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DOC- 18 – Minusa Forest

versão 01/2012

GUIA PRÁTICO

OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
BÁSICA DO MATERIAL RODANTE
PAG
1 - HISTÓRIA DA EMPRESA MINUSA 03
2 - SEGUIMENTO FLORESTAL E AGRÍCOLA 03
3 - PRINCÍPIOS DA MINUSA FOREST 03
4 - PRECAUÇÕES GERAIS 04
SUMÁRIO

4.1 - REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA 04


4.2 - QUANDO ENCONTRAR ALGUM PROBLEMA 04
4.3 - ROUPA DE TRABALHO E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 04
4.4 - EXTINTOR DE INCÊNDIO E ESTOJO DE PRIMEIROS SOCORROS 05
4.5 - EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA 05
4.6 - NÃO ENCOSTE EM ARTICULAÇÕES 05
4.7 - PROCEDIMENTO CORRETO DE SUBIR E DESCER DA MÁQUINA 05
4.8 - É PROIBIDO PESSOAS NOS IMPLEMENTOS 05
4.9 - MANTENHA A MÁQUINA LIMPA 05
4.10 - ESTACIONANDO A MÁQUINA 06
4.11 - PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS E EXPLOSÕES 06
4.12 - MANTENHA O LOCAL DE TRABALHO LIMPO E ORGANIZADO 06
4.13 - USE FERRAMENTAS APROPRIADAS 06
4.14 - TRABALHOS DE SOLDA 06
4.15 - CUIDADOS COM O MEIO AMBIENTE 06
5 - CUIDADOS E DEVERES DA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO 07
6 - VARIÁVEIS CONTROLÁVEIS E NÃO CONTROLÁVEIS 07
7 - ACELERADORES DE DESGASTES 07
8 - IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO 07
9 - CUIDADOS NA MONTAGEM DOS COMPONENTES DO M.R 08
10 - RESULTADO ESPERADO 08
11 - CONDIÇÕES DE TERRENO 09
12 - MATERIAL RODANTE 10
13 - ELOS 11
13.1 - Análise de Desgastes 12
14 - BUCHAS 15
15 - PINOS 15
15.1 - Análise de Desgastes 16
16 – SAPATAS 19
16.1 - Estrutura da sapata da esteira 19
16.2 - Análise de Desgastes 21
17 – ROLETE INFERIOR, SUPERIOR, RODA GUIA E MOTRIZ 22
17.1 - Principais funções dos componentes 22
18 – ROLETE INFERIOR 23
19 – ROLETE SUPERIOR 24
19.1 - Análise de Desgastes 25
20 – RODA GUIA 27
20.1 - Análise de Desgastes 28
21 – RODA MOTRIZ 29
21.1 - Padrão de desgaste da roda motriz 29
21.2 - Análise de Desgastes 30
22 – TENSIONAMENTO 32
23 – MONITORAMENTO 33
24 – CORRENTES FLEXÍVEIS 35
25 – PERGUNTAS E RESPOSTAS 40
26 – REFERÊNCIAS 42

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Este manual foi desenvolvido com a finalidade de contribuir de forma qualitativa, através de
informações técnicas de avaliação, cuidados e manutenções básicas necessárias para o
bom desempenho do equipamento, assegurando desta forma uma maior vida útil do
componente para o cliente.
INTRODUÇÃO

1 - História da Empresa Minusa

A Minusa Trator peças Ltda. iniciou suas atividades como oficina mecânica, especializada
na manutenção de tratores, a fim de prestar assistência técnica aos madeireiros e
agricultores da região serrana de Santa Catarina. Devido às dificuldades em adquirir
componentes ou peças necessárias para o conserto de tratores, visto que na época eram
quase todos importados, passou a desenvolver e fabricá-las para reposição.
Em 1972, com a criação do distrito industrial mudou-se para uma área de 20.000 m² doada
pela Prefeitura através de incentivos fiscais. Atualmente encontra-se instalada em uma área
de 100.000 m², dos quais 20.000 m² são área construída, concentrando as células de
fundição, forjaria, laminação, usinagem e tratamento térmico, laboratório e toda logística
necessária a suas atividades.
Ao longo do tempo surgiu a necessidade de abrir novos mercados, com isto a Minusa
iniciou a abertura de vinte e três filiais, distribuídas nas principais regiões brasileiras. O
mercado em que atua é o ramo de autopeças, no seguimento de peças para tratores, nesse
segmento é a maior indústria do hemisfério sul, dominando 65% do mercado brasileiro de
peças de reposição para tratores de esteiras.
No ano de 1.996, implantou em seus processos produtivos o sistema de Gestão pela
Qualidade Total -GQT, a qual obteve em 1.998 a certificação de acordo com as normas ISO
9001 versão 2000, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

2 - Seguimento Florestal e Agrícola

Com a necessidade de crescimento e expansão em função da alta demanda no mercado


Florestal e Agrícola por peças e serviços especializados, a empresa Minusa Trator peças
visualizou uma nova oportunidade neste seguimento, ou seja, suas unidades antes
somente direcionados para os ramos de construção civil, pavimentação, mineração e
terraplanagem, parte neste momento com um projeto diferenciado e inovador no
seguimento florestal e agrícola, caracterizando peças e serviços em Gestão e Fidelização
para os clientes, e com isto, torna-se necessário a estruturação de uma área totalmente
independente denominada Minusa Forest, com estruturas físicas e humanas capacitadas e
direcionadas para atender o cliente com agilidade, qualidade e satisfação.

3 - Princípios da Minusa Forest

• Produzir qualidade;
• Ética e respeito ao cliente;
• Agregar valor ao produto;
• Fornecer soluções para o cliente;
• Agilidade, comprometimento e inovação;
• Confiabilidade no equipamento;
• Aumento da vida útil do componente;
• Satisfazer a necessidade do cliente;
• Logística diferenciada;
• Competitividade no mercado;

3
Este guia prático fornece regras e orientações que irão auxiliá-lo na utilização deste
equipamento de maneira segura e eficiente. As precauções apresentadas neste guia devem
ser seguidas em todos os momentos durante os trabalhos de operação e manutenção da
máquina. A maioria dos acidentes é causada pela falha no cumprimento às regras
fundamentais de segurança, no que diz respeito à operação e manutenção das máquinas.
Os acidentes podem ser evitados quando há o conhecimento prévio das condições que
SERURANÇA

poderão eventualmente oferecer risco aos trabalhos de operação e manutenção.

Leia as precauções descritas neste guia, também nos manuais dos fabricantes e nos
decalques de segurança colados na máquina e certifique-se de ter entendido com clareza.
Ao operar ou fazer qualquer serviço de manutenção na máquina, siga rigorosamente essas
precauções.

4 - Precauções Gerais
4.1 - REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA
• Apenas pessoal treinado e autorizado pode operar ou realizar a manutenção na máquina.
• Ao operar ou realizar a manutenção na máquina, redobre a atenção próximo a rede
elétrica. Siga todas as normas, precauções e instruções de segurança contidas no manual
do fabricante
• Caso você esteja sob efeito de álcool ou medicamentos, haverá uma diminuição de seus
Reflexos, portanto, não opere ou realize manutenção na máquina se estiver nesse estado a
fim de que sua vida e a de seus colegas de trabalho não seja colocada em perigo.
• Sempre que for trabalhar com outro operador ou alguém encarregado de orientar o tráfego
no local de trabalho, combine previamente com seu companheiro os sinais de mão que
serão usados.

4.2 - QUANDO ENCONTRAR ALGUM PROBLEMA


Se você detectar algum problema na máquina quando estiver operando ou realizando
manutenção, como, por exemplo, ruído, vibração ou odor estranho, instrumentos acusando
problemas, presença de fumaça, vazamento de óleo, ou os dispositivos de alerta do monitor
estiverem sinalizando qualquer anormalidade, pare o equipamento imediatamente, afogue o
motor e desligue a chave geral, após feito relate o fato a seu encarregado a fim de que as
medidas corretivas necessárias sejam tomadas. Só volte a operar a máquina após as
solução da anormalidade.

4.3 - ROUPA DE TRABALHO E EQUIPAMENTOS DE


PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Não use roupas e acessórios folgados ou soltos (adornos e vestimentas), já que existe o
risco deles enroscarem nas alavancas de controle ou outras peças salientes.
• Se você possuir cabelo comprido e usá-lo para fora de seu capacete, ele poderá prender
em algum lugar na máquina. Para evitar que isso aconteça, prenda seu cabelo e tome
cuidado para ele não enroscar em nada.
• Use sempre capacete e botas de segurança, se a natureza do
trabalho que for executar assim exigir, use também óculos de
segurança, máscara respiratória, luvas, perneiras, protetores
auriculares e cinto de segurança ao operar ou realizar a
manutenção na máquina.
• Antes de usar os equipamentos de proteção individual de que
necessitará, certifique-se de que os mesmos encontram-se em
perfeitas condições de uso.

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4.4 - EXTINTOR DE INCÊNDIO E ESTOJO DE PRIMEIROS
SOCORROS
Para estar pronto para agir na hipótese de ocorrer algum acidente
SERURANÇA

com vítima ou um incêndio, tome sempre as seguintes precauções:


• Certifique-se da existência de extintores de incêndio no local
de trabalho e leia os decalques colados em seus corpos para
saber como usá-los em caso de emergência.
• Realize inspeções e manutenções periódicas para manter os
extintores de incêndio permanentemente em condições de
uso.
• Providencie um estojo de primeiros socorros para a cabina
de sua máquina. Verifique periodicamente e adicione itens se
necessário.

4.5 - EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA


• Confirme se todas as proteções, tampas e espelhos estão em suas posições
corretamente, providenciando imediatamente o reparo caso estejam apresentando algum
dano.
• Procure entender o funcionamento dos dispositivos de segurança e utilize-os
corretamente.
• Nunca remova qualquer dispositivo de segurança. Mantenha-os sempre em perfeitas
condições de uso.

4.6 - NÃO ENCOSTE EM ARTICULAÇÕES


Se houver aberturas ao redor da máquina, ela poderá alterar de acordo com o movimento
de uma articulação. Assim, se alguém tocar nestas aberturas há o risco de sofrer sérios
ferimentos. Portanto, não permita que ninguém se aproxime destas regiões.

4.7 - PROCEDIMENTO CORRETO PARA SUBIR E DESCER


DA MÁQUINA
• Nunca suba ou desça da máquina saltando. Jamais tente subir ou descer de uma máquina
em movimento.
• Se a máquina começar a se mover sem que o operador esteja em sua cabina, não salte
para a cabina para tentar parar a máquina.

4.8 - É PROIBIDO PESSOAS NOS IMPLEMENTOS


• Ninguém pode ficar no equipamento de trabalho ou em qualquer outro implemento. Há um
sério risco de cair e sofrer sérios ferimentos.

4.9 - MANTENHA A MÁQUINA LIMPA


• Sempre remova os resíduos, terras e outras sujeiras do equipamento.
• Caso você realize uma inspeção ou um serviço de manutenção com a máquina ainda suja
de lama ou de óleo, há o risco de você escorregar e cair ou então de entrar sujeira ou lama
em seus olhos. Para evitar imprevistos desse tipo, mantenha a máquina sempre limpa.
• Utilize sempre ferramentas e equipamentos recomendados para realizar a remoção de
resíduos.

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4.10 - ESTACIONANDO A MÁQUINA
• Estacione a máquina sobre um piso firme e plano.
• Selecione um local longe de rede elétrica, arvores com risco
de tombamento, risco de inundação e locais que favoreçam
SERURANÇA

a propagação de chamas.
• Baixe o implemento de trabalho completamente ao solo.
• Antes de deixar a máquina, TRAVE a alavanca de trava de segurança e desligue o motor.

4.11 - PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS E EXPLOSÕES


• Remova as folhas secas, lascas de madeira, pedaços de papel, poeira ou outros materiais
inflamáveis acumulados ou presos em torno do motor, do coletor de escape, do silencioso,
da bateria, ou do interior das tampas inferiores.
• Não fume no interior da floresta ou dentro do talhão;
• Não solde ou use maçarico para cortar canos ou tubos que contenham líquidos inflamáveis.
• Demarque sempre o perímetro de trabalho.

4.12 - MANTENHA O LOCAL DE TRABALHO LIMPO E


ORGANIZADO
• Não deixe martelos ou outras ferramentas espalhados pelo local de trabalho. Limpe toda a
graxa, óleo ou outras substâncias que possam fazer você escorregar. Mantenha o local de
trabalho sempre limpo e organizado para que possa realizar com segurança qualquer
operação. Não seguindo esta recomendação, você estará sujeito a acidentes.
4.13 - USE FERRAMENTAS APROPRIADAS
Use somente ferramentas apropriadas ao serviço que irá fazer e procure
utilizar as ferramentas de maneira correta. O emprego de ferramentas de
baixa qualidade, defeituosas ou inadequadas à aplicação pode machucá-lo com gravidade.

4.14 - TRABALHOS DE SOLDA


Operações de solda devem sempre ser executadas por um soldador qualificado e em um
local dotado dos equipamentos apropriados. Qualquer trabalho de solda exige pessoas com
a devida qualificação, uma vez que ele envolve o risco de desprendimento de gases,
incêndio ou fluxo de eletrocussão. Ver manual do fabricante.

4.15 - CUIDADOS COM O MEIO AMBIENTE


Durante a operação ou manutenção de componentes e equipamentos deverão ser
tomadas os seguintes cuidados e precauções para não agredir o meio ambiente, tais
como:

• Evitar derramamento de óleo e graxa sobre o solo;


• Evitar riscos de incêndios;
• Evitar fazer manutenções próximo as áreas de preservação;
• Não jogar resíduos ou materiais no solo;
• Durante o deslocamento não atropelar animais;
• Manter as regulagens do equipamento sempre em condições recomendas a fim de não
degradar o meio ambiente.

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5 - CUIDADOS E DEVERES DA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
• Efetuar Limpeza do equipamento;
• Operação e manutenção segura;
• Re-aperto de porcas e parafusos;
• Substituição de componentes danificados;
• Aferição de tensionamento e pressões;
INSTRUÇÕES

• Evitar grandes deslocamentos de forma continua;


• Evitar impactos desnecessários;
• Evitar manobras improdutivas;
• Cuidados com componentes travados (roletes) existe risco de soltar fagulhas e ocasionar um
incêndio.
6 - VARIÁVEIS CONTROLÁVEIS E NÃO CONTROLÁVEIS
Variáveis controláveis Variáveis não controláveis

• Manutenção preventiva do equipamento; • Tipos de solo – arenoso, argiloso,


(Tensionamento, pressão e re-aperto calcário, rochoso, humoso, siltoso e outros;
correto do conjunto de esteiras ou pneus, • Condições de solo – permeabilidade,
folgas no implemento, empenamento seco, úmido, encharcado, várzea e outros;
estrutural e outros) • Topografia do terreno – plano, ondulado,
• Qualidade de peças e serviços; acidentado, aclive, declive, semi ondulado,
• Operação correta do equipamento erosões e outros;
( Velocidade e distancia de Deslocamento • Extras – irregularidade nos terrenos com
do equipamento) obstáculos.
• Acumulo de resíduos, terras e sujeiras. • Abrasão – baixa, moderada ou alta;

7 - ACELERADORES DE DESGASTES

• Acúmulo de terra compactada, areia, argila, pedras, tocos, água , galhos e outros;
• Parafusos quebrados, soltos ou falta de re-aperto;
• Travamento de roletes;
• Tensionamento da esteira abaixo do padrão;
• Deslocamento contínuo excessivo;
• Operação avante com o aro motriz;
• Desgaste nas sapatas;
• Falta de protetores laterais, sapatas e roletes;
• Qualidade do componente;
• Qualidade da montagem e manutenção;
• Impactos diretos com obstáculos;
• Operação lateral e declive;
• Manobras improdutivas e outros.
• Velocidade de operação.

8 - IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO

• Atuação com a manutenção preventiva e preditiva;


• Seguir o plano de manutenção programada pela companhia;
• Utilizar componentes de qualidade superior;
• Uso de ferramentas adequadas em intervenções;
• Ter conhecimento das boas práticas de manutenção;
• Utilizar sempre referência de regulagens originais;

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9 - CUIDADOS NA MONTAGEM DOS COMPONENTES DO
MATERIAL RODANTE
• Verificação das condições e qualidade dos componentes a serem instalados;
• Inversão de lado da esteira e sapatas;
INSTRUÇÕES

• Sujeiras nos mancais de roletes ( verificação de travamento);


• Efetuar o teste de pré carga nos roletes durante a instalação;
• Fixação e aperto de parafusos dos roletes;
• Verificar condições das sapatas, condição de re-aperto do parafusos;
• Verificar o alinhamento e condição do suporte do rolete superior;
• Inspecionar se existe atrito entre componentes e proteções;
• Atentar a condição da roda motriz ou seguimentos usados com buchas novas;
• Formação de pares de roletes levando em conta o percentual de desgaste;
• Parafusos de roletes quebrados;
• Alojamento dos roletes com folgas;
• Alinhamento roda guia;
• Alinhamento do roda motriz ou seguimento;
• Verificação da folga dos mancais da roda guia;
• Teste do cilindro e válvula de tensionamento;
• Tensionamento da esteira;
• Verificação de trincas e alinhamento do sistema de truck;

10- RESULTADO ESPERADO QUANDO APLICADOS


CORRETAMENTE OS PRECEITOS TÉCNICOS.

• Redução de custo de manutenção;


• Aumento da disponibilidade mecânica do equipamento;
• Aumento da produtividade;
• Confiabilidade no equipamento;
• Aumento da vida útil dos componentes;
• Menor tempo médio entre reparos;
• Maior tempo médio entre falhas;
• Maior eficiência operacional;

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11 - CONDIÇÕES DE TERRENO
Todos os efeitos de aplicação são influenciados pelo terreno em que se faz o trabalho.
Abaixo estão relacionados os efeitos mais comuns independente do grau de impacto ou das
condições de operação.
INSTRUÇÕES

Trabalhos Ladeira – Abaixo

Deslocam para a frente o apoio do peso, causando mais desgaste nos roletes de esteira e
superiores dianteiros. Devido ao sistema da esteira, trabalhos em marcha avante reduzem o
desgaste das buchas e rodas motrizes.

Trabalhos em Ladeira Acima

Deslocam para trás o apoio do peso, causando mais


desgaste nos roletes traseiros e aumentando o desgaste
das buchas e rodas motrizes no lado de marcha avante.

Trabalhos a Meia – Encosta

Deslocam para o lado mais baixo da máquina o apoio do


peso, isto aumenta a taxa de desgaste nos componentes
no lado mais baixo da máquina. Este efeito inclui as laterais
da pista, flanges dos roletes e roda guia, ponta das
buchas e garras das sapatas.

Trabalhos em Terreno Abaulado

Os componentes recebem mais carga no lado interno.


Resulta maior desgaste nos elos internos, pista interna
dos roletes e rodas guia, extremidade interna das garras
e, em casos extremos, no lado interno do contato entre
buchas e roda motriz.

Trabalhos em Depressões

Os componentes recebem mais carga no lado interno.


Resulta maior desgaste dos elos externos, pista externa
dos roletes e roda guia, extremidade externa das garras
e, em casos extremos, no lado externo do contato entre
buchas e roda motriz.

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12 - Material Rodante
Através de qual força um veiculo se movimenta?
Hoje em dia, os motores a combustão são modernos, mas o
CONCEITOS

principio de seu funcionamento ainda depende de uma forma


TÉCNICOS

mecânica para efetuar o giro de componentes.


Em sua estrutura dependem de um conjunto de componentes para
fazê-lo como por exemplo uma correia e um conjunto de polias
que através de sua interligação uni-se as peças fazendo com que
o motor de desloque em giro.

A estrutura da correia e polia do motor é


semelhante à do material rodante empregado em
um trator de esteiras. A polia e a correia
correspondem, em seu aspecto funcional, à roda
guia e aos elos das esteiras respectivamente. Os
elos das esteiras tal como uma correia usada para
interligar as polias e girar o motor, também estão
sujeitos à ação de tensões e forças de atrito e
flexão de grande magnitude. A engenharia da
Minusa, projetou-os, tendo em mente conferir-lhes
resistência a essas altas tensões.

Entre as máquinas pesadas que utilizam tais materiais rodantes de esteiras estão
principalmente, os tratores de esteiras, as carregadeiras de esteiras, colheitadeiras e as
escavadeiras hidráulicas.

Conjunto de
sapatas e
esteiras Roda
Roda Rolete Rolete motriz
guia inferior superior

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13 - Elos

A propriedade essencialmente implícita nos elos é que o desgaste da pista não deve ser
CONCEITOS

rápido, uma corrente tem em seu elo mais fraco o ponto de menor resistência, assim
TÉCNICOS

sendo, um elo não deve trincar facilmente.

Pista do elo
da esteira

pino
bucha elo

Em razão do constante contato com o solo, o elo está sujeito a desgaste e cisalhamento,
tendo ainda que suportar os picos de carga transmitidos pelos roletes quando a máquina
recua e avança durante a operação. Para que tenha maior vida útil, o elo é feito de
materiais tenazes de modo que a pista atenda à estringência especificada. Na fabricação
de um conjunto de elos, a bucha e o pino são instalados nas extremidades do elo, para
que a bucha e o pino não escapem do elo, eles são montados por encaixe sob pressão.
A espessura da região prensada do elo é maior, a fim de que se tenha uma área de
contato mais ampla, como resultado, uma intensificação da aderência.

Desgaste
Desgaste não uniforme da pista do elo não uniforme Porção do elo
submetida
Em razão do constante contato com a roda guia e os ao tratamento
roletes, a pista do elo tende a gastar de maneira não térmico especial
uniforme. Para aumentar sua dureza, a pista é de têmpera
submetida a um tratamento térmico especial de
têmpera que se estende até uma profundidade
adequada para dificultar a ocorrência de desgaste não
uniforme.

Quando há um alongamento maior que o normal


do passo do elo, poderão ocorrer os seguintes
problemas

1. O conjunto de elos da esteira fica frouxo e o rolete inferior e a roda motriz


desprendem-se do elo, o que, na pior das hipóteses, pode produzir trincas no conjunto
do elos.
2. A roda motriz não acopla no elo e a vida útil dos dentes da roda motriz diminuirá
significativamente, sem falar na aceleração do processo de desgaste da superfície da
bucha.
3. O elo tende a colidir facilmente com o rolete superior, reduzindo assim, a vida útil do
mesmo.

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13.1 - Análise de Desgastes

DESGASTE REGULAR DA PISTA


CONCEITOS
TÉCNICOS

DESCRIÇÃO: Desgaste normal devido ao atrito gerado


entre as pistas de rolamento dos elos e dos roletes.

MEDIDAS CORRETIVAS: Recondicionamento quando


atingido o limite para recuperação, afim de evitar
interferência do ressalto para encaixe do pino com o
flange do rolete.

DESGASTE IRREGULAR DA PISTA

DESCRIÇÃO: O desgaste verificado nos pontos 1 e 2 é


devido a menor área disponível para contato com os
roletes. O desgaste no ponto “3” é devido ao contato
com a roda guia ao passar em torno dela. Esteira mal
tencionada acelera este tipo de desgaste.

MEDIDAS CORRETIVAS: Recondicionamento dos elos


quando o desgaste em qualquer dos três pontos atingir o
limite para recuperação e manter a esteira com o
tensionamento correto.

DESGASTE LATERAL DA PISTA

DESCRIÇÃO: Desgaste causado pelo contato dos elos


com os flanges dos roletes e das rodas guias e a face
lateral das rodas motrizes. Ocorre quando a máquina
trabalha em qualquer das seguintes situações: Trabalhos
contínuos em meia-encosta, curvas bruscas e freqüentes
só para um lado, desalinhamentos, sapatas empenadas e
esteiras frouxas.

MEDIDAS CORRETIVAS: Desgaste pouco acentuado é


considerado normal, muito acentuado é anormal e pode
exigir recuperação prematura dos elos, roletes e rodas
guias. Aconselhável uma revisão das técnicas de
operação.

DESGASTE NA FACE INTERNA

DESCRIÇÃO: Desgaste devido ao atrito gerado entre as


faces internas dos elos no ponto de articulação da
esteira. Considerado normal até certo ponto, é acelerado
pela penetração de agentes abrasivos.

MEDIDAS CORRETIVAS: Quando excessivo provoca


sinuosidade da esteira e requer substituição dos elos.

12
Análise de Desgastes
DESGASTE NO RESSALTO PARA ENCAIXE DO PINO
CONCEITOS

DESCRIÇÃO: TIPO 1 – Desgaste anormal causado pelo


TÉCNICOS

contato com o flange dos roletes provocando ovalização


do furo de encaixe do pino, deformação do flange dos
roletes e trincas, conseqüentemente afrouxando os pinos.
Este tipo de desgaste é provocado por excesso de
desgaste na pista de rolamento dos roletes.

MEDIDAS CORRETIVAS: Recuperação de ambos os


componentes antes que ocorra interferência.

DESCRIÇÃO: TIPO 2 – Desgaste anormal causado pela


interferência dos protetores da esteira devido a
empenamento, esteira frouxa ou sinuosa, flanges dos
roletes excessivamente desgastados ou trabalhos
freqüentes em meia-encosta. Este desgaste pode
eliminar o poder de retenção dos elos.

MEDIDAS CORRETIVAS: Verificação de folga da esteira,


reparação dos protetores, giro de pinos e buchas,
revisão das técnicas de operação.

TRINCAS NOS ELOS

DESCRIÇÃO: Causada por impactos excessivos sobre


os elos. As trincas ocorrem nas seguintes condições:
Operação em solos rochosos, sapatas empenadas,
parafusos soltos.
MEDIDAS CORRETIVAS: Se o comprimento das trincas
for inferior a metade da espessura do elo, pode-se tentar
a recuperação por soldagem usando eletrodos de aço
doce e pré-aquecendo os elos a aproximadamente
300ºC. O cordão de solda deve iniciar-se 5mm antes do
começo da trinca.

ELOS COM FURAÇÃO OVALIZADA

DESCRIÇÃO: Causado por parafusos soltos ou sapatas


demasiadamente largas. A ovalização de furos provoca a
quebra de parafusos, trincas nos elos ou nas sapatas e
perda de sapatas. Elos com furação ovalizada não tem
recuperação, nem asseguram aperto adequado das
sapatas.

MEDIDAS CORRETIVAS: Manter os parafusos


apertados no momento de força recomendado. A cada
250 horas de operação, verificar o aperto e substituir as
sapatas e elos com furação ovalizada.

13
Análise de Desgastes
CONCEITOS

LASCAMENTO DO ELO
TÉCNICOS

DESCRIÇÃO: Lascamento causado por impactos


continuados, sofridos no conjunto rodante na superfície
do elo, impactos por ultrapassagem de obstáculos com
queda do trator sobre a esteira.

MEDIDAS CORRETIVAS: Dependendo da extensão do


lascamento é possível recuperar-se a área afetada com
solda. Aconselhável uma revisão das técnicas de
operação.

AUMENTO DOS DIÂMETROS PARA BUCHA E PINO

DESCRIÇÃO: O aumento dos diâmetros internos para


bucha e pino é causado por rebarbamento do elo no
momento da prensagem para troca de pinos e/ou buchas.

MEDIDAS CORRETIVAS: Utilizar pinos e/ou buchas


com chanfro das pontas corretos. Quando isto ocorre não
é possível recuperar o elo.

APROFUNDAMENTO DO REBAIXO

DESCRIÇÃO: Este tipo de desgaste ocorre por contato


rotativo das arruelas de vedação ou retentores de esteira
lubrificada, com o fundo do rebaixo causado por cargas e
giros a meia encosta, impacto lateral e sapatas muito
largas.

MEDIDAS CORRETIVAS: Corrigir os aceleradores


controláveis; instalar retentores novos, fazer o giro de
pinos e buchas.

OVALIZAÇÃO DO REBAIXO

DESCRIÇÃO: Desgaste causado no diâmetro do rebaixo


é provocado por contato rotativo com as pontas das
buchas em esteiras com passo alongado.

MEDIDAS CORRETIVAS: Realizar giro de pinos e


buchas no limite de manutenção da esteira.

14
14 - Buchas
Roda motriz

As propriedades essenciais de um bucha são a tolerância à


CONCEITOS

fadiga e a resistência ao desgaste. Como as superfícies


TÉCNICOS

diametrais interna e externa da bucha estão sujeitas ao atrito e


ao desgaste em razão do uso continuado, a bucha é submetida
a um tratamento térmico especial de têmpera cuja finalidade é
aumentar sua durabilidade. Outra característica de projeto da
bucha é sua alta resistência à fadiga, fator imprescindível para
que suporte os impactos constantemente transmitidos pela roda
motriz.

Bucha

• A superfície externa da bucha se acopla à roda motriz, sofrendo a ação de choques.


Partículas de material admitidas entre a roda motriz e a bucha aceleram o processo de
desgaste.
• A interação entre a superfície interna da bucha e o pino também da margem para o
desenvolvimento de processo de desgaste. Quando o conjunto dos elos encontra-se
excessivamente tensionado, a progressão do desgaste interno é mais rápida.
• A superfície externa da bucha gasta mais acentuadamente que a superfície interna.
Nos produtos Minusa, as duas superfícies passam por um tratamento térmico especial
de têmpera que confere às buchas maior tenacidade, e conseqüentemente, uma maior
durabilidade.
Peso da
maquina

15 - Pinos
Um pino tem como propriedade essenciais a
tolerância às constantes tensões e a resistência ao
desgaste.
O pino está permanentemente submetido ao esforço
de tração (A) que é imposto pelos elos das esteiras,
sendo um importante elemento de coesão dos elos.
Como há também o rolete inferior e o elo
interagindo, o pino sofre um esforço de flexão (B)
determinado pelo peso da máquina. Assim, o pino
possui como característica de projeto uma alta
resistência à fadiga.

Há dois tipos de pinos, um deles o chamado normal (pino comum), e o segundo usado para
o fechamento da esteira (pino mestre). Os pinos mestres são de diâmetro menor que os
pinos comuns.

Pino comum Pino mestre

15
15.1 - Análise de Desgastes
CONCEITOS

DESGASTE DESCENTRADO
TÉCNICOS

DESCRIÇÃO: Este desgaste é provocado por


desalinhamento da roda motriz e esteira., fazendo com
que a roda motriz tenha contato continuo com a lateral
interna da esteira. Também é acelerado quando o trator
trabalha a meia encosta, forçando o peso sempre para o
mesmo lado.

MEDIDAS CORRETIVAS: Efetuar o alinhamento do


conjunto, armação, roda guia e motriz bem como
substituição dos protetores – guias traseiros e do
comando final. Realizar giro de pinos e buchas e
recuperação dos elos quando necessário.

DESGASTE PELOS FLANGES DOS ROLETES

DESCRIÇÃO: O desgaste acentuado na pista de


rolamento de elos, roletes superiores e/ou inferiores, bem
acima de 100%, causa este tipo de desgaste que se
verifica em buchas de esteira.

MEDIDAS CORRETIVAS: Trocar roletes e elos sempre


que o desgaste atingir o limite de uso ou promover a
recuperação dos mesmos.

RACHADURAS NAS BUCHAS PELA PAREDE

DESCRIÇÃO: Rachaduras nas buchas através da


parede conforme na ilustração, é causado pelo
ultrapasso do limite de desgaste para este tipo de peça.

MEDIDAS CORRETIVAS: Deve ser reavaliado a decisão


de usar a bucha além do limite de desgaste.

DESGASTE NAS PONTAS DAS BUCHAS

DESCRIÇÃO: Desgaste das pontas das buchas é


causado pelo deslize entre os retentores internos (ou
abrasivos) e o fundo do rebaixo do elo ( geralmente
resultado do desgaste interno e sinuosidade, e não causa
da sinuosidade)

MEDIDAS CORRETIVAS: Girar pinos e buchas no limite


de manutenção. Manter as peças de guia em boas
condições.

16
Análise de Desgastes
CONCEITOS

DESGASTE PELO REBAIXO DO ELO


TÉCNICOS

DESCRIÇÃO: Desgaste causado pelo deslize rotativo


contra a parede do rebaixo do elo e agentes abrasivos,
(resulta de passo alongado pelo desgaste interno da
bucha e pino) este desgaste é provocado por
contaminação interna da bucha por agentes abrasivos,
velocidades da máquina acima do indicado para trabalho
bem como por esteiras mal tensionadas ou com
tensionamento acima do indicado.

MEDIDAS CORRETIVAS: Manter tensionamento correto


da esteira bem como efetuar limpezas periódicas para
retirada de agentes abrasivos incrustados no material
rodante e promover o giro de pinos e buchas no limite
correto de desgaste.

RACHADURAS NAS PONTAS DAS BUCHAS

DESCRIÇÃO: Impactos da bucha contra o rebaixo do elo,


após desgaste interno da bucha e sinuosidade da esteira.

MEDIDAS CORRETIVAS: Giro de pinos e buchas dentro


do desgaste normal.

DESGASTE EM UM LADO DO DIÂMETRO DO PINO

DESCRIÇÃO: Desgaste normal devido ao atrito gerado


entre o pino e o diâmetro interno da bucha. A introdução
de abrasivos, acelera este desgaste aumentando o passo
da esteira e tornando-a sinuosa.

MEDIDAS CORRETIVAS: Giro de pinos e buchas


quando atingido o limite de desgaste.

PINO OU BUCHA FROUXO NO ELO

DESCRIÇÃO: Perda de pressão no furo do elo causado


por impactos repetidos e severos que deformam ou
racham o furo do elo, furo do elo alargado na
remontagem devido a alinhamento incorreto da prensa.

MEDIDAS CORRETIVAS: Corrigir as variáveis


controláveis que aceleram o impacto e alinhar
corretamente a prensa de esteiras para montagem.

17
Análise de Desgastes
CONCEITOS

LASCAMENTO DO PINO
TÉCNICOS

DESCRIÇÃO: Flexão do pino origina fissuras no furo


axial que se ramificam lentamente até a superfície, sob
fadiga.

MEDIDAS CORRETIVAS: Eliminar ou reduzir os


aceleradores (especialmente em casos de esteira
apertada e sapatas excessivamente largas ).

QUEBRA DO PINO

DESCRIÇÃO: As rachaduras são provocadas por


impacto, esteira apertada, acumulo severo, sapatas muito
largas e roletes traseiros gastos.

MEDIDAS CORRETIVAS. Corrigir os aceleradores


controláveis especialmente sapatas muito largas e a
formação de acúmulos não extrudavel nas áreas de
contatos entre as buchas de esteira e a roda motriz.

DESGASTE DA PONTA DO PINO

DESCRIÇÃO: Deslize contra protetores – guia,


protetores de roletes ou pedras ( pode ser em uma ou em
ambas as extremidades).

MEDIDAS CORRETIVAS: Corrigir todos os aceleradores


controláveis.

18
16 – Sapatas

A sapata da esteira assemelha-se em seu funcionamento ao solado de um sapato.


Devemos selecionar a sapata que melhor atenda à finalidade de uso, assim como o
CONCEITOS

alpinista veste calçados próprios para escalar uma montanha, com as sapatas das
TÉCNICOS

esteiras é exatamente assim. É de fundamental importância selecionar a tipo de sapata


que vá de encontro á condição do solo, caso contrário, a máquina poderá não
desenvolver satisfatoriamente a tração esperada.
Você já brincou de cabo de guerra? É um jogo em que duas equipes posicionam-se,
cada qual, em uma das extremidades de um cabo e tentam arrastar a equipe oponente,
se cada uma das equipes for igualmente forte e seus integrantes usarem o mesmo tipo
de calçado o jogo será disputado, entretanto, se espalharmos areia sobre o piso onde
está uma das equipes, esta equipe poderá sair perdedora na disputa porque o chão ficará
escorregadio. Por analogia, a seleção de uma sapata de esteira que não seja a mais
satisfatória para as condições do solo, pode levar a máquina a patinar, sem falar no risco
de uma drástica redução da vida útil de todo o material rodante.
Assim sendo, para garantir eficiência nas operações, a seleção do tipo correto de
sapatas é de fundamental importância.

Sapata da esteira
16.1 - Estrutura da sapata da esteira

A sapata da esteira é fixada no elo da esteira por meio dos parafusos e porcas próprios.
Em geral, a fixação de uma sapata de esteira individual se dá através de quatro
parafusos e quatro porcas. Há muitos tipos de sapatas com diferentes formatos de garra
e larguras diferenciadas para cada tipo de aplicação.
Uma sapata de esteira consiste em uma placa que suporta o peso da máquina e uma
garra que exerce tração com o solo. Durante a operação, as sapatas das esteiras vêem-
se as voltas com diferentes tensões, entre elas forças de flexão e forças de atrito
causadoras de desgaste e cisalhamento.
Vemos portanto, que uma sapata de esteira é projetada não apenas para suportar cargas
pesadas, mas também para apresentar maior resistência ao desgaste por atrito. O
projeto de uma sapata de esteira procura também prevenir a retenção de rochas, pedras
e partículas de areia entre ela e as sapatas adjacentes.
Parafuso
Sapata

Rochas, pedras e partículas de areia não Elo


entram, entre sapatas adjacentes

Garra

Placa

19
Fique atento no desgaste da sapata da esteira

Uma vez que a garra da sapata age como uma placa de reforço quando a garra gasta a
CONCEITOS

sapata da esteira tende a deformar e trincar.


TÉCNICOS

Quando a placa da sapata apresenta deformação, os parafusos da sapata se afrouxam e


os elos da esteira podem soltar-se uns dos outros em razão da ação de tensões
desproporcionalmente altas, o que reduz a vida útil dos componentes do material
rodante.
Gastando dentro do limite de reparo uma sapata de esteira deve ser substituída por nova
ou então ter uma longarina soldada a seu corpo a fim de prolongar sua vida útil.
Garra Longarina

Deformação da sapata da esteira


Solda de longarina na sapata da esteira

Fique atento a parafusos de sapatas soltos

Um parafuso de sapata seria algo semelhante a um cadarço de sapato, se nosso sapato


sai de nosso pé, é porque o cadarço do sapato estava desamarrado, podemos machucar
com facilidade o pé. Da mesma maneira, quando um parafuso de sapata chega a soltar ou
escapar, as sapatas e os elos da esteira podem vir a sofrer algum tipo de dano com a
conseqüente redução drástica da vida útil do material rodante.
Portanto, faz-se necessária a inspeção periódica a cada 250 horas da condição dos
parafusos das sapatas .
Sempre utilize parafusos de aço com alta resistência, recomenda-se o uso 12,9 de
dureza.

Esteira com tensão


corretamente ajustada

Esteira frouxa

20
16.2 - Análise de Desgastes
DESGASTE DA GARRA
CONCEITOS

DESCRIÇÃO: Desgaste normal causado pelo atrito com


TÉCNICOS

o solo. Torna-se acelerado sempre que ocorre patinagem


da esteira, quando excessivo reduz a penetração da
sapata e a resistência a flexão.

MEDIDAS CORRETIVAS: Recondicionamento da garra


no limite de recuperação ou antes, caso a máquina opere
em terrenos rochosos e exista perigo de empeno da
sapata. Evitar a patinagem da esteira e utilizar sapatas
para serviços pesados quando as sapatas padrão não
garantem desempenho econômico.
DESGASTE DA PLACA

DESCRIÇÃO: Desgaste normal causado pelos impactos


e ação abrasiva do solo. Placas muito desgastadas
originam flexão de sapatas e provocam trincas nos elos.

MEDIDAS CORRETIVAS: Este tipo de desgaste não tem


recuperação. Evitar a patinagem da esteira e quando a
espessura da placa for muito reduzida substituir as
placas. Em condições de desgaste muito severas,
considere a substituição por sapatas opcionais.

SAPATAS COM FURAÇÃO OVALIZADAS

DESCRIÇÃO: Causada por parafusos frouxos ou sapatas


demasiadamente largas, a ovalização de furos origina a
quebra de parafusos, trincas nas sapatas ou nos elos e
perda de sapatas. Sapatas ou elos com furação ovalizada
não tem recuperação nem asseguram aperto adequado.

MEDIDAS CORRETIVAS: Aperto de parafusos no


momento de força recomendado, verificação do aperto a
cada 250 horas, substituição de sapatas e elos com
furação ovalizada.

SAPATAS EMPENADAS

DESCRIÇÃO: Este tipo de avarias é causado por sapatas


demasiadamente largas, desgaste excessivo da placa e
da garra da sapata, ou impactos severos em solos
rochosos. Provoca inutilizarão das sapatas, trincas nos
elos e desgaste nos roletes, rodas guias e rodas
motrizes.

MEDIDAS CORRETIVAS: Recondicionamento das


garras das sapatas antes de atingirem o limite de
recuperação, utilização de sapatas opcionais.

21
17 – Rolete inferior, superior, roda guia e motriz.
Você já andou alguma vez de trem? É impressionante como trens pesados com grandes
rodas de ferro deslocam-se em alta velocidade sobre trilhos. Embora tratores de esteiras,
CONCEITOS

colheitadeiras e escavadeiras hidráulicas de esteiras não sejam capazes de trafegar tão


TÉCNICOS

rápido como um trem, os roletes inferiores, os roletes superiores, a roda guia e a roda
motriz estão posicionados em um trilho, chamado mais precisamente de conjunto dos elos
das esteiras que se move. Um trem e um trator de esteiras apresentam algumas
semelhanças, havendo contudo, duas diferenças essenciais entre eles.
A primeira delas é que os trens não possuem sistema direcional, porque a direção de
deslocamento é determinada pelos trilhos. Um trator de esteiras contudo, possui seu
próprio sistema direcional que permite a movimentação da máquina na direção desejada.
Em segundo lugar, quando trafegam à baixa velocidade os trens praticamente não sofrem
resistência ao movimento, sendo capazes de deslocar-se sem resistência a seu
movimento, exceto, quando ocasionalmente sofrem a ação de ventos laterais. Já os
equipamentos de esteiras quando em operação, são obrigados a vencer repetidamente
várias resistências provenientes de diversas direções.

Rolete
Roda

Trilho
Elo

Em outras palavras, além de vencer as resistências externas oriundas de todas as


direções, um equipamento de esteiras tem a capacidade graças a seu sistema direcional
de manobrar em qualquer direção.
Nos equipamentos de esteiras são empregados alguns tipos de rodas como: rodas guias,
roletes inferiores e roletes superiores.
Além disso, um equipamento de esteiras conta também com um componente equivalente
a uma roda de transmissão em um trem, que é a roda motriz.
Estes quatros tipos de rodas giram no conjunto de elos das esteiras, se alguma dessas
rodas apresentar falhas de funcionamento, o desempenho do equipamentos reduzira.

17.1 - Principais funções dos componentes


Rolete inferior: Suporta todo o peso da máquina, garantindo dirigibilidade em linha reta.
Rolete superior: Serve de guia para a suavização de acoplamento do conjunto dos elos
e da roda guia ou roda motriz e evita a descida do elo da esteira e seu conseqüente atrito
com a armação das esteiras.
Roda guia: Guia o conjunto dos elos das esteiras para cima ou para baixo e ajusta a
tensão através da mola tensora, prevenindo o afrouxamento excessivo dos elos das
esteiras.
Roda motriz: Acoplada com o conjunto dos elos das esteiras, impulsiona a máquina para
frente ou para trás.

22
As figuras a seguir ilustram o funcionamento da roda guia, do rolete inferior e do rolete
superior quando um equipamento de esteiras está trabalhando.
CONCEITOS

Alguns fenômenos comumente observados com os roletes são:


TÉCNICOS

1. Verificação de abrasão nas superfícies dos roletes e da pista dos elos das esteiras.
2. Os flanges dos roletes impedem a queda dos elos das esteiras. Há também abrasão
nos flanges dos roletes devido ao contato constante com o conjunto dos elos das
esteiras.

Rolete superior

Rolete inferior
Roda guia

Elo

18– Rolete Inferior

Na armação das esteiras estão instalados roletes de flange simples e roletes de flange
duplo deslizando no conjunto dos elos das esteiras sob a ação da carga alta do peso da
máquina. Os roletes inferiores são instalados com a finalidade de suportar e distribuir
uniformemente o peso ao longo das sapatas das esteiras, sendo os mesmos lubrificados
com óleo. A seqüência de instalação de roletes de flange simples ou duplo é determinada
em função da dimensão da máquina.

Rolete inferior
flange simples

Rolete inferior
flange dupla

Um equipamento de esteiras geralmente trabalha em terreno


irregular, assim sendo, o posicionamento dos roletes de flange
simples e duplo é feito de maneira a promover alívio da tensão
lateral com a máquina em operação.

23
O flange do rolete inferior otimiza a dirigibilidade em linha reta

O flange do rolete inferior guia o conjunto dos elos das esteiras para que o mesmo não se
mova em zigue zague. A dureza do flange tem que ser aumentada para conferir-lhe
CONCEITOS

resistência ao atrito, uma vez que o flange atrita com a lateral dos elos das esteiras.
TÉCNICOS

Porção do flange endurecida e resistente ao desgaste


Flange

Rolete inferior
Rolete inferior flange simples flange dupla

19– Rolete Superior

Há essencialmente dois tipos de roletes superiores, os de flange e os planos. Os roletes


de flange são usados para tratores de esteiras e carregadeiras de esteiras de médio e
grande porte. O rolete plano é empregado em escavadeiras hidráulicas de pequeno porte.
Uma vez que os roletes superiores respondem unicamente pela sustentação do conjunto
das sapatas, a estrutura é menos complicada se comparada aos roletes inferiores.
Entretanto, o acúmulo de areia e terra ao redor dos roletes superiores também irá causar
desgastes.

Óleo lubrificante
Tenha cuidado ao operar a máquina em alta
velocidade, pois, nessas condições, os elos da esteira
colidem violentamente com os roletes superiores
Retentor
diminuindo com isso a vida útil de ambos os
componentes.
A bucha e o eixo existentes no interior do rolete
superior são lubrificados com óleo.

Rolete de flange central Existem o rolete de flange central e o rolete de flange


simples.

O rolete de flange central é usado para escavadeiras


hidráulicas, além de tratores de esteiras e carregadeiras
de esteiras de pequeno porte.

Rolete de flange simples

O rolete de flange simples é usado, principalmente, para


tratores de esteiras e carregadeiras de esteiras de
médio e grande porte.

24
19.1 - Análise de Desgastes
CONCEITOS

DESGASTE UNIFORME DAS PISTAS


TÉCNICOS

DESCRIÇÃO: Rolamento e deslize contra as pistas dos


elos, deslize contra material de acumulo na armação dos
roletes. Pode ser acelerado por velocidade da máquina,
peso da esteira acentuado por sapatas largas e
acúmulos. A ajustagem da esteira é o principal fator
controlável, pois a esteira apertada aumenta a carga e
muito frouxa causa impacto dos elos nos roletes,
particularmente em marcha avante.

MEDIDAS CORRETIVAS: Manter a tensão correta da


esteira, recondicionar ou substituir a carcaça dos roletes
no limite de manutenção. Corrigir todos os outros
aceleradores.

DESGASTE IRREGULAR NO LADO DO FLANGE E


DESGASTE DESCENTRALIZADO DA PISTA

DESCRIÇÃO: Rolamento e deslize da pista e lado do elo


não alinhado com o rolete superior. Trabalho a meia
encosta, mal alinhamento entre roletes superiores, roda
motriz e roda guia. Sapatas descentradas forçam a
esteira para um lado.

MEDIDAS CORRETIVAS: Efetuar alinhamento dos


componentes e rodízio dos roletes superiores.

ÁREAS PLANAS NAS PISTAS DO ROLETE

DESCRIÇÃO: Deslize das pistas dos elos sobre a pista


do rolete quando ele se engripa, causado por acumulo
entre a armação e o rolete superior (é a principal causa
de engripamento ).

MEDIDAS CORRETIVAS: Remover acumulo que


interfere no giro dos roletes.

25
Análise de Desgastes
CONCEITOS

DESGASTE LATERAL DOS FLANGES


TÉCNICOS

DESCRIÇÃO: Desgaste causado por deslize da lateral


da esteira com as flanges do rolete. Este desgaste é
provocado por peso, velocidade da máquina, trabalhos a
meia encosta, curvas fechadas e desalinhamento.

MEDIDAS CORRETIVAS: Fazer rodízio dos roletes para


balancear-lhes a vida útil; recondicioná-los às dimensões
originais.

DESGASTE DA CRISTA DOS FLANGES

DESCRIÇÃO: Rolamento e deslize contra o ressalto do


pino no elo, após a perda do espaço entre o flange e o
ressalto.

MEDIDAS CORRETIVAS: Mesmo do desgaste lateral


dos flanges.

DESGASTE DA PISTA

DESCRIÇÃO: Este desgaste é causado por rolamento


contra abrasivos esmagados entre os roletes e os elos,
peso da máquina, velocidade, potência da máquina,
impacto, abrasão, acumulo, sapatas largas e curvas
acentuadas.

MEDIDAS CORRETIVAS: Corrigir aceleradores


controláveis, sobre tudo voltas inúteis e sapatas largas.
Fazer rodízio de roletes para balancear-lhes a vida útil,
recondicioná-los as dimensões originais

26
Uma das funções dos flanges dos roletes superiores é guiar o conjunto dos elos das
esteiras de forma que o mesmo não desabe, já que os flanges atritam contra as laterais
do elo da esteira com a máquina em operação. Estes componentes são endurecidos
para aumentar sua resistência ao desgaste.
CONCEITOS
TÉCNICOS

Rolete superior de flange simples


Como a pista e o flange dos roletes superiores são
suscetíveis ao desgaste, estes componentes são
endurecidos para que sua vida útil seja maior.

Porção do flange endurecida e resistente ao desgaste


Flange

20 – Roda Guia

A roda guia é instalada na frente da armação das esteiras servindo como guia do conjunto
de elos, onde seus componentes internos representados pelas buchas e pelo eixo são
lubrificados com óleo.
Também é equipada com um mecanismo de ajuste da tensão dos elos das esteiras e um
mecanismo para amortecimento.

Conjunto de sapatas
Mancal Câmara de graxa
Roda guia Mola tensora

Seção transversal “A” de uma roda guia vista de A

Porção do flange endurecida e resistente ao desgaste

Flange

Já que a pista e o flange são suscetíveis ao desgaste, são


endurecidos para que a vida útil dos mesmos seja maior

27
20.1 - Análise de Desgastes
CONCEITOS

DESGASTE LATERAL DO FLANGE


TÉCNICOS

DESCRIÇÃO: Desgaste anormal causado pelo contato


com a face lateral dos elos resultantes de operações em
meio encosta, desalinhamentos, empenos das armações
da esteira, desgaste irregular das placas guias ou esteira
sinuosa.

MEDIDAS CORRETIVAS: Instalação de protetores de


esteiras, realinhamento de componentes, correção de
empenos, giro de pinos e buchas, recondicionamento
quando atingido o limite para recuperação da pista de
rolamento. Se o desgaste lateral for muito acentuado é
aconselhável recondicionar antes de atingido o limite
para recuperação da pista.

DESGASTE DA PISTA

DESCRIÇÃO: Desgaste normal devido ao atrito das


pistas de rolamento dos elos e da roda guia acelerando o
seu desgaste.

MEDIDAS CORRETIVAS: Recondicionamento quando


atingir o limite para recuperação.

DESGASTE DA CRISTA DO FLANGE

DESCRIÇÃO: Desgaste causado pela ação abrasiva do


material acumulado em torno da roda guia e das buchas .

MEDIDAS CORRETIVAS: Efetuar limpeza diária do


material acumulado.

28
21 – Roda Motriz

A função da roda motriz é transferir as cargas de acionamento do comando final ou motores


CONCEITOS

de tração para as buchas de esteira e desta forma propiciar seu deslocamento.


TÉCNICOS

Trocar a roda motriz , juntamente com o conjunto de elos da esteira assegura uma
maior vida útil do material rodante

A vida útil da roda motriz ou seguimento, devera ser igual a vida útil de um dos lados da
bucha, ou seja, se houver necessidade do giro de pinos e buchas recomenda-se a
substituição da roda motriz.
Substituir exclusivamente o conjunto de pinos e buchas da esteira implica em um
desgaste inicial acelerado da bucha se não for levado em conta o desgaste do
seguimento ou roda motriz. Recomenda-se, ao substituir o conjunto de pinos e buchas
também substituir as rodas motrizes. Do ponto de vista da racionalização de custos, em
geral compensa mais trocar todo o conjunto de uma só vez.

Roda motriz

Bucha

antes da substituição
da bucha Quando só a
Roda motriz Como esta região bucha é
Bucha
inicialmente é substituído
submetida a uma
grande força, a
parte externa
gasta mais rápido

21.1 - Padrão de desgaste da roda motriz

0° a 30° do vertical é um padrão de


desgaste normal esperado. Baixo
grau de acúmulo.

Entre 30° e 60°da vertical - Lados de


Marcha à Ré e/ou Marcha Avante: grau de
acúmulo é moderado.

Entre 60° e 90° da vertical - Lados de


Marcha à Ré e/ou Marcha Avante e Vertical:
grau de acúmulo severo e/ou esteira frouxa.

29
21.2 - Análise de Desgastes
DESGASTE NA RAIZ DO DENTE
CONCEITOS

DESCRIÇÃO: Desgaste normal causado pelo contato e


TÉCNICOS

deslizamento das buchas na raiz dos dentes da roda


motriz. É acelerado por velocidade elevadas, inversões
constantes do sentido de marcha, curvas bruscas e
freqüentes e esteira mal tencionada.

MEDIDAS CORRETIVAS: Tensão correta da esteira,


giro de pinos e buchas quando atingido o limite de
desgaste, técnicas de operação corretas.

DESGASTE NA PONTA DOS DENTES (AVANTE )

DESCRIÇÃO: Desgaste verificado no contato entre as


buchas e a extremidade dos dentes da roda motriz, nas
operações de marcha avante é causado pelo aumento de
passo da esteira e pode causar quebra do dente da roda
motriz ou trincas nas buchas .

MEDIDAS CORRETIVAS: Giro de pinos e buchas.

DESGASTE NA PONTA DOS DENTES ( RÉ )

DESCRIÇÃO: Desgaste verificado no contato entre as


buchas e a extremidade dos dentes da roda motriz, nas
operações de marcha à ré causado pelo aumento de
passo da esteira ou pelo acumulo de material nos dentes
da roda motriz.

MEDIDAS CORRETIVAS: Giro de pinos e buchas e


limpeza diária nos dentes da roda motriz.

DESGASTE NOS CANTOS DOS DENTES

DESCRIÇÃO: Se o desgaste se localizar em um ou outro


lado e em toda a circunferência da roda motriz o
desgaste pode ser causado por esteira sinuosa ou perda
da eficiência dos protetores guias, resultando em
interferência com lados internos dos elos. Se o desgaste
for em um só lado ou não for uniforme em toda a
circunferência, então a causa principal será
desalinhamento da roda motriz ou da armação dos
roletes.

MEDIDAS CORRETIVAS: Se for por sinuosidade da


esteira, girar ou trocar pinos e buchas. Se for por guias
gastos, trocar as tiras de desgaste. Se o desgaste for
causado por desalinhamento, proceder com a correção.

30
Análise de Desgastes
CONCEITOS

DESGASTE PONTIAGUDO DO DENTE


TÉCNICOS

DESCRIÇÃO: Desgaste nas extremidades dos dentes da


roda motriz, causado pelo contato com as buchas devido
ao aumento excessivo do passo da esteira. Pode originar
quebra dos dentes e das buchas.

MEDIDAS CORRETIVAS: Quando os dentes ficam muito


pontiagudos, substituir o aro no caso de roda inteiriça.

DESGASTE EM GANCHO

DESCRIÇÃO: Desgaste normal causado pela rotação


das buchas nos dentes da roda motriz em operações de
marcha à ré, torna-se anormal quando muito acentuado.
Operações de marcha à ré em alta velocidade e sob
cargas elevadas provocam este tipo de desgaste.

MEDIDAS CORRETIVAS: Tensão correta da esteira,


técnicas de operação adequadas com redução da
velocidade de trabalho. Se o desgaste no lado de marcha
avante dos dentes da roda motriz for menor, trocar os
segmentos de um para outro lado da máquina para
uniformizar o desgaste.

DESGASTE LATERAL

DESCRIÇÃO: desgaste anormal causado pelo contato


com as faces dos elos, devido a desalinhamentos, esteira
sinuosa, operação em meia encosta ou curvas
freqüentes.

MEDIDAS CORRETIVAS: Instalação de protetores,


realinhamento, giro de pinos e buchas, técnicas de
operações corretas.

31
22 – Tensionamento

Quando a tensão do conjunto dos elos da esteira é mantida em seu valor correto, a
vida útil dos componentes do material rodante é aumentada, maximizando a tração
CONCEITOS

sobre o solo.
TÉCNICOS

Quando as esteiras estão excessivamente tensionadas...

• Verifica-se uma aceleração do desgaste do pino e da bucha do conjunto do elos da


esteira.
• É constatada uma aceleração do desgaste da bucha e do eixo da roda guia.
• Ocorre uma aceleração do desgaste no elo, na roda guia, no rolete inferior, no rolete
superior e na roda motriz.
• Tem-se um aumento da perda por atrito e a conseqüente redução da tração.

Quando as esteiras estão excessivamente frouxas...

• O conjunto dos elos da esteira descarrila.


• Verifica-se um movimento de zigue-zague do conjunto de elos da esteira e a aceleração
do desgaste na região do flange dos roletes.
• Elo da esteira, roda guia e roletes superiores batendo ou trepidando;
• Para prevenir as falhas acima, mantenha a tensão correta do conjunto dos elos da
esteira.
• O valor da flecha de tensionamento varia de acordo com o modelo de equipamento,
consultar manual do fabricante.

Coloque uma régua longa sobre


as sapatas e meça a folga

Exemplo de escavadeira hidráulica

Outro método de medição

Armação do chassi

Nota: Realizar a aferição da flecha


periodicamente ou se houver necessidade

32
23 – Monitoramento

Monitoramento Periódico no conjunto do material rodante


CONCEITOS
TÉCNICOS

O monitoramento dos componentes do material rodante é de suma importância,


identificara o grau de desgaste e auxiliara na tomada de decisão. A equipe Técnica da
Minusa Forest é especializada para realizar o monitoramento, avaliação e emissão do
laudo técnico. Assim sendo, o melhor é traçar uma programação de monitoramento junto
ao setor responsável para que você possa reduzir os custos de manutenção dos
componentes do material rodante.

Os principais itens a serem inspecionados estão listados abaixo:

1. Medição do passo do elo - A relação entre o desgaste do diâmetro interno da bucha e


o desgaste do diâmetro externo do pino.
2. Altura da pista do elo - Medição do grau de desgaste na pista do elo.
3. Diâmetro externo da bucha - Avaliação da condição de desgaste.

É necessário verificar também a folga entre os elos e identificar possíveis trincas nos
mesmos, além de analisar se os parafusos das sapatas estão soltos.

Elo

Folga

Parafuso da sapata
Buchas

33
Monitoramento Periódico no conjunto do material rodante
CONCEITOS
TÉCNICOS

4. Medição do desgaste externo da pista do rolete inferior;


5. Medição do desgaste externo da pista do rolete superior;
6. Medição do desgaste da altura da pista da roda guia “A” e largura da flange da roda
guia “ C”.
7. Verificação de folgas entre elos;
8. Medição do desgaste da altura das garras e da base das sapatas;
9. Medição do desgaste dos dentes da roda motriz;

4
5

6 7

8 9

Todos os parâmetros, medidas, dimensões, valores e propriedades físicas do material


são exatamente fieis aos componentes fabricados pelo fornecedor original do
equipamento.
Existem dois modelos de medições, vistoria analógica e digital.
O Sistema de Gestão do Monitoramento – SGM é um sistema de gerenciamento
especifico para compilação das informações. O padrão do relatório é único e individual
por equipamento, com o objetivo de fornecer resultados fáceis de visualização em
entendimento por parte do gestor, onde facilitara e auxiliara na tomada de decisão.

34
25 – Perguntas e Respostas

Dicas para aumentar a vida útil do material rodante


PERGUNTAS

Para o aumento da vida útil de um material rodante, além de seleção dos componentes é
DICAS &

importante também, operar a máquina corretamente. Vão aqui 10 dicas para prolongar a
vida útil dos componentes de um material rodante.

1. Não opere rápido demais.


2. Evite manobras bruscas.
3. Nunca atravesse rampas de inclinação acentuada diagonalmente.
4. Evite manobras na mesma direção.
5. Verifique a tensão das esteiras regularmente.
6. Previna a derrapagem das sapatas das esteiras.
7. Efetue o re-aperto dos parafusos das sapatas regularmente.
8. Verifique se existem trincas, vazamentos ou quebra de componentes.
9. Evite grandes deslocamentos de forma contínua.
10. Limpe os resíduos acumulado ao redor dos componentes do material
rodante

PERGUNTAS E RESPOSTAS

O que acontece se o conjunto das sapatas das esteiras for invertido na


instalação?

• As buchas dos elos das esteiras e os dentes da roda motriz gastam rapidamente.
Se o conjunto das esteiras for invertido nas instalação, haverá a rotação das buchas
sobre os dentes na parte inferior da roda motriz quando a máquina trafega em marcha
avante. (Quando o conjunto das esteiras encontra-se corretamente instalado, a rotação
da bucha se dá na parte superior da roda motriz, portanto, sob menor carga quando a
máquina trafega em marcha avante).
• Há ainda, uma tendência de ingresso de areia e terra entre a bucha e os dentes da
roda motriz, provocando o desgaste desses componentes.
• A força de tração cai , os elos das esteiras começam a prender no solo
caracterizando um fenômeno conhecido como “arrastamento”, que tem por
conseqüência uma redução da força de tração.

Roda motriz Arrastamento

Conjunto de sapatas da esteiras instaladas corretamente Conjunto de sapatas da esteiras invertidos na instalação

35
PERGUNTAS E RESPOSTAS

Por que a bucha gasta mais rápido quando a


PERGUNTAS

máquina desloca-se em ré?


DICAS &

- Quando a máquina desloca-se em ré, a força de


tração acelera o desgaste.
Na parte superior da roda motriz temos maior atrito da
bucha com os dentes da roda motriz, uma grande força
de tração concentra-se nesse ponto, hávendo uma Há uma
aceleração do desgaste. aceleração de
desgaste
neste ponto

Por quê é necessário remover freqüentemente a areia, terra e resíduos


acumulado no material rodante?

Os componentes do material rodante possuem várias porções deslizantes, uma vez


ingressando nesses pontos, as partículas de lama e areia aceleram o desgaste desses
componentes do material rodante.
Assim sendo, para prevenir o desgaste causado por materiais abrasivos é necessário
remover a areia e a terra regularmente.

O que aconteceria se, por exemplo, os roletes inferiores não girassem


corretamente?

A pista dos roletes inferiores apresentaria um desgaste localizado.


Girando de maneira incorreta, os roletes passam a assumir formatos poligonais.
Dessa forma, a pista do conjunto dos elos da esteira também gasta excessivamente.

Exemplo de uma rolete inferior


em movimento avante
Desgaste desigual
em formato poligonal
Os roletes inferiores giram avante com o
conjunto do elos impulsionado pela roda
motriz. Se os roletes inferiores não
girarem livremente, escorregam no elo da Escorrega sem girar
esteira com o avanço dos roletes
inferiores, isto desgasta os roletes
inferiores e a pista do elo gradualmente,vai
se configurando uma deformação em
formato poligonal

Limpando regularmente o material


rodante, você estará contribuindo para o
aumento da vida útil do mesmo.

36
Deveres da operação na verificação a cada turno de trabalho
• Efetuar o check list a cada turno de trabalho;
MANUTENÇÃO
PREVENTIVA

• Itens a serem verificados no material rodante e equipamento:


• Verificação de vazamentos nos roletes inferiores;
• Verificação da presença de roletes inferiores travados ou
danificados;
• Verificação de vazamentos nos roletes superiores;
• Verificação da presença de roletes superiores travados ou
danificados;
• Verificação de vazamento e alinhamento das rodas guia;
• Verificação do tensionamento das esteiras e ajustar se
necessário;
• Verificação da condição das rodas, aros ou seguimentos motrizes;
• Verificação da condição das correntes, se existem pinos, buchas
ou elos quebrados ou danificados;
• Verificação da condição dos protetores de esteiras e rolete;
•Verificação no re-aperto de parafusos de roletes inferiores,
superiores, roda motriz e sapatas e corrigir se necessário;
•Verificação se existem presença de resíduos acumulador e
remover se necessário;
• Limpeza de resíduos no equipamentos, quanto a galhos, pedras,
terra, óleo, palha e outros resíduo;

Obs: Esta avaliação devera ser feita em duas etapas, ou seja,


antes de iniciar a operação, movimentar o equipamento para
verificar se existem componentes quebrados ou travados,
evitando desta forma que ocasione um possível principio de
incêndio na área de trabalho ou equipamento, visto que um
componentes quebrado ou travado geram faíscas pelo atrito
entre parte metálicas.

37
Manutenção preventiva
e risco de incêndios

38
Deveres da operação na verificação a cada turno de trabalho

• Efetuar o registro no diário de bordo das condições e problemas


MANUTENÇÃO

encontrados no equipamento no final ou inicio do turno de


PREVENTIVA

trabalho.

• Afim de desenvolver uma operação segura e evitar quebras ou


ocorrências indesejadas, o diário de bordo registrara todas as
ocorrências encontradas no inicio ou final de cada turno de
trabalho, evitando desta forma uma possível parada do
equipamento ou ate um principio de incêndio caso seja detectado
que o agente causador seja algum componente do material
rodante.
• Torna-se necessário uma manutenção preventiva no material
rodante, visto que são fabricados em aço, com isso, na ocorrência
de um travamento ou quebra, poderá gerar faíscas em
decorrência do atrito entre partes metálicas.

•ATENÇÂO – Ficar atento a travamentos, quebra e vazamento


de algum componentes do material rodante, efetuando a
verificação das condições a cada turno de trabalho e
registrar no diário de bordo do equipamento.

39
Riscos de incêndio
Risco de incêndios

Nas operações florestais e agrícolas, o cuidado


com a prevenção de incêndios é constante, visto
que por tratar de agentes de alto poder de
combustão o risco de um principio de incêndio é
iminente, com isso listamos abaixo algum
agentes causadores para que se ocorra um
principio de incêndio:

Agentes:

• Acumulo de resíduos nos compartimentos do


equipamento como: folhas, galhos, óleo, combustíveis,
palhas e outros;
• Fiação, chicotes e cabos condutor de energia
desencapados; (curto circuito)
• Bituca de cigarros;
• Fagulhas do escapamento;
• Partes metálicas sobre a palhada; ( marmitex, chapas
e outros)
• Roletes travados, quebrados ou com vazamentos;
• Vazamentos diversos no equipamento;
• Manobras bruscas;
• Fagulhas provenientes de soldas;
• Raios;
• Equipamentos desregulados;

40
ALINHAMENTO - PARALELISMO
ALINHAMENTOS
REGULAGENS E

O desalinhamento entre os componentes do material rodante de


cada uma das armações de esteira entre si ou em relação ao chassi
da máquina, é uma das principais causas de desgastes anormais e
acelerados no sistema de material rodante.
EXEMPLO:
Um método simples para verificar o alinhamento (paralelismo) das
armações de esteira entre si, é medir a distância entre o topo dos
roletes inferiores dianteiros e traseiros. Indicações “A” e “B” da
ilustração.

Quando a indicação “A” e “B” são iguais, as armações de esteira


estão paralelas entre si. A diferença máxima permitida entre as
dimensões no ponto “A” e “B” é de 7,5mm.
Mesmo estando paralelas entre si, as armações de esteira podem
não estar alinhadas em relação ao chassi da máquina, isto é, em
relação à linha central traçada no sentido longitudinal da máquina. A
tolerância máxima estabelecida para desalinhamento das armações
em relação à linha central da máquina, é de 6 mm para cada lado (
convergência e divergência) medidos junto à linha do centro da
roda-guia, conforme indicado na ilustração acima.

41
ALINHAMENTOS
ALINHAMENTOS
REGULAGENS E

Para verificar possíveis desalinhamentos, meça no sentido diagonal


a distância entre o centro do eixo do rolete inferior dianteiro de uma
esteira e o centro do eixo do rolete inferior traseiro da outra esteira
medindo em X conforme esta demonstrado na ilustração a baixo.
Repetindo a operação com os roletes opostos devera encontrar o
mesmo valor, caso exista paralelismo entre as armações da
máquina.

Quando as dimensões X são iguais, as armações das esteiras


estão paralelas entre si e em relação à maquina.
Se os valores encontrados em X forem diferentes, é sinal de que
uma das armações esta desalinhada em relação ao chassi da
máquina.

42
ALINHAMENTOS
ALINHAMENTOS
REGULAGENS E

Para determinar qual das armações esta desalinhada, proceda do


seguinte modo:
Iniciando a contagem dos roletes a partir da roda guia meça em
diagonal as distâncias entre o centro do eixo do quinto rolete inferior
da armação, do lado esquerdo, e o centro do eixo do terceiro e
sétimo rolete da armação do lado direito (dimensão W e W ).
Repita a medição a partir do quinto rolete inferior da armação, do
lado direito, para o terceiro e sétimo roletes da armação, do lado
esquerdo, a fim de determinar a posição relativa das armações.
A diferença encontrada entre as dimensões, permitira não só
estabelecer qual das armações esta desalinhada como indicara o
valor aproximado desse desalinhamento.

Para as máquinas com apenas quatro roletes, as medições devem


ser feitas a partir do terceiro rolete de uma das armações para o
segundo e quarto da outra (a contagem dos roletes é feita (a partir
da roda – guia).

43
ALINHAMENTOS
ALINHAMENTOS
REGULAGENS E

O alinhamento dos roletes inferiores e superiores é verificado


traçando uma linha do centro do flange da roda guia ao centro do
dente da roda motriz. A tolerância de desalinhamento entre o centro
dos diversos componentes e esta linha é de +/- 2 mm.

Para verificar o alinhamento da roda- guia, meça a folga entre as


armações da esteira e as placas- guias. A folga padrão é de 0,5mm
e 1mm e a folga máxima permitida é de 3mm.. Afim de facilitar a
operação e eliminar desalinhamentos, a roda- guia esta equipada
com um conjunto de calços entre o mancal e a placa- guia. Corrija a
folga do lado direito e esquerdo de cada roda- guia retirando ou
adicionando calços. Quando a folga não pode ser mantida até o
valor máximo de 3mm utilizando calços, é sinal de que as placas-
guias, ou tiras de desgastes das armações estão excessivamente
gastas ou empenadas e requerem reparação.

44
24 – Correntes Flexíveis

Correntes Flexíveis Premium


CONCEITOS
TÉCNICOS

A empresa Minusa Trator peças Ltda. juntamente com sua divisão Forest, desenvolveu
para o mercado consumidor florestal um produto inovador genuinamente nacional, que
atendera uma gama de equipamentos de alta performance como: Forwarders, Skiders,
Harvesters e Clumbuncks.

Fabricação
As correntes flexíveis Minusa são forjadas em aço especial , reforçadas e possuem um
tratamento térmico especial para maior resistência ao desgaste e tração, aumentando
desta forma sua durabilidade em comparação as existentes no mercado.
Outro ponto importante , foi a aplicação de mais uma garra de tração que reduziu
significamente o processo de patinagens e impacto no solo.

Equipamentos sem correntes flexíveis Minusa geram:


• Aumento da pressão/compactação sobre o solo;
• Aumento de ocorrências e desgastes acelerado dos pneus;
• Esforço excessivo e eventuais quebras por ação da patinagens.
• Menor Flutuação;

Benefícios da corrente Minusa para o equipamento:


• Aumento da área de contato com o terreno, reduzindo o impacto sobre o solo;
• Maior estabilidade, mobilidade e aumento da segurança na operação;
• Redução da aceleração no desgaste dos pneus;
• Melhor flutuação em relação ao componente convencional;
• Aumento da tração e capacidade de carga;
• Redução do consumo de combustível;
• Menor desgaste do equipamento;
• Redução de intervenções mecânicas;
• Auto-limpeza;
• Facilidade de instalação e ajustes;

Cuidados na manutenção
O conjunto de esteiras flexíveis necessita de um acompanhamento periódico, visto que
no decorrer do tempo, o afrouxamento em função do desgaste dos elos é evidente.
Outro ponto importante é manter a pressão recomendada dos pneus que incide
diretamente na vida útil das correntes e dos próprios pneus, ocasionando muitas vezes,
cortes, arrancamentos de borrachas e quebra de costelas e elos.
O dimensionamento da corrente foi projetado para auxiliar na tração, flutuação e
conservação dos pneus, devido a este fato se torna imprescindível o cuidado com o
equipamento.

As correntes flexíveis Premium Minusa são desenvolvidas especificamente para atender


todo tipo de operação em equipamentos florestais, com isso alguns fatores devem
sempre serem levados em consideração como:

1. Verificar sempre as recomendações dos fabricantes dos pneus utilizados com


relação a pressão de carga admitida;
2. Atentar as variáveis controláveis e não controláveis;
3. Aceleradores de desgastes.

45
Pressão dos Pneus

Sempre consultar o fabricante dos pneus para


CONCEITOS

verificar a capacidade máxima de pressão


TÉCNICOS

admitida no equipamento.

Obs.: Os pneus sempre devem estar inflados


ao máximo de sua capacidade para ter maior
longevidade, evitando deformações ou cortes,
e para evitar desgaste acelerado ou quebra
de costelas ou outros componentes dos
conjuntos de correntes.

Ajuste de Pressão
Utilizar um calibrador recomendado e seguir a recomendação de carga do fabricante.

46
Ajuste de tensão da esteira

Quando as correntes flexíveis são novas exigem um acompanhamento periódico


CONCEITOS

devido o período de assentamento da corrente, podendo afrouxar rapidamente ao longo


TÉCNICOS

das primeiras horas de trabalho necessitando desta maneira, o ajuste da tensão para os
padrões indicados.
No reajuste de tensão, poderá ser necessária a substituição de elos de união pequenos e
grandes, ou ate mesmo remoção de uma costela e a combinação de ajuste mesclada de
elos grandes e pequenos.
Tabela de parâmetros

Verifique a tensão da flecha utilizando uma linha reta e uma régua;


Porque se deve regular a tensão:
• Evitar danos na lataria do equipamento;
• Evitar que os pneus deslizem ou girem dentro das
correntes flexíveis (patinagem);
• Evitar que as correntes não fiquem caindo dos
pneus;
• Evitar super tensão, ou seja, corrente muito
tensionadas podem danificar os eixos e rolamentos
do cubo e aumentar o desgaste dos pneus e da
própria corrente;
• Aumentar a eficiência de tração.
Variáveis que podem ser encontradas

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Aceleradores de desgastes

• Acumulo de terra compactada, areia, argila, pedras, tocos, água , galhos e outros;
• Parafusos quebrados, soltos ou falta de re-aperto;
• Tensionamento da esteira abaixo do padrão;
CONCEITOS

• Pressão dos pneus ;


TÉCNICOS

• Qualidade do componente;
• Qualidade da montagem e manutenção;
• Impactos diretos com obstáculos;
• Operação lateral e declive;
• Manobras improdutivas e outros.

Monitoramento periódico no conjunto de correntes flexíveis

O monitoramento dos componentes da corrente flexível é de suma importância, identificara


o grau de desgaste e auxiliara na tomada de decisão. A equipe Técnica da Minusa Forest
é especializada para realizar o monitoramento, avaliação e emissão do laudo técnico.
Assim sendo, o melhor é traçar uma programação de monitoramento junto ao setor
responsável para que você possa reduzir os custos de manutenção dos componentes do
material rodante.

Os principais itens a serem inspecionados estão listados abaixo:

1. Medição do passo da corrente.


2. Medição da espessura do olhal dos elo.
3. Medição do desgaste dos elos fixos.
4. Medição dos desgaste dos elos de união pequeno e grande.
5. Medição da espessura da barra transversal (costela) com garras.
6. Medição da espessura da base lateral da costela.
7. Medição da altura da garra de tração.
8. Aferição ajuste de tensão da flecha da corrente flexível.
9. Aferição da pressão dos pneus.
10. Condição geral dos pneus e componentes.

É necessário verificar também a folga entre os elos e identificar possíveis trincas nos
mesmos, além de analisar se os parafusos dos elos de união estão soltos.

48
CONCEITOS
TÉCNICOS

5 6

8 9

Todos os parâmetros, medidas, dimensões, valores e propriedades físicas do material são


exatamente fieis aos componentes fabricados pelo fornecedor original do equipamento.
Existem dois modelos de medições, vistoria analógica e digital.
O Sistema de Gestão do Monitoramento – SGM é um sistema de gerenciamento
especifico para compilação das informações. O padrão do relatório é único e individual por
equipamento, com o objetivo de fornecer resultados fáceis de visualização em
entendimento por parte do gestor onde facilitara e auxiliara na tomada de decisão.

49
26 – Referências
REFERÊNCIAS

Este guia pratico sobre operação e manutenção do material rodante, foi desenvolvido
com o intuito de fornecer informações técnicas e cuidados necessários para o melhor
aproveitamento dos componentes e elevar sua vida util.
Se todas as recomendações forem seguidas, o aumento da vida útil estará em forte
crescimento e o desgaste reduzira drasticamente.
Em caso de duvida recorra ao manual do fabricante.

Elaboração – Minusa Forest Ltda.

Referências

- Manuais Técnicos Minusa;


- Manuais Técnicos John Deere;
- Manuais Técnicos Caterpillar;
- Manuais Técnicos Komatsu;

Elaborado em 01/2012 – Versão 1

A reprodução ou cópia deste manual é expressamente proibida.

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