LÍNGUA PORTUGUESA
FRASE
Chamamos frase todo enunciado que possui um
sentido completo. Ou seja, que passa uma
mensagem completa.
As frases podem ser nominais (quando não há
presença de verbo) ou verbais (quando existe a
presença de verbo).
Ex1:
Socorro!
Que dia lindo.
– Repare que em nenhuma das duas frases acima
existe a presença de um verbo, no entanto, as duas
passam uma mensagem completa. São as frases
nominais.
Ex2:
Preciso de sua ajuda.
Eu gosto de dançar.
– Veja que nas frases acima, possuímos um verbo
que faz parte da frase. São as frases verbais.
ORAÇÃO
É todo enunciado que se articula em torno de um
verbo. Ou seja, é quando nós temos a presença de
um verbo na frase.
OBS: A cada verbo que apareça na frase, temos
uma nova oração!
Ex1:
Eu comi maçã ontem.
– Veja que temos o verbo “comer” na frase, logo,
temos uma oração.
Ex2:
Eu andei e pulei na praia.
– Perceba que existem dois verbos na frase:
“andar” e “pular”. Como a cada verbo nós temos
uma oração diferente, podemos afirmar que
existem duas orações nessa frase.
PERÍODO
É o enunciado formado por uma ou mais orações.
Os períodos podem ser simples (quando possuem
apenas uma oração) ou compostos (quando
possuem mais de uma oração).
Ex1:
Eu corri na areia.
– Como só temos um verbo na frase, podemos
afirmar que só existe uma oração, logo, temos um
período simples.
Ex2:
Eu falava com meu pai enquanto caminhávamos.
– Na frase, existem dois verbos, portanto, duas
orações, logo, temos um período composto.
SUJEITO E PREDICADO
Sujeito e predicado são dois elementos essenciais
em uma oração.
SUJEITO
É o elemento que realiza ou sofre a ação expressa
pelo verbo. Ou seja, é o elemento na oração a quem
o verbo se refere.
Ex1:
Meu cachorro gosta de passear.
– Na oração acima, “cachorro” é o sujeito.
Perceba que o verbo “gosta” está se referindo ao
sujeito. Se perguntarmos ao verbo: Quem gosta de
passear? A resposta será “meu cachorro”.
NÚCLEO DO SUJEITO
O núcleo do sujeito é a parte mais importante do
sujeito.
Ex1:
Meu cachorro peludo comeu alface.
– Perceba que quem comeu alface foi “meu
cachorro peludo”, que é o sujeito da oração.
Porém, a parte mais importante do sujeito é
“cachorro”, portanto, cachorro é o núcleo do
sujeito.
TIPOS DE SUJEITO
O sujeito pode ser classificado de diferentes
formas:
- simples: quando existe apenas um núcleo.
Ex1: Eu ando rápido
- composto: quando possui mais de um núcleo.
Ex1: Eu e Ana comemos bem ontem.
- oculto: quando ele não aparece no enunciado, mas
a gente sabe dizer quem é pelo contexto.
Ex1: Contamos a história para ela.
- Perceba que não aparece na oração quem contou
a história para ela, mas se perguntarmos “quem
contamos a história para ela?” vamos encontrar
que “nós contamos a história para ela”. Logo, o
sujeito “nós” está oculto na oração (não aparece),
mas sabemos identifica-lo.
- indeterminado: quando não sabemos afirmar
quem realizou a ação. Não aparece no enunciado
nem sabemos dizer quem é.
Ex1: Roubaram meu carro.
- Veja que eu não sei afirmar quem roubou meu
carro. Não posso dizer se foi uma pessoa, duas, um
grupo... Ou seja, alguém roubou, mas não sei
determinar quem roubou. Por isso, sujeito
indeterminado.
- oração sem sujeito: ocorre quando a oração
contém verbos impessoais (que não se relacionam
com nenhum sujeito).
1- Verbo Haver com sentido de existir ou
acontecimento passado.
Ex1: Há seis pessoas aqui.
- Perceba que o verbo haver está no sentido de
existir, portanto, é uma oração sem sujeito.
Ex2: Há dois anos não aparece.
- Aqui, o verbo haver indica acontecimento
passado.
2- Verbo Fazer quando indica tempo ou fenômeno
da natureza.
Ex1: Faz um ano que estive lá.
- Aqui, o verbo fazer indica tempo passado,
portanto, é uma oração sem sujeito.
Ex2: Faz chuva lá fora.
- Como o verbo fazer está indicando um fenômeno
da natureza “chuva” também não possui sujeito.
3- Verbos que indicam fenômenos da natureza
(como Chover, Anoitecer, Trovejar, ...).
Ex1: Anoiteceu agora.
PREDICADO
É a parte do enunciado que se relaciona com o
sujeito, ou seja, é todo o resto da oração quando se
tira o sujeito.
Ex1: Eu amo meu cachorro.
- Perceba que o sujeito da oração é “eu”. Isso
significa que todo o resto é o predicado: amo meu
cachorro.
Ex2: Trovejou ontem à noite.
- Quando a oração é sem sujeito, como acima, toda
ela é predicado.
TIPOS DE PREDICADO
O predicado pode ser classificado em três formas:
- nominal: quando o núcleo (a parte mais
importante) é um “nome” (substantivo, adjetivo,
pronome).
Ex1: Lúcia é esperta.
- Perceba que no predicado “é esperta” o mais
importante é “esperta” porque está dando uma
qualidade a Lúcia.
- O predicado nominal normalmente vai indicar
uma qualidade (bonito, alto, magro, ...) ou um
estado (calmo, parado, inquieto, ...) do sujeito.
- verbal: quando o núcleo é um verbo.
Ex1: A família trouxe o presente.
- Veja que “trouxe o presente” não indica uma
qualidade ou estado para “família”, mas indica
uma ação “trazer”. Portanto é um predicado
verbal.
- verbo-nominal: quando existem dois núcleos no
predicado, uma verbal e um nominal.
Ex1: Nós festejamos animados naquele dia.
- Veja que existe um verbo que indica a ação
“festejar”, sendo um dos núcleos; enquanto existe
um nome “animados” que indica um estado do
sujeito. Logo, o predicado é verbo-nominal.
Ex2: Eu acho o Renato inteligente.
- “acho” indica a ação realizada (verbal) e
“inteligente” indica uma qualidade do sujeito
(nominal). Logo, o predicado é verbo-nominal.
TRANSITIVIDADE VERBAL
É a relação que um verbo estabelece com o resto da
oração. O verbo pode ser:
- verbo transitivo direto (V.T.D.):
Ex1: Ele não derrubou meu livro.
- Perceba que, se a gente cortar a frase só até “Ele
não derrubou”, o sentido da frase fica incompleto.
Derrubou o quê?
- Quando o verbo precisa de algo para ter o sentido
completo, chamamos ele de “transitivo”.
- Quando esse complemento não precisa de uma
preposição (algo que “ligue” o verbo com o
complemento), chamamos de “verbo transitivo
direto”, porque a relação do verbo com o
complemento acontece de forma direta.
Ex2: Eu comprei (o quê?) uma bicicleta.
Ex3: Eles fizeram (o quê?) a lição.
- verbo transitivo indireto (V.T.I.):
Ex1: Ela necessita de sapatos novos.
- Veja que, assim como no VTD, aqui o verbo
também precisa de um complemento. Se dissermos
apenas “Ela necessita”, a frase fica sem seu
sentido completo. Ela necessita de quê?
- Mas veja que, nesse caso, o verbo precisa de algo
que o ligue com o complemento, no caso, a
preposição “de”.
- Repare que a pergunta mudou: agora tivemos que
perguntar “de quê?”. Como existe a preposição
“de” para ligar o verbo e o complemento,
chamamos o verbo de “verbo transitivo indireto”.
Ex2: João gosta (de quem?) de Ana.
Ex3: Eu acredito (em quê?) na bondade humana.
- verbo transitivo direto e indireto (V.T.D.I.):
Ex1: Minha mãe deu um brinquedo ao meu irmão.
- Veja que “Minha mãe deu” precisa de um
complemento... deu o quê? Deu para quem?
- Viu que nós tivemos que fazer duas perguntas:
uma direta (o quê?) e uma indireta (para quem?).
Ou seja, o verbo precisou de dois complementos,
por isso, chamamos de “verbo transitivo direto e
indireto”.
Ex2: Pedro agradeceu (o quê?) o adiantamento (a
quem?) ao chefe.
Ex3: O clube enviou (o quê?) cartas (a quem?) a
todos os sócios.
- verbo intransitivo:
Ex1: Meu pai voltou.
- Perceba que o verbo “voltou” não precisa de
nenhum complemento. Só isso já nos dá o sentido
completo que a frase quer passar. Ou seja, não
precisam de nada que completem seu sentido.
Ex2: Eu com casei.
Ex3: A criança caiu.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
As conjunções coordenativas são responsáveis por
unir dois ou mais termos que exerçam a mesma
função sintática e morfológica. Ela podem ser:
- aditivas: indicam soma.
Conjunções: E, nem, não só, mas também.
Ex1: Fui ao mercado e comprei um peixe.
- adversativas: indicam oposição, contrário.
Conjunções: Mas (sempre no início da oração),
porém, entretanto, no entanto, contudo, todavia,
não obstante.
Ex1: Ana comeu ovo, mas está sem fome.
- alternativas: indicam alternância.
Conjunções: Ou… ou (pode vir duplicada ou
não), ora… ora, quer… quer, seja… seja, nem…
nem.
Ex1: Ora tem sono, ora tem insônia.
- conclusivas: indicam conclusão.
Conjunções: Portanto, logo, assim, pois (após o
verbo), por conseguinte, por isso, diante disso
(repare que as três últimas são locuções
conjuntivas, ou seja, mais de uma palavra
exerce o papel de conjunção).
Ex1: As atividades são para hoje, logo, façam-nas!
- explicativas: indicam explicação.
Conjunções: Porque, que, porquanto, pois (antes
do verbo).
Ex1: A festa foi um desastre, pois faltou energia.