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LV. 23
Em Levítico 23, deus ordenou através de Moisés que celebrassem sete festas, chamadas festas solenes do Senhor.
Tratava-se de festas memoriais de seus grandes feitos entre os israelitas, para que eles não se esquecessem das
maravilhas e milagres de Deus. Mas em parte, elas eram festas que também se relacionavam com a agricultura, isto
é, festas de ações de graças pela colheita. Além disso, elas tinham um sentido profético, apontando sempre uma
revelação de que deus tem o controle sobre o amanhã. As primeiras quatro festas caem na primavera: páscoa, pães,
primícias e pentecostes. Seu significado profético é claro. Elas tiveram seu cumprimento na primeira vinda do
messias, Jesus; em sua vida sem pecado, em sua ressurreição e no derramamento do espírito e formação da igreja.
Qual então é o simbolismo das três festas do senhor para outono? Seu significado profético aponta para a volta de
Jesus nos tempos finais! A primeira das três festas do outono é o dia das trombetas. Essa é a única festa do outono
para a qual não é dada nenhuma explicação. Por essa razão essa festa foi transformada em (ROSH RASHANAH), o
ano novo judaico. O dia das trombetas é o único que cai em uma lua nova, ou seja, em uma noite escura. Nesse dia
nada se fala sobre alegria. Trata-se de um dia misterioso, que sem duvida representa profeticamente o inicio dos
acontecimentos do tempo do fim. O dia das trombetas é seguido pelo da reconciliação, que indica a volta de Jesus a
terra, o sumo sacerdote celestial que retorna do santuário no céu, ele estabelecerá seu reino que é representado na
alegre festa de tabernáculos. Até que isso acontece, o dia da expiação é o dia mais significativo no culto judaico,
“nesse dia a alma que não se afligir será eliminada do povo.”
A primeira festa, da passagem, cumpriu-se maravilhosamente em Jesus cristo. Ele é o cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo. Jesus foi a Jerusalém antes da páscoa com a intenção declarada de sofrer e morrer, depois de ter
ficado algum tempo em lugar retirado, evitando a prisão ordenada pelos principais sacerdotes e fariseus. Seis dias
antes da páscoa. Ele chegou a Betânia, próximo de Jerusalém, no primeiro dia da semana, domingo de ramos,
decidido a morrer pelos pecados da humanidade. Houve trevas sobre a terra desde o meio dia até as três da tarde, e
quando ele morreu, a terra tremeu, fenderam-se as rochas e o véu do templo foi rasgado de alto a baixo (MT. 27-45),
exatamente na hora em que os cordeiros começavam a morrer.
(1 co 5. 8) “pois, celebremos a festa não com o fermento velho da maldade e da malícia, e sim com os asmos da
sinceridade e da verdade”
Normalmente é comemorada junto com a páscoa. Deus havia ordenado que durante sete dias não se comeria pão
fermentado, desde à tarde do dia 14 até o dia 21. Essa festa era para que o povo se lembrasse como deus os tirou
do Egito, repentinamente e com tanta pressa, que não houve tempo para a fermentação da massa do pão. O pão
sem fermento aponta para a vida sem pecado e sem mistura de Jesus, João 6. 51 “Eu sou o pão vivo que desceu do
céu, se alguém comer deste pão viverá para sempre, e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do
mundo.”
Nada da nova safra poderia ser comido até o dia em que o primeiro molho das primícias da sega (colheita) fosse
trazido ao santuário e movido ou agitado perante o senhor, como agradecimento pela benção recebida da terra. A
terceira festa, do molho, é apresentada na bíblia como a festa de gratidão pela colheita. “não comereis pão, nem trigo
torrado, nem espigas verdes, até o dia em que trouxerdes a oferta ao vosso Deus” Lv 23. 14. O interessante é que
Jesus ressuscitou exatamente no primeiro dia da semana, posterior ao sábado, tornando-se as primícias dos que
dormem.
A quarta festa é a festa das semanas, pois, da festa das primícias ate pentecostes se passava sete semanas, ou
seja, cinqüenta dias. Essa festa é como um elo entre as três festas da primavera com as três do outono. Nessa
época do ano a sega já estava praticamente concluída em Israel e já se podiam fazer pães com o novo cereal. Hoje
os judeus celebram também como festa da promulgação da lei no Sinai, pois, conforme a tradição passou-se
cinqüenta dias entre a saída do Egito e a promulgação da lei no Sinai. O significado profético dessa festa na igreja do
novo testamento é muito bonito e pertinente. Antes de subir aos céus, Jesus ordenou aos discípulos que ficassem em
Jerusalém! Assim, a festa de pentecostes cumpriu-se de maneira dupla dentro da simbologia profética. Primeiro pelo
derramamento do espírito, com que foi selada a nova aliança em cristo, e em segundo lugar, pelo acréscimo de uma
multidão de pessoas a igreja da nova aliança!
Essa quarta festa separada entre as três festas da primavera e as três festas do outono, é como um elo entre o
começo e o fim dos tempos. Ela aponta para a igreja de Jesus, que corporifica este elo entre a antiga aliança e o
irromper do reino de deus!
(1te 4.16) “Porquanto o senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a
trombeta de deus, descerá dos céus, e os mortos em cristo ressuscitarão primeiro!”
A quinta festa do senhor é certamente a mais misteriosa de todas as sete festas comemoradas pelo povo de
Israel enquanto nas outras são explicados os objetivos, o mesmo não ocorre com esta quinta festa. Certamente essa
é a razão de ter sido transformada em rosh rashamá, ano novo judaico após a destruição do templo em 70 d.c. para
atribuir significado a festa. Ela introduz as três festas do outono que tem significado profético em relação aos tempos
finais e o inicio do reino de deus. A maior parte dos estudiosos da bíblia considera que esta festa representa
profeticamente o arrebatamento da igreja, que é um mistério e será acompanhado do ressoar da trombeta de deus
como Paulo disse. Devemos levar em conta que o dia das trombetas é o único comemorado no primeiro dia do mês,
ou seja, na lua nova, quando a noite é escura, em contraste com as outras que caem na lua cheia.
Quase todos os profetas do antigo testamento falaram do grande e terrível dia do senhor, que conforme (2
Pedro 3. 10) virá como um ladrão de noite. Citamos sofonias como exemplo: está perto o grande dia do senhor, está
perto e muito se apressa. Atenção! O dia do senhor é amargo, e nele clama até o homem poderoso. Aquele dia é dia
de indignação, dia de angústia, de alvoroço e desolação, dia de escuridade e negrume, dia de nuvens e densas
trevas, dia de trombeta e de rebate contra as cidades fortes e torres altas. (Sf 1. 14-16). “Descanso solene, memorial,
com sonidos de trombetas” palavras tão breves.
Hebreus 9. 24. “porque cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo
céu, para comparecer, agora, por nós, diante de deus!”
A Sexta festa, yon kippur, é a mais importante das sete festas do senhor, sendo chamada também de o grande
shabbath. Esse era o dia mais importante em todo o ministério de sacrifícios: o único dia em que o sumo sacerdote
iria entrar no santo dos santos para reconciliar a si mesmo e o povo para com deus. Os dias entre a festa das
trombetas e o dia da expiação são chamados de “dias temíveis”. Dias de arrependimento e de humilhação. A
cerimônia inteira so podia ser celebrada pelo sumo sacerdote. Apenas ele tinha direito de entrar no santíssimo lugar
levando incenso e sangue de um novilho para reconciliar a si mesmo e sua casa, e fazer a expiação dos pecados.
Segundo a tradição, o povo permanecia em temor silencioso fora do santuário até que o sacerdote tivesse concluído
a sua função na presença de deus. Ele pronunciava o nome de deus e em reverencia todo o povo se inclinava com
rosto em terra diante do senhor. A cerimônia completa demorava muito tempo, mas o povo esperava pacientemente
ate que o sumo sacerdote finalmente retornasse do santo dos santos. Essa parte do yon kippur se cumpriu em Jesus,
o verdadeiro sumo sacerdote, mas a sua volta do santuário ainda está para acontecer. Para nos que cremos,
sabemos que o sacrifício de Jesus foi aceito por deus e que, no tempo oportuno, voltará do santuário celestial para
confirmar diante do mundo visível e invisível que seu sacrifício foi aceito por deus, e ele fez expiação por todos os
pecados da humanidade. E isso acontecerá quando ele voltar com grande poder e grande gloria como rei dos reis e
senhor dos senhores! Então, todos dobrarão os seus joelhos diante dele para honra de deus, o pai, como faziam os
israelitas no passado quando o sumo sacerdote voltava do santo dos santos, inclinando seus rostos em rerra em
reverencia a deus.
Em primeiro lugar, deveria ser uma festa de ação de graças pela colheita, pois coincidia com a colheita dos últimos
frutos do outono, antes das grandes chuvas do outono. Em segundo lugar, a festa dos tabernaculos era uma
lembrança que deus tirou Israel do Egito e que os israelitas habitaram em tendas durante quarenta anos. Em terceiro
lugar, tabernaculos é a festa da alegria. Ela era a única festa que deus ordenou expressamente a seu povo que se
alegrasse diante dele. Ou seja, deviam se alegrar pela salvação dada, pela colheita concedida e pela alegria da
esperança. Profeticamente essa festa indica o futuro reino de deus sobre a terra, quando os salvos em cristo terão
ressuscitado e entrado no reino do senhor. Só então haverá razão para uma alegria plena e verdadeira.