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PORTUGUÊS EM FOCO

AULA 09

- Orações subordinadas.
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

A origem dessas orações

Essas orações recebem esse nome porque exercem função própria dos substantivos. Daí
essas orações representam as seguintes funções: objeto direto, objeto indireto, sujeito,
predicativo, complemento nominal e aposto.

São introduzidas por conectivos específicos:

- que, se, quem, quanto e como.

Obs.: dos cinco conectivos, somente “que” e “se” podem ser chamados de conjunção integrante.
Dicas importantes:

1- Somente uma dessas seis orações será antecipada por sinal gráfico (: ─ ,), a
saber: a APOSITIVA.

2- Somente duas dessas seis orações serão antecipadas por preposição (a, de,
em para, com, por), a saber: a COMPLETIVA NOMINAL e a OBJETIVA INDIRETA.

3- Substitua a oração subordinada iniciada por QUE, SE, COMO ou QUANTO por
ISTO e as iniciadas por QUEM, por ELE(A).
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta

A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta funciona como objeto indireto


da Oração Principal.

- A polícia discorda de que os bandidos ainda estejam escondidos na mata.

- Os motoristas não obedecem a quem organiza as leis.


Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal

A Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal funciona como


complemento nominal da Oração Principal.

- O ministro tem a convicção de que os fatos serão esclarecidos.

- Os números não são favoráveis a quem fez a declaração.


Oração Subordinada Substantiva Apositiva

A Oração Subordinada Substantiva Apositiva funciona como aposto da Oração


Principal.

- Só queremos uma coisa: que você procure um outro lugar.

- O propósito era este ─ que todos os brasileiros fossem comunicados antes.


Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta

A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta funciona como objeto direto


da Oração Principal.

- As professoras decidiram que a aula será adiada.

- O médico não notou se tudo aquilo tudo era mesmo verdade.

- O professor percebeu como tudo aconteceu.


Oração Subordinada Substantiva Predicativa

A Oração Subordinada Substantiva Predicativa funciona como predicativo da


Oração Principal.

- O certo era que todos deixariam o país depois da crise.

- O importante é como a cidade receberá todas as mudanças.


Oração Subordinada Substantiva Subjetiva

A Oração Subordinada Substantiva Subjetiva funciona como sujeito da


Oração Principal.

- É normal que a crise também chegue a outros países.

- Trouxe os livros quem recebeu o aviso.


ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

São estruturas dependentes e funcionam como adjetivos. Obviamente, referem-


se a substantivos.

A origem dessas orações:

1- O time vitorioso.

2- O time das vitórias.


3- O time que vence os campeonatos.

4- O time que vence os campeonatos deixa sua torcida feliz.

Essas orações são introduzidas por pronomes relativos:

- Que

- Quem

- Onde

- Cujo(a)(s)
Classificação das orações adjetivas

1.Restritivas: Não usa vírgulas(s) e indica ideia de não exclusividade em que se notam
dois grupos.

2. Explicativas: Usa vírgula(s) e indica ideia de generalização ou particularização.


Exemplos:

- O aluno que se dedica aos estudos passa.

- Ana ligou para o paquera que trabalha no hospital.


- O aluno, que é uma peça importante da escola, deve estar disposto a aprender.

- Jair Bolsonaro ─ que é o atual presidente ─ é visto, por muitos, como um genocida.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

A origem dessas orações

Essas orações desempenham função adverbial. Vamos ver como essas orações se
originam:

1- Todos deixaram a praia no final da tarde.

2- Todos deixaram a praia quando a tarde caiu.


Orações adverbiais x uso da vírgula

a)

b)
A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa. A causa é uma espécie de
“estopim”, que aciona uma consequência. É iniciada por uma conjunção
subordinativa causal ou por uma locução conjuntiva subordinativa causal.

Obs.: A conjunção “como” deve ser usada apenas em início de período.

Exemplos:

- Já que os brasileiros vivem cada vez mais, a velhice vem se prolongando em nossa
sociedade.
B) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de consequência. É iniciada
pela conjunção subordinativa consecutiva que.

- A enfermeira foi tão competente, que o paciente recuperou-se em uma


semana.

- Tamanha era raiva do injustiçado, que atirou contra todos e depois se matou.
C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão, ou seja, indica
uma contraposição, uma oposição. É iniciada por uma conjunção subordinativa
concessiva ou por uma locução conjuntiva subordinativa concessiva.

Exemplos:

- Conquanto a vida sempre ofereça muitos obstáculos, nunca devemos nos


deixar abater.

- Todos chegaram bem cedo, apesar de a prova só começar às dez da manhã.


D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição, ou seja, indica
valor semântico de dependência em que há forte teor duvidoso, incerto e
hipotético. É iniciada por uma conjunção subordinativa condicional ou por uma
locução conjuntiva subordinativa condicional. São elas: se, a menos que, desde
que, caso, contanto que, A + infinitivo.

Exemplos:

- Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce.

- O governo fará as obras prometidas, contanto que todos os ministros se


empenhem.
E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade. É iniciada
por uma conjunção subordinativa conformativa ou por uma locução conjuntiva
subordinativa conformativa. São elas: como, conforme, segundo, consoante.

Exemplos:

- Segundo revelou o IBGE, brasileiros estudam mais hoje do que na década


passada

- Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura.


F) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo. É iniciada por uma
conjunção subordinativa temporal ou por uma locução conjuntiva subordinativa
temporal.

Exemplos:

- Assim que a aula terminar, vamos à sala de estudos.

- Ao terminar essa discussão, sairemos daqui.


G) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção. É iniciada
por uma locução conjuntiva subordinativa proporcional. São elas: à proporção
que, à medida que, ao passo que, tanto mais...mais, tanto menos...menos.
Exemplo:

- À medida que o tempo passa, mais experientes ficamos.

- Quanto menos fumava, menos adoecia.


H) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente,
o verbo fica subentendido.

Exemplo:

- Pedro gosta mais de literatura francesa (do) que de Alemã.

- João era mais esforçado (do) que o irmão.


I) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade. É iniciada por uma
conjunção subordinativa final ou por uma locução conjuntiva subordinativa final.
São elas: a fim de (que), para que, para + infinitivo.
Exemplos:

- Alguns brasileiros procuram economizar no fim do ano para que consigam


comprar mais em janeiro.

- A fim de sair mais cedo, o funcionário adiantou os compromissos.

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