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ANTROPOLOGIAS,
DIVERSIDADES
E URGENCIAS
10 anos de pesquisa no PPGA/UFPB
Direitos autorais 2022 – Editora UFPB.
Catalogação na publicação
E-book.
Modo de acesso : http://www.editora.ufpb.br/
sistema/press
ISBN 978-65-991689-7-0
http://www.editora.ufpb.br
E-mail: editora@ufpb.br
Fone: (83) 3216.7147
SEÇÃO 3
IDENTIDADES, NARRATIVAS E
DESLOCAMENTOS 146
OS WARAO NA PARAÍBA, A
EMERGÊNCIA DE UM
“PROBLEMA SOCIAL” 200
Rita de Cássia Melo Santos
Luciana Menéndez
Valclécia Soares Bezerra
PENSANDO SOBRE
RETOMADAS INDÍGENAS NO
LESTE-NORDESTE
Amandda Figueiredo da Cruz
Diogo Francisco Cruz Monteiro
Estêvão Martins Palitot
Kelly Emanuelly de Oliveira
Direito de resistência
O direito de resistência assenta suas bases na própria
ordem constitucional: emerge como um mercanismo
de autodefesa da sociedade contra omissões ou ações de
autoridade pública que atentem contra o pacto constitucional,
a exemplo de atos atentatórios aos direitos fundamentais
(BUZANELLO, 2001). Nessa esteira, Bobbio (1992) conceitua
o direito de resistência como um direito secundário, que
serviria para a defesa de direitos primários. As retomadas
emergem em um contexto de inação do Estado brasileiro
em demarcar terras indígenas, ocasionando o acirramento
da violência contra esses povos e seus territórios, espaços
imprescindíveis à reprodução física e cultural dos grupos,
Considerações �nais
As retomadas, para além de constituírem um
“instrumento de pressão”, acionado não somente para levar
a termo o procedimento demarcatório pelo órgão indigenista
o�cial (Funai), constituem o cerne de uma forma de ação
dedicada à construção de um projeto coletivo.
Nesse sentido, apesar das retomadas às vezes
apoiarem a sua legitimidade em atos administrativos da
FUNAI, sua inspiração não resulta desses atos. As retomadas
constituem uma forma pós-tutelar de exercício da política
UN. Dept. for pub. Inf. The United Nations and the
situacion in the former Yugoslavia. Nova York: 1994.