


cotidiana, a partir da qual pensamos e reconstruímos nossa identidade docente.
Neste caso, devemos primeiro refletir sobre o papel do ensino, fazer uma análise
criteriosa de nossa prática pedagógica e sem medo promover mudanças que devem
partir de nós mesmos e, portanto, proceder de nós mesmos.

4.2 Professor Crítico e Reflexivo para a Educação Ambiental

Após um estudo sobre a política legitimadora da educação ambiental no


Brasil, que enfatiza a importância de se trabalhar com uma perspectiva crítica e
emancipatória, é preciso pensar na formação de professores para desenvolver o
trabalho de educação ambiental formação de sujeitos responsáveis, críticos,
cidadãos e participantes das questões socioambientais.
Na Política Nacional de Educação Ecológica - Lei 9.795/1999 (BRASIL, 2019),
art. 8 menciona que na educação escolar, a educação ecológica deve ser
desenvolvida segundo as direções de ação, que seriam:

I - Formação de recursos humanos; II - desenvolvimento de pesquisa,


pesquisa e experimentação; III - produção e distribuição de material
didático; IV - monitoramento e avaliação. A seção I do parágrafo segundo
“ressalta a importância de incluir a dimensão ambiental na formação,
especialização e atualização dos educadores em todos os níveis e
modalidades de ensino” (BRASIL, 2019, p. 2).

O art. 11 da Lei nº 9.795/1999, menciona que a dimensão ambiental deve ser


incluída nos currículos dos professores em todos os níveis e disciplinas. Um pedaço
dos professores atuantes deve receber formação complementar em sua profissão
para que possam cumprir adequadamente os princípios e objetivos da política
nacional de educação ambiental (BRASIL, 2019).
Começamos pensando em formar professores da educação básica e do
ensino superior para desenvolver trabalhos com educação ambiental. Considerando
os referenciais recomendados pelo Guia Curricular Nacional de Educação Ambiental
Art. 14, Seções I-V:
37

I - um currículo que enfatize a natureza como fonte de vida e vincule a


dimensão ambiental à justiça social, aos direitos humanos, à saúde, ao
trabalho, ao consumo, à diversidade étnica, racial, sexual, de gênero e à
superação do racismo e de toda forma de discriminação e injustiça social; II
- Abordagem curricular integrada e multidisciplinar, contínua e permanente
em todas as áreas do conhecimento, componentes curriculares e atividades
escolares e acadêmicas; III - aprofundamento do pensamento criticamente
reflexivo por meio de estudos científicos, socioeconômicos, políticos e
históricos na perspectiva da dimensão socioambiental, avaliando a
participação, cooperação, justiça e responsabilidade da comunidade
educativa em contraste com as relações dominantes e exploradoras.
realidade atual; IV - Pesquisa e utilização de instrumentos pedagógicos e
metodológicos que aprimorem alunos e práticas pedagógicas e de cidadania
ambiental; V - Incentivar a criação de instituições educacionais como
instituições educacionais sustentáveis, integrando a proposta curricular,
governança democrática, edificações, fazendo referência à sustentabilidade
socioecológica (BRASIL, 2022a, p. 4 e 5).

Teixeira e Torales (2014), destacam que um dos maiores desafios está na


formação dos professores, pois são eles os responsáveis diretos pela formação em
todas as dimensões, principalmente no campo da EA, e o fazem com base em seus
conhecimentos, considerações metodológicas e intenções questões educacionais e
ambientais.
Para desenvolver o trabalho de educação ambiental com seus alunos, o
professor deve estar bem preparado, suas palavras e atitudes coerentes, pois ele é
um modelo para seus alunos. Dessa forma, um professor crítico, atencioso, atuante
na escola e na comunidade faz com que o aluno forme sua posição de participação
no ambiente escolar e na comunidade.
Campos et al. (2021), destacam a importância do pensamento habermasiano
na formação de professores quando a linguagem é utilizada para criar processos
interativos e dialógicos para que os professores possam adotar uma atitude mais
autônoma e emancipatória.
Para que esse professor intelectual realmente trate da educação ambiental
crítica em seu trabalho, ele deve estar apto a lidar com questões socioambientais,
econômicas e políticas, e a partir dessa visão mais ampla da sociedade, o professor
deve promover o pensamento crítico. de seus alunos.

4.3 Desafios e Reflexões no Ato de Ensinar Educação Ambiental no Contexto


da Disciplina de Geografia
38

A educação ambiental como prática didática e pedagógica passou por muitas


reformas desde 1965, quando foi introduzido o termo “educação ambiental” com a
recomendação de que fosse parte integrante da formação de todos os cidadãos, até
1997, quando foi finalmente acrescentado. como tema recorrente nos currículos
escolares brasileiros.
Segundo Loureiro (2014) apud Teixeira et al. (2014, p. 02):

[...] Parâmetros Curriculares Nacionais elaborados com base na LDB e


divulgados oficialmente em 15 de outubro de 1997, documento definido
como temas transversais de importância social, ética, pluralismo cultural,
orientação sexual e meio ambiente (LOUREIRO, 2014 apud TEIXEIRA et al,
2014, p. 02).

Nesse sentido, fica claro que as questões gerais são sobre valores e atitudes,
onde a avaliação do professor requer um cuidado especial. No entanto, ainda há
dificuldades em agregar o conteúdo ambiental como disciplina transversal,
principalmente na geografia.
É notório que os professores têm grandes dificuldades em desenvolver e
trabalhar a educação ambiental nas aulas de geografia, por isso muitas vezes surge
o interesse e a participação dos alunos nas aulas.
Diante desse fator, o professor não tem total compreensão sobre as questões
ambientais e não consegue trabalhar de forma dinâmica e reflexiva com a educação
ambiental, mas tem que lidar diariamente com o problema da falta de motivação na
escola. um aprendiz que busca a cada dia novos conhecimentos para atender as
necessidades dos alunos.
Segundo Andrade (2020, p. 6), que revela os desafios de incluir a educação
ambiental na escola:

Além dos fatores acima citados e outros decorrentes da integração, a


implementação da educação ambiental pode ser prejudicada. Dito isso, os
professores enfrentam muitos obstáculos ao trabalhar com educação
ambiental. Falta de conhecimento especializado, falta de motivação da
gestão, falta de educação continuada e de materiais adequados, que muitas
vezes não possuem. Esses e muitos outros obstáculos geram desmotivação
no professor ao trabalhar a educação ambiental em sala de aula, o que
causa descaso não só para ele, mas também para o próprio aluno.

Nesse cenário, um importante ponto de bloqueio no universo educacional


(principalmente na formação de especialistas em geografia) é que os professores
39

passam a ver as questões ambientais durante sua formação acadêmica apenas


como teorias a serem cumpridas, ao invés de representarem benefícios significativos
para a prática educativa. Assim, seu pouco conhecimento sobre o assunto “Meio
Ambiente” e seus diversos elementos torna-se insuficiente para ensinar categorias
objetivas e de bom entendimento.

4.4 Ferramentas Essenciais para Trabalhar a Educação Ambiental nas Aulas de


Geografia

Os professores oferecem muitos métodos em sala de aula, mas há diferenças


em como eles usam e sabem como usar esses métodos. O ensino de Geografia
integrada, formado pela combinação de disciplinas clássicas de educação ambiental
e geografia, necessita de práticas que despertem a curiosidade e a criatividade para
encontrar soluções para problemas cotidianos.
Qual seria a melhor forma de abordar a educação ambiental nas aulas de
geografia, diante dos desafios enfrentados pelos professores? A temática ambiental
pode ser incluída nas aulas de diversas formas, como por exemplo, vivências
práticas, atividades fora da sala de aula, dinâmicas artísticas, projetos ou outras
atividades que façam o aluno se sentir um agente promotor e transformador do meio
que o cerca. (SAT, 2022).
A concepção de metodologias (relacionadas à implementação da educação
ambiental nas aulas de geografia) inclui diversos recursos que podem promover um
melhor aproveitamento nas aulas de geografia. Entre eles destacam-se as aulas ao
ar livre, as brincadeiras e a linguagem audiovisual. Aulas de campo: Esta é uma
metodologia extremamente importante para colocar em prática o que você aprendeu
em sala de aula.
Segundo Fonseca e Caldeira (2018, p. 71):

"Uma forma de apresentar os fenômenos naturais é utilizar como recurso


didático as aulas ao ar livre em ambientes naturais, principalmente aqueles
que estão espacialmente próximos dos alunos pela sua simplicidade e pela
oportunidade de adquirir experiências prévias do ambiente de
aprendizagem."

Assim, por meio dessas aulas, o aluno passa a ver o mundo com outros olhos
e descobre seu verdadeiro papel de ator e transformador do espaço que o cerca.
40

Jogos lúdicos: O jogo lúdico “chá” é uma ferramenta dinâmica que envolve a
participação entre os alunos e o professor.
Segundo a autora Raua (2017, p. 51),

a brincadeira é uma ferramenta pedagógica mais aproveitável, pois contém


componentes do cotidiano e desperta o interesse do aluno, que se torna
sujeito ativo no processo de aprendizagem. construção do conhecimento'.
Além de proporcionar uma atividade "divertida", é um recurso que inclui uma
análise de como a atividade social pode alterar as características ambientais
e nos ajudar a entender melhor as mudanças ambientais.

A Linguagem Audiovisual: Este é um recurso que pode utilizar um vídeo/filme


como ferramenta de aprendizagem. Segundo o autor Ferret (2013, p. 24), uma obra
audiovisual trata das emoções, da fantasia, do afeto como produção artística e em
linguagem própria.
Assim, além de uma produção cultural importante na formação do intelecto do
aluno (enfatizando o progresso cognitivo, artístico e efetivo), é uma ferramenta de
ensino muito útil na apresentação e análise de fotografias, onde o aluno pode
compreender melhor o assunto ambiente. e seus diversos fatores nas aulas de
geografia, sem contar que é um recurso onde se disponibiliza um vídeo específico
na aula de linguagem escrita, musical e visual.
41

5 DISCUTINDO A REVISÃO SISTEMÁTICA

Neste capítulo encontram-se a revisão sistemática, que, após uma rigorosa e


minuciosa busca dos estudos, foram realizadas leituras detalhadas de cada artigo
científico, obedecendo à risca os critérios de inclusão e exclusão. A Figura 01
apresenta o fluxograma seguido durante a revisão, por meio do qual se pode
verificar a identificação inicial de 181 artigos, entre os quais 15 foram incluídos neste
estudo.
Figura 01 - Fluxograma da revisão da literatura realizada

Trabalhos localizados através


dos critérios definidos para a
busca
(N= 181)

Exclusão dos Repetidos


(N=76)

Análise dos títulos e resumos


(N=71)

Exclusão baseada no tema e


tipo de pesquisa (N=39)
Exclusão por falta de acesso
ao resumo (N=22)

Análise dos textos completos


(N=28)

Exclusão por falta de acesso


ao texto completo (N=19)
Exclusão por não ter como
tema central (N=14)

Trabalhos incluídos na
revisão (N=10)

Fonte: Dados produzidos pelo o autor (2023)


42

6 RESULTADO E DISCUSSÃO

Cada quadro apresentou autores, ano de publicação, métodos e resultados


(quadro). A revisão sistemática aplicada busca analisar e sintetizar evidências
científicas relevantes para responder uma pergunta de pesquisa específica. Neste
estudo, foram selecionadas categorias temáticas:
1. A Educação Ambiental No Contexto Escolar; 2. A importância da disciplina
Educação Ambiental para a formação dos professores do curso de Licenciatura
Geografia; 3. Professor crítico e reflexivo para a educação ambiental; 4. Caráter
permanente da educação ambiental no ensino da Geografia. No quadro 1,
demonstra a Educação Ambiental No Contexto Escolar, a partir de SEARA apud
MILARÉ (2015, p.678) e ROSA (2013).

Quadro 1 - A Educação Ambiental No Contexto Escolar.

AUTOR TÍTULO MÉTODO RESULTADOS

Defende a ideia de
que apenas uma
abordagem
interdisciplinar seria
A ideia de descobrir o
suficiente, ou seja,
problema ambiental no
uma abordagem
contexto da escola, a
SEARA apud que não apenas
Direito do Ambiente: partir de uma
MILARÉ incluísse as
Revista dos Tribunais. compreensão que inclua
(2015, p.678), questões
uma prática pedagógica
ambientais nos
com viés de
departamentos,
intercessão/integralidade.
mas também
induzisse uma certa
comunicação
metódica entre eles
O reconhecimento
Percepção Ambiental Necessidade de deve ser difundido
de educandos de uma aprender a educação entre as gerações
ROSA (2013)
escola de Ensino ambiental a partir da presentes e futuras
Fundamental. realidade dos alunos. e para além dos
muros escolares.
Fonte: Adaptado pelo autor (2023).

A sociedade atual caracteriza-se pela velocidade das mudanças, da


informação e da adoção de valores sociais e culturais, que levaram a esta crise
ambiental, que deu origem a um momento de busca de novos paradigmas. A
43

educação como ferramenta de mudança social tende a passar por uma


reconstrução, que se baseia, entre outras coisas, na reflexão sobre o papel da
escola no contexto atual.
Para Oliveira apud Rosa (2013), o grande desafio da educação ambiental é
ensinar a pensar. Por isso precisamos de uma escola pensante, que envolva o aluno
no processo de ensino-aprendizagem e o torne protagonista, para que ele possa
formar cidadãos críticos, capazes de se comunicar – para mudar significativamente
o meio em que vive e, finalmente, exercer sua cidadania.
A partir dessa afirmação surge a necessidade de aprender a educação
ambiental a partir da realidade dos alunos, levando em consideração seus
conhecimentos prévios, tendo consciência da precisão de ampliar esse
conhecimento. Prevê-se também trabalhá-la/didaticamente de forma interdisciplinar,
que quebre o paradigma da unilateralidade, conforme estipulado na política nacional
de educação ecológica da lei 9795/99.
Germano Seara apud Milaré (2015, p. 678) afirma que: A maioria dos
especialistas defende a ideia de que apenas uma abordagem interdisciplinar seria
suficiente, ou seja, uma abordagem que não apenas incluísse as questões
ambientais nos departamentos, mas também induzisse uma certa comunicação
metódica entre eles , que realiza essa atividade por meio de programas integrados
que proporcionam atendimento unificado para toda a escola, que ao mesmo tempo
lida com as complexidades e inter-relações dos diversos componentes do
ecossistema global.
Parece que o problema não será resolvido mesmo que os docentes vítimas
da separação do ensino não tenham ao seu lado alguém com formação suficiente
para promover e consolidar tais programas, dar apoio técnico e coordenar recursos
didáticos. diferentes disciplinas.
Como resultado dessa observação, deve-se colher a ideia de descobrir o
problema ambiental no contexto da escola, a partir de uma compreensão que inclua
uma prática pedagógica com viés de intercessão/integralidade que não se limite à
adoção de conteúdo, nas Construção de informações que possam demonstrar a
complexidade das relações contínuas/recíprocas entre os diversos elementos que
compõem o ecossistema global.
44

É indiscutível a necessidade de considerar a educação ambiental nos


currículos escolares, desenvolvendo atividades didáticas multidisciplinares com base
nos princípios da integridade. Portanto, toda a comunidade escolar deve ser
sensibilizada, e esse processo de sensibilização ocorre quando todos os sujeitos se
sentem simultaneamente parte do ambiente.
É necessário acrescentar que esse reconhecimento deve ser difundido entre
as gerações presentes e futuras e para além dos muros escolares, o que ainda é
bastante novo no cenário educacional brasileiro. No quadro 1, demonstra a
importância da disciplina Educação Ambiental para a formação dos professores do
curso de Licenciatura Geografia.

Quadro 2 - A importância da disciplina Educação Ambiental para a formação dos


professores do curso de Licenciatura Geografia.

AUTOR TÍTULO MÉTODO RESULTADOS

A maioria dos
professores, indicam
que é importante
estudar educação
ambiental por está
Analise da opinião
Discutindo a Formação relacionado com a
dos professores sobre
em Educação natureza, o
a importância do
MARCOMIM Ambiental na ambiente natural; a
estudo da educação
(2020, p. 176) Universidade: O menor parte
ambiental durante a
Debate e a Reflexão professores, afirma
graduação para sua
Continuam. que cursar
formação docente.
educação ambiental
na universidade foi
um momento de
reflexão.

o professor de
"Não adianta apenas
Geografia, assim
como professores de aprender e conhecer
outras disciplinas,
a natureza. É
deve explicar ao
Como fazer educação
BERNA (2021) aluno questões preciso aliar o
ambiental.
ambientais que
aprendizado e a
mostrem a realidade
do lugar habitado e reflexão à ação.
que sejam parte
essencial desse lugar.
Fonte: Adaptado pelo autor (2023).
45

Analisando a opinião dos professores sobre a importância do estudo da


educação ambiental durante a graduação para sua formação docente, as respostas
revelam que, a grande maioria dos professores, indicam que é importante
justamente por isso, está relacionado com a natureza, o ambiente natural, por isso
têm uma atitude ingênua em relação à educação ambiental e que segundo a
pesquisa de Marcomim (2020, p. 176) “entende simplesmente para proteção dos
recursos naturais e proteção das espécies” e a menor parte professores , afirma que
cursar educação ambiental na universidade foi um momento de reflexão para
posterior atuação na sociedade, o que reforça o pensamento de Berna (2021, p. 26),
que afirma: "Não adianta apenas aprender e conhecer a natureza. É preciso aliar o
aprendizado e a reflexão à ação.
Nesse sentido, a educação ambiental é a forma mais adequada de combater
a degradação que ocorre no mundo, mudando as atitudes da população,
aumentando a consciência dos perigos que cercam a sociedade e o compromisso
com a vida. Os problemas ambientais estão em constante crise.
Portanto, o professor de Geografia, assim como professores de outras
disciplinas, deve explicar ao aluno questões ambientais que mostrem a realidade do
lugar habitado e que sejam parte essencial desse lugar. Em conexão com a
constante mudança do ambiente econômico, político e social, a formação de
professores em relação à educação ambiental, sem dúvida, torna-se cada vez mais
importante e aproxima-se das diversas realidades presentes na dinâmica atual.
Segundo Berna (2021, p. 35), “a educação ambiental [...] é a preparação para
a vida. Ao aprender sobre o meio ambiente, o aluno aprende com sua própria vida.
Entende-se que o professor é um intermediário, ou seja. iniciador do aprendizado do
aluno, por isso ele deve estar em constante treinamento, buscando constantemente
novas informações, novas estratégias pedagógicas, buscando alternativas para
trabalhar com conteúdos relacionados ao meio ambiente em sala de aula de
assuntos que estimulem o aluno a ser sensível ao seu funcionamento no ambiente
em que está inserido.
Perante esta dinâmica, a escola torna-se cada vez mais uma instituição que
procura responder às características que lhe são impostas pela sociedade moderna.
Portanto, é importante que os profissionais da educação realizem estudos
46

detalhados que mostrem a dinâmica do meio e seus pressupostos econômicos e


sociais.
Além disso, os professores devem se questionar sobre os modelos
educacionais vigentes, a partir de diversas discussões e pesquisas realizadas no
campo e da prática aplicada nessas instituições de ensino, se a universidade está
relacionada à educação básica, se as instituições estão em formação continuada e a
própria escola pode contribuir para que os professores recebam o necessário para o
desenvolvimento da educação ambiental crítica, formação e compromisso com a
formação de valores ambientais.
No caso da educação ambiental voltada para o lado da proteção, pode-se
dizer que essa educação é uma educação que não tem uma visão dos conflitos
sociais pautada nas relações socioambientais, pois se baseia em uma visão de
mundo liberal, acreditando que, as mudanças econômicas, políticas e ambientais
são o resultado da mudança de cada pessoa.
Na geografia, um dos desafios da disciplina é o professor preparar o aluno de
forma que ele desenvolva habilidades que lhe permitam uma leitura crítica e
atualizada do mundo ao seu redor. No quadro 3, demonstra a importância do
Professor crítico e reflexivo para a educação ambiental.

Quadro 3 - Professor crítico e reflexivo para a educação ambiental

AUTOR TÍTULO MÉTODO RESULTADOS

O professor deve
ser também um
Os Professores como intelectual crítico em
GIROUX Intelectuais: rumo a Novas metodologias e um sentido mais
(2017) uma pedagogia crítica práticas pedagógicas. radical e engajado
da aprendizagem. na emancipação
compromisso com
uma sociedade.
A linguagem é A metodologia
utilizada para criar crítica da
Teoria do Agir processos interativos comunicação pode
HABERMAS Comunicativo 1: e dialógicos para que estar presente tanto
(2012) Racionalidade da ação o professor adote na formação do
e racionalização social. uma postura mais professor quanto no
autônoma e seu trabalho com
emancipatória. seus alunos.
LOUREIRO E Educação Ambiental É preciso que esses Confirmam a
TORRES Dialogando com Paulo professores tragam as importância de
(2014) Freire. discussões sobre romper com as
47

características
conservadoras da
educação ambiental
educação ambiental e a necessidade de
para o campo político- assumir uma
ideológico. postura que leve à
emancipação e à
mudança da
sociedade.
Fonte: Adaptado pelo autor (2023).

Uma pergunta sobre o professor como intelectual, que lhe dá um adjetivo. Se


o objetivo é formar alunos críticos e reflexivos, precisamos primeiro, como enfatizou
Gramsci, de professores que se vejam como parte integrante da sociedade,
conscientes de que são protagonistas de sua história.
Dessa forma, como mostrou Giroux (2017), o papel do professor nunca é
neutro, o que significa que o professor deve ser também um intelectual crítico em um
sentido mais radical e engajado na emancipação compromisso com uma sociedade
que incentiva seus alunos a serem ativos e envolvidos em sua comunidade por meio
de atividades exemplares.
É possível compreender pelas leituras realizadas e pelas experiências
adquiridas em sala de aula que a formação de professores para lidar com a
educação ambiental crítica vai além de novas metodologias e práticas pedagógicas,
passa pelo processo de ruptura com as estruturas sociais, por exemplo questões
políticas e ideológicas que espelham o mundo capitalista, dão autonomia e liberam o
professor para assim trabalhar com seus alunos a partir do diálogo, formando alunos
críticos e reflexivos da sociedade em que vivem.
Loureiro e Torres (2015) confirmam a importância de romper com as
características conservadoras da educação ambiental e a necessidade de assumir
uma postura que leve à emancipação e à mudança da sociedade, mostrando que o
professor deve ser um sujeito crítico e reflexivo às suas ações, de modo que ele as
transfira para suas atividades e práticas pessoais e pedagógicas.
Para que esse professor "intelectual" realmente abrace seu trabalho de
educação ambiental crítica, ele deve ser capaz de se envolver com as questões
socioambientais, econômicas e políticas e, nessa perspectiva social mais ampla, o
professor deve estimular os alunos a serem críticos.
48

Para Giroux (2017), não basta o professor pensar, pois todos pensamos mais
ou menos, o autor afirma que o professor precisa desenvolver o pensamento crítico
ao pensar a transformação. A importância do pensamento habermasiano na
formação de professores quando a linguagem é utilizada para criar processos
interativos e dialógicos para que o professor adote uma postura mais autônoma e
emancipatória.
A metodologia crítica da comunicação pode estar presente tanto na formação
do professor quanto no seu trabalho com seus alunos, com base na teoria da
atividade dialógica de Freire e na teoria da atividade comunicativa de Habermas
(2012), reforçando os processos de interação e diálogo mencionados.
No diálogo, a realidade é primeiro revelada, depois compreendida, para que a
realidade possa ser mudada. Para que tenhamos professores com perfil atuante na
perspectiva crítica da educação ambiental, é preciso que esses professores tragam
as discussões sobre educação ambiental para o campo político-ideológico. Em
síntese com os autores da teoria crítica e da educação ambiental, Loureiro (2015)
destaca: [...] definiram como movimento de explicação e superação da crise
ambiental como manifestação da crise social (LOUREIRO, 2015, p. 173). No quadro
4, demonstra o Caráter permanente da educação ambiental no ensino da Geografia.

Quadro 4 - Caráter permanente da educação ambiental no ensino da Geografia

AUTOR TÍTULO MÉTODO RESULTADOS

A educação
ambiental na
A Geografia estuda os educação geográfica
fatos e fenômenos segundo o currículo
SATO Educação ambiental: naturais por meio de comum nacional
(2022) Pesquisa e desafios. sua ligação com as deve promover uma
diversas formas de melhor
propriedade dos compreensão do
grupos sociais. mundo entre os
alunos.
Promove o
O compartilhamento desenvolvimento
Educação Ambiental: a do conhecimento é independente de
CARVALHO
formação do sujeito realizado no processo cada indivíduo e
(2014)
ecológico. de construção dos também os leva a
temas. agir com mais
responsabilidade.
VESENTINI Repensando a O professor deve criar Aprender a partir de
(2019, p. 161) Geografia Escolar para as situações uma perspectiva
49

construtivista,
baseada na
afirmação de que o
conhecimento tem o
necessárias que potencial de emergir
permitam criar uma na interação por
relação que veicule meio de atividades
o Século XXI. elementos do que nos permitem
conhecimento repensar
historicamente constantemente
formado. nossas práticas,
refletir através do
espaço concreto e
da realidade
cotidiana.
Fonte: Adaptado pelo autor (2023).

Portanto, no estudo natural da geografia, é muito importante mostrar como ela


acontece independentemente da atividade da sociedade e, ao mesmo tempo,
podemos discutir como as mudanças ambientais causadas por diferentes
sociedades a moldaram. Isso nos faz entender que a geografia deve ser ensinada a
interagir com o meio ambiente e com os fenômenos naturais ou antrópicos,
demonstrando curiosidade e preocupação por eles. Deste ponto de vista, a
aprendizagem não é apenas para alguns ou para uma determinada faixa etária, mas
para todas as pessoas. E então o compartilhamento do conhecimento é realizado no
processo de construção dos temas (SATO, 2022).
Nesse sentido, a educação ambiental na educação geográfica segundo o
currículo comum nacional deve promover uma melhor compreensão do mundo entre
os alunos, o que promove o desenvolvimento independente de cada indivíduo e
também os leva a agir com mais responsabilidade no mundo em que vivem. Se a
escola assume esse papel, ela promove a sustentabilidade da educação ambiental.
Considerando a permanência de Carvalho (2014) da educação ambiental
garantida constitucionalmente, a educação ambiental pode fortalecer a ética, pois a
sensibilidade ecológica e os valores emancipatórios contribuem para a construção
de uma cidadania ecologicamente sustentável que se inicia na infância histórica.
Assuntos.
A Geografia estuda os fatos e fenômenos naturais por meio de sua ligação
com as diversas formas de propriedade dos grupos sociais, portanto, o
conhecimento pode ser muito ampliado ao se discutir os processos naturais e suas
50

conexões com a vida das pessoas. Outros são mais específicos em abordar o tema
acima mencionado. No entanto, isso não significa que apenas a geografia pode lidar
com todos os problemas de informação ambiental.
Segundo Vesentini (2019, p. 161), “ensinar Geografia deve ensinar o aluno a
descobrir o mundo em que vivemos e o ambiente local a refletir sobre ele”. Um
mundo onde as mudanças técnico-científicas e os problemas socioambientais
decorrentes dessa revolução penetrem no espaço.
Desde a sua criação, a Geografia como ciência propôs uma relação de
pesquisa entre o homem e o ambiente natural que inclui o natural e o social. Um
objeto de pesquisa geográfica que teve um caráter extremamente ecológico desde o
início da ciência. Ele estabeleceu o homem como um ser ativo, que, no entanto,
sofre a influência do meio, que, no entanto, o afeta, transformando-o para a história
do desenvolvimento da ciência moderna, fica claro que a Geografia foi uma ciência
ambiental desde o início, é um campo cotidiano, contextual e interdisciplinar
adequado para diferentes níveis de ensino.

7 CONCLUSÃO

Na formação de um professor de geografia, a universidade tem um papel


importante principalmente como educadora ambiental, pois exige o compromisso de
desenvolver habilidades para atuar com responsabilidade no meio em que vivemos,
pois a sociedade atual é muito consumista.
Com base nos resultados, nesse sentido, a universidade é responsável por
formar educadores ambientais para formar futuros cidadãos, e a educação moderna
se depara com a necessidade de formar professores comprometidos com o
processo de ensino, ativos, reflexivos e questionadores, que saibam liderar o
estudante aprender.
Portanto, acredita-se que nesse sentido é evidente e/ou discutida a
necessidade de incluir ativamente a educação ambiental e geográfica em sala de
aula, o que é um ponto de partida incompreensível no ensino da maioria das escolas
brasileiras quando refletem e/ou discutem sobre isso.
Nesse contexto, utiliza paradigmas conservadores/dicotomizados que estão
em desacordo com a filosofia ambiental contemporânea. Esta afirmação pôde ser
51

comprovada - confirmada com base na execução deste trabalho. Para que a


compreensão do ambiente permaneça específica/isolada e baseada em
competências abrangentes/multifacetadas, é importante trazer para as disciplinas a
capacidade de compreender as conexões que são tratadas globalmente. e no local.
Ao mesmo tempo, percebeu-se também que ensinar o ambiente de trabalho
nas aulas de geografia é um grande desafio na vida dos professores, onde muitos se
sentem deprimidos por não terem o conhecimento necessário para suprir as
necessidades dos alunos, daí a necessidade dos professores mais trabalho.
Pois quanto mais qualificada for a formação docente voltada para o ensino de
geografia, maiores serão as chances de a escola conseguir especialistas que
possam seguir em frente e lutar pelo sucesso do aprendizado competente, dinâmico
e eficaz de seus alunos e pelo desenvolvimento do próprio professor como professor
investigador.
Considerando esses aspectos, a tarefa da educação ambiental relacionada à
geografia é conscientizar e enfrentar os problemas ambientais dos envolvidos
(professores das instituições de ensino, alunos e profissionais), o que leva à
formação de cidadãos críticos e sustentáveis.
Para pesquisas futuras recomenda-se o aprofundamento do trabalho de
pesquisa, onde com o auxílio da análise documental pudemos observar a
abundância de possibilidades paralelas para esta questão a partir da análise de
vários aspectos da prática docente. E acreditamos que essa profundidade de
campo, que não estava presente neste trabalho, pode enriquecê-lo muito.
Por fim, acredita-se que dessa forma, para partir da compreensão do
ambiente do indivíduo/isolado e pautado em uma capacidade
compreensiva/multimodal, é importante trazer aos sujeitos a capacidade de
compreender as conexões discutidas entre os globais e lugar Global e local não são
conceitos opostos, mas complementares, e a diversidade ou proporção espacial
nunca podem ser vistas como antagônicas, mas como processos interligados no
espaço geográfico.
Diante do exposto, ressaltamos também que a educação geográfica deve ser
desenvolvida paralelamente à educação ambiental, tratando de questões
relacionadas ao desenvolvimento econômico em diferentes épocas, regiões e
contextos e os efeitos ambientais desse processo. Assim, a educação ambiental
52

como prática transformadora pode nos orientar para o uso consciente e responsável
dos recursos naturais para que tenhamos energia sustentável.
Ao longo da história da geografia, ficou claro que ela deveria tratar das
interações homem-ambiente, não apenas em termos de referência conceitual, mas
também em engenhosidade prática que promovem mudanças comportamentais.
Portanto, está disciplina jamais poderá ser neutra na formação de valores e atitudes,
principalmente na formação de cidadãos plenamente responsáveis e conscientes de
seu papel na formação de um mundo mais sustentável.
Todos os professores podem e devem utilizar a educação ambiental crítica
como ferramenta de emancipação e conscientização social. Através do
conhecimento, obstáculos inexplicáveis são superados, mas ainda é necessário que
esses educadores tenham a oportunidade de se tornarem verdadeiros educadores
ambientais críticos.
A única forma de os preparar para esta tarefa é através de uma formação
adequada, pelo que os departamentos de formação devem permitir a implementação
e entrega rápida de cursos de formação contínua.
53

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