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Policarbonato
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em 1994 o policarbonato teve um grande crescimento devido a venda de discos Compact Disc (CD)
em substituição aos originais de "vinil".[3] Os CD's possuem uma base de policarbonato sobre a qual é
depositada uma fina camada de um polímero fotodegradável (ftalocianinas, cianinas ou
azocompostos) que são alterados no processo de gravação, e sobre essa camada polimérica é
depositada, por “sputtering”, uma fina película metálica (de ouro ou prata), a qual geralmente possui
uma espessura de 50 a 100 nm e área total da ordem de 100 cm², e então essa última camada é
protegida por um ou dois filmes poliméricos.[10]
Atualmente, o policarbonato possui muitas aplicabilidades, sendo utilizado como cobertura, toldo,
lentes de óculos, discos compactos, em eletrônicos e peças que necessitam de transparência e
resistência mecânica.
Processos de fabricação
Acabamentos superficiais
Brunimento;
Jateamento;
Lixamento: com fita e com folhas abrasivas;
Pintura: por imersão e spray;
Polimento: com disco abrasivo e conglomerados de discos;
Pulverização;
Retificação: cilíndrica externa com avanço radial, cilíndrica interna com avanço circular, cilíndrica
interna com avanço longitudinal, retificação sem centro, cilíndrica sem centros com avanço
contínuo da peça, cilíndrica sem centro com avanço de uma fileira de peças, cilíndrica sem
centros com avanço radial, cônica com avanço longitudinal, perfil com avanço longitudinal, perfil
com avanço radial, externa com avanço longitudinal, frontal com avanço circular, frontal com
avanço retilíneo e tangencial plana.
União:
Usinagem:
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externo com jogo de pentes, interno com ferramentas de perfil múltiplo, interno com ferramentas
de perfil único, interno com fresa e interno com macho;
Serramento: alternado, circular, contínuo e contínuo (recorte);
Torneamento: cilíndrico interno, cilíndrico externo, cônico interno, cônico externo, curvilíneo,
faceamento, perfilamento axial, perfilamento radial, sangramento axial e sangramento radial;
Conformação:
Extrusão: direta;
Injeção;
Laminação;
Rotomoldagem;
Sopro.
Moldagem
O policarbonato, pode ser moldado em quaisquer formas das mais simples às mais complexas,
geralmente é moldado através de compressão a quente (termo moldagem) entre temperaturas de 175
a 200 ºC, onde através de duas placas de metal quente montadas em uma prensa hidráulica são
fornecidos é fornecido um alto valor de pressão. A termo moldagem compreende pré-secagem do
material a 120ºC (com variação de mais ou menos 3ºC) em forno quente com ar circulante, por um
tempo que depende da espessura do material. Essa pré-secagem é necessária para evitar bolhas no
processo subsequente. A folha é então aquecida até 175 - 200ºC, e moldada usando vácuo, sopro livre,
prensagem ou reação rápida. Para a moldagem de pregas ou ainda moldagem mecânica ou em moldes
casados, a folha é aquecida a 155 - 160ºC num forno, sobre um suporte recoberto de feltro, antes da
transferência necessariamente rápida para o molde. Para a formação das dobras, usam-se então
moldes macho e fêmea e pressão, se necessário. As duas moldagens, mecânica e em moldes casados,
são similares, porém requerem maior força. Dobrar a folha na linha quente exige que se aqueça a
folha de forma localizada a 150ºC, antes de curvá-la. "Temperar" o material de 130 a 135ºC por uma
hora para cada 2,5mm de espessura, livra a superfície de tensão. [11][12]
Aplicações
Existem para aplicabilidade os policarbonatos alveolar, compacto(prismático) e refletivo. O
alveolar se trata de chapa lisa com cavidades internas (alvéolos) e passa por um tratamento anti-UV
em um dos lados da chapa. É muito semelhante ao vidro canelado, porém com uma combinação de
propriedades que o torna muito mais resistente. É ideal para fechamento lateral, divisórias e
coberturas curvas ou planas, onde se deseja máxima segurança e transmissão de luz natural, pois a
camada refletiva na face externa da chapa aumenta a reflexão da luminosidade, reduzindo com
eficiência o índice de transmissão de calor para o ambiente interno em até 7 ºC. As refletivas, são
semelhantes a alveolar, porém, possuem camada refletiva em ambas faces e reduzem a transmissão
de calor em até 9 ºC.[13]Já as estruturas de policarbonato compacto são produzidas a partir de
também de polímeros de carbono e possuem grande resistência à impactos, chegam a ter uma
resistência de até 250 vezes maior do que o vidro. Sua aparência é de vidro liso, e ele é produzido nas
mais diversas cores. Além disso a chapa de policarbonato pode ser facilmente decorada com filmes de
vinil adesivos ou silk screen[14]. Uma das vantagens desse material é que ele pode ser dobrado a frio, o
que facilita no momento da produção de uma cobertura.[15]
limpeza. Além disso, apresenta maior durabilidade que o policarbonato, que pode vir a perder a
transparência e a integridade com o passar dos anos, principalmente em locais que necessitam de
maior frequência nos procedimentos de manutenção.[16]
Em relação as semelhanças e diferenças entre o acrílico e o policarbonato, sabe-se que ambos são
metade do peso de um vidro de tamanho comparável em volume.Ambos são vidros sintéticos, e cada
um oferece uma tremenda flexibilidade. Comparando ao vidro, o acrílico tem aproximadamente 17
vezes mais resistência ao impacto porém o policarbonato é ainda mais forte, com resistência ao
impacto 250 vezes a mais que o vidro comum.[5]Alguns prós e contras podem ser vistos na tabela
abaixo.
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Acetona
Ácido hidroclórico concentrado
Ácido hidrofluórico concentrado
Ácido sulfúrico concentrado Ácido acético
Acrilonitrilo Ácido cítrico 10%
Amônia Ácido hidroclórico 20%
Amil-acetato Ácido hidrofluórico 5%
Benzeno Água
Bromo Álcool etílico 95%
Butil-acetato Bórax in H2O
Clorofórmio Butano
Dimetil-formamida Cloreto de amônio
Estireno Cloreto de cálcio
Iodo Dióxido de carbono
Metanol Enxofre
Metil-etil-cetona Etileno glicol
Soda cáustica Formaldeído 10%
Tetracloroetileno Hipoclorito de cálcio
Toluol Mercúrio
Xileno Metano
Nitrocelulose Monóxido de carbono
Acetato de Celulose Oxigênio
Ácido perclórico concentrado Ozônio
Aguarrás Sulfato de cobre
Dióxido de enxofre Tricloreto de antimônio
Gasolina Ureia
Glicerina
Gasolina para avião
Óleo diesel
Bisfenol A (BPA) é o nome comum dado para 2,2 - (4,4’-hidroxifenilico) propano, 4,4’-
isopropilidenodifenol, ou 2,2’-bis (4-hidroxifenil) propano, ele é utilizado como um intermediário na
produção de resinas epóxi, as quais são utilizadas no revestimento interno para latas de alimentos e
bebidas para proteger os alimentos do contato direto com o metal, porém,na presença de
temperaturas elevadas pode migrar para os alimentos. Este também constitui os policarbonatos que
têm sido usados em mamadeiras, revestimentos de proteção de embalagens, recipientes para
alimentos, água e afins e compósitos selantes em odontologia.[21]
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Além disso, o fosgênio além de tóxico, é corrosivo e extremamente poluente, tendo já sido utilizado
como arma química na Primeira Guerra Mundial.[24]
Reciclagem
A reciclagem de polímeros pode ser classificada em quatro categorias: primária, secundária, terciária
e quaternária. Reciclagem primária consiste na conversão dos resíduos poliméricos industriais por
métodos de processamento padrão em produtos com características equivalentes àquelas dos
produtos originais produzidos com polímeros virgens, ou seja, aparas que são novamente
introduzidas no processamento. Reciclagem secundária tem relação com a conversão dos resíduos
poliméricos provenientes dos resíduos sólidos urbanos por um processo ou uma combinação de
processos em produtos que tenham menor exigência do que o produto obtido com polímero virgem,
por exemplo, reciclagem de embalagens de PP para obtenção de sacos de lixo. Reciclagem terciária é
um processo tecnológico de produção de insumos químicos ou combustíveis a partir de resíduos
poliméricos. E por fim, reciclagem quaternária pode ser dito como um processo tecnológico de
recuperação de energia de resíduos poliméricos por incineração controlada. Em síntese, a reciclagem
primária e a secundária são conhecidas como reciclagem mecânica ou física, o que diferencia uma
da outra é que na primária utiliza-se polímero pós-industrial e na secundária, pós-consumo, e a
reciclagem terciária também é chamada de química e a quaternária de energética.[25]
A reciclagem mecânica pode ser viabilizada através do reprocessamento por extrusão, injeção,
termoformagem, moldagem por compressão, etc. Para este fim são necessários alguns procedimentos
que incluem as seguintes etapas: 1) separação do resíduo polimérico, 2) moagem, 3) lavagem, 4)
secagem, 5) reprocessamento e, finalmente, a transformação do polímero em produto acabado.
Existem variações nestas etapas devido à procedência e o tipo de polímero, além das diferenças de
investimentos e equipamentos utilizados nas plantas de processamento. A reciclagem química
ocorre através de processos de despolimerização por solvólise (hidrólise, alcoólise, amilose), ou por
métodos térmicos (pirólise à baixa e alta temperaturas, gaseificação, hidrogenação) ou ainda métodos
térmicos/catalíticos (pirólise e a utilização de catalisadores seletivos). Em último estágio, se o reuso
do resíduo polimérico não é prático ou econômico, é possível fazer uso de seu conteúdo energético
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Ver também
Engenharia de Plásticos
Engenharia de produção
Polietileno
Engenharia dos materiais
Polietileno de Alta Densidade
PET
Polietileno de baixa densidade
Design de produto
Poliamida
Polímeros
Petroquímica
Polipropileno
Nafta
Referências
1. J. G. Speight, Norbert Adolph Lange (2005). «Lange's handbook of chemistry» (http://www.worldc
at.org/title/langes-handbook-of-chemistry/oclc/489645366) (Capa Dura) (Livro). 16 (em inglês).
McGraw-Hill. 1623 páginas. ISBN 0071432205. OCLC 489645366 (https://www.worldcat.org/oclc/
489645366). Consultado em 25 de Fevereiro de 2010
2. PASSATORE, Claudio R. (2013). Química dos Polímeros. São Paulo: [s.n.] 84 páginas
3. CANEVAROLO Jr, S. V. Ciência dos polímeros. São Carlos, SP. Artliber. 2004.[4]
4. Hoffmann, Sofia Beatris; Bitello, Adriana Regina (29 de dezembro de 2016). «REVISÃO
SISTEMÁTICA SOBRE IMPLICAÇÕES DO USO DE EMBALAGENS COM BISFENOL A – BPA
PARA A SAÚDE HUMANA» (https://dx.doi.org/10.22410/issn.1983-0882.v13i3a2016.1107).
Revista Caderno Pedagógico. 13 (3). ISSN 1983-0882 (https://www.worldcat.org/issn/1983-0882).
doi:10.22410/issn.1983-0882.v13i3a2016.1107 (https://dx.doi.org/10.22410%2Fissn.1983-0882.v1
3i3a2016.1107)
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om/2017/11/12/acrilico-vs-policarbonato/). Consultado em 15 de julho de 2019
6. ANGELINI, Joceli Maria Giacomini. Estudo de Tensões Residuais em Policarbonato Moldado
por Injeção. 1999. 122 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Química, Ciência e Tecnologia
de Materiais, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1999. Disponível em:
<http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/267510/1/Angelini_JoceliMariaGiacomini_D.pdf>.
Acesso em: jul. 2019.
7. SIMIELLI, E. R.; DOS SANTOS, P. A. Plásticos de Engenharia: principais tipos e sua moldagem
por injeção. São Paulo, SP: Artliber. 2010.
8. HARADA, J.; WIEBECK, H. Plásticos de Engenharia: tecnologia e aplicações. São Paulo, SP:
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9. MALAGRINO, T. R. S. Estudo da variação da resistência química em nanocompósitos de
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11. Liu, Yingjie; Ganser, Dale; Schneider, Alan; Liu, Robin; Grodzinski, Piotr; Kroutchinina, Natasha
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30/06/2023, 19:08 Policarbonato – Wikipédia, a enciclopédia livre
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