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Celaena e Ludwig

Era uma época em que o mundo de Etheria era governado por cinco
figuras proeminentes, cada uma com poder e influência sobre terras e
reinos. Seth Ludwig, porém, carregava consigo uma linhagem que
representava uma rivalidade sangrenta e antiga. Ele era filho de inimigos
mortais, cujas hostilidades atravessavam gerações.
Há cerca de cem anos, o poder estava nas mãos de cinco figuras
notáveis: Aegis Litvart, conhecido como a Espada de Erigan, um guerreiro
habilidoso e temido; Sólon Attano, o Rei de Ferro, um tirano que governava
com mão de ferro; Phinral Zoldick, o Sentinela do Destino, dotado de
saberes do passado e do futuro; Oberon Naftarim, considerado o Maior de
Todos os Reis, com força e poder incomparáveis; e, por fim, Celaena
Barathor, a Algoz Dracônica, uma mulher envolta em lendas obscuras.
Celaena era membro de uma das Oito Famílias de Matadores de
Dragões, linhagens ancestrais cuja missão sagrada era caçar e exterminar os
últimos dragões que restavam no mundo. Entre essas famílias, a de Celaena,
os Barathor, destacava-se por sua reputação e legado. Celaena era
considerada o maior expoente dos Matadores de Dragões, pois tinha sido a
única guerreira viva a enfrentar e derrotar um Dragão Ancião.
Os Anciões do Clã Barathor decidiram confiar a Celaena uma última e
perigosa caçada. Ela foi enviada em busca de um dragão chamado Veltrax,
uma ameaça poderosa que se erguia como um desafio final para os
Matadores de Dragões. Para essa missão, Celaena recebeu a Essência
Dracônica do Vazio, deixada por sua ancestral, Ravenna Barathor, como um
legado para aquele que exaltaria o nome do clã.
Os Matadores de Dragões, também conhecidos como Dracomantes,
tinham o costume de absorver as essências dos dragões que derrotavam.
Essa prática permitia que adquirissem mudanças anatômicas e fisiológicas,
obtendo os poderes e habilidades dos próprios dragões. A Essência
Dracônica do Vazio era extremamente rara e especial, pois o dragão do qual
foi extraída possuía controle sobre todos os elementos naturais e,
principalmente, sobre o Ether, a energia primordial que permeia toda a
realidade.
Celaena aceitou a honra de sua ancestral e absorveu cuidadosamente a
poderosa essência. Com um batalhão de cem Matadores de Dragões, ela
partiu rumo ao Deserto das Mil Lágrimas, determinada a caçar e derrotar
Veltrax. A jornada foi implacável, e muitos de seus companheiros perderam
a vida no caminho devido às artimanhas e astúcia do dragão. Celaena era
uma guerreira feroz, habilidosa e estrategista, e seu poder era comparável
ao de lendários heróis, como Uther Pendragon em seu auge. Ela tinha
absoluta certeza de que, se enfrentasse Veltrax diretamente, seria suficiente
para derrotá-lo. No entanto, o dragão era diferente dos demais, pois era um
Dragão Sem Orgulho, disposto a usar artifícios e trapaças para escapar de
seu destino.
Após vários confrontos e perdas significativas em seu grupo, Celaena
tomou uma decisão ousada: ordenou que seus homens voltassem sozinhos,
reconhecendo que eles estavam sendo dizimados e que sua presença só
aumentaria o perigo. Determinada a cumprir sua missão, ela continuou a
caçar Veltrax sozinha. No entanto, em meio à perseguição, ela foi
emboscada pelo Verme Coroado na Imundície, uma Besta Imperadora da
Terra que governava o deserto. A batalha foi terrível, e Celaena se viu à beira
da morte.
Nesse momento crítico, ela foi salva por um homem chamado Ludwig,
que a levou para a segurança de sua caverna. Após examinar seus
ferimentos, Ludwig informou a Celaena que levaria pelo menos três meses
para que ela se recuperasse completamente. Contudo, Celaena, teimosa e
obstinada, insistia em se levantar e prosseguir com a caçada. Após inúmeras
discussões, a Algoz Dracônica concordou em esperar um mês,
submetendo-se aos tratamentos de Ludwig.
O tempo que passaram juntos foi completamente diferente de tudo o
que Celaena havia experimentado em sua vida. Por mais de cem anos, ela
vivera apenas para cumprir sua missão sagrada, sem desfrutar dos prazeres
simples da vida. Agora, ela se via envolvida em conversas na mesa de jantar,
desfrutando da leitura de livros e explorando assuntos desde os mais banais
até os mais filosóficos. À medida que o tempo avançava, Celaena sentia uma
hesitação crescente em seu peito, uma vontade de abandonar sua missão e
abraçar uma vida diferente.
Após apenas duas semanas vivendo com Ludwig, Celaena sentiu uma
urgência em partir antes que fosse tarde demais. No entanto, Ludwig a
deteve com um beijo, resgatando-a das amarras de seu propósito. Naquela
noite, eles se entregaram ao amor sob o céu estrelado, e uma estrela em
particular observou-os com curiosidade.
Após um mês ao lado de Ludwig, Celaena, que possuía um físico
superior, havia se recuperado completamente de seus ferimentos e estava
pronta para retomar sua caçada. Nos últimos dias, algo a perturbava
profundamente, mas ela preferia ignorar suas próprias suspeitas.
Determinada, Celaena perguntou a Ludwig quem ele realmente era e por que
vivia naquela caverna. Suas respostas não a convenceram, e, finalmente, ela
fez a pergunta que a atormentava: se Ludwig era, na verdade, Veltrax em sua
forma humana.
Hesitantemente, Ludwig admitiu a verdade. Ele era o próprio Dragão
Veltrax, um ser perseguido desde o nascimento pelos Matadores de Dragões,
apesar de nunca ter cometido crime algum. Ele compartilhou com Celaena a
trágica história de como seus pais foram arrancados dele e de como seus
irmãos foram assassinados um a um. Ludwig buscava apenas exílio e refúgio
em lugares distantes da civilização.
Após ouvi-lo atentamente, Celaena questionou por que ele havia
salvado sua vida. Ludwig respondeu que ela precisava de ajuda e que seu
corpo agiu por conta própria para salvá-la. Em um momento de decisão
angustiante, Celaena atravessou o peito de Ludwig com sua espada, pondo
fim à sua miserável existência.
Triunfante, Celaena retornou a Tempesvéu, o lar de seu clã, sendo
recebida com glórias e honrarias. No entanto, ao relatar sua vitória, ela
surpreendeu a todos ao anunciar sua intenção de aposentar sua espada e
viver uma vida reclusa. Os Anciões do clã ficaram indignados com suas
palavras, especialmente depois de ela ter recebido o poder da Essência
Dracônica do Vazio, que fora guardada por tanto tempo. No entanto, Celaena
permaneceu firme em sua decisão.
Pouco antes de partir da cidade, um espião enviado pelos Anciões
descobriu o terrível segredo que Celaena guardava: ela estava grávida, e a
criança em seu ventre era um Dragão com a linhagem do Vazio. A partir
desse momento, todos os Matadores de Dragões de Elite do Clã Barathor e de
outros clãs foram convocados. Assim, teve início a maior caçada em mais de
cinco mil anos.
Todos os membros importantes dos Oito Clãs de Matadores de
Dragões se reuniram em Tempesvéu, a cidade sede do Clã Barathor. Lá, os
membros do Clã Zoldyck, que tinham habilidades divinatórias, descobriram
o paradeiro de Celaena, e em pouco tempo, centenas de Matadores de
Dragões de Elite foram despachados, montados em um exército de Wyverns.
Celaena sabia que seria caçada e se antecipou buscando refúgio nas
ruínas de um forte antigo situado no Monte Callisto. Ela jurou que
protegeria a criança dentro do seu ventre, mesmo que tivesse que enfrentar
os Oito Clãs. Em poucas horas, o Monte Callisto foi cercado por seiscentos
wyverns, que sobrevoavam o local, enquanto seus cavaleiros miravam seus
arcos prodigiosos, capazes de disparar flechas do tamanho de lanças. De
cima de um wyvern branco e gigante, Rhazor Barathor, com os braços
cruzados, observava sua prima ficar encurralada.
Todos os cavaleiros estavam tensos, conscientes de que teriam que
enfrentar a maior guerreira do Clã Barathor, uma mulher que sozinha tinha
sido responsável pela morte de dois Dragões Anciões. Celaena finalmente
saiu de uma caverna, vestindo uma armadura prateada que reluzia sob a luz
do sol, e empunhando a Rasgadora de Véus, sua querida espada. Ela bradou
em direção aos céus, oferecendo uma chance para aqueles que quisessem se
retirar, garantindo que não haveria retaliação. No entanto, deixou claro que
aqueles que persistissem em enfrentá-la seriam mortos. Rhazor então
ordenou que todos mantivessem as posições, e nenhum cavaleiro
abandonou a formação.
Nesse momento, Celaena inspirou e expirou profundamente. Em
seguida, desapareceu diante dos olhos de todos, como se tivesse se tornado
invisível. Todos ficaram atônitos com o repentino desaparecimento, mas
logo foram trazidos de volta pela destruição e pelos gritos de agonia que
ecoaram pelo céu. Ao olhar para o lado esquerdo da formação, Rhazor
testemunhou Celaena mover-se com asas dracônicas nas costas, cortando e
dilacerando dezenas de cavaleiros de wyvern de uma só vez. Uma chuva de
sangue e vísceras pintou o céu enquanto Celaena desferia inúmeros golpes
rápidos, ceifando dezenas de vidas a cada minuto.
Rhazor ordenou o ataque, e a formação se movimentou para cercar
Celaena e neutralizá-la o mais rápido possível. No entanto, as nuvens do céu
se tornaram obscuras, e dois enormes tornados começaram a se formar ao
redor de Celaena, arrastando uma centena de wyverns de uma só vez. Com
uma fúria ensandecida, ela urrou, e um relâmpago desceu do céu,
eletrificando um dos tornados. Em seguida, uma labareda de fogo desceu do
céu e incendiou o outro tornado.
Celaena controlou ambos os tornados, fazendo-os colidirem entre si,
resultando na morte de centenas de inimigos. Os cavaleiros restantes
estavam apavorados e completamente aturdidos com o nível de poder de
Celaena. A distância entre seus poderes e os deles era como a distância entre
o céu e a terra. Assolados pelo medo, todos debandaram em diferentes
direções, mas Celaena os alcançou em pleno voo e os massacrou
impiedosamente.
Rhazor assistiu suas tropas serem completamente dizimadas, incapaz
de se mover. Finalmente, Celaena voltou-se para seu primo e, com
sarcasmo, disse: "Depois de morrer, certifique-se de que um verme como
você não renasça novamente, ou terei o desprazer de te matar
repetidamente." Em seguida, arrancou-lhe a cabeça com uma de suas mãos.
Após essa vitória, Celaena sobrevoou o campo de batalha, aguardando.
Ela sabia que, depois desse exército, enfrentaria os verdadeiros inimigos: os
Sete Flagelos Dracônicos, um grupo de guerreiros lendários que, assim
como ela, eram capazes de desafiar dragões anciões isoladamente. Enfrentar
apenas dois deles já seria um desafio mortal, mas enfrentar todos de uma
vez seria suicídio.
A espera não demorou muito e Celaena avistou seis wyverns se
aproximando no horizonte. Em cima de cada um deles, estava um membro
dos Sete Flagelos Dracônicos, sendo ela mesma considerada a sétima
membro. Os Flagelos Dracônicos eram o ápice dos Matadores de Dragões,
considerados os mais poderosos de cada um dos clãs de dracomantes. À
medida que as silhuetas distantes se aproximavam, revelaram-se os
inimigos: Augustus Dunwall, Seraphine Zoldyck, Trystan Ronefell, Sylas
Attano, Sirius Asther e Boros Drakkon.
Sylas e Augustus se destacavam como os mais fortes e logo
assumiram a liderança do grupo. Sylas cumprimentou Celaena solenemente,
expressando sua admiração desde a infância, e pediu que ela se rendesse,
evitando um confronto entre antigos companheiros. Ele sugeriu que a
criança crescendo em seu ventre, uma praga que precisava ser eliminada,
poderia ser removida por meio da magia, sem colocar a vida de Celaena em
risco. No entanto, Celaena rejeitou a oferta e declarou: "Vocês vieram até
aqui. Se não desejam nada, simplesmente partam enquanto eu permito".
Alguns dos Flagelos Dracônicos eram arrogantes e acostumados à
veneração dos mortais. Ao serem desprezados por Celaena dessa maneira,
despertaram sua raiva. No entanto, Sylas continuou a insistir que deveria
haver outra solução, mas Augustus o convenceu a desistir. Ambos se
afastaram de Celaena com uma última expressão de pena.
"Qual de vocês será o primeiro?" Ela bradou com sua voz imponente.
Nesse momento, uma flecha cortou o ar a uma velocidade impossível de ser
percebida. Celaena ouviu o sibilo mortal e desviou por pouco, mas a flecha
lacerou sua bochecha. Em seguida, uma segunda flecha voou em sua
direção, mas ela conseguiu desviar por completo. O elfo Trystan Ronefell
disparava flechas impiedosas de seu poderoso arco. Antes que ela pudesse
reagir, uma figura sinistra surgiu por trás dela, agarrando-a. Era o anão
Boros Drakkon, dotado de uma força tirânica capaz de erguer um dragão
pela cauda. Segurando-a por trás, ele imobilizou seus braços, enquanto
Sylas voou em sua direção e atingiu seu rosto com a manopla, quase
destruindo seu maxilar.
Celaena cuspiu sangue e lutou para se soltar, mas o abraço de Boros
era forte demais. Trystan preparou outra flecha, mirando desta vez seu
ventre, com a intenção de matar o feto. Diante disso, Celaena cuspiu algo em
direção a ele. Repentinamente, a parte superior da cabeça de Trystan
explodiu quando foi atingido por um dente disparado por Celaena.
Em seguida, Celaena começou a liberar chamas do próprio corpo, de
forma ensandecida, enquanto urrava. Um pilar de fogo se formou com ela no
centro, incinerando tudo num raio de um quilômetro. No entanto, a
armadura de Boros era extremamente resistente ao fogo, e ele apenas
zombou enquanto a esmagava com seu abraço, sufocando-a. Com ainda
mais fúria, Celaena gritou novamente, e as chamas queimaram com
intensidade crescente. Boros continuou a zombar dela, mas as chamas
subitamente se tornaram negras e começaram a devorar sua armadura e
carne. Ele largou Celaena, consumido pela agonia, e caiu daquela altitude
para encontrar sua morte.
Quase sem pausa, Sylas, com sua manopla de espinhos, Augustus,
com sua espada, Seraphine, com seus feitiços, e Sirius, com sua lança,
atacaram Celaena simultaneamente, de todos os ângulos e direções,
desferindo golpes incansáveis, sem deixar brechas para esquivas e
forçando-a a bloquear tudo de frente. Celaena percebeu que um desses
ataques atingiria seu ventre e permitiu que a lança perfurasse seu pulmão,
evitando que outro ataque mirasse sua barriga, mas desviando para que
atingisse seu coração.
A batalha progrediu de maneira imprevisível, com Celaena
demonstrando uma resistência implacável. Vendo suas opções se
esgotarem, ela começou a fugir pelo céu, perseguida pelos seus algozes. Ela
se aproximou voando rente ao Monte Callisto. Quando os outros desceram
para alcançá-la, ocorreu uma explosão ensurdecedora, e a montanha
vomitou cinzas e rochas inflamáveis. O wyvern de Seraphine foi atingido em
pleno ar e começou a cair. Ela começou a conjurar um feitiço para amenizar
a queda, mas antes de concluí-lo, sentiu seu peso multiplicar centenas de
vezes. Ela olhou para Celaena, que desenhava glifos mágicos no ar, lançando
um feitiço de gravidade contra ela. A força gravitacional empurrou
Seraphine para baixo, esmagando-a completamente contra o solo.
Enquanto Sirius se esquivava de várias rochas flamejantes e lutava
para enxergar através das cinzas, Celaena decepou as asas do wyvern que ele
montava. Ele caiu em direção à boca do vulcão, e Celaena enterrou sua
espada em seu peito, rugindo de fúria e arremessando-o em direção às
chamas que o devoraram.
Ao mesmo tempo, Augustus e Sylas voaram alto, emergindo da
tempestade vulcânica e voando acima das nuvens. Celaena emergiu
lentamente das nuvens, seu corpo coberto de feridas e respirando com
grande dificuldade. Os dois Flagelos Dracônicos restantes estavam
aterrorizados diante da força da mulher diante deles, questionando como
ela se tornara tão poderosa desde o último encontro. Ainda assim, não
podiam recuar e não tinham outra opção senão enfrentá-la.
Nesse momento, Sylas decidiu sacrificar sua essência sanguínea para
despertar todo o poder de sua linhagem. O céu repentinamente se tingiu de
carmesim, e sua carne se transformou, criando escamas negras e vermelhas
que se espalharam por todo o seu corpo. Celaena enfrentava a técnica final
do Clã Attano: Céu Carmesim.
A tensão no campo de batalha atingia níveis insuportáveis à medida
que a transformação de Sylas se desenrolava. Ventos furiosos emanavam
dele como chicotes, cortando a pele dos braços de Celaena, que os erguia
para se proteger. De repente, o vento cessou, e Sylas disparou em direção a
Celaena em um piscar de olhos, golpeando-a com socos poderosos que
deixavam rastros vermelhos no ar. Ele lançou uma sequência de golpes
astutos e imprevisíveis, dezenas de vezes mais rápidos e poderosos do que
antes. Cada golpe que atingia Celaena causava uma dor excruciante,
empurrando-a a quilômetros de distância, enquanto Sylas a perseguia como
um borrão negro e escarlate, seus olhos brancos refletindo frenesi.
Celaena concentrou-se em bloquear a maioria dos golpes com sua
espada, a Rasgadora de Véus. No entanto, a superfície metálica lentamente
se desgastou e rachou, até que um dos golpes a fez estilhaçar em milhares de
fragmentos. Desarmada, Celaena ficou ainda mais vulnerável, enquanto a
aura sanguinária de Sylas se intensificava, projetando a imagem de um
demônio atrás dele. "ESTREEEEEELAAAA SOMBRIA!", urrou ele com uma
voz gutural e irreconhecível, e um cometa vermelho emergiu das nuvens
acima, caindo em direção a Celaena.
Sem hesitar, a Algoz Dracônica desenhou vários glifos diante dela e
conjurou um relâmpago dourado, lançando-o contra o cometa. Ela gritou:
"LANÇA DE LUZ SOLAR!" As duas magias colidiram, provocando uma
explosão dourada e carmesim que cobriu o céu, obscurecendo o sol e sendo
visível de qualquer lugar do mundo.
O vulto rubro que era Sylas disparou e golpeou o rosto de Celaena,
deformando sua face com uma ferida horrenda. Ela perdeu a força
necessária para se defender, sendo espancada no ar enquanto caía. Celaena
chocou-se contra o chão, criando uma enorme cratera ao seu redor.
Sylas pousou ao lado dela, seu corpo coberto de feridas sangrentas.
Augustus aproximou-se rapidamente e segurou o amigo, impedindo-o de
cair no chão. Celaena permaneceu caída, aparentemente inconsciente. Ela
tentou mover pelo menos um dedo, mas não conseguiu. Pensou em
sacrificar sua própria essência, mas isso significaria a morte de seu filho
ainda no ventre. Com dor intensa e esforço inimaginável, ela se ergueu
lentamente. No entanto, Augustus avançou contra ela e empalou seu corpo
com sua espada, matando Celaena e o bebê que ela carregava.
Num instante, o tempo retrocedeu três segundos, e Celaena desviou
do ataque, retaliando com um soco que perfurou o peito de Augustus,
emergindo por suas costas. Ele mal teve tempo de compreender o que havia
acontecido antes de morrer.
Celaena caminhou trôpega em direção a Sylas, que começou a recuar
desajeitadamente, ambos mal conseguindo se manter de pé por mais um
segundo. Sylas começou a chorar emocionado e ajoelhou-se diante dela,
olhando-a nos olhos e dizendo: "Eu tive a honra de enfrentar Celaena, a
Algoz Dracônica, neste lugar. Foi uma fortuna que se estende por nove
reencarnações. Entrego minha vida de bom grado."
Sem dizer uma palavra, Celaena passou por ele sem sequer olhá-lo e
caminhou em direção ao horizonte, cambaleando, com todos os órgãos
internos rompidos e à beira da morte. Mesmo assim, ela olhou para o sol se
pondo no horizonte laranja e abriu um sorriso.
Celaena caminhou pelo Deserto das Mil Lágrimas, seguindo o
caminho solitário até a caverna onde ela e Ludwig se conheceram, onde
compartilharam momentos de amor e paixão. O local agora estava repleto de
lembranças amargas e um sentimento de melancolia a envolvia. Ela se
perguntava se, de onde Ludwig estava, ele a odiava por ter tirado sua vida.
Uma sensação de pesar a consumia.
Na solidão da caverna, Celaena deu à luz seu filho, um fruto indelével
do amor que ela e Ludwig compartilharam. Ela o batizou em homenagem ao
pai, chamando-o de Seth Ludwig. No entanto, uma profunda tristeza a
envolvia, pois sabia que não poderia criar seu filho adequadamente e
dar-lhe o amor que ele merecia. As lágrimas começaram a escorrer de seus
olhos, expressando sua angústia e impotência.
Nesse momento de desespero, uma estrela que observava do céu se
compadeceu da situação de Celaena e desceu, renunciando à sua
imortalidade. Essa estrela se chamava Lucilia e prometeu cuidar de Seth
como se fosse seu próprio filho. Ela confortou Celaena, trazendo um pouco
de paz em seus últimos momentos de vida.
Ciente de que ela e o menino seriam alvos de outros caçadores de
dragões, Lucilia decidiu viajar até o Palácio da Noite Eterna, no Reino
Escondido de Moriah, onde um vampiro poderoso chamado Drácula residia.
Lá, ela buscou proteção para o menino e fez um acordo com Drácula. Ele
concordou em protegê-lo, mas exigiu que Lucilia se casasse com ele.
Embora relutante, Lucilia aceitou, sabendo que era a única maneira de
garantir a segurança de Seth.
Assim, naquele dia, luz e trevas se entrelaçaram no destino de Seth.
Enquanto Celaena partia deste mundo, a vida de seu filho encontraria um
novo caminho nas mãos de Lucilia e Drácula.

Seth Ludwig

Quando Seth ainda era um bebê, Drácula tomou a decisão de enviá-lo


para um monastério distante, conhecido como Mosteiro das Quatro Luas.
Lá, ele seria criado por monges e sacerdotes, enquanto Lucilia e Drácula o
visitariam esporadicamente para ensiná-lo a controlar o poder de suas
linhagens únicas e poderosas. Seth herdou a linhagem do Dragão do Vazio
de sua mãe, Celaena, e a linhagem do Dragão do Céu de seu pai, Veltrax. Com
esses dois poderes latentes dentro dele, estava destinado a se tornar uma
figura extremamente poderosa no futuro.
Lucilia e Drácula tomaram todas as precauções para que Seth nunca
descobrisse suas verdadeiras identidades ou seu passado. Era essencial
escondê-lo tanto de deuses quanto de humanos que desejavam sua morte.
Lucilia assumia a identidade de um velho monge sábio, enquanto Drácula se
disfarçava de um professor acadêmico. Dessa forma, eles mantinham a
verdade oculta de Seth, protegendo-o de possíveis ameaças.
Com o passar dos anos, Seth cresceu forte e saudável, dedicando-se
fervorosamente à fé em Amythia, a deusa da Luz, das Artes e da Justiça. Foi
durante sua jornada de fé que ele conheceu três órfãos, Arthorias,
Wanderfalke e Nymeria, que se tornaram seus amigos mais próximos, uma
união que transcendia os laços de sangue. Juntos, eles enfrentaram desafios
e compartilharam momentos de alegria e tristeza.
Quando Seth atingiu a idade adulta, ele decidiu embarcar em uma
jornada para Danafor, a capital do Império de Zaresthia, acompanhado por
Arthorias. Seu objetivo era se encontrar com o Papa da Santa Igreja de
Amythia, Alveron, e buscar a graduação como Paladino de Amythia. No
entanto, apenas Arthorias foi aprovado pelos Arcebispos, o que deixou Seth
com uma sensação de misto de orgulho e desapontamento.
Enquanto Arthorias seguia seu caminho como Paladino, Seth se viu
diante de uma encruzilhada em sua jornada. Ainda determinado a se tornar
um defensor da justiça e da luz, ele teria que encontrar seu próprio caminho,
enfrentando desafios e descobrindo seu verdadeiro propósito.
Ao longo de sua jornada pessoal, Seth cruzou o caminho de diversos
indivíduos notáveis, como Kvothe Lockey e Takeda Hajime, que se tornaram
seus amigos leais e companheiros em batalhas contra as forças das trevas.
No entanto, em meio a todas as suas conexões, uma pessoa especial entrou
em sua vida: Ceres.
Seth conheceu Ceres em um momento de perigo, quando a resgatou
das garras de um demônio albino. Desde então, uma ligação profunda e
inexplicável surgiu entre eles. Com o passar do tempo, o sentimento entre
Seth e Ceres floresceu, e eles se entregaram ao amor, unindo-se através das
Alianças do Vínculo Eterno. Juntos, eles encontraram alegria e felicidade,
compartilhando risos e sonhos enquanto construíam uma vida juntos.
A luz que iluminava a existência de Seth e Ceres tornou-se ainda mais
brilhante quando Ceres engravidou. Eles acolheram com amor cada
momento da gravidez, nutrindo a esperança e o amor que se fortalecia com
cada dia que passava. Por meses, a felicidade envolveu suas vidas, pois
aguardavam ansiosos pela chegada do fruto de seu amor.
No entanto, o destino teceu um trágico acontecimento que mudaria
suas vidas para sempre. Em um dia fatídico, Seth foi testemunha impotente
do assassinato brutal de suas duas pessoas mais importantes: Ceres, sua
amada esposa, e Arthorias, seu leal e inseparável amigo. O responsável por
esse ato abominável era Rath Modar, o Apóstolo de Volark, o Deus da
Vingança. A visão de sua amada e seu amigo sendo arrancados cruelmente
de seu convívio acendeu uma chama voraz de vingança dentro de Seth,
consumindo-o por dentro.
Apesar da tragédia, um raio de esperança brilhava entre as sombras.
Ceres, antes de ser levada de Seth, deu à luz uma linda criança, uma menina
que recebeu o nome de Celaena. Seth encontrou consolo e força em seu olhar
inocente e prometeu protegê-la e amá-la com todo o seu ser. Celaena seria o
legado vivo do amor entre Seth e Ceres, e ele dedicaria sua vida a garantir
que ela crescesse em segurança e em meio a todo o amor que merecia.
Assim, carregando o peso da perda e da vingança, Seth abraçou sua
nova missão com determinação inabalável. Ele se tornaria um guardião
incansável de sua filha, enquanto buscava justiça para aqueles que lhe
causaram tanto sofrimento. O destino havia imposto um fardo pesado sobre
seus ombros, mas Seth estava disposto a enfrentar qualquer adversidade
para garantir um futuro melhor para Celaena e para si mesmo.
Natureza do Karma
Isis é o Karma de Seth, um Mahatma que personifica a sabedoria, a
magia e o equilíbrio. Ela personifica as qualidades que Seth sempre buscou
em sua vida, mas que nem sempre conseguiu alcançar. Isis é a manifestação
do potencial mágico interior de Seth, sua ligação com os elementos e sua
capacidade de encontrar harmonia e paz dentro de si mesmo e no mundo ao
seu redor. Ela inspira Seth a explorar seu lado intuitivo e espiritual, bem
como a cultivar uma conexão profunda com a natureza.

Aparência
Isis possui o formato de uma pequena serpente alada, combinando as
características de uma serpente e de um dragão. Seu corpo é esguio e
flexível, coberto por escamas brilhantes que refletem a luz de forma mágica.
Suas asas são transparentes, com padrões intrincados que lembram asas de
borboleta. Isis possui olhos grandes e expressivos, com íris luminosas que
mudam de cor conforme suas emoções. Ela emana uma aura suave e etérea,
irradiando uma sensação de calma e sabedoria.

História
Após a trágica perda de sua amada esposa, Ceres, e de seu leal amigo,
Arthorias, pelas mãos cruéis de um homem chamado Rath Modar, Seth
mergulhou em uma escuridão profunda e angustiante. O luto e a sede por
vingança consumiram sua alma, deixando-o à beira da desesperança.
Enquanto Seth lutava para encontrar um sentido em sua existência
despedaçada, um sentimento de energia pulsante começou a emergir de
dentro dele. Era como se algo adormecido há muito tempo estivesse
despertando diante da dor insuportável que o dominava. Essa energia
assumiu a forma de uma pequena serpente alada, chamada Isis.
Isis, antes uma mera presença latente, agora era uma manifestação
física do poder latente de Seth. Ela irradiava uma sabedoria ancestral, um
conhecimento profundo que transcende o tempo. Ao ver o sofrimento de
Seth, ela se ofereceu como sua guia e protetora.
Isis sussurrou palavras de conforto e consolo a Seth, relembrando-o
dos ensinamentos de Ceres e da amizade inquebrantável de Arthorias. Ela
instigou Seth a não permitir que sua dor o consumisse, mas a canalizá-la em
um propósito maior. Juntos, eles planejaram uma jornada de justiça e
redenção, buscando punir Rath Modar e trazer paz aos espíritos de seus
entes queridos.
Clã Dunwall
O clã Dunwall é único entre os clãs de matadores de dragões, pois eles
se recusam a passar pelo ritual de dracomancia. Ao contrário dos outros
clãs, que buscam ganhar poder absorvendo a essência dos dragões, os
membros do clã Dunwall encontraram outros meios de se tornarem eficazes
caçadores de dragões. Eles são habilidosos estrategistas e especialistas em
táticas de combate, utilizando suas habilidades e conhecimentos para
enfrentar os dragões sem misturar seu sangue com o deles.

Balmorra
Balmorra é a cidade onde o clã Dunwall estabeleceu sua sede.
Localizada em uma região montanhosa, a cidade é cercada por uma muralha
imponente, reforçada com torres de vigia e fortificações. Balmorra é um
centro de treinamento militar, onde os membros do clã aprimoram suas
habilidades em combate e estratégia. A cidade abriga uma academia de elite,
onde os matadores de dragões são treinados desde jovens para se tornarem
especialistas em enfrentar essas criaturas temíveis. A atmosfera na cidade é
intensa e focada na preparação para a batalha contra os dragões, com a
muralha assustadora servindo como um símbolo de sua determinação em
proteger a humanidade.

Clã Zoldyck
Os membros do clã Zoldyck possuem habilidades divinatórias
excepcionais e são conhecidos por suas capacidades de adivinhação. Eles
não são matadores diretos de dragões, mas sua habilidade em localizar
dragões escondidos ou prever eventos futuros torna-os uma parte essencial
da caça aos dragões. Eles vivem em uma cidade situada na misteriosa
Basílica Invisível, onde suas habilidades divinatórias são aprimoradas em
comunhão com os deuses.

Basílica Invisível
A Basílica Invisível é o lar do clã Zoldyck. Oculta em um vale remoto e
cercada por uma névoa encantada, a cidade é conhecida por seu ar de
mistério e espiritualidade. Suas construções são feitas de pedras antigas e
ornamentos sagrados, refletindo a conexão profunda dos membros do clã
com o divino. A Basílica Invisível abriga templos e bibliotecas sagradas,
onde os membros do clã estudam e praticam suas habilidades divinatórias
em busca de visões e previsões.
Clã Attano
Os membros do clã Attano são assassinos especializados nas artes
necromânticas, que lhes foram ensinadas por um Dragão das Sombras que
viveu no passado. Embora o dragão em si tenha perecido, seu esqueleto
permanece como um símbolo poderoso e decorativo nas Praias de Marfim
Negro, que são consideradas sagradas pelos membros do clã. Siegmeyer
Attano lidera o clã, mantendo viva a tradição das artes necromânticas.

Porto Penumbra
Porto Penumbra é a cidade do clã Attano. Localizada em uma enseada
sombria e misteriosa, a cidade é envolta por névoa densa e sombras
sinistras. As ruas estreitas e tortuosas são iluminadas apenas por tochas
trêmulas, conferindo um ambiente sombrio e intrigante. Os edifícios da
cidade possuem detalhes góticos e os sons das ondas quebrando nas Praias
de Marfim Negro ecoam no ar.

Clã Asther
O clã Asther é reconhecido por sua conexão única com os dragões. Eles
utilizavam dragões como montarias e armas de cerco em suas batalhas, mas
com a extinção gradual dessas criaturas majestosas, restou apenas um
dragão conhecido como Asterion, o Dragão Cego. Os membros do clã são
conhecidos por sua habilidade em montaria de dragões, embora atualmente
a prática esteja limitada apenas a Asterion. O clã Asther é liderado por
Aldebarã Asther, um homem cego, assim como todos os líderes do clã que,
por algum motivo desconhecido, perdem a visão após um ano de liderança.

Al de Baran
Al de Baran, a Cidade Sob as Estrelas, é o lar do clã Asther. Situada em
uma região de paisagens deslumbrantes e céu estrelado, a cidade é um ponto
de encontro para aqueles que buscam a conexão com o divino. Suas ruas são
iluminadas por tochas que brilham com um brilho etéreo e seus edifícios
exibem detalhes intricados que representam dragões em voo.

Clã Barathor
O clã Barathor já foi o maior entre todos os clãs de matadores de
dragões, mas ao longo do tempo, entrou em declínio. Apesar disso, eles
possuem uma das maiores frotas de navios de guerra de Zaresthia,
tornando-se uma força formidável nos mares. Seus membros são
conhecidos por suas habilidades de navegação e combate marítimo. Hans
Barathor lidera o clã, mantendo a tradição de seus antepassados.

Tempesvéu
Tempesvéu é a cidade do clã Barathor, situada em uma península
estratégica com vista para vastos oceanos. A cidade é um centro comercial
movimentado e um porto importante, onde os navios do clã ancoram. Suas
ruas são preenchidas com o som de mercadores negociando e o cheiro
salgado do mar. O porto de Tempesvéu abriga uma variedade de navios,
desde pequenos barcos de pesca até imponentes navios de guerra.

Clã Ronefell
O Clã Ronefell é composto exclusivamente por elfos, cujas habilidades
com arco são incomparáveis. Eles são mestres arqueiros, capazes de acertar
alvos com precisão surpreendente mesmo a longas distâncias. Além disso,
os elfos do clã Ronefell são responsáveis pela invenção das balistas,
poderosas armas de cerco projetadas especificamente para derrubar
dragões. Com sua perícia com o arco e o uso das balistas, eles representam
uma ameaça formidável para as criaturas aladas. O clã é liderado por Adrian
Ronefell, um líder respeitado e estrategista habilidoso.

Núvencien
Núvencien é a cidade sede do clã Ronefell. Localizada nas alturas,
acima das nuvens, a cidade é um verdadeiro refúgio celestial. Construída em
plataformas suspensas e conectada por pontes elaboradas, Núvencien é um
lugar de beleza deslumbrante e vistas panorâmicas. As ruas da cidade são
repletas de elfos arqueiros praticando suas habilidades, aperfeiçoando suas
técnicas e se preparando para enfrentar os dragões. A cidade abriga uma
academia de arquearia renomada, onde os membros do clã são treinados
desde jovens para se tornarem arqueiros excepcionais. Núvencien é um local
de grande orgulho para o clã Ronefell e um símbolo de sua conexão com a
natureza e os céus.

Clã Drakkon
O Clã Drakkon é formado exclusivamente por anões, guerreiros
ferrenhos que nutrem um ódio profundo pela raça dos dragões. Eles são
especializados em combate contra essas criaturas temíveis e desenvolveram
armas e armaduras específicas para enfrentá-las. As armas do clã Drakkon
foram forjadas com um único propósito: matar dragões. Elas possuem
propriedades mágicas e são capazes de causar danos significativos aos
inimigos alados. Além disso, as armaduras do clã são projetadas para resistir
às baforadas de fogo dos dragões adultos sem ceder. Os membros do clã
Drakkon são guerreiros resilientes e corajosos, dispostos a dar suas vidas na
batalha contra os dragões. O clã é liderado por Radaan Drakkon, um anão de
grande destreza e liderança admirada.

Asaflama
Asaflama é a cidade do clã Drakkon, localizada dentro de um vulcão
ativo. A cidade é construída em cavernas subterrâneas e possui uma forja
ardente no coração do vulcão, onde as armas e armaduras do clã são forjadas
com fogo e magia. Asaflama é uma cidade robusta e resistente, com
arquitetura reforçada e defesas bem estruturadas. A cidade está sempre
envolta em calor e cinzas, emanando uma atmosfera impetuosa e
intimidadora. Os anões do clã Drakkon treinam incessantemente em suas
habilidades de combate e realizam cerimônias de juramento para reafirmar
seu compromisso de exterminar os dragões. Asaflama é um lugar de fogo e
vingança, onde os inimigos dos dragões encontram uma casa acolhedora e
uma força unificada.

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