Você está na página 1de 3

PELO TOMBAMENTO DA IGREJA MATRIZ DO SENHOR DA

ASCENSÃO

Para: IPHAN

No presente instrumento, pede-se a abertura do processo de análise e


tombamento da Igreja Matriz do Senhor da Ascensão, construída no ano de 1701, 321
anos de história, pelo qual se apresenta as justificativas abaixo que demonstra a
importância desse patrimônio ser tombado:

1. A igreja é localizada na Praça José Calasans de Macedo, distrito de


Mirandela na cidade de Banzaê/Ba, a Mirandela é a antiga aldeia jesuítica de
Saco dos Morcegos, possui interesse arquitetônico, pois demonstra o
desenho das missões jesuítas no Brasil, bem como exalta a resistência
indígena nessas terras;
2. A igreja tem fortes características da arquitetura jesuíta e, inclusive, foi
tombada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC)
de forma temporária;
3. O patrimônio possui uma área construída de 4.9.0 m², igreja com três naves.
Sua cobertura desenvolve-se em níveis diferenciados: telhado de duas águas
na nave principal e na capela-mor e meias-águas nas laterais e sacristias.
Frontispício novo em três corpos, divididos por friso em dois pisos. O corpo
central mais alto possui três portas de acesso e quatro janelas de coro, sendo
duas rasgadas e duas de parapeito. Sobre a cornija, três frontões de gosto
populares. Os corpos laterais possuem dois pequenos frontões, também
recortados. Os vãos em arco pleno do frontispício contrastam com os demais
de verga reta. Seu interior é simples, telha-vã, com piso em ladrilhos
hidráulicos. A igreja possui três altares: o mor, com volutas, e dois laterais
ao cruzeiro, com frontões triangulares, todos de desenho ingênuo. Destaque
para o coro com balaústres. Do acervo da primitiva igreja destacam-se as

Componentes: Davi de Almeida Cunha, Debora Gama Nascimento, Henrique Ruan Oliveira dos
Santos, Ingrid Santos Moura, Joseane Silva Cruz, Ludmila Nobre Guimarães, Marcos Antônio
Oliveira De Carvalho Filho, Nicolly Maria Miranda Souza, Rebeca Sousa Santos, Rodolpho
Santhiago Salgado Santos, Rodrigo Pinho Dantas, Ruan Miranda Santos, Tainá Macedo
Pimentel, Vaísa Pereira Sousa, Vanessa Pinho Silva Oliveira
imagens do Senhor Da Ascensão, S. Inácio, S. Francisco Xavier, N.S do
Rosário, S. Gonçalo, S. Miguel e S. Benedito;
4. Percebe-se que a estrutura é um desenho típico das missões jesuítas, por isso
tem uma grande importância cultural e histórica, principalmente para a
cidade onde está localizada;
5. Como uma grande referência histórica, depois de séculos desde a sua
construção em 1701, a igreja foi restaurada e recentemente o IPAC,
precisamente o diretor geral do órgão João Carlos, e as técnicas de obra e
restauro Yara Chamusca e Beatriz Lopes, fizeram uma visita ao patrimônio
com o objetivo de iniciar o processo de restauração das peças do imaginário
da Igreja do Senhor da Ascensão;

A igreja Senhor da Ascensão está inteiramente ligada a história das cidades, não só de
Banzaê/Ba, onde está localizada, como também das cidades vizinhas, o conjunto
arquitetônico carrega em sua memória a resistência dos povos indígenas Kiriris, pois
foram eles quem executaram a obra desse patrimônio. Além disso, desde o século
XVIII, que a igreja mantém-se de pé, e inclusive foi totalmente restaurada pelo governo
do Estado da Bahia, foi uma solicitação antiga feita pelas lideranças indígenas da
localidade e pelo Bispo Diocesano Dom Guido, e acatada pela Prefeitura de Banzaê e
pelo Governo da Bahia.
Do entendimento, o artigo 24, inciso VII, da CF, ao tratar da competência legislativa
para a matéria, refere-se à “proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico
e paisagístico”. O artigo 216, V, da mesma Constituição, ao definir o patrimônio
cultural, menciona: “Conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico,
artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico”.
Art.23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
(...)
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e sítios arqueológicos;
IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros
bens de valor histórico, artístico ou cultural;

Componentes: Davi de Almeida Cunha, Debora Gama Nascimento, Henrique Ruan Oliveira dos
Santos, Ingrid Santos Moura, Joseane Silva Cruz, Ludmila Nobre Guimarães, Marcos Antônio
Oliveira De Carvalho Filho, Nicolly Maria Miranda Souza, Rebeca Sousa Santos, Rodolpho
Santhiago Salgado Santos, Rodrigo Pinho Dantas, Ruan Miranda Santos, Tainá Macedo
Pimentel, Vaísa Pereira Sousa, Vanessa Pinho Silva Oliveira
VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas.
Art. 216. §1°. O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e
protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância,
tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.
Como a igreja do Senhor da Ascensão já foi tombada a nível estadual, pelo IPAC, pede-
se ao IPHAN que esse Patrimônio seja tombado como patrimônio histórico Federal.

PELO TOMBAMENTO DA IGREJA SENHOR DA ASCENSÃO PELO IPHAN, para


o IPHAN foi criado por: Corpo Discente de Direito da Faculdade Ages de Tucano.

Componentes: Davi de Almeida Cunha, Debora Gama Nascimento, Henrique Ruan Oliveira dos
Santos, Ingrid Santos Moura, Joseane Silva Cruz, Ludmila Nobre Guimarães, Marcos Antônio
Oliveira De Carvalho Filho, Nicolly Maria Miranda Souza, Rebeca Sousa Santos, Rodolpho
Santhiago Salgado Santos, Rodrigo Pinho Dantas, Ruan Miranda Santos, Tainá Macedo
Pimentel, Vaísa Pereira Sousa, Vanessa Pinho Silva Oliveira

Você também pode gostar