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Aulas

---- Introdução à gramática:


--- Conceitos:
-- Frase: todo enunciado de sentido completo capaz de estabelecer uma comunicação. Pex “Bom dia.”, “Vamos
embora daqui.”.

-- Oração: é a frase estruturada em torno de um verbo.


- Nem toda frase é uma oração, mas toda oração capaz de estabelecer um enunciado de sentido completo é uma
frase. Para que seja oração tem que possuir um verbo em sua estrutura, necessariamente. A quantidade de
verbos é que marca a quantidade de orações dentro de uma frase, pex, 3 verbos, 3 orações. A frase “bom dia”
não é uma oração, já a frase “vamos embora daqui.” é uma frase com uma oração, marcada pelo verbo
“vamos”. Na frase “Nossa equipe está treinada, portanto, não há motivo para preocupações.” Há duas orações,
marcadas pelos verbos “está” e “há”.
- O verbo é a espinha dorsal da oração. Há 3 elementos que, em regra, são capazes de constituir uma oração:
Sujeito, verbo e complemento. Havendo esses 3 elementos, chamamos essa oração de oração autônoma
(sintaticamente independente), ou coordenada. Logo, coordenada é a oração que possui seus 3 elementos
estruturais (sujeito, verbo e complemento, em qualquer ordem).

-- Período é a frase formada por uma ou mais orações. Havendo uma oração (marcada por pelo menos um
verbo), já há um período.
- Quando temos apenas uma oração no período, diz-se que temos um período simples (também chamado de
oração absoluta). No exemplo “vamos embora daqui.”, temos uma frase, com uma oração e com um período
simples (ou uma oração absoluta).
- Quando temos duas ou mais orações dentro do período, diz-se que temos um período composto. No exemplo
“Nossa equipe está treinada, portanto, não há motivo para preocupações.”, temos uma frase, com duas orações e
um período composto.
∟ Temos ainda duas classificações de período composto:
→ Período composto por coordenação
→ Período composto por subordinação

-- Análise do que aprendemos:


- Exemplo: “O motorista avançou o sinal, mas o guarda não anotou a placa do carro”. Temos aqui dois verbos,
logo, duas orações. Temos então um período composto.
∟ Separando por orações, na primeira “o motorista avançou o sinal”, podemos achar o sujeito (quem avançou o
sinal?), o motorista. O verbo é o termo “avançou”, e o complemento é “o sinal” (quem avança, avança alguma
coisa, avançou o que? O sinal). Logo, já nesse primeiro período simples, temos uma oração coordenada, pois
possui os 3 elementos fundamentais.
∟Na segunda oração “mas o guarda não anotou a placa do carro”, temos o sujeito (o guarda), o verbo (anotou)
e o complemento (a placa do carro). Logo, também temos uma oração coordenada.
→ Obs.: sempre que houver um verbo no período, devemos questionar se há os 3 elementos (sujeito, verbo e
complemento) em torno desse verbo. Se houverem 5 verbos, devemos procurar esses 3 elementos em cada
verbo.
∟ Juntando tudo, temos uma frase composta por um período composto formado por duas orações coordenadas.
Por serem coordenadas (autônomas), percebemos que podemos entender claramente a primeira oração sem
necessidade da segunda, e vice-versa (não estamos falando de interpretação, mas apenas de estrutura sintática).
-- Período composto por subordinação: Partindo do Exemplo: “Os infelizes afirmaram que a caminhada havia
sido longa.”. Possuímos aqui dois verbos (“afirmaram” e “havia sido”, sendo esse segundo considerado uma
locução verbal, pois possui dois verbos conectados), nesse caso, temos duas orações (2 verbos), logo, temos um
período composto. Devemos procurar então os 3 elementos (sujeito, verbo e complemento). Achando os
elementos: Quem afirmou algo? “Os infelizes” (sujeito). “Afirmaram” é verbo, e afirmaram o que? “Que a
caminhada havia sido longa”, esse é o complemento.
∟ Nesse caso, se apagarmos a segunda oração, restando apenas “Os infelizes afirmaram”, resta apenas sujeito e
verbo, faltando algo para completar o período (faltaria o complemento “que a caminhada havia sido longa”).
Assim, ao apagarmos a segunda oração a frase perde o sentido, logo, há uma subordinação entre o
complemento e a primeira oração. Temos aqui a chamada oração subordinada, marcada por um período
composto por subordinação.

-- Aplicando o aprendido: Exemplo: “Os infelizes caminharam o dia inteiro, portanto estavam cansados e
famintos.”. Os termos sublinhados são verbos, logo, temos um período composto. O período composto pode ser
por coordenação (as orações são autônomas entre si) ou por subordinação (as orações apresentam subordinação
entre si). Como temos 2 verbos, devemos analisar os 3 elementos em cada verbo. Na primeira oração “Os
infelizes caminharam o dia inteiro”, temos o sujeito (os infelizes), o verbo (caminharam) e o complemento (o
dia inteiro), logo, temos uma oração coordenada, pois independe da segunda. Já no segundo período “portanto
estavam cansados e famintos”, observamos que o sujeito “os infelizes” não foi repetido na segunda oração, mas
ele está presente na frase, logo, considera-se que o sujeito é oculto (poderia estar escrito “Os infelizes
caminharam o dia inteiro, portanto os infelizes estavam cansados e famintos”, mas como ele foi ocultado,
considera-se sujeito oculto em relação ao segundo verbo para evitar uma repetição). O falto do sujeito estar
oculto não faz com que não haja sujeito, logo, na segunda oração a análise é a seguinte: Sujeito oculto (os
infelizes), verbo (estavam) e complemento (cansados e famintos). Dessa forma, mesmo que não tivéssemos a
primeira oração, ainda assim teríamos os 3 elementos, logo, também se trata de uma oração coordenada. Se
retirarmos a primeira oração, deixando apenas “portanto estavam cansados e famintos”, ficamos sem saber
quem é o sujeito na análise da interpretação (na semântica, onde há uma subordinação entra as orações), mas na
análise sintática, há os 3 elementos, por isso temos uma oração com período composto por coordenação.

-- Obs.: Uma oração é constituída em torno dos 3 elementos fundamentais (sujeito, verbo e complemento). O
sujeito é completamente subordinado ao verbo, só há sujeito se houver verbo (o contrário é possível, verbo sem
sujeito). Da mesma forma, o complemento também só existe se houver verbo. Logo, sujeito e complemento são
totalmente subordinados ao verbo. A gramática trata que quando há estruturas sintaticamente dependentes
(como essas), em regra essas estruturas subordinadas não podem se separar por nenhum tipo de pontuação (por
isso não se usa virgula entre sujeito e verbo).
- Ex.: “Todo trabalhador merece recompensa.” Se colocarmos uma virgula “Todo trabalhador, merece
recompensa”, essa virgula é proibida por estar separando dois processos subordinados, o sujeito (trabalhador) e
o verbo (merece). Se colocarmos ao final “Todo trabalhador merece, recompensa”, também é proibida, pois a
virgula estaria separando o verbo (merece) do complemento (recompensa). Nesse caso, os elementos são
subordinados entre si, por isso não cabe a vírgula.
- Ex.: “Os infelizes afirmaram que a caminhada havia sido longa”. Análise: Sujeito (infelizes), Verbos
(afirmaram e havia sido [locução verbal]) e complemento (que a caminhada havia sido longa). Temos um
período composto (2 verbos) por um processo de subordinação). Por ser um processo de subordinação, uma
virgula separando as orações seria proibida, pois ela estaria separando estruturas subordinadas (proibido, em
regra, separar as orações subordinadas entre si).
- Ex.: “O motorista avançou o sinal, | mas o guarda não anotou a placa do carro”. Análise das duas orações:
Sujeitos (motorista e guarda), Verbos (avançou e anotou) e complementos (“o sinal” e “a placa do carro”).
Nesse caso, a relação entre as orações é de coordenação (cada uma tem sentido separadamente), logo, temos um
período composto formado por coordenação, assim, podemos colocar uma vírgula separando as duas orações
(que no caso é obrigatória).
--- Sujeito:
-- Características:
- É um termo oracional completamente subordinado ao verbo, em regra, quando o sujeito for determinado ele
apresentará um substantivo como núcleo. Quando essa regra não se aplicar o núcleo do sujeito poderá ser um
pronome, um numeral ou um verbo.
- O núcleo do sujeito não pode ser preposicionado. Pode haver uma preposição dentro do sujeito, mas nunca
uma preposição atuando como núcleo.
- O sujeito é o termo com o qual o verbo deve concordar em número (singular e plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª
pessoa). Em regra, o verbo concorda com o núcleo do sujeito.
- O sujeito pode ser simples, composto, oculto, indeterminado, oracional ou inexistente.
- Ex.: “As doenças da pobreza e do desenvolvimento existem no Brasil.”. Só há um verbo (existem), logo, há
um período simples (oração absoluta). Analisando os 3 elementos: Sujeito (as doenças da pobreza e do
desenvolvimento), verbo (existem) e complemento (no Brasil). Trata-se de uma oração coordenada
(independente) de período simples. Qual o núcleo do sujeito? A palavra “desenvolvimento” não pode ser o
núcleo, pois ela é preposicionada (no trecho “do desenvolvimento”, a palavra “do” é a junção da preposição
“de” + “o”, logo, é uma preposição que se liga ao sujeito, e como não pode haver núcleo preposicionado, não
cabe dizer que “desenvolvimento” seria o núcleo). A palavra “pobreza” segue a mesma regra, pois “da” pobreza
é a junção de “de + a”, tornando a palavra pobreza preposicionada. Logo, a palavra “doenças” será o núcleo do
sujeito, pois é a única não preposicionada (precedida do artigo “as”). A palavra “doenças” segue a regra, pois é
um substantivo e é o núcleo do sujeito. Por haver apenas um núcleo, temos um sujeito simples, e o verbo
“existem” concorda com o sujeito.
- Ex.: “Muitos problemas e muitas discussões sobrevieram naquele momento”. Temos apenas um verbo
(sobrevieram), logo, temos apenas uma oração, o que forma um período simples. Quanto ao sujeito (o que
sobreveio naquele momento?) “muitos problemas e muitas discussões”, esse é o sujeito. Os núcleos são
“problemas” e “discussões”, que são substantivos. Como temos dois núcleos, temos um sujeito composto.
- Ex.: “Todos acreditaram em você.” Temos aqui um único verbo (acreditaram), período simples (oração
absoluta). O sujeito é “todos” (quem acreditaram em você?), e “todos” também é o núcleo do sujeito. Temos
um sujeito simples. Ocorre que “todos” é um pronome indefinido, e não um substantivo (isso foge à regra).
Quando um pronome for núcleo do sujeito, ocupando o lugar do substantivo, chama-se esse pronome de
pronome substantivo. No caso, trata-se de um pronome indefinido substantivo.
- Ex.: “Uma em cada seis pessoas passa fome.”. O verbo é “passa”, e o sujeito é “uma em cada seis pessoas”. A
palavra “pessoas” é um substantivo, enquanto que a palavra “seis” é um numeral, e a palavra “cada” é um
pronome indefinido, a palavra “em” é uma preposição que também está ligada a “pessoas”. Como a preposição
“em” está atuando em função da palavra pessoas, não podemos chamar a palavra “pessoas” de núcleo do
sujeito, uma vez que ela está preposicionada (não há núcleo preposicionado). Então, o núcleo do sujeito será a
palavra “uma”, que é um numeral. Trata-se de um numeral substantivo.
∟ O pronome e o numeral, quando atuarem como núcleo do sujeito substituindo o substantivo, serão
considerados termos substantivos. Isso comumente é cobrado nas provas: Marque o item onde haja um termo
de função substantiva (que é o numeral ou pronome ocupando o lugar de um substantivo).
∟ No caso da frase “Uma em cada seis pessoas passa fome.”, a prova cobrou: A flexão verbal “passa” poderia
ser flexionada no plural (passam) mantendo a correção gramatical do período, mas a ênfase estaria voltada para
“pessoas” (ou seja, o verbo pode ser flexionado no plural para concordar com “pessoas”?). Falso, pois o verbo
deve concordar com o núcleo do sujeito em número e pessoa, como “uma” é singular, o verbo deve ser singular.
- Ex: “Era necessário mandar no dia seguinte Marciano ao forro da igreja”. Os verbos são “era” e “mandar”, o
sujeito é “mandar no dia seguinte marciano ao forro da igreja” (o que era necessário?), e o complemento é
“necessário”. Qual o núcleo desse sujeito? “Mandar” (o que era necessário?), logo, temos um núcleo em que
um verbo atua como núcleo, e não um substantivo.
∟Nesse caso não se diz “verbo substantivo”, mas sim de oração substantiva, pois o verbo forma uma oração.
Por isso classificamos essa oração como oração subordinada substantiva subjetiva, já que ela é subordinada
(pois o sujeito é um elemento subordinado ao verbo), substantiva por que o verbo age como núcleo do sujeito, e
subjetiva por que o verbo está contido dentro do sujeito e a função dessa oração é de sujeito.
-- Resumo do sujeito:
- Seu núcleo jamais é preposicionado, e em regra é um substantivo. Se a regra for quebrada, sendo utilizados
outros termos que tenham função substantiva: tratando-se de um pronome será chamado de pronome
substantivo, se for um numeral será um numeral substantivo, e, se for um verbo, será uma oração substantiva.

-- Obs.: Falamos em pronomes e numerais substantivos. Mas o que são os pronomes e numerais adjetivos?
- Os pronomes e numerais substantivos são núcleos de uma estrutura sintática, e não apenas núcleos do sujeito,
podem ser também núcleos de um objeto direto, de um predicativo, de um complemento nominal, de um agente
da passiva e etc., ou seja, se forem núcleos de uma estrutura sintática, serão considerados substantivos.
- Se os pronomes e numerais não forem considerados como núcleo de uma estrutura sintática eles serão
considerados adjetivos. Terão função adjetiva (papel adjetivo). Sendo núcleos, serão substantivos, não sendo,
serão adjetivos. As provas cobram para apontar um termo de função adjetiva, e na resposta, consta, por
exemplo, um numeral.
- Ex.: “Muitos problemas e muitas discussões sobrevieram naquele momento”. Análise: Sujeito (Muitos
problemas e muitas discussões), verbo (sobrevieram) e complemento (naquele momento). As palavras
“Problemas e discussões” são núcleos do sujeito. A palavra “muitos” é pronome indefinido e se fosse núcleo
seria um pronome indefinido substantivo, mas como não é núcleo, é um pronome indefinido adjetivo. A palavra
“muitas” também é um pronome indefinido adjetivo, pois não é um núcleo.
- Ex.: “Todos acreditaram em você.”. Análise: Verbo (acreditaram), Sujeito (todos) e complemento (em você).
Núcleo do sujeito (todos) é um pronome indefinido, nesse caso, por ser núcleo, será um pronome indefinido
substantivo. As palavras “em você” são o complemento, e a palavra “você” é o núcleo desse complemento,
logo, trata-se de um pronome substantivo (se não fosse o núcleo do complemento, seria um pronome adjetivo).
- Ex: “Uma em cada seis pessoas passa fome”. Análise: Sujeito (Uma em cada seis pessoas), o núcleo do sujeito
é “Uma”, que é um numeral substantivo. Se ele não fosse núcleo, seria chamado de adjetivo.
-- Obs.: Preposições:
--- Questões de prova:

-- Q1:

- Resposta: Análise: Verbo (caminham), sujeito (rapazes vestido de preto com a cabeça e o rosto coberto por
capuzes ou capacetes), complemento (). O sujeito e o verbo são termos subordinados, e em regra, estruturas
subordinadas não podem ser separadas por vírgula, logo, a questão está errada, pois essa vírgula colocada após
a palavra “capacetes” seria proibida. Outro erro é que o sujeito não é um termo acessório como diz a questão, o
sujeito é um termo essencial.

-- Q2:

- Resposta: O verbo deve concordar sempre com o núcleo do sujeito. Na análise, o verbo é a palavra “trouxe, o
sujeito é “O lançamento de satélites”, sendo que o núcleo não pode ser a palavra “satélites”, pois ela está
acompanhada da preposição “de” (termo substantivo preposicionado). Nesse caso o núcleo do sujeito será a
palavra “Lançamento”. Então, como o verbo tem que concordar com o núcleo do sujeito, que está no singular, o
verbo trouxeram estaria errado, pois não estaria concordando. Item falso.
-- Q3:

- Resposta: Análise: “Parei de comer” é uma locução verbal, “Deixei de ter” é uma locução verbal, “Parei de
tomar” e “Deixei de ir” também são locuções verbais. Observe que, para contagem, a locução verbal equipara-
se a um verbo, no caso, seriam 4 verbos. Na frase, o sujeito é oculto: quem parou de comer galinha? “Eu”,
sujeito oculto. O complemento seria a palavra galinha (parei de comer galinha: sujeito, verbo e complemento).
Observe que na frase “Parei de comer galinha”, já há os 3 elementos, logo, trata-se de uma oração coordenada.
No segundo período “Deixei de ter relações sexuais”, também temos os 3 elementos (sujeito oculto “eu”, verbo
“deixei” e complemento “relações sexuais), logo também se trata de uma oração coordenada. Por fim, no
terceiro período “deixei de ir aos shoppings”, temos o sujeito oculto “eu”, o verbo “deixei” e o complemento
“de ir aos shoppings”, também formando uma oração coordenada, pois independente das anteriores.
∟A primeira parte da pergunta é verdadeira (estabelece-se uma relação de coordenação entre as orações).
Quanto a segunda parte, observa-se a subordinação entre os termos: o sujeito é subordinado ao verbo, e o
complemento também é subordinado ao verbo, havendo subordinação dos termos. Veja, no período “Parei de
comer galinha”, quem parou de comer? “Eu” (sujeito oculto, que está subordinado ao verbo comer), e quem
para de comer, para de comer alguma coisa, parei de comer o que? “Galinha”, que é o complemento que
também está subordinado ao verbo. O mesmo acontece nas outras duas orações: há subordinação entre os
termos (não entre as orações em si). Portanto, a questão está certa.

-- Q4:

- Resposta: Lembrando que pronomes e numerais substantivos são todos aqueles que, dentro de uma estrutura
sintática, estabelecem uma relação de núcleo (obs.: a prova pode tratar isso como “termos substantivos”,
“termos de função substantiva” ou “termo de papel substantivo”, para se referir a pronome ou numeral).
Vejamos o trecho “Isto me obrigaria a escrever outra mensagem”, partimos do verbo “obrigaria”, o que está me
obrigando? “Isto”, esse é o sujeito. Nesse caso, a própria palavra “isto” é o núcleo do sujeito (sujeito simples),
e, ainda, “isto” é um pronome demonstrativo substantivo (pois é o núcleo da estrutura sintática). Continuando a
análise (em “escrever outra mensagem”), o verbo “escrever”: quem escreve, escreve algo, o que? “Outra
mensagem”, que é o complemento do verbo escrever. Nesse caso, a palavra “mensagem” é o núcleo do
complemento e o termo “outra” é um pronome indefinido adjetivo, pois apenas acompanha o substantivo (pois
esse não é o núcleo do complemento, mas sim a palavra “mensagem”). Logo, “isto” é um pronome substantivo
e “outra” é um pronome adjetivo. Respondendo a questão, está falsa, pois um é substantivo e o outro é adjetivo.

-- Q5:

- Resposta: Analisando, o verbo é “refletem. O que refletem esses problemas? “A letra das composições
musicais contemporâneas”, esse é o sujeito. O núcleo desse sujeito não pode ser a palavra “composições”, pois
está preposicionado por “das”. As palavras “musicais” e “contemporâneas” também não podem ser núcleo do
sujeito, pois essas duas palavras caracterizam as “composições”, ou seja, são adjetivos, e adjetivos não podem
ser núcleo de sujeito (só pode: substantivo, verbo, numeral e pronome). Logo, o núcleo do sujeito será a palavra
“letra”. E como o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito, o termo “refletem” está errado, pois o núcleo
está no singular, o certo seria “reflete”. Por conta disso, a questão está certa, há uma falta de concordância.

-- Q6:

- Resposta: Lembrando que não pode haver separação de estruturas subordinadas por pontuação. Analisando, o
verbo é “refletem. O que refletem esses problemas? “A letra das composições musicais contemporâneas”, esse
é o sujeito (sujeito simples). O núcleo do sujeito será a palavra “letra”. O complemento é “os problemas
sociais”. Não caberia colocar vírgula entre o verbo e o sujeito ou o verbo e o complemento, por conta da
subordinação. Logo, a questão está certa, pois a vírgula colocada após o termo “reflete” separa o verbo do
complemento.

-- Q7:

- Resposta: Lembrando que não pode haver núcleo de sujeito preposicionado. Análise: Verbo “povoavam”,
sujeito: quem povoavam sua pobre alma? “Pedaços de dor e de saudade”, esse é o sujeito. A palavra “dor” e a
palavra “saudade” estão preposicionadas por “de”, logo, não podem ser núcleo do sujeito. Assim, a única
palavra que resta é “pedaços”, que é o núcleo do sujeito. Nesse caso, “pedaços” é substantivo, e é sujeito
simples por só haver um núcleo. Logo, a questão está errada, pois o sujeito é simples e não composto.
∟ Obs.:uma forma de tornar essa frase com sujeito composto seria escrevê-la: “Os pedaços de dor e os de
saudade povoavam sua pobre alma”. Isso por que teríamos um sujeito oculto em “os”, que também se referiria a
pedaços. Logo, teríamos um sujeito composto por dois núcleos, sendo um deles oculto. Mas na forma original,
a frase possui apenas um núcleo, porém, com duas características para a palavra pedaços (de dor e de saudade).

-- Q8: (Pronome destacado “ESTE”)

- Resposta: Análise: o verbo é “nota”, o que não se nota? “Este clima de desconfiança, insatisfação e pavor”,
esse é o sujeito. A palavra “desconfiança” não pode ser núcleo por estar preposicionada pela palavra “de”. Os
termos insatisfação e pavor também não podem por serem preposicionados. Isso por que o autor omitiu a
palavra “de” em frente deles, utilizando a virgula, mas entende-se que está escrito “De desconfiança, de
insatisfação e de pavor”. Assim, o núcleo do sujeito é a palavra “clima”, que é um substantivo. Temos um
sujeito simples no singular, por isso o verbo também está no singular. Quanto ao pronome, “este” é um
pronome demonstrativo, mas não é núcleo do sujeito, logo, é um pronome demonstrativo adjetivo (se fosse
núcleo, seria substantivo). A questão está certa.

-- Q9:

- Resposta: Analise: Verbo (ficaram), sujeito (as pressões dos produtores), onde o núcleo não pode ser a palavra
produtores por estar preposicionada1, o núcleo é “pressões”. Temos um sujeito simples. Como o sujeito e o
verbo são subordinados, não caberia a segunda vírgula separando-os. Questão falsa, pois a vírgula é proibida
∟Quanto à primeira vírgula, ela é permitida, pois a frase está na ordem indireta. Na ordem direta, a frase ficaria
escrita: “As pressões dos produtores ficaram mais intensas após a crise do petróleo”. Nesse caso teríamos a
ordem direta da oração: sujeito, verbo e complemento. Na ordem indireta, o complemento foi colocado antes do
sujeito (deslocamento do complemento), fato que torna necessário o uso de virgula, pois ela isola um
deslocamento de termo (complemento).

-- Q10:

- Resposta: Análise: Verbo (“encontrava” e locução verbal “resolveu voltar”), logo há duas orações e um
período composto. Sujeito (“ela” – quem não encontrava ninguém?) e complemento (“ninguém” – ela não
encontrava quem?). No primeiro período temos os 3 elementos, logo, temos uma oração coordenada. No
segundo período: Verbo (“resolveu voltar”), sujeito (oculto, “ela” – quem resolveu voltar à cidade?) e
complemento (“à cidade”). No segundo período também temos os 3 elementos, logo, um período composto por
coordenação. Resposta: Certo. Período composto (2 verbos) por coordenação.
∟ Obs.: o termo “por isso” é uma conjunção coordenativa.
1
Atenção, a palavra “dos” em si não é uma preposição, mas sim a contração da preposição “de” mais o artigo “o”.Logo, se falar que
“dos” é uma preposição, está errado.
∟ Atenção, as orações não são subordinadas, pois mesmo que a segunda perca o sentido compreensível sem a
primeira, ambas estão completas estruturalmente. Não importa se dá ou não para compreender ou interpretar o
texto adequadamente, isso por que a análise aqui é apenas sintática (a semântica é que trata da interpretação).

-- Q11:

- Resposta: Verbo “Nota”, sujeito “esse clima de desconfiança, insatisfação e pavor” onde o núcleo é “clima”.
Por só haver um núcleo, temos um sujeito simples.

-- Q 12:

- Resposta: Análise: Verbo “chegaram” e a locução verbal “procuraram prender”. Temos um período composto
por duas orações. O sujeito é “o delegado e o promotor”, sendo ambos núcleos, gerando um sujeito composto.
O complemento é “à cidade”. A primeira oração vai até “à cidade”, e é coordenada, pois possui os 3 elementos.
Já a segunda oração “e procuraram prender todos os envolvidos em corrupção”: Verbo “procuraram prender”,
sujeito oculto “delegado e o promotor”, e complemento “todos os envolvidos em corrupção”. Também tem os 3
elementos, logo, também é coordenada. Temos um período composto por coordenação. Resposta: certo.
∟ Obs.: o termo “e” (antes de procuraram) é uma conjunção coordenativa.

-- Q13:

- Resposta: Análise: Verbo “e” e “acreditem”, oração com período composto por duas orações. Sujeito “que
todas as pessoas acreditem em você”. Complemento “possível”. Temos os 3 elementos. Se apagarmos a
segunda oração, a primeira ficaria apenas “É possível”, tendo apenas verbo e complemento, faltando o sujeito.
Por isso temos um período composto (2 verbos) por subordinação. Oração subordinada substantiva subjetiva
(pois o sujeito é oracional).
∟Quanto ao núcleo do sujeito, o verbo “acreditem” é o núcleo (o que é possível? Que as pessoas acreditem, ou
seja, a crença é o foco). Temos então um sujeito oracional.
→ Lembrando que quando o núcleo do sujeito não for um substantivo, ele será um pronome, um numeral ou
um verbo, apenas um desses 3.
-- Q14: (Termos destacados “Todas” e “Você”)

- Resposta: Análise: Verbo “acreditem”, sujeito “todas as pessoas”, onde o núcleo é “pessoas” (sujeito simples).
O complemento é “em você”. A palavra “todas” no sujeito é um pronome indefinido, mas não é núcleo do
sujeito, logo, tem uma função adjetiva (pronome indefinido adjetivo). O complemento é constituído por duas
palavras, onde “você” é o núcleo, sendo um pronome pessoal de tratamento. Dentro dessa análise, por ser
núcleo, ele tem função substantiva. Logo, é um pronome substantivo. Resposta: certo.

-- Q15:

- Resposta: Análise: a forma mais fácil de verificar a pontuação é colocar a frase na ordem direta: “Deus deu o
perigo e o abismo ao mar.” Verbo “deu”, sujeito “Deus” (núcleo e sujeito simples), complemento “o perigo e o
abismo ao mar”. Estruturas subordinadas não podem ser separadas por pontuação, logo, essas virgulas estão
proibidas, já que separam o verbo do sujeito e complemento. Item errado.

---- Termos oracionais:


--- Os termos da oração são divididos em 3 grupos: essenciais, integrantes e acessórios.
-- Essenciais: Sujeito e predicado
- O predicado é constituído por 2 termos: Verbo e complemento. Então os três elementos fundamentais são
sujeito, verbo e complemento (predicado)

-- Integrantes: Complementos dos verbos (objeto direto e indireto), complementos nominais e agente da passiva
- Os termos integrantes são os vários complementos possíveis. Esses complementos fazem parte dos termos
essenciais, já que os termos essenciais são sujeito, verbo e complemento (logo, os integrantes estão contidos
nos essenciais). Somando-se os termos essenciais com os termos integrantes, temos uma oração coordenada.

-- Acessórios: Adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo


- São termos que acrescentam informações no período, mas não fazem parte da constituição da oração como
elementos fundamentais, essenciais. Logo, em tese, podem ser retirados do período sem causar qualquer
problema para a estrutura da oração, o que não acontece com os termos essenciais e integrantes. Estamos
falando de prejuízo sintático (estrutura) e não semântico (interpretação).

--- Diferença entre análise sintática e morfológica:


- A morfologia traz as classes gramaticais (substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio,
preposição, conjunção e interjeição). Cada vez que eu analiso um período e atribuo alguma dessas funções a um
termo desse período, tenho uma análise morfológica (pex, determinar que uma palavra é um substantivo, trata-
se de uma análise morfológica).
∟ Obs.: a preposição, conjunção e a interjeição não possuem função sintática, apenas morfológica.
∟ Obs.: Há termos que vem em forma de locução: Locução verbal, locução adjetiva, locução adverbial,
locução prepositiva, locução interjeitiva, e essas entram na mesma classe gramatical dos termos sem locução.
Nesse caso também se trata de análise morfológica.
- Quando atribuímos ao termo uma função que não esteja dentro dessas 10 classes gramaticais, temos uma
análise sintática. Por exemplo, quando determinamos que um termo é o sujeito da oração, temos uma análise
sintática, pois ele não está dentro de nenhuma dessas 10 classes gramaticais.

--- Classificação do sujeito:


-- Simples: quando ele possuir apenas um núcleo. Ex.: “A procura por esse tipo de atividade cresceu muito.”.
Nesse período qual a função sintática e a classificação dos termos? Verbo (cresceu), sujeito (a procura por esse
tipo de atividade). A palavra “atividade” e a palavra “tipo” não podem ser núcleo por estarem preposicionados .
O núcleo será a palavra “procura”, que é um substantivo.
-- Composto: quando ele possuir mais de um núcleo.
- Ex.: “Os episódios dos policiais militares e as exibições de delitos graves motivaram um amplo debate”. A
flexão verbal “motivaram” apresenta no período um sujeito composto por dois núcleos: “policiais e delitos”.
Certo ou errado? Verbo (motivaram), Sujeito (Os episódios dos policiais militares e as exibições de delitos
graves). Núcleo do sujeito: a palavra “policiais” não pode ser núcleo por estar preposicionado por “dos”. A
palavra “delitos” também está preposicionada. Os núcleos serão a palavra “episódios” e a palavra “exebições”,
temos então um núcleo composto.

-- Oculto (desinencial, implícito ou elíptico): é aquele onde o sujeito em si não está escrito, mas pode ser
determinado no período.
- Ex..: “Éramos três velhos amigos na praia quase deserta”. Classifique o sujeito. Verbo (éramos), sujeito
(Quem eram esses amigos? Éramos nós. Logo, o sujeito é a palavra “nós”, que está oculta. A palavra nós é o
núcleo, e é um sujeito simples e oculto).

-- Sujeito indeterminado: é aquele o qual não se pode ou não se quer identificar qual o ser que praticou a ação
determinada pelo verbo. Há duas regras para se identificar esse sujeito. Veremos agora 1 delas: O verbo
precisas estar flexionado na 3ª pessoa do plural sem referência. Ex.: “Encontraram um corpo no rio”. Verbo
(encontraram). Sujeito (quem encontraram? Alguém encontrou, mas são se sabe dizer quem. Por isso, o sujeito
é indeterminado). Uma forma fácil de perceber é que o verbo está na 3ª pessoa do plural (termina em RAM,
encontraram,) e não há no texto uma referencia a quem praticou a ação. Se no texto houver alguma referencia a
quem o verbo se refere, não será mais indeterminado, no máximo oculto.
- Ex.: “Os policiais e o corpo de bombeiros fizeram uma busca pelo rio. Nele, encontraram o corpo.” Nesse
caso, não se pode dizer que o sujeito é indeterminado, pois o verbo se refere aos termos anteriores, e esta
referencia é o próprio sujeito. Para o verbo “encontraram”, temos como núcleo as palavras “policiais” e “corpo”
(de bombeiros não pode por estar preposicionado). Temos então um sujeito composto, porém, oculto para o
verbo “encontraram”.Para o verbo “fizeram” esses núcleos estão explícitos, temos apenas um sujeito composto.
- Questão:

∟ Errado, pois o termo “ousavam” faz referencia a espelhos, logo, não se trata de um sujeito indeterminado,
mas sim oculto.
- Questão:

∟O verbo deve concordar com o sujeito. Logo, o verbo ousavam deve concordar com o sujeito “espelhos”. A
questão está errada, pois não concorda com visitas, mas sim com espelhos.
- Questão:

∟O verbo “dizem” está na 3ª pessoa do plural, mas quem é que dizem? Não se sabe pois não há qualquer
referencia no texto, por tanto, o sujeito é indeterminado. Questão verdadeira.

---- Predicação verbal:


--- Classificação dos verbos:
-- Verbo transitivo (que pode ser direto, indireto, ou direto e indireto): O verbo transitivo é aquele que exige um
complemento verbal, que são o objeto direto e o objeto indireto.
∟ Ex.: “O rapaz desconfiou das palavras do candidato.”. Análise: Verbo (desconfiou), sujeito (o rapaz, onde o
núcleo é “rapaz”). Temos um sujeito e um verbo, mas falta um complemento, que é pedido pelo próprio verbo,
pois quem desconfia, desconfia de algo, de que? “das palavras do candidato”. Nesse caso, o verbo exigiu um
complemento, por isso temos um complemento verbal. Sempre que o complemento for exigido pelo verbo,
teremos um verbo transitivo.
∟ Ex.: “O rapaz analisou as palavras do candidato”. Análise: Verbo (analisou), Sujeito (o rapaz), complemento
(as palavras do candidato). Quem analisa, analisa algo, o que? “As palavras do candidato”, que são o
complemento do verbo, que é transitivo, pois exige essa complementação.
- Então, para diferenciarmos se é transitivo direto ou indireto, analisamos se há a necessidade do complemento
ser preposicionado ou não. No primeiro exemplo, o complemento é “das palavras”, logo, temos a preposição
“de+a”, logo, temos um verbo transitivo indireto e o objeto indireto seria “das palavras do candidato” (onde
“palavras” seria núcleo do objeto indireto, e esse núcleo sempre será preposicionado). No segundo exemplo, o
complemento é “as palavras”, logo, não há preposição, e por isso temos um verbo transitivo direto, pois ele age
diretamente sem preposição, e o complemento direto seria “as palavras do candidato”.
→ Como objeto indireto e direto não fazem parte das classes gramaticais, temos aqui uma análise sintática.
Quando a prova falar em análise morfo-sintática, devemos usar as classificações possíveis, por exemplo, no
caso de “O rapaz desconfiou das palavras do candidato”, o termo “palavras” é um substantivo (morfologia), e
desempenha a função de núcleo do objeto indireto (sintática).
∟ Em regra, o núcleo do objeto direto e indireto é um substantivo, excepcionalmente, serão pronomes,
numerais ou verbos. Nesses casos serão pronomes ou numerais substantivos. Caso o núcleo do objeto indireto
seja um verbo, chamaremos de oração substantiva.
→ Ex.: “O rapaz desconfiou de você”. Verbo (desconfiou), o complemento é “de você”, que também é um
objeto indireto, pois o verbo é transitivo, exigindo complemento, e esse complemento está preposicionado.
Nesse caso o núcleo do objeto indireto é a palavra “Você”, que é um pronome pessoal de tratamento. Assim,
temos um pronome substantivo como núcleo do objeto indireto. Nesse caso, estamos atribuindo a função
morfológica ao dizer que a palavra “você” é um pronome substantivo, e, pela análise sintática, ele seria o
núcleo do objeto indireto.
→ Ex.: “O rapaz desconfiou de três de nós”. Verbo (desconfiou), complemento (de três de nós), e esse é o
objeto indireto. Nesse caso, a palavra “três” será o núcleo do objeto indireto, que é preposicionada. Nesse caso
o núcleo é um numeral (numeral substantivo). Função morfo-sintática da palavra “três”: numeral e objeto
indireto.
→ Ex.: “O rapaz acredita que o candidato perderá as eleições”. Análise: Verbo (acredita), sujeito (o rapaz).
Complemento (que o candidato perderá as eleições). Nesse caso o verbo exige um complemento verbal seguido
de uma preposição, por isso é um verbo transitivo indireto. O objeto indireto é “que o candidato perderá as
eleições”, e o núcleo seria: Em que o rapaz acredita? Na perda das eleições, por isso o núcleo do objeto indireto
é o verbo “perderá”, então, dizemos que o núcleo é uma oração substantiva. Assim, o período “que o candidato
perderá as eleições” é uma oração subordinada substantiva objetiva indireta (esse assunto será tratado depois),
que é uma estrutura de objeto indireto onde o núcleo é o próprio verbo.
- Quanto ao objeto direto: O núcleo do objeto direto não pode ser preposicionado
∟ Ex.: “O rapaz analisou as palavras do candidato”. O verbo é transitivo direto e “as palavras do candidato” é
o objeto direto, em que o núcleo é “palavras”. Observe que não há preposição, pois se houvesse, seria indireto.
Nesse caso, como “palavras” é um substantivo (função morfológica) que é núcleo do objeto direto (função
sintática).
∟ Ex.: “Analisei suas palavras”. Verbo (analisei) que é um verbo transitivo direto, complemento (suas
palavras), onde o núcleo é “plavras”, que é um substantivo.
∟ Ex.: “Vi você.”. Verbo (vi), precisa de complemento,pois quem vê, vê algo, viu o que? Complemento
(você). Por precisar de complemento, considera-se um verbo transitivo, e por não ter preposição, é transitivo
direto. O núcleo é a palavra “você”, que é um pronome pessoal de tratamento. Por conta disso, chamamos de
pronome substantivo (análise morfológica). A palavra “você” é o núcleo do objeto direto (análise sintática)
∟ Ex.: “Não sei se voltarei logo”. Verbos (sei e voltarei), temos um período composto. Sujeito (quem não sei
de alguma coisa? Eu, que é sujeito oculto). Para achar o complemento do verbo “sei”, perguntamos ‘quem sabe
sabe alguma coisa, sabe o que?’ “Se voltarei logo”, que é o complemento verbal do verbo “sei”. O verbo “sei”
não exigiu preposição, por isso é transitivo direto, e seu complemento verbal é objeto direto. Qual o núcleo do
objeto direto? A palavra “voltarei”, pois quem não sabe algo não sabe sobre alguma coisa, nesse caso, não sabe
sobre a volta. Como o núcleo do objeto direto é um verbo, temos uma oração substantiva. Temos então uma
oração subordinada substantiva objetiva direta (essa classificação será explicada depois).
∟Ex.: “Mulher que a dois ama, a ambos engana.” Qual a função sintática de “a dois” e “a ambos”? Verbos
(ama e engana), período composto. Quem ama, ama algo, oque? “a dois”, sendo esse o complemento. Nesse
caso, ele não exigiu preposição, logo, é um verbo transitivo direto, tendo como complemento um objeto direto.
Como o núcleo do OD é “dois”, temos um numeral substantivo. Quanto verbo “engana”, quem engana, engana
algo, o que? “a ambos”, que é o complemento do verbo “engana”, considera-se um objeto direto.

-- Verbo intransitivo: também pede um complemento, porém, não é um complemento verbal. Pede um
complemento adverbial (circunstancial).
- Ex.: “O Brasil está na América do sul”. O termo “na América do sul” é complemento de um verbo de ligação?
Análise: Sujeito “O Brasil”, sendo “Brasil” o núcleo e um substantivo (sujeito simples). Verbo (está). O Brasil
está aonde? “na America do sul”, que é o complemento. Nesse caso, o complemento é uma circunstância de
lugar, conhecida como advérbio (que trata de tempo, lugar, finalidade e etc.).Nesse caso temos uma locução
adverbial (America do sul) que exerce a função de adjunto adverbial de lugar. Nesse caso o verbo exigiu um
adjunto adverbial como complemento, por isso é um verbo intransitivo.
- Advérbio: É uma estrutura que apresente uma determinada circunstância. Normalmente, serve para modificar
o sentido de um termo. O advérbio, por natureza, é um termo subordinado a um verbo, a um adjetivo, a outro
advérbio, a uma oração. O advérbio nunca será subordinado a substantivo. Além disso, é um termo invariável
(não varia em número, gênero e grau)2, pois não se relaciona a um substantivo, não tem subordinação.
∟ Circunstâncias mais comuns: lugar, tempo, modo, intensidade, causa, consequência, concessão, finalidade e
condição.
∟Ex.: “As aves morreram com o calor”. Verbo (morreram), sujeito (“As aves”, de núcleo “aves”, que é
substantivo, análise morfológica). As aves morreram por causa do calor, logo, a expressão “com o calor” é uma
locução adverbial, pois dá idéia de causa, que é uma circunstância. Assim, o complemento é um adjunto
adverbial. O verbo então é intransitivo.
∟ Ex.: “O poço secou com o calor.”. Verbo (secou), sujeito (o poço, núcleo “poço”). Complemento (com o
calor). Nesse caso, o poço secou por causa do calor, logo, a expressão “com o calor” indica uma circunstância,
e por isso é uma locução adverbial. O verbo então é intransitivo.
∟ Ex.: “As empregadas das casas saem apressadas”. No caso, termo “apressadas” não é o modo como as
empregadas saem, pois o modo é representado por uma circunstância, e assim, esse termo “apressadas” teria
que ser advérbio. Ocorre que o termo “apressadas” é subordinado ao substantivo, e um advérbio nunca poderá
ser subordinado a um substantivo. Além disso, o termo “apressadas” é variável, para concordar com
“apressadas”, no gênero feminino, e como o advérbio é invariável, não poderia ser um advérbio. Trata-se
apenas de uma característica das empregadas, que configura um adjetivo (que é subordinado a o substantivo).
- As vezes o verbo intransitivo dispensa o complemento circunstancial, isso ocorre quando o verbo e o sujeito
sozinhos são suficientes para apresentarem ao interlocutor um enunciado de sentido completo. Dos três (verbo
transitivo, intransitivo e de ligação), o verbo intransitivo é o único que pode dispensar o complemento.
∟ Ex.: “As crianças dormiram”. Verbo (dormiram), sujeito (as crianças, núcleo “crianças”, sujeito simples).
Esse período não tem um complemento, mas mesmo assim possui um sentido completo. Nesse caso é
intransitivo, pois dispensou o complemento (apenas o intransitivo pode dispensar, mas não é regra).

-- Verbo de ligação: exige complementação, mas não é complemento verbal e nem adverbial. Verbo de ligação
é aquele que exige um adjetivo ou um termo de natureza adjetiva como complemento do verbo. Esse termo
indicará uma qualidade, característica, estado ou situação de um ser.
- Termo de natureza adjetiva é aquele que, essencialmente, não é um adjetivo, mas é utilizado com essa
finalidade dentro do período. Ex.: “João é professor”. Nesse caso, o termo “professor” é substantivo, mas é
utilizado para caracterizar João, logo, é um termo de natureza adjetiva. Nesse caso o termo professor será um
predicativo do sujeito.
- Ex.: “A pérola estava murcha”. Verbo (estava), sujeito (a pérola, núcleo “pérola”). Complemento (murcha).
“Murcha” é uma característica da pérola, ou seja, é um adjetivo. Adjetivos não podem ser núcleo de objeto (só
o que pode ser é substantivo, pronome, numeral ou verbo), por isso esse verbo não pode ser intransitivo.
- 3 regras do verbo de ligação:
∟ O verbo de ligação jamais indicará uma ação.
∟ O verbo de ligação possuirá um adjetivo ou um termo de natureza adjetiva como complemento.
∟ O termo de natureza adjetiva será uma característica do sujeito.
- O adjetivo que complementará o verbo de ligação tem que ser considerado predicativo do sujeito na função
sintática. Só haverá verbo de ligação se houver no período um predicativo do sujeito.
∟O predicativo do sujeito pode aparecer sem o verbo de ligação, mas o verbo de ligação não existe sem o
predicativo.
- Ex: “Pensativo e triste, vinha o rapaz”. Verbo (vinha), sujeito (o rapaz, de núcleo “rapaz”, sujeito simples). O
complemento seria (pensativo e triste), e essas são características atribuídas ao rapaz, logo, são características
do sujeito, formando um predicativo do sujeito. Esse verbo “vinha” não pode ser de ligação, pois indica uma
ação. Não se trata de verbo transitivo por que não tem objeto direto nem indireto. É um verbo intransitivo, que

2
Obs.: as únicas classes que variam são aquelas 10 classes que atuam em função do substantivo.Pex “O menino é bonito”: o
adjetivo “bonito” varia em gênero para concordar com o substantivo “menino”
pode dispensar o complemento circunstancial. Nesse caso, a frase teria sentido se dita apenas “O rapaz vinha”,
logo, o verbo dispensou seu complemento.

--- Questões de prova:


-- Q1:

- A questão está falando que todos os termos destacados são objetos diretos, logo, todos os verbos seriam
verbos transitivos diretos, certo ou errado? Análise: Primeira frase: Verbo (fazendo), que é um verbo transitivo
direto, pois não exige preposição, logo, o complemento (um levantamento de todas as mensagens...) é um
objeto direto. Segunda frase: Verbo (coloquem), que é um verbo transitivo direto, pois não exige preposição,
logo, o complemento (alguém morto) é um objeto direto.Terceira frase: Verbo (comprar) que é um verbo
transitivo direto, pois não exige preposição, logo, o complemento (todos os antivirus existentes) é um objeto
direto. Quarta frase: Verbo (passar), que é um verbo transitivo direto, pois não exige preposição, logo, o
complemento (a língua sobre a borda) é um objeto direto. Questão certa.

-- Q2:

- A questão pergunta se o complemento verbal é o objeto da oração. Análise: Verbo (afetam), sujeito (infrações
penais) e complemento (bens, serviços e interesses da união). O verbo é transitivo direto, logo, seu
complemento é objeto direto. Nesse caso, o termo destacado é o sujeito, logo, não pode atuar como
complemento do verbo. O complemento verbal seria (bens, serviços e interesses da união).
∟ Obs.: sempre que a questão destacar um sujeito e afirmar que ele complementa o verbo, estará errado, pois o
sujeito não complementa nada.
-- Q3:

- Análise: Verbo (oferecia), sujeito (a cidade), complemento (um aspecto de paz serena). Nesse caso o verbo é
transitivo direto, logo, o objeto é direto. O núcleo do objeto direto, em regra, não pode ser preposicionado.
Realmente, o termo sublinhado representa o objeto direto, mas o termo “paz” é preposicionado, logo, não pode
ser o núcleo. O núcleo nesse caso é a palavra “aspecto”, que é o que a cidade oferecia. Questão falsa.

-- Q4:

- Para lembrar, quando o objeto é indireto, o núcleo será preposicionado. Análise: Verbo (desconfia), Sujeito
(oculto, seria desconfia “tu” dos fumantes). O complemento do verbo é preposicionado, pois quem desconfia,
desconfia de alguma coisa, de que? “Dos fumantes” (o núcleo é fumantes). Logo, temos um verbo transitivo
indireto, por conta da preposição antes do núcleo do objeto indireto. Na segunda frase: Verbo (“tem”), sujeito
(“esses”, que se refere a fumantes) e complemento (sentimentos). Nessa segunda frase, como o verbo exige um
complemento não preposicionado, temos um verbo transitivo direto, e a palavra “sentimentos” é um objeto
direto (e o núcleo do objeto direto). Ainda, a palavra “esses” que é o núcleo do sujeito é um pronome
demonstrativo, então chamaremos ele de pronome demonstrativo substantivo. Então a questão está certa, pois
os termos são objeto direto e indireto, na ordem apresentada.

-- Q5:

- Análise: Verbo (ofende), sujeito (o raio) e complemento (somente ao tronco). O termo “ao” é a combinação de
uma preposição mais um determinante, mas nesse contexto, quem ofende ofende algo, e não a algo. Por conta
disso, o termo “ao” nesse contexto, apesar de ser uma preposição, atua apenas um termo de regência, pois o
verbo ofender não exige preposição. Logo, temos um verbo transitivo direto, que configura uma exceção onde
há um objeto direto preposicionado. Na segunda frase (que devassa os ares), o sujeito é “tronco”, pois é ele que
devassa os ares e está sendo retomado pelo termo “que” (quem devassa os ares? O tronco). O verbo é “devassa”
e o complemento é os ares. Nesse caso, por ser um verbo transitivo direto, o complemento é um objeto direto.
Por conta disso, a questão está certa, já que ambos são objetos diretos, apesar de o primeiro ser preposicionado.
-- Q6:

- Análise: Verbo (apreciei), sujeito oculto (“eu”). Quem aprecia, aprecia algo (e não a algo), logo, não exige
preposição3, temos um verbo transitivo direto. Logo, o termo “este”, que é o complemento verbal,é um objeto
direto preposicionado. A questão está errada, pois o termo é um objeto direto: trata-se de uma pegadinha por se
tratar de um objeto direto preposicionado.

-- Q7:

- Quando a questão fala que os sujeitos estão antepostos a seus predicados verbais, quer dizer que estão
antepostos aos verbos. Análise: Na primeira oração, verbo (chegou), sujeito (o carteiro). Na segunda oração (e
meu nome gritou), verbo (gritou), que é um verbo transitivo direto (quem grita grita algo, grita o que? Meu
nome, não exige preposição). Sujeito (oculto, pois faz remissão a “o carteiro”, quem gritou meu nome? O
carteiro). Nesse caso, meu nome não é sujeito, mas sim objeto direto do verbo transitivo direto. Por conta disso,
a questão está errada, o segundo termo não é um sujeito.

-- Q8:

- Pegando a segunda oração (outra parte, a face mais preocupante dessa estatística, deixou para trás os bancos
escolares). Análise: Verbo (“deixou”): quem deixa, deixa algo, deixou o que? Para trás os bancos escolares.
Trata-se de um verbo transitivo direto que não exige preposição. Esse verbo requer um complemento verbal, e
no caso, “os bancos escolares” não são adjuntos adverbiais de lugar, mas sim complemento verbal do verbo,
figurando como objeto direto. Sujeito (quem deixou? “Outra parte”). A questão está errada, pois a regência do
verbo exige um complemento verbal, e não um adjunto adverbial de lugar.

3
Atenção: o que define se o verbo exige ou não preposição é sua regência. Por exemplo: Ela gosta. Quem gosta, gosta de alguma
coisa, de que? De comer. Nesse caso, o verbo gostar exige uma preposição. No caso de apreciar, essa preposição não é exigida.
Quando ocorrer de haver uma preposição junto ao complemento mas o verbo em si não a exigir, teremos um objeto direto
preposicionado, em função do verbo em si ser transitivo direto (não exigir preposição).
-- Q9

- O termo “confrontos generalizados” é o sujeito da oração, logo, não pode servir como complemento, pois é
um dos termos essenciais da oração. Item falso.
∟ Obs: o termo “generalizados” não pode ser núcleo do sujeito, pois é um adjetivo do termo “confrontos”. O
núcleo do sujeito nunca será um adjetivo, mas apenas os da regra (substantivo, pronome, numeral ou verbo).
Em certos casos, um termo que normalmente é adjetivo passa a ter função de adjetivo, pex: “Os tristes dizem
que os ventos gemem”. No caso, “tristes” é um substantivo, e não uma qualidade atribuída a alguém, então
nesse contexto esse termo pode ser considerado núcleo do sujeito.

-- Q10:

- A palavra “partida” é o sujeito da oração, logo, não pode servir de complemento para o verbo.

-- Q11:
---- Funções sintáticas do adjetivo:
--- O adjetivo tem duas funções principais:
-- Adjunto adnominal: o adjetivo deverá estar dentro da mesma estrutura sintática do termo a que se refere. Ou
seja, se pex, o adjetivo se referir a um substantivo que exerce a função sintática de sujeito, para ser um adjunto
adnominal ele deverá estar dentro da estrutura de sujeito. Outro ex., se o adjetivo se refere a um substantivo que
está dentro de um objeto direto, para que o adjetivo seja um adjunto adnominal ele deverá estar dentro da
função sintática considerada objeto direto.
-- Predicativo: o adjetivo deverá estar fora da estrutura sintática a que se refere (se estiver junto, será um
adjunto, se estiver fora, será um predicativo).
-- Obs.: o adjetivo é sempre um termo subordinado, sempre haverá um substantivo ou termo substantivo que
pedirá um adjetivo para caracterizá-lo.
-- Ex.: “O homem infiel levou a mulher para casa.”. Análise: Sujeito (o homem infiel, sujeito simples de núcleo
“homem). Nesse caso, infiel é a característica do homem, temos então um adjetivo que está ligado ao sujeito,
fazendo parte da mesma estrutura (é considerado parte do sujeito). Chamamos então de adjunto adnominal.
-- Ex.: “O homem parecia infiel.”. Análise: Sujeito (o homem, de núcleo “homem”). Nesse caso, o termo
“infiel” também é um adjetivo relacionado a homem, porém, está fora da estrutura do sujeito, então é
considerado predicativo. Além disso, pelo fato do adjetivo se referir ao sujeito, chamamos esse termo de
predicativo do sujeito.
- Observe que “parecer infiel” não é uma ação que se pratica ou se sofre, mas apenas uma característica
(situação, qualidade). Nesse caso, o verbo “parecer” é um verbo de ligação, pois obedece às 3 regras do verbo
de ligação e possui um predicativo do sujeito como complemento.
-- Questões:
- “As pedrinhas claras pareciam tesouros abandonados”. Análise: Verbo (pareciam), sujeito (as pedrinhas
claras, de núcleo “pedrinhas”). O termo “claras” é um adjetivo que caracteriza o termo “pedrinhas”. Da mesma
forma, o termo “parecem tesouros” também caracteriza o termo “pedrinhas” (temos aqui um termo de natureza
adjetiva, que, em essência não é um adjetivo, mas foi usado no período para caracterizar outro termo).Nessa
situação, “claras” é um adjetivo que está dentro da mesma estrutura sintática do termo a que se refere, sendo
considerado adjunto adnominal, já o termo “tesouros” está fora da estrutura, sendo considerado um predicativo
do sujeito.
--- Questões:
-- Q1:

- Análise: verbo (encontrou), sujeito (o promotor recém-nomeado, de núcleo “pormotor”), complemento (o


marginal foragido). Esse verbo é transitivo direto (quem encontra, encontra algo, o que? “o marginal”, não
exige preposição). Os termos “morto” e foragido” se referem a “marginal”, dando características a ele, ou seja,
são adjetivos. Os termos “o marginal foragido” fazem parte do objeto direto da oração, assim, o adjetivo
“foragido” está dentro da mesma estrutura objeto direto (dentro da mesma estrutura sintática do termo a que ele
se refere), sendo considerado um adjunto adnominal. Já o termo “morto” está fora do objeto direto, sendo
considerado um predicativo do objeto. O termo “a tiros” é o modo, circunstância, como o marginal foi morto.
Nesse caso, não se pode dizer que se trata de um adjetivo, mas sim de um advérbio. Nesse caso, esse termo é
um adjunto adverbial de modo. Por conta disso, a questão está certa.
∟ Quanto ao termo “recém-nomeado”, faz parte do sujeito, e por isso é um adjunto adnominal, pois está dentro
da mesma estrutura.
--Q2:

- O primeiro passo da questão é definir se a palavra “forte” realmente é um adjetivo predicativo. Análise: Verbo
(produzem), que é um verbo transitivo direto (quem produz, produz algo, o que? Não exigiu preposição),
complemento (forte sonegação e evasão de divisas) que é o objeto direto. O termo “forte” é um adjetivo que
caracteriza o termo “sonegação”, e está dentro da mesma estrutura sintática do termo a que ele se refere, logo, é
considerado um adjunto adnominal. A questão fala que esse termo é um predicativo, logo, já estaria errada, sem
nem precisar analisar toda a questão.

-- Q3:

- Análise: Verbo (“considerou”, que é transitivo direto, pois não exige preposição), sujeito (Dulce),
complemento (“aquele horrível delírio”, que é o objeto direto). O termo “calada” é um adjetivo que se refere a
Dulce, e está fora da estrutura sintática do sujeito, sendo considerado um predicativo do sujeito. Logo, a
alternativa correta é a C (predicativo do sujeito e objeto direto).
∟ Obs.: Qual o núcleo do objeto direto? O termo “delírio”. Nesse caso o termo “horrível” é um adjetivo para
esse núcleo, e faz parte da estrutura do objeto direto, logo, é considerado um adjunto adnominal do objeto
direto.
-- Q4:

- Análise: Sujeito (“eu”, oculto), verbo (“chamei”, que é transitivo direto: quem chama alguém, quem?), objeto
direto (Armando Nogueira). O termo “de carioca” é um adjetivo que se refere a “Armando Nogueira”. O
adjetivo não pode ser núcleo de objeto. O termo “de carioca” não faz parte do complemento, logo, é
considerado um predicativo do objeto (pois está fora dele). Resposta B: objeto direto e predicativo.

-- Q5:

- Análise: Sujeito (Ele), verbo (“observou-a” e “achou”. O verbo achou é transitivo direto, quem acha, acha
algo, achou o que? Ñ tem preposição), complemento (“aquele gesto”, que é objeto direto). Os termos “feio,
grosseiro, masculinizado” são adjetivos para o termo “gesto”. Os adjetivos estão fora da estrutura, e são
considerados predicativos do objeto. Resposta: A, predicativos do objeto.
∟ Obs.: os adjetivos estão fora da estrutura do objeto direto. Existem alguns pronomes átonos que exercem a
função exclusiva de objeto direto (o, a, os, as), e para analisar se é o caso, devemos tentar substituir o objeto
direto do período por um desses pronomes e ver se os adjetivos que se referem a ele (objeto direto) também
somem. Se os adjetivos também desaparecerem na substituição, significa que eles estão junto ao objeto,
fazendo parte da mesma estrutura sintática, logo, são considerados adjuntos. Se, após a substituição, eles
continuarem sem sumir, serão considerados predicativos. Pex.: “Ele achou aquele gesto feio, grosseiro,
masculinizado”, se eu substituísse o núcleo “aquele gesto” pelo pronome “o”, ficaria assim “Ele o achou feio,
grosseiro, masculinizado”, perceba que após a substituição os adjetivos ainda são necessários para dar sentido
ao texto. Por continuarem existindo, são considerados predicativos do objeto. Outro Ex.: “Ele pulou longas
páginas do livro”: Sujeito (ele), verbo (pulou), complemento (páginas), o adjetivo faz parte do objeto?
Substituindo, ficaria “Ele as pulou” (sujeito “ele), verbo “pulou” e complemento “as), logo, o adjetivo sumiria,
de forma que acabaria englobado pelo objeto direto, logo, o adjetivo está dentro do objeto direto, sendo
considerado um adjunto adnominal.
- Mais exemplos:
∟ “A presidente brasileira considera o Brasil fértil”. Verbo (considera, é transitivo direto). Fazendo a
substituição, temos “A presidente brasileira considera-o fértil”. Nesse caso o termo “fértil” permaneceu escrito,
logo, está fora da estrutura, sendo considerado um predicativo do objeto, caracterizando o termo “Brasil”
representado pelo termo “o”
∟ “O trabalhador pedia terreno fértil”. Verbo (pedia, é transitivo direto). Nesse caso a substituição ficaria “O
trabalhador o pedia”, não teria sentido falar “O trabalhador o pedia fértil”. Ou seja, como o adjetivo sumiu na
substituição, entende-se que ele estava dentro da estrutura objeto direto, sendo considerado um adjunto
adnominal.

--- Adjunto adnominal: Qualquer termo que se subordine a um substantivo, acompanhando-o.


-- Termos que podem assumir a função de adjunto adnominal:
- Artigo: sempre será um adjunto adnominal pois sempre estará subordinado ao substantivo.
- Adjetivo ou locução adjetiva:
- Pronome
- Numeral
-- Ex.: “Os meus dois bons livros de gramática sumiram”. Análise: Verbo (“sumiram”, verbo intransitivo, pois
o verbo dispensa o complemento, o enunciado tem sentido completo por si só), sujeito (“os meus dois bons
livros de gramática”, e o núcleo é “livros”). “Meus” é um pronome possessivo que está dentro do sujeito mas
não é núcleo, como ele não faz parte do núcleo, não pode ser considerado pronome substantivo, é então um
pronome possessivo adjetivo, e, ainda, exerce a função de adjunto adnominal (todos os pronomes adjetivos
exercem a função sintática de adjunto adnominal). O numeral “dois” quantifica o substantivo “livros”, e que
está dentro do sujeito mas não é núcleo, sendo chamado numeral adjetivo (se fosse parte do núcleo, seria um
numeral substantivo), por ser um numeral adjetivo, sua função será de adjunto adnominal também (todo
numeral adjetivo exerce a função de numeral adjetivo). O termo “bons” é um adjetivo do termo “livros”. O
termo “de gramática” também caracteriza livros, adjetivando-os, mas por serem duas palavras, chama-se de
locução adjetiva. Ambos os termos (bons e de gramática) são adjunto adnominais, pois estão dentro da mesma
estrutura do adjetivo. Vejamos qual o substantivo a que os adjetivos se ligam: “Livros” é o substantivo. O artigo
“os” se refere a livros (Os livros sumiram), e todo artigo deve ser considerado adjunto adnominal.

--- Aposto:
-- Aposto explicativo:
- A pontuação do aposto explicativo é obrigatória. Essa pontuação também é obrigatória em qualquer estrutura
explicativa.A pontuação pode ser por virgula, travessão, parêntese ou dois pontos (esse último, só quando a
explicação se der no final do período, finalizando-o).
- Ex.: “Brasília, capital do Brasil, foi fundada em 1960.”. Sujeito (Brasília, sujeito simples). A estrutura “capital
do Brasil” está explicando algo sobre o sujeito, e por conta disso sua função sintática é a de aposto explicativo.
A pontuação
- Ex.: “Uma coisa assustava as crianças, o vento forte”. Sujeito (Uma coisa), verbo (“assustava”, que é um
verbo transitivo direto, já que não exige preposição), complemento (“as crianças”, é o objeto direto). O termo
“o vento forte” é uma explicação para o termo “coisa que assustava as crianças”, temos então um aposto
explicativo, que deve ser obrigatoriamente pontuada, por isso a vírgula depois de “crianças”4.

4
Obs.: caso usemos o travessão, temos que usar a mesma quantidade de vírgulas que usaríamos, ou seja, se for no final da frase e
caber só uma vírgula, usaremos só um travessão. Se for no meio da frase e o aposto fosse separado por duas vírgulas, usaríamos
dois travessões. Os dois pontos são apenas no final do período e só uma vez.
--- Questões:
-- Q1:

- O trecho “Um gás sem cor... dos combustíveis” é um aposto explicativo, por isso, uma estrutura
obrigatoriamente pontuada (foi usada vírgula, mas poderia ser dois pontos). A questão está certa, tratando-se de
um aposto explicativo.

-- Q2:

- Caso não se trate de um texto narrativo, sempre que houver dois pontos em um texto, deduzimos que se trata
de uma explicação. No caso, temos um aposto explicativo. Qual o núcleo do aposto? Nesse caso, no termo “a
de que todos...” o artigo “a” está substituindo o termo “descoberta”, já citado anteriormente. Esse pronome
demonstrativo (“a”) é o núcleo do aposto explicativo, pois é ele que substitui a palavra “descoberta”. Nesse
caso o “a” que é o núcleo, é o próprio aposto explicativo. Logo, a questão está certa (o aposto é o período
completo, mas o que importa é o núcleo do aposto).

---- Vocativo:
--- Trata-se de um chamamento, um termo que se utiliza para chamar a atenção de alguém ou alguma coisa. É
um termo acessório da oração. O vocativo, assim como o aposto explicativo, é um termo que será
obrigatoriamente sempre isolado por pontuação, no caso, a vírgula (já no aposto, cabe 4 tipos de pontuação). Se
o aposto aparecer no meio do período, deverá receber duas vírgulas.
-- Se o vocativo aparecer no início do enunciado, será separado por vírgulas, e será denominado de vocativo
enunciativo. Pex “Senhores, eu gostaria de saber quem convocou estes cavalheiros”. Nesse caso, como exceção,
já que o vocativo sempre exige vírgula, o vocativo enunciativo pode vir pontuado por exclamação ao invés de
vírgula (para dar ênfase ao vocativo). Pex: “Senhores! Eu gostaria de saber quem convocou estes cavalheiros”.
-- Ex.: “Eu gostaria de saber, senhores, quem convocou estes cavalheiros para estarem presentes nesta reunião”.
Neste caso, o termo “senhores” é o vocativo, pois ele chama a atenção de alguém.
--- Questões:
-- Q1:

- Trata-se de um vocativo, letra A. Pois o autor chama a Marília e coloca o vocativo obrigatoriamente isolado
por vírgulas.

-- Q2:

- Os termos grafados funcionam como um termo explicativo, no caso, um aposto explicativo (que tem
pontuação obrigatória).

-- Q3:

- Neste caso, a pontuação inicial após o termo “senhores”, é obrigatória e serve para isolar um vocativo. A
segunda virgula, após o termo “bacamarte” delimita uma explicação para quem seria “Simão bacamarte”, trata-
se portanto de um aposto explicativo, que é obrigatoriamente isolado por pontuação. A resposta seria
“Respectivamente Vocativo e Aposto”.
---- Funções da palavra “Se”:
--- Devemos observar com que tipo de verbo estamos tratando (transitivo direto ou intransitivo) para então
analisar a função da palavra “se”.
- Se o verbo for transitivo (mesmo que seja direto e indireto), e estiver acompanhado da palavra “se” o sujeito
da oração estará obrigatoriamente explícito. Para ser explícito, o sujeito deve ser simples, composto ou
oracional. Nesse caso, a palavra “se” irá se chamar partícula apassivadora (para verbo transitivo direto).
∟ A gramática diz que a partícula apassivadora e o objeto direto não podem estar juntos na mesma oração.
Nesse caso, devemos converter o objeto direto em sujeito, e a oração não terá um sujeito oculto ou
indeterminado, mas sim um sujeito explícito. Nesse caso, o verbo deverá concordar com o sujeito (se plural ou
singular).
- Se o verbo for transitivo indireto, intransitivo ou verbo de ligação, e estiver acompanhado da palavra “se”, o
sujeito será indeterminado.
∟ Nesse caso, por ser transitivo indireto, o termo “se” não é uma partícula apassivadora. Será considerado um
índice de indeterminação do sujeito. Quando houver um índice de indeterminação do sujeito, o sujeito será
obrigatoriamente indeterminado. Além disso, quando houver o índice de indeterminação do sujeito, o verbo
estará obrigatoriamente no singular.
- Ex.: “Resolveram-se as questões da prova”. Nesse caso, o verbo é transitivo direto (quem resolve, resolve
algo, o que? Não há preposição). A transitividade é direta e há a palavra “se”, logo, há um sujeito explícito e a
palavra “se” funciona como partícula apassivadora. O termo “as questões da prova” funciona como objeto
direto do verbo transitivo direto. Porém, por regra de gramática, não pode existir partícula apassivadora
juntamente com objeto direto, então o objeto direto será convertido em sujeito, e assim considerado para todos
os fins. Logo, o sujeito da frase será “as questões da prova”, onde o núcleo será a palavra “questões” (o termo
prova está preposicionado por “da”, “de” + a), e o sujeito é simples.
∟ Obs.: que há a regra de concordância de que o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito em número e
pessoa. O verbo se flexionou no plural pq o núcleo do sujeito está no plural (se é “questões”, é “resolveram”,
não caberia “resolveram-se a questão”).
- Ex.: “Entregou-se roupas e um par de sapatos àquela criança.”. O verbo é transitivo direto (entregou-se: quem
entrega, entrega algo, entrega o que?) e indireto (entregou àquela criança: quem entrega, entrega a alguém, a
quem? “À criança”, que é preposicionado), e objeto direto (roupas e um par de sapatos àquela criança). Por se
tratar de um verbo transitivo direto e indireto, o “se” é considerado uma partícula apassivadora, e ambos não
podem existir na mesma oração, logo, o objeto direto se converte em sujeito. Por haver partícula apassivadora,
o sujeito deve estar explícito. Núcleo do sujeito (termo “roupas” e o termo “par”), o termo “sapatos” não pode,
pois está preposicionado (sujeito composto). O verbo deve concordar com o sujeito, logo o verbo “entregou-se”
está errado, pois o núcleo está no plural (roupas), o certo seria “Entregaram-se roupas e um par de sapatos”.
- Ex.: “Especula-se que os transplantes de células tronco possam vir a beneficiar algumas doenças.”. Questão:
A expressão verbal “especula-se” apresenta no período um sujeito explícito, V ou F? Análise: o verbo
(especula-se) é transitivo direto. Nesse caso, o termo “se” é uma partícula apassivadora, logo,” o objeto direto
(que os transplantes de células...) será convertido em sujeito. Portanto, a questão está certa, já que há um sujeito
explícito na oração.
∟ Dentro do sujeito, há uma locução verbal (“possam vir a beneficiar”). Quando um sujeito apresenta um
verbo dentro de sua estrutura, é considerado um sujeito oracional
- Ex.: “Acreditam-se em fantasmas” O verbo é transitivo indireto (quem acredita, acredita em algo, em que? Há
preposição). O complemento é objeto indireto (em fantasmas). Nesse caso, por ser transitivo indireto, o termo
“se” não é uma partícula apassivadora. Será considerado um índice de indeterminação do sujeito. Quando
houver um índice de indeterminação do sujeito, o sujeito será obrigatoriamente indeterminado. Além disso,
quando houver o índice de indeterminação do sujeito, o verbo estará obrigatoriamente no singular (da 3ª
pessoa). Nesse caso, a frase está incorreta, pois o verbo não pode estar no plural, o certo seria “Acredita-se em
fantasmas”. Observa-se que nesse caso o termo “fantasmas” é um objeto indireto, e não um sujeito, por isso, o
verbo não precisa concordar com o sujeito. Além disso, fantasmas não pode ser sujeito por estar
preposicionado, lembrando que o sujeito nunca pode vir precedido de preposição. O sujeito é indeterminado.
--- Sujeito indeterminado - Regras:
-- 1ª regra: o verbo do sujeito indeterminado estará na 3ª pessoa do plural sem referencia anterior ao sujeito.
-- 2ª regra: acabou de ser passada, haverá sujeito indeterminado quando houver o índice de indeterminação do
sujeito (“se”), caso em que o verbo estará obrigatoriamente no singular.

--- Questões:
--Q1:

- Sempre que aparecer a partícula “se” em um período, devemos analisar primeiro com que tipo de “se”
estamos trabalhando. Análise: O verbo (vive) deve ser analisado de acordo com o período, e, no texto, “quem
vive, vive de alguma coisa, de política”, logo, temos uma preposição. Assim, o verbo é transitivo indireto, e o
termo “de política” é o objeto indireto. O verbo transitivo indireto acompanhado do termo “se” trata-se de um
índice de indeterminação do sujeito. O sujeito é indeterminado (letra a). Além disso, o verbo deve ser
flexionado na 3ª pessoa do singular (estaria errado escrever “em nossa terra não se vivem se não de políticas”).

-- Q2:

- Análise: Verbo (quem agride, agride algo, agride o que? Um parceiro: verbo transitivo direto). Por se tratar de
um verbo transitivo direto, juntamente com uma partícula apassivadora (se), o objeto direto (um parceiro) será
transformado em sujeito. Nesse caso, temos um sujeito simples. O núcleo do sujeito é “parceiro”, logo, o verbo
tbm deve estar no singular. Se o núcleo fosse “parceiros”, o verbo deveria ser “agridem”. Resposta: letra a.
-- Q3:

- Devemos analisar primeiro as funções da palavra “se”. Análise: Verbo (concertam, verbo transitivo direto),
objeto direto (máquinas fotográficas). Nesse caso, “se” é a partícula apassivadora, e isso faz com que o objeto
direto se transforme em sujeito, onde o qual é o núcleo? “máquinas” (fotográficas não pode ser pois é um
adjetivo e adjetivo nunca será núcleo do sujeito). Como “máquinas” está no plural, o verbo deve concordar com
o sujeito, estando tbm no plural (consertam-se). Na segunda “Faz-se carimbos”, o verbo tbm é transitivo direto
e “carimbos” tbm é um objeto direto que se transforma em sujeito pela partícula apassivadora. Nesse caso,
como carimbos está no plural, o verbo tem que concordar, o certo seria “fazem-se”. A resposta é a letra A.

-- Q4:

- Análise: o verbo é transitivo direto, e é precedido da partícula apassivadora “se”, por conta disso, o objeto
direto “termo estrangeiro” será convertido em sujeito. Logo, a letra C é a correta.
∟ Obs.: o verbo concorda com o núcleo do sujeito, ambos no singular. Se “termos” estivesse no plural, o verbo
seria admitem-se.
-- Q5:

- Letra A, conforme já explicado, o verbo concorda com sujeito.

---- Voz verbal:


--- Vozes verbais:
-- Voz ativa:
-- Voz passiva:
-- Voz reflexiva (soma da voz ativa e a passiva):
-- Obs.: O sujeito pode praticar ou sofrer a ação do verbo, a depender do contexto.
- O sujeito sofre a ação quando fazem algo com ele, desenvolvem uma ação contra ele.
- Ex.: “Os alunos haviam homenageado os professores.”. Análise: Verbo (haviam homenageado, locução
verbal), sujeito (os alunos, de núcleo “alunos”, sujeito simples). Nesse caso, o sujeito fez alguma coisa
(homenageou), logo, está praticando um ato, então o verbo só pode estar na voz ativa. O sujeito é considerado
um ser agente.
- Ex.: “O local havia sido invadido por manifestantes.”. Verbo (havia sido invadido, locução verbal), sujeito (o
local, de núcleo “local”, sujeito simples). No caso, o sujeito não fez nada, mas sofreu uma ação (foi invadido),
logo, o verbo só pode estar na voz passiva. O sujeito é considerado um ser paciente. Temos uma voz passiva
analítica (abaixo).
- Ex.: “Analisaram-se os processos.”. Análise: Verbo (verbo transitivo direto), objeto direto (os processos).
Quando o VTD está acompanhado da palavra “se” temos uma partícula apassivadora, logo, o objeto direto será
convertido em sujeito, de núcleo “processos”. Nesse caso os processos não fizeram nenhuma ação, mas
sofreram a ação de serem analisados, logo, o verbo tem voz passiva. Além disso, sempre que houver a partícula
apassivadora, o verbo terá voz passiva. Temos uma voz passiva sintética (abaixo).

--- Classificações da voz passiva:


-- Passiva sintética: se dá quando no período há a partícula apassivadora (“se”) e o verbo é transitivo direto ou
direto/indireto.
-- Passiva analítica: se dá quando não há uma partícula apassivadora (“se”), e a voz passiva é descoberta através
da análise da ação do verbo. A passiva analítica só se dá diante de uma locução verbal formada por um verbo
auxiliar e um principal, sendo que o verbo auxiliar deve ser necessariamente o verbo “ser” e o verbo principal
deve estar no particípio5 (pex, “O local havia sido invadido”). Sempre que houver o verbo ser junto a um verbo
no particípio, teremos uma passiva analítica. Mesmo que a locução verbal tenha 3 ou mais verbos, se houver o
verbo “ser” e um particípio, será passiva analítica, pex: “Havia sido invadido”, são 3 verbos: Havia (auxiliar),
Sido (auxiliar: ser) e invadido (principal: no particípio), temos o verbo na voz passiva analítica.

5
Particípio se dá quando o verbo se termina em ADO ou IDO, pex, amado, torturado, sido, merceido.
- Agente da passiva: é um termo obrigatoriamente preposicionado. Ex.: “O local havia sido invadido por
manifestantes.”. Nesse caso, “manifestantes”, que é o ser que pratica uma ação contra o sujeito (o local), é
chamado de agente da passiva. O agente da passiva só virá precedido de uma de duas preposições: “Por” ou
“De”. Se um termo parecer ser agente da passiva, mas não possuir uma dessas preposições, ele não será agente
da passiva, pois só essas duas configuram o agente da passiva.
∟ O agente da passiva nem sempre vai ser explícito, as vezes pode estar indeterminado, mas sempre fará parte
do período em que se tratar de voz passiva. Pex: “Analisaram-se os processos.”. Verbo transitivo direto
“analisaram-se”, o “se” é uma partícula apassivadora, e o objeto direto se torna sujeito (os processos). Nesse
caso, o sujeito é sujeito simples paciente. O verbo está na voz passiva sintética. Nesse caso não se sabe quem
analisou os processos, então entende-se que o agente da passiva existe mas está indeterminado.
∟“O local havia sido invadido por manifestantes.”. Tratando-se de voz passiva, o sujeito será chamado de
sujeito paciente. No caso, “o local” é o sujeito simples paciente. O verbo é a locução verbal “havia sido
invadido”. E o objeto direto, no caso, é o agente da passiva “por manifestantes”, obrigatoriamente
preposicionado

--- Regras para que um verbo apresente uma voz verbal:


-- O verbo deve apresentar uma ação
- Isso exclui o verbo de ligação, já que ele não apresenta nenhum tipo de ação, logo, não pode apresentar voz (a
gramática fala que seria uma “voz neutra”).
-- O verbo precisa estar ligado a um sujeito no período
- Isso exclui os verbos impessoais, que não apresentam sujeito, logo, não podem apresentar voz

-- Obs.: Relação Verbo X Complemento:


--- Questões:
--Q1:

- Análise: Verbo (“é constituído”, locução verbal). O verbo “é” é flexão do verbo “ser”, e o verbo “constituído”
está no particípio (terminado em IDO). Ou seja, temos um verbo na voz passiva analítica. Sujeito (“o real”,
sujeito simples paciente). Complemento (por coisas), que é considerado agente da passiva, observando o uso da
preposição “por” ou “de”. No caso, a questão está certa, pois ambas as preposições podem ser utilizadas para
que o termo continue como agente da passiva.

--Q2:

- Verbo (“é agravada”, locução verbal). O verbo “é” é flexão do verbo “ser”, e o verbo “agravada” está no
particípio (terminado em ADA). Ou seja, temos um verbo na voz passiva analítica. Sujeito (“a situação
mundial”), sujeito simples paciente, de núcleo “situação” (mundial é adjetivo e não pode ser núcleo).
Complemento (pelo aquecimento global, pelo processo de desertificação e pela destruição dos mananciais), que
é considerado agente da passiva, observando que a preposição “por” está expressa na contração “pelo” (por +
o).

--Q3:

- Verbo (foi excluído) é locução verbal, onde o verbo “foi” é flexão do verbo “ser”, e o verbo “excluído” está
no particípio (terminado em IDO). Temos então uma locução verbal na voz passiva analítica. Sujeito (quem),
que é simples paciente (“pelo poder” não pode ser sujeito por estar preposicionado). O termo “pelo poder” é
considerado agente da passiva (onde a preposição “por” se dá na flexão de “por + o”, resultando em pelo). A
questão está certa.

-- Q4:

- Quando a partícula “se” aparecer, deve-se analisar sua função antes de tudo. Nesse caso, “se” está ligada ao
verbo, que no caso é transitivo direto. “Se” nesse caso é uma partícula apassivadora, que transforma o objeto
direto em sujeito (um livro, de núcleo “livro”). A partícula apassivadora sempre apresentará um verbo na voz
passiva. Nesse caso é a voz passiva sintética (por haver o “se”). O sujeito então é simples paciente. O agente da
passiva está indeterminado.

-- Q5:

- Verbo (foi muito elogiada, locução verbal), temos aqui o verbo “ser” (flexão verbal) e o “elogiada” no
particípio. O verbo está na voz passiva analítica, o sujeito é simples paciente. O complemento é o agende da
passiva, porém, não está explicito na questão. Questão certa.

-- Q6:

- Verbo (abrem-se, verbo transitivo direto). O objeto direto é “as janelas do corpo”. O “se” é uma partícula
apassivadora que transforma o OD em sujeito simples paciente. O verbo está na voz passiva sintética, por conta
da partícula apassivadora. O núcleo do sujeito é “janelas”, pois “do corpo” está preposicionado. Questão certa.

--Q7:

- Verbo (era povoada, locução verbal). “Ser” + particípio, temos uma voz passiva analítica. Sujeito (a terra,
sujeito simples paciente). O complemento da voz passiva é o agente da passiva (de selvagens), que é
obrigatoriamente preposicionado.

---- Transposição de voz passiva:


--- Formas de transposição: da voz ativa para a passiva e da passiva para a ativa.
-- Transposição da voz ativa para a passiva analítica (verbo “ser” + particípio):
- “Os alunos haviam homenageado os professores.”. Verbo (haviam homenageado, locução verbal), que está na
voz ativa, pois o sujeito está sofrendo a ação. O termo “os professores” está sofrendo a ação, e os alunos são os
que praticam o ato. Para passar para a voz passiva, devemos transformar “os professores” em sujeito: “Os
professores haviam sido homenageados pelos alunos”. Temos um verbo na voz passiva analítica (verbo “ser” +
particípio), e o complemento é o agente da passiva, que é preposicionado (pelos alunos).
- “O local havia sido invadido por manifestantes.”.Verbo (havia sido, locução verbal), verbo “ser” + particípio,
temos uma voz passiva analítica. Sujeito paciente (o local), e agente da passiva (por manifestantes). Para passar
para a voz passiva, devemos transformar o agente da passiva em sujeito: “Manifestantes haviam invadido o
local.”. O termo “manifestantes” se tornou o sujeito agente. A locução verbal “haviam invadido” se tornou um
verbo na voz ativa.
- Obs.: A voz passiva sempre possuirá um verbo a mais que a voz ativa (no que se refere aos verbos que
constituem a locução verbal). Pex. se na voz passiva houverem 2 ou 3 verbos, na ativa haverão 1 ou 2. Pex: Na
passiva com 3 verbos: “Os professores haviam sido homenageados pelos alunos.”, na ativa ficam apenas 2
verbos: “Os alunos haviam homenageado os professores”. Na passiva, 3 verbos: “O local havia sido invadido
por manifestantes”, na ativa apenas 2 verbos: “Manifestantes haviam invadido o local”.
∟ O verbo que desaparece e reaparece será sempre o verbo “ser” ou suas flexões. Nos exs acima, foi a flexão
“sido”.
- Ao fazer a transposição os verbos devem se manter no mesmo tempo verbal (pex, haviam não pode se tornar
haverão ou houveram).

--- Questões:
--Q1:

- Verbo (descobre). Para se passar para a voz passiva precisaremos de mais um verbo, e o verbo “ser” é o verbo
que pode aparecer e desaparecer. No caso, o verbo ser deverá respeitar o mesmo tempo verbal do verbo
“descobre” (presente), então a letra correta é a letra D, onde o verbo “ser” está no presente “é”, juntamente com
o verbo “descoberta”.

--Q2:
- Verbo (podem ser consolados, é a locução verbal que indica verbo na voz passiva analítica). O verbo “ser”
deve ser retirado. O verbo “podem” está no presente, logo, a letra c não está certa por que o verbo “poderiam”
está no futuro do pretérito. A letra certa é a D, pois está no presente. Ficaria “A palavra amiga pode consolar
nossos reveses”.

-- Q3:

- Da voz ativa para a passiva precisaremos adicionar o verbo “ser”, observando que o verbo “contará” está no
futuro. A letra C é a correta, pois está no futuro e com o verbo “ser”. Ficaria “Um dia a história será contada à
filha, depois à neta”.

-- Obs.: Ex.: “Analisaram-se os processos”. Verbo (analisaram-se, transitivo direto), o “se” é uma partícula
apassivadora e “os processos” é o sujeito paciente. Temos um verbo na voz passiva sintética. A partícula
apassivadora é a única das funções da palavra “se” que permite que se faça o caminho inverso da oração
dizendo a mesma coisa. Pex, “vendem-se casas”, o caminho inverso seria “casas são vendidas”. A partícula
“se” é a única que permite esse caminho inverso: “Encontrou-se uma criança”, “Uma criança foi encontrada”.
Fazendo-se esse teste mental, temos certeza de que se trata de uma partícula apassivadora. Quando estivermos
fazendo esse caminho inverso, não estamos realizando uma transposição, pois continuamos na voz passiva.
Mudando a frase inicial, ficaria “Os processos foram analisados”. O verbo “ser” em sua flexão “foram”
juntamente com o particípio “analisados” continua na voz passiva, apenas mudou de voz passiva sintética para
voz passiva analítica.
- Agora, para passar a frase “Analisaram-se os processos”, que está na voz passiva sintética para a voz ativa,
devemos apenas retirar a partícula apassivadora “se”, ficando o seguinte “Analisaram os processos”, que possui
um sujeito indeterminado e verbo transitivo direto (analisaram). Por ter sido retirada a partícula apassivadora
“se”, o termo “os processos” deixa de ser sujeito e volta a ser objeto direto.
∟ No caso em que retirarmos a partícula apassivadora, deve-se observar apenas se o verbo está flexionado na
terceira pessoa do plural, para que o sujeito seja indeterminado. Se o verbo estiver no singular, deve ser passado
para o plural. Vejamos todos os conceitos: Em “Encontrou-se uma criança”, para sabermos se o “se” é uma
partícula apassivadora, devemos fazer o caminho inverso “Uma criança foi encontrada”, observamos aqui o
verbo “ser” + particípio, logo, temos uma partícula apassivadora (voz passiva sintética). Para passarmos isso
para a voz ativa, devemos retirar a partícula apassivadora e passar o verbo para o plural: “Encontraram uma
criança” (voz ativa, sujeito indeterminado).
-- Q4:

- O verbo está na passiva sintética (possui a partícula apassivadora “se”). Para passarmos para a ativa, retiramos
a apassivadora e flexionamos o verbo no plural. A resposta seria a letra D.

---- Voz reflexiva:


-- O sujeito pratica (sujeito agente) e sofre (sujeito paciente) a ação do verbo. Se dá quando o sujeito faz algo
consigo mesmo.
- Ex.: “O rapaz dava-se ares de inteligência”. Sujeito (o rapaz, sujeito simples de núcleo “rapaz”), Verbo
(“dava-se”, verbo transitivo direto e indireto: o rapaz dava o que? Ares de inteligência (VTD), e dava a quem?
A ele mesmo (VTI)). Nesse caso o pronome “se” é o complemento da transitividade indireta, funcionando
como objeto indireto reflexivo.
∟ Quando o sujeito faz algo consigo mesmo, ele é agente/paciente, temos a voz reflexiva. “ares de
inteligência” é o objeto direto
-- A voz reflexiva é marcada por pronomes átonos específicos: Me, Te, Se, Nos, Vos e Se. Nesses casos, o
pronome será chamado de pronome reflexivo, por indicar que o sujeito faz algo consigo mesmo.
- Ex. de pronomes reflexivos: “Eu me dava ares de inteligência”, “Tu te davas ares de inteligência”, “Ele se
dava ares de inteligência”, “Nós nos dávamos ares de inteligência”, “Vós vos dáveis ares de inteligência”, “Eles
se davam ares de inteligência”.
- “Os amigos se cumprimentaram fraternalmente.”. Verbo (cumprimentaram, ), Sujeito (os amigos, de núcleo
“amigos”). Entende-se do trecho que os amigos cumprimentaram um ao outro (interpretação da palavra “se”).
O pronome “se” é chamado de pronome reflexivo (em alguns casos, esse pronome além de reflexivo é
recíproco, como no exemplo em questão, onde os amigos se cumprimentaram mutuamente. Já no exemplo do
rapaz com ar de inteligência, esse pronome é apenas reflexivo).
∟ Quanto ao verbo: Quem cumprimenta, cumprimenta algo, cumprimentaram quem? Um ao outro, verbo
transitivo direto. Nesse caso, o “se” que cumprimenta o verbo é um objeto direto, chamado de pronome
recíproco (reflexivo): objeto direto recíproco.

--- Questões:
--Q1:

- Para a saber a função da palavra “se” devemos recorrer ao verbo, que é verbo transitivo direto e “que ficou tão
encantado com a beleza...” seria o objeto direto. Ocorre que temos a partícula apassivadora “se” e uma
transitividade direta, o que transforma o OD em sujeito paciente (voz passiva sintética). Questão errado, pois o
sujeito é apenas paciente e não agente/paciente. Onde há verbo (ficou) há uma oração, e como o verbo está
dentro do sujeito, temos um sujeito oracional (oração subordinada substantiva subjetiva).

-- Q2:

- Quem se acusa de manobras ilegais? “As duas fabricantes”, que é o sujeito simples, de núcleo “fabricantes”.
O que esse sujeito faz? Acusam, e acusam uma a outra, em reciprocidade (o que se entende pelo uso da
partícula “se”). O sujeito pratica e sofre a ação (agente e paciente), por conta disso o pronome “se” é um
pronome recíproco. Temos uma voz reflexiva. Só seria passiva se o “se” indicasse uma voz passiva sintética,
mas esse “se” não é uma partícula apassivadora, e ainda assim, a partícula apassivadora nunca atribuirá uma
voz reflexiva, apenas passiva. A questão está errada, o termo “se” é um pronome recíproco, que funciona como
objeto direto recíproco.
∟ O verbo “acusam” é transitivo direto e indireto, pois quem acusa, acusa alguém (VTD) de alguma coisa
(VTI). O “se” é o objeto direto (se acusam, o alguém está aqui) e “de manobras ilegais” é o objeto indireto
(pois está preposicionado). O sujeito é agente/paciente e o verbo é transitivo direto e indireto.

--Q3:

- Para analisar a função da palavra “se”, devemos começar pelo verbo. Verbo (“conversam”, quem conversa,
conversa com alguém, com quem? Uma com a outra: o verbo exige a preposição “com”, logo, verbo transitivo
indireto). As mãos conversam umas com as outras, temos então um pronome recíproco (pronome “se”), e como
o termo “se” complementa a transitividade indireta, podemos chamá-lo de objeto indireto recíproco.

---- Pronome relativo e orações subordinadas:


--- Pronome relativo: são 8 pronomes, divididos em variáveis e invariáveis.
-- Pronomes relativos variáveis: Se flexionam de acordo com o termo a que se refere:
- Variáveis: O qual, cujo e quanto: As quais, Cujas, quantas.
-- Pronome relativo invariável:
- Invariáveis: Que, quem, como, quando e onde.
∟ Para algumas gramáticas “como, quando e onde” são advérbios relativos, e não pronomes relativos.
-- Características do pronome relativo:
- Para ser considerado um pronome relativo o termo tem que ligar duas informações sobre o mesmo
ser/idéia/expressão. Liga duas orações (deve haver verbo).
- Sempre se refere a um termo anterior para evitar uma repetição.
- É sempre um elemento um elemento coesivo anafórico (um elemento que faz uma referencia a um
elemento/idéia anterior).
- Exceto “Cujo”, todo e qualquer pronome relativo é considerado um pronome substantivo (pronomes e
numerais que se posicionam como núcleo de uma estrutura sintática, são “substantivos”).
- Inicia uma oração subordinada adjetiva

-- Obs.:
-“Avistou o pai, que caminhava para a lagoa.”. Para analisarmos melhor, devemos separar as orações: A
primeira oração é “Avistou o pai”, e a segunda oração é “que caminhava para a lagoa”. Na segunda oração, no
lugar do termo “que” escreveríamos “o pai”, porém, o termo foi usado para evitar a repetição, se referindo ao
elemento anterior. Esse “que” é um pronome relativo.
∟ Quando a oração apresentar um pronome relativo ela será sempre considerada uma oração subordinada
adjetiva. Essa oração subordinada adjetiva só se apresenta por meio da presença do pronome relativo. No
exemplo acima, separando-se em duas orações, a segunda oração é a que será considerada oração subordinada
adjetiva.
- “Vi as pessoas com quem conversei ontem.”. A primeira oração é “Eu vi as pessoas”, a segunda seria “Com
quem conversei ontem”. O termo “quem” está substituindo “as pessoas” (o período seria “com as pessoas
conversei ontem”, logo o pronome “quem” está ligando as informações a respeito do mesmo ser. “Quem” então
é um pronome relativo.
- Quando temos um período composto, podemos ter orações: coordenadas, subordinadas substantivas,
subordinadas adverbiais ou subordinadas adjetivas. Com relação às orações coordenadas, subordinadas
substantivas e subordinadas adverbiais, o que marca a constituição dessas orações em regra é a conjunção, que
em regra, está presente nas três. Já nas orações subordinadas adjetivas, teremos um pronome relativo.

-- Análise da função do pronome relativo:


- Para encontrar a função do pronome relativo, devemos separar a oração subordinada e analisar a função do
pronome unicamente dentro dessa oração. Além disso, devemos substituir o pronome pela palavra a que ele se
refere, e fazer a análise com base nisso. Pex, na frase: “Avistou o pai, que caminhava para a lagoa”, devemos
separar a segunda oração e substituir o pronome “que” por “o pai”, ficando “O pai caminhava para a
lagoa”.Dentro dessa nova frase, eu faço a análise: Verbo (Caminhava), Sujeito (o pai). Se a prova perguntar “O
sujeito da flexão verbal ‘caminhava’ é “o pai”?”, a resposta está errada, pois apenas substituímos para a analise,
mas o sujeito em si é o que está na frase original, logo, o sujeito seria o termo “que” (que é núcleo do sujeito),
que representa “o pai”. Uma vez que esse pronome é núcleo do sujeito, ele é chamado de pronome substantivo
(e também é um pronome relativo).
- ”Vi as pessoas com quem conversei ontem.”. Análise: “Vi as pessoas” é a oração principal, e “com quem
conversei ontem” é a oração subordinada adjetiva. O termo “quem” está retomando o termo “as pessoas”, sendo
um pronome relativo. Para a análise, devemos substituir o termo “quem” por “as pessoas”: “Com as pessoas
conversei ontem”: sujeito (“eu”, sujeito oculto, que vem do verbo “conversei”), verbo (conversei, que conversa,
conversa com alguém, com quem? Com as pessoas: verbo transitivo indireto). Devemos então voltar a
substituir o termo “as pessoas” por “quem”: O complemento “quem” é objeto indireto, essa é a função sintática
do pronome relativo “quem”, e por ser núcleo do objeto indireto, esse pronome é um pronome substantivo.
--- Questões:
-- Q1:

- Se fossemos separar as informações em dois períodos, ficaria: cravei-lhe os dentes na carne com toda a força”
e no lugar do “que” teríamos “esta”: “eu tinha esta força”. Ou seja, o termo “que” liga as informações a respeito
de força e substitui o termo anterior para evitar a repetição. Temos um pronome relativo. E a oração que vem
depois de “que” é uma oração subordinada adjetiva (pois se refere a força). Na segunda oração: quem tinha essa
força? “Eu”, sujeito. Verbo “tinha”. Quem tem, tem algo, tem o que? “Esta força”, e nesse caso o termo “que”
substitui esse “esta força”, logo, ele é o objeto direto. A resposta é a letra D.

-- Q2:

- Análise:

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