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A Festa do

Pentecostes
Poder para o povo.
Levítico 23.15-22; Atos 2
Recapitulando
Todas as festas que Deus estabeleceu visavam
chamar seu povo do Antigo Testamento a
comemorar, a se lembrar das bênçãos da
redenção que o Senhor já lhes dera, mas
também a ansiar em fé, antecipando a
redenção mais plena que o Messias
traria.
Recapitulando
Cada um a das festas, portanto, servia de tipo ou
sombra, um modo real de provar de antemão a
redenção vindoura. Ademais, as festas eram
estruturadas em torno do ritmo do sábado, pois
todas, sem exceção, tinham o objetivo de
incentivar Israel a ansiar por descanso. O
ritmo do sábado pulsava nas sete festas, um a
“semana” inteira de celebrações, de modo a dar
forma a esse anseio.
História da festa

A Festa das Semanas era uma celebração da colheita


que concluía a comemoração iniciada com a Festa das
Primícias. As duas eram ligadas de modo inseparável
uma à outra, como a Festa dos Pães Asmos era ligada à
Páscoa.
A Festa das Semanas só passou a ser observada,
portanto, depois que Israel entrou na Terra Prometida e
começou a desfrutar sua abundância.
História da festa

Com o passar do tempo, o povo começou a usar o


salmo 67 nessa época. Recitados a cada dia, seus sete
versículos com 49 palavras (em hebraico)
acrescentavam um simbolismo que ia além do tema da
colheita. Sua conclusão confiante lembrava Israel de
que sua vida possuía um propósito além de si mesmo:
“Abençoe- nos Deus, e todos os confins da
terra o temerão” (vs. 7).
História da festa

Também nesse caso, o dia era miqra qodesh, santa


convocação, para a comunidade inteira se regozijar com
as boas dádivas da fartura divina e representar o que
estava por vir. Israel apresentava porções simbólicas da
farta colheita num momento de culto que assumia o
caráter de celebração de ação de graças.
História da festa

Na descrição das instruções para a festa, Deus estipulou


as leis para a respiga que acrescentariam uma dimensão
de misericórdia à celebração festiva (Lv 23.22),
repetindo a mesma prática observada na Festa das
Primícias. Aquele que se identificou como sendo o Deus
“... que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o
estrangeiro” (Dt 10.18) não se esqueceria deles ao
distribuir a fartura de sua graça.
História da festa

No final do período do Antigo Testamento, duas mudanças


importantes haviam ocorrido:

v A Festa não era mais chamada de Semanas, mas de


Pentecostes;

vE a mais significativa, a festa se tomava formalmente


vinculada à tradição rabínica da entrega da lei no Sinai.
História da festa

Posteriormente, o Pentecostes passou a ser chamado na


oração principal da sinagoga de “tempo da entrega de
nossa lei”. Durante os cinquenta dias que antecediam a
festa, tomou-se costumeiro Israel ler toda a Torá e
meditar sobre o salmo 119, um cântico que exalta as
bênçãos da lei. Muitos memorizavam o salmo em sua
totalidade enquanto “esperavam pela dádiva” todos os
anos.
Uma colheita
diferente
Como as três festas da
primavera, Pentecostes era
uma celebração
representativa que
antevia a redenção
mais ampla por vir. Havia
se tornado claro que a
entrega da Torá não era a
última dádiva pela qual o
povo devia esperar.
Uma Colheita
diferente
Na única menção do Novo Testamento à
Festa de Pentecostes, antes de descrever
os acontecimentos momentosos daquele
dia, Lucas relata as palavras de
despedida de Jesus aos seus discípulos
(At 1.4): não deviam deixar Jerusalém,
onde o povo de Deus estava reunido
para a festa de peregrinação. Antes,
deviam esperar a promessa do Pai, a
qual, disse ele, de mim ouvistes.
Uma Colheita
diferente
Jesus não instruiu seus discípulos
a apenas “contar o ‘omer’” como
seus antepassados haviam feito.
Antes, disse-lhes para esperar
com grande expectativa pela
dádiva que faria avançar a obra
divina graciosa de redenção, pois
a dádiva à qual o Messias se
referiu não era a Torá, mas o
Espírito Santo
Uma
Atos 2.17-21 colheita
diferente
Uma Colheita diferente
Em primeiro lugar, apesar de Pentecostes/Semanas
sempre ter sido uma festa de colheita, só agora a
natureza da colheita fica evidente. Deus não tinha em
mente e no coração uma colheita de trigo e cevada,
mas uma celebração da colheita da redenção
que havia se iniciado com o próprio Cristo.
Ao citar Joel, Pedro sugere uma redenção
Uma Colheita tão grandiosa que incluiria jovens e velhos,
diferente homens e mulheres e todas as nações.
“Todo aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo” (At 2.21).
Uma colheita
diferente

Em Pentecostes, os discípulos
finalmente entenderam o que
Jesus havia dito; a dádiva
pela qual deviam esperar
era um poder que
transformaria a vida
deles e o mundo.
Línguas Remidas
A primeira surpresa que os apóstolos incultos tiveram foi a
capacidade de pregar o evangelho nas línguas das várias
nações reunidas em Jerusalém para a festa.
O milagre das línguas em Pentecostes deve ser entendido à luz
dessa ligação dramática entre a história do Antigo Testamento
e do Novo. O dom de “línguas” foi muito mais do que uma
língua pessoal de oração ou uma experiência pessoal que
confirma uma segunda bênção além do dom da fé.
A primeira Festa de Pentecostes não
foi celebrada nos campos de Canaã,
mas no sopé do monte Sinai. Lá, em
meio à fumaça, terremoto e medo,
Israel começou a ser visitado por
O poder da YHWH. À luz da santidade temível de
vida Deus, o povo enxergou a realidade de
sua condição pecaminosa. Haviam sido
livrados pelo braço forte de Deus; a
partir de então, aprenderiam que ele
era Rei e que sua Palavra era a lei da
vida.
Precisamos nos lembrar, a cada dia, de nossa
A observância identidade como filhos de Deus justificados,
da Festa hoje perdoados e adotados em sua família. Do
contrário, viveremos escondidos, cheios de medo e
insegurança, sob o estigma permanente de
“pecadores”.
Cristo que sobrepujou a maldição de Babel. Pessoas de
todos os tipos, representantes das mais diversas culturas
Conclusão e línguas, encontram uma só vida, esperança e voz em
Jesus, o Messias, pois ele comprou “para Deus os que
procedem de toda tribo, língua, povo e nação” e os
constituiu “reino e sacerdotes” para servir a Deus (Ap
5.9-10).
Abençoarei os que te
abençoarem e
amaldiçoarei os que te
amaldiçoarem; em ti
serão benditas todas as
famílias da terra.

Gênesis 12.3

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