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INSTITUIÇÃO: INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FRANCISCANO – IESFMA

CURSO: EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA PERÍODO: 1°


DISCIPLINA: Leitura e Produção Textual

DOCENTE: Wermeson de Oliveira Reis


Rickelme Marcelo Batista Cardoso
Richard maior de Oliveira Sousa
Jullyo Thyerry Botão da Silva
Thaís Maria Silva Coelho
Sérgio de Aguiar Ribeiro
Rodrigo Souza Santos
Samara Vitória Passos Damasceno

PROF. ME. JADILSON GOMES

LUTAS
TAREFA AVALIATIVA DO 1° BIMESTRE
RESUMO

A luta começou a ser disputada nos Jogos da Grécia Antiga no século 7 a.C. As lutas estão
totalmente relacionadas à história da humanidade, pois o ser humano teve a utilidade da força
para sobreviver, assim como na caça e na defesa contra animais ou outros humanos, pois lutar
era a única maneira de permanecer vivo. Com o desenvolvimento da sociedade surgem as
artes marciais, esse termo foi criado pelos gregos que vincularam a Marte “Deus da guerra”,
as habilidades de guerrear e de lutar para derrotar seus inimigos.
INTRODUÇÃO

Grande parte responsável pela introdução da modalidade no mundo esportivo foi através dos
gregos. A lutas envolve bastante cultura, pois é baseada em regras, que se formaram de
acordo com as práticas e cada modalidade traz consigo a sua história, origem, tradições,
características. A luta possui vários fatores que diferenciam uma da outra mas também pode
ser comum uma a outra, mas ajuda a trazer a essência de cada luta e assim acaba tendo uma
boa exploração delas e elas são compostas por vários fatores assim como a imobilização,
regras, estratégias, técnicas, combinações de ataque e defesa.
SUMÁRIO

RESUMO................................................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 3
1 DEFINIÇÃO DE LUTA.......................................................................................................... 5
2 ORIGENS E EXPANSÃO...................................................................................................... 5
3. DIFUSÃO DAS LUTAS NO BRASIL.................................................................................. 7
4. LUTAS MAIS POPULARES NO BRASIL...........................................................................9
4.1 JIU-JITSU...................................................................................................................... 9
4.2 MUAY THAY............................................................................................................... 11
4.3 JUDÔ............................................................................................................................14
4.4 BOXE......................................................................................................................... 14
4.5 KUNG FU.................................................................................................................... 15
4.6 KARATÊ..................................................................................................................... 17
4.7 CAPOEIRA.................................................................................................................. 17
4.8 ARTES MARCIAIS MISTAS (MMA)....................................................................... 20
6. ACEITAÇÃO POPULAR NO BRASIL E NO MUNDO................................................... 20
1 DEFINIÇÃO DE LUTA
A luta pode ser definida como combate ou confronto, individual ou coletivo, direto ou
indireto, com ou sem armas – exceto as de fogo –, no qual é usado um conjunto de técnicas
específicas com a finalidade de “vencer ou dominar o oponente” – aspas, pois nem todas são
competitivas. No âmbito educacional, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s, 2000)
atribuem à luta status de elemento da cultura corporal que evoluiu juntamente com as
complexas relações sociais, chegando aos nossos dias. Remete ainda à existência, nas lutas
em geral, de uma regulamentação específica a fim de reprimir atitudes violentas ou desleais.
(Reis e Garcia, 2011)
2 ORIGENS E EXPANSÃO
Os primeiros indícios da prática de lutas no período civilizatório da humanidade são
mostrados em pinturas de lutadores da Suméria – região da Mesopotâmia –, representando
diversas fases de luta, e datam de mais ou menos 3000 a.C. (ALVES JR, 2006; FEITOSA,
LEITE & LIMA, 2006; SOBIERAJSKI, 1999).
No trabalho de Ferreira (2006), são citadas, de outros autores, evidências da prática de lutas
em outras culturas contemporâneas à dos sumérios. É o caso, por exemplo, dos desenhos
encontrados na tumba egípcia de Beni Hassan e em Creta, mostrando lutadores em
treinamento, com registros de mais ou menos 2000 a.C. Machado (2010) ainda reporta a
existência das práticas de luta anteriores à cultura minóica da ilha de Creta, provavelmente de
origem egípcia ou etrusca. Parece ter sido em Creta, no Período Arcaico entre os séculos VIII
e VI a.C, que as lutas evoluíram para uma forma de combate, conhecida no mundo antigo
como Pygme do grego, que significa punho; no Império Romano foi chamada de Pugilattus
do latim, e significa combate com os punhos. Alguns historiadores mencionam esta prática de
combate em Roma usando a palavra Pugillus, que significa punho fechado em forma de soco.
Essa modalidade, assim como outros desportos de combate na Grécia, fazia parte dos Jogos
Olímpicos Antigos, que tiveram início em 776 a.C., mas somente em 688 a.C. o Pugilato foi
incluído nos jogos (ALVES JR., 2006).
O Pugilato tinha uma característica marcante: os golpes só podiam ser dados com os punhos,
tendo as mãos envoltas em tiras de couro, não existindo assaltos nem categorias baseadas no
peso dos atletas. O combate só terminava quando um dos competidores ficava inconsciente ou
levantava um dedo no ar em sinal de desistência.
Segundo Gama (2006) e Sobierajski (1999), em 708 a.C. o primeiro desporto de combate a
ser incluído nas Olimpíadas foi a Luta Grega, na qual o adversário deveria tocar as costas,
ombros ou peito ao chão para configurar a queda, por três vezes, encerrando a luta. Não havia
tempo limite para as provas, que faziam parte do Pentathlon. Em 648 a.C. foi introduzido nos
jogos o Pancrácio – do grego pan=todo e kratos=poder. Isso dá então ao Pancrácio o
significado de todo-poderoso ou poder sobre todos. Podemos considerá-lo, historicamente,
como a primeira modalidade de desporto de combate misto, por juntar técnicas de diferentes
estilos de luta – no caso a Luta Grega e o Pugilato. Em 146 a.C., Roma invade e conquista a
Grécia, mas os gregos são autorizados a continuar com seus Jogos Olímpicos, e as provas de
luta são incorporadas à cultura de Roma, assumindo a Luta Grega o nome de Luta
Greco-Romana (GAMA, 2006).
Inicia-se assim uma nova fase nas práticas de lutas na Idade Antiga do Ocidente: enquanto na
Grécia os desportos de combate eram realizados com finalidade predominantemente religiosa
e de busca da paideia – do grego, que significa formação integral do cidadão –, os famosos
Jogos Públicos em Roma tinham também esse caráter religioso pagão, mas vinculado ao
entretenimento e à alienação – pão e circo. (Reis e Garcia, 2011)

Vistos com os olhos de hoje, os Jogos Públicos eram violentos e sanguinários, com lutas de
gladiadores e execuções das mais diversas (SIGOLI & DE ROSE JR., 2004).
“Ave, Caesar, morituri te salutant!!” – “Ave, César, os que vão morrer te saúdam!!” – era a
saudação dos gladiadores ao imperador, antes do combate. As lutas de gladiadores surgiram
em Roma por volta de 264 a.C., sob influência grega e etrusca, e sua prática iniciou-se
possivelmente como atos funerais (BERGMANN et al., 2008). Eram executadas em
anfiteatros, dos quais o mais famoso é o Anfiteatro Flavius, comumente conhecido por
Coliseum, pelo fato de ter havido em sua entrada uma colossal estátua de Nero (ALMEIDA,
2009).
Os combates de gladiadores declinaram em 393 d.C. com a conversão de Teodósio I ao
Cristianismo, período em que quaisquer jogos de origem pagã foram proibidos (CAMPOS,
2008). Era o princípio do fim de Roma; pouco mais de oitenta anos e o Império Romano do
Ocidente seria extinto de vez. Esse fato ocorreu com a invasão dos hérulos – povo de origem
germânica – em 476 d.C. Iniciava-se o período da história conhecido como Idade Média, que
se estenderia até meados do séc. XV.
Não demoraria muito até que houvesse uma movimentação e um reinvento no que desrespeito
a combate. A preparação do cavaleiro medieval, representante militar da nobreza, de acordo
com os registros de Campos (2008) e Capinussú (2005), incluía a prática de esgrima
medieval, o manejo do arco e flecha, as marchas, a corrida a pé, a equitação e os jogos,
representados pelos torneios e pelas justas.
E os combates corporais sem armas? Não existiam mais nesse período? Franco Jr. (2001)
afirma que apesar de toda a pressão da Igreja na Idade Média, ainda havia os combates corpo
a corpo, que tinham o objetivo de testar a força e as habilidades físicas dos lutadores.
Devido à lentidão do avanço cultural e a ascendência da mediocracia ao cabo da idade média,
as justas deram lugar aos ilustres duelos e lutas de Esgrima Moderna.
Retomemos os combates corporais sem armas: a industrialização, urbanização acelerada das
cidades e o crescente aumento das armas de fogo a partir do final do séc. XVII imprimem
nova conotação às práticas de combate (FRANCHINI, 2007); algumas evoluíram para o
esporte moderno, outras primeiramente para o entretenimento e o espetáculo, relembrando as
arenas romanas. Foi exatamente o que aconteceu com o conhecido desporto de combate
chamado Luta Olímpica, conhecido também como Wrestling e o Boxe.
Em meados do século XVIII, na Inglaterra, o Boxe era praticado a mãos nuas e sem regras,
por comerciantes de feiras e posteriormente por operários de fábricas. O Boxe teve seu
primeiro conjunto de regras por James Broughton (1743), posteriormente aperfeiçoado pelo
Marquês de Queensbury (1867), tornando-o menos violento com o uso de luvas acolchoadas
(FEITOSA, LEITE & LIMA, 2006).
Vamos falar um pouco da Luta Olímpica. Como você deve estar pensando, a Luta Olímpica
ou o Wrestling – traduzido literalmente como combate corpo a corpo –, tem sua herança nas
lutas gregas da Antiguidade. Na Idade Moderna, sua esportivização foi garantida nos
primeiros Jogos Olímpicos Modernos (1896), realizados em Atenas (Grécia). De acordo com
Gama (2006), em 1904 foi introduzido um novo estilo de Luta, chamado Luta Estilo Livre,
passando a compor, juntamente com a Luta Greco-Romana, o que hoje conhecemos como
Luta Olímpica. A diferença entre as duas é sutil: no estilo Greco-Romano só é permitido
agarrar e desequilibrar o adversário pelo tronco e membros superiores; no estilo Livre todo o
corpo pode ser utilizado como objeto de desequilíbrio. O objetivo de ambos é comum: levar o
adversário a tocar as costas no chão.
Já mais à frente presenciamos, a união de variados estilos de lutas, e o surgimento do
conhecido MMA.
Na definição de Thomazini, Moraes & Almeida (2009), MMA é o termo mais usado
recentemente em substituição ao que foi mundialmente conhecido como Vale-Tudo, prática
de combate caracterizada pelo emprego de técnicas oriundas de diversas artes marciais e/ou
desportos de combate, tais como o Jiu Jitsu, Boxe, Muay Thai, Luta Greco-Romana, Wushu,
Judô, dentre outros.
3. DIFUSÃO DAS LUTAS NO BRASIL
Tudo começou em 1914, quando o japonês Mitsuyo Maeda, especialista nas artes marciais
orientais, desembarcou no Brasil. Especialista nas artes marciais do Oriente o japonês
Mitsuyo Maeda vinha de uma turnê pela América do Norte e central onde apresentará pela
primeira vez no continente o judô e o jiu-jitsu.
3.1 ACEITAÇÃO DAS LUTAS NO BRASIL
As artes marciais se popularizaram no Brasil e conquistaram seu espaço na sociedade
ganhando respeito e admiração. Entre os tipos de artes marciais mais conhecidas se destacam
o Muay Thai, Krav Mag, Taekwondo, Jiu-Jitsu, Karatê, Judô e Kickboxing.
As artes marciais se baseiam em um sistema que define um estilo de luta ou treinamento em
combates, descartando o uso de armas e podem ser utilizadas para defesa pessoal. Mais que
um estilo de luta, elas carregam em si algum tipo de filosofia de vida.
Seu objetivo principal é neutralizar o oponente da maneira mais rápida possível. Não é
meramente uma simples técnica de defesa pessoal, porque envolve um conjunto de regras e
técnicas, além de desenvolvimento físico, mental e espiritual.

Embora exija o uso da força aliada à concentração, a defesa pessoal não é focada na
violência. Ao contrário, trata-se de conseguir se defender de qualquer tipo de ataque violento
e inesperado onde mais do que a força física, é necessário controle emocional e agilidade para
sobressair-se ao oponente.
O controle emocional, aliás, é um dos pontos fundamentais de qualquer tipo de arte marcial,
especialmente quando se trata de defesa pessoal. É sabido que qualquer pessoa dominada por
sentimentos de medo, raiva e tensão, perde o controle da razão, podendo usar a força física
contra si mesmo.
Segundo especialistas, antes de dominar o corpo, quem deseja usar a defesa pessoal de forma
correta, deve antes de tudo, dominar a mente e adquirir controle pleno de suas emoções. Por
isso, a importância de saber buscar um profissional preparado para mostrar os caminhos
corretos da autodefesa.
3.2 LUTAS DE ORIGENS BRASILEIRA
A luta é considerada uma das mais antigas modalidades esportivas, estando atrás apenas do
atletismo. Isso porque, esta é uma prática que esteve sempre presente na vida do ser humano,
seja no âmbito das artes marciais, seja no treinamento militar. Existem várias lutas
genuinamente brasileiras. A capoeira, o Huka Huka e o Jiu-jitsu brasileiro, são alguns
exemplos.
As lutas são caracterizadas por serem ações de combate e incluem o uso de técnicas como
agarramento, derrubadas e golpes. Elas podem ser realizadas por dois ou mais competidores e
variam de acordo com a regra, o local de competição, tipo de vestimenta e do uso ou não de
implementos (armas).
As lutas consistem no combate direto com o adversário. Elas possuem diferentes regras e
estilo e podem carregar muitas das características culturais do local em que foi originária.
Mas antes de falarmos sobre as lutas, é muito importante entendermos que lutar não é o
mesmo que brigar.
Sem dúvida a capoeira é uma das mais conhecidas lutas de origem brasileira. Ela é uma luta
que mistura dança e música. É nosso legado afro-indígena-brasileiro e representa a resistência
do nosso povo.
A malemolência e o gingado da capoeira são a cara do Brasil. A roda de capoeira não é
somente o local onde se pratica a capoeira, é onde ocorre a manifestação cultural, de
ancestralidade, de integração e saúde. A capoeira pode ser praticada em todas as idades. Ela
traz inúmeros benefícios à saúde, proporcionando o desenvolvimento da força, flexibilidade,
coordenação, agilidade e equilíbrio.
O Jiu-Jitsu brasileiro é uma modalidade marcial que foi desenvolvida pela família Gracie. Ela
consiste em um sistema de defesa pessoal que se concentra na imobilização da ação do
adversário.
O huka-huka é uma competição de luta de origem indígena, tradicionalmente realizada no
final do kuarup (festa em homenagem aos mortos).
4. LUTAS MAIS POPULARES NO BRASIL
Em muitas partes do mundo, as lutas tiveram uma trajetória bastante evidente e marcante,
uma vez que se tinha várias finalidades, e grande parte das vezes ligada à religião, o Brasil
não é uma exceção, a seguir destaca-se as lutas mais praticadas no país norte americano.
4.1 JIU-JITSU
Jiu-jítsu é uma arte marcial japonesa que utiliza diferentes técnicas e golpes corporais para
derrotar ou imobilizar o oponente. A expressão japonesa jiu-jítsu é traduzida como “arte da
suavidade” ou “técnica da brandura”. Essa é uma referência ao caráter e a filosofia desta arte
marcial: o equilíbrio e o controle total do corpo. Origem: Não se tem uma informação exata
de onde e quando começou essa modalidade, porém se acredita que foi originada nas regiões
que vão desde a Índia até a China, entre os séculos III e VIII. Entretanto, o desenvolvimento
das técnicas e golpes aconteceu no Japão, através das escolas de samurais (os guerreiros
oficiais do país na época feudal). Inicialmente, era visto como um estilo de luta
marginalizado. Até que um mestre chamado Jigoro Kano revolucionou as técnicas do
combate, transformando-o no judô, que utiliza os mesmos princípios que o antigo jiu-jítsu.
Características: Usar a força do adversário contra ele mesmo é uma característica do Jiu-jítsu.
Inclusive é comum que uma pessoa consiga derrotar seu oponente, embora sendo mais forte e
pesado. Além da técnica de luta, essa modalidade promove o respeito e a disciplina, pois
estimula tanto o controle corporal, quanto mental. Técnicas e golpes: Originalmente usada em
guerras, o guerreiro usava a sua força em golpes que envolviam as articulações,
estrangulamentos, imobilizações, torções e alavancas no corpo do adversário. Com o passar
do tempo, a luta passou a ser praticada apenas como esporte, modificações foram feitas.
Principais técnicas e golpes: Queda: movimento em que um dos lutadores projeta o oponente
ao chão. Montada: golpe em que, ao projetar o oponente ao chão, o lutador fica em cima dele,
com joelhos e pés apoiados no solo. Mata-leão: golpe de estrangulamento aplicado pelas
costas do oponente. Esse golpe é aplicado com o bíceps do lutador pressionando o pescoço do
oponente em uma alavanca. Chave de braço: o lutador posiciona o braço do oponente entre
suas pernas, imobilizando seus punhos com as mãos e aplicando uma chave com o quadril
para finalizar o oponente. Joelho na barriga: o atleta que está por cima mantém uma pegada
no braço, na gola ou na faixa do oponente, assim como uma perna e um pé apoiados no solo.
Com outra perna, então, ele aplica uma técnica de pressão contra a barriga do oponente.
Estrangulamento: o atleta imobiliza o adversário apertando o seu pescoço com os braços ou
pernas. Guarda: técnica que permite o atleta, estando de costas no chão, defender-se de um
ataque. Passagem de guarda: quando o atleta consegue se defender do ataque e assume a
posição de controle da luta. Rolamento: é usada para se mover no solo durante uma luta.
Existem alguns golpes que não são válidos, sendo considerados desleais, como morder, enfiar
os dedos nos olhos, atingir os órgãos genitais e torcer os dedos do adversário, por exemplo.
Regras: As lutas de jiu-jitsu possuem duração de três minutos para os alunos (kyu) e de cinco
minutos para os mestres (dan). Todas as lutas devem obrigatoriamente ser realizadas no
tatame e na presença do árbitro. Os golpes aplicados só são considerados válidos se o lutador
que o aplicador estiver com, pelo menos, um dos pés dentro da área de combate. São
consideradas posições de pontuação e seus respectivos pontos: queda (2 pontos); joelho na
barriga (2 pontos); raspagem (2 pontos); passagem de guarda (3 pontos); montada e montada
pelas costas (4 pontos); pegada pelas costas (4 pontos). As punições aplicadas aos lutadores
podem gerar perdas de 1 a 4 pontos, variando conforme a gravidade da falta cometida. A luta
pode ser finalizada por desistência, desclassificação, interrupção, perda dos sentidos, placar
de pontos, sorteio ou decisão do árbitro. Faixas: Assim como em outras artes marciais, no
jiu-jítsu se utiliza o quimono e é através da cor da faixa que se classifica o nível da destreza e
conhecimento das técnicas. As faixas também simbolizam a hierarquia, em que os menos
experientes devem sempre respeitar os mais avançados. Branca: para iniciantes em qualquer
idade; Cinza: entre 4 anos a 6 anos; Amarela: de 7 a 15 anos; Laranja: de 10 a 15 anos; Verde:
de 13 anos a 15 anos; Azul: varia com o potencial do atleta. Normalmente aquele que pratica
de 1 ano e meio a 2 anos, e a partir de 16 anos; Roxa: varia com o potencial do atleta.
Normalmente 2 anos de prática, e a partir de 16 anos; Marrom: varia com o potencial do
atleta. Normalmente 1 ano e meio de prática, a partir de 18 anos; Preta: partir de 19 anos;
Coral: mestre; Vermelha: grande mestre. Jiu-jítsu brasileiro: Jigoro Kano e outros mestres de
sua escola foram os grandes responsáveis por espalhar o jiu-jítsu pelo mundo. Um desses
mestres foi Mitsuyo Maeda, que após viagens por vários países, com o objetivo de divulgar a
arte marcial, fixou-se no Brasil. Maeda foi o mestre de Carlos Gracie, o responsável por
aprimorar técnicas e golpes da luta, dando início ao que seria o jiu-jítsu brasileiro. O estilo
brasileiro se popularizou por todo o mundo, inclusive no Japão, sendo considerado um
esporte de combate de luta e autodefesa. Conhecido como BJJ (Brazilian Jiu-jitsu), a luta
brasileira prioriza o combate no solo e tem como objetivo imobilizar o adversário através da
chamada finalização, utilizando técnicas de estrangulamento, quedas, chaves, entre outras. As
populares lutas da organização de Artes Marciais Mistas (MMA), o UFC, utilizam em muitos
dos seus combates técnicas e golpes do jiu jitsu brasileiro, o que contribuiu para o
crescimento da modalidade.
4.2 MUAY THAY
Também chamado de thai boxe ou boxe tailandês, é uma arte marcial de origem no país da
Tailândia (no qual é considerada como um símbolo nacional), é conhecida como “a arte das
oito armas”, visto que, se-caracteriza pelo o uso combinado de punhos, cotovelos, joelhos,
canelas e pés. Origem: Com base no wushu (ou kung fu) chinês, teria surgido o boxe
tailandês há 2 mil anos. Forçados a deixar a China, agricultores que encontraram liberdade e
terras férteis na atual Tailândia, necessitavam se defender de ataques dos países vizinhos.
Desse modo, surgiu um método de autodefesa chamado chupasart, que usava todo tipo de
armas (espadas, machados, lanças etc), entretanto, para evitar mutilações e mortes durante os
treinos, as armas foram abolidas. O estilo continuou violento, em virtude do Muay Thai,
todos seus golpes terem o objetivo de nocautear o adversário. Após o desenvolvimento das
técnicas, os lutadores perceberam que o corpo era mais forte e certeiro do que qualquer arma.
Até o começo do século XX, soldados tailandeses tinham que lutar Muay Thai, e foi só a
partir daí que ele ganhou regras limitando sua agressividade. Características: Tem como
benefícios a redução de estresse, melhora o condicionamento físico, é apropriado para a
autodefesa, além de aumentar a concentração, ajudar na coordenação motora e reduzir o peso.
De acordo com a Confederação Brasileira de Muay Thai, o mais importante dessa arte
marcial é a filosofia de vida que oferece aos alunos, como amizade, companheirismo,
superação de limites, disciplina e respeito ao próximo. Os competidores utilizam uma faixa
na cabeça chamada de “Mongkon”. Serve para proteger os lutadores e, por isso, só é retirada
depois do Ram Muay – dança ritualística tailandesa realizada no início de cada confronto da
arte marcial. Três tipos de tambores são utilizados durante a competição: os címbalos e
flautas de “Java”. Dessa forma, os músicos aumentam o ritmo da música para que os
participantes acelerem o andamento da competição. Outra característica do esporte é o Wai
Kru, que é uma dança ritual feita para homenagear o treinador, sua escola e seus pais; e até
mesmo os antigos lutadores e professores do ginásio. Também existe a "Kruang", que é uma
corda trançada, colocada em um ou nos dois braços do oponente também com o objetivo de
proteção e com retirada apenas no final da competição. Suas cores estão relacionadas com as
preferências de cores do lutador, já no Brasil é usado como graduação. Técnicas e golpes: Os
lutadores utilizam os punhos, os cotovelos, os pés e os joelhos para realizar sequências de
golpes e defesas em um jogo de ataque e contra-ataque. Abaixo principais técnicas e golpes
do Muay Thai: Socos (Mhad) Os socos são os golpes mais comuns do Muay Thai e são
realizados com o punho fechado. Existem quatro socos principais: Jab: dado com o braço que
está na frente, tem como alvo o queixo do adversário Direto: dado com o braço de trás,
também tem como alvo o queixo Cruzado: golpe que visa atingir a lateral da face do
adversário Uppercut: dado de baixo para cima, visa atingir o queixo Chutes (Dteh) Os chutes
no Muay Thai podem ser efetuados com os pés e com as canelas. Podem vir das laterais e
acertar as pernas, o abdômen ou a cabeça. Um chute potente pode levar o adversário ao
nocaute (knock out). Defesas (Pongkan) As técnicas de defesa do Muay Thai buscam a
proteção contra os golpes do adversário. Para defender-se, os lutadores utilizam os braços, os
ombros e as pernas, que servem como escudo. Cotoveladas (Sawk) As cotoveladas podem ser
dadas de várias maneiras, podem atingir a cabeça do adversário pela lateral e também pela
frente. Por serem impulsionadas pelos quadris, as cotoveladas podem ser muito violentas e
costumam levar ao nocaute quando bem aplicadas. Joelhadas (Khao) As joelhadas podem ser
aplicadas frontal e lateralmente e podem ser precedidas de um salto. Também são golpes
muito potentes, que podem provocar lesões e levar o adversário ao nocaute. Equipamentos
Atadura: Equipamento básico e obrigatório. São usadas basicamente para prevenir os
desconfortos causados pelos golpes, que por mais fracos que sejam, podem vir a causar
lesões. Protetor bucal: Outro equipamento básico e obrigatório, por questões de segurança.
Mesmo que o treino não seja de Sparring (trocação), é importante usar o protetor bucal pois
ele ajuda a prevenir lesões em casos de acidentes. Luvas: Muitas pessoas adquirem duas luvas
diferentes, uma de luta, que é menor e com menos densidade e uma maior, mais densa, para
os treinos de saco de pancadas. Antes de comprá-las é importante que você converse com seu
professor para que ele possa te mostrar se é válido ou não comprar as duas. Caneleiras:
Principalmente para os iniciantes, elas são úteis para treinar alguns tipos de defesa.
Coquilhas: é um protetor genital com uma placa de plástico protegida por um tecido. Regras:
Quando nos referimos a tempo de luta e assaltos no Muay Thai, usamos os mesmos termos
que são utilizados quando falamos de boxe. Cada luta de Muay Thai tem a duração de 3 a 5
rounds que dura, em média, 3 minutos cada. Se houver alguma parada entre os rounds, esse
tempo não será contabilizado. Entre as lutas, existe um tempo de descanso de 2 minutos, par
que os lutadores descansarem um pouco, limpes seus machucados e recuperem um pouco das
suas forças. Algumas características são crucialmente importantes, e todos que praticam o
esporte deve ter: Possuir o peso mínimo para combates, que é de 45 kg; Não possuir qualquer
tipo de deficiência física; Ter, no mínimo, 15 anos de idade; Respeitar as condições expostas
no manual médico do Conselho Mundial de Muay Thai. Durante uma luta de Muay Thai,
algumas coisas são proibidas e outras permitidas para serem usadas no ringue: É permitido a
utilização apenas de calções de boxe, mas, sua cor deve ser levada em conta conforme o canto
onde o lutador ficará; É permitido usar equipamento de proteção genital durante as lutas, esse
é um equipamento necessário; Cabelos longos e barbas longas são proibidas; Proibido o uso
de qualquer adereço decorativo no corpo, como anéis e colares; A utilização de ligaduras
elásticas nos braços, pernas ou tornozelos é permitida, porém, os protetores de canela são
proibidos; Graduação do Muay Thai Originalmente os lutadores do boxe tailandês não são
diferenciados por graduação. No entanto, no Brasil, a classificação dos lutadores por níveis
foi estabelecida e, de acordo com a Confederação Brasileira de Muay Thai, é dada da
seguinte forma: Branca; Branca ponta vermelha; Vermelha; Vermelha ponta azul clara; Azul
clara; Azul clara ponta azul escura; Azul escura (instrutor); Azul escura ponta preta (instrutor
master); Preta (professor); Preta e branca (Mestre); e Preta, branca e vermelha (Grão Mestre).
Chegada ao Brasil O Muay Thai foi introduzido no Brasil por Nélio Borges de Souza, hoje
conhecido como Grão-Mestre Nélio Naja, no ano de 1979 na cidade de Curitiba (PR). Nessa
época, essa arte marcial era conhecida, em nosso país, como Boxe Tailandês. O Grão-Mestre
Naja foi um dos primeiros faixas pretas de Taekwondo do Brasil e conheceu o Muay Thai no
período de dois anos que passou em Bangkok, capital da Tailândia, enquanto estava na
aeronáutica, onde serviu como paraquedista. Um dos mais conhecidos discípulos do
Grão-Mestre Nélio Naja, o Grão-Mestre Rudimar Fedrigo fundou a lendária academia Chute
Boxe e foi um dos fundadores da Federação Paranaense de Boxe Tailandês, em 1986. Já o
Grão-Mestre Flávio Molina é considerado o Pai do Muay Thai no Rio de Janeiro e foi um dos
melhores - senão o melhor, lutadores de Taekwondo da História do Brasil, tanto que faz parte
do Hall da Fama do Taekwondo Mundial. A primeira entidade oficial do Muay Thai brasileiro
foi a Associação de Muay Thai do Rio de Janeiro, fundada em 1980, pelo GM. Molina. Além
disso, ele também foi o organizador dos primeiros campeonatos de Muay Thai realizados no
Brasil (Desafio Rio X Curitiba: Desafio Rio X São Paulo). Os primeiros campeonatos
cariocas dessa arte marcial também foram realizados pelo GM Molina.
4.3 JUDÔ
Judô é uma arte marcial praticada como esporte. Criada por Jigoro Kano em 1882, o judô é
uma adaptação do jiu-jitsu, que tem por objetivo desenvolver técnicas de defesa pessoal,
fortalecer o corpo, o físico e a mente de forma integrada. Foi considerado esporte oficial no
Japão no final do século XIX. O primeiro clube judoca na Europa foi o londrino Budokway.
A vestimenta usada no judô é o judogi, de cor branca ou azul, sendo que o azul é mais
utilizado em encontros importantes. O judô tem grande aceitação em todo o mundo, um dos
esportes mais praticados, e uma das únicas artes marciais disputadas nas Olimpíadas. Sua
prática não é restrita somente a homens com vigor físico, estendendo-se também a mulheres,
crianças e idosos. Princípios básicos: 1. Cortesia, para ser educado no trato com os outros; 2.
Coragem, para enfrentar as dificuldades com bravura; 3. Honestidade, para ser verdadeiro em
seus pensamentos e ações; 4. Honra, para fazer o que é certo e se manter de acordo com seus
princípios; 5. Modéstia, para não agir e pensar de maneira egoísta; 6. Respeito, para conviver
harmoniosamente com os outros; 7. Autocontrole, para estar no comando das suas emoções;
8. Amizade, para ser um bom companheiro e amigo. Os judocas são divididos em duas
categorias: principiantes (kiu) e mestres (dan). A cor da faixa utilizada na vestimenta indica o
grau de aprendizado. Os principiantes usam, nesta ordem, faixa branca, azul, amarela, laranja,
verde, roxa e marrom. Os mestres utilizam a faixa preta, a listrada de vermelho e branco e a
vermelha. O judô é controlado pela Federação Internacional de Judô (IJF), instituída em
1952, e pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ). A luta acontece em uma plataforma, o
tatame, com o objetivo de alcançar um ponto através de um dos seguintes golpes: derrubar o
adversário, obrigando-o a colocar os ombros no chão; imobilizá-lo por trinta segundos; e
chave-de-braço.
4.4 BOXE
"O boxe é tradicionalmente um tipo de luta que tem como principal característica o combate
“homem a homem” utilizando-se apenas dos punhos. " O boxe, também chamado de
pugilismo, é um esporte que surgiu no Egito por volta de 3.000 a.C., como uma atração das
festas realizadas pelos faraós. Contudo, o esporte se tornou popular apenas na Grécia Antiga,
por volta no século VII a.C, O boxe ficou mais popular na Grécia Antiga, contudo sabe-se
pouco sobre as regras do esporte na época. Mas se tinha conhecimento que os lutadores
poderiam atacar com os punhos e envolviam os dedos com tiras de couro. O fim do jogo era
decretado quando um dos atletas ficava inconsciente ou indicava desistência. No Império
Romano, as lutas de boxe e as competições se tornaram mais sangrentas. Isso porque, os
lutadores, geralmente gladiadores, competiam com luvas feitas de metal. Desde esse período
o boxe entrou em declínio. O boxe voltou a ser praticado somente nos sec. XVIII e XIX, com
as mãos desprotegidas, o que o tornava muito violento e sangrento. Consequentemente com o
passar do tempo precisou passar por algumas modificações. Em 1865, o esportista John
Graham Chamber criou as “Regras do Marquês de Queensberry”, um conjunto de normas
para a prática do esporte moderno. Confira algumas regras: 1. Todas as lutas deverão
acontecer em um ringue apropriado; 2. Cada assalto deverá ter 3 minutos de duração, cada
um com um intervalo de 1 minuto; 3. Caso um pugilista seja derrubado, será realizada uma
contagem de 10 segundos para ele se reerguer, sem auxílio de outras pessoas. Caso o atleta
caído não consiga se levantar a tempo, o árbitro pode encerrar a luta e dar a vitória ao
adversário; 4. Os pugilistas deverão usar luvas de boxe, novas e de boa qualidade; A luta. O
boxe olímpico possui dez categorias no masculino, com três rounds de 3 minutos cada, e no
feminino há três categorias, com quatro rounds de 2 minutos. Há também diferenças quanto
aos equipamentos, os homens não usam capacetes durante as lutas, mas as mulheres sim. O
queixo é o ponto mais visado em uma luta de boxe, pois as pancadas sucessivas causam
inchaços dentro do cérebro causando edemas, estes vão se espalhando e acabam espremendo
o tronco cerebral - região que comanda o sistema. Quando isso acontece, o adversário pode
entrar em nocaute.
4.5 KUNG FU
O Kung Fu também conhecido na China como Wu Shu e outro termo Koushu é a mais antiga
entre as artes marciais, originado em um lugar chamado o Templo Shaolin, onde os monges
praticavam para a saúde e autodefesa durante a sua busca pela iluminação. No entanto,
através de observações dos animais por volta de 500 d. C, a arte veio se aprimorando devido
as épocas e dinastias, com isso, alguns estilos de luta surgiram, como. • Estilo Dragão—
remete a movimentos longos, usando ataques com cotovelo, joelho, juntas e tornozelo. •
Estilo águas— busca fortalecer os dedos: polegar, indicador, médio e anelar. Baseado nos
movimentos da água. • Estilo Shaolin do Norte— uso de ataques agressivos, rápidos com
agilidade e chutes altos. E ainda existem outros estilos: Serpente Divina Choy Lay Fut, Wing
Tsun, Fei Hok Phai, , Hung Gar, Louva a Deus, Shuai Chiao, Lo han e Wu Shu. E também
por finalidade, tem como utilidade de armas que por sua vez só pode ser usada o indivíduo
que adquirir uma boa habilidade com as mãos, e entre elas são utilizadas: • Facão • Bastão •
Espada( reta) • Lança • San tié Kan( 3 cabos ligados por corrente ) No entanto, com a
utilização dessas ferramentas, tem como objetivo aprimorar os reflexos, desenvolver o físico,
a rapidez e a coordenação. Bom, o Wu Shu não é usado apenas para o intuito da defesa
pessoal, e sim também para desenvolvimento espiritual e mental com benefícios para saúde,
melhorando nos aspectos físico, fortalecimento dos ossos e ajudando nas articulações. E seus
principais fatores benéficos, está na melhora de coordenação, ganho de resistência, melhora
na respiração, evolução no condicionamento cardiovascular e dentre outros benefícios
específicos. A alimentação saudável consiste na evolução do emagrecimento, caso seja um
dos objetivos do indivíduo, já no ambiente mental para adquirir um avanço na arte milenar, é
importante afirmar que esse aspecto o praticante tem suas melhorias no estímulo de raciocínio
e concentração, busca mais a tranquilidade e harmonia em si. Como o Koushu surgiu no
Brasil? A arte, porventura surgiu no país na década de 1960, e os que trouxeram foi os
grão-mestre Shan Kowk Wai, Chiu Ping Lok e Wong Shing Keng, basicamente de início as
aulas era apenas para chineses e com o tempo foi sendo explorada por brasileiros e se
expandindo no país. Estilo usado no país O estilo utilizado no Brasil é o Shaolin do Norte
trazido por Shan Kowk Wai , e em 1973 fundou Sino- Brasileira de Kung Fu onde abordou
diversos estilos além do Shaolin do Norte. Considerado hoje em dia um dos maiores mestres
do estilo Shaolin no mundo. Principais Regras • As competições são organizadas em
categorias de peso e idade. • As demonstrações ocorrem no Lei Tai, um ringue sem cordas
demarcatórias com medidas estimadas em 8 m (largura) x 8 m (comprimento) x 80 cm
(altura). Além disso, esse ringue é disposto em cima de uma área de 2 m (comprimento) x 30
cm (altura), cuja função é amortecer quedas que excedam o espaço do ringue. • As
modalidades envolvem duas categorias de disputas, chamadas de rotinas (Katis). São elas:
rotinas de mãos livres (Taolu), centradas na demonstração de golpes e habilidades por meio
de exercícios demonstrativos e rotinas de combate com oponentes, com e sem armas
(Sanshou), que focalizam o confronto e a demonstração da aplicação de golpes em situação
de combate. • Os atletas devem trajar o uniforme de Kung Fu e, nas modalidades de combate,
utilizar também equipamento de proteção, incluindo capacete, luvas e protetores genitais (em
geral) e também caneleira, protetor bucal e torácico (em modalidades específicas). • As
rotinas de tal são divididas em rotina obrigatória (definida pelo regulamento da competição) e
rotina opcional (em que atleta escolhe as movimentações, em geral, a partir de seu estilo de
Kung Fu). • Nas rotinas com armas também são definidas duas rotinas. Na rotina obrigatória,
as movimentações e as armas são definidas por sorteio, podendo ser armas curtas (espada reta
ou facão) ou longas (lança ou bastão). Já na rotina opcional, o atleta pode escolher qualquer
tipo de arma para a demonstração. • Outros aspectos, como código de pontuação, locais
válidos para golpes e critérios de penalização são definidos pelo regulamento específico de
cada federação e competição. Curiosidades : “Kung Fu automaticamente se refere ao ator e
atleta Bruce Lee. Até os anos 1970, fora da China, poucas pessoas fora da comunidade
chinesa sabiam da arte marcial. O ator foi um dos responsáveis pela divulgação do esporte no
mundo inteiro, principalmente por conta dos seus filmes. As produções de “Operação
Dragão” e “A Fúria do Dragão” colocaram o ator como um representante apropriado dessa
arte marcial”.
4.6 KARATÊ
O karatê surgiu no Japão no século XVIII em Okinawa, sul do Japão, na época que as armas
eram proibidas nessa região, e por isso fez com que muitas nações praticavam as artes
marciais desarmadas, originando o karatê, o que significa “karatê”? é uma palavra japonesa
que significa “mãos vazias”. Kara – vazio e Tê–mão, e quem a utiliza é chamado de
“caretaca”. A prática da arte é considerada uma boa atividade terapêutica . Em 1950, o caratê
se expandiu mundialmente através de muitos Mestres de Naha-te (cidade de Naha), Shuri-te
(cidade de Shuri) e Tomari-te (cidade de Tomari) (Artes Marciais típicas da Ilha) que
migraram à China em busca de novos conhecimentos. Lá encontraram o Boxe Chinês
(conhecido de forma geral como Kenpo), esta Arte Marcial chinesa fora criada pelos Monges
Budistas (em especial o Monge Bodhy Dharma), pela necessidade de desenvolver uma forma
de defesa para combater os ataques de assaltantes e criminosos. Desarmados, criaram então
alguns movimentos de defesa e ataque, baseados em sua maioria, em movimentos de animais
e insetos. Benefícios do Karatê Fisicamente, o Karatê é bom para o coração, fortalece ossos e
músculos, cria resistência, desenvolve coordenação motora e visual, e torna o organismo
menos suscetível a ferimentos e doenças. Mentalmente, o Karatê ajuda a desenvolver
paciência, disciplina, perseverança e compreensão, bem como a concentração e foco.
Espiritualmente, ao longo do treino consegue-se visualizar a verdadeira razão “Shinga”.
Normalmente, é realizada uma meditação no início do treino como preparação para a aula,
ajudando o praticante a relaxar e a ganhar tranquilidade. 5 principais estilos • Goju-Ryu
Combina força (Go) e flexibilidade (Ju). Aqui, são comuns técnicas de bloqueio para
conquistar ataques rápidos e, consequentemente, mais potentes. Outro ponto característico
deste estilo, fundado pelo Mestre Chojum Miyagi, é a respiração abdominal sonora (kokyu).
O Goju-Ryu carrega até hoje a ideia do karatê mais tradicional como uma jornada perpétua de
treinos em busca da perfeição • Shotokan Estilo mais comum no karatê competitivo, No
Shotokan, as técnicas são aplicadas de forma rápida e na longa distância, sendo muito efetivas
para surpreender os adversários em contra ataques. Entre os grandes expoentes desse estilo
estão os nipo-brasileiros Yoshizo Machida, mestre do 8º Dan, e seu filho Lyoto, carateca que
se sagrou campeão no UFC, onde esse estilo de luta é muito utilizado no Brasil. • Shorin-Ryu
Se baseia em preceitos como respeito, fraternidade, harmonia, paciência, bom-senso, controle
da violência e disciplina. Além da prática física e técnica, seus treinamentos incluem um
preparo mental, espiritual, emocional e social, visando trabalhar também a autoconfiança,
controle do estresse, sensibilidade e segurança pessoal. • Shito-Ryu combina técnicas da
Naha-Te e da Shuri-Te, duas das três principais escolas do karatê tradicional. Foi fundado
pelo Mestre Kenwa Mabuni, mas seu nome é o acrônimo em kanji (um dos três alfabetos que
compõem a língua japonesa) de Itosu e Higaona, dois de seus professores. Sua característica
mais marcante é a grande riqueza nas formas do kata. Fonte: Site da Federação de Karatê do
Estado do Rio de Janeiro No entanto, no fim do século 20, passou a ser mais difundido o seu
caráter competitivo. Há duas modalidades principais de karatê, chamadas kata e kumite. Elas
são divididas da seguinte forma: • Kata: nesta modalidade, não há contato físico. Cinco juízes
atribuem pontos ao carateca de acordo com o seu desempenho, com base na execução correta
e na velocidade dos movimentos. Há também as apresentações em trios, em que deve ser
observada a sincronia entre os membros da equipe. A competição nesta modalidade lembra o
que acontece na ginástica artística. • Kumitê: essa modalidade coloca duas caratecas em
combate. As lutas duram de dois a cinco minutos. Os pontos são atribuídos aos golpes
desferidos variando, inclusive, o valor da pontuação dependendo da área do corpo do
adversário que foi atingida. Os combates de kumitê levaram à criação de regras para que os
golpes de karatê não causem ferimentos graves entre seus praticantes. Karatê no Brasil A
história do Karatê no Brasil está diretamente ligada aos imigrantes japoneses que chegaram
ao país em grande massa logo após a Segunda Guerra Mundial. Esses imigrantes japoneses
tiveram sua principal atividade econômica nas plantações de café; e aqui se estabeleceram e
formaram a primeira colônia japonesa em São Paulo. Em 1955 foi estabelecida a primeira
academia de Karatê naquela cidade, pelo Sensei Mitsusuke Harada do estilo Shotokan e em
1959, o Sensei Seichi Akamine fundou a primeira academia do estilo Goju-ryu e um ano
depois fundou a Associação Brasileira de Karatê, a partir deste momento o karatê passou a
ganhar muitos adeptos. Esta foi a associação que mais tarde daria origem à Confederação
Brasileira de Karatê que foi uma das principais responsáveis pela administração do esporte no
Brasil, porém surgiram outras confederações e federações, o que impulsionou o surgimento
de campeonatos e torneios no país (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2015). Em 1961 o Karatê foi
introduzido na Bahia pelo Sensei Eisuke Oishi e no ano seguinte o Sensei Yoshihide Shinzato
do estilo Shorin-ryu. Outros mestres como, Juichi Sagara, em São Paulo; Yasutaka Tanaka e
Sadamu Uriu, no Rio de Janeiro; Higashino em Brasília foram importantes na expansão do
karatê no Brasil (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2015). Estes mestres foram, portanto, os
introdutores do A arte chegou no Brasil no ano de 1908, trazido por imigrantes japoneses e se
acomodaram no interior e na capital de São Paulo e o estado se formou o primeiro pioneiro
do karatê. Dayvson José de Lima. - Vitória de Santo Antão, 2017. Ataques e defesas
• Seiken Tiudan Zuki: Soco no Estômago
• Seiken Jôdan Zuki: Soco no Rosto
• Seiken Guedan Zuki: Soco Baixo
• Seiken Ago Uti: Soco no Queixo
• Seiken Mawashi Uti: SocoContorno
• Uraken Shômen Uti: Soco invertido Frontal
• Uraken Shita Uti: Soco invertido no Estômago
• Hiji Uti: Cotovelada no Rosto
• Hiji Uti – Oroshi: Cotovelada para Frente
• Hiji Otoshi – Uti: Cotovelada de Cima para Baixo
• Shuto Sakotsu – Uti: Cotovelada na Clavícula
• Shuto Yoku Uti: Cotovelada na Frente
• Shuto Uti – Uti: Gancho no Pescoço
• Shotei Uti – Komi: Ataque Palma da Mão
• Mae Keague: Chute Elevado Perna Dura
• Uti Mawashi: Chute de Dentro para Fora
• Soto Mawashi: Chute de Fora para Dentro
• Kin Gueri: Chute Baixo (Ponto Vital)
• Hiza Gueri: Joelhada Frontal
• Mae Gueri: Chute Frontal
• Yoko Gueri: Chute Lateral
• Kansetsu Gueri: Chute Lateral Baixo
• Tiudan Mawashi Gueri: Chute Contorno Parte Mediana
• Jodan Mawashi Gueri: Chute Contorno Parte Superior
• Ushiro Gueri: Chute para Trás
• Tobi Mae Gueri: Chute Frontal Voador
• Tobi Yoko – Gueri: Chute Voador
• Tobi Mawashi Gueri: Chute Contorno Voador
• Tobi Hiza Gueri: Chute Joelhada Voadora
• Tobi Soto Mawashi: Chute de Fora para Dentro Voador
• Tobi Uti Mawashi: Chute de Dentro para Fora Voador
• Ushiro Mawashi: Chute Giratório para Trás
• Kaiten – Soto Mawashi: Chute Giratório de Fora para Dentro
• Kaiten Uti Mawashi: Chute Giratório para Fora
• Jodan Uke: Defesa Superior para Soco
• Tiudan Soto Uke: Defesa de Fora para Dentro
• Tiudan Uti Uke: Defesa de Dentro para Fora
• Guedan Barai: Defesa Inferior
• Tiudan Uti Uke Guedan Barai: Defesa Dupla (cima e baixo) daimonkai
• Branca (10° kyu)
• Laranja (9° kyu)
• Azul (8° a 7° kyu)
• Amarela (6° a 5° kyu)
• Verde (4° a 3° kyu)
• Marrom (2° a 1° kyu)
• Preta (1° a 10° Dan) Do Hon hiama Ryu
• Branca (7° kyu)
• Amarela/Vermelha (6° kyu) se ao fazer o exame para faixa amarela o karateca obter nota
máxima ele usa a faixa vermelha no lugar da amarela, mas ainda assim conta como 6° kyu.
• Laranja (5° kyu)
• Verde (4° kyu)
• Azul (3° kyu)
• Roxa (2° kyu)
• Marrom (1° kyu)
• Preta (1° a 9° Dan)
• Preta (10° Dan) Destinado apenas ao Sōke, mestre supremo do estilo.
4.7 CAPOEIRA
Segundo Vieira (2004 ) Capoeira, é uma das manifestações culturais mais importantes do
Brasil. Surgida do encontro, em terras brasileiras, principalmente das culturas do índio, do
negro e do português, tornou-se um dos mais importantes símbolos do Brasil. Trata-se de
uma das manifestações culturais da corporeidade humana, a qual é baseada em um diálogo
corporal, no qual terá maior destaque o jogador que fizer mais perguntar corporais do que as
respostas corporais obtidas, ou então aquele capaz de apresentar mais argumentos corporais
do que as perguntas corporais que lhe foram feitas. Neste diálogo entrarão em jogo os braços,
as pernas, a cabeça e os jeitos do corpo.
Após a criação da Intendência Geral de Polícia, o capoeira nunca mais teve paz, tendo a partir
daquela data inúmeros perseguidores. Todavia a Guarda Real de Polícia, sua componente,
apesar do punho forte do Major Vidigal e de outros chefes que por lá passaram, não foi
suficiente para extinguir os capoeiras e muito menos o problema dos constantes conflitos
entre eles e a polícia, sobretudo no tangente ao uso de armas características que usavam os
capoeiristas da época Vieira (2004 ).
Após a Guerra do Paraguai, a sociedade brasileira da época passou por uma mudança muito
favorável, para os praticantes da arte, segundo Vieira (2004 ) muitos dos capoeiristas que
estiveram na guerra se destacaram por atos de bravura ganhado reconhecimento e adquirindo
os status de herói.
Esse feito gerou uma grande mobiliza da parte de algumas instituições, vieira (2004) a
maçonaria que exercia grande influência na Monarquia, passou também a se empenhar
diretamente na causa dos escravos, atuando na elaboração e promulgação de leis que
transformassem gradativamente a economia brasileira, de escravagista para capitalista. Desta
forma, surgiram leis como a do Ventre-Livre em 27 de setembro de 1.871 e a dos
Sexagenários em 06 de maio de 1.885. Mas não foi o suficiente para promover uma
liberalização generalizada da prática longe disso. as proibições continuaram por um longo
período de tempo como vemos na citação do Código Penal da República dos Estados Unidos
do Brasil, instituído pelo Decreto 847 em 11 de outubro de 1.890 e que esteve em vigor até
meados da década de 1.960, deu em seu Capítulo XIII tratamento específico ao assunto,
intitulado: “Dos Vadios 30 e Capoeiras”, nos artigos que se seguem:
“Art. 402- Fazer nas ruas e praças públicas
exercício de agilidade e destreza corporal
conhecida pela denominação de capoeiragem:
andar em carreiras, com armas ou instrumentos
capazes de produzir lesão corporal, provocando
tumulto ou desordens, ameaçando pessoa certa
ou incerta, ou incutindo temor de algum mal;
Pena- De prisão celular de dois a seis meses. A
penalidade é do art. 98.
Parágrafo Único- É considerada circunstância
agravante pertencer o Capoeira a alguma banda
ou malta. Aos chefes se imporá pena em dobro
Art. 403- No caso de reincidência será aplicada
ao Capoeira, no grau máximo, a pena do art.
400.
Parágrafo Único- Se for estrangeiro, será
deportado depois de cumprida a pena.
Art. 404- Se nesses exercícios de capoeiragem
perpetrar homicídio, praticar alguma lesão
corporal, ultrajar o pudor público e particular,
perturbar a ordem, a tranqüilidade ou
segurança pública ou for encontrada com armas,
incorrerá cumulativamente nas penas cominadas
para tais crimes”.

Célebres foram os discursos que elogiavam os métodos ginásticos estrangeiros, que já se


manifestavam em suas diferentes formas, registrou-se porém, na época uma forte tendência
em buscar um método brasileiro de ginástica.
Na realidade, há muito se buscava um método nacional. Esta situação marcou também uma
disputa de poder entre os positivistas e os intelectuais nativistas que representavam a
vanguarda entre os educadores físicos brasileiros. Neste bojo, estariam em disputa três
correntes de pensamentos:
Conservadores - defensores da implantação de um método ginástico estrangeiro. Entendiam
os integrantes deste segmento que deveríamos buscar ações que melhorassem a imagem do
Brasil perante os países europeus, adotando inclusive suas culturas;
Nacionalistas - defendiam a necessidade do desenvolvimento de um método científico,
eminentemente brasileiro, criado por nossos intelectuais e fisiologistas. Mantinham um
posicionamento estabelecido através de um nacionalismo defensivo em relação aos europeus,
uma vez que já haviam condenado o país à barbárie;
Vanguardistas - que entendiam que não haveria a necessidade de tal desenvolvimento, pois
já tínhamos a Capoeira, que poderia ser reaproveitada, desde que estivesse livre de seus atos
criminosos e marginais, e transformada em uma modalidade esportiva, ou seja, em um
método ginástico nacional ou em uma modalidade de luta nacional. Muito embora desde o
final do século XIX, a Capoeira esportivizada já estivesse liberada pela polícia, as
contribuições precursoras de Annibal Burlamaqui, organizaram o Eixo Desportivo sendo
considerado por tais razões o seu patrono
.
Além disso, lançaram as bases da moderna Capoeira, a partir de Zuma, pois de sua atuação,
também surgiram outros dois Eixos, ambos institucionalizados enquanto práticas esportivas
na Cidade de Salvador, Bahia, conforme veremos adiante.
O Eixo Desportivo, buscado pelos Positivistas de Vanguarda e que foi codificado por
Burlamaqui, tornou-se institucionalizado, obtendo, a cada época, avanços em suas propostas.
A Capoeira passa a sofrer grandes modificações principalmente a partir dos anos 30 e 40, e os
capoeiristas que tanto terror causavam na população e tanto trabalho davam à polícia “vão
sendo substituídos em importância na cena principal da Capoeira por mestres que com zelo
vão exercer uma nova ação civilizadora”
4.8 ARTES MARCIAIS MISTAS (MMA)
Concordamos com Nunes (2004) e Thomazini et al. (2008) quando consideram que o
controle do corpo e o código de moralidade do lutador de boxe, descritos por Wacquant
(2002), também são encontrados no ethos dos lutadores de MMA. E, ainda, consideramos
que na transição do vale tudo para o MMA essas características se acirraram, constituíram
uma das marcas de ruptura que procuramos identificar neste ensaio. Outra marca de ruptura
importante foi a criação de um novo modelo de lutas, no qual não basta ser eficiente em
apenas uma modalidade. Esse novo modelo, ao inviabilizar a manutenção, do treinamento de
uma luta em específico, acabou por deslocar a identidade dos lutadores de sua luta de origem
para o próprio MMA. Os atletas passaram a se identificar como lutadores de MMA.
O mercado da luta também apareceu como uma questão central em nossas reflexões sobre a
transição do vale tudo para o MMA. Mesmo no vale tudo havia uma importante preocupação,
com a venda de um produto. No entanto, o produto a ser vendido já existia. Eram as artes
marciais que os lutadores defendiam com destaque para o Gracie jiu-jitsu. No MMA, cria-se
um novo produto a ser vendido. E, por fim, a aceitação do MMA pelos meios de comunicação
provavelmente foi consequência do sucesso da criação do novo produto.
6. ACEITAÇÃO POPULAR NO BRASIL E NO MUNDO
Segundo Alessi e Boeira (2010) a maioria das pessoas enxergam as lutas como um conteúdo
sem grande relevância para ser estudado, além de entenderem a luta apenas como socos,
chutes, e outros golpes a fim de ferir uma pessoa.Porém as lutas além de serem modalidades
esportivas também estão presentes no nosso dia a dia, como por exemplo a luta por território,
a luta por um emprego, entre outros exemplos.
Ela além de proporcionar aos alunos uma melhor condição física e motora, também pode
ajudar na formação de um cidadão melhor. Mas de que forma ela vai contribuir para o
desenvolvimento motor? E para a formação do cidadão? Segundo Ferreira (2006) no aspecto
motor, observamos o desenvolvimento da lateralidade, o controle do tônus muscular, a
melhora do equilíbrio e da coordenação global, o aprimoramento da ideia de tempo e espaço,
bem como da noção de corpo.
Isso se deve ao fato das lutas trabalharem de forma geral todos os movimentos motores
fundamentais (correr, saltar, andar, lançar e etc.), que embora pareça que as lutas se resumem
apenas em desferir golpes, esses movimentos devem ser treinados de forma significativa, pois
a luta exige um grande controle corporal (Alessi e Boeira,2010). Já para a formação do
cidadão, Ferreira (2006) ainda afirma que no que se refere ao aspecto afetivo e social, pode-se
observar em alunos alguns aspectos importantes, como a reação a determinadas atitudes, a
postura social, a socialização, a perseverança, o respeito e a determinação. Para explicar essa
afirmação de maneira simples, podemos usar como exemplo os princípios do Taekwondo:
• Cortesia;
• Integridade;
• Perseverança;
• Autocontrole;
Alessi e Boeira (2010) sustentam que a partir desses princípios, podemos desmistificar a ideia
de lutas como violência e mostrar os valores que os alunos começam a adquirir durante as
aulas, lembrando que foi utilizado o Taekwondo como exemplo, mas todas as lutas e artes
marciais buscam esse mesmo ideal. Além desses benefícios citados acima, as lutas trazem
mais um benefício para o aluno, talvez o mais importante não para a Educação Física, mas
para a escola em geral. Mas qual é esse benefício? As lutas desenvolvem de maneira
significativa a parte cognitiva dos alunos, assim como em outros esportes a formação de
estratégias é um dos fatores que contribuem para isso, mas o fator mais importante é o
número de movimentos e as formas como são efetuados que exige que o aluno desenvolva
sua memória e concentração. Dessa forma é possível verificar as vantagens em se trabalhar as
lutas nas aulas de Educação Física, e também acabar com a ideia que as lutas vão trazer a
violência para dentro da escola.
REFERÊNCIAS

Educação física a distância : módulo 7 / Alcir Braga Sanches,


Conteúdo: Pedagogia das lutas e artes marciais / André Teixeira Reis, Fabrício Carlo Garcia –
Educação
física e saúde / Júlia Aparecida Devidé Nogueira, Ricardo Moreno – Pedagogia da dança
escolar / Márcia Duarte
– Estágio supervisionado do segundo ciclo do ensino fundamental / Alexandre Rezende,
Marisete Peralta Safons
– Trabalho de conclusão de curso I / Fernando Mascarenhas, Regiane Ávila.
1. Educação física – ensino. 2. Educação a distância. I.
Sanches, Alcir Braga (coord.).

Site. Toda matéria, Federação Internacional de judô ( IJF) e confederação brasileira de judô
(CBJ)

https://www.circulomilitarbh.com.br/conheca-a-historia-do-kung-fuwushu/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/educacao-fisica/kung-fu
https://www.todoestudo.com.br/educacao-fisica/jiu-jitsu
https://www.significados.com.br/jiu-jitsu/

Sergio Luiz de Souza Vieira Da Capoeira: Como Patrimônio Cultural


PUC/SP – Tese de Doutorado - 2004

CIÊNCIAS DO ESPORTE (artigo) de Neto A,Garcia,Votre Recebido em 9 de fevereiro de


2012; aceito em 27 de novembro de 2012
Disponível na Internet em 23 de outubro de 2015

OS BENEFÍCIOS DAS LUTAS E COMO TRABALHAR ESSE CONTEÚDO NA


EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR Alessi e Boeira (2010)
https://www.uel.br/eventos/conpef/portal/pages/arquivos
FEREIRA, H. S. As lutas na Educação Física escolar. Revista de Educação Física, Fortaleza –
CE, n.135, nov. 2006

Lima, Dayvson José de. Karatê-Do como um mecanismo de contenção da agressividade dos
estudantes / Dayvson José de Lima. - Vitória de Santo Antão, 2017. MARQUES, João Paulo.
Karatê. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/educacao-fisica/karate.
Acesso em: 25 de April de 2023

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