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APRESENTAÇÃO

A proposta desta pesquisa é, através de um estudo teórico-prático, investigar a


potencialidade criativa dos estados de impermanência e não-lugar, assim como a
possibilidade de transformá-los em dispositivos de criação artística, sobretudo no campo da
performance e da dança. Esta inquietação surge a partir do desejo de aprofundar uma
pesquisa iniciada em 2019 no curso de graduação em dança da Faculdade Angel Vianna
intitulada: “Corpo que não pertence - pensando práticas desterritorializantes para se
subjetivar no mundo”. Essa pesquisa se deu a partir de um entendimento pessoal enquanto
mulher negra e como esta localização social criou um estado de ruptura e fragmentação
dentro da impermanência e do não pertencimento. Esta investigação inicial apóia-se na crise
identitária do sujeito pós-moderno:

O sujeito assume identidades diferentes em diferentes momentos,


identidades que não são unificadas ao redor de um “eu” coerente. Dentro de nós há
identidades contraditórias, empurrando em diferentes direções, de tal modo que
nossas identificações estão sendo continuamente deslocadas. Se sentimos que temos
uma identidade unificada desde o nascimento até a morte é apenas porque
construímos uma cômoda estória sobre nós mesmos ou uma confortadora “narrativa
do eu” (veja Hall, 1990). A identidade plenamente unificada, completa, segura e
coerente é uma fantasia. Ao invés disso, à medida em que os sistemas de
significação e representação cultural se multiplicam, somos confrontados por uma
multiplicidade desconcertante e cambiante de identidades possíveis, com cada uma
das quais poderíamos nos identificar - ao menos temporariamente. (HALL, 2006, p.
13)

A partir das colocações de Hall, entende-se que o sujeito que se percebe como ser
unificado e com uma identidade sólida, trata-se do sujeito identitário. Este se molda à uma
forma pré-determinada reproduzindo os estereótipos já estigmatizados pelo sistema
capitalista, que assujeita corpos e os desliga de suas singularidades, os mantendo apenas no
campo da representação dentro de uma lógica homogênea. Nesta pesquisa me interessa
aprofundar o entendimento da identidade descentrada, fruto da pós-modernidade, onde surge
a possibilidade criar para si as linhas de fugas que nos levam para longe de uma
territorialização identitária.
O ponto de partida então se torna o devir como uma proposta heterogênea de
impermanência, assim como um ponto de passagem entre as manifestações minoritárias:

[...] a ideia do “devir” está ligada à possibilidade, ou não, de um processo


de se singularizar. [...] esta é a mola-mestra da problemática das minorias: é uma
problemática da multiplicidade e da pluralidade, e não uma questão de identidade
cultural, de retorno ao idêntico, de retorno ao arcaico. [...] Então, para resumir, eu
oporia à ideia de reconhecimento de identidade à uma ideia de processos
transversais, de devires subjetivos que se instauram através dos indivíduos e dos
grupos sociais. (GUATTARI; ROLNIK, 1996, p.74)

O devir como um ponto de passagem entre as manifestações minoritárias, torna


possível o atravessamento entre diversos campos microssociais, o que possibilita uma
afecção entre as singularidades criadas. Este ponto de passagem se estabelece a partir da
não-identificação e da impermanência. Considerando que não há territorialização no devir,
não há motivos para localizações sólidas/identitárias, há fluidez entre todas as variáveis que
constroem a singularidade de um sujeito, onde não se busca e nem se atinge uma forma
Tais articulações produziram o lugar de não pertencimento como potencialidade
criativa de subjetivação no mundo, criando assim este Corpo que não pertence, que transita,
que é aberto e autônomo. A construção desse corpo se dá através do encontro com o mundo e
com as fricções, atritos e violências geradas a partir deste encontro, transformando-o em
outro, ou melhor, criando outro corpo. Sendo a possibilidade de uma existência que se faz
numa zona descontinuada de acontecimentos: abrindo novos espaços, de dentro para fora, de
fora para dentro, não centralizados, que alcança as margens, torna-se margem e está em
constante devir. Nele se faz o devir-negra, o devir-mulher e o devir-artista, é o ponto de
encontro de todas as identificações que se manifestam através dele. Faz-se resistência
enquanto constrói a própria narrativa por fora de uma construção colonial.
O corpo que não pertence está em constante movimento, se deslocando em direções
múltiplas. Não se trata de um corpo perdido, que não sabe onde está, mas sim de um corpo
que é propositalmente descentrado de um significado único, ele não se encaixa porque não
cabe e não pertence porque é heterogêneo. Desterritorializar faz parte dos processos que
confundem o sentido de nossa existência, alguns nos desapropriam deste sentido, enquanto
outros atualizam nossas vivências no mundo.
Partindo desta primeira investigação, a atualização de vivências causada por este
corpo que não pertence, gerou o desejo de investigar o estado de impermanência como
dispositivo criativo. O que, anteriormente, originou-se de um lugar muito pessoal acerca de
uma (des)construção identitária, agora se propõe numa pesquisa mais abrangente desse estado
impermanente e descentralizado, pensando em que tipo de impulso criador o não-lugar, o
despertencimento, a efemeridade, a desterritorialização e a própria impermanência pode ser
capaz de gerar. E da mesma forma direcionar a atenção para que tipo de estética cênica e
corporal pode ser criada a partir de uma ótica que produziu aquelas rupturas e
fragmentações.
Ao compreender a arte como dispositivo de uma certa subjetividade, portanto ligada
às instituições, saberes e poderes, é importante não desvincular sua produção com o sistema
representativo na qual está inserida. Pensar a criação artística, principalmente dentro da
dança, é pensar as formas de acessar o corpo para compor na cena aquilo que se também se
experimenta na vida. Ao desvincular as expressões de vida de uma solidez identitária e
homogênea, o que resta é a desterritorialização e a impermanência marcada pelos
Não-Lugares:
Se um lugar pode se definir como identitário, relacional e histórico, um
espaço que não pode se definir nem como identitário, nem como relacional, nem
como histórico definirá um não lugar. A hipótese aqui defendida é que a
supermodernidade é produtora de não lugares, isto é, de espaços que não são em si
lugares antropológicos e que, contrariamente à modernidade baudelairiana, não
integram os lugares antigos: estes, repertoriados, classificados e promovidos a
‘lugares de memória’, ocupam aí um lugar circunscrito e específico. [...] um mundo
assim prometido à individualidade solitária, à passagem, ao provisório e ao
efêmero. (AUGÉ, 2010, p.73-74)

Augé segue afirmando que o não lugar nunca existe sob uma forma pura, assim como
nunca se realiza totalmente, tratando de uma incessante reinscrição que se realiza num jogo
embaralhado da identidade e da relação.

Vê-se bem que por ‘não lugar’ designamos duas realidades


complementares, porém, distintas: espaços constituídos em relação a certos fins
(transporte, trânsito, comércio, lazer) e a relação que os indivíduos mantêm com
esses espaços. Se as duas relações correspondem de maneira bastante ampla e, em
todo caso, oficialmente (os indivíduos viajam, compram, repousam), não se
confundem, no entanto, pois os não lugares medeiam todo um conjunto de relações
consigo e com os outros que só dizem respeito indiretamente a seus fins: assim
como os lugares antropológicos criam um social orgânico, os não lugares criam
tensão solitária. (AUGÉ, 2010, p.87)

Mesmo refletindo sobre o não lugar a partir de uma perspectiva mais geográfica, Marc
Augé traz leituras importantes para esta pesquisa que tratam acerca da construção de espaço,
lugar e não lugar que gostaria de direcionar a um estado de potência cênica. O jogo, a relação
e a reinscrição podem se tornar ferramentas primordiais para se estabelecer dispositivos de
criação artística, principalmente na dança e na performance.

JUSTIFICATIVA

A transitoriedade do Não-Lugar se torna um ponto chave deste trabalho, onde a


procura por uma atmosfera que está sempre se transformando e que não se territorializa é a
possibilidade de gerar estes estados de impermanência. Mas antes disso, é necessário refletir
sobre uma produção artística, seja de ordem performativa ou coreográfica, que se assuma fora
de uma lógica representativa. André Lepecki em “Exaurir a Dança - performance e política
do movimento”, ao analisar a obra do coreógrafo Jérôme Bel, trata desta lógica da
representação acerca da produção artística, onde ele afirma que a teoria crítica e a
desconstrução “precipitaram e participaram desta fratura epistemológica do efeito de
realidade da representação de modo a revelar como ela reproduz, discursiva e
performativamente, formas de dominação.” (LEPECKI, 2017, p. 93)
A necessidade de subverter esta lógica da dominação representativa dentro da
produção em dança é o que justifica a feitura deste trabalho. Ainda sobre a análise da obra de
Jerôme Bel, Lepecki assinala a forma como o artista realiza uma crítica da representação em
suas obras coreográficas:
O que distingue o seu modo específico de criticar o representacional é sua
insistência em desvelar como a coreografia participa de modo particular da
“submissão da subjetividade” efetuada pela representação dentro das estruturas
modernas do poder e como dela se faz cúmplice (Foucault, 1997: 332).47 O
trabalho de Bel articula a seguinte proposição: para pensar a relação entre
coreografia, representação e subjetividade, é preciso entender a representação não
só como algo específico ao mimético (isto é, ao que é propriamente teatral no
teatro), mas considerá-la como uma força ontohistórica, uma força que no Ocidente
aprisiona a subjetividade dentro de uma série de equivalências isomórficas.
(LEPECKI, 2017, p.94)

Este assujeitamento é o que impossibilita a ruptura para a criação de um outro corpo


que dança, podendo ser tanto o Corpo que não pertence (citado anteriormente neste projeto de
pesquisa), assim como qualquer outro que se subjetiva através da não identificação.
Aprisionar a subjetividade é também aprisionar as formas de produzir arte.

Mas se o fim da representação permanece um projeto político e estético


sem fim, a exploração dos seus meios permanece uma necessidade – dado o
enredamento da representação com as formas hegemônicas da
sujeição/subjetivação. [...] Tudo mostra como a representação opera como uma
força isolante e centrípeta que define constantemente seu espaço como pura
interioridade. [...] se a representação facilita uma experiência do “fora”, é apenas
como uma relação subordinada ao “dentro” que a representação assegura, preserva e
reproduz. E o que a representação reproduz infinitamente é ela própria – a
representação reproduz seu poder de espelhar perpetuamente sua auto-sustentação.
[...] Bel explora e desestabiliza o circuito fechado da representação ao bagunçar os
isomorfismos reificados que a representação estabelece entre presença, visibilidade,
personagem, nome, corpo, subjetividade e ser – todos conceitos funcionalmente
equivalentes para a representação e que sustentam a fantasia da unidade do sujeito.
(LEPECKI, 2017, p.98-100)

Negar a unidade do sujeito é, automaticamente, repensar as multiplicidades que


habitam um só corpo. Esse exercício se torna necessário para a prática artística, assim como
convoca a percepção dos fatores externos (sociais, econômicos, políticos, etc.) que
influenciam, trocam e transformam este corpo. O corpo-consciência de José Gil, ou o Corpo
sem Órgãos de Deleuze e Guattari são dispositivos de ativação de memória, consciência,
transitoriedade e, principalmente, de criação. “Uma multiplicidade se define, não pelos
elementos que a compõem em extensão, nem pelas características que a compõem em
compreensão, mas pelas linhas e dimensões que ela comporta em intensão" (DELEUZE e
GUATTARI, 2007, p. 27). Segundo Lepecki (2017) “intensão” aqui tratada é a ativação de
um afeto, uma afecção que se dá no momento em se encontra o corpo-consciência de Gil:

Abrir o corpo é, antes de mais, construir o espaço paradoxal, não empírico,


do em-redor do corpo próprio. Espaço paradoxal que constitui toda a textura da
consciência do corpo-consciência: um espaço-à-espera de se conectar com outros
corpos, que se abrem por sua vez formando ou não cadeias sem fim. [...] O espaço e
o corpo-consciência são afectivos porque neles se formam turbilhões poderosos de
vida, de que os afectos de vitalidade constituem o estrato subjacente. [...] Abrir o
corpo é criar a zona em que o corpo, visto do exterior do interior, entra em contágio
com o mundo. (GIL, 2004, p. 11)

Abrir o corpo para perceber as multiplicidades que se criam por dentro é também se
abrir para um estado impermanente de experimentação criativa em contato e contágio com o
mundo, pois essas multiplicidades estão sempre criando outros corpos, outros significados,
outros movimentos e, sobretudo, outras danças.

Assim como Bel mobiliza a singularidade para propor como a


subjetividade é sempre uma multiplicidade, eu diria que ele mobiliza o parado e a
lentidão para propor como o movimento não é só uma questão de cinética, mas
também de intensidades, de criação de um campo intensivo de micropercepções.
Entender o movimento como intensidade abre espaço para uma crítica da
participação da representação no continuum ontopolítico entre representação e
subjetividade [...] (LEPECKI, 2017, p.112)

Desaprisionar a subjetividade a partir dos estados e impermanência, não-lugar e


desterritorialização, se justifica aqui não apenas como um ato criador ou como um dispositivo
de renovação coreográfica e performativa, mas principalmente como uma ativação política da
autonomia de si que se subjetiva fora da lógica da homogênese identitária, em que o artista
criador se afeta, se transforma, se reescreve, se relaciona e habita a própria multiplicidade no
encontro com o outro e o mundo, fora e dentro de si.
Desaprisionar a subjetividade é desaprisionar o ato criador do sistema de
representação.
OBJETIVOS

O propósito deste estudo se dá na realização de uma pesquisa teórica, corporal e


cênica que baseie os estados de não-lugar e impermanência como dispositivos de criação
artística no campo da dança e da performance.
Neste sentido serão objetivos específicos: revisão bibliográfica que amplie as
possibilidades de investigação e análise do tema proposto, articulando tais conceitos na
incorporação de práticas corporais dentro de uma composição artística e suas confluências
educacionais; realização de um levantamento e análise crítica de obras coreográficas e
performances que abordem a temática, identificando os elementos formais, os recursos de
movimento e as técnicas utilizadas pelos artistas; investigação corporal dos processos de
improvisação, criação e preparação física, a fim de desenvolver uma prática de
experimentação dentro da temática abordada; elaboração e criação de um trabalho artístico
dentro do campo da performance, da dança ou das artes visuais que explore a temática
proposta como elemento estético central da expressão artística.

PERSPECTIVAS PARA O MARCO TEÓRICO

Para tratar destes estados mobilizadores de criação, é importante voltar um pouco


atrás na narrativa e abordar primariamente a compreensão deste corpo que se move, dança e
performa. Aqui cabem as propostas de José Gil acerca do corpo paradoxal, onde trata-se de
um corpo que produz multiplicidades ao se perceber também um espaço ampliado de
percepções, afirmando que a dança produz este espaço do corpo implicando forças e se
alimentando de tensões (GIL, 2001).

O bailarino contempla as imagens virtuais do seu corpo a partir dos


múltiplos pontos de vista do espaço do corpo. Paradoxalmente, a posição narcísica
do bailarino não exige um “eu”, mas um outro corpo (pelo menos) que se desprende
do corpo visível e dança com ele. Graças ao espaço do corpo, o bailarino enquanto
dança cria duplos ou múltiplos virtuais do seu corpo que garantem um ponto de
vista estável sobre o movimento. [...] Dançar é produzir duplos dançantes. (GIL,
2001, p. 62-63).

Quando se denomina um “eu” e um “outro” há uma ação de referencialidade e até


mesmo um afeto. A figura do outro causa estranhamento, pois é onde encontramos a
diferença e a não-identificação. O “eu” sempre buscará o “mesmo”, aquele com quem se
identifica e se vê refletido, tecendo uma narrativa autocentrada e se esquecendo de que ele
também é o “outro”.
Gil (2009) afirma que a subjetividade tem a ver com a capacidade de afetar a si
mesmo, ou seja, “a força de se auto-afectar”, mesmo assim, depende de uma ação exterior ao
sujeito. Olhar para esses múltiplos virtuais aos quais Gil se refere torna-se um bom ponto de
partida para esta pesquisa, pois ao entender que esta multiplicidade está intrínseca ao
movimento dançado, logo, ela se conecta imediatamente à produção de espaços internos e
externos de impermanência experienciados por um corpo que se subjetiva na diferença e na
inadequação. “O movimento dançado cria muito naturalmente o espaço dos duplos e das
multiplicidades dos corpos, e dos movimentos corporais. Um corpo isolado que começa a
dançar, povoa progressivamente o espaço de uma multiplicidade de corpos” (GIL, 2001,
p.64).
Povoar o espaço de uma multiplicidade de corpos é o caminho a se desenvolver nesta
pesquisa, é o que torna possível o desaprisionamento de uma criação artística que reproduz a
lógica da homogênese. É necessário repetir a reflexão de preencher (e também esvaziar) o
próprio corpo das multiplicidades que o constroem e com elas, criar outras formas de criar.

METODOLOGIA

A ideia é aprofundar a busca por materiais bibliográficos que tragam essas pontes de
compreensão entre corpo, impermanência, não-lugar e (des)territorialização. Alargando o
arcabouço sobre o assunto por outros campos e áreas de conhecimento, investigando contatos
e apoios na performance, na dança, nas artes visuais e na filosofia. Esse aprofundamento visa
facilitar a elaboração de uma pesquisa estética e corporal, assim como um trabalho artístico
de natureza coreográfica ou performativa.
Abaixo detalham-se alguns procedimentos para o desenvolvimento da pesquisa:

● Revisão do material bibliográfico: Realizar uma extensa revisão bibliográfica sobre os


conceitos de não-lugar e impermanência, tanto no contexto da dança e performance
quanto em outras áreas relacionadas, como filosofia, sociologia e estudos culturais.
Analisando e selecionando teorias relevantes e abordagens metodológicas existentes
que possam contribuir para a compreensão e aprofundamento do tema proposto, a fim
de estabelecer conexões entre os conceitos teóricos e as práticas corporais, visando a
incorporação desses elementos na criação artística.

● Levantamento de obras: Investigar o trabalho de coreógrafos, diretores, performers,


artistas plásticos e visuais que abordem a temática proposta nesta pesquisa,
explorando suas formas de trabalho e criação artística, assim como as metodologias
de ensino e, principalmente, de composição coreográfica. O objetivo é compreender
através de uma análise crítica, como os estados de impermanência e não lugar podem
ser utilizados como estímulos criativos e influenciar a relação entre os artistas em
cena, identificando possíveis padrões ou tendências nas abordagens artísticas
relacionadas ao tema, a fim de fornecer subsídios para a prática e criação artística
subsequente.

● Investigação Prática/Corporal: Desenvolver uma prática de experimentação em dança


e performance utilizando técnicas de improvisação, investigando diferentes
abordagens de preparação física, assim como a intersecção entre as linguagens da
performance, dança e do audiovisual. A ideia é explorar como os estados de
impermanência e não-lugar podem ser utilizados para criar uma experiência artística
imersiva, entendendo como a qualidade do movimento, a presença em cena e a
capacidade de adaptação podem ser influenciadas por tal temática. Este estudo
corporal pretende propor laboratórios de criação, oficinas e ensaios abertos ao
público com o objetivo de testar tais propostas metodológicas também no campo da
arte educação.

● Criação do Trabalho Artístico: Utilizar os conhecimentos adquiridos por meio da


revisão bibliográfica, análise crítica de obras e investigação corporal para criar uma
obra artística autoral que explore o campo da performance, da dança ou das artes
visuais (permeando a fotografia ou a produção audiovisual) como meios de expressão
artística que possam incorporar os estados de não-lugar e impermanência como
elemento estético central. Experimentar diferentes abordagens, técnicas e recursos
artísticos para materializar a temática proposta. Documentar e refletir sobre o
processo criativo, registrando os desafios, descobertas e resultados alcançados.

● Escrita da Dissertação.

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