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Universidade Federal do Pará

Instituto de Ciências Sociais Aplicadas


Faculdade de Turismo

Gustavo Henrique Duarte Ramos


Larissa Souza Da Rocha
Laura Virna Silva Ferreira
Vinicius Silva Costa Dos Reis

Relatório de visita técnica ao Museu de Arte Sacra.

Belém

2023
• RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA

Dados da visita

• Local: Museu de Arte Sacra


• Data: 15/06/2023
• Horário: Início 14h – Término 18h
• Responsável pela visita: Catarina – Historiadora e Guia Turística.

Objetivo da visita: O maior objetivo foi explorar a história e a cultura religiosa, a arte
sacra muitas vezes reflete a história e a cultura religiosa de uma determinada região ou
período. Quando visitamos o museu de arte sacra, pudemos aprender sobre os aspectos
históricos e culturais de uma determinada religião, e entender como as crenças religiosas
foram expressas artisticamente ao longo do tempo.

As obras de arte sacra são ricas em simbolismo e significado religioso. Quando visitamos
o museu, pudemos estudar e interpretar os símbolos utilizados nas obras, compreender as
histórias bíblicas ou mitológicas representadas e mergulhar na espiritualidade e teologia
por trás dessas obras.

Descrição da organização visitada: O edifício do museu está situado no Complexo Feliz


Lusitânia, que abriga também a Igreja de Santo Alexandre, um antigo templo jesuíta
construído no século XVIII. Essa igreja é considerada um patrimônio histórico e artístico
nacional.

O acervo do museu é composto por uma ampla variedade de peças, incluindo esculturas
em madeira, imagens de santos, retábulos, altares, crucifixos, paramentos litúrgicos,
pinturas religiosas, mobiliário sacro e objetos litúrgicos.

Além das exposições permanentes, o museu também promove exposições temporárias,


palestras, cursos, oficinas e outras atividades educativas, visando disseminar o
conhecimento e a apreciação da arte sacra.

Descrição da visita: Ao adentrar a igreja, fomos orientados que não devíamos ter contato
direto com os acervos, fotos com flash e principalmente na parede que, além da época em
que a igreja estava sendo construída, ela era composta por pedra, areia e gordura de peixe,
fazendo com que o objetivo deles era preservar o museu. O museu de arte sacra é divido
em três partes, são elas: a galeria de exposição, a escola onde fica o acervo e a galeria que
faz parte dos dois em si, em ambos, a galeria está presente como centro de visitação.
Portanto, vamos começar a descrição primeiro pela igreja de santo Alexandre.

Percebe-se que, se tratava de uma igreja de período colonial. Ou seja, ela já existia na
época que Belém usufruía do forte do castelo como forma de defesa em possíveis ataques
e, nessa mesma época, por Belém está começando a ser Belém, a igreja não se chamava
“igreja de santo Alexandre”, mas sim “São Francisco Xavier”. Por Belém ter uma grande
influência religiosa das ordens que vieram pra cá, haviam 4 presenças importantes dessas
ordens religiosas católicas, eram os: Jesuítas, Carmelitas, Franciscanos e Mercedarios.
Estas ordens ocuparam a igreja em tempos diferentes, o que resultou na mudança contínua
na decoração do prédio, umas decorações mais jesuítas, outras mais Franciscanas.

Capela: eram destinadas para algum santo, todas as capelas do museu eram feitas
totalmente de madeira, eram originais e feitas na época em que haviam oficinas jesuítica,
ou seja toda arte feita por indígena ou jesuíta, era arte barroca. Enquanto no lado esquerdo
da parede, as outras capelas eram voltadas para passagens bíblicas, com detalhes
ressaltando a fauna e a flora, exemplo: flores, folhas e pássaros.

Além de saber sobre o processo histórico do museu, podemos notar a modificação desse
espaço durante 307 anos de sua existência. Uma delas foi a primeira missa realizada no
local, foi somente depois de 21 anos do processo de construção, porque o altar principal
iniciou em 1698 e só foi finalizado em no dia 30/03/1719.

Como todo museu têm seu objetivo de guardar uma memória, o museu de arte sacra tem
com seu objetivo, guardar uma memória cronológica do início de Belém, como os dias
eram diferentes dos de hoje, ele ressalta a história, a memória, a arte, a cultura e
arquitetura. O primeiro processo de modificação do espaço são as capelas do lado direito,
as quais algumas não são tão originais por motivos que o desgaste é frequente com algo
que é extremamente antigo, então existe uma necessidade de modificação na preservação
do acervo. A maior modificação que podemos notar, foi o registro. O emasamento da
parede ficou com tinta branca, a qual correspondia com uma coloração mais preta quando
original, fazia o estilo barroco ficar gótico e detalhado, afinal o estilo barroco é
identificado por ter exagero nos detalhes e cores.

Na parede ainda 100% original, é perceptível a presença de 3 Imagens, compostas por:


São Miguel Arcanjo, São Bartolo Meu e uma estátua em cima de Anjo Jesuíta sem o
rosto. Este Anjo Jesuíta não teve o rosto revelado na estátua porque quando foi
encontrado, ele estava num processo que chamamos de "emparedamento", ou seja, ele foi
encontrado guardado à uma parede, fazendo com que seu rosto ficasse apagado na estátua.
Todos eles também são feitos de madeira.

Por fim, visitamos a galeria de imagens, várias imagens de Jesus Cristo, sua mãe Virgem
Maria, entre outras imagens que contavam suas respectivas histórias e crenças dando um
viés mais católico no museu. Por ser o final da visita, creio que teve que ser rápida com
pouca palestra sobre. Por fim, visitamos a exposição do museu arte sacra sobre diversas
manifestações culturais, como extra da nossa visita técnica. A exposição abordava sobre
diferentes culturas em uma única sala, como danças de matriz africana até nosso amado
carimbó.
Principais pontos positivos da organização visitada: O museu tem uma ótima
localização com vários atrativos turísticos ao redor que são gratuitos e aberto para a
comunidade. A igreja de Santo Alexandre apesar de sua idade (cerca de 307 anos) ainda
tem ótimas instalações, com peças originais em seu acervo. O museu conta com uma
equipe de profissionais capacitados para o atendimento do público, principalmente na
didática em mostrar e contar a história de cada canto do museu.

Principais pontos a serem melhorados pela organização visitada: Poderia ser


melhorados algumas paredes do museu que estão com alguns buracos, porém, a igreja em
si é feita de apenas pedra, terra e gordura de peixe, fazendo com que seja inviável uma
reforma sem que agrida essas paredes e a história que elas contam. Tirando este problema
a visita foi de grande aprendizado e não foi observado outros pontos a serem melhorados.

Conclusão: Após a visita à igreja de Santo Alexandre, podemos concluir que se trata de
um edifício histórico e culturalmente relevante para região. Sua arquitetura barroca e
ornamentações ricas em detalhes proporcionam uma viagem no tempo e evidenciam a
importância da religião na formação da sociedade paraense.

Ao entrar na igreja, é possível sentir uma atmosfera de tranquilidade e devoção, o que


mostra a importância da edificação como um espaço de culto e espiritualidade para a
comunidade local. Além disso, a igreja de Santo Alexandre se destaca pela diversidade
de obras de arte sacra em seu interior.

O retábulo de São Pedro e São Paulo, as imagens de Nossa Senhora de Nazaré e de São
Benedito e o órgão vindo da Europa são exemplos de peças de valor histórico e artístico
que estão presentes no local.

Em suma, a visita a essa igreja é uma experiência única para quem deseja conhecer um
pouco mais sobre a história religiosa do Pará e apreciar uma bela obra de arte
arquitetônica e sacra.

Recomendações: A nossa única recomendação é que a Catarina continue mantendo a


ótima oratória e explicação, pois o restante foi excelente.
Fotos da visita no Museu de Artes Sacras:

Fonte: Acervo pessoal, Vinicius Reis. 2023


Fonte: Acervo, Vinicius Reis. 2023
Fonte: Acervo, Vinicius Reis. 2023

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