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em meados do século 19
→ Surge de uma mesma necessidade do positivismo: Conversar alguns privilégios
sociais da nobreza e propiciar uma renovação política capaz de acolher a rica
burguesia. Num caldeirão de transformações sociais e tecnológicas, provavelmente,
sem precedentes, alterando a existência física e simbólica dos seres humanos.
Como espero ter ficado claro, essa “escola” tem uma consciência da radical (aqui no
sentido mais literal possível, de ir à raíz) historicidade de cada coisa. Assim, o
historiador não pode se destacar da sociedade, não há a separação ontológica entre
o sujeito e o objeto. Reconhece-se que sempre se fala de algum lugar e partindo de
um ponto de vista, sendo impossível a neutralidade e a objetividade absolutas,
muito menos afirmar que existe uma verdade histórica.
Claro que não há pureza nem mesmo nessa afirmação, portanto havia traços em
muitos autores do período que trazem à tona ideais de neutralidade.
Nessa escola o homem, portanto, não é visto como universal, mas como um
realidade em movimento, imersos em historicidade. Com isso o historicismo busca
valorizar o específico, a singularidade, o particular
Primeira vez que fontes (em especial as fontes primárias) aparecem não como mero
arrolamento ou como mera consulta eventual.
Tem por primeira marca relevante ele ter sido um “desbravador arquivistico” a
abordagem metodológica a centralidade das fontes, tendo elas não como coisas
neutras, mas sim produtos do engenho de um humano imerso em um contexto
histórico e com interesses específicos. Mas em Ranke, essas fontes são
essencialmente institucionais e ligadas à política e à diplomacia, por exemplo.
Também, como já dito da escola, ele é um dos primeiros, senão o primeiro a tratar
com uma espécie de desconfiança os historiadores do passado, como vozes a
serem decifradas em seus interesses, contextos etc. A quem esse autor se liga, qual
classe ou ordem, qual instituição ou religião
Forte influência Hegeliana, mesmo que com sentido próprio, vendo o mundo
histórico como um mundo ético. Também uma visão particular de progresso, com
inevitaveis retrocessos.
Nesse autor já vemos com mais clareza o relativismo histórico, mas com uma obra
ainda com uma estreita concepção do que seria político e de qual recorte era o
central na feitura da história, justamente como centro uma história política e da
política, uma história dos grandes homens (mesmo que timidamente veja-se uma
história da cultura, porque não há exclusividade da história política). Ele mesmo
critica o predomínio excludente da história política” e a produção de uma
historiografia factual, acrítica.
O autor se esforça para pensar a história de forma sistemática e, para isso articula a
historicidade do mundo humano, teoria do conhecimento da história e teoria do
método histórico.
Via o homem de estado como historiador prático e uma função para os historiadores
de fornecer ao Estado, ao povo e ao Exercito uma imagem deles mesmos e ser um
instrumento para formação política. Mas ressalto que ele mesmo já colocava que
não era esse o único objeto do historiador, mas sem se aprofundar, pelas
próprias contingências de seu tempo.
Apresenta, uma leve tendencia a reconhecer a circularidade, a convivência dos
grandes homens vivendo junto com a história do seu tempo, bem como ele seria
impulsionado pelo seu tempo, pelos “poderes éticos da história”