Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
VULNERÁVEIS
ARCHITECTURE FOR WOMEN IN VULNERABLE TERRITORIES
ABSTRACT
The architecture of community centers for women in socio-territorially vulnerable territories is discussed
here, pointing out the relevance of the design and construction of public and sheltered living spaces that
provide them not only with opportunities for socializing, but also for establishing networks support and
professionalization, as well as engagement in decision-making processes within their communities. The
projects analyzed here were those identified by Pardo (2018), published in the journals Arquitectura Viva,
AV monographs and AV projects, composing a thematic trilogy published by the same publisher; the
English Architectural Record, the Argentine Summa + and the North American electronic journal with its
regional branches Archdaily, from 2007 to 2017. The selection of works have been analyzed considering,
on the one hand, how the socio-territorial vulnerability specifically affects women and, on the other hand,
how the design strategies of community centers offer both shelter from the weather and socio-territorial
vulnerabilities and conditions for their confrontation by women.
KEYWORDS: community centers. vulnerable territories. socio-territorial vulnerability. women.
RESUMEN
Se discute aquí la arquitectura de los centros comunitarios para mujeres en territorios socio-
territorialmente vulnerables señalando la relevancia del diseño y construcción de espacios de vivienda
públicos y protegidos que les brinden no solo con oportunidades para socializar, sino también para
establecer redes de apoyo y profesionalización, así como participación en los procesos de toma de
decisiones dentro de sus comunidades. Los proyectos analizados aquí fueron los identificados por Pardo
(2018), planteados en las revistas Arquitectura Viva, monografías AV y proyectos AV, partes de una trilogía
temática publicada por el mismo editor; la británica Architectural Record, la argentina Summa + y la
revista electrónica norteamericana con sus sucursales regionales Archdaily de 2007 a 2017. La selección
de obras se analizó considerando, por un lado, cómo la vulnerabilidad socio-territorial afecta
específicamente las mujeres y, por otro lado, como las estrategias de diseño de los centros comunitarios
al mismo tiempo ofrecen refugio contra el clima y las vulnerabilidades socio-territoriales, ya que ofrecen
condiciones para su confrontación por las mujeres.
PALABRAS-CLAVE: centros comunitarios. territorios vulnerables. vulnerabilidad socio-territorial. mujeres.
Neste artigo, as autoras apresentam uma discussão sobre o papel da arquitetura dos centros
comunitários em territórios de vulnerabilidade sócio-territorial, tendo em vista a importância
que assumem para as mulheres. A ideia inicial baseou-se na constatação, por meio dos estudos
empreendidos no projeto de pesquisa Cidade, Gênero e Infância1, de que a presença de espaços
públicos de uso coletivo, abrigados das intempéries e projetados para o convívio, têm um
importante papel no rompimento do isolamento doméstico das mulheres. A participação em
programas de sociais para levantamento de dados e informações sobre suas condições de vida,
a frequência em rodas de conversa, oficinas e cursos informativos e de qualificação profissional,
o engajamento em processos decisórios pertinentes à comunidade, o contato com redes de
apoio, colaboração e informação, são atividades que se qualificam quando realizadas em um
Centro Comunitário destinado para essas finalidades, e não em uma casa, um bar, ou outros
espaços utilizados de forma muitas vezes improvisada para os encontros da comunidade.
O desenvolvimento do estudo cujos resultados são relatados nesse artigo organizou-se em duas
etapas: a primeira consistiu na caracterização da vulnerabilidade sócio-territorial, e em
considerações específicas sobre como a vulnerabilidade afeta peculiarmente as mulheres; na
segunda etapa foram analisadas as estratégias projetuais dos centros comunitários em
territórios vulneráveis tanto no que se refere à sua constituição material como no que tange ao
seu potencial papel no enfrentamento das condições de vulnerabilidade das mulheres.
Como colocou Pardo (2018), as definições mais usuais do termo "território", referem-se à
delimitação política de um município, distrito, estado, país ou continente. Etimologicamente, a
palavra provém do latim, terra-territorium e terreo-territor (terror, aterrorizar), numa alusão ao
impedimento, por meio do medo, da entrada de grupos não pertencentes em um determinado
recinto. Subjascentes estão as ideias de domínio e de poder demarcatório, a apropriação de um
espaço compartilhado por alguns e não acessível por outros. Estas delimitações de natureza
espacial e geográfica foram propostas por Milton Santos em "Por uma Geografia Nova, da Crítica
da geografia a uma geografia crítica"(1978), e também no grupo em que participou na
publicação: “O papel ativo da geografia: um manifesto”(2000)2 (Bernardes et. al. 2019); Claude
Raffestin (1993) “Por uma geografia do poder, Robert Sack (1983) “Human Territoriality: its
theory and history”, Manuel Correia Andrade (1995) em “A questão do território no Brasil”.
Santos promoverá a visão geográfica que vai além de uma ciência de localização, mas da
produção de entendimentos sobre o território usado, “tanto o resultado do processo histórico
quanto a base material e social das novas ações humanas”, que permite pensar a relação dos
objetos (a materialidade) e ações (a sociedade), “e os mútuos condicionamentos entretecidos
com o movimento da história”. (2000) A noção de “território usado” traz à tona os elementos
que estruturam sociedades e a complexidade destes usos, dentre eles, atores hegemônicos que
fazem do “território usado” recurso para realização de interesses particulares. Distintos atores
detêm diferentes poderes, formando diversas formas de convívios entre aqueles que exercem
e aqueles que submetem-se a poderes, em combinações que resultam na configuração dos
lugares.
Rogério Haesbart e Ester Limonad (2007) adotam a ideia de apropriação do espaço sob a ótica
de vulnerabilidade proposta por Susan Cutter em Vulnerability to environmental hazards (1996),
focalizada nos riscos, nas perdas e nas condições de baixa resiliência. Marandola Jr. e Joseph
Hogan utilizam essa construção de Cutter, somando aos aspectos ambientais a dimensão
2Apresentado por Milton Santos e pelo Núcleo de Estudos Territoriais da Universidade de São Paulo durante o XI
Encontro Nacional de Geógrafos, realizado em julho de 2000 em Florianópolis SC.
Arriaga (in: YÁÑEZ-ROMO et. al., 2017) corrobora a visão de Santos ao sustentar que a noção de
vulnerabilidade emerge das diferenças socioeconômicas entre diferentes grupos em suas
estruturas sociais, o que resulta em desvantagens e riscos de mobilização dos recursos de que
dispõem os indivíduos, lugares, comunidades e territórios, diminuindo as chances de integração
e mobilidade social, ou mesmo enfrentar ameaças ao bem-estar. Yáñez-Romo, Muñoz-Parra e
Dziekonski-Rüchardt (2017) propõem a seguinte definição:
Como mencionado acima, a ideia inicial baseou-se na constatação, por meio dos estudos
empreendidos no projeto de pesquisa Cidade, Gênero e Infância, de que a presença de espaços
públicos de uso coletivo, abrigados das intempéries e projetados para o convívio, têm um
importante papel no rompimento do isolamento doméstico das mulheres.
Um dos fatores críticos neste cenário é a deficiência no exercício dos direitos reprodutivos das
mulheres em territórios vulneráveis. Nenhum país no mundo alcançou a efetivação dos direitos
reprodutivos, e as implicações afetam não apenas indivíduos, mas comunidades, instituições,
economias, mercados de trabalho e nações inteiras. A efetivação dos direitos reprodutivos é
afetada pelo funcionamento dos sistemas de saúde, por empregos que não viabilizam o cuidado
com a gestação e as crianças, pela pobreza e educação insuficiente. (UNFPA, 2018) Um dos
resultados mais tristes da falta de opção e poder das mulheres em relação a ter filhos verifica-
se nos números mais altos de crianças em países vulneráveis. Hoje, a população abaixo de 14
anos representa 25% dos indivíduos. Entretanto, a taxa em países de maior vulnerabilidade é de
40%. Como resultado, uma em cada quatro crianças no mundo está vivendo em um país afetado
por conflitos ou desastres, enfrentando violência, fome e doença. Em 2017, mais de 75 milhões
de crianças passaram por interrupção em sua educação por causa das crises humanitárias, tendo
ameaçados não só seu bem-estar no presente como suas perspectivas de futuro. (GHO, 2019)
Fig. 2: Sala de aula com mesa única comunitária. Fonte: PANI, 2015, n.p.
Além disso, trabalhos referenciais de urbanismo de gênero são úteis ao apontar o que deve ser
implantado em uma comunidade afim de que os direitos das mulheres sejam efetivados
concretamente. Dentre estes podemos mencionar: “Urbanismo com perspectiva de género”,
coordenando por Inéz Sanchez de Madariaga para a Junta de Andalucia (2004); “Learning from
Women to Create Gender Inclusive Cities” (Women in Cities International, 2010); “Building Safe
Nesse sentido, entendemos que a arquitetura dos Centros Comunitários impacta na vida das
mulheres em proporção aos modos como são pensados os espaços para o encontro, a troca, a
colaboração, a realização de atividades coletivas e, especialmente, para o exercício da
participação nas decisões da comunidade e representação pública em contextos mais amplos
(figura 4). Com isso em vista, apresenta-se uma seleção de projetos de Centros Comunitários
que foram analisados no contexto da dissertação de mestrado de uma das autoras.
Como dito acima, os projetos de centros comunitários aqui apresentados foram selecionados a
partir de um mapeamento realizado entre 2007 e Julho de 2017 nas revistas Arquitectura Viva
(compreendendo os periódicos AV monografias e AV proyectos), Architectural Record, Summa+
e no periódico eletrônico Archdaily. Com base nesse mapeamento inicial, foram utilizados os
seguintes critérios: 1. projetos publicados sob a denominação de centros comunitários ou
centros sociais; 2. projetos que apresentassem espaços livres multifuncionais para uso coletivo.
Como Alber enfatizou (2011), as mulheres são as mais afetadas mundialmente pelos efeitos das
mudanças climáticas, que tornam mais intensos eventos como tufões, enchentes e secas, que
somam-se à incidência de eventos naturais como terremotos e tsunamis. Três dos territórios em
que se levantaram projetos de centros comunitários localizam-se em áreas de alta incidência
deste tipo de desastres. As edificações, nestes contextos, destinam-se ao apoio à população
Fig. 5: Vista do acesso ao terraço do centro comunitário Pumanque. Fonte: PUMANQUE, 2016, n.p.
Fig. 6: Diagrama de consumo de água da residência de artistas e centro comunitário Thread. Fonte: TOSHIKO, 2015, n.p.
Os aspectos de durabilidade destas construções é ainda um fator crítico, uma vez que são
implantados em regiões carentes de recursos e alternativas da manutenção. Em todos os
projetos analisados a mão-de-obra empregada foi a local, o que pode ser considerado um fator
favorável à manutenção. Por outro lado, é de se perguntar qual será o destino a médio e longo
prazo dos Centros Comunitários cujo material foi trazido de longe, como no caso de Lengson
Kayira (2014) (figura 7), no Malauí, em que todas as peças foram trazidas prontas em um
contêiner, restando apenas montá-las no local.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não há um programa estabelecido para Centros Comunitários, que variam em função da região
em que se inserem, a comunidade a que se destinam, quem promove seu projeto e construção,
quem projeta e quem constrói. Os projetos levantados nos mais variados continentes,
entretanto, têm uma característica em comum, a oferta de um espaço de uso flexível, coberto,
protegido de intempéries e de uso coletivo, ou seja, proporcionam o encontro entre pessoas da
comunidade. A presença de sanitários sugere a ideia de acolhimento e permanência. No mais,
os projetos são bastante variados, sempre sugerindo a existência de atividades atribuídas às
mulheres, crianças e adolescentes, embora possam também ser usadas por homens adultos:
cozinhas, brinquedotecas, bibliotecas, quadras. Vários dos Centros destinam algum espaço para
ateliês, aulas e outros espaços de trabalho. Vários possuem sistemas de captação de água, e
disponibilizam espaço para tomar banho, aspectos importantes em áreas de infraestrutura
carente.
Do ponto de vista social, os Centros Comunitários podem consistir no local de encontro fora da
esfera doméstica, para mulheres e crianças, fator essencial, para as crianças, para o contato com
outras crianças, para o brincar ao ar livre em segurança, para a troca, o aprendizado e o
recebimento de cuidados médicos, psicológicos e de ensino. Para as mulheres, representa a
possibilidade de integrar redes de apoio e cooperação com outras mulheres, obterem
conhecimentos não apenas funções domésticas e maternas, mas também acerca de sua saúde,
de seus direitos, além de qualificação profissional e representação dos interesses de sua
comunidade na esfera pública.
REFERÊNCIAS
ALBER, Gotelind. Gender, Cities and Climate Change. Thematic Report prepared for Cities and Climate
Change Global Report on Human Settlements. UN-Habitat, 2011. Disponível em: http://unhabitat.org/wp-
content/uploads/2012/06/GRHS2011ThematicStudyGender.pdf. Acesso em: 25 ago. 2019.
ANDRADE, Manuel Correia. A questão do território no Brasil. São Paulo; Hucitec, 1995.
BERNARDES A.; ZERBINI, A. , GOMES, C. , BICUDO E.; ALMEIDA E. ; CONTEL F.B.; GRIMM, F.; NOBRE, G.;
ANTONGIOVANNI L.; PINHEIRO, M.B.; XAVIER, M.; SILVEIRA, M.L.; MONTENEGRO, M.; FERREIRA DA
ROCHA, M.; SANTOS, M; ARROYO, M.; BORIN, P.; RAMOS, S.; DE LIMA BELO, V. O papel ativo da geografia:
um manifesto. Biblio 3W. Revista Bibliográfica de Geografía y Ciencias Sociales
Universidad de Barcelona [ISSN 1138-9796] Nº 270, 24 de enero de 2001. Disponível em:
http://www.ub.edu/geocrit/b3w-270.htm. Acesso em 07 mar. 2020.
BERNARD VAN LEER FOUNDATION. URBAN 95. An urban95 starter kit: ideas for action. Holanda: Bernard
van Leer Foundation, 2018.
COSTA, M. A.; MARGUTI, B. O. Atlas da Vulnerabilidade Social nos Municípios Brasileiros. Brasília: IPEA,
2015. Disponível em: http://ivs.ipea.gov.br/images/publicacoes/Ivs/publicacao_atlas_ivs.pdf. Acesso em
07 mar. 2020.
CUTTER, Susan. Vulnerability to environmental hazards. Progress in Human Geography, Londres, v. 20,
n. 4, p.529-539, 1996. Disponível em:
<http://journals.sagepub.com/doi/10.1177/030913259602000407>.Acesso em: 10 jun. 2018.
EL TERREMOTO REVELA DE QUÉ ESTABA HECHA CHAMANGA. El telégrafo, junho, 2016. Disponível em:
<https://www.eltelegrafo.com.ec/noticias/septimo/1/el-terremoto-revela-de-que-esta-ba-hecha-
chamanga>. Acesso em: 03 nov. 2018.
JUNTA DE ANDALUCIA. Urbanismo con perspectiva de género. Sevilha: Instituto Andaluz de la Mujer,
2004.
MARANDOLA JR., Eduardo; HOGAN, Daniel Joseph. Vulnerabilidade e riscos: entre geografia e demo-
grafia. São Paulo, Revista Brasileira de Estudos de População, v. 22, n. 1, p. 29-53, jan./jun. 2005.
Disponível em: <https://www.rebep.org.br/revista/article/viewFile/253/pdf_237>. Acesso em: 10 jun.
2018.
ONU WOMEN, ONU HABITAT. Building safe and inclusive cities for womem - a pratical guide. Delhi, 2011.
ONU HABITAT. Gender issue guide - Urban planning and design. Nairobi, 2012.
PANI COMMUNITY CENTRE. Futurarc, nov./dez. 2015, p. 74-77. Disponível em: <http://schilderschol-
te.com/wp-content/uploads/2018/01/Pani_FuturArc_452015.pdf>. Acesso em: 03 nov. 2018.
PARDO, Laura Paes Barretto. Espaços comunitários em territórios vulneráveis: uma análise sobre
processos e realizações. 2019. 231 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade
Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2018.
PAVILIONS FOR OKANA. Architecture. Pavilions for Okana, 2015. Disponível em: <http://www.pavi
PUMANQUE COMMUNITY CENTRE: The Scarcity and Creativity Studio. Archdaily, jan. 2016. Disponí- vel
em: <https://www.archdaily.com/779788/pumanque-community-centre-the-scarcity-and-creativi- ty-
studio>. Acesso em: 03 nov. 2018.
RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
SAMMAN, Emma; PRESLER-MARSHALL, Elizabeth; JONES, Nicola; BHATKAL, Tanvi; MELAMED, Claire;
STAVROPOULOU, Maria; WALLACE, John. Women's work: mothers, children and the global childcare
crisis. Londres: Overseas Development Institute (ODI), 2016. Disponível em:
<https://www.odi.org/sites/odi.org.uk/files/odi-assets/publications-opinion-files/10333.pdf>. Acesso
em: 18 mar. 2019.
SACK, Robert. Human Territorialty: its theory and history. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.
SANTOS, M. Por uma Geografia Nova, da crítica da geografia a uma geografia crítica. São Paulo: Hucitec,
1986.
THE LEGSON KAYIRA COMMUNITY CENTER & PRIMARY SCHOOL: Architecture for a Change. Arch daily,
nov. 2014. Disponível em: <https://www.archdaily.com/567576/the-legson-kayira-community-center-
and-primary-school-architecture-for-a-change>. Acesso em: 03 nov. 2018.
TOSHIKO MORI: Thread Artist Residency and Cultural Center. Divisare, Roma, mar. 2015. Disponível em:
<https://divisare.com/projects/284611-toshiko-mori-iwan-baan-thread-artist-residency-and-cul- tural-
center>. Acesso em: 03 nov. 2018. Acesso em: 03 nov. 2018.
UN-OCHA - United Nations Office for the Coordination of Humanitarian Affairs. Global Humanitarian
Overview, 2019. Nova Iorque: UN-OCHA, 2018.
UNFPA. The Power of Choice: Reproductive rights and the demographic transition. Nova Iorque: United
Nations Population Fund, 2018.
UNITED NATIONS. The Sustainable Development Goals Report, 2017. Nova Iorque: United Nations, 2017.
WOMEN IN CITIES INTERNATIONAL. Learning from Women to Create Gender Inclusive Cities: baseline
findings from the gender inclusive cities programme. Disponível em:
<http://www.safedelhi.in/sites/default/files/reports/GICPbaselien2010.pdf>. Acesso em: 01 mar. 2020.