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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE

SETOR DE HUMANAS, LETRAS E ARTES -SEHLA/I

CURSO DE HISTÓRIA

APONTAMENTOS

Dos capítulos Revolução Mexicana e Governos Populistas e Politicas


de Massa do livro História da América Latina de Lígia Prado e
Gabriella Pellegrino

RAFAEL MORAES
PRIMEIRA PARTE

REVOLUÇÃO MEXICANA

A Revolução Mexicana é contada no capítulo visando mostrar suas diversas particularidades e


complexidades dentro do momento histórico; é mostrado antecedentes do estado mexicano até então
que sempre em sua existência passava por momentos conturbados e de insatisfação popular,
especialmente devido as ações dos governos no decorrer do século XIX que tornaram ilegal a posse
coletiva de terras, em uma medida de cerceamento da população indígena que vivia nos chamados
pueblos, em dados locais a situação desses povos era tão precarizada que até mesmo eram
sujeitados a trabalhos análogos a escravidão em grandes fazendas; a economia enfraquecida do
México do século XIX, faz por dado momento que o país seja até mesmo dependente da importação
de milho norte americano, uma produção tão característica do país que é difícil imaginar a
existência da necessidade, sofria também de uma exaustão de suas minas de prata e com sua malha
ferroviária de curtíssima escala, tornava difícil o escoamento da pouco minério que se era
conseguido extrair, isto tudo tem uma mudança radical durante o governo de José Porfirio Diaz
(1876-1911) que promove muito com a ajuda de capital financeiro americano, a expansão das linhas
férreas do pais e uma modernização no setor mineiro nacional que abanadona a produção de prata e
passa a ter seu foco maior na extração de minérios não preciosos como o Zinco, Cobalto e outros
que eram então enviados ao vizinho EUA para beneficiamento; as melhoras na situação econômica
porem não tiveram muitos reflexos nos anseios da população por uma sociedade mais justa e
participativa, visto que Porfirio entregara cerca de 22 milhões de hectares de terras que eram de
posse do governo para um pequeno grupo de oito pessoas que representavam os interesses das
famílias mais ricas do pais, enquanto centenas de milhares de povos indígenas se viam destituídos
de suas terras e agora estavam sendo forçados a trabalhar em terras alheias, onde sofriam uma
forma de atrelamento a terra por débito que eram contraídos com a compra de suplementos básicos
para a sobrevivência em mercadinhos das fazendas, a conta era hereditária e não podiam deixar a
terra enquanto não fosse quitada a divida, a situação precarizada combinado com a fraude eleitoral
de Diaz em 1910 que prendeu por todo o período eleitoral o opositor Francisco Madero que liderou
um movimento anti reeleição, que era ferramenta usada por Dias para ainda manter o seu longínquo
posto de chefe de estado que naquela altura já durava quase três décadas seguidas com Porfirio já
tendo 80 anos, Madero após sua soltura foge até a fronteira norte com os EUA, onde organiza uma
declaração de ilegitimidade ao atual governo, o que então faz com que o presidente assine sua carta
de renuncia e venha a se exilar na Europa pelos quatro anos seguintes aé a sua morte aos 84 anos.
Madero então sob a presidência mas pouco se importando com a questão da terra que era principal
luta de duas figuras que vinham reclamando enorme poder sob as massas populares, Emiliano
Zapata e Pancho Villa, defendiam uma urgente reforma agraria visando reverter os erros da
administração de Porfirio Diaz a inação do governo de Francisco Madero frente a tais
revolucionários, levou a um golpe levado a cabo pele general Victoriano Horta, que era o ministro
da defesa, se Madero representava um líder politico que poderia devagar levar a mudança no país,
Horta representava a contrarrevolução e trouxe consigo diversos elementos do antigo regime do
Porifriato e levou a batalha tropas do governo contra os exércitos camponeses de Villa e Zapata, que
contavam com um novo aliado o governador de Coachiuaha, Venustiano Carranza qwue organizou
o chamado exercito constitucionalista, que foi o que teve sucesso na expulsão de Horta do país,
porem agora surgiam desavenças entre Zapata e Villa contra Carraza que também na julgava como
prioritária e redistribuição de terra, as forças unidas de Zapatistas e Villistas expulsam Carraza da
Cidade do México, porem com acesso a armas de poder bélico superior o exercito
Constitucionalista repulsa as forças combinadas, levando a vitória de Carraza que propôs uma
modernização do Estado, politicas anticlericais e também uma grande valorização da cultura e artes
nacionais patrocinando diversos artistas para registrarem a revolução representações artísticas e
heroicas que demonstravam o México que emergia após de instabilidade conflito interno, mais tarde
foram feitas leis para apaziguar os ânimos daqueles que ainda simpatizavam dos ideais mais
radicais de Pancho Villa e Zapata tais como o inicio da radiodistribuição de terras que vira a ser em
pequena escala em seu princípio mas decorrendo de intensificação nas próximas décadas. A
Revolução Mexicana deixou marcas profundas em todas as sociedades latino-americanas, e inspirou
muito do que aparece no capítulo Governos Populistas e Políticas de Masssa.
SEGUNDA PARTE: GOVERNOS POPULISTAS E
POLÍTICAS DE MASSA

No capítulo “Políticas de Massas e movimentos sociais.” do livro História da América Latina de


Lígia Prado e Gabriella Pellegrino são abordados os chamados “governos populistas” termo este
que as autoras julgam com genérico, usado para descrever governos com cateterísticas de um estado
forte e intervencionista regido por um líder forte, carismático e aclamado pelas pelas massas no
capítulo serão abordados quatro casos de situações nacionais durante as décadas de 40 e 50 do
século XX, sendo Colômbia, Guatemala, México e Argentina. O capítulo começa abordando o
caso Colombiano onde apesar de não ter passado por um governo de tal tipo, teve seu prospecto de
líder populista, Jorge Eliecer Gaitan assassinado agravando a convulsão social que o pais já passava
a muito tempo devido as pouquíssimas reformas sociais que tinham sido implementadas, Gaitan era
apessoa que se colocava como quem poderia mudar tal realidade e seu assassinato levou a
radicalização popular que até hoje gera enormes repercussões que são presentes na realidade
colombiana atual, tais quais a criação dos grupos guerrilheiros Exército de Libertação Nacional
(ELN) e as Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia (FARC). A seguir é apresentado o caso
da Guatemala que desde os século XIX já vinha sendo governado por elites brancas e mestiças que
segregavam as populações nativas e que barravam qualquer esperança de abertura politica ou social
no pais a situação se torna pior quando , United Fruit Company, empresa norte americana de frutas,
que por sua vez é o principal bem produzido pela Guatemala, é convidada a se instalar no país pelo
ditador Jorge Ubico em 1924, a empresa que com crescente poder ao decorrer dos anos passa a
intervir diretamente nos processos de tomada de decisão politica do país, com o ditador dando a eles
licença para matar qualquer um que fossem contra eles e os colonos alemães que estavam sendo
instalados no país: com a queda de Ubico em 1944, decorrem dois governos democráticos porém de
curta duração devido que no segundo, de Jacob Arbenz, que tinha intenções de tirar o monopólio
das mãos da empresa americana fazer uma reforma agraria no pais e dar direitos as populações
indígenas, tais posicionamentos o fizeram ser derrubado poder em 1954, com um golpe coordenado
pela CIA com apoio da United Fruit Company, o que levou a mais três décadas de governos
militares no pais, insurreições guerrilheiras e que deixou 140 mil mortos. O México, berço da
revolução que inspirou as lutas e demandas da América Latina, definiu os principais diretrizes dos
governos populistas que iriam se espelhar no resto do continente nos anos seguintes, tais diretrizes
foram vistas a partir do governo de Lazaro Cardenas (1934-1940), que promoveu muitas politicas
sociais, uma enorme reforma agraria que distribuiu 18 milhões de hectares para 772 mil ejidatários
(povos indígenas), também fomentou o crescimento da economia capitalista desenvolvem obras
públicas e infraestrutura, além de bancos públicos para o financiamento de tais obras e também de
uma nascente base industrial; mas talvez o maior ato do governo Cardenas, foram a privatização das
estradas de ferro e do petróleo nacional que até então estavam nas mãos de empresas norte-
americanas, tais estatizações inspiraram varias outras em diversos outros países do continente, tais
como as estatizações que ocorreram na Argentina e no Brasil; Assim como ocorreram em diversos
outros casos durante o período, Cardenas se preocupou com a criação de organizações sindicais,
como a Confederação Nacional Camponês (CNC) e a Confederação dos Trabalhadores Mexicanos
(CTM); Foram decretados a criação de diversos órgãos culturais dentro deste projeto nacionalista,
como o Instituto de Antropologia e História (INAH) e é criado o Museu Nacional de História, com
o intuito da preservação das características que faziam o México nação, especialmente no que se ttra
da questão indígena se trata da questão dos nativos que sempre foram de grande importância para a
politica do governo de Cardenas. Um ponto destoante deste caso é o fato de quem diferente do que
se era visto em países latino americanos da vista, que tentavam ao máximo afastar a população do
meio politico e perpetuar as elites dominantes no poder, o México vai no caminho contrario,
defendendo que o povo de constituir a base das demandas que regem a politica governamental em
que e chamado de corporalização do estado. Seguindo para o caso da Argentina peronista, se atenta
ao fato de que Peron não vem de uma criação politica e sim de uma junta militar da qual era
Ministro do Trabalho e Previdência, onde ganha o reconhecimento da população devido
principalmente a cria do decimo terceiro salario promovida por ele; após o fim do regime de junta
militar concorre para presidente em eleições democráticas onde sai vitorioso, mesmo sofrendo
ataques do embaixador americano Braden, que acusa Peron de ter sido um simpatizante do nazismo
enquanto fazia parte da junta militar, acusação essa que Peron usa para denunciar as consecutivas
tentativas americanas de intervir na tomada de decisões do pais, algo que iria ser uma das principais
bases da retorica peronista; na presidência Peron fica marcado por consertar rachaduras sociais no
corpo da nação argentina como a relação com a igreja católica que sempre fora um ponto sensível,
pois em diversos setores o estado e o clero se encontravam com interesses conflitantes,
principalmente no que diz respeito a educação; no campo econômico o governo peronista é marcado
pelas grandes privatizações realizadas nos principais setores estratégicos e a criação de sindicatos
além de um plano quinquenal para modernização do país, foi também criado um grande aparato
propagandista que teve uma grande colaboração da esposa de Peron, Evita, que exerceria um papel
de mediadora do povo com o estado; Peron porem também revela ter um cerne autoritarista no que
convêm em sua relação com a suprema corte, com a mídia e com os setores estudantis superiores,
sempre utilizando de ferramentas de repressão quando tais setores lhe faziam oposição.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O livro traz de forma coesa e com uma linha de pensamento bem estruturada dos fatos e de suas
respectivos antedecendes, ajudando o que sabemos dos momentos atuais e do passado que
moldaram a formação das nações da América Latina.

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