Você está na página 1de 4

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO –

UFRRJ

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO

Resenha Crítica

ATIVIDADE FÍSICA NA IDADE MÉDIA: BRAVURA E


LEALDADE ACIMA DE TUDO.

Curso: Educação Física

Discentes:

Guilherme Sant’Anna/20210038680

Mayara da Conceição/ 20210033728

Gabriel Ricardo/2018145159

Disciplina: História da Educação Física

Docente: Prof. Dr. Ricardo Ruffoni

SEROPÉDICA, 2021
ATIVIDADE FÍSICA NA IDADE MÉDIA: BRAVURA E
LEALDADE ACIMA DE TUDO.

José Maurício Capinussú - UFRJ

Palavras chaves : Cavaleiro - Idade Média - Atividade Física - Torneio - Jogos

A época medieval foi considerada, por historiadores, uma fonte de benefícios


para a civilização ocidental. Nela se enquadrou a figura do cavaleiro bem preparado
fisicamente e espiritualmente, abrangendo características de galanteador e
romântico. Além disso, montar e usar espada eram habilidades notórias que deram
origem a atividades esportivas e de caráter olímpico, como o Hipismo e o Esgrima.
Assim, na Idade Média, prevalecia a atividade física que, tirando a violência,
demonstravam bravura e lealdade de seus praticantes.

No contexto histórico, o imperador Teodósio aboliu os jogos olímpicos e


declarou o Cristianismo como religião oficial do Império Romano (provocando sua
divisão). Nesse sentido, a Idade Média se caracterizou pela disputa entre 3 poderes
que visavam o controle da Europa: Poder militar (obtido pela força dos bárbaros);
poder civil (a partir das organizações municipais do Direito Romano, bons costumes
e família) e pelo paganismo (culto exacerbado que fazia prevalecer a salvação da
alma e a busca por uma vida celestial). A partir disso, há o desprezo pelo culto ao
corpo e a atividade física é somente utilizada para a preparação militar.

O Cavaleiro representava a nobreza, era o senhor de terras, exibia bons


costumes e promovia lazer. Sua preparação era a prática de Esgrima, corridas,
marchas, manejo de arco e flecha, Equitação e envolvia jogos, torneios e justas. O
Cavaleiro precisava adquirir as características e qualidades estudando as artes da
guerra e não somente herdar "esse cargo". Ademais, a cerimônia tomou cunho
religioso e nos seus momentos de ócio, o guerreiro, dedicava-se a jogos de mesa
popularizado, saíam a cavalo, caçavam e, além disso, se envolviam em jogos
ginásticos e corridas.
Tendo em vista os Jogos Eqüestres, o Torneio foi o desporto com maior
número de espectadores e praticados com mais entusiasmo. Houve o Torneio
Primitivo que, em um campo de batalha ilimitado e com obstáculos, dois grupos se
chocavam um contra o outro, de sol a sol. Todas as armas, como lanças e espadas,
eram válidas. No torneio primitivo, todas as maneiras de se combater eram lícitas.
Uma única regra respeitada era a de que no refúgio os combatentes não poderiam
ser atacados. Assim, ao final da luta haviam mortos, feridos e prisioneiros, saindo
um grupo vitorioso e outro derrotado.

Na segunda época, havia o Torneio Moderno que parecia um jogo. Haviam


vítimas, mas a luta era com armas sem corte e sem gume. Muitos golpes eram
proibidos e o cavaleiro que estivesse caído no chão não poderia ser atacado. Nesse
contexto, já não era campo livre e sim pátios e praças de armas dos castelos
senhoriais. Além disso, em casos de necessidade, havia socorro aos combatentes
derrubados e lesionados.

O Carrossel foi composto por simulados de combates entre cavaleiros


agrupados e com lança em punho, indo contra manequins de madeira. Dois grupos
compareciam ao local de luta com hora marcada e acompanhad os de seus chefes e
bandeiras. Nesse torneio, os cavaleiros tentavam derrubar seus adversários no
primeiro choque e depois davam continuidade a luta com espadas ou massas. Quem
não conseguisse montar novamente, continuava a luta a pé. Por fim, os torneios
começaram a decair a partir da oposição da Igreja por causa das mortes e
espetáculos de caráter cruel e perigoso.

Existiam as Justas que eram disputadas entre dois cavaleiros que carregavam
lanças pesadas de ferro e eram protegidos por escudos e armaduras especiais. Em
um primeiro plano, com o objetivo de derrubar o adversário, o acertava com a lança
e chegava a atravessar o peito e a cabeça dos justadores. Depois, o foco se deu para
quebrar a lança na armadura ou escudo do adversário. Assim, o vencedor se dava a
partir daquele que houvesse melhor pontaria, que a lança voava e da contagem de
lanças partidas de cada participante. Nesse período, houve também, jogos e
modalidades com menos expressividade e, até menos, violência.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: É perceptível que, na Idade Média, a relação dos
jogos com o corpo era atrelada a recreação. Não existia Educação Física, mas sim
atividades físicas voltadas diretamente para a preparação militar dos guerreiros que
envolviam guerras a partir dos movimentos da Igreja, torneios e jogos, estimulando
constantemente a bravura e lealdade dos cavaleiros.

Referências bibliográficas

José Maurício Capinussú - ATIVIDADE FÍSICA NA IDADE MÉDIA:


BRAVURA E LEALDADE ACIMA DE TUDO.

Você também pode gostar