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Misoginia no futebol

Primeiro é importante entender o que é misoginia.

O que é misoginia: Misoginia é a repulsa, desprezo ou ódio contra as mulheres. Esta forma de
aversão à mulher é centrada em uma visão sexista, que coloca a mulher em uma relação de
subalternidade em relação ao homem. O desprezo ou ódio dirigido às mulheres está
diretamente relacionado com a violência que é praticada contra a mulher.

A misoginia é a principal responsável por grande parte dos assassinatos de mulheres, também
conhecido por feminicídio, que configura-se como formas de agressões físicas e psicológicas,
mutilações, abusos sexuais, torturas, perseguições, entre outras violências relacionadas direta
ou indiretamente com o gênero feminino.

Estudo aponta que misoginia em relação ao esporte feminino é comum entre fãs de futebol
masculinoEstudo liderado pela Universidade de Durham, baseado em uma pesquisa com quase
2 mil torcedores de futebol masculino.

Estudo aponta que misoginia em relação ao esporte feminino é comum entre fãs de futebol
masculino

Pesquisadores ingleses afirmam que mais de dois terços dos torcedores de futebol do sexo
masculino têm atitudes hostis, sexistas ou misóginas em relação ao esporte feminino.

Estudo liderado pela Universidade de Durham, baseado em uma pesquisa com quase 2 mil
torcedores de futebol masculino, detectou o que chama de “masculinidades abertamente
misóginas”, independentemente da idade.

O estudo aproveitou o fato do aumento da visibilidade do esporte feminino nos últimos anos,
principalmente desde as Olimpíadas de Londres em 2012 e a Copa do Mundo Feminina de
2015 no Canadá.

A principal autora do estudo foi Stacey Pope, professora associada do departamento de


ciências do esporte e exercício da Universidade de Durham. Ela teve auxílio de pesquisadores
das universidades de Leicester e South Australia.

“Este é o primeiro estudo a examinar as atitudes dos torcedores de futebol masculino do Reino
Unido em relação ao esporte feminino em uma época em que o esporte feminino
experimentou um perfil de mídia significativamente maior”, disse Pope.

“Nossa pesquisa mostrou que as atitudes em relação às mulheres no esporte estão, em certa
medida, mudando, com atitudes mais progressivas. No entanto, as descobertas também
refletem uma sociedade patriarcal na qual a misoginia é abundante. Havia inúmeros exemplos
de homens de todas as gerações exibindo atitudes altamente sexistas e misóginas”.

Um subgrupo de pouco mais de 500 entrevistados que responderam a perguntas específicas foi
dividido em três categorias: aqueles que exibiam visões progressistas, outros que abrigavam
atitudes abertamente misóginas e misóginos encobertos.

A primeira faixa de 24% expressou forte apoio à cobertura igualitária do esporte feminino. No
entanto, alguns do grupo aberto – 68% dos entrevistados – sugeriram que as mulheres não
deveriam participar de esportes ou, se o fizessem, seriam mais adequadas para atividades mais
“femininas”, como atletismo, em vez de futebol.

O co-autor John Williams, de Leicester, disse que “o aumento da cobertura da mídia do esporte
feminino foi abertamente apoiado por alguns homens. Mas também representa claramente,
para outros, uma ameaça visível”.

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