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Suporte Básico de Vida e Socorro de Emergencia 6
Suporte Básico de Vida e Socorro de Emergencia 6
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Sumário
Sumário .................................................................................................................... 1
4. ................................................................................................................................. 5
6. ................................................................................................................................. 6
7. ................................................................................................................................. 6
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21. ABORDAGEM INICIAL À VÍTIMA DE ACIDENTES COM ANIMAIS
PEÇONHENTOS E VENENOSOS ............................................................................ 50
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1. NOSSA HISTÓRIA
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2. AVALIAÇÃO INICIAL DA VÍTIMA
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3. SUPORTE BÁSICO DA VIDA
4.
5. CARACTERÍSTICAS DO SOCORRISTA
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quando em cena. Vejamos quais são esses aspectos: „ agir com rapidez e sem
precipitação; „ aprender a lidar com o público; „ ter discernimento quanto aos limites
do que pode ser comunicado à vítima; „ controlar seus sentimentos no local da
emergência; „ ser disciplinado – evitar comentários desnecessários – e concentrar-se
em suas atividades; e „ ao chamar o serviço móvel de atendimento às emergências,
o socorrista deve, sempre que possível, fornecer informações essenciais. Você sabe
quais informações são importantes para este momento? Saber informar a localização
exata da ocorrência; o nome ou número da rodovia, ponto de referência, tipo e
gravidade da ocorrência – se há fratura, dificuldade respiratória, sangramento; número
de vítimas e idade aproximada delas; assim como detalhes importantes da situação,
como, por exemplo, se as vítimas estão presas a ferragens ou se há combustível
inflamável no local e número de telefone para contato, se houver. Se você encontrar
a vítima em estado inconsciente, algumas ações são importantes. Vejamos quais
seriam essas ações: „ procurar documentos junto à vítima e tentar fazer contato com
familiares ou amigos; „ na realização de contatos, evitar passar impressão de
gravidade da situação; e „ fornecer, com clareza, dados que identifiquem o local da
intercorrência e para onde a vítima está sendo encaminhada.
6.
7.
Negligência
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Abandono
Uma vez iniciado o atendimento à vítima, o socorrista não deve mais sair do
local antes da chegada de pessoal mais qualificado ou de ter providenciado a
transferência da vítima para o atendimento de suporte avançado. „
Sigilo
9. DEFINIÇÕES PRELIMINARES
Primeiros socorros
São as avaliações e intervenções que podem ser realizadas por uma pessoa
presente leiga, socorrista ou profissional de saúde à vítima, com a utilização de
equipamentos mínimos ou até mesmo sem nenhum equipamento.
Socorrista
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Suporte Básico de Vida
Emergência
Situação crítica que pode ser definida, de modo abrangente, como aquela em
que a vítima entra em desequilíbrio das suas funções vitais, por enfrentar agressões,
internas ou externas, ao organismo. Também pode ser definida como a situação que
resulta em drástico transtorno à saúde ou em súbita ameaça à vida, que exige
intervenção imediata para evitar complicações graves ou mesmo a morte da vítima.
Urgência
Sintomas
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10. COMO FAZER A AVALIAÇÃO INICIAL DA VÍTIMA?
alerta (A), estímulos verbais (V), estímulos dolorosos (D) e inconsciente (I).
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grandes artérias? Logo mais abordaremos os Sinais Vitais, concluindo o
conhecimento referente ao processo de avaliação primária. Neste momento,
comprovada a presença de respiração e circulação, você pode seguir realizando a
avaliação secundária, da cabeça aos pés da vítima. Essa avaliação consiste na
exposição da vítima, ou seja, na retirada de suas roupas, para a realização do exame
físico que, de acordo com Viana e Petenesso (2007), é o ato ou processo de
inspecionar, palpar, percurtir e auscultar determinadas regiões do corpo e seus
respectivos sistemas, a fim de detectar alterações no organismo. Vejamos cada uma
dessas ações mais detalhadamente: Inspeção O processo de observação detalhada
da superfície corporal com o objetivo de avaliar a coloração, a forma, a simetria, por
meio da visão, audição e do olfato, a fim de detectar alterações no organismo, é
chamado de inspeção. Podemos seguir um roteiro geral para a inspeção, verificando
o seguinte:
Ausculta
Palpação
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Avaliar a umidade, use a palma das mãos; e
Modo direto
Percussão
É comum, no dia a dia, nos depararmos com vítimas inconscientes, sem saber
o que está acontecendo. Por isso, precisamos afastar a possibilidade de traumas de
um modo geral.
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A verificação dos sinais vitais é um procedimento essencial para a realização
da avaliação inicial da vítima, pois são indicadores das condições de vida. Esses sinais
podem mostrar alterações orgânicas que chamarão a atenção do socorrista para
identificar o que está acontecendo com a vítima. Porém, fatores como a ansiedade, a
dor, o esforço físico e a temperatura ambiente, por exemplo, podem provocar
alterações nos sinais vitais. Após a verificação dos sinais vitais da vítima, vale fazer
uma comparação com os valores normais. Os resultados dos sinais vitais verificados
inicialmente são parâmetros para medições subsequentes. Valores isolados de sinais
vitais são pouco valiosos.
As técnicas para aferição dos sinais vitais são simples e fáceis de realizar,
porém a interpretação das medições exige conhecimento, raciocínio crítico e
experiência. No atendimento pré-hospitalar, a frequência com que se avaliam os sinais
vitais deve ser individualizada, ou seja, é a condição da vítima que determina a
frequência das avaliações. Além dos quatro sinais vitais clássicos, a Dor e o
Tamanho-Reatividade Pupilar são considerados como outros sinais vitais, tendo em
vista uma avaliação mais abrangente.
Prestemos atenção, portanto, aos sinais vitais, cada um com suas especificidades:
Pulso (P) A contração dos ventrículos do coração bombeia o sangue para dentro das
artérias. A pulsação pode ser percebida como uma expansão e retração da elevação
das artérias que se localizam próximas à superfície da pele.
Pulso (P), Respiração (R), Temperatura (T) e Pressão arterial (PA). Pontuação
Qualidade 0 Sem pulso detectado. +1 Pulso fraco, filiforme, obliterado com a pressão.
+2 Pulso difícil de palpar. +3 Pulso normal. +4 Pulso hiperativo, facilmente palpado.
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músculo ou o osso. Os pulsos mais comumente examinados são: „ o temporal; „ o
carotídeo; „ o braquial; „ o radial; „ o femoral; „ o poplíteo; e „ o pedioso.
1. Posicione a vítima com o antebraço sobre o tórax com o punho estendido. A posição
relaxada permite a palpação mais fácil da artéria.
3. Pressione os seus dedos contra a artéria radial para obliterar o pulso e, depois,
libere a pressão gradualmente para sentir as pulsações.
Quais são os fatores que afetam a respiração? Diversos fatores podem afetar
a frequência, o ritmo e a profundidade da respiração. Conhecê-los permite a
identificação do significado dessas alterações. São eles: „ idade; „ uso de
determinados medicamentos; „ estresse; „ exercícios; „ altitude; „ sexo; „ posição
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corporal; e „ febre. Já sabemos quais são os fatores que interagem no funcionamento
da respiração. Mas como podemos avaliar a respiração? Em primeiro lugar, a vítima
não deve estar ciente de que o socorrista esteja avaliando sua respiração, pois isso
pode levar à alteração dos padrões e da frequência respiratória. Para realizar a
avaliação da respiração, o socorrista deve segurar o pulso da vítima como se a
estivesse avaliando. Nas respirações superficiais – e de difícil detecção – conte-as
enquanto observa a incisura esternal, onde os movimentos respiratórios ficam mais
evidentes. O socorrista também pode colocar a sua mão sobre o tórax da vítima para
detectar o movimento de elevação e descida do tórax. Nos homens, a respiração é
menor por apresentarem maior capacidade pulmonar. A frequência da respiração
aumenta para liberar o calor adicional.
Produção de calor
Perda de calor
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O calor é perdido por meio de quatro processos: radiação, condução,
convecção e evaporação.
Dor
Midríase
Miose
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São pupilas contraídas e que não respondem à luz. Podem ser causadas por
doenças ou traumas do Sistema Nervoso Central ou pelo uso de drogas narcóticas.
Cocaína, atropina e anfetaminas, dentre outras. Heroína e morfina, por exemplo.
Anisocoria
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13. BIOSSEGURANÇA
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hepatite, HIV. Bactérias Amigdalite, meningite, tuberculose. Com lesões, acnes ou
mucosa.
Hepatite Viral
HIV
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Luva
Máscaras faciais
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imediatamente e descartada em local seguro capaz de impedir a contaminação de
outras pessoas.
Proteção ocular
Aventais
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É a máscara que deve ser adaptada à boca e ao nariz da vítima para realizar a
ventilação, no caso de parada respiratória. Esse equipamento impede o contato do
socorrista com secreções orais e respiratórias, durante a realização das ventilações,
e, além disso, não permite que o ar exalado pela vítima entre em contato direto com
o socorrista.
Após o uso dos EPIs, primeiramente você deve retirar as luvas. Depois, lavar
bem as mãos ou usar um antisséptico à base de álcool. Com as mãos lavadas, retire
o protetor ocular, a máscara facial e, por último, o avental, evitando tocar na sua parte
externa. Os antissépticos à base de álcool são úteis para evitar a transmissão de
muitos agentes infecciosos, mas não são adequados quando as mãos estiverem sujas;
entretanto, podem limpar e proporcionar um efeito protetor em situações de
indisponibilidade da água corrente. Associada ao uso dos EPIs, a lavagem das mãos,
é um princípio fundamental para o controle das infecções. As mãos devem ser lavadas
com água e sabão sempre que ocorrer qualquer contaminação grosseira com sangue
ou com os fluídos corporais.
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enfatizavam a importância de compressões torácicas de alta qualidade, com
frequência e profundidade adequadas, permitindo retorno total do tórax após cada
compressão e com interrupção mínima nas compressões torácicas. Os estudos
realizados antes de 2005 e entre 2005 e 2010 demonstraram que: „ a qualidade das
compressões torácicas continua necessitando de melhoria; e „ a maioria das vítimas
de parada cardiopulmonar súbita no ambiente extra hospitalar não recebe nenhuma
manobra de RCP de pessoas presentes no local. As alterações recomendadas nas
Diretrizes da AHA (2010) tentam dar conta dessas questões. Suas diretrizes
aconselham uma alteração na sequência de procedimentos de SBV de A-B-C para
C-A-B em adultos, crianças e bebês, com exceção dos recém-nascidos. Essa
alteração exigirá treinamento que, conforme os autores das diretrizes, será
recompensado pelos benefícios resultantes das alterações. A maioria das paradas
cardiorrespiratórias (PCR) ocorre em adultos e as maiores taxas de sobrevivência
envolvem vítimas de todas as faixas etárias cuja parada foi presenciada. Nessas
vítimas, os elementos iniciais críticos de Suporte Básico de Vida (SBV) são as
compressões torácicas e a desfibrilação precoce. Na sequência antiga de A-B-C, as
compressões torácicas geralmente eram retardadas, porque o socorrista deveria, em
primeiro lugar, abrir a via aérea para fazer a respiração boca a boca, utilizando para a
respiração uma máscara facial que serve como dispositivo de barreira.
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15. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) DE ADULTO
REALIZADA POR SOCORRISTA LEIGO
Iniciemos pela etapa C, que diz respeito ao primeiro passo, o das compressões
torácicas: „ Etapa C – Compressões Torácicas Considerando que posicionar a cabeça
da vítima e obter um selo, que é o contato boca a boca, para fazer a respiração ou
com bolsa-válvula-máscara, sempre demora certo tempo, o socorrista deve iniciar
imediatamente as compressões torácicas. O próximo passo é o da abertura das vias
aéreas.
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Vejamos: „ Etapa A – Abertura de vias aéreas O socorrista deve abrir as vias
aéreas e se preparar para aplicar respirações após a primeira série de 30
compressões torácicas. Para a realização da abertura das vias aéreas, o socorrista
deve verificar a evidência ou a suspeita de trauma cervical. Na ausência de
conhecimento sobre a possibilidade de trauma cervical, o socorrista deve atuar de
forma preventiva como se o trauma existisse.
Atendimento
O Suporte Básico de Vida (SBV) na PCR pode ser feito com um ou dois
socorristas. Como fazer a RCP com o socorrista atuando sozinho? A seguir, os passos
desse atendimento:
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1. Aproxime-se da vítima e ajoelhe-se lateralmente a ela. Sobreponha a região
hipotênar - da mão direita, com os dedos entrecruzados e elevados, no centro do tórax
sobre o esterno, entre os mamilos.
3. Após cada compressão torácica, a pressão sobre o tórax deve ser aliviada para
permitir o retorno total do tórax.
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torácica deve ser, no mínimo, de 100 por minuto. É sensato que os socorristas leigos
realizem compressões torácicas a uma frequência mínima de 100 compressões por
minuto. Na maioria dos estudos, a aplicação de mais compressões está associada a
maiores taxas de sobrevivência, ao passo que a aplicação de menos compressões
está associada à menor taxa de sobrevivência. A aplicação de compressões torácicas
adequadas exige ênfase não somente na frequência adequada de compressões, mas
também em minimizar interrupções a esse componente crítico da RCP. Além da
frequência, devemos prestar atenção especial à profundidade das compressões
torácicas. O esterno adulto deve ser comprimido em, no mínimo, 2 polegadas, o
equivalente a 5 cm, conforme figura
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Alteração na sequência da RCP
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emergência/urgência. Estudos mostram que profissionais de saúde e socorristas
leigos não conseguem detectar o pulso confiavelmente.
Etapa B – Respiração
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abaixo dos mamilos – dois socorristas Região hipotênar de uma das mãos no centro
do peito sobre o esterno, entre os mamilos. Profundidade: um terço do diâmetro
anteroposterior do tórax 4 cm 5 cm Frequência 100 CT/min 100 CT/min Relação
CT/Ventilação Um socorrista = 30 CT/duas Ventilações Dois socorristas = 15 CT/duas
Ventilações Um socorrista = 30 CT/Duas Ventilações Dois socorristas = 15 CT/duas
Ventilações Após cada compressão torácica, a pressão sobre o tórax do lactente ou
da criança deve ser aliviada para permitir o retorno total do tórax. Ao término do
primeiro ciclo de compressões torácicas, o socorrista deverá:
A obstrução de vias aéreas por corpo estranho deve ser suspeitada nas
crianças com dificuldade respiratória de início súbito associada à tosse, náusea
(enjôo), estridor (ruído barulhento) ou chiado no peito. Desfribilador Externo
Automático. As infecções podem causar edema de vias aéreas superiores.
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presenciada ou fortemente suspeitada ou quando as vias aéreas permanecem
obstruídas durante a tentativa de realizar as ventilações de resgate.
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saber: „ o estabelecimento de prioridade; „ a realização da avaliação inicial e a
impressão geral da vítima; „ a realização do exame da vítima, obedecendo as etapas
ABCDE. Você sabe o que significam as siglas ABCDE?
B – respiração (ventilação);
C – circulação e sangramento;
D – avaliação neurológica; e
Para apresentar esse tema, O PHTLS toma por base o ATLS, o que significa
Advanced Trauma Life Support. A avaliação da vítima de trauma é fundamental para
o atendimento adequado, por ser considerada a base para as decisões sobre o que
fazer e o que não fazer no ambiente pré hospitalar. Antes de qualquer coisa,
precisamos determinar a situação da vítima. Na determinação de situações de risco
de vida, o processo de RCP deve ser iniciado o mais rápido possível. O conhecimento
dos valores dos sinais vitais serve de parâmetros para reavaliações posteriores e é
imprescindível para o sucesso do atendimento. Todas as avaliações e tratamentos
devem ser realizados com rapidez e eficiência, pois vítima grave só pode permanecer
no local do trauma enquanto é estabilizada para a remoção.
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para uma área segura antes de iniciar a avaliação e o tratamento. Devem ser
avaliados todos os perigos/riscos possíveis. Vejamos exemplos de perigos ou
riscos: fogo, linhas elétricas caídas, explosivos, materiais contaminantes,
incluindo sangue ou fluidos corporais, tráfego de veículos, armas (revólveres,
facas) ou condições ambientais inadequadas.
Situação
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„ à circulação; „ à hemorragia; ou „ às deformidades flagrantes. Por exemplo, uma
fratura isolada de um membro. Como obter a impressão geral? O socorrista, ao
abordar a vítima, observará o seguinte: „ ela está respirando adequadamente? „
está acordada ou sem resposta? „ consegue se sustentar? „ apresenta
movimentação corporal espontânea? Uma verificação rápida do pulso permitirá
avaliar a presença, a qualidade e a frequência da atividade circulatória. O
socorrista pode ter uma boa orientação sobre o acontecimento por meio de duas
perguntas: “O que aconteceu?” e “Onde aconteceu?”. O socorrista pode sentir,
simultaneamente, a temperatura e umidade da pele e perguntar à vítima “o que
aconteceu?”. A resposta verbal indica o estado geral e possibilita avaliar as
condições em que a vítima se encontra. “Onde aconteceu o incidente?” é a
pergunta de seguimento que o socorrista deve fazer enquanto verifica a cor da
pele e o enchimento capilar da vítima. Depois disso, deve-se realizar um rápido
exame cefálo-caudal, com as duas mãos, procurando por sinais de sangramento
e deformidades. Num período que varia de 15 a 30 segundos, o socorrista terá
uma impressão geral da condição global da vítima. Uma vez determinada a
impressão geral, os exames primário e secundário devem ser realizados, a menos
que haja uma complicação que exija mais cuidados ou avaliação específica. O
Exame Primário e Secundário, bem como a ordem de prioridades para um
atendimento ideal à vítima de trauma, deve seguir o ABCDE, apresentado nas
etapas seguintes: Das vias aéreas, da respiração e do estado neurológico. Da
cabeça à coluna vertebral.
As vias aéreas devem ser rapidamente verificadas para assegurar que estão
abertas e limpas (permeáveis) e que não existe perigo de obstrução. Se as vias
aéreas estiverem obstruídas, por relaxamento da base da língua sobre a
hipofaringe ou por corpos estranhos, terão de ser abertas através de método
manual: „ imobilização da coluna cervical e levantamento do queixo ou tração da
mandíbula. Se necessário fazer: „ retirada de sangue, secreções ou corpos
estranhos. Leve em consideração o fato de que, numa vítima com trauma do tórax,
a realização de manobras de compressão, para retirada de corpos estanhos, deve
ser realizada com cautela após a impressão geral para evitar complicações.
Quando realizar o procedimento da abertura das vias aéreas, tenha cuidado com
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a coluna cervical, pois o movimento excessivo pode tanto causar quanto agravar
lesões neurológicas. Uma vez que o socorrista tenha imobilizado o pescoço da
vítima manualmente, ou com o uso do colar, deverá, então, imobilizar toda a coluna
vertebral da vítima, alinhando todo o corpo. Esse procedimento será mais efetivo
com o uso de uma prancha rígida.
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O sangue é vermelho escuro, e em geral é controlado mediante uma pressão direta
moderada no local. Geralmente não ameaça a vida, a não ser que a lesão seja
grave ou o sangramento não seja controlado. Sangramento arterial. Causado por
lesão a uma artéria. Esse é o sangramento mais importante e, também, o mais
difícil de ser controlado. É caracterizado por um sangue vermelho vivo que jorra
da ferida. Mesmo uma ferida perfurante pequena pode produzir uma hemorragia
que ameace a vida, quando atingir uma artéria de grosso calibre.
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Etapa D – Avaliação neurológica
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anormais ou não apresenta resposta motora. Finalizada a Etapa D, seguimos à
Etapa E:
Cabeça
Pescoço
Tórax
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Abdome
Ar embaixo da pele.
Equimoses
Pontos arroxeados.
Pelve
Extremidades
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Dorso
As queimaduras, conforme Silveira et al. (2004), são lesões que podem levar à:
„ desfiguração; „ incapacidade; e „ morte. De acordo com Ronald et al. (2007), os
avanços no manejo de queimaduras nas últimas três décadas vêm contribuindo
com a melhora da sobrevida e a redução de morbidade nas vítimas de grandes
queimaduras. Por isso, com a evolução no cuidado aos queimados surgiu a
necessidade de investimentos no atendimento pré-hospitalar, além de outras áreas.
Exemplos dessas outras áreas são o transporte e o atendimento de emergência.
Os serviços de atendimento pré-hospitalar usam protocolos para padronizar o
atendimento. Assim, a vítima de queimadura é avaliada como uma vítima de
trauma, sendo a queimadura abordada no momento adequado, conforme
Silveira et al. (2004).
Cena
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a fonte de eletricidade tenha sido desligada. Além disso, no caso de queimaduras
químicas, o contato com o produto pode causar queimaduras até mesmo no
socorrista.
Biossegurança
Etapa A
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rosto ou pescoço, necessitam de ventilação assistida com oxigênio a 100%
umidificado. Nesses casos, é imprescindível o atendimento de suporte avançado
de vida, o mais rápido possível: providencie transporte imediato para vítimas
nessas condições.
Etapa B
Etapa C
» coloração;
» temperatura;
» aparência da pele. „
Etapa D
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Pacientes queimados são pacientes traumatizados e podem ter sofrido outras
lesões além das queimaduras, por isso é necessária a avaliação de déficits
sensitivos ou motores. Utilize a Escala de Coma de Glasgow para essa avaliação.
„
Etapa E
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água não necessita estar gelada, pois a água em temperatura ambiente já se
encontra bem abaixo da temperatura do tecido queimado. Recentemente, esses
curativos já são disponibilizados para uso pré-hospitalar, por meio de grandes
lâminas capazes de cobrir todas as superfícies corporais.
Queimaduras Elétricas
Além das lesões de pele, as arritmias são as lesões imediatas mais graves e
podem evoluir para Fibrilação Ventricular e Assistolia, modalidades de parada
cardíaca. De acordo com Silveira et al. (2004), o socorrista deve estar atento ao
nível de consciência, respiração e circulação da vítima. Caso necessário, deve
iniciar RCP imediata. A vítima com queimadura elétrica também pode ter outras
lesões associadas, quais sejam: „ dificuldade de audição (ruptura membranas
timpânicas); „ fraturas de coluna vertebral e de ossos longos (em virtude de
contrações musculares violentas); e „ sangramento intracraniano. Nos acidentes
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com corrente de baixa tensão, as lesões são menos extensas e existe risco para
a vítima evoluir em parada cardíaca. Fique atento ao controle do nível de
consciência, do pulso e da respiração.
Queimaduras Químicas
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As queimaduras oculares devem ser irrigadas com grandes quantidades de
líquidos.
A principal causa de morte nos incêndios não são as lesões térmicas, mas a
inalação de fumaça tóxica. A exposição à fumaça em ambiente fechado é um risco
para lesão por inalação, de acordo com PHTLS (2007).
Essas vítimas devem ser mantidas sob suspeita porque os sinais e sintomas
de lesão por inalação podem ser tardios. (PHTLS,2007; Silveira et al., 2004). Nas
lesões térmicas por ar seco, os danos abaixo das cordas vocais são infrequentes.
A presença de ar úmido, como vapor, que tem uma capacidade de transporte de
calor 4000 vezes maior do que o calor seco é capaz de queimar vias aéreas
inferiores.
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20. ABORDAGEM INICIAL À VÍTIMA DE INTOXICAÇÕES
EXÓGENAS
Esta seção tem por referencial teórico o livro Toxicologia na prática clínica,
Andrade Filho et al., 2001, e o capítulo intitulado Intoxicações Agudas, de autoria
de Barotto, A. M et al., publicado no PROAMI-SEMCAD (2010). As intoxicações
são causas comuns de procura por atendimento nos serviços de emergência em
todo o mundo. Dos atendimentos em emergências, estima-se que 5 a 10%
decorram de intoxicações. Nos casos de intoxicação, às vezes é difícil conseguir
uma narrativa da vítima a respeito do acontecimento; ela pode ser encontrada
sozinha, estar inconsciente ou passar informações não verdadeiras. Estima-se que
cerca de 50% das vítimas que tentam o suicídio não relatam a verdade com relação
ao produto ingerido nem a dose usada. Muitas vezes é necessário que os
familiares ou acompanhantes retornem ao local onde a vítima foi encontrada e
procurem por: „ cartelas ou frascos vazios de medicamentos; caixas ou frascos de
agrotóxicos; „ material utilizado no consumo de drogas de abuso; „ garrafas de
bebidas; „ restos de alimentos, dentre outros. Nas crianças também é muito difícil
saber precisamente qual a quantidade do tóxico. No entanto, deve-se tentar
responder às seguintes perguntas:
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Respiração
Pulso
Temperatura
Exposição Cutânea
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Exposição Ocular
Fazer lavagem do olho acometido com água ou soro fisiológico, por pelo menos
30 minutos. Sempre realizar a lavagem ocular no sentido medial para lateral para
Lavagem corporal e ocular, lavagem gástrica e uso de carvão ativado.
Alcalinização urinária, hemodiálise e hemoperfusão. Sinais vitais, escala de coma
de Glasgow, ausculta cardíaca e pulmonar, avaliação da pele, roupas, pupilas. Não
utilize substâncias neutralizantes nem colírio anestésico. Para a proteção do olho,
colocar um tampão ocular antes da transferência da vítima.
Exposição Inalatória
Exposição Gastrointestinal
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como a diminuição do nível de consciência e necessidade de intubação
orotraqueal para proteção de vias aéreas.
Benzodiazepínicos
Antidepressivos tricíclicos
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(reflexos diminuídos), coma, convulsões, depressão do centro respiratório. Nas
intoxicações graves ocorre insuficiência respiratória devido à combinação de
depressão respiratória central, fraqueza da musculatura respiratória,
broncoespasmo e hipersecreção brônquica. No atendimento pré-hospitalar
mantenha vias aéreas pérvias e providencia transferência imediata.
Raticidas Cumarínicos
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lembrar que no atendimento à vítima que foi picada, ou teve contato com algum animal
peçonhento ou venenoso, além da atenção imediata, informações sobre o tipo e as
características básicas do animal são de grande importância para a escolha do
tratamento. O animal causador deve, na medida do possível, ser encaminhado para
identificação por técnico treinado. A seguir, apresentaremos os principais grupos de
animais peçonhentos e venenosos, de acordo com a Fundação Nacional de Saúde
(2001), abordando características, habitat, hábitos, sinais e sintomas e cuidados
iniciais e, por fim, medidas de primeiros socorros e de prevenção de acidentes com
esses animais.
Ofidismo
Gênero Bothrops
Bothrops jararacussu
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ou crepusculares e comportamento agressivo, quando ameaçadas, desferindo botes
sem produzir ruídos. As manifestações locais dos acidentes com essas serpentes são
dor e edema no local da picada, de intensidade variável, de instalação precoce e
caráter progressivo. No ponto da picada são frequentes as equimoses, os
sangramentos e a formação de bolhas que podem ser acompanhados ou não de
necrose.
Gênero Crotalus
Gênero Lachesis
Gênero Micrurus
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Diferem na configuração dos anéis que, em alguns casos, não envolvem toda a
circunferência do corpo. As manifestações locais dos acidentes com essas serpentes
são discreta dor local, geralmente acompanhada de parestesia, que podem surgir
precocemente em menos de uma hora após a picada. Há relatos de aparecimento
tardio de paralisia flácida da musculatura respiratória comprometendo a ventilação,
podendo evoluir para insuficiência respiratória aguda e parada respiratória.
Colubridae
Lepidópteros
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ansiedade, mialgias e, em menor frequência, dores abdominais, hipotermia e
hipotensão. Após 48 horas, instala-se um quadro de discrasia sanguínea, que pode
estar acompanhado de manifestações hemorrágicas que costumam aparecer entre
oito a 72 horas após o contato, dentre as quais: „ equimoses e hematomas espontâneo
ou resultantes de trauma ou em lesões cicatrizadas; „ hemorragias de cavidades
mucosas; „ hematúria macroscópica; „ sangramentos em feridas recentes;
Gengivorragia, epistaxe, hematêmese, enterorragia.
Quais são os primeiros socorros: » lavar o local da picada apenas com água ou
com água e sabão; » manter o paciente deitado; » manter o paciente hidratado; »
procurar o serviço médico mais próximo; » se possível, levar o animal para
identificação. Vimos os procedimentos adequados.
Agora, preste atenção ao que não deve ser feito: » torniquete ou garrote; »
cortar o local da picada; » perfurar ao redor do local da picada; » colocar folhas, pó de
café ou outros contaminantes; » oferecer bebidas alcoólicas, querosene ou outros
tóxicos. „
Aracnídeos
No mesmo ambiente, vale usar telas em ralos do chão, pias ou tanques. Esse
procedimento combate a proliferação de insetos, o que evita o aparecimento das
aranhas que deles se alimentam. Nas casas, é importante vedar frestas e buracos em
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paredes, assoalhos e vãos entre o forro e as paredes, consertar rodapés despregados,
colocar saquinhos de areia nas portas, afastar as camas e os berços das paredes e
evitar que roupas de cama e mosquiteiros fiquem encostados no chão. Não é
recomendado que as roupas sejam penduradas nas paredes e é sempre bom
examinar roupas principalmente camisas, blusas e calças antes de vestir, assim como
inspecionar sapatos e tênis antes de usá-los. Não devemos esquecer de acondicionar
lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes que possam ser mantidos
fechados para evitar baratas, moscas ou outros insetos de que se alimentam os
escorpiões. Por outro lado, vale a pena preservar os inimigos naturais de escorpiões
e aranhas. Quais são os primeiros socorros:
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22. REFERÊNCIAS
ANDRADE FILHO, A. et al. Toxicologia na prática clínica. Belo Horizonte: Folium, 2001.
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SERVIÇO INTEGRADO DE ATENDIMENTO AO TRAUMA EM EMERGÊNCIA.
Atendimento pré hospitalar no trauma e suporte básico de vida. Curitiba: Imprensa
Oficial, 1998.
SILVEIRA, J. et al. Atendimento Pré-Hospitalar. In: LIMA JR., E.M.; SERRA, M.C.V.F.
Tratado de Queimaduras. São Paulo: Atheneu, 2004.
VIANA, D.L.; PETENESCO, M. Manual para realização do exame físico. São Caetano
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