Festa das Trombetas, a primeira de três festas de outono celebradas no sétimo mês do calendário de Israel que corresponde, aproximadamente, ao mês de outubro. A Festa das Trombetas
Assim como as festas de primavera se cumpriram no ministério terreno de Cristo.
A de Pentecostes no derramamento do seu Espírito.
As festas de outono se cumprem na obra da igreja.
A Festa das Trombetas
• A Festa das Trombetas começava no primeiro dia do sétimo mês.
Lembre-se de que, desde o êxodo, a vida de Israel não girava em tomo da agricultura, mas da redenção, de modo que Deus havia transferido o ano- novo do sétimo mês para o primeiro, para que coincidisse com a Páscoa, a celebração do livramento (Ex 12.1). Rosh HaShanah • A Festa das Trombetas, assim chamada pelo próprio Deus em Levítico 23, passou a ser conhecida por outro nome que indicava um propósito inteiramente distinto. Rosh HaShanah ou “cabeça do ano”, era uma celebração de ano- novo. Os sons da Trombeta
Hotsotsera - eram instrumentos de O outro tipo de trombeta, mais
metal, como o par que havia sido importante para a vida de fé dos confeccionado pelos artífices israelitas, era o chifre de carneiro ou segundo as instruções do Senhor shofar. A Festa das Trombetas (Nm 10). (lit, Yom t ’Ruah ou “dia de soprar”) Os sons da trombeta
• Havia a “primeira trombeta” que anunciava o
início da festa e convocava Israel para se reunir. Posteriormente, a “primeira trombeta” se tomaria a proclamação formal da lua nova ou do ano-novo agrícola. A “última trombeta” indicava, obviamente, a conclusão da “festa do sopro das trombetas”. E no décimo dia do sétimo mês, o Dia da Expiação ou Yom Kipur, soava a “grande trombeta” Nosso Deus Reina • Acampado no sopé do monte Sinai, convocado para o monte pelo som do shofar (Ex 19), o povo israelita foi ao encontro do Deus que o havia remido e, portanto, possuía direitos reais de governar sobre eles como seu Senhor. Ao introduzir sua lei real, YHWH declarou: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Êx 20.2). Nosso Deus Reina “Subiu Deus por entre aclamações, o Senhor, ao som de trombeta. Salmodiai a Deus, cantai louvores; salmodiai ao nosso Rei, cantai louvores. Deus é o Rei de toda a terra; salmodiai com harmonioso cântico. Deus reina sobre as nações; Deus se assenta no seu santo trono”. (SI 47.5-8) Nosso Deus Reina • Outra mensagem transmitida pelo toque do shofar era a convocação para lembrar. A trombeta chamava à fé num Deus com um histórico de graça. Ao longo da história de Israel, muitas memórias seriam desencadeadas pelo som do shofar, nenhuma mais vívida do que a narrativa da queda de Jericó . Nosso Deus Reina
• O esquecimento de Israel representou
um rompimento da aliança com Deus. Moisés havia advertido solenemente: “Guarda-te, para que não esqueças o Senhor, que te tirou da terra do Egito...” (Dt 6.12). Nosso Deus reina • Perigo estava a caminho, perigo do tipo que a justiça sempre traz sobre os iníquos. O Rei Justo do céu e da terra se aproximava: “... tocai a trombeta em Tecoa e levantai o facho [...] porque do lado do Norte surge um grande mal, uma grande calamidade. A formosa e delicada, a filha de Sião, eu deixarei em ruínas” (Jr 6.1-2). A CELEBRAÇÃO NO SÉCULO 1°
• No século l9, a transição de Yom t’Ruah (o “dia de soprar”
as trombetas) para Rosh HaShanah (“cabeça do ano”) já havia se completado, trazendo consigo não apenas um novo nome, mas uma mudança total de enfoque. A CELEBRAÇÃO • A “Festa das Trombetas” não era NO SÉCULO 1° mais considerada uma celebração da obra redentora de Deus e um chamado para adorar o Rei com fé e arrependimento. Havia se tomado uma das muitas e repetitivas celebrações da “lua nova” especial apenas no sentido de que anunciava a chegada do “ano-novo”. A CELEBRAÇÃO • Com o início do Novo Testamento, NO SÉCULO 1° a trombeta de Deus continuou a proclamar sua soberania, a convocar o povo de Deus para lembrar e, portanto, adorar, e a chamar os pecadores ao arrependimento. Em outras palavras, continuou a anunciar a presença e o governo de Deus. A CELEBRAÇÃO NO SÉCULO 1°
• “Se, porém, eu expulso demônios pelo
Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós” (Mt 12.28). Ainda no Evangelho de Mateus, pouco antes da grande Comissão (Mt 28.19s.), Jesus expandiu essa declaração ao acrescentar uma afirmação de soberania universal: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (v.18). • A chegada do Soberano também seria anunciada pelo som de uma trombeta.. A TROMBETA DO EVANGELHO
• Que trombeta faz ressoar esse
toque? Nenhuma das passagens que descrevem o ministério de Jesus sequer menciona qualquer instrumento musical. Há, contudo, uma trombeta que anuncia o Rei: a pregação do evangelho por vozes humanas. A TROMBETA DO EVANGELHO
• No grego, o verbo principal para pregar é
“kerusso”; o teor da pregação é “kerugma”. O termo transmite a ideia do anúncio feito por um arauto investido de autoridade real, que declara sua chegada com toques de trombeta e proclama a palavra de um Rei. No Novo Testamento, a pregação do evangelho é o novo som do antigo shofar, assim como, em outros tempos, a voz do profeta soou a “trombeta” sobre os muros de Sião (Ez 33.3,7). A TROMBETA DO EVANGELHO • Com poder e ousadia concedidos pelo Espírito de Pentecostes, com os apóstolos e pregadores na dianteira, mas abrangendo todos os membros, a igreja primitiva se inseriu nas culturas pagãs de todas as nações para soar a trombeta e indicar que seu Rei, Cristo, havia declarado possuir “toda a autoridade” sobre eles. Sua pregação foi o toque da trombeta de Deus, com a urgência de vida ou morte: “Nosso Deus reina! Arrependam-se de seus pecados, creiam no Filho de Deus e adorem o Rei!” Um toque abafado
• A pregação, como a entendemos no
século 21, está passando por tempos difíceis. Para a maioria das pessoas fora da igreja, pregação é conversa insistente de pouco valor. Para muitos dentro da igreja, a pregação é como um anestésico. Pés Formosos
• “Que formosos são sobre os montes
os pés do que anuncia as boas- novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (Is 52.7). • Mensageiro – Morto ou Celebrado. Pés Formosos
• As palavras de Paulo em Romanos
10.17 não constituem apenas um conselho tático; revelam uma realidade profunda: “...a fé vem pela pregação”! Em IPedro 1.23-25, o apóstolo Pedro vai ainda mais longe: o evangelho pregado é a semente do novo nascimento! O Evangelho e a Graça Lei
Juízo
“Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e
ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações” (Lc 24.46-47). A observância da Festa
• Permita-se ser franco: se você não é transformado pela pregação
do evangelho em sua igreja; se ela não mexe com suas crenças, comportamentos e motivações; se não molda sua vida de maneira contínua tanto para libertá-lo do poder do pecado quanto para lhe mostrar a alegria de seguir a Cristo, é hora de procurar outra igreja. A observância da Festa
• Segundo, envolva-se com uma igreja
que entende o chamado para fazer soar a trombeta para a sua cidade. Uma das verdades centrais acerca do propósito da igreja é que ela existe para o mundo. . JÁ, AINDA NÃO • No início do capítulo, comentei sobre as trombetas com “nome” que soavam na Festa das Trombetas e sugeri como alguns desses nomes contribuem para moldar nossa visão da história da redenção. A “primeira trombeta” da Festa soou quando Cristo derramou seu Espírito e enviou a igreja para pregar o evangelho a todas as nações. Deu início ao chamado missionário da igreja, à comissão para levar o evangelho a um mundo pagão. A igreja de Cristo já está soando essa trombeta. JÁ, AINDA NÃO
• Um dia, a “última trombeta” soará.
Será o terceiro toque da Festa, ao qual I Tessalonicenses 4.16 e l Coríntios 15.52 se referem. Depois que essa trombeta soar e Cristo voltar, a pregação cessará, pois não será mais necessária.. Bom domingo....bom descanso! Que Deus nos abençoe!