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Professor do Departamento de Ciências Sociais, Universidade Federal da Paraíba – Campus IV, e do
Programa de Pós-Graduação em Antropologia/ CCAE/CCHLA/UFPB.
1 Introdução
Este trabalho baseia-se em duas pesquisas que têm como foco o Programa Bolsa
Família (PBF). A primeira, em desenvolvimento, iniciada em 2013, aborda
condicionalidades da saúde e seu monitoramento em Rio Tinto, Litoral Norte da Paraíba.
A segunda pesquisa é parte de minha atuação como consultor do Ministério de
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) entre os meses de setembro de 2014
e setembro de 2015 em uma pesquisa acerca da comunicação entre beneficiários e o
MDS, desenvolvida em outros quatro municípios em diferentes regiões do país, além de
Rio Tinto2.
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A primeira pesquisa, em desenvolvimento, conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq 482213/2013-2) e a segunda foi desenvolvida com apoio da UNESCO,
Projeto 914BRZ3002, Contrato Nº SA-2879/2014, por meio do Departamento de Condicionalidades da
Secretaria Nacional de Renda de Cidadania, do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Para o desenvolvimento do trabalho de campo em Rio Tinto contei com a colaboração de Marcia
Alexandrino de Lima; Adneuse Targino; Yago Ono Xaxa; Andreza Katyuscya da Costa Santos; Marcelo
Fernandes Gorgonho e Ivandiely Menezes, bolsistas de Iniciação Científica em diferentes momentos entre
2013 e 2015. Em Rio Tinto e nas demais localidades Patrícia Oliveira dos Santos trabalhou como assistente
de pesquisa. A participação de cada uma/um foi fundamental para o desenvolvimento desse trabalho.
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descrevem quem são esses beneficiários. O desenvolvimento da segunda pesquisa ajudou
a aprofundar algumas das questões formuladas inicialmente, ao mesmo tempo em que
despertou o interesse para questões relacionadas a compreensões mais amplas acerca do
PBF, por parte dos interlocutores. O interesse nas rotinas de monitoramento das
condicionalidades feitas pelos serviços de saúde manteve-se se somando à atenção sobre
o processo de inscrição no Cadastro Único; as fontes de informação utilizadas pelas
pessoas, sejam beneficiárias ou não; a interação com diversos sujeitos, para além dos
profissionais de saúde.
Nesse texto apresentarei alguns elementos acerca da forma como as pessoas com
quem interagi ao longo da pesquisa percebem esses critérios e as interpretações feitas
dessas percepções onde se destacam noções como necessidade e direito acionadas de
formas particulares, ao mesmo tempo que são definidas na interação com diferentes
sujeitos. Dentre esses sujeitos, destacarei aqui os profissionais com quem essas pessoas
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interagem no cotidiano de cadastramento e acompanhamento do Bolsa Família, bem
como outros beneficiários e potencias beneficiários desse programa.
2 O desenvolvimento da pesquisa
Essa diversidade pode ser pensada a partir de vários elementos como o porte de cada
localidade (grandes centros urbanos; cidades de pequeno porte; áreas rurais); o número e
o perfil das pessoas que foram contatadas/entrevistadas (por exemplo, beneficiárias; ex-
beneficiárias; em processo de cadastramento); o tipo de inserção do pesquisador em
campo; a forma local de organização da gestão e os mecanismos de interlocução com
beneficiários e a população em geral, entre vários outros. Ao mesmo tempo, essa
diversidade não inviabilizou a identificação de vários pontos em comum entre as cinco
regiões.
Nessa fase do trabalho, a pesquisa de campo foi realizada em média no tempo de uma
semana em cada uma das localidades, no entanto, a forma como transcorreu o trabalho
variou em virtude de diversos elementos. Desde a primeira etapa, em Rio Tinto,
compreendia-se que um dos principais elementos para o êxito da pesquisa etnográfica
seria a forma da entrada em campo. Diante da impossibilidade de realizar a pesquisa
apenas onde o pesquisador tivesse uma entrada prévia, foram consideradas duas
estratégias principais para o desenvolvimento da pesquisa de campo: 1) identificar
moradores e/ou lideranças que pudessem mediar a entrada em campo em cada região; 2)
realizar contato com beneficiários ou pessoas em processo de inscrição e/ou atualização
no Cadastro Único nas unidades gestoras dos municípios visitados.
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como o Programa Bolsa Família – em função do receio das pessoas de serem
prejudicadas no recebimento do mesmo.
Há pontos positivos e negativos para o uso de cada uma dessas estratégias e não
se pretende uma hierarquização das mesmas, sendo possível afirmar que essa diversidade
de entradas em campo trouxe resultados positivos. No total foram entrevistadas 87
pessoas diretamente. Além das entrevistas, foi lançada mão da observação participante e,
em pelo menos dois municípios, realizamos conversas em grupo com pessoas articuladas
a partir de uma entrevista com uma primeira pessoa.
A seleção das famílias para o Bolsa Família é feita com base nas informações
registradas pelo município no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo
Federal (CadÚnico), instrumento de coleta e gestão de dados que tem como objetivo
identificar todas as famílias de baixa renda existentes no Brasil. Com base nesses dados,
o MDS seleciona as famílias que serão incluídas para receber o benefício. No entanto, o
cadastramento não implica a entrada imediata das famílias no programa e o recebimento
do benefício. O valor do benefício é definido com base na renda mensal per capita
considerando-se elementos como o número de crianças, de adolescentes e de mulheres
grávidas ou nutrizes na residência3. A seguir apresentarei como esses critérios são
percebidos e as formas como compreensão desses valores é acionada pelas pessoas com
quem dialogamos.
Como afirmei acima, quando dizia para as pessoas que estava desenvolvendo uma
pesquisa sobre o Bolsa Família, solicitada pelo MDS ouvi alguma variação da afirmação
a seguir: “É muito importante que o governo esteja fazendo pesquisa. Porque tem muita
gente que precisa e não está recebendo e tem muita gente que não precisa e recebe”. Essa
compreensão de que há pessoas que recebem o Bolsa Família e não precisam e seu
3 As famílias que estão aptas a receber o benefício são aquelas com renda familiar inferior a R$140,00 por
pessoa. Os benefícios variáveis pagos por gestante, criança ou adolescente até 15 anos de idade é de R$ 35,
com limite de R$ 175 mensais por família (até cinco crianças por família); e o benefício variável vinculado
ao adolescente até 17 anos é de R$ 42 mensais, até o limite de R$ 84 mensais por família (até dois jovens
por família). (http://www.mds.gov.br/bolsafamilia).
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corolário de que outras pessoas precisam e não recebem foi recorrente em todas as etapas
da pesquisa e aparece em outros estudos (ÁVILA, 2013).
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Todos os nomes de interlocutores foram alterados
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O BPC - Benefício de Prestação Continuada é um direito constitucionalmente assegurado e
regulamentado pela Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS, Lei nº. 8.742, de 7 de dezembro de 1993.
É um benefício da assistência social que garante o repasse de um salário mínimo mensal a: 1) Idosos com
idade de 65 anos ou mais cuja renda per capita da família seja inferior a ¼ do salário mínimo vigente; 2)
Pessoas com deficiência, em qualquer idade, incapacitadas para a vida independente e para o trabalho, cuja
renda per capita familiar seja inferior a ¼ do salário mínimo vigente”. (http://www.mds.gov.br)
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das necessidades de cada um. Josilene diz que primeiro teriam lhe dito na Secretaria que
iam deixar seu filho de fora do cadastro para ela “poder receber o Bolsa Família”. Após
essa orientação, algum tempo depois ela parou de receber e agora lhe diriam na secretaria
que ela não pode receber ao mesmo tempo os dois benefícios. Ela fala sobre essa
explicação de forma impaciente, parecendo não acreditar ou concordar: “Eu conheço
muita gente que tem benefício e recebe o Bolsa Família. Tem gente que tem até duas
aposentadorias e recebe... O que eu recebo dele é pras despesas dele, pra remédio”. Por
essa razão ela não via sentido na objeção a receberem também o benefício do PBF.
Para Marisa, em Belo Horizonte, a ideia de que receber o Bolsa Família tem a ver
com “direito” foi dita de forma peculiar por “uma mulher no CRAS”, onde a ideia de
ajuda se repete: “Você sempre trabalhou, sempre contribuiu, agora chegou a hora de o
governo te ajudar”. “Chegou minha vez”, disse ela. No CRAS lhe teriam dito antes de ela
se cadastrar: “Você tem benefício; você, seu filho e a criança” (de quem ela estava
grávida). Vincula seu direito ao benefício pelo fato de “ter trabalhado; ter tido carteira
assinada, tem direito também”, considerando como se o Bolsa Família talvez fosse uma
espécie de seguro desemprego do trabalho informal associado a ter filhos na escola. No
entanto, ela entendia que se essa experiência de trabalho se dá presente inviabiliza o
recebimento: “Minha mãe fez o cadastro, mas não era no meu nome. Ela nunca recebeu,
disseram que quem trabalha não pode receber... Tem gente que trabalha e recebe. Não sei
como consegue essa proeza! Mas estamos no Brasil, não é?”.
Dentre todas essas compreensões que indicam o que o Bolsa Família é e a quem
se destina sobrepõe-se o que foi citado inicialmente acerca da prioridade para mulheres
que têm filhos. Fabrícia, em Rio Tinto, contou que “descobriu” que poderia receber
quando ficou grávida: “Quando a gente tem um filho e a gente é de maior pode fazer [o
cadastro] no nome da gente”. Sílvia, sua vizinha, diz ter “ido atrás” do Bolsa Família
apenas quando estava grávida do primeiro filho, pois achava que era “só pra quem tem
filho de menor, por isso não liguei de correr atrás”. Além dessa informação reforçada
pela agente comunitária de saúde ela diz que “ouvia no colégio também” as professoras
dizerem que “vem um dinheiro aí pra quem estuda”. Ela diz que “quando saía esse
boato” ela ouvira dizer que “mulher grávida pode fazer, mas não sabe se vem”.
Em Belo Horizonte, tanto Jéssica como Marisa e Bianca disseram que quando
eram casadas ou trabalhavam (Marisa) nunca pensaram em fazer o cadastro, pois “não
precisavam”. A mudança a um novo estado (separação, viuvez ou desemprego) em suas
vidas as fez perceber, também por influência de outras pessoas que “agora precisava da
ajuda do governo”. Foi da parte de Jéssica que a definição do PBF partilhada por várias
pessoas se expressou de forma mais clara: “uma ajuda do governo pras pessoas carentes”,
e depois uma “ajuda do governo pras mães carentes ajudarem os filhos”.
Como em um primeiro momento o PBF é sempre entendido como sendo “pras
mães”, a hipótese de um homem receber a Bolsa foi sempre induzida por uma pergunta
nossa. Algumas vezes se falou, como Alzira, de quem falei acima, que “tinha que ver o
caso”, mas na maioria das vezes o entendimento foi de que homens não deveriam
receber. Jéssica, ao reafirmar que “a bolsa é só pra criança” considerou que se um casal
sem filhos recebesse seria “um desaforo”.
Lailma, em Belém, ao tentar entender a variação no valor que recebia, diz: “Eu
acho que é conforme a idade; os filhos vão crescendo e vai saindo”, mas Luzia discorda
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dizendo que conhece uma vizinha cujos filhos “estão grandes e não cortaram. Antes só
cortava quando pessoa pegava maioridade, mas hoje com 16, 17 anos tá cortando... É que
com 18 tá no ponto de pegar no pesado”. Essa compreensão particular sobre até que
idade os filhos poderiam receber e a convicção de que depois da maioridade dos filhos
não teriam direito a receber corrobora a noção de uma política voltada às mulheres e
crianças. Insere-se na mesma lógica de que homens sozinhos e casais sem filhos não
deveriam receber. Por ser uma ajuda e não um direito, o recurso deveria ser destinado aos
que mais precisam - as mulheres e as crianças.
Embora não se vá aqui fazer uma análise minuciosa dessa variação, o ponto a ser
destacado é que o número de referências ao Bolsa Família como um direito feitas de
modo espontâneo foi bastante reduzido. Ao contrário do uso dessa expressão presente nas
cartas endereçadas o Presidente Lula, analisadas por Amélia Cohn (COHN, 2012), no
caso dessa pesquisa ocorre de modo semelhante ao descrito na obra Vozes do Bolsa
Família (REGO; PINZANI, 2014). Muitas vezes a referência a direito era induzida pela
pergunta se as pessoas achavam ser o Bolsa Família um direito ou uma ajuda e há que se
refletir se faz mesmo sentido um tipo de pergunta como essa. Apenas como um exercício
para explorar inicialmente as categorias com que essas pessoas operavam essa discussão
se justifica. De todo modo, como vimos na discussão acima sobre a possibilidade de
articular outros benefícios com o PBF, essa defesa de um “direito” era feita, ao mesmo
tempo, com base no argumento de que as pessoas tinham “necessidade” e precisavam ser
ajudadas pelo “governo”, compreensão presente em outras pesquisas (e.g. PIRES, A.
2012; AHLERT, 2013).
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4 Controle e julgamento
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Conversando com Marisa, em Belo Horizonte, perguntei o que ela pensava de o
Bolsa Família antes de decidir fazer o cadastro e ela disse “Eu era contra! Tem muita
gente que não precisa e recebe e quem realmente precisa não recebe... A gente chega lá e
eles dizem você não tem perfil... Mas aí, por exemplo, teve uma vizinha minha que disse
que mentiu... É só contar um monte de lorota com cara de choro” [que consegue ser
aprovado]. O problema é que não tem vistoria... Eu não sei mentir”. Quando foi fazer o
cadastro, disse que explicou tudo, não escondeu nada. Disse que o marido estava
construindo a casa, mas informou que não moravam juntos, ela morava com a mãe: “Eu
não menti”.
Ao falar da situação de outras pessoas que, ao contrário dela, mentiriam, disse que
“se você levar os documentos não passa. Vão dizer que você está fora do perfil”. Mas ao
mesmo tempo lamentava não receber informações suficientemente claras sobre como se
definem os valores a que cada pessoa tem direito para assim evitar que as pessoas
manipulem as informações. Por exemplo, diz: “Eu tenho uma vizinha que tem três
crianças e recebe 180 reais; já outra tem duas crianças e recebe 320. Como é que pode?
Só na base da mentira...”. Por isso ela diz que “tinha que ter uma vistoria anual”.
Ao mesmo tempo em que fazia o julgamento das pessoas que mentiriam no
cadastramento, ela narra sua forma de apresentar as informações na Regional, o que seria
distinto de mentira, em sua opinião. Teria a ver com a capacidade de cada pessoa
“mostrar a situação” - expressão bastante usada por outras mulheres - no momento do
cadastramento: “Se tiver o PIS e tiver trabalhando não entra”. Ela explica que o nome de
seu marido não está no cadastro porque “de fato ele não mora aqui. Ele está na outra
cidade trabalhando e construindo a casa... É claro, se eu for lá e disser que meu marido é
cabeleireiro todo mundo sabe que cabeleireiro ganha bem, ganha quatro mil, cinco mil
reais por mês... Mas eu não moro com ele. Quando eu me mudar pra lá eu volto e digo
que não preciso, quando terminar de construir minha casa”. Com base nessa
interpretação, com todas as despesas da construção da casa e por não morar com o
marido ela diz que está “no perfil”.
“Não ter as coisas” indicava “a situação” da pessoa; comprovava que essa pessoa
tinha “necessidade” e deveria receber o benefício. Luiza, em Belo Horizonte, parecia
associar o fato de ela receber o Bolsa Família com a percepção que a pessoa que fez o
cadastro teve de sua “situação”: “Quando a moça chegou lá em casa eu tava comendo
macarrão. Quando ela viu minha situação disse ‘vou legalizar’” [no sentido de que ela
iria receber o benefício]. Em Belém, Joelma ao falar sobre o momento do cadastro disse:
“Aí eu contei minha situação... Falei que eu não tenho renda, que meu marido me
abandonou eu e minha filha. Disse que meu pai é doente e tem que comprar os remédios
dele. É tipo uma entrevista. Depois tive que aguardar um ano pra receber. Quando eu fiz
cadastro eu contei minha história. A moça quase chorou”. Disse ainda que uma amiga
sua não teve o mesmo sucesso - não recebeu, enquanto o seu demorou apenas dois meses
para sair. Ela dizia achar mesmo que o fato de ter recebido e sem demora tem a ver “com
a história que eu contei”.
5 Comentários finais
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busca de entendimento do Programa ao qual aquelas pessoas buscavam estar vinculadas.
A partir do que foi apresentado podemos afirmar que alguns critérios do programa
não foram considerados apenas difíceis de serem entendidos, mas injustos. Por isso,
alguns “problemas de comunicação” pareciam não solucionáveis apenas com base
na garantia de acesso a informações mais detalhadas. Não se trata apenas de
compreender, mas de concordar. A percepção é de que os critérios do programa
mudam todo o tempo e, dessa forma, as pessoas não conseguem se apropriar desses
critérios.
6 Referências Bibliográficas
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ÁVILA, Milene Peixoto. Que pensam as beneficiárias do Bolsa Família? Política &
Trabalho - Revista de Ciências Sociais, n. 38, Abril de 2013, pp. 105-122
COHN Amélia. Cartas ao Presidente Lula: Bolsa Família e direitos sociais. Rio de
Janeiro: Pensamento Brasileiro, 2012.
GEERTZ, Clifford. Vidas e Obras: o antropólogo como autor. Rio de Janeiro: Editora
da UFRJ, 2002.
MARCUS, George E.; CUSHMAN, Dick. Ethnographies as texts. In: B. Siegel (org.)
Annual Review of Anthopology, v. 2, Palo Alto, Califórnia, 1982.
NASCIMENTO, P., MELO, A. C. “‘Esse povo não está nem aí’: as mulheres, os pobres
e os sentidos da reprodução em serviços de atenção básica à saúde em Maceió/Alagoas”.
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In J. FERREIRA, S. FLEISCHER, Soraya (eds.), Etnografias em serviços de saúde.
Rio de Janeiro: Garamond, pp. 267-297. 2014.
REGO, Walquiria; PINZANI, Alessandro. Vozes do Bolsa Família. São Paulo: Unesp.
2014.
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