Você está na página 1de 12

Almirante Américo Almeida

A Educação Física na Idade Media

Curso de Licenciatura em Educação Física e Desporto

Universidade Rovuma

Nampula

2023
Almirante Américo Almeida

A Educação Física na Idade Media

Curso de Licenciatura em Educação Física e Desporto

Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue


ao departamento de Educação e Psicologia na
cadeira de História do Desporto, 2° ano, regime
laboral no Curso de Lic. Ensino de Educação
física e Desporto. Cadeira Leccionada pelo
docente: Paulo Mortar

Universidade Rovuma

Nampula

2023

Índice
Introdução...................................................................................................................................3

Educação Física na Idade Média.................................................................................................4

A Idade Média e Renascimento na Educação Física..................................................................5

Actividade Física........................................................................................................................6

Objectivo da actividade física na Idade Media...........................................................................6

Exercício Físico..........................................................................................................................6

Objectivo dos exercícios físicos na Idade Média........................................................................7

Conclusão....................................................................................................................................8

Bibliografia.................................................................................................................................9
Introdução
O presente trabalho da cadeira de História do desporto tem como tema: História de Educação
Física na idade Media, e como objectivo principal descrever a História de Educação Física na
Idade Media. A existência de uma Educação Física na Idade Média, pois a predominância de
jogos e brincadeiras não representava maiores comprometimentos como corpo, mais apenas
uma forma recreativa de passar o tempo. As actividades físicas eram voltadas a preparação
militar do homem em defesa do domínio do seu senhor. A que da do império romano, também
foi muito negativo para a Educação Física, principalmente com a ascensão do cristianismo
que perdurou porto da Idade Média.

Objectivos:

Geral:

 Descrever a História de Educação Física na Idade Media.

Especifico:

 Conhecer História de Educação Física na Idade Media, tendo em conta como


ela era praticada nessa época medieval.

 Analisar os acontecimentos da idade media na educação física citado por


alguns autores patentes no trabalho.

A metodologia usada para a elaboração deste trabalho foi da consulta bibliográfica, que
consistiu na leitura e análise das informações.

3
Educação Física na Idade Média
A princípio é de aferir que, na antiguidade média não existia a educação física como uma
disciplina, portanto só foi possível constatar que havia actividade física e no máximo o
exercício físico.

A Educação Física na Idade Média tinha carácter fortemente militar, pois não era incentivada
para a preparação do corpo dos indivíduos visando a saúde, e sim para tornar os homens fortes
em prol do combate de batalhas que ocorriam com frequência no período.

Na Idade média a Educação Física foi quase abandonada. Como domínio da igreja, para
garantir o poder e a riqueza, tudo que se fazia com relação ao exercício físico era considera do
pecado e passivo de punição. Somente os nobres praticavam os torneios.

A existência de uma Educação Física na Idade Média, pois a predominância de jogos e


brincadeiras não representava maiores comprometimentos como corpo, mais apenas uma
forma recreativa de passar o tempo. As actividades físicas eram voltadas a preparação militar
do homem em defesa do domínio do seu senhor. A que da do império romano, também foi
muito negativo para a Educação Física, principalmente com a ascensão do cristianismo que
perdurou porto da Idade Média.

A Idade Média conheceu um espírito desportivo, provavelmente superior ao que se conheceu


a própria Antiguidade Grega. A prática de actividades físico-desportivas foi e continua a ser
uma das constantes do comportamento humano. Uma vez desaparecida a ginástica higiénica,
o único reflexo de preparação física intensa durante o período medieval foi elevada a cabo
pelo cavaleiro feudal, orienta da para a guerra, torneios e justas.

A crise que a educação física atravessou durante o longo período que vai do século VI ao
século XIV deveu-se fundamentalmente ao espiritualismo imposto pela Igreja, que procurava
prioritariamente a saúde (ou salvação) da alma, condenava o orgulho da vida terrena e
menosprezava toda a actividade físico-desportiva.

Assim, o atletismo, por exemplo, que tinha sido a base da educação física na Grécia antiga,
praticamente desaparece uma Idade Média.

Educação Física na Idade Média A educação física já entra na idade média em crise, devido
ao período do império romano, que estava em decadência. Agravando a situação, o
4
cristianismo ganha espaço e tem papel transformador na visão da disciplina. As actividades
físicas passaram a ser vistas com maus olhos e associadas à esfera do mal. Junto com elas os
circos, anfiteatros e termas foram condenados pela Igreja por ser em hábitos pagão se
desaprova dos moralmente.

A Idade Média e Renascimento na Educação Física


A Idade Média, também chamada por alguns historiadores de Idade das Trevas, teve início na
Europa com as invasões germânicas provocando a queda do Império Romano do Ocidente,
com a deposição de Rômulo Augusto, último imperador do Ocidente, em 476, no século V,
estendendo-se até o século XV, caracteriza-se por uma economia ruralizada do feudalismo,
dominação política da Igreja Católica e sociedade hierarquizada.

Objectivo dos povos germânicos dentro da Roma

Sua actividade principal era o pastoreio, mas raras vezes comiam carne. Os povos germânicos
praticavam a agricultura e deixavam grandes espaços de terreno livre ao redor de suas tribos,
que lhes serviam de pasto para o gado

.https://www.todamateria.com.br ›

Motivos da invasão do Império Romano do Ocidente

Um dos motivos era a pressão que essas tribos vinham recebendo do oriente dos germânicos,
com os avanços dos hunos para o ocidente. Saqueando e devastando as tribos que
encontravam pelo caminho, os hunos fizeram com que os germanos adentrassem as fronteiras
romanas, agindo também com violência contra os romanos.

civilizados.https://mundoeducacao.uol.com.br › …

Factores da invasão do império romano

Quanto aos motivos que explicam as migrações germânicas, acredita-se que foi a procura por
climas mais ao menos de terras mais férteis. Teriam sido as razões para que isso acontecesse.

O outro motivo principallevantado pelos historiadores para explicar a grande migração


germânica do século V foi a chegada dos hunos – um povo nômade que havia migrado desde

5
as estepes da Ásia Central. Por onde chegavam, os hunos traziam pânico, e muitos povos
escolhiam fugir da presença deles.

Central.https://www.preparaenem.com › inv…

huna.https://www.santos.sp.gov.br › dow…Queda do Império Romano

Consequência da invasão do Império Romano do Ocidente

As migrações germânicas resultaram no processo de desgregação do Império Romano do


Ocidente. Assim, o poder centralizado em Roma deixou de existir, e as terras foram ocupadas
pelos germânicos, que prevaleceram a partir da força.

A actividade física ou educação física na Idade Média era exclusivamente utilizada para o
treinamento dos cavaleiros para as guerras, uma vez que a Igreja Católica que legitimou o seu
poder através da fé (ou imposição da fé), fez valer o desprezo pelo culto ao corpo, dando uma
extrema importância a salvação da alma, (CAPINUSSÚ, 2006).

Afogado em crenças e dogmas religiosos, surge um homem que só era encorajado à conquista
da vida celestial. O total descanso pelas coisas materiais estabeleciam um absoluto divórcio
entre o físico e o intelectual. Só convinha a saúde da alma, onde o “nada para o corpo” era um
princípio que suprimia a Educação Física do horizonte cultural desse momento histórico
(OLIVEIRA, 1994, p. 32-33).

Para Oliveira (1994) predominaram desportos como equitação, caça, esgrima, lança, arco e
flecha, os torneios e as justas, que serviam em tempos de paz para preparar os cavaleiros para
guerras.

Já na concepção de Capinussú (2006), os cavaleiros também se preparavam para a guerra


com a prática de esgrima, o manejo do arco e flecha, as marchas, a corrida a pé, a equitação e
os jogos, representados, também, pelos torneios e pelas justas, além de outras provas de
menor representatividade.

O desporto medieval, que para Capinussú (2006), não pode ser considerado Educação Física,
era uma forma recreativa de passar o tempo e exercer um treinamento militar. Porém, com o
fim da Idade das Trevas, a ascensão das monarquias europeias, os descobrimentos marítimos,
a Reforma Protestante e em especial o surgimento do movimento de redescoberta da cultura
6
clássica, por volta do século XV, o Renascimento faz com que a Educação Física, para
Oliveira (1994), volte a ser assunto dos intelectuais, em uma reintegração do físico, do
estético às preocupações educacionais.

Um grande exemplo desses intelectuais, preocupados com a educação, é Jean-Jacques


Rousseau que dedicava uma atenção especial à educação do corpo, como se pode observar em
sua obra Emílio ou Da Educação, citado por Goellner (1997, p. 2):

Os exercícios contínuos assim deixados unicamente à direcção da natureza fortificam o corpo


sem embrutecer o espírito, como também formam em nós a única espécie de razão de que a
infância seja susceptível e a mais necessária em qualquer idade.

Neste contexto surgia uma pedagogia mais liberal, pela valorização do ser humano, anulando
o autoritarismo do ensino escolástico, até então predominante na filosofia medieval.

É no período do Renascimento que a Educação Física se reintroduz-se no ideal da educação


cortesã, trazendo consigo os exercícios físicos, como o salto, a corrida, a natação, a luta, a
equitação, o jogo da pelota, a dança, a pesca. Nesse período pensadores como Da Vinci,
Montaigne, Francis Bacon, o médico italiano Mercuriale, Locke, Pestalozzi, e o já citado
Rousseau, começaram a dedicar reflexões, investigações, pesquisas e estudos sobre a
importância dos exercícios físicos para o bem-estar do homem, antes totalmente ignorado na
Idade Média. Era o início da formação de uma ginástica, com parâmetros verdadeiramente
médicos (OLIVEIRA, 1994).

Actividade Física

Segundo CASPERSENet al. (1985), A actividade física é definida, como qualquer movimento
corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior do que
os níveis de repouso.

Objectivo da actividade física na Idade Media

Tendo em consideração que actividade física e qualquer movimento corporal produzido pelos
músculos, portanto nessa fase os homens praticavam a actividade de forma inconsciente pela
luta de sobrevivência uma vez que eles iam a caca procurando animais de modo a correrem
para alcançar os tais animais.

Exercício Físico

7
No começo do primeiro milénio, os exercícios físicos eram tidos como uma doutrina por
causa das leis de militares, uma espécie de código civil, político, social e religioso. Eram
indispensáveis necessidades militares além do carácter fisiológico.

Na perspectiva de CASPERSEN et al. (1985), O exercício físico é uma actividade física


planificada, estruturada e repetitiva que tem por objectivo a melhora e a manutenção de um ou
mais componentes da aptidão física.

Objectivo dos exercícios físicos na Idade Média

A existência de uma Educação Física na Idade Média, pois a predominância de jogos e


brincadeiras não representava maiores comprometimentos como corpo, mais apenas uma
forma recreativa de passar o tempo. As actividades físicas eram voltadas a preparação militar
do homem em defesa do domínio do seu senhor.

Resumo

 A Educação Física na Idade Média tinha carácter fortemente militar, pois não era

incentivada para a preparação do corpo dos indivíduos visando a saúde, e sim para

tornar os homens fortes em prol do combate de batalhas que ocorriam com frequência

no período.

 Na Idade média a Educação Física foi quase abandonada. Como domínio da igreja,

para garantir o poder e a riqueza, tudo que se fazia com relação ao exercício físico era

considera do pecado e passivo de punição. Somente os nobres praticavam os torneios.

 A existência de uma Educação Física na Idade Média, pois predominânciava de jogos

e brincadeiras não representava maiores comprometimentos como corpo, mais apenas

uma forma recreativa de passar o tempo.

 A crise que a educação física atravessou durante o longo período que vai do século VI

ao século XIV deveu-se fundamentalmente ao espiritualismo imposto pela Igreja, que

procurava prioritariamente a saúde (ou salvação) da alma, condenava o orgulho da

vida terrena e menosprezava toda a actividade físico-desportiva.

8
 As migrações germânicas resultaram no processo de desgregação do Império Romano

do Ocidente. Assim, o poder centralizado em Roma deixou de existir, e as terras foram

ocupadas pelos germânicos, que prevaleceram a partir da força.

9
Conclusão
Chegado ao fim do trabalho, conclui-se que: Na Idade média a Educação Física foi quase
abandonada. Como domínio da igreja, para garantir o poder e a riqueza, tudo que se fazia com
relação ao exercício físico era considerado pecado e passivo de punição. Somente os nobres
praticavam os torneios. Conclui-se também que a existência de uma Educação Física na Idade
Média, predominava de jogos e brincadeiras não representava maiores comprometimentos
como corpo, mais apenas uma forma recreativa de passar o tempo.

10
Bibliografia
CASPERSEN CARL. J. P (1985). Physical Activity, Exercise and Physical Fitness:
Definitions and Distinctions for Health-Related Research. PublicHealthReports.

CAPINUSSÚ, J. M (2006). Actividade física na Idade Média: bravura e lealdade acima de


tudo. Revista de Educação Física, nº 131.

GOELLNER, S. V (1997.). Jaen-Jacques Rousseau e a educação do corpo. Lecturas:


Educación Física y Deportes.Año 2, nº 8. Buenos Aires. Diciembre.

GHIRALDELLI JÚNIOR, P (2007.). Educação Física Progressita: A Pedagogia Crítico-


Social dos Conteúdos e a Educação Brasileira. 10. ed. São Paulo: Loyola.

OLIVEIRA, V. M. (1994). O que é educação física. 11. ed. São Paulo: Brasiliense,

11

Você também pode gostar