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• Embora houvesse manifestações anteriores, o

Barroco desenvolveu-se a partir da descoberta do


ouro nas Minas Gerais.
• Final do século XVII

• Deslocou o centro da atividade econômica e a maquina


politico-administrativa para o centro sul do país

• Promoveu deslocamento populacional interno e


imigração em massa

• Minas Gerais tornou-se ponto de partida para a


ocupação de outras regiões como Goiás e o Mato
Grosso.
• Representou a formação do primeiro mercado
interno do Brasil colonial

• Estimulou o desenvolvimento de outras atividades


economicas, como a criação do gado

• O Rio de Janeiro tornou-se o principal porto do país


• Século XVII – predomínio das obras jesuíticas

• Século XVIII – conclusão das grandes obras


jesuíticas

• Ao longo do século XVIII, e com a expulsão dos


jesuítas, inicia-se a fase de predomínio das
confrarias, como as do Rosário e as Ordens
Terceiras do Carmo e de São Francisco
Associação de pessoas interessadas em perpetuar
certos princípios religiosos ou render culto a
determinada santidade, que possa dar seu nome
àquela liga.

As irmandades [e confrarias] selecionavam as pessoas


segundo suas classes sociais ou segundo suas cores ou
raças, chegando ao máximo da discriminação racial.

(CORONA e LEMOS, Dicionário da Arquitetura Brasileira)


No Brasil, a arquitetura barroca está diretamente
associada à arquitetura religiosa
• Monumentalidade
• Ornamentação
• Dinamismo e teatralidade
• Superposição de planos e volume
• Elementos curvilíneos e espiralados
• O teto elaborado com elementos de escultura e
pintura com uso de efeitos de ilusão de óptica
• Incorporação dos anexos das igrejas em um único
corpo

• Planta em nave única

• Abandono quase completo da planta em cruz latina

• Uso de formas não-convencionais – polígonos,


elipses, ovóides.
BAHIA
CARACTERÍSTICAS

Preserva a monumentalidade e a simplicidade


externa
• O conjunto barroco baiano é um dos mais
expressivos do país.

• Em Salvador, há uma quantidade significativa de


exemplares que ainda mantém suas características
originais, principalmente devido à transferência da
capital para o Rio de Janeiro, em 1763, o que
contribuiu para que esse patrimônio ficasse a salvo
de modificações estilísticas “atualizadoras”.
Capela da Ordem Terceira do Carmo
Cachoeira - c. 1702
Convento de Santo Antonio
do Paraguaçu –1658-1686
Cachoeira
• O mais impressionante exemplar de arquitetura
barroca no Brasil é o convento de São Francisco de
Assis, em Salvador (1708-1723), cuja riqueza foi
financiada pela circulação de capital proveniente da
extração do ouro em Minas Gerais
Igreja do convento de São
Francisco
1708-1723
- Salvador
Igreja de São Francisco – Salvador
Vista das capelas laterais
Igreja do Convento de São Francisco
Vista da capela-mor
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco
1702
• As obras do barroco pernambucano foram
realizadas com recursos locais, principalmente da
extração do açúcar, que permaneceu como
importante atividade econômica para a região,
mesmo com o descobrimento do ouro em Minas
Gerais.

• A ornamentação interna é comparativamente mais


leve que as elaboradas da Bahia e de Minas Gerais,
o que lhe garante um aspecto gracioso.
Igreja de São Pedro dos Clérigos - 1728
Igreja de São Pedro dos Clérigos
Capela da Nossa
Senhora da
Conceição das
Jaqueiras
Recife
Igreja Madre de Deus
1769-1720
Recife
Igreja de Nossa Senhora das Neves
Olinda - 1755
Igreja de Santa Maria dos Anjos – Penedo
1759
Igreja do mosteiro de São Bento
Olinda
1761-3
Igreja do convento do Carmo
Recife
1767
Igreja da irmandade de N. Sra.
Do Rosário dos Homens
Pretos
Recife 1750-77
 Ausência da transição de estilos rurais para o
urbano
 Apelo plástico erudito
 Influência européia
 Após 1763 – transferência da sede do governo –
presença de engenheiros militares
 Partido das igrejas – reprodução de elementos
tradicionais:
 Planta em nave única com corredores ao longo
da nave e da capela-mor
Igreja de Nossa Senhora da Glória
do Outeiro
c.1714
Igreja da Nossa Senhora da Glória do Outeiro
– Rio de Janeiro
Igreja da Nossa Senhora da
Glória do Outeiro – Rio de
Janeiro
Planta da Igreja de São Pedro dos
Clérigos – 1732
Destruída em 1942
Igreja de Nossa Senhora da Cruz dos
Militares
1780-1811
Igreja da Ordem Terceira de
Nossa Senhora do Carmo - 1752
Rio de Janeiro
Igreja de São Francisco de Paula
1759
Rio de Janeiro
Início do século XVIII

 Surgimento das primeiras capelas às margens


dos caminhos das zonas de mineração
 Construções em taipa de pilão – difícil
execução
 Construções em taipa de mão com estrutura de
madeira
Aos poucos, estas estruturas foram substituídas
pela alvenaria de pedra
Igreja de Nossa Senhora do
Ó – Sabará
1719
Capela do Padre Faria – Ouro Preto
Início do século XVIII
 Ao longo do século XVIII, o aumento
populacional e o surgimento de núcleos
urbanos mais consolidados deu origem às
igrejas matrizes
Igreja de Nossa Senhora da Conceição de
Sabará
Planta da Igreja de Nossa Senhora do
Carmo – 1733
São João Del Rey
Planta da Igreja Matriz de Conceição de
Antonio Dias – 1727-49
Ouro Preto
Manuel Francisco Lisboa
Planta da Igreja de Santa Efigênia
Ouro Preto – Irmandade do Rosário
1720-85
Manuel Francisco Lisboa e Antonio da
Silva
Igreja de Santa Efigênia
Ouro Preto – Irmandade do Rosário
1720-85
Manuel Francisco Lisboa e Antonio da
Silva
Talha e escultura
Francisco Xavier de Brito
Planta da Igreja Matriz de
Bonsucesso de Caeté - 1756
Igreja do Bom Jesus de Matosinhos – 1765
Congonhas
Igreja de Nossa Senhora do
Pilar - 1733
Ouro Preto
Decoração interna por Francisco
Antonio Pombal - 1736
Talha de Francisco Xavier de
Brito
 A partir da metade do século XVIII, a
assimilação de técnicas construtivas baseadas
no uso da pedra possibilitou a adoção de
partidos arquitetônicos curvilíneos
 Deve-se ressaltar a importância dos
“riscos”que serviram de base para as
construções das igrejas
 O papel dos mestres de obra portugueses
Planta da Igreja da Ordem Terceira de
Nossa Senhora do Carmo – 1766-1772
Manuel Francisco Lisboa
Ornamentação e adaptação de Antonio
Francisco Lisboa
Igreja de São Francisco de Ouro
Preto - 1766
Projeto de Antonio Francisco
Lisboa
Igreja de São Francisco de Ouro Preto
Pintura de Manuel da Costa Ataíde
Igreja de São Francisco de
Ouro Preto
Pintura de Manuel da Costa
Ataíde
Igrejas de São Francisco de Assis (esq.) –
1763 e Nossa Senhora do Carmo - 1784
Mariana
Planta da Igreja de São Pedro
Mariana -1752-3
Manuel Antonio de Araujo?
Planta da Igreja de Nossa
Senhora do Rosário de Ouro
Preto
1785

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