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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
MECÂNICA
TCC
JOÃO PESSOA PB
2017
JORDILAINY QUEIROZ BRASILINO DA SILVA
JOÃO PESSOA PB
2017
S586a Silva, Jordilainy Queiroz Brasilino da
74f. il.:
A Deus, por ser minha fonte de força e guiar meu caminho permitindo a conclusão
desse trabalho.
Ao meu pai Eraldo, por ser minha fonte de inspiração, meu maior exemplo de
homem, por sua força e coragem para vencer os obstáculos da vida, por toda sua
dedicação à mim ao longo desses anos de curso, sem sua ajuda eu não teria chegado onde
cheguei.
A minha mãe Joice, por toda dedicação, amor, educação e incentivo dedicados à
mim. Por todo ser uma mulher de força e por todo seu carinho com nossa família.
Aos meus irmãos Emerson e Erickson, por serem parte da minha história e sempre
torcerem por mim.
Ao meu noivo Cristiano Miguel, por ser o maior motivador dos meus sonhos, por
todo seu companheirismo e amor. Obrigada por acreditar em mim além do que eu mesma
acredito.
A amiga Jéssica Patrícia, por todo apoio e amizade ao longo dessa jornada.
Obrigada por todos obstáculos que vencemos juntas nesse curso.
As amigas Raíssa Batista e Vanessa Ramalho, por serem tão presentes em minha
vida, por todo apoio, amizade e carinho dedicados à mim. Obrigada por serem as irmãs
que a vida me deu e torcerem por minhas conquistas.
A minha orientadora Msc. Alessandra Berenguer, por todo apoio e dedicação, por
ela ser tão compreensiva e humana, por abdicar de momentos com seus familiares para
me dar assistência. Só tenho à agradecer toda sua contribuição em meu desenvolvimento
acadêmico e profissional.
RESUMO
ABSTRACT
When offering a service it is important that its service capacity is equivalent or superior
to its demand, because the quality in the service reflects directly in the total quality of the
service provided. Mismanagement of the system's capacity compromises the company's
success in the view of its users. In this context, the purpose of this paper is to analyze the
waiting time at the queue in the service system at the University Restaurant of the Federal
University of Paraíba, through the application of an model from Queuing Theory, in order
to evaluate queuing dynamics and system capacity, in view of the growing demand. The
technical procedure used was a case study, where the number of clients arriving in the
queue per minute, the time of attendance of the service and the waiting time in the queue
were collected, through observations and timekeeping, the data were recorded and stored
in electronic tables. From the results obtained with the application of the model, it was
possible to diagnose that the system is saturated, being necessary the expansion of its
service channels. Lastly, in face of the whole study carried out, it was possible to create
two scenarios capable of solving the service system and consequently reduce the waiting
time in the queues.
CT – Centro de Tecnologia;
PO – Pesquisa Operacional;
R I – Refeitório 1;
R II – Refeitório 2;
RU I – Restaurante Universitário I;
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 15
1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS AO ESTUDO PROPOSTO ......................................... 16
1.2. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ................................................................................... 17
1.3. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 17
1.4. OBJETIVOS ............................................................................................................... 18
1.4.1. Objetivo Geral ........................................................................................................... 18
1.4.2. Objetivos Específicos ................................................................................................. 18
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 19
2.1. ASPECTOS DA PESQUISA OPERACIONAL ........................................................... 19
2.2. PESQUISA OPERACIONAL NA TOMADA DE DECISÃO ...................................... 20
2.3. FASES DA RESOLUÇÃO DE UM PROBLEMA PELA PESQUISA
OPERACIONAL........................................................................................................................22
2.4. GESTÃO DAS FILAS E FLUXO DE CLIENTES ...................................................... 26
2.5. TEORIA DAS FILAS ................................................................................................. 28
2.5.1. Estrutura Básica de um Sistema de Filas.................................................................. 29
2.5.2. Elementos de uma Fila .............................................................................................. 29
2.5.3. Terminologias e considerações para modelos de filas .............................................. 34
2.5.4. Modelos de filas ......................................................................................................... 35
2.5.4.1 Filas de Espera com População Infinita e Canal de Atendimento Único (M/M/1) .......... 37
2.4.5.2 Filas de Espera com população infinita e canal de atendimento múltiplo (M/M/k) ....... 38
2.4.5.3 Modelo M/Ek/s e M/Ek/1 ............................................................................................. 40
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................. 42
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ............................................................................ 42
3.2 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS .......................................................... 44
3.3 TRATAMENTO DOS DADOS................................................................................... 46
3.4 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA....................................................................... 47
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................. 48
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE PESQUISA ............................................... 48
4.2 MODELO ESCOLHIDO PARA APLICAÇÃO ........................................................... 50
4.3 ANÁLISE DO FLUXO DE ATENDIMENTO ............................................................ 52
4.4 PARÂMETROS DA FILA .......................................................................................... 54
4.4.1 Coleta da taxa de chegada.............................................................................................56
1 INTRODUÇÃO
atuais que estão possivelmente causando a formação das filas e ocasionam o longo tempo
de espera.
Diante do que foi exposto nas considerações iniciais, o presente trabalho visa
utilizar a Teoria das Filas afim de responder a seguinte pergunta: Como a aplicação de
um modelo de filas pode contribuir para à análise do sistema de atendimento de um
restaurante universitário?
1.3. JUSTIFICATIVA
A Teoria das Filas permite que sejam analisadas as variáveis que compõem um
fila, mensurando parâmetros essenciais para o estudo da capacidade do sistema e
consequentemente do tempo de espera nas filas. Sendo assim, o valor dessa pesquisa se
justifica através da aplicação de um modelo de fila, capaz de identificar a capacidade do
sistema, o tempo de espera na fila e o tempo de atendimento do serviço, com o objetivo
de mensurar a agilidade do serviço do restaurante universitário e posterior satisfação de
seus usuários.
1.4. OBJETIVOS
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO
Neste capítulo apresenta-se o referencial teórico que serviu de base para o
desenvolvimento deste estudo, é composto de informações sobre pesquisa operacional,
definição de filas e Teoria das Filas. Assim, buscando mostrar conceitos importantes para
o entendimento da pesquisa.
Tomar decisões é algo comum em nosso dia-a-dia, estamos o tempo todo fazendo
escolhas. Decidir significa optar por algo com o objetivo de resolver um problema ou
21
uma situação. Um gestor está vulnerável a tomar decisões a qualquer momento, devendo
fazer uso de opções que sejam viáveis a cada situação
De acordo com Marins (2011), Apesar de cada gestor ter o seu próprio
procedimento de análise e solução de problemas, pode-se, em geral, estabelecer algumas
etapas que, necessariamente, devem ser observadas, configurando o que se denomina de
papel do decisor:
a) Identificar o Problema: talvez seja a etapa mais difícil, pois, diferentemente dos
livros, os problemas na prática não estão, inicialmente, claros, definidos e delimitados.
Aqui é importante perceber quais são os demais sistemas que interagem com o sistema
onde se insere o problema a ser tratado. É fundamental se ter uma equipe de analistas
multidisciplinar para o problema seja visto de prismas diferentes e isso seja incorporado
na sua solução;
b) Formular Objetivos: nesta etapa devem ser identificados e formulados (muitas
vezes matematicamente) quais são os objetivos que deverão ser atingidos quando da
solução do problema. Em alguns casos, podem-se ter vários objetivos que podem ser
qualitativos (por exemplo, satisfação do cliente), quantitativos (custo ou lucros) ou ainda
conflitantes;
c) Analisar Limitações: na sequência deve-se levantar quais são as restrições que
limitarão as soluções a serem propostas. Comumente, essas limitações dizem respeito ao
atendimento de tempo/prazo, orçamento demandas, capacidades (transporte, produção e
armazenamento), tecnologia (equipamentos e processos), inventários (matéria-prima,
subconjuntos, work in process e produtos acabados), entre outros;
d) Avaliar Alternativas: aqui, o decisor, após identificar quais são suas alternativas
de ação, deverá, utilizando algum procedimento, escolher a “melhor solução” que poderá
ser aplicada. Destaque-se que, muitas vezes a solução ótima pode não ter uma relação
custo-benefício que permita sua adoção pela empresa, e uma outra solução que atende
esse s requisitos pode vir a ser a escolhida. Nesse processo de avaliação de alternativas,
o decisor poderá utilizar uma abordagem qualitativa ou quantitativa:
A abordagem qualitativa se aplica em problemas simples, corriqueiros,
repetitivos, com pouco impacto financeiro ou social, onde é fundamental a experiência
do decisor (ou de sua equipe de analistas) em situações anteriores semelhantes. Nestes
casos, adota-se uma solução similar àquela já utilizada com sucesso num problema
22
Diferentemente dos exemplos dos livros, os problemas reais surgem de uma forma
bastante vaga e imprecisa. Este fato exige do analista de PO uma grande capacidade de
assimilar e sistematizar as situações reais. Para se formular corretamente um problema é
necessário que o mesmo seja bem identificado.
Quais os aspectos que estão envolvidos no processo, mas que fogem ao controle
de quem decide?
modelos abstratos têm apenas uma semelhança lógica com os sistemas representados. Os
modelos matemáticos podem ser de otimização ou de simulação, sendo que este texto se
concentrará nos modelos matemáticos de otimização.
c) Obtenção da solução
Em cada situação especifica pode ser definida uma sistemática para testar o
modelo e sua solução. O importante é que se a solução for usada repetidamente o modelo
deve continuar a ser testado. A fase de teste pode indicar deficiências exigindo correções
do modelo, seja pelo refinamento de algum aspecto, pela consideração de algum aspecto
omitido ou possíveis simplificações do modelo. Nesse contexto a simulação é essencial
para averiguar os gargalos encontrados na concepção do sistema.
e) Implementação
Além da sensação de espera, outro fator psicológico numa fila é a relação de poder
que se estabelece quando um fila se forma. Numa fila o cliente só pode cessar o seu desejo
de ser atendido mediante uma iniciativa do atendente. Desse modo, o atendente, mesmo
que inconscientemente, exerce um poder sobre o cliente, ou seja, o cliente depende do
atendente para acabar sua espera na fila.
Criar um ambiente organizacional que reforce tais atitudes por parte dos
funcionários. Isso deve começar pelo respeito do funcionário, enfatizando a dignidade do
indivíduo;
A disciplina de uma fila depende dos fatores culturais de sua região, na maioria
das filas de espera por um serviço, os responsáveis por manter a sequência de chegada
são os atendentes. Os gerentes dos locais devem manter a justiça quanto a ordem de
chegada.
De acordo com Corrêa e Caon (2002), existem alguns mecanismos que podem
ajudar nesse sentido:
As filas também permitem uma interação social entre os clientes que aguardam o
atendimento. Em alguns casos, por exemplo, o atraso de um vôo, a comunicação entre os
passageiros pode proporcionar um ambiente mais agradável, diminuindo tensão e
provocando uma sensação de bem-estar.
28
Os elementos de uma fila, de acordo com Prado (1999, p.23) temos que de uma
certa população, surgem clientes que formam uma fila e que aguardam por algum tipo
de serviço. O termo cliente é utilizado de forma genérica e pode designar tanto uma
pessoa, um navio ou um lingote. É utilizado o termo “transação” ou “entidade” como
sinônimo de cliente. O atendimento pode ser constituído de um ou mais servidores
(podendo ser chamados também de atendentes ou canais de serviço) e tanto pode fazer
referência um barbeiro, um cais de atracação ou uma máquina de lingotamento.
a) Fontes Cliente
Chama-se de fonte de clientes à população de clientes que podem demandar
algum tipo de serviço. Essa fonte de clientes pode ser finita ou infinita.
Fonte finita é aquela que existe limite sobre a população a ser atendida, a chegada
e, consequentemente, o atendimento de novos clientes são significativamente afetados
pelo tamanho da fila atual. Um exemplo é um técnico eletricista que tenha sob sua
responsabilidade um conjunto definido de 20 máquinas, o número de máquinas que estão
30
aguardando reparo pode influenciar na probabilidade de que uma nova máquina exija
reparos.
Segundo Moreira (2007), a chegada dos clientes pode ser obtida de três maneiras:
c) Processo de Atendimento
O critério pelo qual se escolhe qual será o próximo cliente a ser atendido recebe o
nome de disciplina da fila. Nas atividades de serviços, de forma geral, a disciplina
adotada é chamada PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) em inglês FIFO, ou seja,
segue a ordem de chegada. Isso tende a segurar uma certa justiça, tendo aceitação
generalizada. Entretanto, a regra PEPS não é a única disciplina possível.
d) Posto de Atendimento
Uma fila é chamada de fila de canal único quando existe uma única instalação de
atendimento. Essa instalação pode constituir de um só posto, que realiza sozinho todo o
atendimento, ou de vários postos em série, cada qual realizando uma parte do
atendimento.
Uma fila é chamada de fila de canal múltiplo se existirem duas ou mais instalações
de atendimento em paralelo, cada qual atendendo de forma independente das demais.
Cada instalação pode consistir de um posto isolado ou de vários postos em série.
A primeira situação de fila Canal Único, Atendimento Único é quando existe uma
única fila e um único posto de atendimento. Exemplo dessa situação é o que encontramos
num teatro em que só um guinche está funcionando para venda de ingressos. Ou ainda,
em um estacionamento de entrada única com um único manobrista.
e) Comportamento do Atendimento
Para uma melhor compreensão será definido alguns termos essenciais para os
problemas com filas, essas terminologias são utilizadas para todos os modelos de filas
aqui representados.
µn: é a taxa média de atendimento, número de clientes que estão sendo atendidos
num determinado período de tempo;
Tempo esperado na fila: É o tempo individual que cada cliente aguarda na fila,
excluindo o tempo de atendimento. É representado por Wq.
De acordo com Marins (2011), antes de se iniciar o estudo dos modelos de filas,
deve-se apresentar a notação de Kendall, que é universalmente adotada nos modelos de
filas. Segundo a notação de Kendall, um modelo de filas é descrito por uma sucessão de
símbolos, colocados em campos delimitados por barras inclinadas.
A/B/s/K/N/Z
Onde:
De acordo com Marins (2011), todos os modelos têm o objetivo de gerar quatro
variáveis de decisão importantes para a análise de desempenho do sistema, são elas:
Modelos de Fila de
Tipo de problema: Espera
2.5.4.1 Filas de Espera com População Infinita e Canal de Atendimento Único (M/M/1)
Vamos considerar que a fila de espera possui o canal de atendimento mais simples,
o canal único, aquele que possui apenas um atendente e disciplina de atendimento FIFO,
ou seja, o primeiro cliente a chegar é o primeiro a sair. Nesse modelo considera-se a fila
infinita e estado estável no sistema, com população infinita. Utilizando a nomenclatura
de Stevens Jr. e Shamblim (1979), temos sete equações básicas que podem ser utilizadas
para a resolução desse tipo de problema.
ρ = λ/µ
Onde:
As equações a seguir serão válidas quando λ/µ < 1, sendo assim temos:
38
2.4.5.2 Filas de Espera com população infinita e canal de atendimento múltiplo (M/M/k)
𝟏
𝑷𝒐 =
𝟏 𝝀 𝒏 𝟏 𝝀 𝒌 𝒌𝝁
[∑𝒏=𝒌−𝟏 ( ) ] +
Probabilidade do sistema está vazio 𝒏=𝟎 𝒏! 𝝁 𝒌! (𝝁) 𝒌𝝁 − 𝝀
Eq.(14)
𝛌
𝛒= <1 Eq.(20)
𝐤µ
Onde:
Eq.(21)
Indicadores Equações
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para Gil (2008), pode-se definir método como caminho para se chegar a
determinado fim. E método cientifico como conjunto de procedimentos intelectuais e
técnicos adotados para se atingir o conhecimento.
Básica
Natureza
Aplicada
Quantitativa
Abordagem
Qualitativa
Exploratória
Objetivos Descritiva
Explicativa
Bibliográfica
Documental
Experimental
Procedimentos Técnicos
Levantamento
Estudo de Caso
Expost-Facto
Para Gil (2009), o estudo de caso é caraterizado pelo estudo profundo e exaustivo
de um ou poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado.
Assim, de um forma mais específica essa pesquisa quanto ao seu procedimento técnico,
é classificada como um estudo de caso.
𝑁. 𝑍². 𝑝. (1 − 𝑝)
𝑛=
𝑍 2 . 𝑝. (1
− 𝑝 ) + 𝑒 2 . (𝑁 − 1)
Onde:
n = amostra calculada
N = população
47
Finalmente, será realizada uma análise na dinâmica atual das filas do refeitório II
aplicando-se o modelo de filas adequado, propondo-se cenários de melhorias e plano de
ação para a implantação do cenário escolhido, buscando proporcionar um melhor
desempenho do serviço oferecido, minimizando principalmente o tempo de espera nas
filas e assim melhorar o atendimento a seus usuários. Para a construção dos cenários foi
levado em consideração o novo fator de utilização encontrado em cada proposta, também
foi desenvolvido um plano de ação com base na tabela do modelo 5W2H.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
CONSUNI/
CONSEPE
Reitoria
Prape
SRU
Secretaria
SRU/ Staff
Setor de Setor de
Nutrição Manutenção
Dentre os serviços oferecidos pelo RU-I, o serviço de almoço é o que possui maior
demanda, cerca de 2000 refeições diárias ocasionando um grande fluxo de pessoas, em
ambos os refeitórios, vale ressaltar que, o refeitório II é o mais amplo e ventilado, sendo
ele o de maior procura pelos usuários. O refeitório II é aberto para o serviço de almoço
das 10h e 30 min às 13h e 30 min. Com uma grande demanda o refeitório II é alvo de
reclamações constantes devido à suas filas de espera.
𝟏
𝑷𝒐 =
𝟏 𝝀 𝒏 𝟏 𝝀 𝒌 𝒌𝝁
[∑𝒏=𝒌−𝟏 ( ) ] +
Probabilidade do sistema está vazio 𝒏=𝟎 𝒏! 𝝁 𝒌! (𝝁) 𝒌𝝁 − 𝝀
Eq.(14)
O tamanho da fila do refeitório II, não interfere numa nova chegada de cliente,
sendo assim, sua população é considerada infinita, sua fila se caracteriza como fila única,
seguindo o modelo de disciplina FIFO, ou seja, o primeiro cliente a entrar é o primeiro a
52
sair. Além disso, o refeitório conta com dois canais de atendimento, caracterizando o seu
canal de atendimento como múltiplo, e considerando que cada um dos canais possuem a
mesma capacidade de atendimento. Além disso, se tem por hipóteses que o processo de
entrada das filas do refeitório II segue uma distribuição de Poisson e o atendimento segue
uma distribuição exponencial. Nesse contexto, fica evidente que o refeitório II possui
todas as condições necessárias para à aplicação do modelo M/M/k.
Para uma melhor visualização das filas, estas foram representadas na Figura 7
abaixo:
55
Fila externa
Catraca
Fila interna
Buffet 1 Buffet 2
Para a aplicação do modelo de fila Canal único atendimento múltiplo, nas filas
do refeitório II é necessário definir alguns parâmetros λ e µ, taxa de chegada e taxa de
atendimento respectivamente. Para definir esses parâmetros foram feitas novas visitas
com o objetivo de coleta de dados. Os dados coletados consiste no número de clientes
56
λ = 8 clientes/minuto
Levando em consideração que existe dois Buffets para atendimento e que o cliente
opta por aquele que julga ser o mais rápido. Foram selecionados aleatoriamente e
sequencialmente 30 clientes prestes a ser atendidos, afim de se obter por cronometragem
o tempo que os 30 voluntários juntos levam para montar seus pratos. De forma idêntica à
taxa de chegada, foram feitas 5 cronometragens fazendo rotação entre os dois postos de
atendimento (Buffet 1 e Buffet 2), do tempo que os voluntários juntos levaram para montar
seus pratos. Os tempos apurados geraram uma média. Os dados coletados estão
representados no Quadro 8 a seguir:
Média do tempo de
Dias
atendimento
10/04/2017 8 min
11/04/2017 7min
12/04/2017 10 min
13/04/2017 9,8 min
17/04/2017 11 min
18/04/2017 9 min
19/04/2017 8,8 min
20/04/2017 8 min
24/04/2017 8,2 min
25/04/2017 8,8 min
Média total 9 min
Fonte - Elaborado pela autora (2017)
58
µ = 3,33 clientes/minuto
De acordo com a dinâmica do refeitório II, podemos considerar que a fila externa
e a fila interna é um só. Portando, somando-se as média totais dos Quadros 9 e 10, temos
por aproximação o tempo médio em que um cliente aguarda na fila até chegar nos buffets.
Esse tempo está representado no Quadro 11 abaixo.
60
De acordo com o Quadro 11, o tempo médio em que um cliente aguarda nas filas
para ser atendido é de 26 minutos. Lembrando que esse tempo é uma estimativa, foi
mensurado de acordo com as condições em que se encontrava o fluxo do refeitório II no
período da coleta, podendo haver discrepâncias entre o tempo estimado e o tempo real.
Por fim, após as observações e coleta de dados, concluímos por hipóteses que a
fila do refeitório II, segue uma distribuição exponencial e de Poisson, com disciplina de
fila FIFO (primeiro a entrar, primeiro a sair), sendo sua fila única, com múltiplos canais
de atendimento. Sendo assim, os dados mensurados como a taxa de chegada (λ) e a taxa
𝟏
𝑷𝒐 = 𝒏
𝟏 𝝀 𝟏 𝝀 𝒌 𝒌𝝁
[∑𝒏=𝒌−𝟏 ( ) ]+ ( )
𝒏=𝟎 𝒏! 𝝁 𝒌! 𝝁 𝒌𝝁 − 𝝀 - 0,09 0u – 9%
Onde:
λ = 8 clientes/minuto
µ = 3,33 clientes/minuto
k=3
k=4
𝟏
Probabilidade do 𝑷𝒐 = 𝒏
𝟏 𝝀 𝟏 𝝀 𝒌 𝒌𝝁 0,083
[∑𝒏=𝒌−𝟏 ( ) ]+ ( ) 0,056 ou
sistema está vazio
𝒏=𝟎 𝒏! 𝝁 𝒌! 𝝁 𝒌𝝁 − 𝝀 ou
5,6%
8,3%
Probabilidade que 𝟏 𝝀 𝒌 𝒌𝝁
𝑷𝒌 = ( ) 𝑷𝟎
𝒌! 𝝁 𝒌𝝁 − 𝝀
uma chegada tenha 0,65 ou 0,29 ou
que esperar 65% 29%
𝛌
Fator de Utilização 𝛒= 0,80 ou 0,60 ou
𝐤µ
80% 60%
𝛌
𝛒= <1
𝐤µ
4.6 IMPLEMENTAÇÃO
Plano de Ação
Definindo os
Organizar o departamentos e Refeitório II
Layout demarcando o piso. SRU
Reforma da
Reformar o cozinha, banheiros,
Refeitório II área das mesas e SRU Refeitório II
instalações elétricas
Comprar Trocar as mesas e
nova mobília cadeiras;
e Comprar novos Hot SRU/Empresa Refeitório II
equipamentos Box; Terceirizada
Comprar pratos e
talheres.
67
Por fim, para garantir que todo o processo de implementação dos canais de
atendimento ocorra tranquilamente e que o tempo de espera nas filas diminua, é de
máxima importância a fiscalização de todas as atividades desenvolvidas no âmbito do
refeitório II.
69
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia
cientifica. 6. Ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2007.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas,
2008.
Disciplina da fila
Características das Filas
Comportamento dos clientes
(Fila externa e Interna)
Tempo de espera