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SÃO LUIS/MA
2022
CINARA COSTA SOUSA
..................... ......................................................................
.......................................................................
ASSINATURA DO(A) ORIENTADOR(A)
SÃO LUIS/MA
2022
i
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA
BIBLIOTECA CENTRAL – UEMA
CDU: 62-7
ii
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA
BIBLIOTECA CENTRAL – UEMA
CDU: 62-7
ii
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
iii
Dedicatória
Em especial dedico este trabalho ao meu pai, Luís Henrique Pestana Sousa, e a minha
amada mãe Rosineide Gomes Costa Sousa, que tanto se esforçaram e se dedicaram para que eu
pudesse ingressar e concluir este curso, me incentivando a construir um futuro próspero. A
vocês, dedico este Trabalho.
Dedico também aos meus amigos e familiares que estiveram ao meu lado nos momentos
de dificuldade ao longo desta graduação e no decorrer da elaboração deste Trabalho de
Conclusão de Curso.
v
Agradecimentos
Agradeço à Deus por ter me guiado até aqui e ter me proporcionado a benção da vida e
por me dar força e saúde todos os dias para enfrentar os obstáculos que surgem no caminho.
Aos meus pais, que sempre me incentivaram a buscar uma vida melhor, me apoiaram
durante os momentos de dificuldade, me proporcionaram cuidado e valores que sempre levarei
comigo, tendo como base a família. Gratidão pela minha família, Rosineide Gomes, Luís
Henrique Sousa, Igor Henrique Sousa e Claudiana Souza.
Ao meu namorado Levy Silva, por ter estado sempre presente nos bons e maus momentos,
me impulsionando a conquistar meu propósito e me ensinando a sempre ver o lado bom das
coisas.
Aos meus amigos de curso, que sempre me incentivaram para me tornar um profissional
melhor, ajudando a ultrapassar as minhas limitações e me motivando para alcançar meus
objetivos. Sem ignorar os inúmeros momentos de descontração e lazer que usufruímos juntos
ao longo desses anos. Obrigada Laís, Márcio, Joseph, Natália, Myquéyas, Otávio, Tarcio e
Thalysson.
À minha orientadora Profª Michelle Suzane Mendes Pinheiro de Oliveira por toda
instrução e referência ao longo da concepção do trabalho.
Por fim, agradeço a todos que contribuíram na minha carreira acadêmica e profissional
ao longo desses cinco anos, de maneira direta ou indireta. Minha eterna gratidão!
vii
“Por isso não tema, pois estou com você; não
tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei
e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão
direita vitoriosa.”.
Isaías 41:10
ix
Resumo
O cenário atual inserido na indústria exige cada vez mais que eles possam adotar
estratégias de manutenção para manter os ativos otimizados e ter uma vida útil mais longa. A
manutenção deixou de ser um mal essencial para muita gente, tonando-se um fator decisivo em
questões relacionadas à segurança, qualidade, produtividade, redução de custos e questões
ambientais. Desta forma, o objetivo deste estudo é analisar o rendimento próprio da
empacotadora e a aplicabilidade da manutenção autônoma e seus benefícios. A abordagem
baseia-se na identificação de lacunas na eficiência da linha, correlacionadas com o rendimento
próprio de cada equipamento da linha e, portanto, com os modos de falha do equipamento.
Através dos dados recolhidos, foram analisadas várias frentes e utilizadas ferramentas de
análise de falhas para uma ação eficaz. Após a fase de implementação e análise de cenários,
fora possível obter resultados satisfatórios na máquina, incluindo aumento da taxa de
rendimento próprio do ativo, além do aumento da autonomia dos operadores de máquinas, que
passam a identificar problemas na fase inicial e desenvolver medidas para eventualmente
resolvê-los.
xi
Abstract
The current scenario inserted in the industry increasingly requires that they can adopt
maintenance strategies to keep assets optimized and have a longer useful life. Maintenance is
no longer an essential evil for many people, becoming a decisive factor in issues related to
safety, quality, productivity, cost reduction and environmental issues. Thus, the objective of
this study is to analyze the Packer's own performance and the applicability of autonomous
maintenance and its benefits. The approach is based on the identification of gaps in line
efficiency, correlated with the own performance of each piece of equipment on the line and,
therefore, with the failure modes of the equipment. Through the collected data, several fronts
were analyzed and failure analysis tools were used for effective action. After the scenario
implementation and analysis phase, it was possible to obtain satisfactory results on the machine,
including an increase in the asset's own yield rate, in addition to increasing the autonomy of
machine operators, who begin to identify problems in the initial phase and develop measures to
eventually solve them.
xiii
Lista de Ilustrações
xv
FIGURA 4.20 – Mapa de lubrificação (lado esquerdo). .......................................................... 69
FIGURA 4.21 – Acompanhamento das etiquetas. ................................................................... 70
FIGURA 4.22 – Análise de FMEA .......................................................................................... 72
FIGURA 4.23 – Análise de planos de manutenção. ................................................................. 73
FIGURA 4.24 – Procedimentos operacionais. ......................................................................... 74
FIGURA 4.25 - Evolução do rendimento próprio. ................................................................... 74
FIGURA 4.26 – Análise de MTBF da máquina. ...................................................................... 75
FIGURA 4.27 – Análise de MTTR da máquina. ...................................................................... 76
xvii
Lista de Tabelas
xix
Lista de Abreviaturas e Siglas
xxi
Sumário
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 27
1.2 Objetivos............................................................................................................................. 29
2.7.1 FMEA.............................................................................................................................. 41
xxiii
3 METODOLOGIA.................................................................................................................. 49
5 CONCLUSÕES ..................................................................................................................... 77
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 78
xxv
1 INTRODUÇÃO
Um bom planejamento na manutenção de ativos tem se tornando cada vez mais necessário
para as fábricas que pretendem se manter competitivas e sustentáveis no mercado. Com o
surgimento da indústria 4.0, processos produtivos se tornaram mais eficientes, evitando assim
custos excessivos e uma maior depreciação dos bens das companhias. Empresas estão
aumentando os seus investimentos em manutenção com o propósito de aumentar a sua
produtividade (MARQUES, 2021).
É sempre importante valorizar a manutenção e sua qualidade. Nos noticiários, é comum
ver relatos de falhas e acidentes de aviões onde a investigação revela defeitos de manutenção
críticas. Nas fábricas, esta realidade não é exceção. Empilhadeiras sem freio ou garfo sem
sistema hidráulico é uma situação que pode ter sérias consequências que podem até levar à
morte. Se isso acontecer, toda a qualidade da manutenção fica em segundo plano, pois a
negligência leva à perda de vidas humanas (HORTA, 2021).
Segundo Cascaes (2018), tal assunto mostra a importância da manutenção e lubrificação
na estrutura estratégica das empresas, sabendo-se da importância da gestão das mesmas. Isso
demonstra a manutenção como um gerador de ganhos, pois possui um grande potencial, visto
que uma boa execução da mesma e no período correto, evita gastos corretivos desnecessários.
Para auxiliar nesse processo, as políticas de manutenção surgiram com o propósito de oferecer
soluções e otimizar resultados, na busca por equipamentos mais confiáveis.
Para tal efeito, é necessário a detecção das causas raiz dos problemas, por isso, a utilização
do ciclo do PDCA, será usado de auxilio com a finalidade de evidenciar a necessidade de
estabelecer uma gestão de manutenção e lubrificação, com o intuito de medir o seu
desenvolvimento (CASCAES, 2018).
Com o intuito de evitar as falhas ou preveni-las na empacotadora de uma linha envase de
latas, máquina responsável por empacotar as latas em filme em uma cervejaria do Maranhão,
justifica-se a necessidade dessa pesquisa em evidenciar, por meio de uma pesquisa aplicada ao
estudo de caso, o modo como foi implantada a estratégia de manutenção autônoma, analisando
e avaliando os resultados obtidos pela aplicação da ferramenta no ativo em discussão para
aumentar o seu rendimento próprio.
27
1.1 Justificativa
De acordo com Xenos (2014), a manutenção deixa de ser um mal necessário com base
nos volumes de produção e exigências do mercado por maior qualidade, e passa a ser uma
função estratégica dentro da empresa, atendendo à necessidade de redução de custos e às
exigências decorrentes da aplicação das normas reguladoras.
28
1.2 Objetivos
29
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Manutenção
30
Nos dias que ocorrem, com a era da Indústria 4.0 apresentando uma revolução nos
processos produtivos, torna-se gradualmente mais possível distinguir o modo de falha em seu
estágio inicial, de modo a atender as demandas dos clientes internos das grandes empresas,
favorecendo a integração no conjunto de tecnologias de automação e iteração de dados,
computação em nuvem e a internet das coisas.
Tal evolução mostra-se na Figura 2.1, onde Viana (2002) retrata a evolução da
manutenção. É importante destacar que tais metodologias não foram adotadas de forma
cronológica e sequencial ao seu desenvolvimento, e sim adaptadas, de acordo com a
necessidade de cada empresa. Tal feito possibilitou um desenvolvimento da manutenção,
agregando-a às ferramentas de outras ciências e orientando seus resultados para: negócios,
competitividade, inovação tecnológica, logística e gestão de ativos (GUTIÉRREZ, 2005;
KARDEC e NASFIC, 2009; TAVARES, 1999).
TPM no Brasil
Softwares ERP
1980-1990
Fundação do JIPM (Japan Institute Of Plant
Maintenace) Manutenção
baseada nas
Incorporação dos conceitos das ciências do condições
comportamento
1970
Engenharias de sistemas
TPM na Nippondenson
1962 Engenharia de Confiabilidade
32
Ação após a ocorrência
Corretiva não-planejada
onde não há planejado
Tipos de Manutenção
Ação planejada como
Corretiva planeja função de inspeção ou
acompanhamento preditivo
Ação de inspeção e
Preditiva acompanhamento dos
parâmetros físicos
Segundo Kardec e Nascif (2009), a primeira geração, de acordo com a Figura 2.1,
contempla a época anterior a Segunda Guerra Mundial, época em que a indústria ainda não
tinha processos tão mecanizados, os equipamentos eram simples, restando ao operador das
máquinas efetuar apenas as atividades primárias da manutenção: limpeza, lubrificação e
conserto após a falha funcional. Devido isso, a manutenção era sustentada na corretiva não
planejada acarretando altos prejuízos, pois a quebra inesperada contribui para a perda da
produtividade, qualidade e elevados custos indiretos de manutenção.
Segundo a ABNT NBR 5462: 1994 entende-se por manutenção corretiva uma
“manutenção efetuada após ocorrência de uma pane destinada a recolocar um item em
condições de executar uma função requerida.” Isto é, uma atividade que requer a correção
instantânea de alguma anomalia no equipamento, de modo que o mesmo possa cumprir a sua
finalidade processo produtivo dentro do que foi planejado em seu projeto.
De acordo com Cascaes (2018), quebras inesperadas acabam erando altos custos, sendo
estes superiores ao investimento na conservação do ativo. Além disso, ao passo que são
realizadas apenas manutenções corretivas, é necessário um grande estoque de peças
sobressalentes.
33
Tratando-se do ponto de vista do custo de manutenção, a de modo corretivo é mais barata
quando comparado a prevenir as falhas do equipamento, entretanto, em contrapartida, pode
causar grandes perdas por paradas de produção. É importante considerar outros fatores
relevantes anteriormente ao se considerar o uso da manutenção corretiva. A principal delas é
questionar-se se existem ações preventivas que podem ser tomadas para evitar a falha do
equipamento, sendo estas tecnicamente viáveis e econômicas. Caso negativo, a corretiva torna-
se viável. Porém, não conseguindo se prever o momento da falha em muitos dos casos, existe a
probabilidade de parada na produção de forma inesperada. Quando a parada de linha se torna
excessivamente longa, haverá prejuízos significativos para a empresa. Ao optar pela
manutenção corretiva para partes menos críticas do equipamento, necessita-se de mão de obra
e ferramental, de modo a reduzir impactos na produção (NETO, 2021).
Ainda segundo o autor, a informação gerada nos Planos de Manutenção deve ser
processada e podendo ser manual ou informatizado, a estratégia adotada deve ser baseada nos
equipamentos, e todos estes devem ser identificados e codificados. Cria-se um arquivo de
máquina em relação à sua posição e para cada dispositivo, uma pasta de informações e códigos
de peças para fácil substituição.
A ABNT NBR 5462: 1994 evidencia que a manutenção preditiva é aquela que permite
garantir uma qualidade de serviço desejada, baseado em técnicas instrumentadas avançadas e
modernas. Sua principal característica é ser uma manutenção sob condição (TELES, 2019). O
seu propósito é a redução da manutenção preventiva e prevenir a manutenção corretiva não
programada.
Segundo Teles (2019), suas medições em campo são acompanhadas por análises de:
temperatura, vibração, físico-química de óleos, ultrassom e termografia, que facilitam um
diagnóstico e prognóstica completo do estado do ativo, gerando para a equipe de manutenção
um relatório que mostra caso seja necessário a intervenção no equipamento. Sua maior
vantagem é aproveitar o máximo de tempo de vida útil das peças, pois por meio das técnicas
avançadas, é possível estender o intervalo de manutenção.
Segundo Teles (2019, p. 36), os principais objetivos da manutenção preditiva são:
1. Determinar antecipadamente a necessidade de serviços de uma manutenção numa
peça, com o intuito de mitigar o modo de falha;
2. Eliminar atividades desnecessárias para inspeção;
3. Aumentar o tempo de disponibilidade das máquinas e equipamentos;
4. Evitar a manutenção não programada;
5. Impedir o aumento de deterioração dos equipamentos;
6. Aproveitar a vida útil total dos componentes e de um equipamento sem
substituí-lo de maneira precoce;
7. Aumentar o grau de confiabilidade das máquinas e equipamentos.
36
projetada para identificar a necessidade de intervenção com antecedência para que as atividades
possam ser programadas, os danos podem ser reduzidos e a confiabilidade dos equipamentos
que podem ser bem melhoradas (CASCAES, 2021).
Entre suas vantagens, temos que a ocorrência de falhas inesperadas é significativamente
reduzida, minimizando a perda de lucros da empresa. Seu uso aumenta a segurança pessoal,
reduz os danos ambientais e reduz o tempo de inatividade de produção com a menor intervenção
na fábrica (KARDEC; NASCIF, 2009).
Para tanto, a preditiva utiliza tecnologia avançada, fazendo uso de sensores e
componentes que coletam dados de temperatura, vibração, etc. Deste modo é possível intervir
nas máquinas de maneira assertiva, planejando as atividades de manutenção. Normalmente na
indústria, há uma equipe dedicada para realizar a atividade, muitas vezes terceirizada.
Teles (2019) ressalta que o RCM deu seus primeiros passos na década de 1970, quando a
FAA - Administração Federal de Aviação precisava certificar novas rotas de aeronaves Boeing
747.
O RCM é uma metodologia que analisa os equipamentos e suas falhas, e determina a
melhor forma de intervir a fim de reduzir o impacto da falha, de modo a garantir a função de
desempenho do sistema (KARDEC; NASCIF, 2009).
Branco Filho (2006) destaca que o RCM é a estratégia adotada por diversas empresas
que possuem um forte pilar manutenção, projetada para analisar seus modos de falha de seus
equipamentos e os efeitos correspondentes que podem causar. Com redução de tarefas de
manutenção desnecessárias e adequação de estratégias de intervenção, previne resolutamente a
falha. De acordo com Fogliatto e Ribeiro (2011) o RCM determina-se como uma política de
manutenção que reúne várias técnicas avançadas de instrumentação, planejamento e controle,
onde estes últimos garantem que os ativos de uma indústria continuarão a funcionar e ter uma
função de desempenho para os quais foram projetados e terão uma vida útil mais longa. Sua
estratégia de manutenção baseia-se na autonomia operacional e qualificação do operador e
técnicos envolvidos, o que resulta em um aumento na disponibilidade de equipamentos.
37
Ainda segundo os autores, a confiabilidade é definida como um projeto concebido para
cumprir plenamente a sua finalidade designada, dentro de um período de tempo definido e sob
condições ambientais predeterminadas.
Os quatro objetivos da manutenção centrada na confiabilidade que as equipes de MCC
devem alcançar, segundo Viana (2002) são:
1. Manter as funções do sistema;
2. Identificar os modos de falha que afetam essas funções;
3. Apontar a importância de cada falha funcional;
4. Definir tarefas preventivas relacionadas a falhas funcionais.
Os quatro objetivos da manutenção centrada na confiabilidade são segundo os mesmos
autores, para atingir esses objetivos, os seguintes passos devem ser seguidos:
• Seleção do sistema e coleta de dados;
• Caracterização dos limites do sistema;
• Exposição de sistemas e subsistemas;
• Detecção de funções e avarias;
• Análise do Modo de Falha (FMEA);
• Diagrama de decisão.
39
Segundo Silva e Silva (2014) a manutenção autônoma designa o conjunto de atividades
desempenhadas diariamente pelos operadores com a missão de manter os equipamentos
operando de forma eficaz, como: inspeção, lubrificação, pequenos reparos, solução de
problemas e detecção de anomalias, limpeza dos equipamentos.
De acordo com Kardec e Ribeiro (2002), os principais objetivos da MA são:
− Treinar operadores para detectar anomalias;
− Capacitar operadores para conhecer os objetivos, funções e estruturas dos
equipamentos, para sua correta operação;
− Capacitar os operadores para manterem os equipamentos em boas condições de
operação;
− Disciplinar os operadores para seguirem os procedimentos operacionais.
Logo, a manutenção autônoma (MA) tem um papel fundamental no desenvolvimento de
habilidades de inspeção, detecção de problemas, conscientização de limpeza. O conhecimento
adquirido permite que os operadores façam pequenas atividades e ajustes quando necessário. O
objetivo principal é manter o maquinário em perfeito estado de velocidade e qualidade um
maior tempo possível.
Segundo Kardec e Ribeiro (2002), a manutenção autônoma segue uma sequência de
atividades para torná-la plenamente realizada. Na Figura 2.4 temos o processo gradual para
implementar a manutenção autônoma.
Gestão autônoma
40
2.6 Ciclo PDCA
2.7.1 FMEA
O FMEA, Análise de Modo de Falha e seus Efeitos ou Failure Mode and Effect Analysis,
de acordo com Fogliatto e Ribeiro (2011), tem como objetivo identificar avaliar possíveis falhas
propensas a aparecer no dispositivo, cujas precauções propostas podem eliminar ou reduzir a
probabilidade de ocorrência dessas falhas. Ao final os procedimentos são documentados,
facilitando intervenções de manutenção confiáveis.
A ferramenta é uma abordagem sistemática que pode monitorar, normalizar e documentar
ideias desenvolvidas durante a implementação de um processo de planejamento da manufatura.
É usado para avaliar possíveis falhas antes publicado para o processo de fabricação, para alinhar
41
ações de melhoria que cumprirão com os objetivos definidos para as suas características. Esta
prática ajuda a impor controle de processo e análise de processos de fabricação e montagem
(MARQUES, 2021).
De acordo com Viana (2012) ,esse método de análise de falhas problemáticas auxiliará
as equipes de Manutenção Centrada em Confiabilidade na identificação de todos os possíveis
modos de falha e suas consequências. As equipes também poderão apontar a gravidade de cada
falha e indicar quais componentes devem ser analisados por MCC's.
Ao utilizar o FMEA, as equipes de Manutenção Centrada em Confiabilidade fazem os
seguintes questionamentos:
• Quais são os possíveis modos de falha?
• Quais componentes do sistema ou subsistema são afetados por este modo
de falha?
• Qual é o efeito de uma falha em um sistema ou subsistema em termos de
danos físicos, segurança, perda econômica e qualidade do produto final?
• Que medidas podem ser tomadas para evitar falhas?
42
4. Continue perguntando por que até não poder mais perguntar por quê;
5. Quando você tiver completado a resposta do porquê, significa que a causa raiz
foi identificada.
A recorrência do problema geralmente ocorre porque a causa real do problema não foi
devidamente identificada, resultando em toda e qualquer ação tomada que acaba não
funcionando. Nesse caso, utilizar os 5 Porquês, torna-se necessário pois a ferramenta aponta a
análise para o porquê do ocorrido, ajudando assim a refletir o problema e chegar a uma solução
efetiva .
43
Figura 2.5 – Diagrama de Pareto (Sakurada e Dias, 2001).
44
De acordo com Sakurada e Dias (2001), o diagrama de Ishikawa, conhecido como
diagrama de causa e efeito ou diagrama de espinha de peixe, foi desenvolvido por Kaoru
Ishikawa. A ferramenta é fácil de usar e permite resolver diferentes tipos de problemas em
diferentes áreas. O diagrama mostra a relação entre um recurso Qualidade (efeito) e seus fatores
(causa). Quando o número de fatores (causas) é muito grande, esses fatores podem ser
organizados em famílias da seguinte forma: matérias-primas, máquinas, medidas, meio
ambiente, mão-de-obra e métodos. Estes últimos, são os conhecidos 6 Ms de Ishikawa.
Em conformidade com COSTA e MENDES (2018), para executar o diagrama, é
necessário seguir as etapas abaixo:
• Definir o problema a ser estudado;
• Pesquise e entenda o envolvido por meio de observação, registro e
comunicação e os pensamentos das pessoas relevantes;
• Faça uma reunião com os envolvidos no processo para discutir o assunto,
abra ideias e faça um brainstorming de ideias;
• Após coletar as informações, organize-as em: motivos principais, motivos
secundários, motivos terciários e elimine informações sem importância;
• Montar o diagrama e verificar com a equipe uma representação da situação
atual;
• Marque o que é mais importante para atingir o objetivo desejado.
Na Figura 2.6, é mostrado o esquema do diagrama de Ishikawa, bem como a disposição
das causas e do efeito.
45
2.8 Indicadores de Manutenção
2.8.1 Confiabilidade
𝑇𝑀𝐸𝐹
𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 (%): (2.1)
𝑇𝑀𝐸𝐹+𝑇𝑀𝑃𝑅
Onde:
TMEF = Tempo médio entre falhas (em inglês MTBF – Mean Time Between Failures);
TMPR = Tempo médio para reparos (em inglês MTTR – Mean Time to Repair).
46
O termo inerente refere-se ao fato de que leva em conta somente o tempo de reparos,
excluindo do TMPR o tempo de logística, peças de reposição em espera, deslocamento, etc.
Segundo Viana (2002), o MTBF ou Tempo Médio Entre Falhas é definido como a soma
das horas de funcionamento disponíveis (HD) do equipamento dividida pelo número de
intervenções corretivas (NC) no equipamento durante um determinado período, sendo descrito
pela EQ. (2.2) abaixo.
𝐻𝐷
𝑀𝑇𝐵𝐹: 𝑁𝐶 (2.2)
𝑇𝑀𝐸𝑀
𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 (%): (2.3)
𝑇𝑀𝐸𝑀+𝑇𝑀𝑃
Onde:
TMEM = Tempo médio entre manutenções (em inglês MTBM – Mean Time Between
Maintenance);
TMp = Tempo médio de paralisações (em inglês MDT – Mean Down Time).
O TMp inclui o TMPR e todos os demais tempos: esperas, atrasos, paradas para
manutenções preventivas ou inspeções, deslocamentos e outros fatores que contribuem para
que os equipamentos fiquem indisponíveis.
Para Viana (2002), o MTTR ou Tempo Médio de Reparo é definido como a divisão entre
a soma das horas de indisponibilidade para a operação devido à manutenção (HIM) pelo número
de intervenções corretivas realizadas no período (NC), como mostra a Eq. (2.4). Valores de
47
MTTR em declínio ao longo do tempo indicam que a manutenção corretiva tem cada vez menos
impacto na produção.
𝐻𝐼𝑀
𝑀𝑇𝑇𝑅 = (2.4)
𝑁𝐶
48
3 METODOLOGIA
A indústria de bebidas apresentada neste trabalho faz parte de uma multinacional no ramo
de bebidas e cervejas. No ano de 2004, houve um processo de fusão com a mesma e uma
empresa belga. Em 2008, a companhia deu um salto na busca pela liderança mundial do setor
de bebidas, adquirindo uma empresa norte-americana.
Ela tem como foco a produção de cerveja, mas também têm produtos sem álcool. Uma
das características mais marcantes é sua cultura, baseada em uma visão de longo prazo,
colaboração e escuta ativa. Seus colaboradores são reconhecidos pelo foco em resultados.
Atualmente, a empresa é reconhecida pela busca constante pela melhoria contínua de seus
processos. Por meio de seu sistema de gestão, consegue implementar uma estratégia de
negócios proativa e inovadora derivada da metodologia PDCA, sempre padronizando as boas
práticas.
Alinhada ao novo conceito da Indústria 4.0 e com o intuito de gerar vantagem competitiva
no mercado e agregar maior valor aos seus produtos, nos últimos anos, a empresa tem dedicado
grande parte de seus recursos em tecnologia, pesquisa e inovação, qualificação e valorização
de profissionais, ampliação e construção de novas fábricas, modernização e aquisição de
equipamentos.
A indústria objeto de estudo do trabalho está localizada em São Luís/MA. No Brasil, são
mais de 30 fábricas no total. A cervejaria maranhense foi inaugurada na década de 80, e
atualmente conta com mais de 400 funcionários próprios, além dos terceiros, que somam,
49
aproximadamente 600 pessoas. No Maranhão, a marca tem preferência majoritária no mercado
consumidor e chegou a lançar no mercado sua própria cerveja regional, o que tem causado forte
adesão da população maranhense.
3.1.1 Packaging
50
Figura 2.1 - Mapa da linha de produção de latas.
51
• Empacotadora: embala as latas em filme Shrink , 15 latas por pacote quando 269
ml e 12 latas por pacote no modelo de 350ml. Nesse processo, há um indicador
importante, o controle de integridade física do pacote e sua relevância está
relacionada a qualidade das latas em não estarem amassadas ou projetadas para
que não afetem a operação de paletização;
• Paletizadora: equipamento responsável por formar as camadas de fardos de latas.
Um palete é composto por treze camadas, ela distribui os pacotes no pallet de
uma maneira em que o lote fique resistente e fixo, sem oferecer o risco de queda;
• Envolvedora: Utilizando o filme Stretch, a máquina envolve o palete de fardos
com um material plástico de alta resistência. É importante assegurar corretamente
o número de voltas do filme, pois é um item importante no índice de controle.
Todas as máquinas acima funcionam juntas, satisfazendo as condições do V-Graph,
também representado na Figura 7, de modo que a velocidade dos equipamentos é ajustada para
que a linha funcione de forma mais eficiente possível. O vértice de V geralmente é colocado no
topo da Enchedora, pois a mesma desempenha um papel decisivo na linha de produção. Com
base Enchedora, as máquinas anteriores são todas suas fornecedoras e as posteriores, suas
clientes.
A qualidade da produção da Enchedora está diretamente ligada ao ritmo de execução do
seu trabalho, o V-Graph entende que as máquinas anteriores e posteriores a ela têm que
trabalhar numa velocidade maior. Assim, a Enchedora não ficará sem abastecimento ou
congestionada na saída dos produtos caso alguma outra máquina pare.
52
Na tabela 3.1, pode ser observado alguns conceitos que ajudam a entender melhor e que
servem de base para os cálculos de performance.
Na Tabela 3.1, temos as Horas Totais (HT) que representa as 24 horas de um dia,
incluindo as Horas sem mão de obra (HSMO) que corresponde a parada programada sem
recurso e as Horas utilizadas (HU) que conta com as horas de paradas programadas para
manutenção, pois apesar de não ter produzido, há mão de obra sendo utilizada nas atividades
na linha produtiva. Já as Horas Disponíveis (HD), representam as horas para produção, sem
levar em consideração as programadas, e somente as horas de eficiência de linha e as horas de
parada (EXTERNA) entram no cálculo da mesma. Essas horas de indisponibilidade externa
(EXTERNAS) são paradas provocadas por outros fatores em outras áreas que afetam o processo
produtivo.
As Horas de Eficiência de Linha (HEL) contam as horas de produção líquida, junto com
as paradas por qualidade (PPQ), perda de velocidade (PPV), paradas elétricas (EL), mecânicas
(MC), operacionais (OP) e de instrumentação (IT) e automação (AT). Finalizando, as Horas de
Produção Líquida (HPL) representam realmente as horas que foram utilizadas no envase da
cerveja.
Deste modo, tempos que a eficiência é representada pela Eq. 3.2.
𝐻𝑃𝐿
𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = (3.2)
𝐻𝐸𝐿
Portanto, analisando a tabela acima, observe que para melhorar a eficiência é necessário
resolver as PPQ, PPV, EL, MC, OP, IT e AT que afetam diretamente o indicador. No entanto,
neste estudo iremos focar-nos as intervenções apenas nas paradas de manutenção.
A Enchedora é a máquina de referência para medir os dados de paradas da linha. Cada
equipamento tem seu próprio objetivo, chamado de Rendimento Próprio (RP), que é
53
relacionado com a eficiência da linha de produção. Para chegarmos ao valor de Rendimento
Próprio de cada máquina, é necessário realizar a soma das ineficiências mecânicas, elétricas,
automação e operacionais e dividir pelo tempo disponível (HD), conforme EQ 3.2. Já a
ineficiência é a soma das paradas (mecânica, elétrica, automação e operacional) do equipamento
no dia.
Ao passo que a enchedora reduz a velocidade por acúmulo ou falta de latas, gera uma
parada que é contabilizada no sistema de acordo com o tempo. Tais dados são lançados no
sistema de coleta da empresa, cujo lança automaticamente o tempo de parada de linha. Em
seguida, o operador aloca o problema no equipamento que parou gerando a falta de latas ou
acumulo, relata a falha, máquina, subconjunto e causa. Após, os dados são exportados para o
Excel para gerarmos análises e solução de problemas.
3.3.1 Preparação
54
da linha, e após isso, avaliamos de forma detalhada os subconjuntos do equipamento foco e
escolhido para ser realizada a estratégia de manutenção autônoma.
Nesta etapa é necessário unificar o conceito 5S, para que operadores e técnicos iniciem a
limpeza profunda e inspeção da máquina. A limpeza profunda difere da limpeza tradicional
pois são removidas tampas e proteções do equipamento e é realizada a limpeza das peças às
quais você normalmente não teria acesso. Também nessa etapa, eventuais discrepâncias
encontradas são tratadas ou mapeadas para possíveis intervenções no plano de implantação. A
máquina é bloqueada com segurança e a equipe de manutenção preventiva encontra defeitos
durante a limpeza da máquina, consertando alguns deles e abrindo etiquetas para problemas
mais complexos que necessitem de peças ou mais tempo para correção.
O técnico da equipe desempenha um papel importante no treinamento dos operadores de
sua equipe sobre o que é um defeito, por exemplo, vazamentos, cabos danificados, rolamentos
presos, áreas sujas, peças de máquinas inseguras, etc. A equipe desenvolve 5 porquês para cada
problema encontrado naquele dia. Por meio de ferramentas de análise de falhas, como: análise
de dados históricos, gráfico de Pareto, gráfico de Ishikawa e métodos dos 5 porquês, podemos
entender as características de cada falha e formular contramedidas para cada tipo de problema.
55
ter mais conhecimento acerca do seu equipamento e funções, definindo as condições normais
de operação.
Diante dessa etapa, operadores, técnicos e planejadores passam a ter mais sinergia na
execução das atividades de manutenção. Essas equipes começaram a trabalhar juntas com o
objetivo de melhorar a aparência da máquina e aumentar seu próprio desempenho por meio de
um programa estruturado de limpeza e inspeção. Aqui o operador precisa assumir a
responsabilidade pelas tarefas de manutenção ou seja a limpeza regular, inspeções básicas e
lubrificação. Para isso ocorrer é necessária uma revisão dos padrões existentes dentro da
cervejaria.
Nesta etapa, as equipes passam executar manutenções básicas dentro do aspecto do plano
desenvolvido. Abrange a análise pós-implementação, ou seja, onde estão os resultados
verificados após a implementação da manutenção autônoma. Olhando para os ganhos obtidos,
que podem ser usados como base para continuar a usar o método ou optar também pela
readequação do cronograma caso ocorra necessidade. Também podemos afirmar que essa fase
nos permite concluir a implementação na máquina foco, direcionando os recursos e análise para
o próximo equipamento crítico dentro da linha.
56
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Implantação
O início das análises se deu ao realizar uma análise estruturada de todos os equipamentos
da linha para entender o real impacto na linha. No gráfico da Figura 4.1, podemos observar o
principal impacto na linha de produção devido à ineficiência dos equipamentos, que é a soma
de todas as paradas no processo produtivo, enquanto que o gráfico da Figura 4.2 demonstra o
número de ocorrências de falhas por subconjunto da empacotadora, de acordo com o histórico
de falhas dos últimos 3 meses.
1,78%
1,53%
1,28%
1,03%
0,78%
0,53%
0,28%
0,03%
RECRAVADORA EMPACOTADORA PALETIZADORA ENCHEDORA DESPALETIZADORA PASTEURIZADOR
Quantidade de Falhas
9
8
Quantidade de falhas
7
6
5
4
3
2
1
0
Faca de corte Esteira Tapete Rolos de Sensores Roletes Correia IHM
transportador borracha
57
Após a análise estruturada (Figura 4.1), observamos um comportamento perigoso da
empacotadora de latas, pois sua ineficiência nas últimas 52, 12 e 4 semanas da análise realizada,
demonstrava uma tendência crescente, justificando a aplicação da metodologia de manutenção
autônoma. Durante a análise, foram desconsiderados os transportes da linha.
O próximo passo foi avaliar de forma detalhada os subconjuntos do equipamento,
dispostos na Figura 4.2, onde observamos que existia diversos subconjuntos gerando micro
paradas, impactando no rendimento próprio da máquina.
Por tanto, colocamos como objetivo o ganho de performance em cima do rendimento
próprio da máquina de 2%, conforme gráfico da Figura 4.3.
Rendimento Próprio
98%
96%
Inicial Objetivo
58
Figura 4.4 – Cronograma de Atividades.
59
(a) (b)
Figura 4.5 – Limpeza profunda parte superior da máquina. Figura 4.5a Antes, Figura 4.5b
Depois.
(a) (b)
Figura 4.6 – Substituição do rolamento do eixo porta bobina. Figura 4.6a Rolamento
danificado, Figura 4.5b Rolamento novo.
(a) (b)
Figura 4.7 – Substituição dos rolos emborrachados. Figura 4.7a Rolos desgastados, Figura
4.7b Rolos novos.
61
(a) (b)
Figura 4.8 – Substituição da lã de vidro. Figura 4.8a Antes, Figura 4.7b Depois.
62
Figura 4.10 – Painel substituto instalado.
(a) (b)
Figura 4.11 – Troca da cortina de saída do forno. Figura 4.11a Antes, Figura 4.11b Depois.
63
Figura 4.12 – Instalação de iluminação na máquina.
Com base nas atividades realizadas, nos impactos listados ao logo do processo em campo
e após apresentar as evidências das possíveis causas, algumas ações foram identificadas por
meio da análise dos 5 porquês, conforme a Figura 4.14 a seguir. Razões para certos efeitos
aparentes foram sugeridas, como, por exemplo: pacotes mal formados e sem envolver, erro no
corte do filme e pacotes saindo abertos, além da demora de aquecimento do forno. Em resumo,
pode-se determinar que o maior impacto é na manutenção autônoma, incluindo a limpeza e
64
lubrificação da empacotadora. Tendo em vista isso, muitas ações de saídas dos 5 porquês
envolvem o checklist de limpeza e lubrificação.
ANÁLISE DE 5 PORQUÊS
A Figura 4.15 demonstra alguns exemplos de etiquetas criados nos dias dos eventos. Elas
foram criadas em determinados subconjuntos durante o processo de limpeza devido à necessária
otimização de recursos como disponibilidade de materiais, mão de obra e paradas de produção.
Os números das notas de manutenção foram ocultas de modo a preservar a imagem da empresa
que optou por não exibir a sua identidade.
65
LISTA DE ETIQUETAS - LOCAIS DE DIFÍCIL ACESSO
1 ok
3002446976
BC - Ajustar freio do porta bobinas 29/09/2022
2 ok
3002446972
Bc - Ajustar sistema subida de filme 29/09/2022
3 ok
3002444824
BC-Controlador do forno 03 danificado 28/09/2022
4 ok
3002444820
BC- Barra de arraste separação empenada 28/09/2022
5 ok
3002444779
BC- Barra de arraste empenada 28/09/2022
6 ok
3002438504
BC- TROCA DA CORREIA PORTA BOBINAS 02 25/09/2022
7 ok
3002438463
BC-REALIZADO TROCA DOS ESPELHOS 25/09/2022
8 ok
3002438448
BC-TROCADO ESTEIRA MESA DE TRANSFERENCIA 25/09/2022
9 ok
3002438406
BC- REALIZADA TROCA DAS BARRAS DE ENVOLV 25/09/2022
10 ok
3002438410
BC- TROCA ROLO METALICO SUBIDA DE FILME 25/09/2022
11 ok
3002438414
BC- TROCADO ESTEIRA DA MESA DE ENVOLVIME 25/09/2022
12 ok
3002438431
BC- TROCA DO ROLO EMBURRACHADO SUPERIOR 25/09/2022
13 ok
3002438430
BC- TROCADO 28 RESISTENCIAS ZONA DO FORN 25/09/2022
14 ok
3002438444
BC-REALIZADA TROCA DA LÃ DE VIDRO ZONA 25/09/2022
15 ok
3002438440
BC-REALIZADA TROCA DA LÃ DE VIDRO ZONA 25/09/2022
16 ok
3002438438
BC-REALIZADA TROCA DA LÃ DE VIDRO ZONA 25/09/2022
17 ok
3002438437
BC-REALIZADA TROCA DA LÃ DE VIDRO ZONA 0 25/09/2022
66
LISTA DE ETIQUETAS - FONTES DE SUJIDADE
16 ok
2003314005
Figura 4.16 – Lista de etiquetas de sujidade.
BC-Foi realizado limpeza nas barras de a 29/09/2022
17 BC-Foi realizado limpeza na esteira de t
2003314004 29/09/2022 ok
1 2003312130
BC - REALIZADA PINTURA DA PORTA 01 EPC 25/09/2022 ok
2 2003312131
BC - REALIZADA PINTURA DA PORTA 02 EPC 25/09/2022 ok
3 2003312132
BC - REALIZADA PINTURA DA PORTA 03 EPC 25/09/2022 ok
4 2003312133
BC - REALIZADA PINTURA DA PORTA 04 EPC 25/09/2022 ok
5 2003312134
BC - REALIZADA PINTURA DA PORTA 04 EPC 25/09/2022 ok
6 2003312135
BC - REALIZADA PINTURA DA PORTA 05 EPC 25/09/2022 ok
7 2003312136
BC - REALIZADA PINTURA DA PORTA 06 EPC 25/09/2022 ok
8 2003312152
BC- TROCA DA MANTA REVESTIMENTO BARRA DE 25/09/2022 ok
9 3002444855
BC-Foi instalado lâmpada refletora 28/09/2022 ok
10 3002444821
BC- Teto de acrílico 28/09/2022 ok
11 3002438462
BC- TROCA DA CORTINA SAIDA DO FORNO 25/09/2022 ok
12 3002438460
BC- TROCA DA CORTINA ENTRADA DO FORNO 25/09/2022 ok
67
A Figura 4.18 demonstra o mapeamento dos pontos de contaminação realizado nos dias
D, realizado por operadores e técnicos. Cada ponto foi identificado e possíveis soluções
analisadas. A partir desse monitoramento, ações são realizadas nessas áreas e os itens a serem
inspecionados são adicionados ao programa de limpeza, inspeção e lubrificação.
68
Figura 4.19 – Mapa de lubrificação (lado direito da máquina).
69
produto evitando a contaminação cruzada. A identificação por cores pode ser observada nas
Figuras 4.19 e 4.20. Por isso, o programa tem como foco prevenir falhas por má ou falta de
lubrificação, além de garantir que os equipamentos estejam protegidos de acordo com as
especificações do fabricante.
Neste momento, o operador tornou-se o protagonista da ação e tem um papel importante
no controle do processo, responsável pela condição de funcionamento dos equipamentos e
sinalização por meio das etiquetas, que também auxilia o trabalho das equipes de manutenção
quando da realização de reparos.
71
Figura 4.22 – Análise de FMEA
72
A seguir, a Figura 4.23 demonstra de forma simplificada um antes e um pós implantação
do método de manutenção autônoma na máquina. Nota-se que saímos de um total de 39 planos
de manutenção para 27 planos, pois conforme íamos analisando os porquês dos problemas,
identificávamos que haviam planos de manutenção incoerentes para determinados itens.
Revisamos planos de inspeção preventiva, lubrificação e troca mandatória. Habitualmente, só
percebíamos o item depois da quebra do mesmo.
73
Procedimentos
45
MTBF
531,0
412,2
156,6
115,2
75
MTTR
20,37 20,45
19,31
18,81
76
5 CONCLUSÕES
77
REFERÊNCIAS
DE FARIA, Gustavo Názaro Lopes; LONGHINI, Tatielle Menolli. Ciclo PDCA Aplicado à
Gestão da Manutenção de Equipamentos Laboratoriais de Uma Indústria de
Celulose. Produto & Produção, v. 22, n. 2, 2021.
78
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servicios: enfoque sistémico kantiano. Colômbia: AMG, 2005.
NETO, Mário Reis Serra. Manutenção autônoma com foco em limpeza e inspeção: Estudo
de caso aplicado na melhoria do rendimento próprio de uma lavadora de garrafas. 66 f.
Dissertação (Pós– Graduação). Universidade Federal do Pará. Instituto de Tecnologia.
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos, 2021.
PINHO, Luiza. Diagrama de Ishikawa: o que é e como fazer. Siteware, 2021. Disponível em:
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79
PINTO, A K; XAVIER, J. N. Manutenção: função estratégica. 3.ed. Rio de Janeiro:
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SAKURADA, E. Y.; DIAS, A. As técnicas de Análise dos Modos de Falhas e seus Efeitos e
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