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古中国历史
História da
China Antiga
André Bueno
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História da China Antiga
古中国历史
Introdução
2
História da China Antiga
古中国历史
3
História da China Antiga
古中国历史
4
História da China Antiga
古中国历史
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História da China Antiga
古中国历史
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História da China Antiga
古中国历史
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História da China Antiga
古中国历史
de
verificar
registros
financiados
informações
depois
premissa,
conjugassem
Confúcio iria
ahistór
verac
Inicialmente,
ele não
pel
em Sima Qianian se encarregou de d
verificar a veracidade das informações
formações contidas nos no
de Confúcio.
registros históricos, inclusive
Utilizando o e apoio e os da
nos escritos escola
recurso
apoio e os recursos
financiados pela burocracia a imperial, coletou de d
informações em diversas regiões
egiões do império, que
qu
depois ele iria cruzar e avaliar. Partindo dest desta
premissa, não se limitou a fazer versões qu que
Sima Qian
conjugassem os dados obtidos, os, mas tentou analisa
analisar,
de
datação
sincero
quanto
biografia
observações
existentes dos
nodas
sua com
eclipsesparecia
seu as
eprópriaser
acontecimentos.
pessoas
posições
trabalho,
dentro de astro
incapacidad
e aacontecim
astrológi
criticou
tabelas
maisuma ai
Erazperspectiva crítica, qual das versões
versõe
parecia ser arou
a mais razoável. Comparou o resultado destas desta
es com as tabelas astronômicas que continham os registros registro
s e posições astrológicas, verificando ndo a autenticidade da d
sseu
acontecimentos.
trabalho, criticouE ainda, os personagens
tanto sendo eticulosodeaosua
meticuloso histórie
extremo
sonagens de sua história
aasprópria
pessoas incapacidade,
e acontecimentos. por vezes, de detalhar
talhar melhor a
autor
datas
O as
assegurar
então
comprovadas,
as podia pordisso
resultado
apresentadas
sultado
a assegurar!
validade
fontes umados
nosérie
estariamsua
Shi Jidepo
(Gernet,
era
aconteci afa
es
19
afirmação de que
ue sua obra não poderia
poderi
a validade dos acontecimentos até o ano de 841 a.C., quando
quand
fontes estariam por demais obscuras. Hoje, estão estã
das, por uma série de análises arqueológicas qu
eológicas e textuais que
resentadas no Shi Ji estão corretas,, realmente, até onde seu
se
a assegurar! (Gernet, 1969:29-36)
ordem
das
Sima
de Qian
análises
modificar
influência
fortemente da
identidades)
Energias.
bases
Supõe-sedo
teria
certos
reprodução
cósmica,
emEsta
ou se
surpreendentemente sese
que
calcado
ciência
básicos datrabalho
destruição
interpretar
corrente do
econfucionismo
confuc
epontos.
nas
utilizado,
reproduziam
tradicional,
onão
teorias da
pro
natureza
altera
(Grane
certos
pensadcosmológico de Dong
deste autor tenha ainda Zhongshu
sofrido a
de Dong Zhongshu,
e calcado nas teorias da escola Wu Xing, ing, ou escola das Cinco
Cinc
Esta corrente do pensamento chinês,s, que seria depois uma
um
da ciência tradicional, defendia um sistema no qual os ciclos
ciclo
ução e destruição mútua dos cinco elementos (ou (o
s) básicos da natureza representavam vam a manifestação da d
se as
mica, e reproduziam em todas instâncias da existência.
existência
teria se utilizado, provavelmente, destas concepções para par
ou interpretar certos acontecimentos ntos históricos, o quequ
entemente não altera de fato seus conteúdos, sua
onteúdos, mas sim suas
certos pontos. (Granet, 1979)
que foiUm
crítico, o redator
Ban do seguidor
n Gu se limitou
destacado Han aShu
Shu, oussomente
da
fazer linha
Anaisdede
uma Qian
Han.história
Sima Mais Bansua
de
foiconciso (1 d.C.),
GuDinastia
n. Mais conciso e menos
história de sua Dinastia,
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Documentação Chinesa
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estilopadrão–aformadoscaracteres,tal
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Cronologia Tradicional
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sendo talvez
(Ibdem Granet,uma 34).
p.27-34).
sobrevivência dos temposs e crenças xamânicas
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Historiografia Moderna
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3 patriarcas e 5 ?
soberanos -2852 -2205
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Dinastia Xia
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Dinastia Shang
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Reis
estado
alguma
relações
época?
possivelmente,
identificavam
Sabe-se
Shang?
ePodemosesque os Shangg viviam em cidades
autono
que
entre cidades
estado e que estas, muito provavelmente,
rovavelmente, possuíam
alguma autonomia. No entanto, tanto, quais eram as a
relações entre as mesmass que caracterizariam,
caracterizariam
possivelmente, uma monarquia, uia, tal como existia na
n
época? Podemos falar de um imperador Shang ou d de
Reis Shang? Sabemos também ambém que eles se s
identificavam como um grupo étnico de
d
Vaso de em formado
domíniocompletoqueestaDinastia
demonstração
ShangPássaro, isso
respostas que po
características p
particulares e comuns, mas em em qu
e comuns, mas que
isso influenciava sua prática ca política e social? AsA
respostas que ra
possuímos para este período são ainda
aind
obteve com o Bronze. um pouco incompletas incom e inseguras.
antigas
vinculado
em
divinatórias,
semelhanças
torno (pretaadas eum
cultura
eem pintada)
cidades,
suas Os(Gernet,
estilo
Longshan
culturas ma pareciam ser um grupo étnico
artístico
utilizaçã
Shang étnic
a cultura Longshan e Erlitou (Xia), evidenciado alguma
videnciado por algumas
suas culturas materiais: uso de muros de batid
terra batida
das cidades, utilização de ossos e tartarugas em artes arte
s, e um estilo artístico próprio que aparecia nas cerâmica cerâmicas
pintada) (Gernet, 1979:58-61).
os Shang
modo
homens
entanto,
Longshan;da de
arqueológicos,
uma
hábitos
Seu avançada
certa
alimentares
entre
construções cultura
einclinação
aavida,
fizeramtécnica
longe
osua dos
e de
nos
surgimento
primeira
Longshanuso
essencialmen
grandepecuária
tempos da
edos
sur
emprego
baixela. osc agrícola, apresenta
sacrifí
essencialmente
Toda
a inclinação pecuária que se refletia nos
imentares e nos sacrifícios. Há um hiato, no
ntre o surgimento dos Shang e a civilização
a primeira surge, nos depósitos
icos, longe dos tempos ceramistas, dominando
ada técnica de emprego do bronze; "Como os
cultura Longshan e os da cerâmica cinzenta,
es e a suagrande
fizeram uso
baixela. da uma
Toda sériepara
madeira as suas
de vasos de Exemplar de vaso
Shang utilizado
sã angulares – seriam
bronze – aqueles cujas formas são para servir
bebidas.
1969)
cópias de
época
Shang
formas, édos
civilização
inventivo uma
rinocerontes,de
dando deprovas,
de
surpreendentes
vasos
Shang
caçadores
arte num
elefantes...).
apresenta
madeira.
animali tal
Por
Só dpeoutro lado, a arte dos
e(vasos
criado
de caçadores
ma e criadores
arte animalista, como de
não apenas naa agricultores'.
decoração como nas na
ndo provas, num tal domínio, de ma fantasia e
uma um gênio
gêni
surpreendentes (vasos em forma de carneiros, de corujas, de
d
es, de elefantes...). Só pela sua arte,, a civilização chinesa dda
Shang apresenta-se já, praticamente, ente, tanto como um uma
e agricultores'. (ibidem,
de recipientes
onze,dos
O Bronze, aliás,
mais variadomarca dos Shang:
é a grande hang: inúmeras coleções
coleçõe
ntes dos mais variados tipos e funções
nções são normalmente
normalment
28
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vulgar
dos
Shang. (e
Sua
vasos
sua
encontradas
em
manifesta as
os
aparentemente
confecção
rituais
composição
nas
elementos
tumbas est
trípodasdeste
(jáétnica
nesta
e pela
ép
período.
cé tilo artístico empregado
O estilo empregad
confecção (já nesta época realizada ada em pré-moldados)
pré
ntificadores da cultura
os elementos possivelmente identificadores cultur
composição étnica é comprovada pelo estilo inconfundível
inconfundíve
trípodas e pela máscara Tao Tie,, motivo decorativo
decorativ
parentemente estatal) que identificava o grupo.
o.
representações
aplicada
mas
Exemplar
mitológico aparec
eno da
ar
estiliz
estilização
luga
identificador
principalment do motivo Taotie, principal
identificador da Civilização Shang. Comum nas
representações artísticas, esta figura de um animal
mitológico aparecia em vários tipos de trabalhos,
mas principalmente nos bronzes, onde em geral era
aplicada no lugar de solda das placas de metal.
ossos
inscrições
ideogramas
hoje. animaisse
ais
está
Soma-se que isso
para
a parcialmente
comporiam
realização que
qu
a escrita,ade
de
es
presságios os cascosEste
p aparece enos
oráculos. de tartaruga
sistema de
oráculos. Este sistema de
está parcialmente decifrado, e possui ossui conexões com os o
s que comporiam a escrita chinesa conhecemo
a tal como conhecemos
do
de
Shang reis
de
qualidade.
atrair
especiais,do Por
Antropozoomorfismo)
características
vinho
achados
sumaO
demonstram
aspecto
importância,
arroz
das
mortos
gênero:
escravismo,
pectoquais muitas
que
que
sacrifícios
eos
transitórias
eram
vezes,
e grandes
ritual
já tendo
feitos
havia emacon
vi
pr
ereligioso
mesm
sobrev
entre
depos
antep
aos
eram d desta sociedade é
portância, tendo em vista a quantidade de
o gênero: sacrifícios constantes de carne e
rroz eram feitos aos deuses (que tinham
icas transitórias entre o Zoomorfismo e o
omorfismo) e depositadas em urnas
das quais muitas sobreviveram graça a sua
Por vezes, os mesmos ritos buscavam diversos crenças
como
Os ossosaspect
Shang
serviram
oraculares
oracu
As permitiram estudar
es
mortos e grandes antepassados. tumbas diversos aspectos das
onstram que havia a prática da servidão e crenças Shang, bem
ismo, já que eram feitos holocaustos como serviram para
identificar e
em
era vida
animais
cabeça
maciços de
era
(e
enterrado os com
eetambém,
condenados,
depositada
mesmosseus
na morte)
em aoe pessoas dedicadas descritas
servidor
pertence
presos
sepa comprovar
no Sh a
também, na morte) ao nobre falecido. Este existência de figuras
fi
ado com seus pertences materiais, armas, e cenas histó
históricas
descritas no Shiji de
os mesmos servidores degolados, cuja Sima Qian.
a depositada em separado do corpo. Os
primeiros bovinos
religiosa: ideogramas
carneiro, da escrita
indícios e primit ta
carapaçastambém surgem
em através da prática prátic
deogramas e primitivos de
carapaçasaparecem,tartaruga
gradualmente,
utilizadosem
adualmente, com
ossos de
fin
ga utilizados com fins
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古中国历史
que
os Céu.
verdadeiro
do
criminoso
ocupais
Homem. às
perdoar-me.
dissolução;
possamos
existedas
caminhos
ocupais
iniciam[o
Quando
as em
cada
Quando
demonstraram
Céu
florescer
harmonia
ofendo
estivesse
Céu as
vida
receber
em
determina
em vós;
último
de
inúmerasum
eu
vosso da
onde
Examinarei
fora
inúmeras
forças eestá
nova
o
revivescer. deregiões,
for sobregiões”.
cair
aquer
esoberano
favor
cuide
quanto
tranqüilidade
perigo
plantas
fato lei; de
odos
esses
do
sua
achado
superiores não
benefício,
eisento
Compete ao
queequ
de
meuma
Xia
Céu.
árvores,
emgraçpr
as
em
sim
an ltidões. Os Altos Céus
vminhas multidões. Céu
[oas último
ram
mina deestá
plantas
fato aárvores,
soberano de
Xia]os
sua graça
eisento milhões
erro;
foi
em do
hoje,do
degradado
favor povo
ogloriosamente,
povo aqui como
da terra
O que
apresentam
e submetido. um
eo
do e submetido. O que o
gloriosamente, como o
o povo apresentam um
erevivescer.
tranqüilidadeCompete dos anossos
mim, oEstadoseiroeHomem,
Primeiro clãs; e assegurar
não sei sa
os e clãs; e não sei se
mforças
perigo de cair eme profundo
superiores inferiores.abismo.
eceioEm
Receio tre ascomo
e todas
tremo regiõese
mo. Em todas as regiões
vida nova sob o meu governo, não o segui, vós, ó príncipes,
príncipe
os fora da lei; não vos aproximeis eis da insolência e dad
; cada
receber umo favor de
cuidedo Céu. manter os
Não ousarei
seusconservar que
estatutos;oculto
- oassim
bem
i conservar oculto o bem
em vós; e quanto ao mal que existe te em mim, não ousare
ousarei
e. Examinarei esses assuntos em harmonia armonia com o espírit
espírito
ando e onde quer que seja, fordes achado sem culpa, vós qu
hado que
inúmeras regiões, que ela recaia sobre mim, o Primeir
Primeiro
uando eu for achado em culpa, ela não será atribuída a vó
vós,
is as inúmeras regiões”. (Shujing, Livro ro de Shang 3)
arte,refinamento
deneste vaso
obrasde
suasShangde
Zhou.
morte
tornoseuOs
de
docons
indí
pod
ele
no
séc
de
de de que a agonia dos Shang, em
O como
confecção Existem
invasão
grupos
entre
apresentes,
U
estátuas
práticaindícios
estes
exte
surgenadiversidadedeestilosempregadosna dpp
torno do século 11 a.C., see deu pela fragmentaçã
fragmentação
de seu poder interno, aliado ao contexto d de
invasão externa que teria ia sido promovido pelopelos
grupos constituidores daa dinastia posterior, o os
Zhou. Os elementos que denotam a diferenciaçã
diferenciação
entre estes estrangeiros e os os Shang estã
estão
presentes, por religiosas.
exemplo, nas questões religiosa
Uma das primeiras medidas das Zhou foi acabar com
a prática dos sacrifícioss humanos quando d da
morte de nobres: estes foram substituídos po por
estátuas de pedra ou madeira.
como deira. Os Zhou aparecem
bronze longa taça.de uma
em forma mais guerreiros,
g dinâmicos, mas com um
inâmicos, mas com uma
o caso dos
instauraram
ocorreu
elementos uma um novo
culturais
estilos tipo no
transformação
artísticos
ementalidade
técnicos da
e que
sis aberta o suficiente
te para absorver oso
culturais
estilos artísticos da manutenção
e técnicose que do Bronze. dos
mais lhes interessavam
teressavam No Shang.
entantoÉ
do Bronze. No entanto,
a transformação no sistema político Zho
o e social, já que os Zhou
m um novo tipo de regime monárquico ico feudatário.
gruposAssimorganizados,
m sendo, ,parece-nos
parece que chinesa,
na civilização
civilizaçã os Xia ea Shang
partir são os primeiros
de uma
o série d
partir de uma série de
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Dinastia Zhou
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O Império Zhou
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Su Tai estava certo: Qin estava pronto para ser o novo “império”
da China.
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Dinastia Qin
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Dinastia Han
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Política Han
Os Han desenvolveram ainda mais a expansão do Império em
direção ao Oeste. Durante o reinado de Wudi (2-1 a.C.) estabelecem-se
contatos com os impérios do Ocidente (Roma e Partia) e com a Índia,
abrindo a Rota da seda para difundir suas mercadorias em todas as
partes do Mundo Antigo: “A mais importante realização do reinado de
Wudi foi sem dúvida a expansão do poder chinês e dos limites
territoriais da China, fatos que merecem um exame mais detido. A
expansão deu-se em três direções: para o noroeste, para o nordeste e
para o sul. O primeiro imperador Han, Gao Zu (Liu Bang), como vimos,
teve de enfrentar o problema - que, mesmo naquela época, não era
novo - dos nômades das estepes. Os Xiong-nu haviam conseguido uma
forte liderança antichinesa ao formarem uma confederação regional de
tribos. Havia na corte chinesa uma corrente contrária à solução
conciliatória e ao acordo, com base no fato de que as doações feitas aos
líderes Xiong-nu aumentavam não só sua riqueza, mas também seu
poder de oposição. Por outro lado, a política exterior chinesa de
caráter pacífico havia conseguido tirar proveito dos acordos de paz
com os nômades, da seguinte maneira: os reféns das tribos que eram
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A vida Han
A vida dos Han testemunhou uma série de progressos notáveis
também na economia e na tecnologia: "O mundo chinês manifesta, a
partir da segunda metade do século 2 a.C., uma vitalidade notável,
confirmada pelos testemunhos concordantes dos textos e da
arqueologia. Beneficiados progressos conseguidos no decurso desse
período, tão rico em inovações, como foi o dos dois séculos que
precederam o Império, e das vantagens proporcionadas pela unificação
política.
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Desdobramentos
O ‘Ritual’
A China Antiga, de constituição social e política imóvel e
prolongada é, antes de tudo, uma construção histórica recente. Esta
civilização possuiu na antiguidade um dinamismo todo próprio, sobre
o qual observamos o desenvolvimento e a evolução de práticas
culturais e econômicas derivadas, por um lado, dos tempos proto
históricos e, por outro, da interação com povos estrangeiros, em geral
de ascendência étnica sino-mongólica. O Mundo chinês era
essencialmente agrícola e artesanal, e esse modo de vida, que tanto
combateu para dominar e se harmonizar com o meio ambiente se
contrapunha, culturalmente, ao sistema de vida nômade do norte, onde
havia a prática intensiva da pecuária, criando a dicotomia “sedentário -
civilizado”X “bárbaro - nômade”.
Como forma efetiva de transmissão dos conhecimentos, os
chineses desenvolveram a ritualização (Li) das técnicas produtivas e
interativas com a natureza, característica fundamental desta
civilização. Na época de Confúcio, muitos desses rituais já haviam
perdido seu sentido original, mas continuavam a ser defendidos como
modelos ideais de conexão com a natureza e de moral social:
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História da China Antiga
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Ciência Chinesa
Mas a busca incessante por modelos efetivos de subsistência é
que articulou, nos tempos remotos, as idéias de uma ciência chinesa
primitiva que seria re-sistematizada no tempo das Cem Escolas. Isso
resplandece, também, na forte atribuição que as técnicas tiveram no
desenvolvimento material da civilização, contribuindo para os avanços
inúmeros obtidos no campo da metalurgia, cerâmica, trabalho
artesanal, fabril, etc. E todas essas conquistas foram alcançadas tendo
por raiz os sistemas cosmológicos naturais, que sobreviveram até hoje
na forma de teorias elementares sobre o espaço, o corpo e a natureza;
"Com a civilização chinesa, chegamos a um panorama do mundo e da
ciência diferente, em muitos aspectos, daquele característico do
Ocidente. [...] Mas para entender bem suas realizações devemos ter em
mente que, desde os tempos mais primitivos, os chineses encaravam o
universo como um vasto organismo, do qual o homem e o mundo
natural representam apenas uma parte. Esse ponto de vista influenciou
profundamente o modo pelo qual eles explicavam os fenômenos
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Um de
científicos
mostraram
veremos
naturais;
achar
rejeição em
segundo em
ou
freqüentemente
sempre
habilidade
onipotente
conseqüências
povos
busca seu
que
sua
primitivos, os
a demonstraram
-verdadeira
explicações
claramente,
mcomo
alguns
fator que
aplicar
desse
falta todos
deum isso
foi
pioneirismo;
eram
um
eles
formulassem
casos, os
muitos
interpretação
fato
para
poder
não
eram
também
muito
crença
serão os
co
co
elaedajudou a se antecipar ao Ocidente n
extrao
cienti
mais
ape na
xplicações para muitos fatos;
rdadeira interpretação para mas, em
m outros, impediu
o comportamento do mundo
impediu-os de
portamento do mundo.
do sua
ou fator quedetambém
falta de toda espécie
crença -desempenhou de divindade
papel importantepessoa
foi a
cie de divindade pessoal
como um poder mais alto a governar nar o universo. Alguma
Algumas
cias desse fato serão consideradas mais ais adiante. Os cchineses
monstraram um so
extraordinário senso prático, uma imens imensa
em aplicar todos os conhecimentos a fins práticos. Entre o os
laramente, eramfoi
itivos, eles não cientistas em tecnologia
apenas práticos que os [...]
par excellence
excellence, como
chinese
nologia que os chineses
seu pioneirismo; eles tinham alguns pontos de vist vista
que eram muito avançados para ara a época, embor embora
ente os formulassem em termos práticos". 1986)
áticos". (Ronan, 198
dos
que É o caso
sociais.
reproduziam)
Igualmente,
fatores
irrigação,
culminaram,dos
primordiais
estas
no campo
avançosna fina
com
concepções
principalmente
por ideológ
obtidos
exemplo,
no volvimento da produção
est no desenvolvimento
obtid produçã
aram, por exemplo, com o domínio fabuloso das técnicas de
d
principalmente no final dos Shang,, quando se un
tornam uns
es primordiais na estruturação das comunitária
as vidas comunitárias.
e, estas concepções sobre o natural atural sofriam (e se s
am) no campo ideológico, influenciando
iando as organizações
organizaçõe
Em corporações
relevo
utilizadas
outro no fabr
pr uma demonstração das técnicas
Ha
Han,
utilizadas no fabrico da seda, envolvendo grandes
corporações produtivas e elevado número de
trabalhadores.
de
mais Pordescobertas
diversas
Diversas
Ocidente,
mesmos,
nação conta
embora
mbora
mais
tambémdisso,
áreas, um
avançosoutro
campo
desenvolvida
porforam do
sign
enoinvençõesccientífico,
elabo
pa
padrão os chineses
lógico (a teoriaalcançaram,
Ying na
nas
sas áreas, avanços significativos e que os condiçã
alçaram à condição
escobertas
mais
também desenvolvida
foram do que
e invenções,
elaboradas
mundo julgava
atéé o
see/ou séculos 17
17-18 pelo
compreendidas
existirem d.C..
ava existirem apenas no
compreendidas pelos
(a teoria Ying-Yang e da
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História da China Antiga
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os relevos encontrados na
Dinastia Han mostram-nos
aspectos fundamentais do
cotidiano e do trabalho na China
Antiga. Neste, observamos a
mineração de sal.
bronze e ferro seria reconhecida até no
Ocidente Romano pela sua qualidade (Plínio o Velho, em sua História
Natural, cita sobre as qualidades do ferro chinês, bem como da seda e
de outros produtos. Igualmente, no período Qin – Han surge o
Yantienlum, ou Tratado do Sal e do Ferro, que legislava sobre o
comércio dos mesmos). Os Han conseguiram, ainda, atingir a produção
do ferro cromado e do aço, numa inventividade inaudita para época.
A produção da seda ganha grande impulso, e surge nesta mesma
época o papel. Na obstante, os chineses já haviam obtido avanços no
campo matemático, conhecendo inclusive o teorema de Pitágoras,
embora dessem grande valor ao que achassem ser de uso imediato (É o
caso do livro Jiouzhang Sunshu, ou Nove Postulados da Matemática,
datado desta época). Partindo desta perspectiva, eles desenvolveram o
ábaco, que até hoje, nas mãos de um expert, vence calculadoras
modernas em rapidez. Juntam-se a eles os estudos desenvolvidos no
campo astronômico, capazes de possibilitar, pela datação de ciclos
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História da China Antiga
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Reprodução do Sismógrafo de
Zhang Heng, período Han
Religião e Poder
Os indícios religiosos na China são variados. Na dinastia Shang,
os deuses parecem ser elementos desdobrados das crenças xamânicas
em forças da natureza. Existiam deuses para as regiões, para as
substâncias, para os animais, etc. Sacrifícios humanos eram realizados
nessa dinastia, mas foram gradualmente abolidos pelos Zhou. O que é
interessante é a quase total ausência, na religião chinesa, de um mito
de criação. Só muito tardiamente uma lenda do gênero surgiria, através
do cão Pan Ku (Watson, 1969). A China e os humanos já existem nos
primeiros escritos, e elas são um reflexo da ordem do Céu (Tian). Este
Céu, que é tudo, significa uma noção natural de cosmos que transcende
a existência dos deuses e dos espíritos, uma concepção próxima de
uma ecologia natural que engloba as relações entre todos os seres. A
origem dos chineses funda-se, pois, na história do seu processo de
domínio do território, muito longe de problemas cosmogônicos.
Os chineses antigos basicamente acreditavam em formas
primárias de espiritualidade, sem termos certeza de que existiam
noções claras sobre alguma forma de reencarnação:
59
História da China Antiga
古中国历史
de Taiji.
o da polarização das energias em Yang e Yin, ou
“positivo e negativo”. Estas noções perpassam a
organização de todas as coisas, e servirão de base para muitos estudos
científicos na civilização chinesa, se manifestando inclusive na
formação de uma escola.
A organização da religião chinesa foi, por fim, bastante receptiva
a difusão de práticas alquímicas e mágicas ao longo da história.
Naturalmente aberta e sincrética, a religiosidade chinesa percebeu, na
era Han, a modificação desse panorama com a introdução do budismo,
o fortalecimento do taoísmo alquímico como religião e a ascensão do
confucionismo como ética de estado, que terminou por absorver
também um caráter igualmente sagrado.
Por conta disto, a China Antiga era um lugar onde o poder
político se exercia, antes de tudo, pelo atributo cósmico da execução da
força. A concepção de Estado, no entanto, significava ideologicamente
uma entidade regularizadora da vida cotidiana, cuja função era
permitir a reprodução da sociedade e assegurar as ligações com o Céu.
Embora responsáveis pelo povo, as diversas formas de governos
chineses antigos não inibiram a tirania, mas criaram a consciência da
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História da China Antiga
古中国历史
O Calendário
A manipulação do Calendário, por exemplo, é um desses
atributos de poder. Desde os Zhou, (mas com uma maior intensidade
na época Han) os monarcas se encarregavam de promulgar as datas de
plantio, colheita, regulação de atividades econômicas e sociais, etc.;
"Durante cada mês de primavera, o Filho do Céu ocupa um dos três
quartos do Mingtang situados a leste e neles circula ritualmente num
carro em forma de fênix ornamentado de bandeiras verdes, ao qual se
atrelam dragões verdes. O Soberano veste-se de verde, cor da
Primavera, e adorna-se de jade, a fim de estar em harmonia com a cor
dos bosques. Nos meses de verão, o Filho do Céu passa a morar nas
salas do lado sul do Mingtang (na China antiga, a posição do sul era
invertida em relação à. que lhe atribuímos no Ocidente, isto é, os
aposentos do sul, no Mingtang, ficavam no ápice do quadrilátero do
edifício). O carro em que circula é então vermelho, bem como as vestes
do Soberano e os jades ornamentais. Os cavalos são ruços, de caudas
negras. O fogo, elemento do verão, tem a propriedade de elevar-se:
proibidos são, pois, os trabalhos que impliquem em aplainar a terra,
bem como em cortar árvores altas. Indultos são concedidos aos
criminosos. Recomenda-se o retiro e evita-se o excesso de agitação. É o
momento da separação máxima entre o Yin e o Yang e, portanto, tudo
convida à meditação e não às atividades corporais. A vida sexual,
própria da primavera, deve reduzir-se ao mínimo. O sopro vital deve
ser conservado e não sofrer agitações através de paixões. No verão não
se fazem guerras. Seguindo-se ao terceiro mês de verão, há um período
intermediário em que o Filho do Céu, no aposento central do
quadrilátero do Mingtang, simboliza estar no eixo de seu reino. De lá
ele observa o “ciclo dos astros em torno da Viga Celeste (Tianji)”,
constituída essa pela constelação da Ursa Maior. O Filho do Céu veste
se então de amarelo (cor da terra), circula num grande carro feito de
uma prancha quadrada (símbolo da Terra), a qual cobre um pálio
arredondado (símbolo do Céu). O Imperador, colocando-se entre um e
outro símbolos, representa o Intermediário Supremo no eixo do
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História da China Antiga
古中国历史
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História da China Antiga
古中国历史
O Cotidiano
Como foi dito, houve uma preocupação muito forte, desde o
início, com a questão da sobrevivência e da reprodução dos modelos
efetivos de produção. Isso ocorria em virtude da grande população
chinesa, que subsistia através da produção agrícola e da criação de
animais, além da caça e da pesca.
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História da China Antiga
古中国历史
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História da China Antiga
古中国历史
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65
História da China Antiga
古中国历史
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História da China Antiga
古中国历史
A Guerra
A civilização chinesa não podia deixar de possuir seu aspecto
bélico. São inúmeros seus manuais de guerra, e tendo inovado em
termos de tecnologia militar, escreveram também tratados sobre
táticas e sistemas de combate até hoje estudados. É o caso clássico do
livro de Sunzi, a Lei da guerra, onde a guerra já era tratada como
questão de Estado, mas com toda uma gama de implicações sociais:
“Sunzi disse: a guerra é de vital importância para o Estado; é o domínio
da vida ou da morte, é o caminho para a sobrevivência ou a perda do
Império: é preciso manejá-la bem. Não refletir seriamente sobre tudo o
que lhe concerne é dar prova de lastimável indiferença no que diz
respeito à conservação ou à perda do que nos é mais querido; e isso
não deve ocorrer entre nós”. (Sunzi, 1)
Até os tempos Zhou, a guerra chinesa era
basicamente feita a pé, enquanto os nobres dispunham de
carros de combate altamente desenvolvidos. Na época dos
Han, além de desenvolver uma ágil cavalaria, eles
empregaram também uma besta (provavelmente criada no
período dos estados combatentes), arma precisa que só
surgiria no Ocidente séculos depois. Apesar de desenvolver
também eficientes técnicas de assédio, grande parte da
mentalidade defensiva chinesa manifesta-se na construção
General Qin da muralha, que na verdade é uma obra de ligação entre
outras diversas pequenas muralhas realizada pelo
imperador Qin shi Huangdi. Desde a época dos Zhou, a China foi
obrigada a se confrontar com hordas bárbaras vindas do norte, de
provável origem sino-mongólica. Pouco sabemos sobre eles, além de
que deviam ser seminômades, mas que aparentemente possuíam uma
organização política confederada e unida. Era vital, portanto, que os
chineses muito cedo se preocupassem em organizar exércitos fortes,
fossem para combater seus inimigos externos ou internos. Os números
de soldados envolvidos nas batalhas por vezes parecem exagerados.
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Neste afresco Han, uma longa comitiva aparece ilustrada pela presença de
uma carruagem nobre, acompanhada de cavalheiros de escolta e
bagageiros.
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Conclusões
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Bibliografia
www.chinaknowledge.de
Pensamento Chinês:
Granet, M. (1997) O Pensamento Chinês, Rio de Janeiro: Contraponto;
Kaltenmark, M. (1982) A Filosofia chinesa, Lisboa: Gradiva e o texto
de Chan Wing Tsit (1979 - original, 1939) História da Filosofia Chinesa
em Moore, C, (org.) Filosofia: Oriente, Ocidente, São Paulo: Cultrix
Edusp.
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古中国历史
Traduções:
Grande parte dos textos traduzidos para o português são das escolas
filosóficas. Uma boa antologia é a de Yutang, L. (1957) Sabedoria da
Índia e da China, Rio de Janeiro: Pongetti. Os livros clássicos do
Confucionismo podem ser encontrados nas traduções do Padre
Joaquim Guerra (1978-1984), editadas em Macau. Constituem-se do
Quadrivolume de Confúcio, Mâncio, Escrituras Selectas (Shujing),
Livro das Mutações (Yijing), Livro das Canções (Shijing) e Quadras
de Lu e sua Relação Auxiliar (Chunqiu e Zuozhuan), e o Livro do
Cerimonial (Liji). Sugiro ainda a excelente versão do Lunyu de Anne
Cheng (1991) Conversações de Confúcio, Lisboa: Estampa e a famosa
tradução do livro das mutações de Wilhelm, R. (1986) I Ching, São
Paulo: Pensamento. As traduções taoístas mais indicadas são a de
Wilhelm (1988) Tao te King, São Paulo: Pensamento e a de Watson, B.
(1986) Escritos Básicos de Chuang-tzu, São Paulo: Cultrix. O Neijing
foi traduzido pela editora Domínio Público (Rio de Janeiro, 1991) e o
livro Arte da Guerra tem uma boa tradução de Cleary, T. (2000) São
Paulo: Cultrix; já o livro de Shang Yang tem uma única tradução pela
editora Europa-América (Lisboa, 1999).
Leitura Complementares:
Aymard, A. (1957) China Antiga em Crouzet, M. (org.) História geral
das civilizações, Lisboa e Aymard, A. (org.)(1957) Aspects de la
Chine, Paris: Puf [contém os textos de Guinard e Paul-David]; Difel;
Barnes, G. (1993) The rise of civilization in east asia, London:
Thames and Hudson; Escarra, J. (1939) La Chine, Paris; Palmer, M.
(1993) Elementos do Taoísmo, Rio de Janeiro: Ediouro; Said, E.
(1990) Orientalismo, São Paulo: Companhia das letras.
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